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Em protesto contra a violencia, motoristas e cobradores fecham os sete terminais de ônibus de Fortaleza

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Motoristas e cobradores do transporte coletivo fecharam os sete terminais de ônibus de Fortaleza na manhã desta quinta-feira (29), em protesto contra a violência. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE), nenhum veículo está entrando ou saindo dos terminais do Siqueira, Antônio Bezerra, Parangaba, Conjunto Ceará, Messejana, Lagoa e Papicu.
Entradas e saídas de terminais de ônibus foram fechadas por motoristas e cobradores em protesto. Esta é uma imagem do Terminal da Parangaba. Entradas e saídas de terminais de ônibus foram fechadas no terminal de Parangaba

A primeira unidade a ser fechada pela categoria foi a do Siqueira. A manifestação teve início às 22h30 de quarta-feira (28), após os trabalhadores serem informados de que um motorista e um cobrador haviam sido esfaqueados durante um assalto à noite, na Avenida Osório de Paiva, no bairro Siqueira. O motorista Francisco Erivaldo Marinho, de 55 anos, morreu por volta de 7h desta quinta-feira.

Houve tumulto no terminal Siqueira no início da manhã desta quinta. Dois homens foram presos pela Polícia Militar por suspeita de assaltar passageiros que esperavam para entrar no terminal. A dupla foi agredida por usuários do transporte público antes de ser presa e encaminhada para o 5° Distrito Policial  da Parangaba.

No terminal Parangaba, no cruzamento da Rua Germano Frank com a Avenida Silas Munguba, uma longa fila de ônibus se formou nesta manhã. Usuários revoltados ficavam do lado de fora. Os terminais do Antônio Bezerra e Messejana estavam na mesma situação.

Protestos
Motoristas e cobradores da linha Álvaro Weyne-Centro deixaram de circular na madrugada de quarta-feira no Bairro Álvaro Weyne. O protesto ocorreu na Rua Teodomiro de Castro. A via foi bloqueada, e nenhum veículo pôde passar pelo local. Cerca de 15 ônibus pararam durante o ato.

Essa manifestação foi organizada após o esfaqueamento de outro motorista, ocorrido na noite de terça-feira (27). A vítima sofreu um corte no braço direito e foi encaminhada ao hospital. O homem passa bem e já está em casa. Segundo o condutor Evandro Hermes, amigo do motorista ferido, os suspeitos subiram no coletivo por volta das 19h30 e agiram com violência.

"Foram os mesmos que tentaram assaltar o ônibus na semana passada. Como o motorista reconheceu os assaltantes, ele não parou. Nesta terça-feira, eles conseguiram subir no ônibus, pularam a catraca e esfaquearam o motorista. Depois disso, ele trouxe o coletivo para cá para fazer o protesto", contou Evandro.

De acordo com o presidente do Sintro-CE, Domingos Neto, a categoria espera uma providência dos órgãos de segurança para conter os casos de violência. Em Fortaleza existe quase 1,1 milhões de usuários de transporte público, a frota de ônibus é de 1.928 ônibus. A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) não soube informar quantos ônibus estão parados.

Informaões G1 CE
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No Recife, GRCT divulga as linhas que vão atender ao Shopping Rio Mar, no Pina

sábado, 27 de outubro de 2012

Para atender aos usuários que frenquentarão o novo Shopping Rio Mar, o Grande Recife Consórcio de Transporte adaptará o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/ RMR). Três linhas terão o itinerário alterado e será criada uma linha dentro do Sistema Estrutural Integrado (SEI) para que os usuários que se encontram em toda a RMR possam ter acesso direto ao shopping. Outras 26 linhas servirão como opção indireta de deslocamento para o complexo comercial. 

Para atender diretamente o Rio Mar será implantada a linha 013 – TI Joana Bezerra/Jardim Beira Rio (via Shopping RioMar), que fará parte da rede alimentadora do TI Joana Bezerra. A linha já existia, mas não fazia parte do SEI. Porém, visando atender a demanda de usuários crescente, passará a integrar o SEI e operará com atendimentos distintos: um para o shopping e outro mantendo o itinerário antigo (via Encanta Moça). 

A 013 – TI Joana Bezerra/Jardim Beira Rio começa a circular em caráter experimental, já que poderá sofrer adaptações no atendimento, na próxima segunda-feira (29/10), no embarque nº. 01, sob tarifa R$ 2,15 (anel A). Tendo em vista o início de sua operação, a linha 026 – TI Aeroporto/TI Joana Bezerra continuará atendendo ao shopping somente até o dia 04/11, voltando ao itinerário antigo após essa data. 

Já a partir de amanhã (27/10), as linhas 070 – Candeias/Joana Bezerra, 118 – Prazeres/Boa Viagem e 910 – Rio Doce/Piedade terão os itinerários alterados passando a atender, também diretamente, em todas as viagens, ao RioMar. As linhas 070 – Candeias/Joana Bezerra e 118 – Prazeres/Boa Viagem farão o ponto de retorno no shopping; já a linha 910 – Rio Doce/Piedade atenderá no RioMar, tanto no sentido cidade/subúrbio quanto no subúrbio/cidade. 

De forma indireta, o shopping é atendido por 26 linhas que circulam pelas Avenidas Herculano Bandeira, no sentido cidade/subúrbio, e Engenheiro Antônio de Góes, no sentido subúrbio/cidade. Na Herculano Bandeira, as linhas atendem a um ponto de parada localizado em frente ao prédio de nº. 785. Já na Engenheiro Antônio de Góes são duas paradas, uma na pista norte e outra na sul, que ficam em frente ao prédio da Polícia Rodoviária Federal. Todos os pontos ficam cerca de 600 metros do shopping. 

Divulgação - Os usuários serão informados das mudanças através de cartazes fixados nos ônibus que operam por todas as linhas envolvidas na operação. Divulgadores também estarão presentes nos TIs Areoporto e Joana Bezerra bem como no Shopping Rio Mar, distribuindo panfletos. Para quaisquer informações, o Consórcio está à disposição, através da Central de Atendimento ao Cliente, pelo número 0800.081.0158. 

Itinerário da linha 013 - TI Joana Bezerra/Jardim Beira Rio 

a) Via Shopping RioMar 
Sentido TI Joana Bezerra / Shopping RioMar 

TI Joana Bezerra; Viaduto Capitão Temudo; Ponte Governador Paulo Guerra; Alça de acesso ao Shopping RioMar, Via de contorno do Shopping RioMar, (parada 1 do Shopping RioMar) 

Sentido Shopping RioMar / TI Joana Bezerra 

Via de contorno do Shopping RioMar, (parada 1 do Shopping RioMar), Rua Amador Bueno, Rua Dirceu Toscano de Brito, Pista de acesso à Rua Manoel de Brito, Rua Manoel de Brito, Avenida Antônio de Goes, Ponte Governador Agamenon Magalhães, Viaduto Capitão Temudo, Rua Juiz César Barreto, Fórum Joana Bezerra, Avenida Desembargador Guerra Barreto, Contorno Academia da Cidade, Rua Jaraguari, Rua Conceição de Maçabu, Terminal Integrado de Joana Bezerra 

b) Via Encanta Moça (retornando ao lado do Aeroclube) 
Sentido TI Joana Bezerra / Encanta Moça 

TI Joana Bezerra; Viaduto Capitão Temudo; Ponte Governador Paulo Guerra; Alça de acesso ao Shopping RioMar, Via de contorno do Shopping RioMar, (parada 1 do Shopping RioMar), Rua Amador Bueno, Rua Dirceu Toscano de Brito, Pista de acesso à Rua Manoel de Brito, Rua Manoel de Brito, Rua República Árabe Unida, Novo acesso à Av. Encanta Moça, Av. Encanta Moça, Rua Tomé Gibson, Rua Professor Elias Gomes, Rua José Rodrigues; Rua José Rodrigues (Retorno junto ao Aeroclube/Capela Frei Damião) 

Sentido Encanta Moça / TI Joana Bezerra 

Rua José Rodrigues, Rua Professor Elias Gomes, Rua Tomé Gibson, Avenida Conselheiro Aguiar, Avenida Engenheiro Antônio de Góes, Ponte Governador Agamenon Magalhães, Viaduto Capitão Temudo, Rua Juiz César Barreto, Fórum Joana Bezerra, Avenida Desembargador Guerra Barreto, Contorno Academia da Cidade, Rua Jaraguari, Rua Conceição de Maçabu, Terminal Integrado de Joana Bezerra 

Itinerário da linha 070 - Candeias / Joana Bezerra: 

Sentido TI Joana Bezerra / Candeias: 

Terminal Integrado de Joana Bezerra, Avenida Central, Avenida Agostinho Gomes 
Avenida Desembargador Guerra Barreto, Fórum Joana Bezerra, Contorno Academia da Cidade, Viaduto Capitão Temudo, Ponte Governador Paulo Guerra, Av. Herculano Bandeira, Rua Nogueira de Sousa, Rua República Árabe Unida (parada 2 do Shopping RioMar), Av República do Líbano, Rua Barão de Santo Ângelo, Rua Manoel de Brito, Rua República Árabe Unida, Rua Santos Leite, Av. Herculano Bandeira... 

Itinerário da linha 118 – Prazeres / Boa Viagem: 

... Rua Francisco Val Passos, Rua das Oficinas, Rua José Mariano Filho, Av. Antônio de Goes (pista sul), Rua Manoel de Brito (Túnel do Pina), Rua República Árabe Unida (parada 2 do Shopping RioMar), Contorno do Shopping RioMar, (parada 1 do Shopping RioMar), Rua Amador Bueno, Rua Dirceu Toscano de Brito, Pista de acesso à Rua Manoel de Brito, Rua Manoel de Brito, Rua Santos Leite, Av. Herculano Bandeira... 

Itinerário da linha 910 – Piedade / Rio Doce: 

Sentido Rio Doce / Piedade: 

Av. Gov. Agamenon Magalhães, Ponte Papa João Paulo II, Viaduto Capitão Temudo, Ponte Governador Paulo Guerra, Av. Herculano Bandeira, Rua Nogueira de Sousa, Rua República Árabe Unida (parada 2 do Shopping RioMar), Av República do Líbano, Rua Barão de Santo Ângelo, Rua Manoel de Brito, Rua República Árabe Unida, Rua Santos Leite, Av. Herculano Bandeira... 

Sentido Piedade / Rio Doce: 

Av. Conselheiro Aguiar, Av. Eng. Antônio de Góes (pista sul), Rua Manoel de Brito (Túnel do Pina), Rua República Árabe Unida (parada 2 do Shopping RioMar), Av República do Líbano, Rua Barão de Santo Ângelo, Rua Manoel de Brito, Av. Eng. Antônio de Goes, Ponte Governador Agamenon Magalhães, Viaduto Capitão Temudo... 


Linhas que atendem a Av. Engenheiro Antônio de Góes (26 linhas) 

011 - Piedade/Derby 
014 - Brasília (Conde da Boa Vista) 
018 - Brasília Teimosa 
026 - TI Aeroporto / Joana Bezerra 
031 - Shopping Center (Terminal Res. Boa Viagem) 
032 - Setúbal (Conde da Boa Vista) 
033 - Aeroporto 
036 - Aeroporto (Bacurau) 
038 - Residencial Boa Viagem (Bacurau) 
039 - Setúbal (Príncipe) 
040 - CDU/Boa Viagem/Caxangá 
042 - Aeroporto (Opcional) 
043 - Aeroporto/Tacaruna (Derby) 
044 - Massangana (Boa Vista) 
050 - PE-15/Boa Viagem 
061 - Piedade 
062 - Jardim Piedade 
063 - Jardim Piedade (Bacurau) 
069 - Conjunto Catamarã 
070 - Candeias/Joana Bezerra 
071 - Candeias 
072 - Candeias (Opcional) 
073 - Candeias (Bacurau) 
080 - Joana Bezerra/Boa Viagem 
195 - Recife/Porto de Galinhas (Opcional) 
910 - Piedade/Rio Doce 


Linhas que atendem Av. Herculano Bandeira (25 linhas) 

011 - Piedade/Derby 
014 - Brasília (Conde da Boa Vista) 
018 - Brasília Teimosa 
026 - TI Aeroporto / Joana Bezerra 
031 - Shopping Center (Terminal Res. Boa Viagem) 
032 - Setúbal (Conde da Boa Vista) 
033 - Aeroporto 
036 - Aeroporto (Bacurau) 
038 - Residencial Boa Viagem (Bacurau) 
039 - Setúbal (Príncipe) 
042 - Aeroporto (Opcional) 
043 - Aeroporto/Tacaruna (Derby) 
044 - Massangana (Boa Vista) 
050 - PE-15/Boa Viagem 
061 - Piedade 
062 - Jardim Piedade 
063 - Jardim Piedade (Bacurau) 
069 - Conjunto Catamarã 
070 - Candeias/Joana Bezerra 
071 - Candeias 
072 - Candeias (Opcional) 
073 - Candeias (Bacurau) 
080 - Joana Bezerra/Boa Viagem 
440 – CDU / Caxangá / Boa Viagem 
910 - Piedade/Rio Doce 

Informações: GRCT

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Em Fortaleza, Novas paradas da Bezerra de Menezes só devem ser entregues em março

domingo, 4 de janeiro de 2015

Os longos trechos com tapumes verdes marcam a continuidade das obras de construção das paradas de ônibus no canteiro central da avenida Bezerra de Menezes. Com expectativa de finalização ainda em dezembro, o novo prazo para a entrega das dez estações da via é março deste ano, conforme a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf). 

Com o novo prazo, também fica para março o início do funcionamento do corredor expresso Antônio Bezerra-Centro. Até agora, somente uma ilha de estações está sem os tapumes, o restante continua em obras e com proteção que interfere no uso adequado da ciclovia, além da ocupação de até duas faixas da via.

As obras começaram em maio de 2014 e os prazos foram sendo prorrogados ao longo do ano. Segundo a Seinf, o motivo do atraso da entrega foi a priorização de outras obras na cidade, levando em conta que a mesma empresa era responsável pela execução das intervenções no terminal do Antônio Bezerra e dos viadutos do entroncamento das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales.

Assim, enquanto obras são priorizadas e outras atrasadas, ciclistas que usam cotidianamente a Bezerra de Menezes ficam sem a ciclovia em diversos trechos - que fica dentro dos canteiros de obras e também passa por readequações. A situação também vem complicando o trânsito do local, alerta o taxista Raimundo Edmilson Freitas, lembrando os longos congestionamentos, especialmente nos horários de pico e no sentido do Centro. Ele lembra que a previsão de término que tinha ouvido era novembro e, que agora, já não sabe quando a avenida terá seu fluxo normalizado.

Dúvidas

Os usuários do transporte coletivo compartilham dúvidas sobre como será o funcionamento das novas paradas no canteiro central da via. A distância entre as estações, o acesso e a travessia são alguns pontos que as pessoas que usam a região com frequência estão ansiosas para entender. 

Conforme a Seinf, as estações funcionarão como ilhas, com uma estação servindo para o sentido Antônio Bezerra-Centro e a outra próxima operando para o sentido contrário. Com a inauguração das estações, o fluxo do transporte coletivo passa para as duas faixas mais próximas do canteiro central, ficando as duas faixas restantes - mais próximas da calçada e dos comércios - para os demais veículos.

Todas as paradas contarão com passagem para pedestres e terão piso rente ao ônibus, forma de facilitar o embarque e desembarque.

O comerciante Creginaldo de Lima Freitas trabalha em uma banca de óculos próxima ao North Shopping e comenta que a intenção era entregar tudo em dezembro, mas não deu tempo. Ele explica que parte dos tapumes foi derrubada pela própria população para permitir a travessia pela avenida, pois os espaços destinados aos pedestres ficavam longe da entrada do shopping. “É muito perigoso o povo atravessar, pode ter acidente”, alerta, lembrando que as travessias são realizadas em trecho sem faixa de pedestres ou semáforo.


Para ele, que observa o movimento cotidiano da avenida Bezerra de Menezes, os usuários ainda vão estranhar e reclamar muito das novas paradas, pois não estão acostumados com a distância que terão de caminhar. Outro ponto lembrado por ele e reclamado por muitos é o aumento da sensação de calor com a retirada das árvores do canteiro central em diversos trechos em que as dez estações estão sendo construídas.

Saiba mais

A avenida Bezerra de Menezes recebeu no fim de novembro do ano passado a linha 222 (Antônio Bezerra/Papicu/Antônio Sales), que conta com frota de ônibus articulados e de convencionais com ar-condicionado. Os ônibus articulados têm porta para as novas paradas nos canteiros centrais da via.

Por Samaísa dos Anjos
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MPCE fiscaliza terminal de ônibus em Fortaleza e cobra respeito à prioridade das pessoas idosas no transporte público

domingo, 24 de março de 2024

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, realizou, neste mês de março, fiscalização no terminal de ônibus da Parangaba para verificar se o direito à prioridade de pessoas idosas no transporte coletivo está sendo garantido em Fortaleza. Durante a ação, o MP Estadual constatou a necessidade de diversas melhorias, incluindo o controle de usuários que utilizam as filas prioritárias, a fim de destinar esses espaços apenas para as pessoas que têm esse direito. A ação foi realizada em parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e a empresa que administra os terminais de ônibus Socicam.

Além das filas, os órgãos averiguaram ainda as plataformas e dependências dos terminais e a atuação dos motoristas para garantir a segurança das pessoas idosas durante o trajeto. O MP Estadual constatou a necessidade de o Sindiônibus realizar um projeto educativo sobre o tema para os condutores. A fiscalização constatou também a necessidade de reforma em alguns pontos do terminal, a fim de melhorar a mobilidade dos usuários; e de regularização do comércio ambulante no local. Durante a ação, foi realizada também uma campanha educativa dentro e fora dos veículos sobre o direito de prioridade das pessoas idosas, com distribuição de panfletos informativos e orientações presenciais aos usuários do terminal.

Próximas fiscalizações

As fiscalizações aos terminais de ônibus de Fortaleza irão ocorrer mensalmente durante todo o ano. A Promotoria de Justiça, de titularidade do promotor de Justiça Alexandre Alcântara, busca averiguar as condições impostas aos idosos durante o uso do transporte público de Fortaleza, incluindo o respeito às pessoas com mais de 60 anos nos momentos de embarque e desembarque dos ônibus e nas filas prioritárias.

Cronograma:

8 de abril de 2024 – Terminal do bairro Siqueira
8 de maio de 2024 – Terminal do bairro Lagoa
20 de junho de 2024 – Terminal do bairro Conjunto Ceará
8 de julho de 2024 – Terminal do bairro Papicu
8 de agosto de 2024 – Terminal do bairro Messejana
9 de setembro de 2024 – Terminal do bairro Antônio Bezerra
8 de outubro de 2024 – Terminal do bairro Washington Soares
7 de novembro de 2024 – Terminal do José Walter
9 de dezembro de 2024 – Terminal do Coração de Jesus

Informações: MPCE

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Em Fortaleza, Velocidade média vai duplicar com implantação do BRT, garante secretário-executivo

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Começam no próximo dia 2 de maio as obras de implantação das dez estações para embarque e desembarque do BRTs (Bus Rapid Transit), que são corredores exclusivos para ônibus, na avenida Bezerra de Menezes. De acordo com a Prefeitura, em agosto, as quatro faixas (duas em cada sentido) ao lado do canteiro central da via serão utilizadas apenas pelo transporte público e as quatro faixas mais próximas das calçadas (duas em cada sentido), que atualmente funcionam como faixas para o BRS (Bus Rapid Service), serão restituídas para o trânsito de veículos particulares.

A implantação do BRT Antônio Bezerra/Centro resultará em uma mudança da infraestrutura no transporte. Segundo o secretário-executivo da Secretaria da Infraestrutura (Seinf), Roberto Resende, o BRT possui um sistema mais rígido e será exclusivo para o transporte coletivo, impossibilitando o tráfego de veículos particulares.

"Com o BRT, o transporte coletivo ficará mais rápido. Em alguns trechos a velocidade vai triplicar e a velocidade média duplicará", garante o secretário.

O corredor Antônio Bezerra/Centro é a primeira etapa do BRT Antonio Bezerra/Papicu que será implantado em duas fases. A primeira etapa liga o Terminal Antônio Bezerra ao Centro, por meio da Avenida Bezerra de Menezes. Esse primeiro trecho independe da finalização da obra no entroncamento das Avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, que será utilizado somente na implantação da segunda etapa do corredor que ligará o Terminal Antônio Bezerra ao Terminal do Papicu, obra prevista para ser concluída até o mês de outubro deste ano. De acordo com a Seinf, serão construídos 70 novos quilômetros de corredores expressos de ônibus.

O Ministério das Cidades criou três escalas para classificar a intensidade do BRT: leve, médio e pesado. A implantação na Capital cearense seguirá os padrões intermediários. Segundo o secretário-executivo, o serviço que será implantado em Fortaleza possui um sistema mais flexível.

A flexibilidade vai ocorrer no sentido dos embarques e desembarques. Os BRTs terão duas portas para a entrada e saída de passageiros, uma na parte direita do ônibus e outra na esquerda. Isso por que haverá trechos que os coletivos vão passar por estações instaladas do lado esquerdo da via, no canteiro central, como a avenida Bezerra de Menezes, e em outras pelo lado direito, como em vias de sentido único.

Os BRTs terão ar-condicionado e o piso baixo, característica que servirá para os passageiros não subirem, nem descerem degrau no acesso ao ônibus. De acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a tarifa cobrada nos coletivos locais serão a mesma utilizada no novo serviço.

BRS na avenida Bezerra de Menezes

O BRS foi inaugurado em agosto de 2012. Caso o BRT seja concluído no mesmo mês em 2014, como está previsto pela Seinf, o antigo serviço vai ter durado dois anos. O secretário-executivo do órgão não classifica a implantação do BRS como um erro, mas como uma opção da gestão anterior.

"O planejamento original era implantar o BRT, o programa começou antes de 2005. Foi uma opção da gestão anterior que não quis. Nós estamos com outro foco e vamos seguir a concepção original", disse Roberto Resende.

Por Lucas Mota
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Sistema BRS-Fortaleza completará um ano de ação

terça-feira, 16 de julho de 2013

Trânsito saturado, horas perdidas, impaciência, uma cidade parada. Cena cotidiana, os congestionamentos já fazem parte da rotina do Fortalezense, mas como enfrentar esse velho e conhecido problema? Na Capital, o sistema de Serviço Rápido de Ônibus (BRS), que ocupa a faixa exclusiva na Avenida Bezerra de Menezes, é uma das soluções de priorização do transporte público em detrimento ao particular.

No primeiro ano de funcionamento, já aponta os primeiros resultados: um aumento na velocidade média do ônibus de 14Km/h para 25Km/h. E uma redução de até 50 minutos no atraso e no tempo do trajeto. O BRS-Fortaleza possui hoje 12Km no sentido Antônio Bezerra e Centro. Neste primeiro ano, cerca de 187 mil usuários já realizaram a viagem em um ritmo de 300 ônibus circulando por hora.
Após utilizar constantemente as linhas de ônibus que passam pela Avenida Bezerra de Menezes a estudante de Odontologia Danielle Cardoso confirma que as viagens ficaram mais rápidas após o início do BRS. "Melhorou muito. Hoje, os ônibus passam rapidamente pela Avenida".

Essa e outras experiências na área de mobilidade urbana foram apresentadas e debatidas, entre os dias 3 e 5 de julho, em São Paulo, durante o Seminário Nacional 2013 "Mobilidade Sustentável para um Brasil Competitivo", realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

"A disputa na Bezerra de Menezes entre carros e ônibus é desigual. São mais de 3.500 carros passando a cada 60 minutos. Um fluxo imenso, que tende a reduzir se a gente oferecer um sistema de qualidade e, assim, convencer as pessoas a deixarem seus veículos individuais e andarem de ônibus. Esse é o nosso maior desafio hoje", afirma o diretor técnico da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira.

O diretor diz ver com bons olhos o BRS, que, segundo ele, garante mais tempo livre ao trabalhador, saúde e acalma o trânsito, minimiza os impactos ambientais e pode gerar mais dinamismo à capital, mais negócios.

Mesmo assim, o projeto do BRS ainda está sendo subutilizado, afirma Ferreira. Há toda uma potencialidade que ainda não é usufruída. "Os carros, em sua maioria, não respeitam as faixas exclusivas do BRS o que dificulta o andamento. Não temos um modelo ideal". Conforme o diretor, o projeto será finalizado ainda neste ano, com o término das obras do terminal do Antônio Bezerra, com a estruturação de paradas no canteiro central, sistemas de comunicação, integração e multas para quem avançar os limites exclusivos.

Debates

Com as manifestações de rua, o tema está hoje no centro dos debates políticos. Mas, como garantir uma cidade mais dinâmica e livre de engarrafamentos é possível? Presente do Seminário da NTU 2013, o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT), Ricardo Gutiérrez, defendeu a necessidade urgente de financiamento para uma melhoria do transporte público. Além do recurso, é fundamental, para se oferecer a qualidade reivindicada pela população, planos de mobilidade urbana que tenham uma visão geral da Cidade.

"Está na hora de adotarmos mudanças estruturais. Temos uma oportunidade histórica de criar um sistema com os financiamento institucionalizado", afirmou o secretário-geral.

Para Ricardo Gutiérrez, um transporte coletivo de qualidade requer plano de mobilidade, promoção do desenvolvimento urbano orientado pelo transporte, rede estruturante única, multimodal e integrada, comunicação apropriada com todos os segmentos da sociedade, incorporação dos avanços tecnológicos e serviços ao cliente, uma viabilidade econômica e financeira.

"Sem um transporte público urbano de alta qualidade, não será possível parar o avanço do automóveis e motos. E o sistema de BRT e BRS é uma ótima solução e deve ser estimulado", diz. O secretário-geral da SIBRT citou, ainda, que na Europa as tarifas cobrem de 30% a 60% dos custos. Algumas podem ser mais caras que as do Brasil, mas há a contrapartida da oferta de um serviço de qualidade.

"O Brasil perdeu de 30% dos passageiros do transporte público nos últimos anos, em Madri, na Espanha, ocorreu um aumento de 57% na demanda, fruto de investimentos que priorizam o transporte urbano", explica. São transportados no Brasil 40 milhões de passageiros por dia e 162.287 só no BRS de Fortaleza.

Por Ivna Girão
Informações: Diário do Nordeste
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Em Fortaleza, Primeiro Corredor de ônibus será implantado em junho

sexta-feira, 23 de março de 2012

Do Terminal do Antônio Bezerra até a praça Coração de Jesus, no Centro de Fortaleza, a linha 251 gasta 63 minutos para ir e voltar. O ônibus anda, em média, 12 quilômetros por hora. E perde um tempo danado em congestionamentos de tirar o juízo de qualquer motorista que precise da avenida Bezerra de Menezes para chegar ao seu destino. A partir de junho, ônibus, vans e táxis que cruzam essa e outras sete vias de Fortaleza podem ter melhorias no tempo de deslocamento.
Ontem, a Prefeitura anunciou para junho a implementação do primeiro corredor exclusivo para transporte coletivo na Capital. Ele iniciará na avenida Mister Hull e terminará na rua Padre Ibiapina. A promessa é de que os 63 minutos caiam pela metade, com a média de velocidade no patamar dos 24 quilômetros por hora.

A medida é inspirada em projeto do Rio de Janeiro. O mesmo foi feito em São Paulo e Teresina (PI). A sistemática é simples: carros particulares, ciclistas e motociclistas só poderão trafegar por essa faixa caso necessitem fazer conversões à esquerda ou entrar em pontos de estacionamento. Com restrições, ainda assim.

A tolerância será de 100 metros. Pelo menos 15 fotossensores serão instalados nos cerca de três quilômetros do corredor. Quem desobedecer cometerá infração leve.

Já os motoristas de ônibus, topics e táxis com passageiros serão obrigados a permanecer na faixa. Se saírem dela, cometerão infração grave. O mesmo vale para veículos intermunicipais e interestaduais. É o que prevê o artigo 184 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Tudo funcionará em caráter educativo por tempo indeterminado. Por ora, a Prefeitura fala apenas na criação de outros dois corredores até dezembro. Como a rota “Antônio Bezerra-Centro” foi escolhida por votação dentre cinco indicações, os próximos itinerários beneficiados podem sair dos quatro remanescentes (Antônio Bezerra-Messejana, Messejana-Centro, Lagoa-Centro e Leste-Oeste-Centro) ou de outras quatro vias.

Washington Soares, Santos Dumont, Desembargador Moreira e Virgílio Távora são avenidas cotadas. “Talvez surjam dificuldades de fiscalização, mas vamos definir nos próximos meses, quando também trocaremos os abrigos (paradas de ônibus) e instalaremos as sinalizações horizontal e vertical. O motorista não pode ter dúvidas de que é faixa exclusiva”, disse o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, Ademar Gondim.

ENTENDA A NOTÍCIA

O corredor escolhido por votação nos terminais e site da Prefeitura já recebeu diversas melhorias de malha viária. Agora, quem descumprir a medida será multado. A infração leve representa três pontos na carteira e multa de R$ 53,20, enquanto a infração grave gera cinco pontos e multa de R$ 127,69.

Saiba mais
Usuários escolheram o corredor que deveria ter faixa exclusiva para transporte público. “Antônio Bezerra-Centro” teve 16.905 votos; “Lagoa-Centro” teve 13.496 apoios; “Messejana-Centro” somou 12.254; “Antônio Bezerra-Messejana” teve 7.337 e “Leste-Oeste-Centro” teve 2.924.

Não serão necessárias obras físicas nas avenidas. o chamado Serviço Rápido de Ônibus aproveita a estrutura da própria via.


Por Bruno Castro / O Povo Online

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Etufor transfere 27 linhas de ônibus para novo terminal provisório do Papicu

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) transfere os pontos de embarque de 27 linhas de ônibus para o novo terminal provisório do Papicu a partir desta segunda-feira (08/01) (ver relação abaixo). A nova plataforma do terminal está localizada ao lado do terminal antigo, próximo ao mercado de atacado Sam’s Club. O Terminal Papicu é um dos mais movimentados da cidade, com cerca de 160 mil passageiros/dia.

As linhas passam a operar distribuídas somente em duas plataformas, sem prejuízo à operação do terminal. A mudança acontece para viabilizar as obras de construção da nova Estação Papicu da Linha Leste do Metrofor, que devem iniciar no próximo dia 08 de janeiro. A plataforma provisória conta com banheiros públicos, sala de descanso dos operadores e 35 vagas de estacionamento dos ônibus.

A entrada de pedestres, ou seja, a bilheteria, continua funcionando normalmente somente pela Rua Pereira de Miranda. Com a nova distribuição das linhas, o acesso dos ônibus será realizado pela Rua Pereira de Miranda (entrada e saída da plataforma A), Av. Jangadeiro (entrada e saída da plataforma improvisada) e Av. Engenheiro Santana Júnior (entrada também da plataforma improvisada). Para interligar as duas plataformas, será construída uma passarela para pedestres na Rua Lauro Nogueira, que será interditada, sem fluxo de veículos, a partir da Av Engenheiro Santana Jr.

Sem custos à Prefeitura Municipal de Fortaleza, a nova plataforma foi construída pela Secretaria da Infraestrutura do Governo do Ceará (Seinfra) do Governo do Estado do Ceará com a finalidade de viabilizar os serviços de fundação, sondagem e instalação da mureta-guia da futura Estação Papicu da Linha Leste do Metrofor.

Linhas transferidas para nova Plataforma Papicu 

027 – SIQUEIRA / PAPICU / AEROPORTO
087 – EXPRESSO / SIQUEIRA / PAPICU
030 – SIQUEIRA / PAPICU / 13 DE MAIO
823 – BOM JARDIM / MONTESE / ALDEOTA
038 – PARANGABA / PAPICU
089 – EXPRESSO / PARANGABA / PAPICU
044 – PARANGABA / PAPICU / MONTESE
094 – EXPRESSO / PARANGABA / ALDEOTA
076 – CJ CEARÁ / ALDEOTA / PAPICU
096 – EXPRESSO / CJ CEARÁ / PAPICU
086 – BEZERRA DE MENEZES / SANTOS DUMONT
286 – EXPRESSO / ANTÔNIO BEZERRA / SANTOS DUMONT
092 - ANTÔNIO BEZERRA / PAPICU / PRAIA DE IRACEMA
016 – CUCA BARRA / PAPICU
810 – PRAIA DO FUTURO / PAPICU
813 – PRAIA DO FUTURO / PAPICU / ED
841 – HGF / PAPICU / RIOMAR
831 – CIDADE 2000 / HOSPITAL GERAL / ED
031 – AV. BORGES DE MELO / PAPICU I
042 – ANTONIO BEZERRA / FRANCISCO SÁ / PAPICU
045 – CJ CEARÁ / PAPICU / MONTESE
051 – GRANDE CIRCULAR I
069 – LAGOA / PAPICU / VIA EXPRESSA
680 – JOSÉ WALTER / PAPICU / CIDADE JARDIM
814- CASTELO ENCANTADO/PAPICU
901 – DOM LUIS / PAPICU / CENTRO
903 – VARJOTA / CENTRO
913 – SERVILUZ/ PAPICU

Informações: Etufor

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Motoristas impedem saída de ônibus no terminal da Parangaba

terça-feira, 8 de junho de 2010


Motoristas de ônibus impediram a saída de ônibus no terminal da Parangaba, de meio-dia até as 13 horas desta terça-feira, 8, primeiro dia de greve da categoria. Segundo Dimas Barreira, diretor técnico do Sindiônibus, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Ceará (Sintro) colocaram dois veículos na entrada e saída do terminal impedindo a circulação dos veículos. Dezenas de pessoas que estavam no terminal ficaram sem se deslocar durante uma hora.

Ainda segundo Dimas, a paralisação atingiu apenas os veículos que estavam no interior do terminal. Os demais conseguiram contornar para fazer o desembarque de passageiros.

Para Dimas Barreira, a atitude desrespeitou a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que proibiu o abuso de greve. O Sindiônibus entrou com um pedido de abusividade da greve, que deve ser julgado pelo TRT.

Filas

Longas filas nos terminais de integração nesta terça-feira, 8, primeiro dia de greve de motoristas e cobradores de ônibus. Nos terminais de Antônio Bezerra, Lagoa e Parangaba, passageiros se queixavam do atraso dos coletivos e da demora em chegar ao destino final. Porém, para muitos usuários, a impacto foi maior durante as ‘paradas-surpresa’, quando o Sintro impediu a saída de ônibus das garagens, paralisando totalmente a oferta do serviço.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que devem funcionar 70% da frota de ônibus, em horários de pico, e 50% fora desse horário. Como prometido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), os ônibus estão trafegando a 40 quilômetros por hora e sem realizar ultrapassagens, o que causa a demora e grandes filas em terminais e paradas de ônibus. Apesar da demora, em algumas linhas os ônibus chegavam em comboio, diminuindo assim as filas.

Quem está sentindo maior impacto são os usuários de linhas que ligam os teminais, como Avenida Paranjana I e II. Além da demora, os ônibus estão chegando já lotados. Na empresa Vega, que cobre linhas do terminal de Messejana, muitos ônibus parados.

Com a greve, os usuários estão buscando formas alternativas de deslocamento. Nesta manhã teve um aumento no número de carros nas ruas e congestionamentos. Nos terminais, alguns passageiros desistiam de esperar pelos ônibus e seguiam o trajeto a pé.

Fonte: O Povo online
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Fortaleza: Primeiro ônibus articulado começa a operar em caráter experimental nesta quarta-feira

terça-feira, 14 de outubro de 2014

O primeiro ônibus articulado do Sistema de Transporte Coletivo vai operar na linha 082-Antônio Bezerra/Messejana/Perimetral, a partir desta quarta-feira, 15. A previsão da Prefeitura Municipal de Fortaleza é que mais oito equipamentos comecem a circular no corredor Antônio Bezerra/Centro em novembro. Funcionamento será de 5h45 às 20h23, com o preço normal da tarifa: R$ 2,20 (inteira) e R$ 1,10 (meia).

A escolha da linha, conforme a Prefeitura, foi devido à ligação dela entre dois grandes terminais da cidade – Antônio Bezerra e Messejana-, passando por vias como av. Mister Hull, ruas Cel. Matos Dourado, Cônego de Castro, avenidas Pres. Costa e Silva e Jornalista Tomás Coelho. Até a conclusão das estações no corredor Antônio Bezerra/Centro, o veículo será um acréscimo à frota, mas a ideia é que opere exclusivamente no local após a inauguração. 

Com um aumento de 95 para 150 lugares, o veículo conta com portas elevadas para as estações do corredor, além de ar-condicionado, suspensão pneumática e câmbio automático. 

Corredor
Segundo a Prefeitura, o corredor exclusivo de ônibus Antônio Bezerra / Centro, que ligará o novo terminal Antônio Bezerra ao Centro, deve ser concluído em novembro deste ano. Com um percurso total de 8,2 km, as quatro faixas (duas em cada sentido) ao lado do canteiro central da av. Bezerra de Menezes serão utilizadas apenas pelo transporte público e as quatro faixas junto aos passeios (duas em cada sentido), que hoje funcionam como faixas exclusivas para o BRS (Bus Rapid System), serão restituídas para o trânsito de veículos particulares.

O corredor Antônio Bezerra / Centro é a primeira etapa do corredor Antônio Bezerra / Papicu, que terá extensão de 17,4km, com investimento total de R$ 187 milhões. As obras integram o plano da Prefeitura de implantação de 130 quilômetros de corredores de ônibus, com um montante de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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