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Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

domingo, 16 de novembro de 2014

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. "O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro", afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

Segundo Wilson Poit, presidente da SPTuris, o cicloturismo urbano já é comum em metrópoles como Nova York, Londres e Buenos Aires. "São lugares com estrutura mais consolidada para bicicletas e que, posteriormente, passaram por um processo de transformação cultural para aceitá-las em seus cotidianos. A oferta de estrutura proporciona serviços especializados nesse tipo de público, como o turismo de bike", explica.

Pacotes
As agências paulistanas trabalham com guias bilíngues e, geralmente, a bicicleta e os equipamentos de segurança estão incluídos no pacote. O preço varia de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo dos itens opcionais que os clientes queiram incluir no passeio. Mas há também o Bike Tour SP que pede apenas doação de alimentos não perecíveis.

Os trajetos podem ter de 3 km a 30 km e são realizados pela manhã ou à tarde. A duração é de até 4 horas, com paradas para visitas aos pontos turísticos. Algumas empresas oferecem rotas definidas, como a Infinity Tour, que apresenta o Centro Histórico. Outras, como a Bike Expedition, têm serviços personalizados.

Normalmente, os itinerários são percorridos por grupos de no máximo 12 pessoas. A bicicleta padrão, aro 26, é utilizada como referência para a participação no city tour, mas algumas agências têm bicicletas infantis para crianças ou permitem que elas acompanhem o passeio em cadeirinhas na bicicleta de adultos.

Além dos estrangeiros, que formam parte do público de cicloturismo em São Paulo, muitos moradores da cidade têm comprado pacotes, dizem as agências. “As novas ciclovias despertaram a curiosidade dos paulistanos, que agora parecem estar criando coragem para pedalar pela cidade”, afirma Angimahtz, da Pediverde.

Confira abaixo alguns pacotes oferecidos pelas agências de cicloturismo e escolha o seu roteiro para conhecer São Paulo pedalando:

Infinity Turismo
Diz atender em média 90 pessoas por mês. Oferece o pacote SP Ciclo Tour, criado antes dos investimentos em novas ciclovias na cidade e inspirado em passeios semelhantes realizados em Barcelona (Espanha) e Buenos Aires (Argentina).

Os cicloturistas saem da Estação da Sé e passam pelos principais pontos turísticos do Centro, como o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, o Mercado Municipal, o Edifício Martinelli e o Teatro Municipal.

O passeio é para grupos de até 12 pessoas e inclui bicicleta, capacete e colete refletivo. “Gostaríamos de oferecer triciclos elétricos também, para pessoas com mobilidade reduzida, mas a falta de nivelamento das vias dificultaria o serviço”, explica Samir Reis, diretor da Infinity. A empresa estuda novos roteiros, focados na região do Bom Retiro e da Luz.
Duração: 3h
Percurso: 4,5 km
Preço: R$ 45 por pessoa
Mais informações: http://www.infinity.tur.br/

Bike Expedition
Para atender à demanda por cicloturismo urbano em São Paulo, a agência especializada em roteiros no exterior lançou, em 2008, o pacote Bike SP.edition. Um dos roteiros atravessa a região central da cidade, passando pela Avenida Paulista e pelo Mercado Municipal. A outra rota percorre a Marginal Pinheiros, passando pelos parques Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos.
Foto: Gonzalo Cuéllar/HEY! SP
A Bike Expedition também oferece rotas personalizadas, focadas em temas como história, gastronomia ou cultura, dependendo do desejo do cliente. Bicicleta, capacete e van de apoio estão incluídos no pacote, que tem itens opcionais como filmagem, registro fotográfico e almoço.

Adriana Kroehne, que comanda a agência, conta que já fez passeios com grupos de até 200 pessoas. Nesses casos, o pacote exige aumento de segurança, carros de apoio, guias e ambulância.

Duração: entre 1h e 4h
Percurso: de 8 km a 30 km
Preço: de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo da inclusão de itens opcionais

Hey! São Paulo
Os primeiros roteiros da HEY! São Paulo evitavam grandes avenidas devido ao risco de dividir a via com automóveis, mas a nova estrutura de ciclovias ampliou os percursos. Atualmente, a agência oferece quatro rotas principais, que são mais procuradas nos finais de semana. Porém, há opção de o cliente escolher tanto o percurso como a data do passeio.

O roteiro pelo Centro Histórico começa na Praça da Liberdade. Se a opção é visitar os grafites da Vila Madalena, o trajeto tem início na Praça Amadeu Amaral, na Bela Vista. Para conhecer a Vila Mariana, os cicloturistas se encontram em um hostel, e para realizar a Rota do Café, o ponto de encontro é a estação Consolação do metrô. A empresa oferece ainda um percurso pela Mooca, na Zona Leste, que começa na estação de metrô Belém. Outro, que vai até o Museu do Futebol, sai da Praça do Patriarca, no Centro.
Os passeios são com grupo de até sete pessoas e incluem bicicleta e equipamento de segurança. Cerca de 60 pessoas por mês fazem os passeios de bicicleta oferecidos pela agência.

Duração: 3h
Percurso: 10 km
Preço: R$ 70 por pessoa
Mais informações: http://heysaopaulo.com.br/

Pediverde
Há três anos trabalhando com cicloturismo por trilhas e rodovias no Brasil e no exterior, a agência pretende lançar em janeiro de 2015 um pacote de turismo por São Paulo em bicicleta. Sete roteiros já foram elaborados, e a agência promete fugir do tradicional, sem deixar de lado os pontos turísticos mais conhecidos.

Em princípio, os passeios serão realizados aos finais de semana em grupos de até 10 pessoas. A bicicleta e o equipamento de segurança ficam por conta do cliente.

Duração: até 4h
Percurso: entre 5 km e 15 km
Preço: ainda não definido
Mais informações: http://pediverde.com.br/

Bike Tour SP
Além dos pacotes de agências, há grupos que oferecem turismo de bicicleta gratuitamente. O Bike Tour SP é um trabalho social dos irmãos André e Daniel Moral, iniciado em 2013. O projeto chamou a atenção de empresas, que decidiram patrociná-lo. O dinheiro é investido na estrutura dos passeios.
Quem quiser participar precisa apenas contribuir com 2 kg de alimento não perecível, que são doados a uma ONG. O trajeto turístico tem sistema de audioguia – um equipamento acoplado ao capacete que informa ao ciclista dados e curiosidades sobre os locais visitados, conforme os monitores acionam o aparelho.

Quatro rotas em terreno plano são oferecidas aos finais de semana: Avenida Paulista, Centro Histórico, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera. Os passeios são realizados exclusivamente nas ciclofaixas. Bicicleta, capacete e equipamento de segurança estão incluídos no serviço. Cerca de 800 pessoas por mês fazem os passeios da Bike Tour SP, sendo 95% delas moradoras de São Paulo, segundo os organizadores. Crianças de 1 a 5 anos vão na cadeirinha e, a partir de 12 anos, em bicicletas infantis.

Duração: 1h15
Percurso: 3 km
Preço: 2 kg de alimento não perecível, que são encaminhados para a ONG Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes (NABEM)
Mais informações: http://www.biketoursp.com.br/
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Informações: Vivian Reis
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Em Copenhague, Ciclistas e pedestres disputam espaço

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mikael Le Dous cansou dos ciclistas. O engenheiro elétrico de 56 anos usa uma bicicleta, assim como os seus filhos, embora também tenha um carro. Ele apenas gostaria que os ciclistas se comportassem. "Nós chamamos os ciclistas de praga do asfalto", disse.

Le Dous, um homem barbudo e animado, não costuma apenas reclamar dos ciclistas delinquentes. Como chefe da Associação Dinamarquesa de Pedestres, que fundou há seis anos, ele tem dedicado seu tempo livre para fazer algo a respeito.

Armado com uma câmera digital colocada no painel de seu carro, ele fotografa ciclistas que ignoram os faróis, entram na contramão ou passam por áreas de pedestres sem descerem de suas bicicletas, armazenando evidências para apresentar às autoridades como argumentos para uma vigilância mais rigorosa sob os ciclistas.

Às vezes, segundo ele, os resultados de mau comportamento de um ciclista podem ser fatais. "Às vezes acontece de você se deparar com uma mulher idosa, e não necessariamente colidir com ela, mas de surpreendê-la e assustá-la com a bicicleta de forma que ela caia e talvez até mesmo morra", disse. "Então eles dizem: 'Por acaso é culpa dos ciclistas que ela seja idosa?"'


Em uma nação dedicada ao ciclismo, Le Dous tem lutado em uma batalha difícil. A associação tem hoje em dia cerca de 160 membros, e conta com um escasso orçamento anual de pouco mais de US$ 2 mil. "Eu ando muito de bicicleta. Nós não temos problemas com ciclistas em geral," disse Le Dous, enquanto tomava um café. "Nós temos problemas com pessoas que não não respeitam as leis".

Andreas Rohl alega ter visto o futuro e está convencido de que ele andará em duas rodas. No imenso prédio neo-medieval da prefeitura da cidade, ele dirige um programa notavelmente bem-sucedido em fazer das bicicletas o meio de transporte dominante. Diariamente, 55% dos moradores de Copenhague se locomovem para o trabalho ou para escola em uma bicicleta, embora, no ano passado, ele admite, o número tenha caído um pouco devido a invernos rigorosos. Qual o motivo de tantas bicicletas? Simples, ele diz: "Elas são uma maneira fácil de se locomover."

Ciclovias amplas atravessam a capital dinamarquesa, que tem uma população de 1,2 milhão de pessoas, e os ciclistas utilizam cada uma delas. Algumas delas, incluindo em pontes sobre o porto, são exclusivamente para bicicletas. Em alguns dias, Rohl diz com orgulho, mais ou menos 36 mil ciclistas passam pela Norrebrigade, uma das ruas principais que levam ao centro da cidade, que agora conta com largas ciclovias que vão em ambas as direções, deixando pouco espaço para carros e ônibus.

Ullaliv Friis, 66, uma oficial municipal aposentada, que é a diretora administrativa da associação de pedestres, diz que ela aprecia tudo isso, mas que existe um outro lado da história. Muitos aposentados e idosos vivem em casas perto do subúrbio ao norte do centro da cidade, onde ela também mora. As calçadas se tornaram um risco para eles, ela diz, devido aos ciclistas. "Eles tomaram conta de tudo", disse.

Le Dous tem uma certa inveja de um grupo que ele considera muitas vezes como seu inimigo, a Federação dos Ciclistas da Dinamarca. Fundada em 1905 e contando com cerca de 17 mil membros em todo o país, a federação exerce uma enorme influência no país quando se fala de tráfego de bicicletas.

Com 25 funcionários em sua sede, a federação tem crescido cada vez mais nos últimos anos, com o objetivo de tornar a bicicleta um bem exportável. E não apenas os aparelhos e equipamentos relacionados a ela, mas também a consultoria e assessoria para outras cidades que procuram tornar a bicicleta um meio de transporte mais utilizado. Em 2009, a federação elogiou o prefeito Michael R. Bloomberg pelos seus esforços em promover o ciclismo em Nova York - mesmo com o protesto de alguns grupos de nova-iorquinos contra a remoção das ciclovias ao longo da Avenida Bedford, no Brooklyn.

Frits Bredal, 46, um jornalista de televisão que é ex-porta-voz da federação, disse estar ciente da raiva contra os ciclistas. "Existe uma resistência das pessoas que estão frustradas com o fato de que as cidades estão ficando inundadas pelas bicicletas", disse. "Eu sou um motorista de carro e também um ciclista", acrescentou. "Se eu dirigir meu carro para a cidade, eu fico invariavelmente frustrado."

No entanto, ele ressalta: "As bicicletas não são apenas agradáveis e bonitas, pois elas são, e devem ser, uma parte central da política de transportes dinamarquesa, tanto local quanto nacional".

A segurança para ciclistas tem melhorado recentemente, segundo ele, graças a uma série de medidas, incluindo ciclovias mais amplas e programas para alertar da necessidade da disciplina. "No ano passado, tivemos o menor número de acidentes de trânsito, incluindo o menor número de mortes envolvendo bicicletas", disse. "Em 2010, o número de ciclistas seriamente feridos caiu para 92, incluindo três mortes, em comparação com o número de 252 feridos gravemente apenas cinco anos atrás.".

Como muitos, em Copenhague, Natalia Privalova, 37, uma gerente de escritório, tem duas bicicletas, incluindo uma estruturada para o transporte de seus filhos. Ciclistas respeitam os pedestres, ela disse, acrescentando, "quando seguem as regras". "É claro", disse, "a hora do rush é outra história."

Na sua loja localizada no centro da cidade, onde vende cerveja e vinho, Simon Barfoed, 32, foi mais duro sobre o assunto envolvendo os ciclistas. A raiva dos pedestres pode ser "justificada", disse ele. "Eu acho que muitos dos ciclistas pedalam como se fossem donos das ruas". Ele não possuía carro e utilizava uma bicicleta para o trabalho, mas disse que as bicicletas trouxeram desvantagens para as negócios como o dele. "Se você quiser comprar uma caixa de cerveja, é difícil de transportá-la em uma bicicleta ", disse ele.


Na Prefeitura da cidade, Rohl ouve as reclamações dos pedestres e diz que a cidade tem tomado medidas para melhorar o comportamento dos ciclistas. Ocasionalmente ele envia trabalhadores para pesquisa de campo, por exemplo, parando os ciclistas que demonstram um comportamento exemplar, como o de fazer sinais com as mãos adequadamente ou respeitar os pedestres, e os recompensam com pequenas caixas de chocolate.

Ayfer Bayka, 35, a vice-prefeita do departamento de tecnologia e meio ambiente, minimiza a guerra entre os ciclistas e os pedestres. "Queremos que as pessoas andem também", disse ela. "Não existem faixas, uma para os pedestres e uma para andar de bicicleta."

Bayka, que nasceu em Copenhague de pais imigrantes turcos, tem orgulho do que a cidade tem realizado. Quando os seus parentes da Turquia, onde o automóvel continua sendo um símbolo de sucesso, a visitam eles ficam chocados com o fato de que ela utiliza uma bicicleta como meio de transporte. "Eles perguntam: 'Você não tem dinheiro para comprar um carro?'" Ela disse com uma risada.

O abuso dos ciclistas aos pedestres, acrescentou ela, "acontece, mas, acontece também dos pedestres andarem nas ciclovias. Eles têm que respeitar uns aos outros. Não é tão ruim assim".

Le Dous, apesar de não desanimar, é realista sobre suas chances de direcionar a discussão para os direitos de pedestres. Sua situação, ele disse, "não é encarada como algo sério, simplesmente não é algo que os interesse".

Então, referindo-se aos ciclistas, acrescentou, "o novo garoto do pedaço é que tem recebido toda a atenção".

Por John Tagliabue -


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Como bicicletas podem mudar o transporte em Belém?

domingo, 27 de junho de 2010


O engenheiro civil José Carlos Aziz Ary, 67 anos, é funcionário do Banco do Nordeste e um dos maiores especialistas da área de transportes urbanos do país. Ele, que trabalhou na Empresa Brasileira de Planejamento de Transporte (Geipot), onde elaborou o primeiro Manual de Planejamento Cicloviário do Brasil, foi coordenador do embrionário Plano de Transporte da Região Metropolitana de Belém, no final dos anos de 1970. Mestre em Planejamento Urbano, ele esteve essa semana em Belém para participar do Fórum de Transporte da Região Metropolitana de Belém, no Hangar, que discutiu as mudanças no planejamento urbano da capital e o programa Ação Metrópole. Nesta entrevista aos jornalistas Fábio Nóvoa e Lázaro Magalhães, do DIÁRIO, ele fala sobre os primeiros projetos de transporte urbano para a capital, as novas alternativas viáveis de locomoção e discute porque os brasileiros ainda não aderiram à bicicleta como meio comum de locomoção.

P: Belém passa por um momento singular. Há um agravamento de gargalos de vários anos de falta de planejamento no trânsito, com alguns indícios de investimentos que começam a ser feitos...

R: Eu vejo hoje um momento de retomada de um processo que durante um período floresceu por iniciativa do Governo Federal, em colaboração com os governos estaduais e prefeituras de regiões metropolitanas, e que foi, eu diria, abortado, com a extinção da Geipot e da EBTU [Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos], que trabalhavam com planejamento do transporte coletivo, público, com a integração do transporte urbano, as inovações... Era o foco do esforço de planejamento. Veja bem, o planejamento de transportes é uma sub-área do planejamento urbano. Não se planeja o transporte pelo transporte. Tem que atender a uma certa estruturação, uma organização do espaço urbano, e vamos dizer, em outras palavras mais simples, que minimize o esforço de deslocamento das pessoas nas cidades, que torne mais racional a necessidade de deslocamento. Depois, então, o planejamento dos meios de deslocamento por meio do transporte é um esforço subsidiário para dar qualidade a este deslocamento. Então, eu vejo as novas realizações com muita alegria. Um esforço está sendo feito, como um renascer dessa história do planejamento de transporte.

P: Você acha que ainda há tempo para desatar esse nó que se transformou o trânsito de Belém?

R: Para todo o problema, acredita-se que exista solução. Tudo depende do esforço e da participação, da qualidade desse esforço e da população, que participa com sugestões, mostrando suas dificuldades. E a discussão deve permear esse esforço para que encontremos as soluções. A gente vê que os recursos aparecem quando existem bons projetos. Isso é um aprendizado que eu tive ao longo da vida, que o recurso não cai do céu, mas quando existem bons projetos, o recurso aparece para as pessoas que acreditam e os órgãos que financiam.

P: Você é especialista em sistemas cicloviários...

R: Eu me interessei quando fui aluno de mestrado na Bélgica nos anos de 1960, quando tive a oportunidade de usar a bicicleta e fiquei muito entusiasmado com essa experiência. Mas fiquei frustrado ao voltar para o Brasil, em 1969, e ver que ninguém dava a menor importância para isso, quando o Brasil apresentava todas as condições favoráveis a esse veículo, a essa forma de se deslocar. Enquanto que povos mais ricos, aí eu cito particularmente a Holanda, como exemplo máximo, a Bélgica, que tem a mesma cultura, e a Dinamarca e Alemanha. Eles dão uma importância enorme ao ato de pedalar, ao uso da bicicleta por diversas razões. Aqui isso sempre foi visto como uma coisa menor, coisa de pobre.

P: Ainda é possível se criar esse hábito aqui no Brasil?

R: Acho que sim, porque tudo muda. A questão ambiental hoje está motivando as pessoas a adotarem novos modos de vida. É claro que isso jamais vai ser a solução única para melhorar o transporte, mas se vocês examinarem, milhares de pessoas, aqui mesmo em Belém, e outras cidades, qualquer uma, mesmo média ou grande, usam a bicicleta para ir ao seu local de trabalho. No nosso caso, a motivação fundamental é econômica. Mas, a gente pode sonhar que um dia que isso não vai ser a única motivação. E com a qualidade dos sistemas implantados, temos que imaginar que pessoas que usam perfeitamente o automóvel, venham a adotar esse modo de transporte, não como exclusivo, mas eventual. O meio ambiente é beneficiado. Muitas pessoas usam a bicicleta como forma de melhorar o seu padrão alimentar. Vende o vale transporte e isso representa, muitas vezes, um prato de comida, uma alimentação um pouco melhor.

P: No Ação Metrópole fala-se em 71 quilômetros de ciclovias e Belém hoje possui pouco mais de 30 quilômetros dessas vias. Como isso impacta diretamente no ordenamento urbano?

R: Essa forma deve ser colocada em pauta com muita ênfase, porque a integração beneficia todos os modos de transportes. A integração é uma maneira de dar qualidade ao sistema de transporte. Então nós devemos pensar no uso combinado de bicicleta com ônibus, com barco. Milhares de pessoas, como os trabalhadores da construção civil, da indústria, os empregados de condomínios... vocês vão encontrar um número bastante acentuado de bicicletas. Às vezes as pessoas dizem assim: ‘mas eu não vejo essas pessoas na cidade’. É porque a gente costuma dizer que a bicicleta é invisível para quem não se interessa por ela. Se você começa a observar, em determinados horários, principalmente, nos horários mais cedo, você verá pelotões de ciclistas que vão de um lugar a outro e que não são percebidos por quem anda de automóvel, de ônibus. A bicicleta é um veículo que não incomoda. Nem ambientalmente. Às vezes incomoda o motorista, porque está no caminho dele e ele tem que desviar. O Código Brasileiro de Trânsito obriga que haja distanciamento ao ultrapassar bicicletas de um metro e meio no mínimo. Muitas vezes, a gente vê a pessoa dizendo: ‘tira esse cara daí que ele está atrapalhando’. Essa é a visão: do ciclista como alguém que atrapalha.

P: Para efetivar isso de forma mais completa, precisamos de obras físicas e políticas mais adequadas... O senhor diz que deveriam ser criados departamentos específicos nas secretarias de transporte, por exemplo...

R: Sim, principalmente para veículos não-motorizados, também. E criar, não só por criar. Tem que ter com orçamento próprio, com fontes de recursos definidos, estáveis e que tenham inclusive uma garantia de continuidade. Porque se criar só por criar, sem estrutura, sem equipe, não vai funcionar. Mas, quem quer dar importância para um transporte desse, tem que criar um departamento mesmo. Dar a esse setor status de departamento e colocar técnicos que estudem.

P: Já há bons exemplos no Brasil?

R: Pouquíssimos. Onde a gente vai encontrar realmente é na Europa, no Japão. Embora, aqui no Brasil, há 30 anos tenhamos iniciativas de bicicletas para aluguel, coisa que jamais aconteceria nos EUA, por exemplo. Nem se imaginaria que o Rio de Janeiro seria, no Brasil, o carro-chefe no uso da bicicleta... No Sul do Brasil existe mais esse hábito de usar bicicleta. Mas ainda é exceção. Eu não ousaria citar nenhum modelo. Mas por aqui temos coisas interessantes. O projeto da BR 101, que teria uma ciclovia, está no relatório, em 1981, 1982, por aí... Foi o primeiro projeto de ciclovia do Brasil. Aqui no Pará. Um fato histórico.

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Campanha de boas práticas para o uso de bikes compartilhadas é lançada em BH

terça-feira, 13 de junho de 2023

Com uma frota de 40 milhões no Brasil, de acordo com o portal Bicycler Guide, as bicicletas têm sido cada vez mais escolhidas por pessoas que visam unir atividade física e a escolha por um meio de transporte limpo. O uso das bicicletas em vias urbanas têm sido cada vez mais expressivo, porém, é necessários alguns cuidados com essa prática. O Dia Mundial da Bicicleta (3/6) marcou o início da campanha educativa Pedale na Boa, proposta pela Unimed-BH para ser divulgada no projeto Bike BH – uma iniciativa da Serttel, em parceria com a cooperativa de saúde e a Prefeitura de Belo Horizonte. Ao longo do mês, a ação tem dado dicas sobre segurança pessoal, manutenção do equipamento e de boa conduta no trânsito, além de mobilizar influenciadores digitais para tratar sobre o assunto em suas redes sociais.

O Bike BH é o único serviço de compartilhamentos de bicicletas existente em BH, uma solução para as pessoas que não querem ou não podem investir em um equipamento. Hoje, os usuários contam com 240 bicicletas em 24 estações nas regiões da Pampulha e Centro Sul. A campanha traz informações em totens e displays com todas as principais dicas, além de um convite para acessar, via QR Code, mais dicas e dados importantes. A ação faz, também, blitzes nas estações do projeto, com distribuição de material educativo.

O diretor Comercial da Serttel, Israel Araújo, acredita que campanhas como essa são essenciais, visto que temos presenciado diariamente nos jornais notícias sobre acidentes com ciclistas. “Acidentes com ciclistas são uma triste realidade, mas que pode facilmente ser mudada, se levarmos a sério as campanhas de conscientização. Mês passado, falamos sobre o Maio Amarelo, que trata o tema, mas o assunto tem que ser dito todos os dias, abrangendo tudo o que envolve o transporte”, explica.

Garibalde Mortoza Jr, diretor de Mercado da Unimed-BH, destaca a importância da parceria da Unimed no Projeto Bike BH, pois mostra que a cooperativa de saúde se preocupa com as necessidades da sociedade que fica no entorno do serviço de assistência. “Faz parte do DNA da Unimed-BH o apoio a projetos que beneficiam a sociedade. Parcerias como o Bike BH são importantes para a cidade, para a mobilidade dos cidadãos e para o meio ambiente, com menos automóveis ou transporte coletivo, emissores de CO2 circulando. Essa é mais uma forma da Unimed-BH devolver para a sociedade tudo o que conquista a cada ano”, afirma. 

APP Bike BH com 50% de desconto em junho

Em comemoração ao Dia Mundial da Bicicleta, durante todo o mês de junho, os passes Diário e Mensal do APP Bike BH estarão com 50% de descontos durante todo o mês – válido somente para primeira compra do mês por CPF cadastrado no APP. Desta forma, a assinatura mensal de R$ 25,00 estará por R$ 12,50 e, o passe diário, de R$ 6,00, será R$ 3,00 durante todo o mês de junho. Vale destacar que em abril o APP Bike BH chegou a 30k usuários cadastrados e bateu a marca de 100k viagens realizadas.
Bicicleta: uma união de boas escolhas

No geral, a bicicleta pode ser uma escolha sustentável, econômica e saudável como meio de transporte. Por ser um investimento caro, a solução de compartilhar o equipamento faz sentido para pessoas que querem gastar menos, mas ainda estarem em dia com a saúde e com o planeta. Sendo assim, essas são as vantagens de se utilizar esse meio de transporte:

Saúde: andar de bicicleta é uma forma de exercício físico que pode melhorar a sua saúde e condicionamento físico. Pedalar regularmente pode fortalecer os músculos, melhorar a saúde cardiovascular e ajudar a controlar o peso.
Economia: a bicicleta compartilhada é uma alternativa muito mais barata em comparação com outros meios de transporte, mesmo a sua versão pessoal. Você economiza dinheiro em combustível, estacionamento e manutenção da bike, além de não correr o risco de tê-la furtada.
Sustentabilidade: a bicicleta é ecologicamente correta, pois não emite poluentes. Ao escolhê-la, você contribui para a redução da poluição atmosférica e do congestionamento nas cidades.
Mobilidade urbana: com congestionamentos cada vez mais frequentes, a bicicleta, muitas vezes, é mais rápida do que os carros. Com ciclovias e infraestrutura adequada, você pode chegar ao seu destino de forma mais eficiente e evitar o tráfego.
Flexibilidade: pode facilmente percorrer distâncias curtas e médias, evitando a necessidade de encontrar estacionamento ou depender do transporte público. Você também pode se deslocar facilmente em áreas onde os veículos motorizados não são permitidos.
Bem-estar mental: a prática pode proporcionar benefícios para o seu bem-estar mental. Pedalar ao ar livre, sentir o vento no rosto e estar em contato com a natureza pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o seu humor.

Sobre o Bike BH

O Bike BH bateu recorde de usuários cadastrados e viagens realizadas com as bicicletas do serviço no mês de abril: 100 mil viagens realizadas e 30 mil usuários cadastrados no aplicativo. Lançado em setembro de 2019, o projeto é executado através do Termo de Credenciamento da Serttel, com apoio da Unimed-BH. A Serttel tem expertise na prestação do serviço, pois está à frente do sistema desde a implantação do projeto em diversas capitais brasileiras. O Sistema Bike BH é composto por estações inteligentes, conectadas a uma central de operações via wireless, distribuídas em pontos estratégicos da cidade. A pessoa cadastrada pode retirar uma bicicleta, utilizá-la em seus trajetos e devolvê-la em qualquer estação.

Por Marcella Carvalho
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Prefeitura do Rio quer incentivar uso da bicicleta no trajeto para o trabalho

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A bicicleta pode ser o meio mais rápido de chegar ao trabalho e uma solução para escapar dos congestionamentos. Para incentivar mais pessoas a aderir à prática, uma série de ações de estímulo ao uso da biciicleta como meio de transporte marcará o Dia Mundial de Bicicleta ao Trabalho, na sexta-feira (8), no Rio de Janeiro.

A ideia é buscar alternativas para os problemas de mobilidade, que, além de melhorar o trânsito, promovem mais qualidade de vida.

As atividades fazem parte de uma agenda mundial, que se repetirá em várias cidades brasileiras. No Rio, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as organizações não governamentais Bike Anjo e Escola de Pedal promovem, a partir de hoje (4), palestras com dicas destinadas àqueles que querem ganhar confiança para enfrentar as movimentadas avenidas da cidade.

“O primeiro passo para ir de bicicleta ao trabalho é escolher uma rota. O ciclista tem de pegar vias menos movimentadas. Ou seja, escolher um roteiro para conquistar segurança”, orientou Ana Luiza Carboni, da Bike Anjo. Segundo ela, é preciso saber um pouco de direção defensiva.

“O ciclista deve ser assertivo, se impor na pista [e não ficar acuado no canto], gesticular e se comunicar com os demais motoristas”, acrescentou.

Para Ana Luiza, a desculpa de não ter vestiário ou bicicletário na empresa não deve impedir ninguém de andar de bicicleta. Como solução para evitar o suor excessivo no trajeto, no caso do Rio, ela sugere pedaladas mais lentas ou o conforto de um estacionamento pago.

Entusiasta das bicicletas, o secretário de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes Moraes, que recentemente inaugurou, na sede administrativa da prefeitura, uma estrutura para que os ciclistas tomem banho e troquem de roupa, informou que tem ampliado ciclovias e estações onde é possível alugar uma bicicleta. O desafio é a integração com trens e o metrô, que ainda não permitem passageiros com bicicletas no horário comercial.

“A parceria com a Supervia [empresa que administra os trens] é muito boa. Temos vagas para bicicletas e local para encher pneus. A parceria foi muito boa. Aos sábados e domingos, está liberado o transporte de bicicletas nos trens. No metrô, a liberação inclui sábados, domingos e [o período] após 21h, o que é um avanço”, destacou Altamirando.

Quem usa a bicicleta de casa para o trabalho garante que a prática revigora. Antônio Nunes, consultor de informática, disse que não perde mais tempo procurando vagas e não tem mais o mesmo estresse no trânsito. “Os ônibus, táxis e motos ainda não se acostumaram às bicicletas, mas eles não têm outra opção a não ser nos aceitar”, explicou. “Quanto mais pessoas usando bicicletas por toda a cidade, mais os ciclistas serão notados e respeitados”, completou Nunes.

Para o secretário Altamirando Fernandes, a convivência respeitosa é a única solução para o trânsito. “Não teremos ciclovias em todas as ruas. Temos de baixar a velocidade [dos carros], como fizemos em Copacabana [para 30 quilômetros por hora nas ruas principais]. A bicicleta anda na pista e o carro espera o melhor momento para ultrapassar.”

Por Isabela Vieira
Informações: Agência Brasil

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No Rio, Prefeitura reduz área para veículos no Centro e aumenta frota de ônibus durante o Dia Mundial Sem Carro

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Deixem seus carros em casa. O pedido do subsecretário municipal de Transportes, Romulo Orrico, traduz o objetivo das medidas que a prefeitura tomou para incentivar os cariocas a usarem nesta quarta-feira , Dia Mundial Sem Carro, os transportes coletivos. No Centro do Rio, o estacionamento está proibido no polígono das avenidas Rio Branco, Presidente Vargas e Presidente Antônio Carlos e das ruas Santa Luzia e Primeiro de Março. A expectativa é de que dois mil veículos deixem de estacionar no local. Quem insistir, poderá ter o carro multado e rebocado.
Para atender ao possível aumento da demanda por passageiros, a Fetranspor vai colocar mais 800 ônibus nas ruas, o que representa 10% da frota diária, de 8 mil veículos. Metrô, SuperVia e Barcas SA informaram que vão funcionar em esquema normal, podendo aumentar o número de viagens, de acordo com a demanda. A recomendação da concessionária de trens é para a utilização do serviço de integração na Central do Brasil, que terá viagens com intervalos de 5 minutos, com passagens a R$ 3,25.
Cariocas serão estimulados a usar bicicletas
Este é o segundo ano que a prefeitura adere ao Dia Mundial Sem Carro, movimento criado na França, em 1998. A Secretaria municipal de Transportes (SMTR) não tem dados sobre o número de pessoas que responderam ao chamado na primeira vez, mas constatou a redução do tempo de viagem de alguns trechos. Quem trafegou pela Linha Amarela conseguiu andar 9% mais rápido. O maior ganho foi obtido na Avenida das Américas, com 24%. A SMTR pediu para que a Metrô Rio e a SuperVia façam a medição do fluxo de passageiros:
- Esperamos uma adesão maior do que no ano passado. Queremos que seja um dia bom de se deslocar. Calculamos que 90% das pessoas não vão de carro para o trabalho. Pedimos aos 10% restantes que deixem de usar seus veículos em um dia.
Todo o efetivo da SMTR ficará na rua para coibir o estacionamento irregular na área proibida. Serão cerca de 2.100 vagas para carros e 76 para motos interditadas. Os motoristas podem passar pelo local e até mesmo parar para embarque ou desembarque, mas quem estacionar enfrentará a fiscalização reforçada.
Além do transporte público, a prefeitura quer incentivar o uso da bicicleta. Para a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o ato é importante para conscientizar a população da influência dos transportes na poluição.
- O transporte de massa no Rio é baseado em carros e ônibus, com consumo de combustível fóssil, emissão de gases do efeito estufa e poluição atmosférica. O Dia Mundial Sem Carro é um ato simbólico para chamar a atenção da população. Só na secretaria, tivemos a adesão de 50 dos 600 funcionários - destacou a secretária.
Marilene, o prefeito Eduardo Paes e o secretário estadual de Transporte, Sebastião Rodrigues, também vão aderir à ação. Paes sai da Vista Chinesa, vizinha à residência oficial, até o Palácio da Cidade de bicicleta. Já Marilene Ramos sairá de bicicleta de Ipanema para o Aterro do Flamengo, onde vai se encontrar com Rodrigues.
- Moro em Niterói e vou de bicicleta até as barcas. Da Praça Quinze, sigo para o Aterro do Flamengo de bicicleta. É preciso mudar o conceito de só utilizar automóvel e incentivar o uso da bicicleta, trazendo benefícios para a saúde e para o bolso. É uma questão de conscientização da população - afirmou Rodrigues.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, vai optar pelo metrô em detrimento do carro para ir de Copacabana ao Centro. Apesar de reconhecer que a cidade não possui a estrutura adequada para promover deslocamentos em transportes coletivos ou em bicicleta, Muniz alega que esta é uma das metas do governo.
- O poder público sabe que tem de intensificar soluções de transporte coletivo. A população deve procurar dar um uso racional ao carro e, cada vez mais, usar a bicicleta como alternativa de transporte. Estamos reorganizando linhas de ônibus, instalando bilhete único, levando o metrô até a Barra. Quatro novas linhas de corredores expressos de ônibus serão construídas com o combustível mais sustentável, conforto e ar condicionado. As estações terão bicicletários e ciclovias - disse Muniz.
Estação vai medir a qualidade do ar no Centro
Uma estação de medição da qualidade do ar já foi instalada na região do Centro. A unidade vai medir a variação da poluição em dias normais e se haverá diminuição hoje.
Para estimular ainda mais o uso de bicicletas, a empresa Serttel vai colocar unidades de aluguel no Buraco do Lume-Praça Mário Lago. No local, haverá apresentação de música, oficinas de pintura e reciclagem e de educação ambiental. Também haverá programação cultural na Praça Edmundo Rêgo, no Grajaú, e na Praça 1 de Maio, em Bangu.
A prefeitura de Cabo Frio não vai permitir o acesso de carros na principal avenida do centro da cidade, a Nossa Senhora da Assunção. Ônibus transportarão as pessoas das áreas de estacionamento até o Centro. Já em Arraial do Cabo, a Avenida da Liberdade (Rua da Prefeitura) será transformada em área de lazer entre 8h e 17h.
Novo limite de velocidade em 39 ruas
A prefeitura vai aproveitar o Dia Mundial Sem Carro para implantar de forma permanente as "zonas 30" em mais nove áreas da cidade . Ao todo, 39 vias nos bairros de Ipanema, Jacarepaguá, Grajaú, Ilha do Governador, Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Anchieta e Del Castilho, passarão a ter velocidade máxima de 30km/h.
Entre as vias incluídas, estão as ruas Teixeira de Melo, Jangadeiros e o trecho da Barão da Torre entre estas duas ruas, em Ipanema, além da Avenida Isabel Domingues, em Jacarepaguá.
Agentes da Guarda Municipal ficarão nos locais de zona 30 para fiscalizar os motoristas. O objetivo do projeto é facilitar a circulação de bicicletas e carros na mesma via. O projeto funciona em Copacabana desde 2009.

Fonte: O Globo

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Projeto pretende criar 217km de ciclovias em Salvador

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Conder) lançou no ano de 2012, o Plano de Mobilidade Urbana para Salvador e o Projeto Cidade Bicicleta – apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, com estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte. As obras devem começar no 1º semestre de 2013.

Com um investimento de cerca de R$ 41 milhões, o Projeto promete implantar um sistema cicloviário na cidade ao ampliar a malha cicloviária para 217 Km. Números não oficiais dizem que a capital baiana tem, hoje, aproximadamente 20km de ciclovias.

“Este projeto pretende dotar as cidades da Bahia, em especial Salvador e sua macrorregião, de sistemas cicloviários completos que permitam o pleno circuito do trabalhador, da população nas atividades sociais e esportivas e do turista”, diz descrição encontrada no site da Secretaria de Planejamento.

Em andamento

A primeira fase do Cidade Bicicleta já está em curso, com a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas, somando aproximadamente 64 km de ciclovias situadas basicamente em pontos de interesse para o mundial: entorno da Arena Fonte Nova (palco dos jogos na capital baiana) e no percurso do Centro até a orla, incluindo pontos turísticos da Cidade Baixa e Centro Antigo.

Para o Superintendente da Conder, Antônio Brito, o sistema cicloviário do Projeto Cidade Bicicleta é uma alternativa para solucionar a mobilidade urbana em Salvador e em mais 41 municípios baianos. “Esse modelo é uma tendência mundial e é totalmente adaptável à cidade, além de ser sustentável”, afirmou durante reunião com os membros do Grupo Executivo de Trabalho de Infraestrutura, em novembro.

Promessas não cumpridas

Apesar da iniciativa positiva, a população de Salvador continua desconfiada sobre qualquer proposta de mobilidade para a cidade. Isso por conta da quantidade de promessas não cumpridas, em especial o atraso histórico do Metrô, que teve sua construção iniciada em 2000 e até hoje não foi concluído. ”Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador.

Segundo o Jornal A Tarde, uma pesquisa feita pela Conder em 2009 apurou que 60% dos usuários de bicicletas na capital baiana não tem renda ou ganham até um salário mínimo. Para Antônio Brito, o projeto Cidade Bicicleta foi focado principalmente nas classes mais baixas.

“A Copa só veio a ajudar o início da sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas, etc. Estas pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não terem dinheiro para outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que tenham sua segurança comprometida devido aos [demais] veículos”, diz Brito.

Além de uma questão social, a bicicleta deve ser entendida como um meio de integração entre as pessoas, promoção da saúde e mais uma alternativa viável de transporte a qualquer cidadão. Não adianta pensar nas ciclovias apenas como uma maneira prática de tirar “o pobre do caminho dos carros”, para que não atrapalhem a fluidez. A bicicleta é uma solução real, para todas as classes sociais, gostos e motivações. Segregá-la da via apenas com a justificativa da segurança é empurrar para debaixo do tapete um problema que causa desgaste político e que, por isso, ninguém quer encarar de frente.

As cidades que vão receber as Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações 2013 (considerado evento-teste que antecede o mundial) sofrem, em geral, com os problemas do excesso de automóveis – e já sentem a necessidade de procurar soluções menos pontuais e paliativas para garantir o deslocamento de moradores e turistas.

O ideal é que os eventos esportivos deixem legados após as competições, melhorando a qualidade de vida das pessoas, com obras de infraestrutura urbana eficientes e, claro, que continuem estimulando a prática esportiva.

Por isso os investimentos em meios de transporte mais humanos e não motorizados devem ser vistos com bons olhos e cobrados das autoridades, especialmente considerando as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, legislação sancionada no início de 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Por Aline Cavalcante
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Caos que toma conta do sistema público de ônibus em Goiânia faz usuários procurarem alternativas de locomoção

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Com a crise no transporte coletivo de Goiânia, parte dos usuários, insatisfeitos com o serviço oferecido pelas empresas de ônibus, vem buscando alternativas para se locomover e cumprir seus compromissos profissionais.

Não só o carro e a moto são vistos como substituto do transporte público, até mesmo a bicicleta está conseguindo ganhar espaço na preferência daqueles que querem escapar do caos em que se encontra o sistema de transporte público da Capital.A justificativa mais comum para a mudança é a fuga da falta de respeito a que estavam sujeitos quando pegavam ônibus.

Os constantes atrasos, superlotação, falta de ônibus nas linhas e terminais tumultuados também são apontados por novos ciclistas e motociclistas como fatores preponderantes para abandonar o transporte coletivo. O mecânico Ademir Ruas, 40 anos, é um exemplo de quem trocou o coletivo pela bicicleta. Ele é morador do Jardim Europa, e seu trabalho está localizado na Avenida T-2, no Setor Bueno, distante oito quilômetros de sua residência. Ruas pedala cerca de 16 quilômetros por dia, e garante que consegue fazer o trajeto em até 20 minutos. De acordo com ele, o tempo economizado com a bicicleta, se comparado com o ônibus, é de 40 minutos. “Optei pela bicicleta para ir ao trabalho, em detrimento do trânsito caótico de Goiânia e do estresse que é pegar coletivo”, ressalta.

Ele critica a situação caótica do transporte coletivo da Capital, e afirma que não está nos planos voltar a andar de ônibus. “Vimos o caos que foi a greve do transporte coletivo. A bicicleta, além de ser um transporte eficaz, também é bom para a saúde, já que é uma forma de exercitar o corpo. A prefeitura poderia implantar ciclovias na cidade durante a semana”, sugere.

Roni Araújo Souza, 29 anos, vendedor da Fernando Bicicletas, diz que depois da crise do transporte coletivo e da implantação das ciclovias ligando os parques nos finais de semana, as vendas de bicicletas aumentaram em até 30%. “Notamos que houve um aumento considerável das vendas. Temos muitos clientes que preferem ir de bicicleta ao trabalho, além daqueles que buscam uma prática esportiva, o que está crescendo bastante”, diz.

O contador Inácio Umbelino de Souza, 29 anos, recentemente adquiriu uma moto com o intuito de fugir do caos do transporte coletivo. Ele afirma que para ir até o trabalho, no Setor Novo Mundo, teria que pegar até três ônibus por dia. Souza, que mora no Vera Cruz, diz que é muito estressante ter que deparar com terminais cheios, ônibus lotados e atrasados. O fator econômico também pesou na hora de comprar uma moto.

“Além da falta de respeito e dos transtornos, é muito dispendioso para o usuário que pega mais de dois ônibus para ir ao trabalho. Com os R$ 10 que gastava por dia com transporte coletivo, hoje abasteço minha moto e consigo rodar por pelo menos quatro dias”, diz. Segundo Miguel Tiago da Silva, presidente da Agência Metropolitana de Trânsito, Transporte e Mobilidade (AMT), a política do órgão é de incentivar o uso do transporte coletivo.

Miguel Tiago também diz que se o sistema de transporte público não vai bem, tem que se estudar quais as causas para solucioná-las o quanto antes. “Nós ainda achamos que o transporte coletivo é uma alternativa viável para desafogar o trânsito.” Miguel Tiago também afirma que é favorável e simpático à ideia da bicicleta como uma alternativa de transporte, por não poluir e por trazer benefícios à saúde. Em relação às motos, ele enfatiza que as fiscalizações vão continuar.

“A AMT trabalha no sentido de proteger a vida, nós continuaremos fiscalizando o uso de capacete e a conduta dos motociclistas”, conclui. Mas quem passou a andar sobre duas rodas também tem queixas. Ruas afirma que, apesar da rapidez e da mobilidade que a bicicleta oferece, tem que enfrentar no cotidiano a falta de respeito por parte de motoristas de carros. “Os motoristas só pensam neles, são poucos os que respeitam os ciclistas.”

Frota
Segundo o Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO), cerca de oito mil carros entram em circulação por mês em Goiânia. Aliado ao aumento considerável da frota de veículos, o transporte coletivo passa por uma de suas piores crises da história. Os problemas começaram no início deste ano, quando a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) alterou 27 linhas sem aviso prévio na grande mídia, pegando de surpresa cerca de 65 mil usuários.

Com as mudanças, principalmente nas linhas alimentadores, foram surgindo complicações, como superlotação e atrasos nos ônibus. Os terminais passaram a ficar superlotados e tumultuados em horários estratégicos, resultando em uma onda de protestos, realizados pelos próprios usuários insatisfeitos com os problemas.

Uma dessas manifestações chegou a interditar o Terminal Praça da Bíblia por três horas. O ápice da crise aconteceu na segunda-feira desta semana, quando um sindicato de motoristas de ônibus, não regularizado no Ministério do Trabalho, realizou uma greve surpresa, a qual afetou cerca 400 mil usuários da região metropolitana de Goiânia.

O Eixo Anhanguera, que transporta cerca de 200 mil passageiros por dia, ficou completamente inoperante por 11 horas. Alguns ônibus tiveram os vidros quebrados e a administração do Terminal Veiga Jardim foi vítima de atos de vandalismo.

Os terminais tiveram que receber reforço no policiamento, e só no final do dia o sistema de transporte coletivo voltou ao normal.

Fonte: Diário da Manhã
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Mais 30 Km de ciclovias em Belo Horizonte

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Prefeitura de Belo Horizonte comemora a Semana Nacional do Trânsito investindo na mobilidade urbana sustentável com ações que visam desestimular o uso do carro e incentivar os meios de transporte coletivo e não motorizados, como a bicicleta. E a BHTRANS publica, nesta quinta-feira, dia 23/9, o edital de licitação que prevê a contratação de uma empresa para elaborar o projeto de 30km de ciclovias em Belo Horizonte.

O programa Pedala BH visa trazer muitos benefícios para a cidade e para os cidadãos e tem como objetivo promover ou resgatar o uso da bicicleta na capital, criando facilidades para quem optar por esse meio de transporte. Para isso, o programa propõe ações que abrangem desde a definição e implantação de ciclovias e estacionamentos até campanhas de educação e de segurança no trânsito.

Apesar do imenso potencial apresentado por Belo Horizonte para o uso mais intensivo da bicicleta como veículo complementar, integrada ao sistema de transporte coletivo, o número de pessoas que fazem uso da bicicleta por aqui ainda é baixo. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro, a porcentagem de viagens de bicicleta como transporte na capital mineira está na casa dos 0,6%, um número inferior à média nacional de 2,8%, e à média das cidades com mais de um milhão de habitantes, 0,9%.

O uso da bicicleta é uma prática cada vez mais valorizada e incentivada em grandes cidades de todo o mundo que buscam novas alternativas para a questão do transporte. A BHTRANS espera que, cada vez mais, as pessoas se tornem adeptas da bicicleta como meio de transporte alternativo. Desta forma, todos serão beneficiados: a cidade, que ficará menos congestionada e com o ar mais limpo, e a população, que vai ganhar mais qualidade de vida.

Ainda neste mês serão entregues as propostas da licitação para a contratação da empresa que irá executar 16,6 km de ciclovias, abrangendo as regiões Leste, Nordeste, Estação Barreiro, Norte, Savassi e avenida Américo Vespúcio, entre as avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz.

Tudo isso faz parte do programa Pedala BH, de incentivo ao uso da bicicleta, da Prefeitura de Belo Horizonte e coordenado pela BHTRANS.
Fonte: BHTrans

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Riocard poderá ser usado para alugar bicicleta

sexta-feira, 9 de julho de 2010


O Rio quer andar na garupa da moda das bicicletas, que já pegou em diversas cidades, sobretudo europeias. Daqui a 60 dias, quem tiver tiver um Riocard, o cartão de vale transporte eletrônico do estado, poderá alugar as bikes disponíveis nas 19 estações do projeto Solução Alternativa para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel (Samba). Até o ano que vem, a prefeitura quer aumentar para 50 estações, levando o serviço para Botafogo, Flamengo e Tijuca. Além disso, a primeira hora já não está sendo cobrada. Quem devolver a bicicleta e esperar 15 minutos, terá mais uma hora para pedalar gratuitamente, podendo repetir a operação inúmeras vezes.
A meta da Secretaria municipal de Meio Ambiente é difundir o uso das bicicletas no cotidiano dos cariocas. Um dos exemplos é Sevilha, onde o número de viagens de pessoas que pedalam para ir ao trabalho pulou, em apenas quatro anos, de quatro mil para 60 mil por mês, segundo o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes. Para tanto, além de facilitar o acesso à bicicleta de aluguel, a prefeitura pretende dobrar até 2012 a sua rede de ciclovias, de 150 para 300 quilômetros. Também será alterado o traçado das já existentes, tornando-as as mais funcionais e integradas a pontos de ônibus e estações de trem e metrô. Ciclovias e ciclofaixas serão conectadas.
Assim, a cidade se credencia para tentar receber, em 2013, o evento mundial que reúne projetos e inovações relacionadas à bicicleta, o Velo-city, realizado semana passada em Copenhague, na Dinamarca. Altamirando voltou de lá com ideias na bagagem:

- A mobilidade por bicicleta é, individualmente, benéfica para saúde e, em muitos casos, mais ágil do que os carros. E benéfica coletivamente, uma vez que não emite poluentes e contribui para combater o aquecimento global. Quero que a bicicleta seja encarada como meio de transporte, como são o ônibus, o metrô e as barcas. Nisso, o uso do Riocard será fundamental, além de facilitar o sistema atual, que depende de um telefonema para destravar a bicicleta.
O gerente da filial Rio da empresa que opera o Samba, Leandro Araújo, comemora as novidades. Ele planeja um aumento da utilização do sistema, hoje com 520 usuários fixos mensais e já registrando crescimento. Além disso, novos equipamentos de segurança, como a instalação de câmeras, vêm impedindo furtos desde 21 de maio.
- Tivemos 1.288 viagens em abril e batemos o recorde em maio, com 2.897. Em junho, por causa do frio, houve uma queda natural, para 2.274 viagens. Mas esperamos o crescimento do uso com o Riocard. O (projeto) piloto já foi testado no Jardim de Alah. Hoje é necessário usar o telefone, mas as pessoas podem pagar com cartão de crédito. O plano diário custa R$ 10 e o mensal, R$ 20, mas, neste caso, também é necessário fazer um cadastro no nosso site (www.mobilicidade.com.br) - explicou Leandro.
Além de equipamentos, o subsecretário também promete investimentos em educação para aumentar o uso de bicicletas. Ele está propondo um acordo com hotéis da cidade. Os que cuidarem de estações públicas de bicicleta ganharão cartões para distribuir aos seus hóspedes. Além disso, as escolas municipais terão aulas para incentivar alunos a usarem bicicletas. E, nas ruas, equipes da secretaria vão fazer campanhas educativas para que a convivência entre ciclistas, motoristas e pedestres seja mais harmônica.

Provavelmente faremos um projeto piloto numa escola municipal da Zona Oeste. Na região, vamos fazer ciclovias unindo Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. O próximo passo será fazer ciclovias em Jacarepaguá, Barra e na Zona Norte - prometeu Altamirando.

Fonte: O Globo
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