Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta transporte público de qualidade. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta transporte público de qualidade. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Aracajuanos discordam do reajuste da tarifa de ônibus para R$ 2,45

sábado, 13 de abril de 2013

O transporte público de Aracaju, em Sergipe, é alvo de constante reclamação dos usuários. A precariedade do serviço inclui ônibus danificados, sujos, superlotação, atrasos e falta de preparo de cobradores e motoristas. A Câmara de Vereadores do aprovou na noite de quarta-feira (10) do reajuste de R$ 2,25 para R$ 2,45 fez a discussão sobre a qualidade do serviço ser o assunto de muitos trabalhadores nesta quinta-feira (11). O novo valor ainda precisa ser sancionado pelo prefeito da capital, João Alves Filho (DEM), para começar a valer.

“O reajuste seria viável se melhorasse a qualidade do serviço, mas todos os anos eles aumentam o valor e o transporte público continua péssimo. Os ônibus são velhos, sem conforto, muitos estão quebrados e sujos. Também falta qualificação para os motoristas e cobradores, pois a maioria não sabe lidar com o público”, afirma a estudante Patrícia Cerqueira Guimarães.

A empregada doméstica Joceni dos Santos Vieira pega diariamente seis ônibus para ir trabalhar. O percurso entre a casa dela no Conjunto Taiçoca no município de Nossa Senhora do Socorro e o local de trabalho no bairro São José, em Aracaju, leva mais de uma hora.

“Os ônibus não têm horário certo, muitos motoristas fazem o próprio horário de descanso e às vezes até desviam a rota da viagem. A SMTT não fiscaliza nada, por isso que a situação está desse jeito. Sem contar que duvido que eles sempre terão troco de R$ 0,05 para dar para todo mundo como já acontece hoje em dia”, argumenta a doméstica.

Passagem mais barata
O valor atual da passagem de ônibus é de R$ 2,25, mas o Sindicato de Transporte Público (Setransp) pediu reajuste de 11%, o que elevaria a tarifa para R$ 2,52. O pedido de aumento foi analisado pela Superintendência Municipal de Trânsito de Transporte (SMTT), que entendeu que o reajuste de 8%, o que equivale a R$ 2,43, seria suficiente para atender as necessidades das empresas sem prejudicar tanto no orçamento dos usuários.
“Historicamente os reajustes são feitos abaixo da tarifa técnica calculada e esse ano não foi diferente, dando mais do que 11%”, explica José Amâncio.

No entanto, o economista Demétrio Rodrigues Varjão, membro do Movimento Não Pago, afirma que houve uma série de irregularidades na votação e aprovação. “Eles incluíram custos que não existem como câmara de ar e protetor de câmara de ar sendo que os pneus utilizados não precisam desses componentes. As empresas de transporte público também colocaram na planilha de contas o salário de cobradores de micro-ônibus e nesse tipo de veículo que compõe15% da frota só trabalha o motorista. Até a própria SMTT fez uma pesquisa de preço de mercado dos insumos do serviço como combustível, óleo e manutenção e identificou que os valores reais são menores que os alegados pelo Setransp”, explica Demétrio.

O economista calcula que a retirada desses valores considerados ‘abusivos’ reduziria a tarifa de ônibus para R$ 2,17. “Nós do Movimento Não Pago fizemos uma pesquisa de mercado e ainda encontramos valores menores dos que a SMTT, denunciamos essas irregularidades na planilha apresentada pelo Setransp em sessão especial na Câmara no dia 11 de março e os vereadores parece que não prestaram atenção. A bancada governista simplesmente votou sem sequer questionar”, afirma Demétrio.

O advogado do Movimento, Luiz Gustavo Mendes, está acompanhando o caso e disse que vai recorrer ao Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensores Públicos para pedir a anulação do novo valor se este for aprovado por João Alves. A licitação do transporte público, apontada como a única esperança para melhorar a qualidade do serviço, ainda não saiu do papel.

READ MORE - Aracajuanos discordam do reajuste da tarifa de ônibus para R$ 2,45

Cuiabá: Opção pelo BRT mostra falta de planejamento e cuidado com a população

sexta-feira, 25 de março de 2011

Esqueçam qualquer interesse maior que possa estar sendo sugerido na disputa entre os meios de transporte BRT versus VLT como elemento fundamental para a mobilidade urbana na Copa do Mundo em Cuiabá. Ainda assim, a definição da Agência Executora da Copa no Pantanal, a Agecopa,  pela implantação do Bus Rapid Transit, o  BRT, que, em verdade, e o ônibus articulado em corredor exclusivo,  mostra apenas a continuidade da “eterna” falta de planejamento do setor público - nos três níveis de Governo, é bom que se diga. Não só nesse caso como para com vários serviços influentes na qualidade de vida da população. E mais: a opção, se confirmada, fere de morte  ao  Plano Diretor Metropolitano.

 O diagnóstico atual do sistema de Transporte Público e Trânsito de Cuiabá pode ser visto como “objetivamente fácil de ser interpretado”. E mais fácil ainda, de se chegar a conclusão sobre o que ele representa. Ou seja, é um sistema que não oferece qualidade aos usuários.  O caos gerencial chega às raias do absurdo. As queixas partem de todos os lados: dos donos das empresas que querem ganhar mais na tarifa, dos operadores, que reclamam dos baixos salários, e dos usuários, que se queixam da qualidade inegavelmente ruim e do mal atendimento.

 Isso, por si só, já seria por demais suficiente para se colocar na prancheta dos técnicos da Agecopa, no sentido de, realmente, os mais de R$ 500 milhões que, vale ressaltar, serão pagos com impostos dos cidadãos, serem utilizados em benefício destes mesmos cidadãos, com moderno planejamento de trânsito e escolha de veículos de transporte público condizentes com esta necessidade. E não para beneficiar exclusivamente a compra de um tipo de veículo - os ônibus - dos quais as cidades estão saturadas, e os usuários não têm por parte das empresas responsáveis por estes a busca pela consonância de seus serviços e produtos com as necessidades coletivas, ou mesmo a preocupação com a qualidade do serviço prestado. Talvez aqui, da proposta da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) e do Governo do Estado, ficará como legado à gente desta terra, a perpetuação de velhos problemas de Transporte Público em Cuiabá.

A presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Mato Grosso, Marleide Oliveira Carvalho, tem opinião de  que “o BRT desafogará um pouco as linhas alimentadoras e mestras”, mas não resolverá a questão de trânsito e transporte de Cuiabá. “Para se ter uma idéia – ela explica -  um mesmo percurso que há 5 anos demorava cerca de 30 minutos para ser percorrido, hoje leva uma média de 50 minutos, a exemplo do Pascoal Ramos-Centro”. O BRT, por circular em corredor exclusivo,  se movimentará mais rápido que um ônibus convencional, mas, para ser um sistema de média capacidade,  “perde para o VLT em termos de tempo, conforto e segurança".

As grandes transformações atribuídas pela Agecopa ao BRT, segundo a presidente,  é “coisa para inglês ver”. O sistema não adentrará realmente as vias principais de Várzea Grande. Ela cita o caso da Avenida Couto Magalhães -  que atenderia à necessidade da região metropolitana. Marleide frisa que  ainda não se colocou à mesa as melhorias nas linhas alimentadoras  -que vêm dos bairros. “Uma pesquisa, realizada há cerca de quatro  anos, com consumidores, mostrou que um dos problemas que estava causando baixas vendas nos estabelecimentos comerciais de Várzea Grande, era a falta de transporte público adequado” - completa ela, no sentido de pontuar o longo alcance do sistema a ser implantado.

Diferente do BRT, que não atrai determinados tipos de usuários, no VLT a média de passageiros, somando Cuiabá e Várzea Grande, deverá alcançar os 10 milhões desde o primeiro ano de funcionamento deste metrô de superfície. Isto é: é certo que muita gente deverá deixar o carro em casa para circular em um transporte rápido, moderno e eficiente. A experiência nesse sentido é internacional – e se deu em praticamente todo o mundo que adotou o sistema.

A  capacidade do BRT, de acordo com a ASSUT,  é abaixo do adequado para a demanda crescente, bem como para a proposta das cidades modernas de se diminuir o tráfego de carros e motos, atraindo os cidadãos com qualidade, ambiente climatizado e rapidez no cumprimento dos percursos, todos os critérios encontrados no VLT.

 “Certamente continuará a superlotação nos transporte coletivo de Cuiabá, mas agora no BRT, já que serão tirados de circulação das vias principais os ônibus convencionais. E a quantidade de veículos articulados necessários no sistema BRT não atenderá ao atual número de usuários e ainda poderá entupir os corredores, como acontece em São Paulo, onde a velocidade no trânsito caiu pela metade” -  informa Marleide.



READ MORE - Cuiabá: Opção pelo BRT mostra falta de planejamento e cuidado com a população

Grande Recife Consórcio de Transporte é implantado formalmente

segunda-feira, 8 de setembro de 2008




O governador Eduardo Campos comanda hoje(08/09), a implantação formal do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, que irá substituir a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), trazendo uma nova realidade para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife. O evento acontece na sede da EMTU, a partir das 15h. A solenidade contará ainda com as presenças dos prefeitos de Recife, João Paulo, e Olinda, Luciana Santos, do secretário das Cidades, Humberto Costa e do presidente do Grande Recife – Consórcio de Transporte, Dilson Peixoto, que juntamente com os integrantes da nova diretoria será empossado. A direção do Grande Recife foi eleita na semana passada durante a primeira Assembléia Geral dos sócios. A nova empresa passará a ser a gestora plena do Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife. O Grande Recife é a primeira experiência de consórcio no setor de transporte de passageiros em todo o País. A iniciativa marca o compromisso do governo estadual com a melhoria da qualidade de vida dos mais de 1,8 milhão de pessoas que utilizam diariamente o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Com a mudança, terá início processo de extinção da EMTU. Os funcionários migrarão e o quadro da nova empresa será ampliado através da realização de concurso público. Até chegar a criação formal do Grande Recife, o governo estadual – através da Secretaria das Cidades e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) – percorreu um longo processo. Ao longo do ano passado, o projeto de Lei que criava o consórcio foi analisado e votado e aprovado pela Assembléia Legislativa. As câmaras municipais de Recife e Olinda votaram e aprovaram a adesão do executivo municipal ao projeto. Ao longo dos meses, o comitê trabalhou na elaboração e obtenção da documentação que garantiu a formalização do consórcio, com ênfase para o contrato de constituição e a elaboração e aprovação (na Assembléia Legislativa) da Lei 13.461, de 09/06/2008 que altera a Lei estadual nº12.524, de 30/12/03, para inserir o Grande Recife na estrutura organizacional da Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE). Além disso, os técnicos do comitê desenvolveram a proposta de estrutura organizacional, que dimensionou o tamanho da nova empresa. A chegada do Consórcio marca uma nova forma de tratar a questão do transporte público de passageiros. A gestão plenamente compartilhada traz maior integração ao sistema, garantindo a ampliação e a melhoria na prestação de serviços. Regulação - Toda deliberação referente a regulação do Grande Recife Consórcio de Transporte, será gerenciada pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco (ARPE), através do novo Conselho Superior de Transporte Metropolitano – CSTM, que substitui o antigo Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos (CMTU). Dentre as importantes ações que serão realizadas pelo CSTM, estão a definição da política tarifária, regulação normativa do STPP/RMR e a consolidação dos contratos de gestão ou convênios com outros municípios que se utilizem dos serviços do Grande Recife Consórcio de Transporte.
READ MORE - Grande Recife Consórcio de Transporte é implantado formalmente

Rio de janeiro: Investimento em transportes não vai beneficiar todas as regiões, dizem especialistas

terça-feira, 24 de maio de 2011

Garantir um transporte público de qualidade e eficiente será um dos grandes desafios do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar disso, especialistas chamam atenção para o risco de as obras para os jogos não beneficiarem a população de todas as regiões da cidade e apontam para a necessidade de integração dos meios de transporte - trens, metrô, ônibus.

Integração
Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir - em tempo para a Olimpíada de 2016 -  BRTs (corredores expressos de ônibus) e a linha 4 do metrô - que liga a zona sul à Barra da Tijuca (zona oeste) - , que já havia sido prometida para os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas não ficou pronta.

Até a Olimpíada, o Rio será cortado por quatro BRTs, sendo um na Avenida Brasil, que ligará o centro à zona oeste. Em obras, a TransOeste deve ter a etapa Barra-Madureira inaugurada em 2012.

Já o trecho Barra-Santa Cruz da TransCarioca está atrasado, mas a prefeitura quer entregar a obra até a Copa. A TransOlímpica está prevista também para 2014. Já o BRT da Avenida Brasil não tem cronograma definido, mas a ideia é que esteja pronto até 2016.

O sistema BRT, segundo estimativas da prefeitura, transportará 900 mil pessoas por dia e tornará as viagens mais rápidas. O trajeto Penha-Barra, por exemplo, poderá ser reduzido em até 49 minutos. De acordo com a prefeitura, o trajeto que é feito atualmente em 1h36 levaria 47 minutos.

Para Regis Fichtner, secretário-chefe de Estado da Casa Civil e membro do Comitê de Coordenação da Rio 2016, o Rio de Janeiro já está trabalhando para que a população desfrute de meios de transporte de melhor qualidade e mais rapidez.

- O objetivo é que a população passe a usar um transporte de alto rendimento. O metrô, os trens suburbanos, barcas e os BRTs (Bus Rapid Services, ônibus de serviços rápidos, em tradução livre) – que são as faixas exclusivas para transporte por ônibus também farão parte do legado. Vamos criar um anel viário de alta performance na Região Metropolitana. Há ainda uma complementaridade nas ações do Estado e da Prefeitura, como o metrô da Barra que vai chegar ao Jardim Oceânico e se conectará com o BRT, que é uma obra da Prefeitura.

Os trens, que são muito criticados pelos usuários, costumam ter as tarifas reajustadas sem que a concessionária realize melhorias no sistema. O governo do Estado e a Supervia dizem que vão investir mais de R$ 2 bilhões nos próximos anos para modernizar o sistema ferroviário. Até março de 2011, havia 38 composições refrigeradas e a promessa é de ter 235 até 2020. 


Fonte: R7.com

O arquiteto Flávio Ferreira, especialista em espaços urbanos, diz que a zona norte, cuja população leva até 2h30 para se deslocar até a zona oeste, não será beneficiada com transportes após o término dos jogos de 2016.

Ferreira usa, como exemplo, o projeto do corredor T5 (via expressa de ônibus que ligará parte da zona norte à Barra da Tijuca). Segundo ele, a obra não será suficiente para melhorar as condições do sistema de transporte da região.

- No caso do Rio de Janeiro, os sistemas de transporte sugeridos para a Olimpíada 2016 não trarão benefícios à área mais pobre da cidade, a zona norte. Apenas o centro, a zona sul e a Barra sairão beneficiadas no quesito transporte. 
Para Fernando Arbache, professor de Logística da FGV (Fundação Getulio Vargas), é necessária a criação de transportes que se conectem, aumentando a possibilidade de a população deixar o automóvel em casa e usar os serviços públicos. Entretanto, ele alerta: “é preciso que as autoridades aumentem a qualidade dos serviços de massa”.

- A qualidade do transporte público passa por diversas etapas, como, por exemplo, precisão no tempo de deslocamento, qualidade de atendimento, frequência, qualidade do transporte, etc. O BRT [Bus Rapid Transit - corredor de ônibus] é uma solução paliativa, pois há outras possibilidades mais efetivas, como o metrô e o ferry boat [em áreas costeiras], que, em conjunto com o BRT, solucionariam o problema de transporte urbano.
Até a Olimpíada de 2016, o setor de transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro receberá R$ 30 bilhões para desenvolvimento e implantação de modais que conectem todo o sistema, segundo o secretário estadual de transportes, Julio Lopes.

Apesar de ser uma quantia razoável, o secretário ressaltou que o sistema de transporte do Rio recebe um grande contingente de outros municípios. A região metropolitana tem mais de 11 milhões de habitantes, que realizam 19 milhões de viagens por dia, segundo a secretaria.
READ MORE - Rio de janeiro: Investimento em transportes não vai beneficiar todas as regiões, dizem especialistas

O transporte urbano sobre trilhos proporciona qualidade de vida

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A maioria das grandes cidades brasileiras cresce de forma desordenada, sem uma infraestrutura para atender as necessidades básicas de seus habitantes, especialmente em transporte público. Há uma grande preocupação de toda a sociedade em encontrar formas de garantir uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras, que inclui a construção nas regiões metropolitanas de uma rede de transporte público ambientalmente sustentável, econômica, regular, adequada e integrada, com o objetivo de gerar benefícios para todos os cidadãos e promover a inclusão social das populações mais pobres.

         Além da educação, saúde, saneamento básico e segurança pública, o transporte de massa, mais precisamente o transporte metroferroviário, tem fundamental influência na qualidade de vida dos habitantes das médias e grandes cidades brasileiras. O transporte metroferroviário, sem dúvida alguma, é indutor de desenvolvimento urbano sustentável, promotor da integração com os demais modos de transporte, causador de valorização imobiliária e gerador de empregos em diversos setores da economia, além de ser um importante vetor de reaquecimento da engenharia nacional e da indústria. Ao mesmo tempo, o transporte metroferroviário consegue reduzir expressivamente o número de acidentes e mortes no trânsito, economizar combustível, melhorar significativamente os índices de poluição sonora e atmosférica e proporcionar mais conforto e ganhos de tempo a seus usuários.

        Atualmente, existe um convencimento por parte dos governantes de que o transporte metroferroviário é a solução para os graves problemas de mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras e a demanda por projetos de VLTs e metrôs aumenta a cada dia. Todos estamos convencidos de que, no quesito tempo de viagem, por exemplo, nenhum outro meio de transporte pode levar tanto benefício para as populações da periferia, que moram a grandes distâncias dos locais de trabalho e chegam a ficar de três a quatro horas por dia dentro de um meio de transporte. O tempo é um valioso bem intangível, e a economia de tempo que pode ser proporcionada pelo transporte metroferroviário é um benefício fundamental para as pessoas, que podem usar o tempo ganho com suas famílias, descansando, em atividades de lazer ou de qualquer outra forma. Os governantes já estão conscientes de que os projetos de transporte se justificam economicamente por seus benefícios sociais e ambientais e pela qualidade de vida que proporcionam para a população, especialmente na redução dos tempos de viagens. Pode-se dizer que não há vida para aqueles que não têm tempo.

         Os investimentos para a construção e expansão de sistemas metroferroviários são, realmente, de grande monta, mas, em longo prazo, esses investimentos sempre produzem os magníficos benefícios citados anteriormente, que os tornam plenamente viáveis sob o ponto de vista socioeconômico. Segundo o Banco Mundial, em termos econômicos, o transporte público é a seiva que dá vida às cidades e, em termos sociais, pode contribuir com a redução da pobreza, pelo fato de ser o meio de acesso (ou de impedimento) ao trabalho, saúde, educação e serviços sociais essenciais ao bem-estar dos menos favorecidos.         Salvo melhor juízo, penso que não deve haver outra solução diferente do transporte metroferroviário para resolver os graves problemas de mobilidade urbana nas grandes metrópoles brasileiras, visto que as vias urbanas já estão saturadas, e a construção de mais viadutos, mergulhões e linhas expressas somente criarão mais problemas para a população. Não tenho dúvida alguma de que cidades servidas por sistemas de transporte baseado em trilhos urbanos, integrados e abrangentes, são mais felizes e oferecem maior qualidade de vidas para seus cidadãos.
Marcus Quintella é doutor em engenharia de produção e mestre em transportes pelo Instituto Militar de Engenharia.


READ MORE - O transporte urbano sobre trilhos proporciona qualidade de vida

Seul é exemplo em soluções para o fluxo de trânsito urbano

segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Conciliar o transporte de cargas e de passageiros nas grandes metrópoles é um desafio mundial. Quilômetros de engarrafamentos são constatados nas mais diferentes regiões do planeta, gerando desconforto para população e prejuízo para todos os envolvidos. Para modificar esse cenário, o Brasil tem buscado experiências internacionais de solução para o controle de tráfego pesado nas vias urbanas. Seul, capital sul-coreana com 23 milhões de habitantes em sua área metropolitana, é apontada por especialistas como um exemplo profícuo. A partir de 2002, o governo local passou a adotar medidas em favor da utilização de ônibus e metrô na cidade e conseguiu reduzir drasticamente o fluxo de trânsito, além de garantir melhorias na qualidade do ar e redução do gasto de energia.

Em um momento no qual São Paulo, a principal metrópole brasileira, se depara com a polêmica decisão da administração municipal de manter um rodízio de caminhões em algumas das suas principais vias, o exemplo do país asiático foi debatido em pleno território paulistano. Para apresentar em detalhes o sucesso da experiência de Seul, o diretor do Departamento de Trânsito Urbano do Instituto de Desenvolvimento de Seul, Gyengchul Kim, esteve no Brasil no começo deste mês de setembro. Ele foi um dos protagonistas da 14ª Semana de Teconologia Metroferroviária, atraindo atenção para as iniciativas tomadas pelo governo sul-coreano.

Em coletiva à imprensa, o executivo avaliou que a melhoria do fluxo do transporte de cargas passa pela proibição da circulação destes equipamentos na região central das metrópoles, pela construção de vias específicas para o tráfego pesado e pelo incentivo ao transporte público de massa, visando reduzir a quantidade de automóveis nas vias públicas.


Kim ressaltou, em diversas oportunidades, que a população das grandes cidades precisa se conscientizar no sentido de utilizar o transporte público. A mudança de comportamento entre os cidadãos de Seul garantiu, conforme lembrou, redução no tempo de locomoção dos moradores e das cargas, além de economia de recursos essenciais como combustíveis e energia elétrica. No entanto, para que isso ocorra em outros locais, o diretor afirmou que o governo precisa melhorar as condições do transporte de massa e dar o exemplo realizando uma campanha social como a de Seul, em que as autoridades, com exceção do prefeito e do vice-prefeito, utilizam apenas metrô e ônibus todas as segundas-feiras, de forma a estimular o uso consciente da população.

A opção por proibir o transporte de carga nos grandes centros urbanos, de acordo com Kim, é essencial, pois a frota brasileira de caminhões, hoje bastante desgastada, traz “caos e poluição por onde passa”. “Assim, se investirmos em transporte público, os carros que não circularem irão liberar as grandes avenidas para os caminhões passarem”.

A construção de alternativas como o Rodoanel, que irá ligar as principais rodovias do núcleo central da Região Metropolitana de São Paulo, é vista com bons olhos pelo sul-coreano. Ele disse à reportagem de PortoGente que agilizar esse tipo de via específica irá garantir um escoamento mais eficaz das cargas até os portos e aeroportos mais movimentados do principal pólo econômico do País.


Para o executivo, é importante fiscalizar adequadamente toda a frota de veículos pesados para garantir o sucesso das medidas implantadas pelo governo. Em Seul, explicou, os caminhões somente são licenciados caso sejam instalados filtros específicos para o diesel, garantindo menor emissão de gases do efeito estufa no ambiente das cidades. Já a frota de ônibus da capital sul-coreana, apontou Kim, é toda composta por veículos movidos a gás natural.

De acordo com o sul-coreano, o incentivo ao transporte público se deu por meio da utilização de cartões pré-pago e de crédito para pagamento das tarifas, da diminuição de locais para estacionamento de carros, do aumento de faixas para pedestres e da fiscalização mais intensa para carros que estacionam em locais proibidos, com o valor das multas revertido para melhorias no transporte público.

O grande desafio, segundo ele, foi conscientizar a classe média e alta a utilizar o transporte público. “Muita gente nunca tinha entrado em ônibus”. Outro grande obstáculo foi mudar a cultura dos sul-coreanos quanto a onde parar os seus veículos. “Começamos a fazer uma fiscalização rigorosa do estacionamento de carros em locais proibidos. As pessoas estacionavam em qualquer local porque já não havia lugar para parar os automóveis”.

O caso mais emblemático da requalificação urbana de Seul foi a destruição do viaduto de Cheonggyecheon. Em lugar da obra sobre o canal, que cortava a cidade por 15 quilômetros, iniciou-se a revitalização de um antigo rio e de um parque para recreação.

A destruição do viaduto de Cheonggyecheon e a revitalização
da área mudaram a cara da capital sul-coreana

Metrôs e ônibus correspondem hoje por 60% do transporte de Seul. A meta da administração local é de que, até 2021, esse valor chegue a 70%. Atualmente, a região metropolitana da capital da Coréia do Sul, que possui 24,1 milhões de pessoas, conta com 287 quilômetros de metrô, enquanto São Paulo convive apenas com 60 quilômetros.

“Nas minhas visitas [a outros países], carrego o vírus da conscientização para que as pessoas passem adiante pensando no desenvolvimento coletivo”, finalizou Kim, que disse esperar que na próxima visita a São Paulo encontrar um município mais bem resolvido com suas políticas de transporte e com as restrições feitas ao tráfego pesado.
READ MORE - Seul é exemplo em soluções para o fluxo de trânsito urbano

Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.
O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.
A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.
De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.
Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.
O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.
O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.
Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.
Fonte: Walter Ihoshi
Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta? Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi. Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008: - Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses. - Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”. - População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários. - Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam. - Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. - A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar – Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito. - A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”. - A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados. - O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito. - Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%. - A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%. - A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%. - Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%). - Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos) - Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”. - 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo. - 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.
Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
READ MORE - Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

Em São Paulo, Apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio a média é de 90%

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.

O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.

A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.

De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.

Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.

O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.

O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.

Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.

Fonte: Walter Ihoshi
Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?
Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.

Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:
- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.

- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.

- População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.

- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.

- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
– Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.

- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.
Fonte: Nossa São Paulo


READ MORE - Em São Paulo, Apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio a média é de 90%

Sistema BRS-Fortaleza completará um ano de ação

terça-feira, 16 de julho de 2013

Trânsito saturado, horas perdidas, impaciência, uma cidade parada. Cena cotidiana, os congestionamentos já fazem parte da rotina do Fortalezense, mas como enfrentar esse velho e conhecido problema? Na Capital, o sistema de Serviço Rápido de Ônibus (BRS), que ocupa a faixa exclusiva na Avenida Bezerra de Menezes, é uma das soluções de priorização do transporte público em detrimento ao particular.

No primeiro ano de funcionamento, já aponta os primeiros resultados: um aumento na velocidade média do ônibus de 14Km/h para 25Km/h. E uma redução de até 50 minutos no atraso e no tempo do trajeto. O BRS-Fortaleza possui hoje 12Km no sentido Antônio Bezerra e Centro. Neste primeiro ano, cerca de 187 mil usuários já realizaram a viagem em um ritmo de 300 ônibus circulando por hora.
Após utilizar constantemente as linhas de ônibus que passam pela Avenida Bezerra de Menezes a estudante de Odontologia Danielle Cardoso confirma que as viagens ficaram mais rápidas após o início do BRS. "Melhorou muito. Hoje, os ônibus passam rapidamente pela Avenida".

Essa e outras experiências na área de mobilidade urbana foram apresentadas e debatidas, entre os dias 3 e 5 de julho, em São Paulo, durante o Seminário Nacional 2013 "Mobilidade Sustentável para um Brasil Competitivo", realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

"A disputa na Bezerra de Menezes entre carros e ônibus é desigual. São mais de 3.500 carros passando a cada 60 minutos. Um fluxo imenso, que tende a reduzir se a gente oferecer um sistema de qualidade e, assim, convencer as pessoas a deixarem seus veículos individuais e andarem de ônibus. Esse é o nosso maior desafio hoje", afirma o diretor técnico da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira.

O diretor diz ver com bons olhos o BRS, que, segundo ele, garante mais tempo livre ao trabalhador, saúde e acalma o trânsito, minimiza os impactos ambientais e pode gerar mais dinamismo à capital, mais negócios.

Mesmo assim, o projeto do BRS ainda está sendo subutilizado, afirma Ferreira. Há toda uma potencialidade que ainda não é usufruída. "Os carros, em sua maioria, não respeitam as faixas exclusivas do BRS o que dificulta o andamento. Não temos um modelo ideal". Conforme o diretor, o projeto será finalizado ainda neste ano, com o término das obras do terminal do Antônio Bezerra, com a estruturação de paradas no canteiro central, sistemas de comunicação, integração e multas para quem avançar os limites exclusivos.

Debates

Com as manifestações de rua, o tema está hoje no centro dos debates políticos. Mas, como garantir uma cidade mais dinâmica e livre de engarrafamentos é possível? Presente do Seminário da NTU 2013, o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT), Ricardo Gutiérrez, defendeu a necessidade urgente de financiamento para uma melhoria do transporte público. Além do recurso, é fundamental, para se oferecer a qualidade reivindicada pela população, planos de mobilidade urbana que tenham uma visão geral da Cidade.

"Está na hora de adotarmos mudanças estruturais. Temos uma oportunidade histórica de criar um sistema com os financiamento institucionalizado", afirmou o secretário-geral.

Para Ricardo Gutiérrez, um transporte coletivo de qualidade requer plano de mobilidade, promoção do desenvolvimento urbano orientado pelo transporte, rede estruturante única, multimodal e integrada, comunicação apropriada com todos os segmentos da sociedade, incorporação dos avanços tecnológicos e serviços ao cliente, uma viabilidade econômica e financeira.

"Sem um transporte público urbano de alta qualidade, não será possível parar o avanço do automóveis e motos. E o sistema de BRT e BRS é uma ótima solução e deve ser estimulado", diz. O secretário-geral da SIBRT citou, ainda, que na Europa as tarifas cobrem de 30% a 60% dos custos. Algumas podem ser mais caras que as do Brasil, mas há a contrapartida da oferta de um serviço de qualidade.

"O Brasil perdeu de 30% dos passageiros do transporte público nos últimos anos, em Madri, na Espanha, ocorreu um aumento de 57% na demanda, fruto de investimentos que priorizam o transporte urbano", explica. São transportados no Brasil 40 milhões de passageiros por dia e 162.287 só no BRS de Fortaleza.

Por Ivna Girão
Informações: Diário do Nordeste
READ MORE - Sistema BRS-Fortaleza completará um ano de ação

Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

sábado, 3 de abril de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.

O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.

A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.

De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.

Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.

O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.

O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.

Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.

Fonte: Walter Ihoshi




Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta?
Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi.
Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia
Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008:
- Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses.
- Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”.
- População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários.
- Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam.
- Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus.
- A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar
– Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito.
- A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”.
- A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados.
- O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito.
- Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%.
- A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%.
- A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%.
- Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%).
- Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos)
- Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”.
- 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo.
- 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.

Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
READ MORE - Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

Governador do Dist. Federal anuncia licitação de ônibus comuns e articulados

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ônibus articulados em Curitiba
Durante assinatura da sanção do Projeto de Lei do Plano de Diretor de Transporte Urbano (PDTU), o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou licitação de 900 ônibus comuns e 300 articulados. Informou que já foi encaminhado o edital ao Tribunal de Contas do Distrito Federal.

“Já fizemos muita coisa para melhorar o caos que encontramos no transporte público no DF: assumimos a gestão do transporte coletivo, que não estava com o poder público, já estamos fazendo o cadastramento do passe estudantil, encaminhamos ao Tribunal de Contas a licitação de 900 ônibus comuns e 300 articulados e, em breve, enviaremos a parte de GPS, que nós vamos instalar em todos os ônibus para termos controle absoluto em horário e acompanhamento da qualidade”, afirmou Agnelo Queiroz.

“O que foi realizado até agora mostra a determinação do governo em mudar o transporte público, mas, sobretudo, respeitar todos os trabalhadores do segmento e, principalmente, respeitar o usuário de transporte público”, destacou o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli. 

“O sistema de transportes do Distrito Federal é, sem dúvida nenhuma, junto com a saúde, uma das maiores lutas do governo para dar à população uma vida mais digna. Eu tenho certeza que antes do fim desse governo teremos um transporte digno, à altura da nossa capital. O DFTrans está conseguindo cumprir uma missão quase impossível, que é considerar o transporte pelo ponto de vista do usuário e não apenas dos empresários”, afirmou o secretário de Transporte do Distrito Federal, José Walter Vasquez.

PDTU
Após 36 anos, Brasília ganha o seu novo Plano Diretor de Transporte Urbano. O Projeto de Lei do PDTU, encaminhado pelo Executivo à Câmara Legislativa, foi aprovado por unanimidade. O governador Agnelo Queiroz sancionou hoje a Lei, possibilitando avanços no planejamento estratégico do setor no DF. 

“Vamos garantir a preferência dos veículos coletivos e dos transportes não motorizados, como as bicicletas. Esse é um esforço conjunto, do governo, dos trabalhadores e dos permissionários do transporte público, com o objetivo final de atender bem aos usuários”, afirmou o governador Agnelo Queiroz.  

Com a assinatura, o GDF poderá a concorrer a recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade no valor de R$ 2,4 bilhões, para obras como a expansão do Metrô, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e Veículo Leve sobre Pneus (VLP). Ao receber esse investimento, o Distrito Federal poderá garantir maior qualidade de vida à população com transporte eficiente, além de gerar empregos e movimentar a economia local. Além disso, possibilitará avanços necessários para o recebimento da Copa do Mundo em 2014.  

“O PDTU apresenta estudos técnicos para identificar os problemas e propor soluções para o transporte público, não só do Distrito Federal, mas também do Entorno”, afirmou o presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício.

Ao permitir uma visão geral do sistema de transporte no DF, o PDTU direciona a adoção de processos mais racionais de deslocamento e de uso de tecnologias alternativas. Depois de colocado em funcionamento, a população poderá contar com transporte integrado e eficiente, interligado por diferentes modais de transporte que ligarão diferentes pontos do DF e entorno.  

O secretário de Governo, Paulo Tadeu, destacou a importância da sanção da Lei na obtenção de recursos para o DF. “O Distrito Federal passa agora a concorrer a recursos fundamentais para que a gente possa impulsionar o desenvolvimento do transporte público, para que possamos virar a página do Transporte Público no Distrito Federal. Vamos preparar a nossa cidade par ser a melhor sede da Copa do Mundo do Brasil”, afirmou.  

O PDTU prevê a implantação de um corredor exclusivo para transporte coletivo na W3, licitação para regulamentar o sistema com frota adequada, conclusão da Linha Verde, sistema de integração tarifária e operacional e inicio das obras da Linha Amarela. O PDTU é exigido pelo Estatuto das Cidades e previsto na Lei Distrital nº 4011/2007. Ele deveria ter sido enviado pelo GDF à Câmara até o final de 2009. No entanto, só chegou à Casa em março deste ano, quando a nova gestão assumiu. “Nosso governo é um governo de sonhos e ousadia e a Câmara Legislativa não poderia estar ausente desses desafios. A Câmara quer ser parceira do GDF, pensando grande, para que nós possamos dar ao Distrito Federal o melhor”, assinalou o líder do governo na Câmara Legislativa, Wasny de Roure.

Estiveram presentes à solenidade Wilmar Lacerda, coordenador de Assuntos Legislativos da Secretaria de Governo, que teve participação ativa no processo de aprovação do Projeto de Lei, além dos deputados distritais: Chico Vigilante, Claudio Abrantes, Rejane Pitanga, Joe Valle, Dr. Michel, Aylton Gomes, Luzia de Paula, Olair Francisco, Washington Mesquita, Wellington Luís, Evandro Garla, Cristiano Araújo, Cláudio Abrantes, Rôney Nemer, Agaciel Maia e Benedito Domingos.

Fonte: Secom / GDF.

READ MORE - Governador do Dist. Federal anuncia licitação de ônibus comuns e articulados

Tarifa de ônibus de João Pessoa sobe para R$ 2,30

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Representantes dos órgãos que integram o Conselho de Transporte e Trânsito (CTT) da Capital paraibana avaliaram e aprovaram, na manhã desta quinta-feira (27), na sede da Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), a planilha dos custos operacionais do sistema de transporte público elaborada pela Superintendência. O estudo da autarquia municipal, balizado em dados técnicos-operacionais, indicou a necessidade de um reajuste de 4,05% no preço das passagens de ônibus cobradas em João Pessoa, cujo valor pode passar dos atuais de R$ 2,20 para R$ 2,30. A apresentação dos cálculos foi feita pelo dirigente da Semob, Nilton Pereira, que explicou detalhadamente como se chegou a esse percentual de aumento, que ficou abaixo do que se projeta para inflação oficial do Brasil nos últimos 12 meses, que deve fechar dezembro em torno de 5,68%.

Depois de explicitada toda a planilha, a proposta de reajuste para R$ 2,30 da Semob foi acatada. Como o Conselho de Transporte e Trânsito (CTT) não tem caráter deliberativo, apenas consultivo, a decisão será encaminhada, imediatamente, ao prefeito Luciano Agra, através do órgão, para definição do valor a ser cobrado. Atualmente, a tarifa da Capital é de R$ 2,20, uma das mais acessíveis do país.

Nilton Pereira explicou, por exemplo, que a mobilidade via transporte público da população de João Pessoa aumentou consideravelmente, principalmente, em função do maior uso da integração, seja ela temporal, feita nos ônibus, ou física, realizada nos terminais de integração da cidade. “A integração possibilita que o passageiro ande em dois ônibus, mas pague apenas uma passagem. Isso estimula e aumenta o uso do transporte público e esse acréscimo não é computado na tarifa, já que a segunda viagem não é tarifada”, disse o dirigente da Semob, lembrando que o cálculo ainda leva em consideração a km percorrida e o quantitativo de passageiros transportados. “É preciso lembrar que o sistema tem passageiros que pagam inteira, os que pagam metade da tarifa (estudantes) e há ainda os que não pagam (gratuidades)”, lembrou Nilton.

Ainda de acordo com o superintendente da Semob, o cálculo é resultado da política tarifária da Prefeitura Municipal de João Pessoa que, além de oferecer ao usuário um sistema de transporte público de qualidade e uma das menores tarifas do Nordeste, também promove a integração de todo o sistema de transporte público da cidade, diminuindo o custo com o deslocamento, e não permite a cobrança da segunda passagem quando utilizada a integração física ou temporal. “Estamos realizando uma série de melhorias para garantir a mobilidade da população. Diminuímos o custo do usuário com a segunda passagem, não impomos restrições quanto ao uso de benefícios tarifários como passe estudantil, gratuidades, mas a população precisa compreender que isso tudo onera a receita das empresas que tem na tarifa sua única fonte de receita”, disse.

Na oportunidade, Nilton explicou que todo sistema de transporte público, quando não é subsidiado pelo poder público, sobrevive apenas do valor da tarifa cobrada. No caso de João Pessoa, afirmou ele, o valor cobrado até então tem sido bem abaixo de muitas capitais nordestinas com população semelhante e que não oferecem benefícios aos usuários.“Em João Pessoa temos a integração Temporal, Física e a Metropolitana. Uma combinação só encontrada aqui. Nenhuma outra capital nordestina com menos de um milhão de habitantes tem. Além disso, a idade média da nossa frota é a menor de todas as cidades pesquisadas”, destaca o diretor institucional da Associação das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC), Mário Tourinho que também integra o Conselho Tarifário, referindo-se às cidades de Aracaju (SE), Natal (RN), São Luís (MA), Maceió (AL) e Teresina (PI).

Além do superintendente da Semob, Nilton Pereira, que atua como presidente do Conselho, fazem parte do CTT, o Sintur-JP; a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplan); a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra); a Federação Paraibana das Associações Comunitárias (Fepac); a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb); a União Pessoense dos Estudantes Secundaristas (UPES); o Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas, Caminhoneiros, Escolares e Auxiliares de Condutores (Sindtáxi); a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP); o Departamento Estadual de Trânsito (Detran); a União Pessoense das Associações Comunitárias (UPAC); o Sindicato dos Motoristas da Paraíba; o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (DCE/UFPB); DCE/Unipê e CPTran.

Informações: PB Agora
READ MORE - Tarifa de ônibus de João Pessoa sobe para R$ 2,30

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960