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Tarifa de ônibus em Campinas será reajustada a R$ 3,30 em 1º de agosto

terça-feira, 29 de julho de 2014

As tarifas do transporte público coletivo municipal serão reajustadas a partir da zero hora de 1º de agosto, sexta-feira que vem. A tarifa vai passar de R$ 3,00 para R$ 3,30 nos ônibus do Sistema InterCamp, um aumento de 10%. A atualização da passagem será publicada na edição desta terça-feira, 29 de julho, do Diário Oficial do Município.

Junto com o reajuste, a Administração Municipal anunciará o fim do pagamento em dinheiro nos ônibus a partir de 1º de outubro.

A Prefeitura também vai encaminhar projeto de lei à Câmara Municipal propondo desconto de 50% no valor da tarifa para universitários, conquista esta obtida pelos estudantes secundaristas.


Com o reajuste de 10%, o Passe Escolar irá de R$ 1,20 para R$ 1,32. A tarifa também terá novos valores no chamado Linhão da Saúde (linha 5.02), passando de R$ 2,00 para R$ 2,20 no pagamento com o Bilhete Único e de R$ 3,00 para R$ 3,30 no pagamento em dinheiro.  O Passe Escolar nessa linha subirá de R$ 0,80 para R$ 0,88.

O último reajuste da tarifa foi em 01/01/2012, quando passou de R$ 2,85 para R$ 3,00. O índice definido pela Administração está abaixo do índice de inflação aferido nesse período de dois anos e meio. A inflação de janeiro de 2012 a julho de 2014, medida pelo IPCA/IBGE, foi de 16,85% (estimando o índice deste mês).

O custo de operação do Sistema Intercamp, calculado pela Emdec, sofreu uma elevação de 18,94%, levando-se em conta o Sistema Convencional (concessionários/empresas) e o Alternativo (permissionários/cooperativas).

Neste período o custo com mão de obra subiu 21,5%; o salário dos motoristas aumentou 19,91%; o valor dos veículos inflacionou 16,3%; e o litro do diesel teve acréscimo de 25,7%.

Dinheiro sai de circulação
Para ampliar a segurança dos usuários e operadores e garantir maior agilidade ao sistema, as passagens deixarão de ser pagas em dinheiro nos ônibus de Campinas a partir de 1º de outubro de 2014.

Em 2013 foram registrados 329 furtos e roubos em ônibus do Sistema InterCamp. A média do 1º semestre de 2014 é 34% maior que no mesmo período de 2013.

O decreto que será publicado na terça-feira extingue o pagamento em espécie tanto nos veículos do Sistema Convencional quanto do Sistema Alternativo, no ato da utilização do serviço de transporte.

Como pagar a tarifa
Para viajar no Sistema InterCamp, o passageiro terá duas opções: comprar o Bilhete  de Viagem pré-carregado com 1 ou 2 viagens, à venda em diversos estabelecimentos (bancas, farmácias, mercados, padarias, postos de combustível etc); ou adquirir créditos para o Bilhete Único na rede credenciada, sem limite mínimo de crédito a partir da 2ª recarga e sem custo adicional.

O Bilhete de Viagem não proporciona integração tarifária temporal, ao contrário do Bilhete Único.

No caso do Bilhete 1 Viagem, paga-se uma passagem – R$ 3,30 – mais R$ 2,00.  No caso do Bilhete Único 2 Viagens, paga-se duas passagens – R$ 6,60 – mais R$ 2,00. Esses R$ 2,00 poderão ser posteriormente ressarcidos se o usuário devolver o bilhete na sede da Transurc, à Rua Onze de Agosto, 757, Centro, segunda a sexta-feira, 8h às 18h, ou nos postos de venda da Transurc nos terminais de ônibus.

O Bilhete 2 Viagens, após ser utilizado, poderá ser recarregado, sempre com duas viagens. O Bilhete 1 Viagem não poderá ser recarregado.

Já o Bilhete Único, utilizado por aproximadamente 80% dos passageiros do sistema, terá suas vantagens ampliadas. A carga inicial mínima passará a ser de apenas uma tarifa (atualmente são necessárias duas). Mas a principal novidade é que, se o bilhete estiver sem saldo, o usuário ainda conseguirá usar duas tarifas, como se o bilhete “emprestasse” até R$ 6,60, a serem descontados no próximo carregamento.

O Bilhete Único garante integração no período de duas horas, descontos e gratuidades. Informações gerais podem ser obtidas pelo telefone da Transurc, 0800 014 02 04, ou pelo site www.transurc.com.br.

Números do transporte
O Sistema InterCamp possui 206 linhas e 1.243 ônibus em operação (995 do Sistema Convencional e 248 do Sistema Alternativo), sendo 744 acessíveis (59,9% da frota).

Em 2014, nos seis primeiros meses, registrou uma média de 630 mil passagens pela catraca por dia útil (240 mil usuários). São 15,4 milhões de passageiros por mês, dos quais aproximadamente 20% pagam a tarifa em dinheiro. Os demais usam Bilhete Único.

O sistema tem 970 mil cartões de Bilhete Único cadastrados.

Informações: EMDEC
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Seu ônibus na palma da mão: conheça as ferramentas de consulta às linhas municipais de Campinas

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Na tela do celular, a rota da sua linha e previsões de chegada. Para planejar as viagens nas linhas municipais, os usuários do transporte público coletivo contam com os aplicativos “Cittamobi” e Moovit, além da ferramenta “Consulta de linhas municipais”, disponível no site da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec)

Com os aplicativos “Cittamobi”, disponibilizado a partir de 2015; e Moovit, lançado em Campinas em 2022, os usuários podem consultar as previsões de chegada dos ônibus em tempo real, selecionando os pontos de parada no mapa. Assim, antes mesmo de sair de casa, é possível escolher qual linha utilizar, com base na previsão de chegada no ponto.

As ferramentas também traçam rotas e linhas possíveis para o deslocamento, a partir da localização atual e destino inserido pelo usuário. A adesão do município aos aplicativos se deu por meio de parcerias com empresas de tecnologia voltadas à mobilidade urbana.

O Cittamobi está disponível na Google Play (Android) e na App Store (iOS). No período de janeiro a dezembro de 2023, registrou, em Campinas, 31,1 milhões de acessos (número de vezes que o aplicativo foi aberto pelos usuários) a linhas municipais e intermunicipais. Também disponível gratuitamente na Google Play e na App Store, o Moovit registrou um crescimento de 23% no número de usuários em Campinas ao longo de 2023. Em ambos os aplicativos, Campinas está entre os 10 municípios com o maior número de usuários no Brasil.

Conheça algumas das funcionalidades:

Cittamobi

  • Busca por linhas: ao digitar o número da linha, é possível consultar as paradas do itinerário e tabela de horários.
  • Previsão de chegada: basta selecionar, no mapa, o ponto de ônibus desejado para visualizar as próximas linhas e previsões de chegada, em tempo real. As previsões se baseiam na localização dos ônibus por (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global).
  • Rotas: ao inserir seu destino final, o usuário recebe sugestões de rotas (por ônibus e/ou a pé) e linhas possíveis para o deslocamento.
  • Acessibilidade: é possível ativar um filtro para selecionar, nas buscas, apenas ônibus adaptados e acessíveis.
  • Favoritos: é possível indicar linhas e pontos mais utilizados para acesso rápido.
  • Aviso de desembarque ajuda a não perder o ponto final.
  • Alertas: os usuários recebem avisos sobre alterações de itinerários e desvios de rota. O Núcleo de Monitoramento de Transporte (NUMT) da Emdec, que monitora a operação das linhas municipais em tempo real, é responsável por atualizar na ferramenta as mudanças de itinerários.
 
Moovit

  • Linhas: Ao selecionar uma das linhas na tela inicial, o aplicativo mapeia a localização do usuário e o itinerário da linha. Clicando sobre o ponto desejado, é possível consultar a estimativa de chegada dos ônibus, em tempo real e os horários programados ao longo do dia.
  • Direções: Traça rotas e sugere linhas, indicando a previsão de chegada a partir da localização do usuário. 
  • Estações: Indica as paradas localizadas próximas ao endereço do usuário, bem como as linhas atendem ao ponto e previsão de chegada. 
  • Guia passo a passo: Na opção “começar”, o aplicativo mapeia o deslocamento da linha, indica o número de paradas restantes e o tempo estimado para descida. 
  • Favoritos: é possível indicar pontos e linhas mais utilizados para agilizar a utilização do aplicativo. 
  • Acessibilidade: por ser compatível com leitores de tela do Android e iOS, colabora para que pessoas com deficiência visual possam usar o transporte público. É possível regular o tamanho das letras e ícones no app, planejar rotas com menores caminhadas ou trocas de ônibus, auxiliando quem tem dificuldades de locomoção.
  • Notificações push: os usuários são alertados sobre alterações nos itinerários das linhas municipais. 

Emdec conta com ferramenta de consulta a linhas municipais

Disponível em portal.emdec.com.br/consultalinha, a ferramenta “Consulta de linhas municipais”, disponibilizada pela Emdec, permite checar, pelo nome ou número da linha, horários programados de partida em dias úteis, sábados e domingos/feriados, itinerários, empresas ou cooperativas que operam as linhas, área operacional a qual pertencem, tipo e quantidade de veículos da frota.

Informações sobre horários de partida e itinerários das linhas também podem ser obtidos nos canais digitais da Emdec – WhatsApp (19 3731-2910) e chatbot (disponível no canto inferior direito do site da Emdec). Basta digitar a linha desejada para obter os dados, gerados de forma automatizada. Ainda é possível obter informações sobre as linhas municipais pelo telefone 118, na opção 3, diretamente com os atendentes.

Informações: EMDEC

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Tarifa de ônibus em Campinas terá reajuste a partir de 01/01

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

A partir de 1º de janeiro, próximo domingo, as tarifas do transporte público coletivo de Campinas terão novos valores. Para diminuir o impacto para os usuários, a Administração municipal definiu um reajuste médio abaixo da inflação do período (dezembro de 2021 a dezembro de 2022). A recomposição será, em média, de 5,56%; enquanto a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 5,90%. A segunda integração (utilização de mais de um ônibus, pagando apenas uma tarifa, no período de 2h) não terá reajuste. 

Além da inflação, importantes insumos do custo do transporte público causaram efeito para o reajuste da tarifa. Os salários dos motoristas foram reajustados em 10%, a partir de dezembro; e terão novo reajuste, de 5%, no próximo mês de maio. No acumulado, o reajuste será de 15,5%. A mão de obra representa 45% do total do custo operacional do sistema. O óleo diesel teve aumento de 12,64%. 
“Fizemos um enorme esforço e adotamos o menor patamar possível de reajuste para a passagem de ônibus. E, a pedido do prefeito Dário Saadi, não foi aplicado reajuste na segunda integração. Também mantemos o subsídio, garantindo, dessa forma, o pagamento dos descontos e gratuidades do sistema”, enfatiza o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Vinicius Riverete. 

Novo valores 
 
Com os novos valores, a tarifa do Bilhete Único (BU) Comum passa de R$ 5,15 para R$ 5,45 (reajuste de R$ 0,30). O Vale Transporte passa de R$ 5,60 para R$ 5,90, também um aumento de R$ 0,30. 
 
O BU Escolar sobe de R$ 2,06 para R$ 2,18. O BU Universitário será de R$ 2,73; agora é R$ 2,58. 

Nas linhas Circular-Centro, a passagem passa de R$ 3,73 para R$ 3,93. E o pagamento da segunda integração fica mantido em R$ 0,45. 

Para quem comprar os créditos do sistema de transporte coletivo até o dia 31 de dezembro, os valores praticados são os antigos; e são válidos por um ano. 

A Administração municipal publica nesta sexta-feira, dia 30 de dezembro, na edição eletrônica do Diário Oficial do Município, os novos valores das tarifas. 

Informações: Prefeitura de Campinas
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Chegam a Campinas novos e modernos ônibus articulados para o sistema BRT

terça-feira, 3 de julho de 2012

Os primeiros ônibus de média capacidade, que serão o padrão de veículos que circularão nas cidades-sede da Copa do Mundo de futebol, começaram a chegar em Campinas. Dos 15 veículos previstos, oito chegaram ontem e a previsão é que até o final do mês os BRTs (da sigla em inglês de trânsito rápido de ônibus), com desenho futurista, inspirado nos modernos trens de alta velocidade, comecem a circular na região do Campo Grande.

Enquanto o corredor Campo Grande não é construído — a previsão é que a obra ficará para 2013 — os BRTs atuarão como ônibus comum. A mudança e as plenas vantagens do sistema só serão sentidas quando puderem circular em via segregada, de forma que haverá redução dos tempos de embarque e desembarque de passageiros, por ser composto de veículos com grande número de portas e de plataformas niveladas ao piso do ônibus. Outra vantagem é o pagamento fora do veículo, as estações fechadas e seguras e os mapas de informação em tempo real.

Os BRTs adquiridos pela empresa Itajaí irão circular em três linhas, a 2.12, 2.10 e 2.11 que ligarão o Terminal Itajaí ao corredor central, o Terminal Campo Grande ao Parque D. Pedro Shopping e Unicamp, e o Terminal Campo Grande ao Shopping Iguatemi. Trata-se de um sistema de transporte coletivo sobre pneus, rápido, flexível, de alto desempenho, com capacidade para 145 passageiros e que agrega mais conforto, como por exemplo, acesso à internet por sistema wireless. Os veículos têm câmeras para o motorista monitorar a entrada de passageiros e o ônibus não parte com portas abertas. Além de internet, eles terão também televisão.

Os BRTs têm carroceria Marcopolo montada sobre chassis Volvo. Esses ônibus são articulados e irão trafegar em canaleta específica, no Corredor Campo Grande, que será construído na Avenida John Boyd Dunlop e irá ligar o Terminal Central ao Terminal Campo Grande. 


Várias cidades do Brasil, como Curitiba, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro adotaram o BRT como um meio de transporte público mais barato a um sistema metropolitano (metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de veículo leve sobre trilhos (VLT). O primeiro BRT do País foi implantado em 1979, em Curitiba.

O investimento nessa frota, feito pela empresa Itajaí, foi de R$ 10 milhões, 90% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Marcopolo, a Itajaí adquiriu o modelo Viale BRT. Os ônibus têm vidros laterais colados que garantem maior visibilidade e proporcionam uma visão panorâmica aos passageiros. Além disso, contam com conjuntos óticos dianteiro e traseiro com LEDs, que garantem melhor iluminação.

Também é o primeiro ônibus urbano no mercado brasileiro a contar com Daytime Running Light, dispositivo de acendimento automático dos faróis mesmo durante o dia. Internamente, o Viale BRT inova nos conceitos de ocupação de espaço e de ergonomia. A maior largura interna, associada à configuração das poltronas, tem maior área livre e facilita a circulação dos passageiros. A altura interna também foi aumentada, permitindo a inclusão de dutos de ar, alto-falantes e espaço para propaganda nas laterais.

Os novos ônibus irão substituir os padrões da frota e ampliar sua capacidade de transporte na região do Campo Grande. A empresa irá retirar de circulação 20 ônibus padrão e colocar 15 BRTs no lugar. A Itajaí opera hoje com quatro veículos de grande capacidade, os biarticulados, e parou os investimentos nesse tipo de veículo porque os testes realizados mostraram que sem corredores exclusivos, eles não são viáveis.

Fonte: correio.rac.com.br / Foto: Cesar Rodrigues

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Tecnologia ajuda a economizar recursos no transporte público de passageiros

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Um sistema criado pela Transdata, empresa de soluções em tecnologia, promete ajudar os operadores de transporte público de passageiros a controlar melhor os gastos com combustíveis e evitar quilometragem ociosa, para otimizar as frotas e atender melhor às linhas.

Segundo a empresa, sua tecnologia, batizada de Sistema de Monitoramento e Gestão de Frota ajuda na redução do impacto do recente aumento do diesel e, principalmente, na diminuição, em até 50%, da ociosidade dos ônibus.

O sistema utiliza a telemetria para registrar e acompanhar a distância, online, diversas informações sobre o desempenho do veículo e do condutor, como o consumo de combustível, a rotação do motor, o tempo de parada com motor ligado, as acelerações e frenagens bruscas, entre outros dados.

De posse dessas informações, o gestor da frota pode desenvolver projetos específicos de melhor aproveitamento dos veículos em suas linhas de atuação, diminuindo drasticamente a quilometrada rodada em passageiros, por exemplo, nos trajetos entre a garagem e o ponto inicial ou entre o ponto final e a garagem. “Em alguns casos, a economia de combustível nesses trajetos pode chegar a 50%”, explica Devanir Magrini, diretor Comercial da Transdata.

Tudo pode ser visualizado em uma tela, como a de um rastreador ou monitorador de frotas, largamente utilizado no transporte de cargas. “O Monitoramento e Gestão de Frotas reduz o custo operacional e melhora as margens de ganho das empresas de transporte coletivo, além de aumentar a eficiência e qualidade do serviço para a população. E ainda contribui para um trânsito melhor em toda a cidade, reduzindo o desperdício de combustível”, completa o diretor da Transdata.

A Transdata Smart é pioneira no Brasil em sistema de bilhetagem eletrônica e outras soluções de automação em transporte de passageiros. Sediada em Campinas (SP), atua há 19 anos em mais de 150 cidades no Brasil, Argentina e Colômbia.

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Campinas: Venda de créditos do Bilhete Único Escolar recomeça no dia 29 de janeiro

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A venda de créditos do Bilhete Único (BU) Escolar será retomada no dia 29 de janeiro. Já o cadastramento de usuários do benefício começa no próximo dia 16. O estudante que ainda possui créditos no cartão do BU pode utilizá-los normalmente nesse período, sem qualquer tipo de restrição.

Para ter benefício ao Passe Escolar no ano letivo de 2013, os estudantes já cadastrados devem atualizar as informações; e os novos candidatos, fazer o cadastro junto à Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc).

A sede da Transurc fica na Rua 11 de Agosto, 757, no Centro. O atendimento é das 8h às 17h. O cadastramento também pode ser realizado nos postos da Transurc nos terminais Central, Ouro Verde, Campo Grande e Barão Geraldo.

O Bilhete Único Escolar garante desconto de 60% no valor da tarifa, atualmente em R$ 3,30. Ao invés desse valor, o estudante desembolsa R$ 1,32. Nas linhas Circular – Centro 5.01 e 5.01, o valor cai de R$ 2,20 para R$ 0.88. O Passe Escolar é fornecido aos estudantes dos ensinos fundamental, médio ou de cursos profissionalizantes das redes pública ou privada de Campinas, residentes na cidade e que morem a mais de mil metros do estabelecimento de ensino.
Como obter o benefício?
O estudante deve protocolar o formulário de cadastro, devidamente preenchido e assinado pelo responsável do estabelecimento de ensino, na sede da Transurc ou em um dos terminais citados acima, a partir de 16 de janeiro. Também deverá apresentar comprovante de residência de um dos últimos seis meses e cédula de identidade (ou certidão de nascimento, para menores de 14 anos).

Transurc fornecerá a cada estudante um protocolo comprovando a entrega do formulário e os documentos apresentados. Depois de 15 dias, o estudante deverá retornar ao local de entrega para, caso aprovada a solicitação, retirar a Caderneta de Frequência.

O estudante que ainda não tem o cartão de Bilhete Único Escolar deve comparecer pessoalmente à sede da Transurc, para a coleta eletrônica de sua fotografia e entrega do cartão.

Para realização do cadastro, será cobrado do estudante o valor equivalente a duas tarifas vigentes do Sistema InterCamp. Também haverá cobrança equivalente ao valor de uma tarifa para remuneração do serviço de recebimento do formulário e entrega do cartão ao estudante.

As dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), no telefone 3772-1517; ou na Transurc, pelo 0800 014 02 04 ou www.transurc.com.br.

Bilhete Único
O Bilhete Único é um cartão individual, intransferível (não pode ser utilizado por outra pessoa) e inteligente, que armazena créditos em dinheiro para o pagamento de passagens no Sistema InterCamp (sistema de transporte público coletivo municipal). Com ele, o usuário pode fazer integrações, ou seja, utilizar os veículos do InterCamp pagando uma só tarifa no período de 1h30, de segunda a sábado; ou de 2h, aos domingos e feriados.

O conceito adotado pelo BU é o da integração temporal, sem qualquer tipo de restrição de uso no sistema. O uso do cartão evita o pagamento da tarifa por meio de dinheiro, aumentando a segurança dos usuários e operadores; e proporcionando maior agilidade operacional.

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Prefeitura de Campinas lança nova licitação do transporte

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Após três anos do anúncio de uma nova licitação para o transporte coletivo de Campinas (SP), a prefeitura publicou, nesta segunda-feira (26), o aviso da concorrência para a concessão do serviço.

Segundo o TCE, as empresas não poderiam ter passado pelo sistema de avaliações técnicas dentro da licitação de preços.

Melhorias

Entre as melhorias previstas, segundo promessas feitas à época pela Prefeitura, estão adaptações para atender aos deficientes, disponibilização de Wi-Fi e metade da frota com ar-condicionado. Veja as principais mudanças previstas em audiência em março de 2018.

Criação de 06 (seis) Áreas de Operação Preferencial com maior equilíbrio entre si, em número de linhas, frotas e passageiros

Melhoria na utilização da Área Operacional Central, para o atendimento comum a todas as áreas operacionais

Melhoria da utilização da infraestrutura existente (terminais e estações de transferência)

Redução da sobreposição de linhas objetivando um sistema mais compacto e eficiente; Estabelecimento de pelo menos um Eixo Estrutural do Transporte Coletivo em cada Área de Operação Preferencial

Criação do conceito da Área Branca, polígono na região central onde somente circularão veículos do transporte coletivo público não poluentes

Criação da Rede Estrutural, ligando os eixos de transporte com a Área Branca, utilizando veículos não poluidores

Criação de novos atendimentos a demandas represadas e já identificadas dos usuários

Criação de novas opções de deslocamentos perimetrais melhorando o desempenho das linhas radiais

Melhoria na alocação dos tipos de veículos em função das características operacionais de cada linha

Estabelecimento de velocidade máxima limitada ao perfil da via, em sua maioria 50 km/h, no Sistema de Eixos Estruturais do Transporte

Ampliação da rede noturna com a adoção de linhas com o conceito de serviço 24 horas

Requalificação dos veículos da frota, incorporando itens que promovam a qualificação tecnológica, trazendo mais conforto, segurança e comodidade aos passageiros e motoristas. Dentre esses itens estão

Os veículos deverão ser equipados com Wi-Fi, CFTV, AVL, interface de comunicação com o motorista, e preparados para instalação de painéis eletrônicos de comunicação externa, comunicação por áudio sobre a próxima parada e Painel de Mensagem Variável – PMV;

Veículos acessíveis em 100% da frota.

A concorrência

De acordo com a concorrência publicada nesta segunda, o objetivo é a exploração do serviço dividida nas áreas de transporte coletivo convencional, seletivo, programa de acessibilidade e corredores do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) .

A entrega dos envelopes da concorrência está prevista para o dia 16 de outubro de 2019, às 8h30. A abertura ocorre 30 minutos depois.

O edital com as informações da licitação estará disponível a partir da quinta-feira (29) no site da prefeitura. Outras informações podem ser obtidas nos telefones (19) 3772-4018 e 2116-0783.

Informações: G1 Campinas


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Picos de 10 passageiros por metro quadrado, lentidão, falhas técnicas e opções arriscadas são o retrato do metrô paulista

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gastam-se em média três horas para ir ao trabalho ou à escola e voltar para casa na Grande São Paulo, onde vivem 19 milhões de habitantes. Há décadas, a região convive com o deslocamento da expansão demográfica para as periferias e momentos de crescimento econômico – como o dos últimos anos –, desacompanhados de planejamento urbano e de investimentos em infraestrutura de transporte coletivo. As pessoas moram cada vez mais longe do emprego. Na cidade mais rica do país, as cenas de plataformas repletas e passageiros revoltados com as condições degradantes dos trens tornaram-se rotina – quase todas as sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentam média de usuários superior a seis por metro quadrado, o máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A novidade é que o metrô, que já teve fama de eficiente, confortável e rápido, cada vez mais se assemelha ao “primo pobre”.

O número de passageiros por metro quadrado nas Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha), responsáveis por 80% das viagens, já supera o das linhas mais lotadas da CPTM (com até 8,4 por metro quadrado) nos horários de pico: na Linha Vermelha a lotação chega a 9,8. Na hora do rush, o tempo das viagens é triplicado por paradas e velocidade reduzida. “A demanda pelo metrô cresceu com o aquecimento da economia e por sua capacidade de integração com os outros meios de transporte, impulsionada pelo bilhete único”, diz o economista Eduardo Fagnani, professor da Unicamp, com tese sobre transporte público de São Paulo. “Mas era um aumento previsto: há 20 anos a demanda já atingia picos acima de 2 milhões de passageiros por dia (hoje são mais de 3,7 milhões).”

A superlotação traz mais do que desconforto no “metrô mais caro e mais lotado do mundo”, segundo Fagnani. Cerca de 40 falhas são percebidas por dia pelos funcionários do Centro de Controle Operacional do Metrô, principalmente na Linha Vermelha, devido sobretudo, de acordo com os próprios metroviários, à superlotação dos trens, que interfere no fechamento das portas nas estações e dificulta a manutenção. No ano passado, pelo menos dez dessas falhas ganharam destaque no noticiário, envolvendo problemas em portas, freios, fornecimento de energia e ventilação. Seis delas tiveram duração de mais de 30 minutos e em alguns casos o trem teve de ser esvaziado. 

No episódio mais grave, em 21 de setembro, três horas de paralisação na Linha Vermelha prejudicaram 150 mil pessoas e provocaram a depredação de 17 trens. Tudo começou com a parada de um trem fora da plataforma no horário de pico da manhã. Presos por até 50 minutos nos vagões sem ventilação – nos trens mais novos as janelas não abrem –, passageiros acionaram a abertura de emergência das portas e saíram caminhando pelos trilhos, forçando o desligamento do sistema elétrico.

Segundo o metrô, a paralisação do primeiro trem deu-se porque o sistema de sinalização indicava portas abertas em um dos vagões, o que teria sido provocado por uma blusa. Mas o laudo do Instituto de Criminalística, divulgado semanas depois, não ratificou esse argumento. Metroviários e especialistas explicaram: houve uma pressão sobre as portas por excesso de passageiros. “O mecanismo é sensível justamente para dar segurança ao sistema e, naquele ponto, o trem faz uma curva para a direita em um trecho inclinado, o que empurrou os passageiros contra as portas”, diz o engenheiro Jaime Waisman, professor de transportes públicos da USP que atuou como projetista do metrô nos anos 1980. 

“Qualquer sistema que opera no limite está sujeito a falhas, e isso, com certeza, vai se repetir”, frisa o engenheiro Sérgio Ejzenberg, também da USP. “Somos a metrópole com o metrô mais acanhado do mundo, com o menor número de linhas e o mais lotado. No mundo inteiro, o metrô é a solução para as metrópoles por ser o único sistema com capacidade de transportar 100 mil passageiros hora/sentido e permitir várias linhas em paralelo. As linhas se interligam e o embarque é pulverizado, sem necessidade de grandes estações. Aqui, em vez de uma rede de metrô, temos apenas três linhas superlotadas”, avalia. 

Como comparação, Ejzenberg observa que entre 1967 e 2000 a Cidade do México criou uma rede de 200 quilômetros de metrô, enquanto o de São Paulo, que começou a ser construído em 1968, tem 69 quilômetros. “O nosso cresce em um ritmo de dois quilômetros por ano. Barcelona construiu 80 em cinco anos para sediar os Jogos Olímpicos de 1992”, diz. 

Lentidão e suspeita

Inaugurado em 1974, o metrô de São Paulo entrou no Guiness, em 1994, por ter a maior demanda por quilômetro quadrado. Mario Covas assumiu o governo do estado, em 1995, prometendo acelerar as obras e criar a Linha 4 (Amarela), àquela altura já tida como imprescindível. A linha vai do sudoeste ao centro da cidade, conecta-se à Vermelha (leste-oeste), na estação República – até hoje gigantesca e ociosa –, à Azul (norte-sul), na Luz, e ainda à Verde (região da Avenida Paulista), dividindo o movimento em direção ao centro. Covas morreu em março de 2001. Quando foi substituído pelo vice, Geraldo Alckmin, dois meses antes, o metrô tinha crescido apenas 3,5 quilômetros na Linha Azul e 4,1 na Verde.

Nada na Amarela, cuja licitação foi aberta no final daquele ano, com previsão de conclusão em 2004, o que não ocorreu até hoje. Em outubro de 2003 o governo assinou contratos de R$ 1,8 bilhão com empreiteiras para começar a obra. Os recursos viriam de empréstimos do Banco Mundial, Bank of Japan e BNDES. A parceria público privada (PPP), que deveria financiar metade da obra, só foi assinada no final de 2006 com o consórcio Via Quatro, encabeçado pela CCR, concessionária que já explorava comercialmente as principais rodovias estaduais.

O contrato dá à empresa privada a concessão da linha por 30 anos – empreendimento seguro, uma vez que o metrô de São Paulo é o único do mundo a dar lucro operacional, de acordo com José Jorge Fagali, presidente da companhia até o final de 2010. Quem mais coloca dinheiro no negócio, porém, é o contribuinte paulista. Até o momento, a Companhia do Metrô investiu R$ 2,4 bilhões dos R$ 3,8 bilhões previstos para por a primeira fase em operação até o final deste ano, com seis estações entre Butantã e Luz – a obra completa prevê 11 estações até 2014. 

Mas o único trecho efetivamente entregue por Alckmin, depois de seis anos de gestão, foi o da Linha Lilás, que liga o Capão Redondo, na periferia da zona sul, ao largo Treze de Maio, em Santo Amaro, a 18 quilômetros do centro. Inaugurada em outubro de 2002, essa é a única linha razoavelmente vazia, já que está fora da rede, integrando-se apenas com linhas de ônibus e uma linha de trem da CPTM. 

Outra construção, um trecho de 11,5 quilômetros entre Santo Amaro e a Estação Klabin – quando a Linha Lilás se ligaria à rede do metrô pela Linha Verde –, teve a licitação, iniciada no governo Serra em 2008, suspensa por fraudes. O orçamento de R$ 6 bilhões indica um custo por quilômetro (R$ 500 milhões) bem maior que o estimado por especialistas como Ejzenberg e Fagnanin, com base em preços internacionais (R$ 290 milhões).

Gestão duvidosa

Os atrasos sucessivos para entregar as linhas do Metrô trazem prejuízos à imagem do governo, mas favorecem a farra dos “aditivos”, que inflam o valor e os prazos previstos nos contratos iniciais. Foi o que aconteceu no primeiro trecho da Linha Lilás: o contrato firmado em 2000 pela CPTM – então responsável pela obra, depois transferida ao Metrô – com a francesa Alstom, a alemã Siemens e a espanhola CAF, no valor de R$ 527 milhões, foi alterado diversas vezes, resultando em um preço final de R$ 951 milhões e um prazo de entrega ampliado de 30 para 56 meses. 

Esse é o maior dos mais de 20 contratos da Alstom com o governo paulista investigados pelo Ministério Público. Contratos suspeitos celebrados com o Metrô somam R$ 1,37 bilhão.  O primeiro inquérito do Ministério Público sobre a Alstom foi aberto em maio de 2008, depois de o Wall Street Journal revelar que a multinacional francesa era investigada na Suíça e na França por suposto pagamento de propinas a agentes públicos do Brasil, da Venezuela e de Cingapura. A Justiça suíça tinha documentos que comprovavam pagamento de US$ 6,8 milhões de propina em um dos contratos suspeitos, justamente o da Alstom para fornecer equipamentos ao Metrô e à Eletropaulo.

As investigações levaram a prisões de intermediários estrangeiros e ao bloqueio de contas de dois brasileiros no banco Safdié, de Genebra: Robson Marinho, conselheiro do TCE desde 1997, ex-tesoureiro da campanha do PSDB e chefe da Casa Civil de Covas; e Jorge Fagali Neto, irmão de José Jorge Fagali (presidente do Metrô entre 2007 e 2010) e sucessor do hoje senador tucano Aloysio Nunes Ferreira na Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos em 1994.

 A conta atribuída a Fagali Neto em Genebra recebeu US$ 10,5 milhões; a que seria de Marinho, R$ 2 milhões. O Tribunal de Contas do Estado também considerou irregulares contratos de R$ 556 milhões entre o Metrô e a Alstom. Em um dos negócios, de 2007, o então governador José Serra ressuscitou uma licitação de 1992, que pela lei das licitações teria caducado em 1997, para comprar 16 novos trens da multinacional francesa. Como os preços estavam defasados depois de 15 anos da celebração do acordo, o governo realizou uma pesquisa na internet para atualizar o valor de uma compra de meio bilhão de reais. Pagou mais de R$ 31 milhões para cada um dos trens, quantia considerada abusiva pelo TCE.

Outro contrato para modernizar o Centro de Controle Operacional (CCO), assinado em 1994 – ano em que Covas concorria ao governo do estado e Fagali Neto, suspeito do caso Alstom, era presidente do Metrô –, recebeu 12 aditivos ao longo do tempo, o que fez o valor inicial saltar de R$ 17 milhões para R$ 56 milhões. Um parecer de 14 de setembro de 2004 do conselheiro Edgard Rodrigues anota: “Ora, não é de se supor que o Metrô esteja funcionando a todo esse tempo sem o CCO. Ele está lá. É de se estranhar que para implantar um CCO se levem dez anos”.

De acordo com operadores do CCO, a reestruturação ocorreu em 1999 e até hoje os equipamentos fornecidos pela Alstom para o “cérebro tecnológico” do superlotado metrô não têm a qualidade esperada. Citam um exemplo singelo: o software instalado nos computadores provoca quedas constantes do sistema, que deveria estar permanentemente em funcionamento. 

Ganância x segurança

Em 12 de janeiro de 2007, pouco depois de Serra assumir o governo do estado, a escavação de um túnel na estação Pinheiros, da Linha Amarela, provocou um desabamento. A cratera aberta sugou uma van – com motorista e passageiros. Sete pessoas morreram e mais de 200 foram desalojadas.

Tocada pelo consórcio Via Amarela – Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Alstom –, a obra deveria ter sido fiscalizada pelo Metrô. Mas isso não ocorreu, segundo os promotores que moveram na Justiça uma ação criminal e outra civil. Se condenados, os 14 réus da ação civil – que inclui as construtoras e o presidente do Metrô na época, o engenheiro Luiz Frayse David – terão de indenizar  em R$ 240 milhões as famílias das vítimas e o estado. E serão proibidos de assinar contratos com o poder público por cinco anos. 

A argumentação feita pelo promotor Saad Maz­loum – que está no blog da promotoria – fundamenta-se nos documentos da ação criminal, que pede a condenação dos réus por imprudência e negligência. Maz­loum aponta como responsáveis pelo acidente a “desenfreada caça ao lucro, a ganância e a cupidez” das empreiteiras e o “total e deliberado desrespeito à lei e aos mais elementares princípios administrativos” por parte do Metrô.

Apoiado em laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o promotor acusa as empreiteiras de não fazer estudos e sondagens geotécnicos complementares e de ignorar sinais de instabilidade no túnel e de rebaixamento do solo constatados em medições e relatos técnicos, prosseguindo com as obras em ritmo acelerado. Tudo com a cumplicidade do Metrô. O objetivo, na opinião do promotor, era economizar custos, uma vez que, por exigência dos financiadores da obra, o contrato foi assinado em modelo turnkey – preço fechado – para impedir os malfadados aditivos. 

Em meio ao escândalo provocado pelo acidente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos demitiu o então presidente do Metrô e o substituiu por um engenheiro com muitos anos de casa. José Jorge Fagali ostentava o crachá funcional número 2 e era gerente de custos, em 1994, quando seu irmão, Fagali Neto, assumiu a secretaria. José Jorge concedeu entrevista à Revista do Brasil agora em dezembro, dias antes de deixar a presidência, sem comentar o bloqueio da conta atribuída ao irmão na Suíça – sobre isso preferiu divulgar nota negando envolvimento no caso. 

A reportagem questionou os problemas que afetam diretamente os usuários: a superlotação e as falhas técnicas, fatores que, segundo ele, não estão relacionados. O executivo reconheceu a demora na entrega da Linha 4 (Amarela), que teve apenas duas estações postas para funcionar parcialmente no ano passado, a poucos meses da eleição. E garantiu que as seis estações da primeira fase da linha estão prontas, atribuindo o atraso da entrada em operação aos testes do novo sistema de sinalização – CBTC –, implantado pela Siemens, que dispensa a presença de condutor no trem.

Depois do escândalo provocado pela investigação suíça, o Metrô assinou pelo menos mais um contrato com a Alstom, de R$ 706 milhões, justamente para fornecer o mesmo sistema de sinalização de trens para as linhas já existentes. “Os testes demoram porque antigamente havia um sistema de sinalização que era mais simples, mas o trem parava a 150 metros um do outro; nesse sistema o trem pode parar a 15 metros do outro. Com isso, o intervalo entre eles diminui e é possível colocar mais composições na linha, carregando mais passageiros”, afirmou, citando dois exemplos de implantação do sistema, uma linha em Barcelona e duas em Paris (com rede de 212 quilômetros de metrô). 

“Quem não precisa não troca de sistema. Por que estou substituindo? Para aumentar a oferta de trem. Sem aumentar a oferta nas linhas que estou operando não há como enfrentar a demanda”, disse José Jorge. Atualmente, o metrô de São Paulo tem o terceiro menor intervalo do mundo entre trens: 115 segundos (Moscou tem 90 segundos; Paris, 95 segundos). Com a mudança, o Metrô espera reduzir o intervalo para 75 segundos. 

A ideia de resolver a superlotação colocando mais trens preocupa os funcionários da companhia, acostumados às falhas técnicas das linhas, quase sempre resolvidas pela operação manual dos condutores. Qualquer usuário do horário de pico está acostumado a ter a viagem prolongada por redução de velocidade e sucessivas paradas anunciadas pelos alto-falantes “para aguardar a movimentação do trem à frente”. Como seria se as linhas tivessem mais trens?

José Jorge admitiu que a redução do intervalo é uma solução arriscada para o pequeno e lotado metrô: “Você tem razão, mas é preciso entender o plano como um todo, que tem a parte de expansão também. Se não fechar a rede, não botar mais linhas, chegaremos num ponto em que não tem mais o que fazer”. “Vira uma panela de pressão?”, questionou a reportagem. “Isso, com certeza”, confirmou. Naquele momento, 22 de dezembro de 2010, o Metrô previa uma expansão de 66,7 quilômetros de linha até 2014. 

Duas semanas depois, Jurandir Fernandes assumiu a pasta dos Transportes Metropolitanos, a qual já havia ocupado na gestão anterior de Alckmin, período em que se concentra o maior número de contratos investigados no caso Alstom. No dia 10 de janeiro, o secretário anunciou o cancelamento dos planos de expansão, exceto da Linha Amarela – ainda ela –, que seria entregue até a Copa de 2014. O investimento previsto para o metrô será direcionado para a instalação de trens-bala, tecnologia em que a Alstom é uma das maiores fornecedoras mundiais, ligando a capital paulista aos municípios de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Santos. É melhor que os visitantes fiquem longe da “panela de pressão”. 



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Emdec define novas regras para o cadastro do Bilhete Único Escolar

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) estabelece novas regras para a atualização cadastral ou inscrição de novos candidatos para o uso do Bilhete Único (BU) Escolar. Agora, os estudantes do ensino fundamental e médio têm a opção de realizar o cadastro também de maneira online, além do uso do formulário impresso. Para os estudantes de cursos profissionalizantes e do EJA (Ensino de Jovens e Adultos), apenas por formulário online.

O cadastro online já é praticado para os estudantes que utilizam o Bilhete Único Universitário. A intenção da Emdec é agilizar o processo de cadastro. “Nós queremos facilitar a vida dos usuários, simplificar o processo, deixando-o mais ágil. É um aprimoramento da maneira de cadastro, que começou de forma online com o Bilhete Universitário e agora é estendido para o Escolar”, revela o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.

O cadastro para o Bilhete Escolar e o Universitário foi retomado nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro. A venda dos créditos retorna a partir de 18 de janeiro. O preenchimento do formulário online pode ser feito no site da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), no endereço eletrônico www.transurc.com.br.

Outro avanço é a extinção da Caderneta de Frequência. Agora, o aluno não precisa que ela seja carimbada, mensalmente, na secretaria da escola. Além disso, a aquisição dos créditos pode ser feita em toda a rede credenciada. “Com essa novidade, o aluno tem a disposição mais de 300 pontos de venda de créditos; e a possibilidade de realizar várias ações remotamente, sem a necessidade de ir até a sede da Transurc”, avalia Barreiro.

Benefício do cartão
O Bilhete Único Escolar, cartão na cor azul, garante desconto de 60% no valor da tarifa de ônibus do transporte público coletivo de Campinas para os estudantes do ensino fundamental e médio e de cursos profissionalizantes, que residem em Campinas e morem a mais de 1 km do estabelecimento de ensino das redes pública e privada do município. Com isso, ao invés de pagar R$ 3,80 pela tarifa, o estudante desembolsa R$ 1,52.

O Bilhete Único Universitário, cartão cinza, proporciona 50% de desconto no valor da tarifa para alunos de graduação em regime integralmente presencial, morador em Campinas, regularmente matriculado em instituição de ensino superior do município e que resida a mais de 1 km da universidade. A viagem, com o cartão, custa R$ 1,90. Convém destacar que o Bilhete Único garante a integração no sistema de transporte público coletivo do município por um período de 2h.

As regras para o Bilhete Escolar e Bilhete Universitário estão nas resoluções 12/2016 e 13/2016, respectivamente, que foram publicadas na edição desta segunda, 11 de janeiro, do Diário Oficial do Município (www.campinas.sp.gov.br/diario-oficial), a partir da página 18.

Para mais informações, o usuário pode utilizar o Disque Transurc, no número 0800 014 02 04.

Informações: EMDEC


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Mercedes-Benz expande operações na América Latina

domingo, 14 de junho de 2015

O Grupo Daimler dá mais um salto marcante em sua expansão na América Latina. A Companhia inaugurou no fim de maio uma nova fábrica de ônibus na Colômbia, localizada na cidade de Funza, região metropolitana de Bogotá, capital do país. O evento contou com a presença do presidente da república, Juan Manuel Santos Calderón, juntamente com autoridades, parceiros e convidados, bem como, funcionários e executivos da Empresa.

“Este é um momento muito importante para a nossa Empresa e para o Grupo Daimler, que deu todo o apoio para a construção da nova planta”, disse Mathias Held, presidente da Daimler Colômbia. “Podemos assim atender às novas necessidades e exigências do mercado colombiano, satisfazendo às mais altas expectativas dos clientes locais”.

“Com um investimento de mais de 5 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 2 milhões), temos hoje nossa primeira planta de ônibus com a avançada tecnologia BlueTec 5 da Mercedes-Benz, que oferece benefícios em termos de eficiência e consumo de combustível, reduzindo também as emissões de poluentes”, diz Mathias Held. “Assim, seguimos avançando com o compromisso de oferecer ao mercado veículos para transporte coletivo que atendem às normas vigentes em todas as cidades colombianas e nos demais países da região”.

A Mercedes-Benz do Brasil é parceira da nova fábrica, fornecendo chassis de ônibus em regime CKD (veículo completamente desmontado) para produção final da nova linha de montagem em Funza.

Presença histórica e tradicional na Colômbia

A marca Mercedes-Benz está presente na Colômbia desde 1948. No ano de 1998, a representação local passou a ser uma filial do Grupo Daimler. Desde então, a Daimler Colômbia tem vivenciado uma constante expansão em sua organização, bem como em sua rede de concessionários e distribuidores autorizados. Atualmente, são mais de 15 parceiros de negócio nas principais cidades do país.

Os veículos montados ali alcançaram rápido sucesso no mercado devido a segurança e conforto proporcionados pela tecnologia de ponta e excelência da qualidade Mercedes-Benz, e também ao avançado sistema de controle de emissões, atendendo especialmente às normas ambientais do SITP (Sistema Integrado de Transporte Público) da cidade de Bogotá, o Transmilenio, referência mundial em transporte coletivo.

A Mercedes-Benz tem forte presença no SITP, com mais de 60% de participação nos veículos novos integrados a este sistema. Como consequência, está agora expandindo a montagem de chassis de ônibus com a inauguração da nova planta.

Há mais de 15 anos, a Daimler Colômbia atua no mercado do transporte coletivo urbano de massa em seu país, o que envolve os sistemas de Bogotá, Pereira, Bucaramanga, Medellín e outras importantes cidades. São mais de 3.000 ônibus de alta qualidade e tecnologia de ponta rodando por suas vias, além de um modelo único de serviço de manutenção da Daimler durante 24 horas por dia e 7 dias por semana. Esse serviço monitora o funcionamento de cada um destes veículos, a fim de manter os sistemas de segurança, garantir o ótimo nível de emissões, aumentar a vida útil dos componentes e diminuir os custos operacionais para os clientes.

Capacidade inicial para produção de 4.000 chassis de ônibus por ano

Devido à alta demanda por ônibus de última tecnologia, a Daimler Colômbia decidiu apostar na nova planta, que conta com uma área de 11.000 metros quadrados e que terá uma capacidade instalada de 4.000 unidades por ano em sua fase inicial de operação.

Num primeiro momento, serão montados ali seis modelos de chassis de ônibus, com o intuito de serem novas referências no transporte de passageiros no País, indicados para aplicações como os sistemas integrados de transporte urbano, serviços intermunicipais, serviços especiais e transporte escolar. Esse portfólio atende assim à demanda por veículos de alta qualidade com a melhor tecnologia e com maior segurança nas vias.

O maior fabricante de veículos comerciais da América Latina

Com a inauguração da nova fábrica de chassis de ônibus em Funza, na Colômbia, a presença da Daimler está cada vez mais forte na América do Sul, o que reforça seu posicionamento de maior fabricante de veículos comerciais da América Latina.

A Mercedes-Benz do Brasil é responsável por todos os negócios do Grupo Daimler na América Latina, bem como pela operação de cinco unidades industriais. São três unidades no Brasil (caminhões, chassis de ônibus e agregados são produzidos em São Bernardo do Campo/SP; caminhões em Juiz de Fora/MG; e central de distribuição de peças e pós-vendas em Campinas/SP); uma planta na Argentina (para fabricação de veículos da linha Sprinter, caminhões e chassis de ônibus); e a recém inaugurada unidade na Colômbia (montagem de chassis de ônibus).

A Daimler Latina concentra a responsabilidade pelas atividades comerciais de produtos das marcas Mercedes-Benz, Fuso, Freightliner, Thomas Built Buses, Western Star e Detroit Diesel em 43 países da região, com exceção do Brasil e da Argentina, que já possuem operações próprias de seus negócios; e do México, que integra outra divisão com os Estados Unidos.

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