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Empresas de ônibus decidem parcelar salários de rodoviários em Porto Alegre

terça-feira, 12 de maio de 2020

Devido à crise financeira causada pela pandemia de coronavírus, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou, na quinta-feira (7), que oito das 11 empresas privadas de ônibus da Capital vão pagar de forma parcelada o salário dos rodoviários no mês de maio.

De acordo com o engenheiro de transportes da ATP, Antônio Augusto Lovatto, as empresas não gostariam de realizar a medida.

“A situação é bem delicada, principalmente neste momento, onde fica claro o quanto o trabalhador rodoviário é essencial”, diz.

Ainda segundo a associação, mais da metade dos funcionários já estão enquadrados na medida provisória do governo federal, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, onde tanto a jornada de trabalho quanto o salário foram reduzidos. O governo paga um complemento para compensar parte da perda.

O fechamento do comércio e a inatividade de empresas, em meio à pandemia de Covid-19, fez com que houvesse uma baixa de 70% no número de usuários do transporte coletivo entre 20 de março e o final do mês de abril, segundo a ATP.

Nas últimas semanas, a Empresa Pública de Transporte e Trânsito (EPTC) vem divulgando mudanças na tabela de horários, além de redução de linhas. Mesmo assim, se espera que o prejuízo seja de R$ 46 milhões.

De acordo com Lovatto, sem um aporte financeiro dos governos municipal, estadual e federal, será difícil manter o sistema em funcionamento.

“Há algumas semanas estamos avisando que a saúde financeira das empresas está em uma situação muito complicada. Sem um subsídio por parte dos governos ficará muito difícil manter", diz.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre (Stetpoa) se manifestou contrário ao parcelamento de salários.

"Esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade", afirma a nota.

O sindicato ainda acrescentou que pede um posicionamento da prefeitura de Porto Alegre. [Leia abaixo a nota na íntegra]

Nota do Stetpoa
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre vem manifestar sua total contrariedade diante dos encaminhamentos feitos pelas empresas referentes ao parcelamento de salário dos trabalhadores rodoviários, fato ocorrido no mês de abril, ainda que, tenha sido de maneira parcial, ou seja, apenas em algumas empresas do transporte público de Porto Alegre.

A diretoria do STETPOA reforça, que, esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade.

Com o agravamento da pandemia do Coronavirus - COVID19, a entidade de defesa dos trabalhadores mantém seu posicionamento de exigir a retratação dos organismos competentes, Prefeitura de Porto Alegre, EPTC e Sindicato Patronal, no intuito de avançar no debate que construirá a solução definitiva para a retomada da normalidade dos vencimentos salariais, já que o objeto mais grave do problema são as questões relacionadas à folha de pagamento dos trabalhadores.

Informações: G1 RS
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Passagem de ônibus em Porto Alegre pode chegar a R$ 3,50

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

As empresas de ônibus de Porto Alegre solicitaram aumento de 18,3% na tarifa do transporte coletivo da capital. O documento foi protocolado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) na tarde desta terça-feira (3) na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Os empresários justificam que alguns itens tiveram acréscimo: o óleo diesel, por exemplo, que sofreu reajuste de 12,57%. O custo com remuneração de mão de obra também cresceu, segundo o Seopa, com o aumento no salário dos rodoviários, assim como o reajuste no vale-alimentação, que teve um acréscimo de 10,52%.

O Seopa argumenta ainda que o setor de transporte enfrenta, nos últimos dois anos, um "achatamento tarifário" e alega que o reajuste dos últimos dois anos foi de 3,5% (passando de R$ 2,85 para R$ 2,95), "expressivamente menor que os demais setores da economia", diz o texto.

Mais cedo, o prefeito de Porto Alegre José Fortunati afirmou que o reajuste no valor da gasolina e óleo diesel e o recente acordo entre empresários do setor do transporte coletivo e rodoviários sobre aumento salarial poderiam provocar também elevação na tarifa de ônibus e lotação.

"Finalmente aconteceu um acordo entre rodoviários empresários. Com isso, os rodoviários de Porto Alegre passaram a ter o maior salário entre todos os do país. Isso é importante, valoriza, mas também tem impacto sobre a tarifa do transporte coletivo”, indicou Fortunati em entrevista à Rádio Gaúcha.

Na última semana, a categoria aprovou reajuste salarial de 8%. Segundo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), atualmente, um motorista de ônibus ganha R$ 2 mil ao mês e o cobrador tem um vencimento aproximado de R$ 1,2 mil. A carga horária é de 7h.

Já houve aumento das passagens de ônibus em diversas cidades brasileiras — em São Paulo, de R$ 3 para R$ 3,50 e, no Rio, R$ 3 para R$ 3,40. Hoje, o valor da tarifa em Porto Alegre é R$ 2,95.

Informações: G1 RS


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Brasil vai inaugurar mais de 250 quilômetros de BRT em 2014

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre pretendem iniciar novas operações em sistemas BRT nos próximos meses. Até 2016, mais mil quilômetros devem ser implantados

Do projeto abstrato às pis­tas concretas. Após qua­tro anos do lançamento do Programa de Acelera­ção do Crescimento “PAC Copa do Mundo”, é assim que, em breve, sete cidades brasileiras, que irão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, poderão resumir os longos meses de investimentos na moderna, efi­ciente e sustentável mobilidade ur­bana tão sonhada pelos brasileiros.

Desde 2009, o Governo Federal já disponibilizou R$ 51 bilhões para a infraestrutura do transporte público e da mobilidade urbana de forma geral. Os recursos foram disponibi­lizados por meio dos PACs Copa do Mundo, Mobilidade Grandes Cida­des e Mobilidade Médias Cidades. Hoje, parte dessa verba está sendo utilizada na implantação de corre­dores exclusivos de ônibus e siste­mas rápidos de ônibus, os conheci­dos BRT (Bus Rapid Transit).

Até 2014, a previsão é de inaugurar cerca de 250 quilômetros de novas linhas de BRT nas cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curiti­ba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Até 2016, 25 cidades brasilei­ras estarão com o foco na implanta­ção desses sistemas que prometem revolucionar a mobilidade urbana nessas cidades e inspirar outras ci­dades a investirem nessa solução.

No total, serão 113 projetos, sendo 53 de BRT com 697 km de extensão e 60 de corredores exclusivos, que somarão 575 km. Juntos, esses pro­jetos totalizam 1.272 km de vias para os ônibus circularem livres e com eficiência. Serão nove mil veículos BRT, operando em 442 estações e 60 terminais. Tudo isso em benefício de mais de 57 milhões de brasileiros.

BRASÍLIA

Mesmo não estando no cronogra­ma das obras de mobilidade urba­na para a Copa de 2014, a capital federal tem previsão de finalizar as obras do Expresso DF, sistema que ligará as regiões administrativas de Santa Maria, Gama, Park Way ao Plano Piloto - centro de Brasília- até dezembro de 2013. Com 43 km de extensão, o sistema terá capacida­de diária de transportar cerca de 200 mil passageiros. Ao todo, serão 15 estações com embarque em nível e 15 passarelas para a segurança de travessia dos pedestres.

Quando em operação, o BRT do Distrito Federal prevê uma redução no tempo de viagem de 90 para 40 minutos. O monitoramento da frota, feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), ajudará no con­trole do tempo do percurso e tam­bém em casos de emergências. O novo sistema terá ramais no Gama (8,7km de extensão) e em Santa Maria (5,3km). O trecho se tornará único a partir de um ponto de en­contro na BR-040, a 27,8km de dois pontos de desembarque no Plano Piloto (terminal Asa Sul e rodoviá­ria do Plano Piloto).

BELO HORIZONTE

Outros projetos que estão em dia e devem ser inaugurados no primei­ro semestre de 2014 são os de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A cida­de toca quatro obras de BRT previs­tas na matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo.

As quatro obras são: corredor Antô­nio Carlos/Pedro I, corredor Carlos Luz/Pedro II, corredor Área Central e corredor Cristiano Machado. Serão 41,6 quilômetros com mais de 60 es­tações e cerca de 420 ônibus. A de­manda diária estimada é de 750 mil passageiros em todos os corredores.

CAPITAL MINEIRA VAI INAUGURAR MAIS DE 40 KM DE CORREDORES EXCLUSIVOS PARA ÔNIBUS

O caso de Belo Horizonte é tão po­sitivo que foi usado recentemente como exemplo pelo juiz federal Mar­llon Sousa em uma decisão contra as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), que visava a construção e implantação do modal. Na decisão, o magistrado destacou que, se Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de habitantes, adotou o BRT, não há justificativa para Cuiabá es­colher o VLT, que é um modelo mais oneroso para o poder público.

Segundo o diretor-presidente da BH­Trans, Ramon Victor César, em cada corredor o sistema contará com li­nhas expressas e paradoras. Haverá ainda linhas interligando os corredo­res de BRT com os demais da cidade. “O BRT será expandido progressiva­mente para outros corredores que justifique a implantação de média/alta capacidade, conforme previsto no Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte. Estamos concluin­do o projeto na avenida Pedro II e o próximo a ser desenvolvido será o da avenida Amazonas. O plano prevê que toda a rede seja implantada até 2020”, afirma César.

CURITIBA

Cidade pioneira na concepção dos sistemas BRT, Curitiba, vai expan­dir a Linha Verde, o BRT brasileiro mais conhecido do mundo. O cor­redor, que hoje possui 22 km em sua extensão, já está em fase de construção de mais 3 km. O pro­jeto também contempla o fecha­mento lateral das estações tubos com vidros de película interna, ca­paz de reduzir a incidência de luz solar e aumentar o conforto térmi­co. As estações possuem sistemas de captação de águas de chuva, que serão utilizadas para a limpe­za das instalações.

Com recursos do PAC da Copa e contrapartidas, a extensão da Li­nha Verde Sul tem custo estimado de R$ 15,5 milhões e previsão de ser entregue à população até maio de 2014, conforme ofício entregue em dezembro de 2012 pela prefeitura da capital paranaense ao Ministério das Cidades. Por falta de repasse de recursos, as obras haviam sido paradas, mas foram retomadas em janeiro de 2013.

Atualmente, Curitiba opera com uma rede de transporte totalmente inte­grada formando um sistema comple­to de BRT com 81 km de extensão de corredores e ainda com a previsão de inauguração – em maio de 2014 – do Corredor Aeroporto Rodoviá­ria (15 km) e a reforma do Corredor Avenida Cândido de Abreu (1,1 km).

FORTALEZA

A prefeitura de Fortaleza, no Ceará, criou recentemente uma secretaria especial para a Copa do Mundo. A cidade deve receber dois jogos da seleção brasileira no Mundial. O órgão vai acompanhar as obras e tentar resolver os problemas de lo­gística que envolvem a criação dos corredores exclusivos para a im­plantação dos sistemas BRT.

Em um mês, a secretaria iniciou o acompanhamento semanal dos ór­gãos, instituições e empresas en­volvidas. “Entre eles, estão o des­locamento de linhas telefônicas, postes de iluminação pública e gás que não estavam previstos nem no projeto inicial nem no orçamento”, explica o secretário recém-nomea­do Domingos Neto. As obras agora se concentrarão nas etapas de alar­gamento, terraplanagem, pavimen­tação, urbanização, paisagismo e sinalização de vias.

Na capital cearense, são quatro projetos de BRT nas avenidas Dedé Brasil, Paulino Rocha, Alberto Cra­veiro e Raul Barbosa, que totali­zam 20 quilômetros de extensão. Serão 52 novas estações com de­manda diária estimada em 245 mil pessoas no total. Nos horários de pico, cada corredor atenderá a uma demanda concentrada que varia de 6 a 11 mil pessoas.

Segundo Domingos Neto, o projeto foi pensado não só para atender a rede hoteleira e turística, mas para facilitar o deslocamento em toda a cidade, deixando um legado para as próximas gerações. “As vias que dão acesso à região onde se loca­liza o setor hoteleiro, o aeroporto e o estádio Castelão estão nesse fluxo. Também estão regiões muito afetadas por congestionamentos. Tratam-se de vias que ligam os lo­cais de maior fluxo, onde as pes­soas trabalham, aos bairros dormi­tórios. O legado fica para a cidade, sem dúvida”, explica.

RECIFE DEVE INAUGURAR O BRT NORTE/SUL PARA BENEFICIAR 180 MIL PESSOAS

RECIFE

Os projetos dos três sistemas BRT previstos para a cidade de Recife fa­zem parte das obras de infraestrutu­ra de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Juntos, somam cerca de 50 quilômetros de vias exclusivas para ônibus. Ao longo de todo o sistema, serão im­plantadas ciclovias com o objetivo de estimular a integração com o transporte público. Os corredores previstos para serem entregues até o Mundial são o Norte/Sul, o Leste/Oeste e o Corredor Ramal da Copa.

O corredor Norte/Sul conta com dois trechos, sendo o primeiro já em obra com 33,2 km (de Igarassu até o Centro da Cidade), previsto para se­tembro de 2013, e com investimento de R$ 151 milhões. Esse trecho terá 33 estações e vai beneficiar cerca de 180 mil passageiros por dia quando estiver concluído. O segundo trecho, do Tacaruna até o Terminal de Joana Bezerra, cerca de 4,8 km de exten­são, terá sua obra iniciada ainda nes­te trimestre e contará com 9 esta­ções de embarque e desembarque. O investimento para esse trecho é de R$ 110 milhões. A obra será en­tregue em dezembro de 2014.

O corredor Leste/Oeste, previsto para fevereiro de 2014 terá 12,3 km de extensão e um investimento de R$ 145 milhões, beneficiando a re­gião metropolitana de Recife, por meio da interligação da Avenida Caxangá à Cidade da Copa. Isso será feito por meio da UR-7, em São Lourenço da Mata, onde o BRT atenderá o terminal e a estação de metrô a serem inaugurados.
Outro corredor que ficará pronto até 2014 será o Ramal da Copa. Com investimento de R$ 131 mi­lhões, o Ramal tem 6,3 km de ex­tensão e também vai operar com o sistema BRT ou o Transporte Rápido por Ônibus (TRO), como é chamado em Recife. Sua principal função é levar à população usuá­ria de ônibus até a Arena da Copa. Sua primeira fase (ramal interno) será entregue em abril de 2013. Em junho, para a Copa das Confedera­ções, outro trecho estará concluído e em dezembro deste ano, todo o Ramal será entregue. Serão benefi­ciados 20 mil passageiros/dia.

RIO DE JANEIRO

Outra cidade que está com os pro­jetos adiantados visando melhorias de mobilidade tanto para os even­tos esportivos quando para a popu­lação é o Rio de Janeiro. Em 2012, foi inaugurado o BRT Transoeste com 31 estações. O corredor tem 56 km de extensão total e liga a Bar­ra da Tijuca à Santa Cruz e Campo Grande com capacidade para trans­portar 220 mil passageiros por dia.

BRT TRANSCARIOCA TERÁ UMA PONTE EXCLUSIVA PARA OS ÔNIBUS.

A previsão é que até agosto deste ano o corredor esteja funcionando completamente com as 53 esta­ções previstas. Até agora, o projeto já atingiu o objetivo de reduzir pela metade o tempo de viagem do ca­rioca nessa região. Além do Tran­soeste, o Transcarioca também está previsto para ser concluído em 2013. A linha terá 41 km de extensão, 46 estações e capacidade máxima para transportar 400 mil pessoas por dia.

O BRT Transcarioca vai ligar o Ae­roporto Internacional Antônio Car­los Jobim até a Barra da Tijuca, passando pela Penha e a Ilha do Governador. Nesse trecho, está sen­do construída a Ponte Estaiada da Ilha do Governador, que será usada exclusivamente pelos ônibus. Serão 400 metros de ponte construídos ao lado do atual acesso sobre a Baía de Guanabara.

A expectativa é de grande redução no tempo de viagem. De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o trajeto entre a Ilha do Governa­dor e Santa Cruz, que é de até três horas em horário de pico, poderá ser feito em 50 minutos com os no­vos corredores.

O diretor de Comunicação e Marke­ting da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Esta­do do Rio de Janeiro (Fetranspor), Paulo Fraga, lembra que essa rapi­dez do deslocamento é o que faz do BRT um exemplo mundial para solução em transporte. “Na verda­de, o BRT é uma tendência mundial. Hoje, se você for parar para analisar, os grandes projetos de mobilidade urbana no mundo estão focados no BRT. E, se você for comparar, o cus­to para implantação da malha ferro­viária e metroviária é muito alto. Por isso, o BRT é tão viável”, justifica.

PORTO ALEGRE

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é mais uma cidade que está melho­rando sua mobilidade urbana por meio do BRT. A capital já possui três corredores - Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa -, que serão modernizados e um novo corredor, o Padre Cacique, será im­plantado. Juntos, esses corredores farão parte de um sistema tron­co-alimentador formando uma rede estrutural destinada a racionalizar e integrar o sistema de transporte público coletivo da cidade.

A cidade reinaugura até agosto des­te ano os corredores adaptados para BRT João Pessoa, Protásio Alves e Bento Gonçalves. O projeto com os três corredores prevê 17,2 quilôme­tros somando custos no valor de 199,5 milhões com desapropriações.

PORTO ALEGRE ESTÁ MODERNIZANDO OS CORREDORES EXCLUSIVOS PARA INAUGURAR BRT NESTE ANO

Na Avenida Bento Gonçalves a ade­quação será entre os terminais Aze­nha e o Terminal Antônio de Carva­lho, numa extensão aproximada de 6,5 km, e com previsão de 12 esta­ções de embarque e desembarque.

O corredor da Avenida Protásio Alves está localizado entre a Rua Sarmen­to Leite e a Rua Saturnino de Brito numa extensão de aproximadamente 7,5 km, com previsão de 14 estações de embarque e desembarque.

Já o corredor da Avenida João Pessoa terá a adequação no tre­cho compreendido entre a Avenida Azenha e Avenida Salgado Filho com extensão aproximada de 3,2 km, com previsão de 8 estações e 1 estação de integração multimodal.

DE OLHO NAS OBRAS

A NTU lançou em 2012 o projeto BRT Brasil no intuito de acompanhar a im­plantação desses projetos no Brasil. O monitoramento é realizado por uma rede técnica, composta por profis­sionais das empresas de transportes associadas e dos órgãos públicos envolvidos nas implantações do BRT. Essa rede alimenta o banco de dados da NTU, que pode ser consultada em www.brtbrasil.org.br.

O presidente da NTU, Otávio Cunha, lembra que em todo o Brasil serão 1.272 quilômetros de corredores. Isso representa investimentos pri­vados em veículos e sistemas in­teligentes com monitoramento da operação em tempo real, por GPS, e gerenciamento por meio do Cen­tro de Controle Operacional (CCO). “Estamos falando em R$ 8 bilhões de investimentos privados, 521 esta­ções e 60 terminais”, ressalta.

Cunha destaca que a priorização do transporte público coletivo em detrimento do individual é a solu­ção para melhorar a mobilidade nas cidades. Ele lembra que é possível, num sistema BRT, com ônibus arti­culados e biarticulados, atingir de­mandas de 40 a 45 mil passageiros por hora e por sentido. “Poucos metrôs no mundo operam com essa capacidade. Você consegue melho­rar muito a qualidade do transporte e as viagens vão ser muito mais rá­pidas”, aponta.

A qualidade, eficiência e seguran­ça, aliados à maior velocidade co­mercial, vai estimular o usuário do transporte público individual moto­rizado a migrar para esse sistema. A expectativa é que haja uma trans­ferência em torno de 20% para o transporte coletivo. “O BRT é uma invenção brasileira que ganhou o mundo, presente em mais de 145 cidades. O maior conforto e a rapi­dez proporcionados pelo BRT cer­tamente convencerão o usuário do automóvel a usar o transporte pú­blico como uma boa opção de des­locamento”, opina.

GANHOS DE MOBILIDADE

Os projetos de mobilidade contribuirão para a melhoria dos principais indicadores de qualidade do transporte público. Entre eles:

Aumento de 2% ao ano dos passageiros transportados;
Transferência superior a 20% das viagens do transporte individual para o coletivo;
Redução de 40% no tempo de viagem;
Aumento de 78% na velocidade média nos corredores;
Aumento significativo de confiabilidade dos serviços.

Fonte: NTU / Portal da Transparência do Governo Federal / Consórcio BRT-Sul *Estimativa.

Fonte: Revista NTU Urbano - Jan/Fev 2013
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Dilma confirma recursos para metrô de Porto Alegre

domingo, 13 de outubro de 2013

Dois anos após o primeiro anúncio para a construção do metrô em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff voltou neste sábado à capital gaúcha para anunciar novamente a obra, já com um novo aporte de recursos e modelagem financeira. Dilma falou ainda sobre a construção do sistema metroferroviário nas cidades de Belo Horizonte e Salvador – sendo que, na terça-feira, assinará a construção do primeiro trecho na capital nordestina.

“Estamos vendo isso acontecer (dificuldades) em Belo Horizonte e Salvador... todos tiveram dificuldades técnicas e aperfeiçoaram os seus modelos, isso é natural no momento em que nós estamos”, disse Dilma, ressaltando o empenho do governo do Rio Grande do Sul e da cidade de Porto Alegre.
Dilma falou que a mobilidade urbana é apenas um dos pactos que foram acertados após as manifestações. “O pacto apresenta direção para avanço, na mobilidade, do reconhecimento de que no nosso País, de 30 a 40 anos, não investiu de mobilidade urbana de forma adequada, necessária e sistemática.”

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, falou sobre as adequações do projeto do metrô, destacando o acompanhamento pessoal da presidente na negociação. “Temos o escopo financeiro, o escopo técnico, para que a PMI (proposta de manifestação de interesse) aconteça”, disse, falando sobre as perspectivas de início das obras.
Fase 1
Ao todo, o governo federal vai destinar R$ 4,8 bilhões para o metrô, R$ 1,7 bilhão do orçamento e mais R$ 1,7 bilhão que serão financiados em 61% pelo governo do Rio Grande do Sul e 39% pela prefeitura de Porto Alegre. O restante dos recursos será obtido por meio de Parceria-Público-Privada (PPP), para um traçado de 10,3 quilômetros.

A vinda de Dilma ao Rio Grande do Sul fez com que técnicos da prefeitura e do governo do Estado se reunissem durante toda a semana em busca de uma formatação financeira que possibilitasse a obra, tendo em vista que a presidente queria fazer o anúncio do metrô neste sábado. Segundo Dilma, em cidades mais ricas o governo tem adotado a divisão de 50/50% para a construção de metrôs, e em municípios maiores, como São Paulo, essa divisão é de 75/25%.
Fase 2
No projeto inicial, apresentado em abril, as estimativas apontavam o metrô ao custo de R$ 9,5 bilhões para um traçado de 14,8 quilômetros, valor maior acima dos R$ 2,4 bilhões previstos inicialmente.

Segundo a prefeitura, o projeto atual prevê estações da Esquina Democrática ao Terminal Triângulo, na zona norte. A ideia inicial era estender a linha até a Fiergs, mas a iniciativa esbarrou na impossibilidade técnica de instalar uma área de manutenção de trens ao final da avenida Assis Brasil.

Tendo em vista a disparidade de recursos disponíveis e orçamento da obra, a prefeitura e o Estado do Rio Grande do Sul começaram a solicitar mais recursos junto ao governo federal, enquanto buscavam alternativas para encaixar os valores no orçamento.

O projeto do metrô foi elaborado com base em uma modelo de integração com sistemas de BRT (ônibus de rápida circulação em faixas exclusivas) e com o trem da Trensurb.

Além dos recursos para o metrô, Dilma também anunciou a construção de quatro corredores de ônibus nas cidades de Porto Alegre, Viamão, Guaíba e Canoas.

Pouco antes dos anúncios do metrô, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, revelou o investimento de R$ 200 milhões para a construção de corredores exclusivos de ônibus em cidades da região metropolitana de Porto Alegre e na capital. Em relação ao metrô, disse que o anúncio de hoje “é uma renovação da crença na infraestrutura de transporte de alta capacidade de Porto Alegre, que sem dúvida é uma anseio de toda a população".

Cinquenta e sete chaves de retroescavadeiras foram entregues a prefeitos gaúchos, sendo que alguns aproveitaram o momento com a presidente. O vice-prefeito da cidade de Bossoró pediu para o governador do Estado, Tarso Genro, que tirasse uma foto sua com Dilma. Outra prefeita trouxe as rainhas de uma festa local para a cerimônia.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas disse que “se não me engano, é a terceira vez que a presidente vem a Porto Alegre para entregar as máquinas”. Ele ressaltou que todas as cidades com menos de 50 mil habitantes já receberam as máquinas, que são financiadas com recursos do PAC 2.

Por Daniel Favero
Informações: Portal Terra

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Reconstrução nos corredores do BRT em Porto Alegre atrasa obras

quarta-feira, 15 de abril de 2015

As obras nos corredores do futuro sistema BRT (bus rapid transit) de Porto Alegre têm espantado moradores e motoristas que passam pelos locais e percebem que elas quase não avançam. A percepção é certeira. No caso do corredor da Avenida João Pessoa, a obra andou para trás: os 60% dos trabalhos concluídos em dezembro do ano passado passaram para 55% nesta terça-feira, conforme dados da prefeitura.

O corredor da Avenida Bento Gonçalves permanece em 98% desde o final do ano passado, enquanto o da Avenida Protásio Alves foi o único que evoluiu nos últimos quatro meses, ainda que tímidos cinco pontos percentuais, de 92% para 97%. O resultado é que os prazos para entregar as obras foram esticados. Os corredores da Bento e da Protásio, previstos para março deste ano, ficaram para a primeira quinzena de junho. Já o da João Pessoa só deverá ser entregue em dezembro — a previsão anterior era julho.

A causa do atraso é a necessidade de reconstruir diversos trechos do concreto para substituir o asfalto e dar mais durabilidade ao piso para a passagem dos ônibus. Só que de durável o material não teve nada. Sem que nenhum ônibus passasse, já rachou em alguns trechos.

Para o concreto dos corredores de ônibus ter a resistência devida, é preciso de muita hidratação e uma longa secagem, que pode chegar a 28 dias. Não foi o que ocorreu nos três corredores em obras na Capital. O concreto foi colocado durante o verão, que foi muito quente, facilitando a rápida evaporação da água.

Mesmo com o atraso, a prefeitura não vê motivo para multar as empresas, segundo o coordenador técnico das obras de mobilidade da Secretaria Municipal de Gestão, Rogério Baú. No início deste ano, o prefeito José Fortunati havia dito, em entrevista exclusiva a ZH, que as empreiteiras tinham sido multadas. Baú também garantiu que nenhum trecho está sendo refeito mais de uma vez e reforçou que todos os custos têm sido pagos pela própria empreiteira.

— A multa é gerada quando há uma exigência de refazer e a empresa se nega. Mas a ordem foi prontamente atendida — disse.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que tem acompanhado o caso.

O faz e refaz do concreto dos corredores do BRT não é o único entrave ao andamento das obras. As estações e terminais que receberão os passageiros dependem de um estudo de demanda não só dos ônibus, mas também do metrô, por causa da integração entre os modelos de transporte.

Já se sabe que o metrô não será inaugurado antes de 2020. Mas Baú espera que antes disso os dados já estarão disponíveis. Mesmo que essa primeira fase do metrô contemple basicamente a Zona Norte, sua influência chega até as vias do BRT em construção porque os ônibus alimentarão a rede integrada, justifica Baú.

Confira os prazos atualizados das obras:

1) BRT Bento Gonçalves

Trecho: Avenidas Antonio de Carvalho e Princesa Isabel.
Comprimento: 5.955 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (corredor de ônibus).
Investimento: R$ 13.976.983,83.
Início: 14 de Março de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 18 meses.
Segunda previsão de conclusão: Março de 2015.
Previsão com a reconstrução de trechos do concreto: Primeira quinzena de junho.
Empreiteira: Consórcio Contepa (Conpasul e Sultepa).
Percentual atual de execução da obra: 98%.

2) BRT Protásio Alves

Trecho: Rua Saturnino de Brito até a Rua Sarmento Leite.
Comprimento: 6.850 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (corredor de ônibus).
Investimento: R$ 15.240.010,67.
Início: 12 de Março de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 18 meses.
Segunda previsão de conclusão: Março de 2015.
Previsão com a reconstrução de trechos do concreto: Primeira quinzena de junho.
Empreiteira: Consórcio Contepa (Conpasul e Sultepa).
Percentual atual de execução da obra: 97%.

3) BRT João Pessoa

Trecho: Entre a Avenida Bento Gonçalves e a Rua Desembargador André da Rocha.
Comprimento: 3.346 metros.
Largura: duas faixas de 3,50 metros (corredor de ônibus).
Investimento: R$ 5.310.565,27.
Início: 28 de Setembro de 2012.
Previsão inicial de conclusão: 12 meses.
Segunda previsão de conclusão: Julho de 2015.
Previsão com a reconstrução de trechos do concreto: Dezembro de 2015.
Empreiteira: Consórcio Giovanella e Construtora Brasília-Guaíba.
Percentual atual de execução da obra: 55%.

Informações: Zero Hora


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Em Porto Alegre, Empresas de ônibus vencedoras assinam contrato

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Um novo patamar do transporte público de Porto Alegre teve início nesta sexta-feira, 9, a partir da assinatura dos novos contratos de concessão para a prestação do serviço com as empresas vencedoras do processo licitatório. Considerado um momento histórico tanto por parte da prefeitura, quanto das empresas e de técnicos de setor, a contratualização irá aumentar a qualidade do serviço para o usuário e para a cidade. Durante o evento, também foi assinado o projeto de lei a ser encaminhado ao Legislativo com o objetivo de incentivar o uso de tecnologias sustentáveis na frota da Capital para o uso de veículos elétricos, híbridos ou a gás, com menor emissão de gases poluentes. 

A primeira licitação nestes 243 anos de Porto Alegre teve início em 2011. O processo passou por audiências públicas e reuniões nas 17 regiões do Orçamento Participativo, além da criação de um canal de participação pela internet. A partir dos debates e sugestões, o edital contemplou as exigências dos usuários, como ar-condicionado, acessibilidade plena, redução do número máximo de passageiros por veículo, monitoramento por GPS e uma série de outros critérios para oferecer um serviço de qualidade. A partir de hoje, dentro de 180 dias o novo sistema deve entrar em operação. 

Para o prefeito José Fortunati, a data é histórica em função dos desafios em viabilizar a licitação, cuja exigência legal sempre existiu. “Quem conhece, minimamente, as dificuldades para a produção de um dos editais mais complexos que uma cidade pode enfrentar, imagina o esforço necessário. Foi uma caminhada difícil, com muitos obstáculos, o que exigiu a dedicação de dezenas de pessoas. Considero que todos estão de parabéns, os responsáveis por este processo e, sobretudo, a cidade. Não tenho dúvida de que é um momento que marca a história dos 243 anos de Porto Alegre”, avaliou. 

Além do extenso trabalho dos técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Comissão de Licitações, o prefeito citou a busca de parcerias, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Também houve a participação da comunidade por meio do Orçamento Participativo. “Graças a essas pessoas, esses contratos assinados hoje não têm um significado apenas no papel, mas irão qualificar a cidade como um todo”, disse, ao destacar a confiança na execução pelas empresas que disputaram o processo de forma transparente e democrática. Fortunati também citou a criação do Comitê de Usuários e o incentivo às novas tecnologias, o que irá colaborar para o sistema ser, mais uma vez, modelar para o país. 

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, falou da demanda recebida pelo prefeito em 2011 e também sobre o desafio de tornar a cidade menos poluente a partir da implantação das novas tecnologias. “É uma questão estratégica, porque não só irá colaborar com a diminuição dos índices de poluição, como reduzirá o impacto tarifário”, explicou. "Hoje, a vida útil da frota tem um impacto de 29% na tarifa. Com os novos veículos híbridos, mais leves e com vida útil estendida, esse impacto será minimizado.” 

O ato também contou com a presença do vice-prefeito Sebastião Melo, do diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, e da procuradora-geral do município, Cristiane Nery.

Qualificação do serviço – O edital é resultado de mais de quatro anos de trabalho das equipes da EPTC, da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e de demais órgãos da prefeitura. O conteúdo, que prevê ampliação e qualificação do serviço prestado ao cidadão, foi enriquecido com contribuições efetivas dos usuários. O presente edital, publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) em 6 de maio deste ano, aberto também às empresas internacionais, foi dividido em seis lotes, para prestação do serviço por 20 anos, e teve as propostas entregues em 6 de julho. O documento prevê a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação definiu ainda previsão de acessibilidade em toda a frota; diminuição da ocupação para quatro pessoas por metro quadrado; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar o atendimento à população, podendo resultar em penalizações para as empresas; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços em relação ao atendimento prestado atualmente. Os consórcios possuem prazo de até 180 dias para iniciar a operação, que terá um total de 1.781 ônibus, um aumento de 72 ônibus na frota, sendo 241 veículos novos, que já terão nova identidade visual, com cores que identificarão a região correspondente: Centro e linhas transversais - Carris (ocre); Norte (vermelho); Leste (verde); e Sul (azul).

Tarifa - De acordo com o edital, o valor proposto para cada lote sofrerá uma atualização monetária pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, do período compreendido entre a data de apresentação da proposta (06/07) e a data do início da operação dos serviços. Fortunati anunciou que a cidade terá uma única atualização do valor da tarifa em 2016. Fica, assim, garantido apenas um reajuste da tarifa em 2016.

Sobre os ônibus elétricos – Durante o evento, a Carris apresentou o novo ônibus elétrico, que entrará em teste pela Companhia. O coletivo opera com motor movido exclusivamente à energia elétrica, com zero emissão de poluentes na atmosfera e autonomia para rodar cerca de 250 Km com uma carga completa, ou mais. O veículo iniciará o período de testes na linha 353 – Ipiranga/PUC e, após, a mudança passará para a linha T9. Trata-se de uma iniciativa pioneira em Porto Alegre. O motor é equipado com um sistema que permite que a carga dure mais, multiplicando o rendimento. Enquanto o ônibus roda, o motor consome bateria, como em subidas e lugares mais planos, com aceleração normal. Mas quando o motorista trava ou desce uma ladeira, a bateria se recarrega.

O ônibus elétrico, marca BYD, modelo Padron K9, é equipado com baterias à prova de fogo, feitas de fosfato de ferro, mais rapidamente carregáveis e econômicas do que as de lítio. O coletivo tem piso baixo e opera com dois motores, localizados um em cada roda traseira.

Consórcios vencedores da licitação:

Bacia Norte – Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes

Bacia Sul – Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga

Bacia Leste – Lote 5
Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril

Bacia Leste – Lote 6
Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

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Porto Alegre: Com obras adiadas, atual projeto do BRT não solucionaria transporte público, diz engenheiro

domingo, 18 de agosto de 2013

O sistema BRT (Bus Rapid Transit), previsto inicialmente para ser uma das novidades de Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014, só deverá funcionar após o término do Mundial – a primeira etapa da obra, que consiste na pavimentação dos corredores com placas de concreto, teve o prazo de conclusão adiado pela Prefeitura para dezembro de 2013. A construção de terminais e estações ainda depende do término de processos de licitação.

As obras estão em andamento nas avenidas João Pessoa, Bento Gonçalves e Protásio Alves, nas quais serão erguidos, respectivamente, os terminais Azenha, Antônio de Carvalho e Manoel Elias. Em vídeo oficial divulgado pela Prefeitura de Porto Alegre em julho, o sistema é descrito como a “solução para agilizar o trânsito na Copa do Mundo”, e que ficará como um legado para a cidade. A narrativa explica que, com o novo modelo, o transporte público ganhará “em velocidade”, além de gerar menos poluição.


Segundo o site Transparência na Copa, mantido pela Prefeitura para atualizar o andamento das obras para a competição, a pavimentação nas três avenidas estaria finalizada entre agosto e setembro de 2013. No entanto, por meio da sua assessoria, a Secretaria de Gestão da Capital afirmou que as reformas devem atrasar. A nova data para a finalização da primeira parte está fixada para dezembro.

A Secretaria justificou a demora por dois motivos: o problema na extração de areia, que teria prejudicado diversos empreendimentos em Porto Alegre, e as dificuldades de acelerar os trabalhos nos trechos mais centrais, que avançaram de forma mais lenta em relação ao que ocorreu nos bairros. Apesar de reconhecer a modificação no prazo de entrega, o poder público ainda não atualizou as informações no portal.

No início de agosto, em entrevista ao Sul21, o secretário Urbano Schmitt afirmou que os projetos para a construção dos terminais e estações ainda estavam sendo produzidos. No portal da Transparência, a definição do atual estágio do processo licitatório para ambos os trechos é a mesma: “em elaboração”. Como forma de garantir os recursos para o sistema BRT, a Prefeitura buscou adequar a obra ao PAC Mobilidade do governo federal, que prevê o financiamento mesmo após o início da Copa.

“BRT não pode substituir metrô”, afirma engenheiro
Para o engenheiro Mauri Panitz, o sistema BRT pode ser importante para a mobilidade urbana da cidade, mas não pode ser visto como “a solução do transporte público”. Panitz, que por anos foi professor da PUC-RS, defende que Porto Alegre invista no projeto de um metrô: “é preciso continuar com a ideia do metrô, o BRT precisa ser complementar a outras formas de transporte, se conectar com as estações do metrô, quando e se ele for construído”.

Panitz disse que o sistema BRT, já utilizado em cidades como Curitiba, pioneira nesta forma de transporte, “por vezes é acompanhado de um grande marketing”, mas ressalta a importância da nova pavimentação dos corredores. “Esta modificação é positiva, deve oferecer mais segurança e conforto para os usuários, e também reduzir os custos de manutenção dos veículos”, opina.

Na visão do especialista, se isso de fato acontecer, as modificações poderiam gerar reduções no preço da tarifa geral. “Se os custos de manutenção diminuem, é reduzido também o custo operacional como um todo – o que pode modificar para baixo o preço da passagem”, diz. Mauri Panitz acrescenta que “com menos dinheiro, mas com outro projeto” seria possível obter um maior impacto no trânsito da cidade.

O engenheiro defende um novo sistema de estacionamento, para que o espaço próximo ao meio-fio das vias públicas seja destinado também à circulação. Para tanto, seria necessária a construção de garagens, tanto acima como abaixo do solo. “O prefeito (José Fortunati) e os seus secretários acreditam que apenas com obras vai se resolver o problema do transporte, mas não é verdade”, finalizou.

Por Iuri Müller
Informações: Sul21.com.br
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