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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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Grande Recife Consórcio de Transporte completa um ano

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Grande Recife Consórcio de Transporte completa, hoje (08/09), seu primeiro ano de atividade. A iniciativa – primeira experiência de consórcio público na área de transporte metropolitano do País – traduz o compromisso do governo estadual com a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos aos mais de 1,8 milhão de usuários que utilizam diariamente o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Após um ano de atividades, o consórcio trouxe avanços importantes para o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, entre os quais destacamos: a implantação do novo modelo de bilhetagem eletrônica; a retomada das obras de construção de novos terminais de integração do Sistema Estrutural Integrado - SEI (paradas há mais de dez anos); a realização da I Conferência Metropolitana de Transportes, responsável pela eleição direta dos representantes dos usuários do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) e o início do processo de licitação das linhas. Atualmente, o consórcio é formado pelo Estado e pelos municípios de Recife e Olinda. Municípios como Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Abreu e Lima e Paulista estão buscando o atendimento das exigências para garantir seu ingresso. Os outros oito municípios da RMR já assinaram cartas de intenção e farão uma adesão gradativa ao longo dos próximos anos. Graças ao seu formato institucional (multifederativo) – onde estado e prefeituras assumem o papel de entes consorciados – o Grande Recife está apto, entre outras coisas a obter financiamentos e recursos de organismos/instituições nacionais e internacionais, o que seria impossível se não houvesse o caráter de gestão metropolitana. Para o presidente do Grande Recife, Dilson Peixoto, o primeiro aniversário é um momento de reflexão e planejamento. “Houve uma evolução importante para o STPP, mas queremos muito mais. Este primeiro ano foi essencial para a consolidação do modelo institucional e o desenvolvimento de vários projetos e ações. Mas o trabalho está só começando e os desafios são enormes. E isso nos dá ainda mais responsabilidade e estímulo”, afirmou. O secretário das Cidades, Humberto Costa, enfatiza a importância do consórcio para o estado. “O Grande Recife é o resultado de uma política de governo, de um compromisso assinado pelo governador Eduardo Campos e ratificado por toda sua equipe. A implantação de uma iniciativa deste porte, inédita no País e com tantos frutos importantes nos dá muito orgulho”, destacou.


Veja aqui um resumo das principais conquistas:
  • Definição de regras mais eficientes e uma política clara de renovação e modernização da frota de ônibus da RMR (incluindo a instalação de câmaras de segurança em praticamente 100% da frota, além de aparelhos de GPS);
  • Adoção do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) para a aplicação de reajuste, de caráter anual, para as tarifas do STPP/RMR. - Participação efetiva nas discussões nacionais sobre a concessão de subsídios para a área de transporte público de passageiros;
  • Desenvolvimento de projetos inovadores, como o Transporte Rápido Por Ônibus (TRO) e do corredor Norte/Sul;
  • A renovação da frota de ônibus com mais de 430 veículos, comprados durante este período.
  • A realização da I Conferência Metropolitana de Transporte, em novembro de 2008, que elegeu, por votação popular, os quatro representantes usuários para o Conselho Superior de Transporte Metropolitano.
  • Reconstrução do Terminal Integrado da Caxangá em dezembro de 2008 que após as obras de requalificação executadas pela Prefeitura do Recife foi entregue ao governo estadual, que repassou os equipamentos ao Grande Recife Consórcio de Transporte. Graças às melhorias o TI passou a fazer parte do Sistema Estrutural Integrado – SEI.
  • Retomada das obras de construção de novos terminais de integração do SEI (paradas há mais de dez anos). Além da construção de três terminais, com recursos do tesouro estadual - Pelópidas Silveira (inaugurado no último dia 19 de agosto), Cabo (em fase de conclusão de obra) e Xambá, o Grande Recife assumiu a responsabilidade por mais oito terminais integrados e três corredores de ônibus. Estes projetos serão executados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da caixa Econômica Federal. O investimento, nestes últimos empreendimentos, é de aproximadamente R$ 60 milhões.
  • Implantação do novo modelo de bilhetagem eletrônica. Moderno, com integração de várias soluções e mais econômico que o anterior, o novo modelo possibilita, entre outras coisas, a descentralização do processo de carregamento dos créditos em cartões eletrônicos e a ampliação do universo de usuários atendidos pelo sistema de bilhetagem com a inclusão de usuários avulsos, idosos, pessoas com deficiência e crianças menores de seis anos;
  • Desenvolvimento de ações e programas voltados ao atendimento de pessoas com deficiência e idosos (incluindo campanhas educativas em parceria com a sociedade civil organizada).
  • Criação do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que substitui o antigo Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos (CMTU), que tem atribuições importantes para o sistema como: a definição da política tarifária, regulação normativa do STPP/RMR e a consolidação dos contratos de gestão ou convênios com outros municípios que se utilizem dos serviços do Grande Recife Consórcio de Transporte.
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Faixa azul da Avenida Recife aumenta velocidade dos coletivos em 56%

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Com um mês de funcionamento, a Faixa Azul da Avenida Recife promoveu um ganho de 56% na velocidade média dos ônibus, que passou de 14,8 km/h para 23,1 km/h, no horário de pico, que vai das 6h às 9h. Já no período entre 17h e 19h, o ganho foi de 47%, passando de 14,1 km/h para 20,7 km/h.

Pelo corredor passam 29 linhas de ônibus, diariamente, totalizando 1.660 viagens. São 82 mil passageiros utilizando os 3,6 km de faixa exclusiva por dia, que já sentem a melhora na mobilidade no percurso. A ação é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, que já implantou 32 kms de Faixas Azuis desde 2013.

O balanço foi divulgado na manhã desta sexta-feira pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife. "A Avenida Recife é a sétima via a receber a Faixa Azul na cidade, e ao todo, os corredores beneficiam mais de 635 mil passageiros. Agora, as pessoas que utilizam o transporte público chegam mais rápido aos seus destinos, o que é muito bom", destaca o secretário João Braga.

A Faixa Azul funciona de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h. Além dos ônibus, os táxis do município do Recife também têm acesso aos corredores. Os demais veículos só podem entrar no corredor quando precisarem realizar conversões e acessar os lotes à direita. A sinalização horizontal mostra aos condutores, quando a linha for pontilhada, que é possível entrar na faixa. A fiscalização já está valendo, e os motoristas que forem flagrados utilizando a faixa irregularmente estarão passíveis a multa gravíssima, no valor de R$ 191,54 e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Com a implantação da Faixa Azul da Avenida Recife, Prefeitura do Recife alcançou a marca de 32 kms de Faixa Azul implantados. Atualmente, a ação está também nas avenidas Marechal Mascarenhas de Moraes, Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar, além das ruas Cosme Viana e  Real da Torre. No total, Recife passou a ter cerca de 54 quilômetros de corredor exclusivo para ônibus, contando com os corredores que já existiam na cidade antes da Faixa Azul. Isso representa um aumento de cerca de mais de 155% no número de quilômetros de prioridade para o transporte público no Recife desde  2013, quando a cidade possuía pouco mais de 20 kms de faixas exclusivas.

A implantação dos corredores exclusivos garantiu um aumento significativo na velocidade média dos coletivos. Na Faixa Azul da Avenida Mascarenhas de Moraes, os ônibus passaram de 21 km/h para 35,4 km/h, o que representa um ganho total de 66,6% na via. Já na Avenida Herculano Bandeira, onde a implantação da Faixa Azul aconteceu em junho de 2014, a velocidade saiu de 11 km/h para 24 km/h - um aumento de 118%. Já na Rua Cosme Viana e na Avenida Conselheiro Aguiar, houve um ganho de 38,8% (de 18 km/h para 25 km/h) e 49% (de 13.1 km/h para 19.5 km/h) na velocidade média dos ônibus, respectivamente.

Informações: Diário de Pernambuco
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Em Recife, Fórum de Mobilidade Urbana relata os problemas a serem enfrentados e a falta de investimentos em transporte público

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Urbana-PE e o Observatório do Recife (ODR) promoveu o Fórum Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida no Brasil e em especial na Região Metropolitana do Recife, foram feitos esplanações sobre a real situação do problema como falta de infra-estrutura nas grandes cidades, desde calçadas mal conservadas, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, desorganização do trânsito e a falta de punição aos infratores como também falta de informações nas paradas de ônibus (Itinerários e horários) na qual muitas paradas são mais publicidade do que informação ao usuário, além da falta de abrigos adequados em muitos locais da cidade do Recife.
O tema também relatou o colapso no trânsito que teremos na cidade do Recife se não forem tomadas providências a curto, médio e longo prazo, como investimentos ousados em transporte público como corredores de ônibus, informação nas paradas, ônibus de qualidade, profissionais qualificados entre outros.
Para se ter uma idéia, são 8 mil novos veículos/mês que entram em operação na cidade do Recife, são números assustadores que levam os próprios motoristas reclamarem com eles mesmos, ou seja, já é de conhecimento da maioria dos condutores que o tempo gasto hoje na cidade do Recife em horários de pico equivale ao tempo gasto pelo ônibus, e em localidades como a zona leste, onde existe corredores exclusivo para ônibus como o da Av. Caxangá, já é possível levar menos tempo dentro do ônibus do que fazendo o mesmo percurso dentro de um carro, daí a importância de investimentos maciços em corredores para ônibus.
Porém vale salientar que nos últimos anos a cidade do Recife não vem investindo em corredores como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Uberlândia e Florianópolis, por enquanto são projetos audaciosos que não saíram do papel de fato, e pra complicar, a prefeitura da cidade do Recife não contrata novos agentes de trânsito há anos, deixando a cidade totalmente sem fiscalização, aumentando assim os engarrafamentos.
Se os poderes executivos (Governo e Prefeituras) mantiverem esse ritmo(lento) de cuidado com a mobilidade urbana na região metropolitana, teremos o colapso total em poucos anos, pois colapso no transito e no transporte público  já estamos vivendo, só falta agora parar. ‘’Clayton Leal’’
O encontro aconteceu no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Boa Vista.
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Recife: Terminal Integrado Tancredo Neves, Vantagens e Desvantagens

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desde a mudança das cores tradicionais das empresas de ônibus, linhas antigas com mais de 40 anos de existência estão prestes a desaparecer, os costumes e tradições de pegar o seu ônibus bairro no centro da cidade nunca foi tão ameaçado como agora, depois de Paulista e Camaragibe, a bola da vez agora é o Tancredo Neves e as mudanças não vão ficar por aí, ainda há outros 09 novos terminais que serão entregues ainda este ano prometendo ainda muitas discussões e polêmicas neste novo método adotado pelo Governo do Estado.
Para fortalecer as opiniões dos prós e contras do novo Terminal Integrado Tancredo Neves, que será entregue agora em janeiro a população, o Blog Meu Transporte trás para os leitores as vantagens e desvantagens sobre a implantação deste terminal que pretende atender mais de 70 mil pessoas por dia, este terminal é um dos mais de 09 terminais que serão entregues nos próximos meses pelo Governo do Estado, na qual mudará o atual sistema de transporte, assim como aconteceu em Paulista com o Terminal Pelópidas Silveira e em Camaragibe, outro terminal a ser inaugurado e que está gerando polemicas é o Tancredo Neves, porém o blog vem a mostrar as vantagens e desvantagens a serem observadas pelos usuários e lideranças comunitárias que irão decidir as futuras linhas dos bairros do Ibura, Jordão e COHAB que ficam na Zona Sul da cidade.
Vantagens:
Algumas linhas que serão integradas terão suas tarifas reduzidas para o anel A, ou seja, tarifas de R$ 2,45 e R$ 3,10, casos das linhas para Boa Viagem e a linha Candeias/Dois Irmãos que vai ser desmembrada e transformada em Candeias/Tancredo Neves vão passar a custar R$ 2,00.
As comunidades atendidas terão suas linhas integradas a outras linhas de ônibus e também ao Metrô, na qual muitos usuários poderão ir ao centro.
Também vale salientar que em breve o Metrô da linha Sul será interligado ao sistema VLT (Veículos leves sobre trilhos), está integração acontecerá na estação de Cajueiro Seco e entrará em operação em março de 2012, ou seja, uma pessoa que sai do Ibura poderá pegar um ônibus, descer no T.I de Tancredo Neves, tomar o Metrô e ainda entrar no VLT pagando apenas R$ 2,00. A vantagem é que o usuário poderá usar até três modais de transporte pagando uma única tarifa que ligará a cidade do Recife ao Cabo de Santo Agostinho.
Segundo o GRCT, haverá um ganho de tempo de 10 minutos com a integração no sentido do centro da cidade.
Desvantagens:
Bem diferente do Terminal Integrado de Paulista, o Tancredo Neves não possui corredores de ônibus em seu acesso, ou seja, os ônibus com destino ao terminal e também ao centro (Tancredo/Cde da Boa Vista) poderão ficar presos nos engarrafamentos, deixando a idéia de integração por água abaixo, visto que uma das principais colocações do Consórcio Grande Recife de Transporte é o ganho de tempo. Um Mau exemplo está sendo visto com os desvios feitos pelo GRCT com a CTTU, na qual colocaram linhas de ônibus pela Rua Imperial, mesmo percurso a ser realizado pela linha (Tancredo/Cde da Boa Vista)proposta.
Baldeação: O método de descer de um ônibus e subir em outro de certa forma é muito desconfortável para idosos, deficientes e mulheres com criança de colo, ou seja, hoje a viagem é feita com apenas um embarque e a proposta é realizar o mesmo trajeto com dois ou até três embarques.
A linha Tancredo Neves/Conde da Boa Vista a ser criada vai ter sérios problemas em seu percurso, visto que a Avenida Mascarenhas de Moraes não tem preferências para ônibus.
Horários poderão não ser cumpridos devido aos engarrafamentos, na qual vai possibilitar a criação de longas filas no terminal, fato este bastante comum nos outros terminais.


Foto: Clayton Leal
Futuras integrações
Terminal Integrado Tancredo Neves para a Estação de Cajueiro Seco
Este terminal é essencial para o pleno funcionamento do T.I Tancredo Neves, pois este terminal fará ligação entre 03 modais de transporte (Metrô, VLT e Ônibus) além de ligar a cidade do Recife com bairros de Jaboatão dos Guararapes e ao Cabo de Santo Agostinho. Este terminal vai ser inaugurado em Março e funcionará nos mesmos moldes do Tancredo, onde as linhas de ônibus de Muribeca, Prazeres e Cajueiro Seco serão integradas.
Terminal Integrado Tancredo Neves a Estação do Largo da Paz
Este Terminal ainda está sendo construído e o prazo de entrega é em 2012, na qual vai possibilitar a ligação dos usuários da linha sul do metrô com ônibus para zona oeste da cidade como, por exemplo: Madalena, Torre, entre outros;
Terminal Integrado Tancredo Neves para o Terminal de Joana Bezerra
Este terminal está totalmente saturado e com plenos desconfortos, ou seja, as paradas de ônibus são provisórias, sem nenhuma estrutura como bancos, por exemplo, sem falar que ao descer do Metrô, o usuário tem que andar e muito para chegar ao ponto de embarque.
Terminal Integrado Tancredo Neves para a Estação do Recife
O Terminal Integrado do Recife possuí apenas 03 linhas de ônibus integradas, porém a quantidade de usuários é muito maior que o espaço físico oferecido, ou seja, com está integração, o aumento de usuários vai aumentar e muito, e para piorar ainda mais, os ônibus que param neste terminal não são articulados.
Finalização
Enfim, este é um modelo já considerado por alguns especialistas como ultrapassado, pois novos modelos começam a surgir como, por exemplo, o Bilhete Único nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que oferecem aos usuários a oportunidade de outro embarque em outro ônibus, metrô ou trem num período de 02 horas, e a cidade do Rio já estuda ampliar para 03 embarques pagando uma única tarifa, já o Bilhete Único de São Paulo possibilita até 04 viagens pagando apenas uma tarifa.


Blog Meu Transporte
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Governo de Pernambuco lança edital para construção de 52 km de corredores de ônibus

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Esta manhã foram lançados os editais de licitação para as obras que serão realizadas até a Copa do Mundo de 2014, inicialmente o Terminal Integrado Cosme e Damião, em São Lourenço da Mata; a implantação de 52 de corredores exclusivos de Transporte Rápido de Ônibus (TRO) nos eixos Norte-Sul, Leste-Oeste e Ramal Cidade da Copa, dentro do Programa Estadual de Mobilidade (PROMOB). Além dessas intervenções, o plano prevê ainda a implantação de corredores de transporte público na Avenida Norte Miguel Arraes e na BR-101 que serão licitados em outro momento.

Saiba mais sobre as obras:

Os corredores Norte-Sul, Leste-Oeste e Ramal da Copa ligarão a capital às cidades de Olinda, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Igarassu, Abreu e Lima e Paulista. O projeto também vai requalificar as vias, construir elevados, viadutos, túneis e estações. Todos os ônibus irão operar no sistema TRO (Transporte Rápido de Ônibus) e serão equipados com ar-condicionado, sistema de segurança através de registro de imagens, contagem eletrônica de passageiros e GPS. A tarifa também será cobrada antes de o passageiro entrar no ônibus e os embarques e desembarques serão feitos em miniestações construídas no mesmo nível dos coletivos, agilizando o tempo de parada dos veículos. Cidades como Bogotá (Colômbia), Johanesburgo (África do Sul) e Curitiba (Brasil) já operam hoje com esse sistema.

Agamenon Magalhães – Quatro viadutos vão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães, entre a Ilha do Leite e o Parque Amorim: um na entrada para a Rosa e Silva (do Português/Mac Donald); um iniciando na Rui Barbosa, em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e cruzando a Agamenon Magalhães até o Americano Batista; outro do Colégio Contato, na Dom Bosco, até o Hospital da Restauração e o último saindo da Paissandu e indo até o outro lado da pista, no canteiro central. Até o mês de novembro o estudo técnico e o projeto básico e executivo estará pronto para que a obra seja licitada.

Corredor Leste-Oeste - será responsável pelo transporte dos passageiros que vai da Praça do Derby até o Terminal Integrado de Camaragibe, atravessando a avenida Caxangá, onde as paradas serão substituídas por estações. Com 12,5 km de extensão, o corredor vai passar por 22 estações e atender aos terminais integrados da Terceira Perimetral, que será construído no cruzamento da Avenida Caxangá com a General San Martin; de Camaragibe; e da Quarta Perimetral, na BR-101. Também serão construídos três elevados: um próximo ao Bompreço, da Benfica; outro na Terceira Perimetral, próximo ao Hospital Getúlio Vargas; e mais um no Engenho do Meio. Na Praça João Alfredo, ao lado do Museu da Abolição, na Segunda Perimetral, vai ser construído um túnel e um viaduto será erguido próximo à UPA da Caxangá. Com uma demanda de 126 mil passageiros/dia, a obra tem um valor estimado de R$ 164 milhões.

Corredor Borte Sul - A primeira etapa vai do Terminal Integrado de Igarassu até a Estação Central do Metrô, no centro do Recife, passando pela PE-15, pelo Complexo de Salgadinho e pela Avenida Cruz Cabugá. O percurso de 33,2 km vai ter 31 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. Além disso, um viaduto e um elevado serão construídos nos Bultrins e outro elevado em Ouro Preto. Investimento: R$ 155 milhões e expectativa de atendimento de 146 mil passageiros/dia.

Ramal Cidade da Copa: O Ramal Cidade da Copa vai da Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, próximo à Estação de Metrô, até a Cidade da Copa e a BR-408, que está sendo duplicada. Será uma pista exclusiva de ônibus e duas de carros em cada sentido, passando pelo Terminal Integrado Cosme e Damião. O investimento é de R$ 138 milhões e o atendimento de 20 mil passageiros/dia. Extensão: 6,3 Km.

O TI Cosme e Damião - O Terminal Integrado Cosme e Damião, que será construído ao lado da Estação do Metrô, em São Lourenço da Mata, receberão um investimento de R$ 19 milhões. Na área de 7.625.74m² serão construídas duas plataformas de embarque e desembarque, uma para o Transporte Rápido de Ônibus (TRO) e outra para o modelo de transporte convencional, além de dois quiosques, quatro lojas, uma lanchonete e um bicicletário. Todo o terminal integrado será construído com pisos táteis, facilitando a acessibilidade.


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Grande Recife: Governo apresenta plano de acesso para copa

terça-feira, 20 de maio de 2014

Metrô, ônibus circular com saída de estacionamentos periféricos e BRT (Bus Rapid Transit). Essas serão as três principais formas de se chegar à Arena Pernambuco durante os dias de jogos da Copa do Mundo 2014. O governo do estado divulgou, nesta terça-feira (20), o esquema de mobilidade para as cinco partidas do Mundial que irão acontecer no Recife.  A principal novidade em relação ao que ocorreu na Copa das Confederações de 2013 é o novo acesso rodoviário, pelo Ramal Externo da Copa, aliviando o tráfego nas BRs 232 e 408.

Para a Secretaria Extraordinária da Copa, a prioridade de acesso ao estádio continua sendo  do transporte público, inclusive porque haverá sete bloqueios nas rodovias e será proibido o embarque e desembarque na BR-408, com fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os táxis só poderão seguir até o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), de onde os torcedores devem acessar o metrô e seguir até a Estação Cosme e Damião.

A previsão é transportar 33% dos torcedores por metrô, 44% via estacionamentos periféricos e 13% por BRT. Outras formas de chegada correspondem a 10%. "Queremos distribuir melhor a chegada dos torcedores.Vamos redestribuir isso. Na Copa das Confederações, priorizamos o metrô. Agora, teremos mais um acesso rodoviário, mais um estacionamento periférico, tudo para dar mais conforto a esses torcedores", destacou Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Secopa.

Metrô
O metrô segue como o principal modal e contará com 24 trens. Haverá serviço especial - que possibilita a troca de pulseiras - nas estações Aeroporto, Tancredo Neves, Antônio Falcão, Joana Bezerra, Recife, Rodoviária e Camaragibe. Na estação Cosme e Damião, os torcedores mostram o ingresso e recebem a pulseira, para acessar os ônibus circulares no Terminal Integrado. O valor do bilhete é R$ 7,50, que dá direito a todo o percurso.

No caso de torcedores que irão utilizar a passarela Aeroporto-Metrô, o valor será R$ 8,05, porque a passarela é gerida pelo Grande Recife Consórcio de Transportes. O intervalo dos trens na Estação Cosme e Damião está previsto em cinco minutos. A estação estará em total funcionamento, com duas escadas rolantes, duas rampas de apoio e dois elevadores, de acordo com a Secretaria das Cidades.

No primeiro jogo, que termina à meia-noite, haverá um esquema especial. Até as 2h, estarão abertas para desembarque apenas as estações Recife e Aeroporto, já que o metrô funciona normalmente até as 23h. Do TI Recife, sairão ônibus até o terminal bacurau no Cais de Santa Rita. No TI Aeroporto, sairão ônibus até o setor hoteleiro de Boa Viagem.
Em relação à sinalização, o coordenador de operações da CBTU, Maurício Meireles, garantiu que as estações do metrô do Recife serão adesivadas para informar o esquema de acessso à Arena, inclusive para turistas estrangeiros. Totens informativos também devem ser instalados.

BRT
O Corredor Norte-Sul estará com quatro ônibus operando, com saída do Terminal Integrado da PE-15, em Olinda. Da integração, os veículos seguem até a Rua do Sol, centro do Recife, onde os torcedores devem adentrar na Estação do BRT da Avenida Guararapes, para seguir no Corredor Leste-Oeste.

No Corredor Leste-Oeste, estarão funcionando  46 ônibus, com embarque apenas nas estações Guararapes ou Derby, de onde os veículos seguem direto para a Arena, sem paradas na Avenida Caxangá. Os torcedores irão desembarcar a 600 metros da Arena Pernambuco e pagam o valor de R$ 5 para todo o percurso.

De acordo com a secretaria das Cidades, os dois corredores de BRT estarão funcionando para a população na primeira semana de junho. Entretanto, em dias de jogo, a operação será especial para a Copa.

Estacionamentos periféricos
Continua funcionando o estacionamento do Parqtel, às margens da BR-408, com 2,5 mil vagas. De lá, partem  44 ônibus circulares. A pulseira custa R$ 5, e o estacionamento, R$ 40 e podem ser comprados no site www.nepark.com.br. O local funciona 5 horas antes do jogo e duas horas depois.

As novidades começam com o estacionamento do Parque do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. O local comporta 1,1 mil veículos e terá disponível 103 ônibus convencionais circulares. Os bilhetes custam R$ 40 e são vendidos no site www.estacionamentocordeiro.com.br. Para acessar o ônibus, o valor será de R$ 12 por pessoa. A Secopa quer garantir que todos os torcesores sigam sentados, no caminho pela Avenida Caxangá e Ramal Externo da Copa.

O Shopping RioMar, na Zona Sul do Recife, também entra na operação. As 6 mil vagas de estacionamento devem beneficiar cerca de 8 mil torcedores. Serão 200 ônibus com ar condicionado. O valor da passagem é R$ 40, já o do estacinamento do Shopping é de R$ 6, mesmo que o torcedor passe mais de 4 horas com o carro no local. O caminho será pela Avenida Abdias de Carvalho.

A partir de 22 de maio,  a passagem será vendida pelo site www.ingressofacil.com.br ou na entrada principal do shopping. A operação de ida começa 5 horas antes e termina 2 horas antes de cada jogo, tempo considerado limite para o torcedor conseguir assistir ao jogo. O torcedor que preferir ir até os estacionamentos sem carro próprio também terá acesso aos ônibus.

PE Conduz
As pessoas com deficiência podem embarcar em vans especiais do programa PE Conduz no Parqtel e no Terminal Cosme e Damião. Os torcedores irão desembarcar bem próximo da rampa de acesso à Arena Pernambuco.

Por Vitor Tavares
Informações: G1 PE

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Transporte complementar do Recife, Confira as linhas e itinerários:

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Serviço de Transporte Complementar de Passageiros (STCP) é oferecido à população do Recife desde novembro de 2003, em substituição ao transporte clandestino, que conduzia seus veículos de maneira irregular e perigosa. A Prefeitura do Recife criou o sistema com o objetivo de proporcionar maior segurança e mobilidade aos cidadãos entre os bairros da cidade e em áreas de difícil acesso. Hoje o serviço, gerenciado pela CTTU, beneficia 62 bairros e comunidades da capital pernambucana, com a operação de 23 linhas. Ao todo, o sistema chega a transportar cerca de 67.000 pessoas por dia.

O STCP/Recife é formado por dois tipos de linhas: alimentadoras e interbairros. Com caráter social, as alimentadoras transportam gratuitamente as pessoas que moram em áreas de difícil acesso até os terminais de ônibus mais próximos. Ao todo, 16 linhas estão em operação, beneficiando cerca de 34 comunidades. Todos os veículos são rastreados via satélite, através do sistema GPS. Essa fiscalização garante o melhor cumprimento das viagens e a qualidade do serviço oferecido à população. Todas as linhas já dispõem dessa tecnologia.



As linhas interbairros, por sua vez, facilitam o deslocamento de pessoas entre os subúrbios da cidade, sem passar pelo centro do Recife e pelos corredores de ônibus. Neste caso, o transporte é remunerado e o usuário paga o valor equivalente à tarifa do anel A, ou seja, a passagem mais barata do sistema de ônibus. As sete linhas em circulação ainda garantem o benefício da meia passagem aos domingos e a estudantes, além da gratuidade para deficientes físicos e idosos. Com isso, o STCP/Recife supre a necessidade de deslocamento dos recifenses, completando o serviço de transporte dos ônibus.

* Atualmente, a tarifa do Anel A custa R$2,15 (de segunda a sábado) e R$1,10 (domingos).

Bilhetagem eletrônica
Os recifenses podem utilizar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) Trabalhador ou Estudantil nas linhas interbairros do Serviço de Transporte Complementar de Passageiros do Recife (STCP). Em 2006, a Prefeitura do Recife, através da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), equipou os veículos definitivos com a bilhetagem eletrônica. A tecnologia, antes exclusiva da frota de ônibus, agora beneficia usuários e permissionários do STCP/Recife.

A bilhetagem eletrônica atraiu, principalmente, as pessoas que tinham dificuldades em usar o STCP/Recife devido ao fim do benefício do vale-transporte e passe estudantil em papel. Antes, por falta do equipamento, alguns estudantes e trabalhadores optavam por pegar até dois ônibus para chegar ao destino, mesmo existindo uma linha direta no sistema complementar. Assim, a implantação da bilhetagem eletrônica proporcionou o aumento na demanda de passageiros das linhas interbairros, que chega a transportar cerca de 40.000 pessoas por dia.

Além de atrair mais usuários, a bilhetagem eletrônica permite um maior controle na prestação e na qualidade do serviço. Isso porque o equipamento identifica os profissionais (motorista e cobrador) e grava o número de passageiros recolhidos, os horários de saída, chegada ao ponto de retorno e volta ao terminal. Com esses números, é possível coibir a superlotação de veículos, cobrar o cumprimento dos horários e a regularidade das viagens. A CTTU ainda pode observar se o próprio permissionário está guiando seu veículo, como manda a legislação do STCP/Recife.

Linhas permissionárias do Serviço de Transporte Complementar de Passageiros (STCP) no Recife:








ALIMENTADORES:










LINHA: 305 – JORDÃO ALTO / JORDÃO BAIXO / ALTO DA BELA VISTA

Informações: CTTU e Blog Meu Transporte
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