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Pelotas terá mais 4,5 quilômetros de ciclovias/ciclofaixas

quinta-feira, 21 de março de 2024

Mais de 4,5 quilômetros de ciclovias/ciclofaixas vão incrementar, neste ano, a malha cicloviária de Pelotas. Serão contemplados com novos trechos as avenidas Fernando Osório e Juscelino Kubitschek de Oliveira e o Laranjal. Estão projetados 2,5 quilômetros ciclofaixas e 1,9 quilômetro de ciclovias, com pavimentação em concreto ou asfalto. As obras têm o investimento de R$ 819 mil, financiado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no contrato de R$ 4,1 milhões, que inclui a requalificação dos 980 metros de extensão da avenida Herbert Hadler, no Fragata. Com a construção dos novos trechos, o município passará a ter mais de 75 quilômetros de vias destinadas a bicicletas. 

“Temos uma cidade plana, o que facilita o uso de bicicletas. Investimos muito nos últimos anos na ampliação desses espaços, porque contribuem com a mobilidade urbana, reduzem a circulação de carros, diminuem os poluentes e tornam Pelotas cada vez melhor para todos”, destaca a prefeita Paula Mascarenhas. 

De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Roberto Ramalho, as obras cicloviárias deverão se iniciar em breve. “As ciclovias ou ciclofaixas são estruturas que proporcionam mais segurança a quem se desloca de bicicleta. Nos traçados, os usuários usufruem de direitos que não têm quando trafegam nas pistas viárias, junto com o trânsito de automotores, ou quando andam indevidamente nas calçadas., observa Ramalho.

Impactos na mobilidade urbana
Ciclovias e ciclofaixas são indispensáveis à organização da mobilidade urbana. “O aumento de ciclovias e ciclofaixas representa mais segurança. O Município reconhece a expressão da bicicleta como meio de transporte e, no momento, trabalha junto à empresa administradora do BikePel para reformulações no sistema de bicicletas de aluguel compartilhadas, para beneficiar ainda mais os usuários”, pontua o secretário de Transporte e Trânsito (STT), Flávio Al-Alam.

A avenida Ferreira Viana, que passa por obras nos 4,2 quilômetros de extensão, receberá requalificação em toda a ciclovia/ciclofaixa, do entroncamento com a avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira até a ponte do arroio Pelotas. A Estrada do Engenho, cujas intervenções serão retomadas após pausa para mudança dos moradores da área de risco à beira do canal São Gonçalo, onde o trajeto para bicicletas acompanhará todo o percurso da via, inserido, inclusive, no projeto do futuro Parque Estrada do Engenho, complexo de lazer, esportes e contemplação, a ser financiado pelo governo do Estado. 

Conheça os projetos
- Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira – receberá 2,2 km de ciclovias/ciclofaixas, sendo 1,8 km de ciclofaixas e 343 metros de ciclovias. 

A obra começará no ponto onde termina a ciclovia da avenida República do Líbano, pelo canteiro central, atravessando a faixa de pedestres até virar ciclofaixa, no bordo direito da via, acessando a Juscelino. Em determinados pontos, onde há ciclovia, haverá composição com ciclofaixas, até a ligação com a da avenida Domingos de Almeida, que também será ligada com nova ciclovia, com início na rua Antônio dos Anjos. A segunda etapa de ciclofaixa será na sequência da ciclovia da rua Barão de Butuí, atravessando a Juscelino, seguindo até a rua Gomes Carneiro.

* Laranjal – receberá 1,6 km de ciclovias, com início do trajeto iniciado a partir da ciclovia da avenida Adolfo Fetter com Posto do Guga, seguindo pela faixa de pedestres, delimitada por meios-fios rebaixados, localizada entre o bordo da via e o alinhamento predial. Onde já há calçamento com blocos intertravados, será reforçada a pintura. Nos demais pontos, será realizada escavação, remoção de material e substituição pela base adequada. O percurso terá sequência na ciclovia da avenida Arthur Augusto Assumpção, lado esquerdo da via, em concreto e com meios-fios de contenção, seguindo até a elevada, onde voltará ao bordo direito e passará a ser pavimentada com asfalto até a interligação com a ciclofaixa existente.

* Avenida Fernando Osório – receberá 711 metros de ciclofaixas, com trechos novos que se iniciarão em sequência à ciclovia do canteiro central e atrás da elevada antes da rótula do Jardim de Alah, seguindo até o começo da BR-116. O segmento existente de ciclovia na avenida, de acordo com o projeto, será interligação com o novo.

Informações: Prefeitura de Pelotas

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Implantação das faixas azuis anda a passos lentos no Recife

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Apesar da eficiência constatada na operacionalização das Faixas BRS (Bus Rapid Service) dentro do Recife, sobretudo nos horários de pico, e de ser uma das ações públicas de mobilidade mais baratas, a implantação a conta-gotas das faixas azuis nas vias mais congestionadas da cidade mostra que o veículo particular ainda tem sido priorizado em detrimento do transporte coletivo. Este ano, por exemplo, não há mais previsão para a implantação dos corredores exclusivos de ônibus. A Avenida Recife será a próxima a receber a Faixa Azul, mas a execução do projeto só acontecerá no início de 2016. Dos 60 km de Faixa Azul previstos, 23 km foram implantados. 

De acordo com a Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU), o projeto executivo da Faixa BRS da Avenida Recife está pronto, mas aguarda a aquisição dos aparelhos de fiscalização eletrônica e o recapeamento da Rua Hélio Brandão, no bairro do Ipsep. “Segundo o cronograma da Emlurb, que está realizando a operação Verão na Zona Sul, o recapeamento está previsto até o fim de 2015”, informou a CTTU. 

A companhia explicou que a espera pelo recapeamento é necessária porque foi preciso retirar o giro à esquerda na Rua Jean Emile Favre e uma rota alternativa. Caso contrário, haveria perdas significativas para o tráfego misto. E a via alternativa é justamente a Rua Hélio Brandão, paralela à Avenida Recife. “O recapeamento vai proporcionar uma condição de circulação muito melhor do que a atual, potencializando os benefícios da ação como um todo”, justificou a CTTU. 

Em vias como a Avenida Agamenon Magalhães, os ônibus ocupam cerca de 30% do espaço, enquanto na Avenida Boa Viagem, essa ocupação é de 100%. Antes do início do projeto, o Recife possuía 20,51 km de faixas exclusivas, que aumentaram para 42,66 km. Mas ainda é pouco, levando em consideração que o uso do espaço viário pelo transporte público pode ser de 15 a 20 vezes mais eficiente do que quando utilizado pelos veículos particulares. 

Por exemplo, na Avenida Herculano Bandeira, uma Faixa Azul é capaz de permitir o deslocamento de 104 mil pessoas por dia, enquanto nas três faixas da via ocupadas por automóveis, esse número cai para 54 mil pessoas por dia. Já na Domingos Ferreira, são 144,5 mil pessoas transportadas por dia apenas na Faixa Azul, enquanto nas outras faixas ocupadas por automóveis, 70 mil pessoas se deslocam por dia. Menos da metade transportada pelos ônibus.

No que se refere à velocidade operacional do transporte público, os ganhos também têm sido relevantes. Na Avenida Mascarenhas de Morais, antes da implantação da Faixa Azul, os ônibus rodavam a 21km/h. Após a priorização da faixa, aumentou para 26km/h e, com a implantação dos aparelhos de fiscalização eletrônica, subiu para 35,42km/h. No total, o ganho de velocidade foi de 66,6%. Já na Herculano Bandeira, o aumento total na velocidade foi de 118%, com Faixa Azul e fiscalização eletrônica.

Por Rosália Vasconcelos
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Faixa azul da Avenida Recife aumenta velocidade dos coletivos em 56%

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Com um mês de funcionamento, a Faixa Azul da Avenida Recife promoveu um ganho de 56% na velocidade média dos ônibus, que passou de 14,8 km/h para 23,1 km/h, no horário de pico, que vai das 6h às 9h. Já no período entre 17h e 19h, o ganho foi de 47%, passando de 14,1 km/h para 20,7 km/h.

Pelo corredor passam 29 linhas de ônibus, diariamente, totalizando 1.660 viagens. São 82 mil passageiros utilizando os 3,6 km de faixa exclusiva por dia, que já sentem a melhora na mobilidade no percurso. A ação é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, que já implantou 32 kms de Faixas Azuis desde 2013.

O balanço foi divulgado na manhã desta sexta-feira pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife. "A Avenida Recife é a sétima via a receber a Faixa Azul na cidade, e ao todo, os corredores beneficiam mais de 635 mil passageiros. Agora, as pessoas que utilizam o transporte público chegam mais rápido aos seus destinos, o que é muito bom", destaca o secretário João Braga.

A Faixa Azul funciona de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h. Além dos ônibus, os táxis do município do Recife também têm acesso aos corredores. Os demais veículos só podem entrar no corredor quando precisarem realizar conversões e acessar os lotes à direita. A sinalização horizontal mostra aos condutores, quando a linha for pontilhada, que é possível entrar na faixa. A fiscalização já está valendo, e os motoristas que forem flagrados utilizando a faixa irregularmente estarão passíveis a multa gravíssima, no valor de R$ 191,54 e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Com a implantação da Faixa Azul da Avenida Recife, Prefeitura do Recife alcançou a marca de 32 kms de Faixa Azul implantados. Atualmente, a ação está também nas avenidas Marechal Mascarenhas de Moraes, Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar, além das ruas Cosme Viana e  Real da Torre. No total, Recife passou a ter cerca de 54 quilômetros de corredor exclusivo para ônibus, contando com os corredores que já existiam na cidade antes da Faixa Azul. Isso representa um aumento de cerca de mais de 155% no número de quilômetros de prioridade para o transporte público no Recife desde  2013, quando a cidade possuía pouco mais de 20 kms de faixas exclusivas.

A implantação dos corredores exclusivos garantiu um aumento significativo na velocidade média dos coletivos. Na Faixa Azul da Avenida Mascarenhas de Moraes, os ônibus passaram de 21 km/h para 35,4 km/h, o que representa um ganho total de 66,6% na via. Já na Avenida Herculano Bandeira, onde a implantação da Faixa Azul aconteceu em junho de 2014, a velocidade saiu de 11 km/h para 24 km/h - um aumento de 118%. Já na Rua Cosme Viana e na Avenida Conselheiro Aguiar, houve um ganho de 38,8% (de 18 km/h para 25 km/h) e 49% (de 13.1 km/h para 19.5 km/h) na velocidade média dos ônibus, respectivamente.

Informações: Diário de Pernambuco
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Intervenções no trânsito Recife não são suficientes. Transporte público é a solução

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Esta segunda-feira (1º) é dia de volta às aulas. Se os estudantes se preparam para iniciar as atividades do segundo semestre do ano letivo, os motoristas também devem ficar prontos, neste caso, para ter mais paciência. O trânsito que já está complicado por conta das chuvas e dos milhares de buracos que surgiram nas ruas, promete piorar.


Nas últimas semanas, a Prefeitura do Recife vem realizando uma série de intervenções no trânsito da Zona Norte com o objetivo reduzir os engarrafamentos. Mas ainda não é possível sentir uma melhora significativa, principalmente em relação às mudanças na Avenida Agamenon Magalhães, um dos principais corredores viários da cidade. Embora o tráfego na avenida tenha melhorado, as vias locais e as ruas do entorno continuam congestionadas, principalmente no bairro do Espinheiro. Um conserto da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) na Rua da Hora contribui para aumentar o engarrafamento. De acordo com o órgão, se não chover, o problema na via será resolvido até a próxima quarta-feira (03).

Para o professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) César Cavalcanti de Oliveira, a solução não está apenas em realizar intervenções no trânsito ou até mesmo aumentar o sistema viário.  É preciso mudar "o foco" das ações. Segundo ele, os projetos e as grandes obras estão voltadas para os motoristas, quando deveriam beneficiar os usuários do transporte público, pedestres e ciclistas.  

"Cerca de 30% da área do Recife é ocupada por ruas e avenidas, além disso já contamos com sistema viário, que sejá consolidado com a construção da Via Mangue. O equilíbrio acontecerá quando a população passar a utilizar menos o carro, e assim se moldar à nova realidade da cidade. O crescimento da frota de veículos chegou ao limite. Mas, para isso, é preciso que os gestores ofereçam um transporte público de qualidade e outras alternativas", explica o professor.


Enquanto a população do Estado cresce 1% ao ano, o número de carros aumenta em média 7% e o de motos, 15%, no mesmo período. Segundo levantamento do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), 613.296 carros circulam hoje na Região Metropolina. O número praticamente dobrou em dez anos. No ano 2000, eram 395.742 automóveis.

O aumento na quantidade das motos impressiona ainda mais. Hoje, 207 mil motociclistas circulam no Grande Recife. Em 2000, eram 48.910 (confira abaixo o gráfico com dados do Recife, RMR e Permanbuco)

"Qualquer fenômeno que cresça 7% ao ano dobra no período de dez anos. Muitos dizem que o trânsito vai parar em 2020. Não concordo com essa afirmação. As pessoas serão forçadas a procurar outras alternativas. Certamente, os gestores deverão implantar sistema de rodízio e estabelecer outras proibições. O valor dos estacionamentos também deverá subir", analisa César Cavalcanti.

Já o número de ônibus não acompanhou o ritmo dos carros e motos. Segundo o Grande Recife Consórcio Metropolitano, 2.900 coletivos circulam atualmente na RMR. No ano de 1999, eram 2.550, entre ônibus sanfona, tradicional e micro-ônibus. Os veículos estão distribuídos em 385 linhas e transportam, diariamente, cerca de 2 milhões de passageiros, em 25 mil viagens. 

Como o transporte público ainda deixa muito a desejar, o pernambucano não é incentivado a deixar o carro em casa e procurar outras alternativas para se deslocar. As pessoas não costumam dar carona, por exemplo. Embora a capacidade de um carro passeio seja transportar até cinco pessoas, os veículos do Estado transportam uma média de 1,4 pessoa.

Para o professor da UFPE, infelizmente, ao invés de os governantes aumentarem a preocupação com o transporte público, acontece ao contrário. A avenida Herculano Bandeira, um dos principais corredores de acesso à Zona Sul, é um exemplo. Uma das cinco faixas da avenida era exclusiva para o tráfego de ônibus. Hoje, os automóveis são autorizados a trafegar na faixa.


Outra falha detectada pelo professor está na obra de duplicação do viaduto Capitão Temudo, que deverá ser inaugurada pela Prefeitura do Recife neste segundo semestre. "O projeto não prevê ciclovia e nem calçada para pedestres. Para se deslocar do Centro à Zona Sul, só dentro de um veículo", alerta o professor, lembrando ainda que "somos todos pedestres, por isso é importante favorecer o nosso deslocamento. Enquanto os países europeus aumentam suas calçadas, as nossas estão cada vez mais estreitas, cheias de buracos e sem acessibilidade".

Atualmente, as ciclovias do Recife são utilizadas basicamente para a prática de exercícios físicos. Por não terem ligação, o ciclista tem receio de pedalar entre os carros até encontrar outra via exclusiva para ele. Uma ciclovia no Capitão Temudo possibilitaria uma ligação com a ciclofaixa do Centro do Recife e a ciclovia da avenida Boa Viagem, racíocina o professor.

O professor César Cavalcanti também opinou sobre a intervenção realizada pela prefeitura na Conde da Boa Vista, Centro do Recife. "A ideia de transformar a Conde da Boa Vista em um corredor de ônibus foi correta, mas a implantação do projeto foi totalmente errada. Existem falhas no número e no direcionamento dos semáforos, na construção das plataformas, e vários outros erros. O projeto necessita de modificações".

VIA MANGUE - A Prefeitura do Recife iniciou, no último dia 15 de julho, mais um trecho da intervenção da Via Mangue. As ações estão sendo realizadas na Avenida Sul onde os técnicos estão trabalhando na cravação das estacas que servirão de base para a construção da alça ligando a Via Mangue ao Capitão Temudo. Além desse trecho, as obras foram iniciadas também na área da Praça Abelardo Rijo, no Cabanga.

A Via Mangue será composta por faixas de rolamento para veículos, calçadas para pedestres e ciclovia. No sentido Centro/Boa Viagem, a via terá 4,75 km. Já no sentido Boa Viagem/Centro, a extensão é de 4,37 km. De acordo com a presidente interina da URB, Flaviana Gomes, a Via Mangue vai melhorar o tráfego nos bairros de Boa Viagem e do Pina, e abre-se a possibilidade de implantação de um corredor exclusivo de ônibus na Avenida Domingos Ferreira, viabilizando o Corredor Norte-Sul.


Fonte: JC Online
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Prefeitura do Recife garante junto ao Governo Federal recursos para obras de BRS e projeto de VLT

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O prefeito Geraldo Julio garantiu, durante encontro com o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, na manhã desta terça-feira (25), em Brasília, o repasse de R$ 122,3 milhões para a melhoria da mobilidade urbana no Recife. Desse total, R$ 98,3 milhões serão destinados à implantação de cinco corredores do sistema Bus Rapid Service (BRS) e R$ 24 milhões para elaboração de projeto das linhas Centro e Sul de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O encontro do prefeito com o ministro aconteceu no Ministério das Cidades.

No caso do BRS, serão implantados corredores exclusivos de ônibus nas avenidas Abdias de Carvalho (7,5 km), Beberibe (5,2 km), Recife (5,0 km), Mascarenhas de Moraes/Av. Sul (23,1 km), Binário Domingos Ferreira/Herculano Bandeira com Conselheiro Aguiar/Antônio de Gois (9,8 km). Os corredores serão contemplados com sinalização, monitoramento, fiscalização com câmeras, reforma de calçadas e pavimento, iluminação, instalação de painéis de mensagem variável, detectores de fluxo veicular e substituição de abrigos.

Ao todo são 50,6 quilômetros de vias que receberão o investimento para priorização do transporte público de passageiros e pedestres. Atualmente, 401 mil passageiros circulam nessas vias diariamente de ônibus e serão beneficiados pelo serviço. A estimativa aponta ainda que moradores de 23 bairros poderão usufruir do sistema. As obras devem começar quatro meses após a assinatura do contrato de repasse dos recursos.

De acordo com o prefeito Geraldo Julio, a implantação do BRS na cidade vai resultar na redução do tempo de viagem e consequentemente no ganho de qualidade de vida dos recifenses. “O único caminho para melhorar a mobilidade é priorizar o pedestre e o transporte público. Com estes corredores mais de 400 mil recifenses serão beneficiados por 50 km de calçadas requalificadas e por viagens mais rápidas e confortáveis de ônibus”destacou o prefeito, que estava em Brasília acompanhado do secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife, Victor Vieira, do chefe do Gabinete de Projetos Especiais, João Guilherme Ferraz, e da presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Evelyne Labanca.

Na reunião, o prefeito Geraldo Julio também tratou das cartas-consultas para os estudos de viabilidade técnica e econômica e elaboração de projetos de engenharia para dois trechos de VLT no Recife, a linha Centro, saindo da Ilha Joana Bezerra, e o trecho Sul, que segue pela Avenida Domingos Ferreira. Após a elaboração do projeto, a obra terá que ser licitada. O repasse dos recursos será realizado através de financiamento junto ao governo federal.

“Uma cidade que planeja seu futuro tem que ter projetos inovadores sempre a mão. Estes sistemas de VLT vão transformar o Recife” afirmou Geraldo Julio.

Bairros beneficiados com o BRS – Bongi, Torrões, Cordeiro, Prado, Derby, Imbiribeira, Ibura, Santo Antônio, São José, Afogados, Pina, Boa Viagem, Encruzilhada, Ponto de Parada, Água Fria, Fundão, Porto do Madeira, Beberibe, Areias, Jiquiá, Cidade Universitária, Ipsep e Jordão.

Informações: Prefeitura do Recife
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No Recife, Via Mangue já tem gargalos viários mesmo sem estar concluída

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ela é polêmica desde a sua concepção e deverá gerar controvérsias mesmo depois de pronta. A Via Mangue, promessa de solução viária para a Zona Sul do Recife, defendida pelos gestores públicos há pelo menos dez anos, corre sérios riscos de nascer ultrapassada. Peca por não prever qualquer prioridade ao transporte coletivo, recomendação de bom senso em tempos de pura imobilidade, e por não atender à insaciável demanda por espaço dos automóveis, devido a equívocos de projeção que criaram gargalos viários. O projeto previu um amplo acesso de chegada à futura via, no sentido Centro-Boa Viagem, mas esqueceu das opções de retorno. Ou seja, do jeito que está, a Via Mangue é hoje uma via que vai, mas não volta.
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Um dos principais gargalos do futuro corredor, percebido atualmente e que se prolongará caso intervenções físicas não sejam realizadas rapidamente para resolver o problema, é o encontro do túnel da Rua Manoel de Brito, que fica sob a Avenida Herculano Bandeira, no Pina, com a Avenida Antônio de Góes, principal saída da Zona Sul em direção à área central da capital. Construído na segunda gestão do prefeito João Paulo e símbolo da primeira etapa do projeto viário, a passagem subterrânea, que deveria eliminar os conflitos de trânsito, está sendo vítima deles. Engarrafa diariamente não só pelo tráfego intenso que atrai - o Rio Mar Shopping, inaugurado há 11 meses, é a razão atual -, mas principalmente pelo erro grosseiro de encontrar-se com um corredor de tráfego pesado, que deveria ter sido evitado desde sempre: a Avenida Antônio de Góes. Com o agravante de que essa interseção é feita com um semáforo. O resultado tem sido ruim e, quando a Via Mangue ficar pronta, deverá ficar caótico porque os 30 mil veículos que deverão utilizar a via diariamente passarão por aquele ponto.
Os técnicos confirmam esse raciocínio. “Não acredito que o túnel esteja completo. É óbvio que aquela obra não está concluída. Não é uma questão de engenharia, apenas de bom senso. É uma solução inacabada. O túnel deveria seguir sob a Avenida Antônio de Góes e acomodar o tráfego nessa mesma via através de uma alça. Do jeito que está, apenas sob a Avenida Herculano Bandeira, joga todo o tráfego na confluência com a Antônio de Góes, chocando-se com os veículos que saem da Zona Sul. Não tem lógica. Está faltando algo. A presença do RioMar Shopping, de fato, antecipou o problema, mas ele existiria de qualquer forma mais na frente”, atesta o professor do departamento de engenharia civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Fernando Jordão, que está fazendo doutorado em transportes.

Em reserva, um ex-integrante das gestões do PT à frente da prefeitura e profundo conhecedor da Via Mangue confessa que o gargalo criado pela falta de continuação do túnel foi percebido e alertado desde os projetos iniciais da futura via, ainda na primeira gestão de João Paulo. A solução não foi dada por falta de recursos. Ou seja, aquele velho hábito dos gestores públicos de fazer o que dá, mesmo que não seja o ideal. “Sabíamos que o túnel precisava ser prolongado até a Avenida Antônio de Góes, mas o custo, na época, era mais do que o dobro do valor gasto. Além do custo, havia dificuldades com o licenciamento ambiental e a necessidade de negociar desapropriações. Sabíamos que não podíamos jogar o tráfego na Antônio de Góes. Mas era o que dava para fazer. Era melhor do que não executar nada”, afirma.

Uma solução para substituir o prolongamento do túnel, também apontada antes do início da execução da Via Mangue, seria a construção de um elevado na Antônio de Góes. “Era uma outra opção. Com o elevado, o tráfego que sairia do túnel passaria por baixo, entraria numa alça e retornaria à avenida, enquanto os veículos que trafegavam na Antônio de Góes passariam por cima, no elevado. Dessa forma não haveria o conflito. Mas o custo também era alto e se deixou para o futuro”, relata.

Pois o futuro chegou e o momento de encontrar a solução adiada no passado é agora. Todos os dias são registrados congestionamentos no túnel da Via Mangue. À tarde e à noite, eles são certos. As retenções se estendem por mais de 500 metros e os motoristas ainda têm que ficar presos numa rampa, o que é desafio para muitos. Quando a Via Mangue estiver pronta, o volume de tráfego será bem maior, o que ampliará os problemas.

Diante desse cenário, o professor Fernando Jordão faz um alerta, lembrando que os gestores públicos enganam-se com a justificativa de que não previram ao menos uma faixa para o transporte coletivo na Via Mangue porque corredores estão prometidos para as Avenidas Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar. “As pessoas não vão deixar o carro em casa sabendo que têm uma via expressa para andar. Você precisa rivalizar o transporte individual e o coletivo, torná-los concorrentes. Caso contrário, o automóvel vai levar sempre vantagem. Qualquer benefício ao carro faz com que a pessoa não hesite em usá-lo. E a Via Mangue será um benefício ao automóvel, o que é um erro”, avalia.

Por Roberta Soares
Informações: JC Online
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No Recife, Faixa Azul da Conselheiro Aguiar será implantada segunda-feira

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Com o adiamento da abertura da pista leste da Via Mangue para esta quinta-feira (21), com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), ficou para segunda (25) a implantação da Faixa Azul na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A sinalização deve ser colocada na avenida no fim da semana.

O espaço exclusivo para o transporte coletivo será desde o cruzamento com a Rua Barão de Souza Leão até a Avenida Antônio de Góes, na altura do Túnel do Pina, um trecho de 5,8 quilômetros. Trinta e nove linhas de ônibus passam por lá, transportando 145 mil passageiros.

Apenas ônibus e táxis podem usar a faixa de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h. A multa para quem desrespeita a regra é de R$ 191,54, referente à infração gravíssima, além de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Não haverá fiscalização eletrônica inicialmente.

A Avenida Domingos Ferreira, paralela à Conselheiro mas com fluxo no sentido contrário, ganhou a Faixa Azul um ano e meio antes, com a inauguração da pista oeste da Via Mangue. Lá, segundo a CTTU, a velocidade os ônibus em 118% - saiu de 11,5 km/h para 24 km/h. Recife tem hoje 44,5 quilômetros de faixas azuis.

Informações: JC Trânsito e NE 10
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Chuvas deixam caótico o trânsito em vários pontos do Recife

terça-feira, 19 de abril de 2011

Foto: Bruno Fontes
É caótico o trânsito em vários pontos do Recife, na manhã desta terça-feira (19), com as chuvas que atingem a capital pernambucana desde a noite da última segunda. Na Zona Sul da capital, os alagamentos começam na avenida Herculano Bandeira, no bairro do Pina. Para chegar ao Cabanga, a fila de carros já está na altura do Hospital Português, no Paissandu.

Na avenida Domingos Ferreira, uma das principais de Boa Viagem, os carros se acumulam. Mais cedo, com pessoas tentando chegar ao trabalho e outras levando os filhos aos colégios - nas imediações do Santa Maria e do Colégio Boa Viagem, o engarrafamento é bastante grande.

Na avenida Recife e no Cais José Estelita, os motoristas também encontram dificuldades e precisam ter paciência. A Abdias de Carvalho, no trecho próximo à FIR, ficou submersa. Na rodovia BR-101, o deslocamento de carros é bastante lento, especialmente na altura da fábrica de embutidos São Mateus. Na avenida Norte, sentido subúrbio/cidade, os alagamentos estão provocando longo congestionamento.

Na rua do Futuro, nas Graças, uma árvore caiu no começo da manhã, em frente à entrada do Parque da Jaqueira. No Parque Amorim, a equipe da Globo Nordeste flagrou carros parados, danificados pelo grande volume de água que tiveram que atravessar - no Parque Amorim, havia quatro veículos esperando socorro, no começo da manhã. Durante o trajeto, nenhum agente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) foi visto nas ruas.

De acordo com a previsão do tempo, o dia será nublado, com chuva o tempo todo no Litoral. Nas outras regiões, o sol aparece entre muitas nuvens e também há previsão de chuva a qualquer hora.


BARREIRAS

De acordo com o Corpo de Bombeiros e com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), houve sete deslizamentos parciais de barreiras na Região Metropolitana, sendo dois no Recife, quatro em Jaboatão e um em Camaragibe, sem registro de vítimas.





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Em entrevista, Dilson Peixoto Mostra os desafios e avanços no Transporte Público de Recife

segunda-feira, 3 de maio de 2010



O blog Meu Transporte tem o prazer de entrevistar o Sr. Dilson Peixoto, Pres. Do Consórcio Grande Recife, antiga EMTU, esta entrevista tem como base perguntas feitas pelos nossos leitores que foram enviadas até março passado através do e mail: meutransporte@hotmail.com, temas que elevaram e muito essa entrevista, pois o Recife é hoje uma das cidades que mais sofrem em termos de transporte público como poucos corredores para ônibus, ônibus lotados, terminais desorganizados.
Estamos certos que isto se deu pelo abandono dos últimos governos que não investiram maciçamente no transporte público e na mobilidade urbana da capital e região metropolitana.

Segundo Dilson Peixoto este governo vem melhorando e muito a situação do transporte público na região metropolitana através da ampliação do SEI, sistema de bilhetagem eletrônico, Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).

1) Quando será reformado o Terminal do Barro, pois os passageiros relatam a falta de organização, pontos de embarque inadequados, entre outros?

Dilson Peixoto: A ampliação do Terminal Integrado do Barro já foi licitada e está aguardando a conclusão do processo de desapropriação para o início do trabalho. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas passam pelo terminal, em dias úteis, através das 10 linhas que atuam no local. Após a ampliação, o terminal passará a ocupar 4.164,12 m2, em um terreno de 16.195,29 m2. A ampliação da estrutura física tem o intuito de acomodar melhor os passageiros, não estando prevista a ampliação no número de linhas do terminal.


2) Paradas de ônibus:
Existe um projeto para modernizar as paradas de ônibus da cidade, pois muitas paradas não tem abrigo deixado milhares de passageiros tomando sol, sem falar nos dias de chuva que não tem aonde se abrigarem?

Dilson Peixoto: Existem mais de 5 mil paradas de ônibus na Região Metropolitana do Recife, entre abrigos e colunas. Embora os abrigos sejam uma opção mais confortável para o usuário, nem sempre a colocação deles é possível, tanto pelas condições físicas da calçada (estreita, rebaixada, irregular) quanto em função das restrições impostas por alguns proprietários de lotes, que por ser contra a implantação acabam causando danos ao equipamentos ou acionamento o consórcio na Justiça para a retirada do ponto.

Em relação a modernização dos abrigos, o consórcio está priorizando, neste momento, as paradas localizadas nos corredores exclusivos de ônibus, tanto os que já existem como os que estão sendo construídos. Exemplo disto são as paradas programadas para o Corredor Norte-Sul, que irá se estender desde o município de Igarassu até as proximidade do Terminal Integrado de Joana Bezerra, com estações em nível (sem diferença de altura para a porta do veículo) e pagamento antecipado da tarifa, melhorando o tempo de embarque/desembarque.

O Grande Recife também está viabilizando, desde março de 2008, a substituição das paradas localizadas nos corredores viários da Avenida Boa Viagem, Avenida Conselheiro Rosa e Silva, Avenida Rui Barbosa e o bairro do Parnamirim. Essas paradas agora estão padronizadas com as cores verde e cinza, assentos, pontos de iluminação, espaço para colocação de cadeira de roda, e painéis com a lista de linhas que possuem ponto de embarque e de desembarque no local e outras informações de utilidade para os usuários.

3) E quanto aos abrigos que não tem painéis informativos de itinerário?

Dilson Peixoto: Atualmente, o usuário pode ter informações sobre o itinerário completo das linhas pelo site http://www.granderecife.pe.gov.br/, ou entrando em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 081 0158. Porém, a colocação do itinerário completo das linhas nas paradas tem enfrentado dificuldade, pois eles são extensos e não há espaço físico nos painéis. Além disso, em geral as paradas agregam mais de uma linha, o que dificulta ainda mais a colocação do itinerário das linhas. Estamos, no entanto, em busca de soluções para esta questão.

Em relação aos nomes das linhas que passam nas paradas, esta informação está presente em paradas seletivas, como as da Avenida Conde da Boa Vista e de grandes corredores de transporte, como é o caso Avenida Rui Barbosa. Estamos trabalhando para levar este mesmo modelo para outras localidades.

É válido ainda salientar que quando corredores exclusivos de ônibus como: Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte estiverem em operação, os usuários terão à disposição uma frota modernizada, incluindo a instalação de equipamentos como GPS, displays eletrônicos, entre outros, que possibilitarão o envio de informações, como horário de chegada e saída das estações – em tempo real para os passageiros.

4) Renovação da Frota
Como você vê a renovação da frota da Região Metropolitana?

Dilson Peixoto: Anualmente é estipulada uma meta para renovação de frota. Essa substituição leva em consideração as características das linhas a serem contempladas com os novos ônibus, que poderão ser comuns, alongados ou articulados. Porém, como não há condições de renovar toda a frota de uma só vez, o Grande Recife orienta às empresas operadoras a substituírem os ônibus por ordem de estado de conservação, e não exatamente por idade da frota. Em 2008 foram comprados 465 ônibus novos e em 2009, mais de 427 ônibus foram renovados na RMR.

5) Corredor da Imbiribeira

Dilson Peixoto: Existem projetos de corredores na Avenida Norte, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira e Pan Nordestina, mas e o corredor da Mascarenhas de Moraes?

A princípio os técnicos do consórcio estão trabalhando nos projetos dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte. A Avenida Mascarenhas de Moraes tem uma característica muito diferente dos demais corredores. Próximo a ela circula o Metrô, que alimenta as linhas de ônibus que trafegam pelo local. O projeto que existe atualmente para a avenida citada é a integração dos ônibus que ali trafegam com os terminais de Tancredo Neves, Cajueiro Seco, Aeroporto e Prazeres, todos em fase de construção ou licitação.

6) SEI
Como você vê a evolução do SEI?

Dilson Peixoto: O Sistema Estrutural Integrado é um dos projetos de maior importância para a ampliação da mobilidade da Região Metropolitana do Recife. Apesar de ser um projeto da década de 80, ele ainda é um marco revolucionário dentro do transporte público de passageiros. Durantes alguns anos, no entanto, por motivos vários, a ampliação do SEI esteve paralisada.

Desde 2007, no entanto, ela foi retomada e destacada como uma das prioridades do governo estadual. Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).
Na época da implantação do SEI, a concepção de integração e transporte público que se tinha era de terminais fechados de integração. Porém, com o surgimento de novas ferramentas tecnológicas que dão suporte à bilhetagem eletrônica e às centrais de controle operacional, o SEI ganhou um incremento ainda maior.
Corredores de transporte e faixas exclusivas de ônibus, que dão prioridade ao transporte público, também contribuem para a evolução do sistema. Todos estes adventos tecnológicos e mudanças estruturais, bem como a racionalização do SEI, garantem mais conforto, agilidade e satisfação do usuário.
Lista dos terminais em obras/licitação + corredores
Terminais:
Cajueiro Seco - (Já em obra)
Tancredo Neves - (Já em obra)
Santa Luzia - (Já em obra)
Aeroporto – (Licitando o projeto executivo)
Prazeres – (Licitando o projeto executivo)
Barro – (Aguardando a conclusão do processo de desapropriação)
Joana Bezerra – (Será licitado o projeto executivo)
Xambá (Olinda) – (Edital de licitação da obra já foi publicado)
TIP – (Já em obra)
Largo da Paz – (Licitado aguardando desapropriação)
Cidade da Copa Cosme e Damião – (Será licitado o projeto executivo)
Corredores:
Pan Nordestina – (Já em obra)
Abdias de Carvalho (já em obra)
Norte/Sul – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Leste/Oeste – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Avenida Norte - (Edital de licitação da obra será publicado em breve)


7) Vale comum e Vale do Idoso Quando os vales comuns chegarão de fato no bolso do usuário?

Dilson Peixoto: Haverá cartões específicos para idosos e pessoas com deficiência. Estes cartões deverão ser lançados ainda em 2010. Com o cartão na mão, idosos e pessoas com deficiência poderão decidir se querem permanecer na área prioritária ou se optam por passar pela catraca, sem a necessidade de pagamento de tarifa, já que a nova tecnologia registra o caráter gratuito deste tipo de utilização. O Vale comum também ganhará ás ruas até 2011.

8) O que o Grande Recife vem fazendo para combater a evasão de receita?

Dilson Peixoto: Infelizmente uma das principais formas de evasão de receita identificada pelo Grande Recife é através da utilização de documentos de forma indevida p ara obtenção da gratuidade nas viagens do STPP/RMR. A falsificação de carteiras de Livre Acesso e má utilização das gratuidades obtidas com o uso irregular do VEM Criança e estudante e trabalhador, quando identificadas, são de imediato repassadas à Polícia.

9) Modernização do sistema

Dilson Peixoto: Uma das últimas novidades foi a modernização do sistema de bilhetagem eletrônica. A ampliação dos benefícios da bilhetagem eletrônica para um número maior de usuários foi possível graças à criação de novas modalidades de cartões e a adoção de uma tecnologia de ponta, capaz de agregar inúmeras funcionalidades.

Com a criação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) o Grande Recife já opera com os cartões VEM Trabalhador, VEM Estudante e VEM Infantil - que possibilita aos usuários a utilização dos os ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), girando a catraca, acabando de vez com a necessidade de pular ou se arrastar por baixo do equipamento.

Outro destaque é o chamado carregamento embarcado. Ou seja, a inserção de créditos no cartão eletrônico (seja para o trabalhador ou estudante) é feita no próprio ônibus, após pagamento de boleto bancário ou documento de arrecadação, que pode ser gerado através da internet. Com isso, os usuários não precisam mais enfrentar filas.

10) Reciclagem de Motoristas

Dilson Peixoto: O Grande Recife desenvolve junto com as empresas operadoras um curso de multiplicação de formadores. Ou seja, atua na formação de instrutores que trabalharão com motoristas e cobradores. O treinamento incluiu, entre outros temas, a operacionalização dos elevadores de acesso e a questão comportamental (atendimento aos usuários). É fornecido para os formadores, material didático e os planos de aulas que serão usados no curso. Além deste curso, todos os motoristas que renovam suas CNH, precisam passar pelo curso “Condutores de Transporte de Coletivos”, ministrado durante 50h. Nele, os motoristas reciclam seus conhecimentos sobre legislação de trânsito, primeiro socorros, direção defensiva e atendimento ao cliente.

11) Dias de jogos

Dilson Peixoto: Os atos de vandalismo em dias de jogo de futebol deixaram tristes lembranças para os usuários do transporte público em 2009. O gasto total com reparos de coletivos cresceu quase 77% em relação ao ano de 2008. Em 2009, 1.835 veículos foram depredados, totalizando 4.754 itens avariados e um prejuízo de R$683.294,00. O saldo negativo aconteceu após 89 jogos nos estádios da Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda.
O Grande Recife monta periodicamente programações especiais, feitas para fiscalizar os corredores de ônibus e os pontos em que as depredações costumam acontecer com mais freqüência. Essa ação facilita a identificação dos infratores e ajuda ainda mais o trabalho da Polícia. Durante os jogos, policiais são deslocados de suas funções habituais para se dedicar ao policiamento em áreas estratégicas de depredação. Os atos de vandalismo assustam e preocupam a todos, motoristas, cobradores e usuários.
Em 2010, durante os jogos do Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, em partidas realizadas na capital pernambucana, mais de 830 ônibus já foram depredados, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 234 mil.

12) Sobre VLT em Recife

Dilson Peixoto: É um sistema moderno, prático e funcional. Futuramente, O VLT poderá, de forma agregada às estações de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e Cabo de Santo Agostinho, ofertar aos usuários um serviço diferenciado. Temos vários exemplos pelo mundo afora que atestam os bons resultados deste tipo de modal.

13) Sobre desoneração tarifária

Dilson Peixoto: O Grande Recife reconhece a importância das discussões em torno da obtenção dos subsídios para oferecer uma tarifa mais baixa com um serviço melhor. Nos últimos três anos temos tem participado de uma série de encontros, discussões e debates em torno da desoneração tarifária, incluindo as mobilizações realizadas através da Frente Nacional de Prefeitos e do Fórum de Dirigentes de Secretários de Trânsito e Transporte Público do Brasil.
Já está no Senado Federal um novo Projeto de Lei de estímulo à desoneração tarifária, ou seja, de redução do preço das passagens do transporte público coletivo do País, a partir da concessão de subsídios para o setor. Se for sancionada pela Presidência da República e realmente posta em prática, irá beneficiar milhões de brasileiros que utilizam o transporte público diariamente.

Mande sua pergunta e dúvida, pois em breve faremos outra entrevista com o Consórcio Grande Recife de Transportes como por exemplo a Compra de ônibus usados pela Empresa São Judas Tadeu.

Clayton Leal

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No Recife, Fiscalização eletrônica na Faixa Azul começa na segunda-feira

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

As faixas azuis das avenidas Mascarenhas de Morais e Herculano Bandeira terão finalmente os equipamentos de fiscalização eletrônica. Implantadas desde janeiro de 2014, as faixas eram constantemente desrespeitadas pelos motoristas. A partir de segunda-feira, vinte e cinco equipamentos de fiscalização eletrônica com fotossensores irão flagrar os infratores. E dessa vez, não há prazo para campanhas educativas. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) entende que já houve tempo suficiente para o motorista se conscientizar. 

A infração por circular na faixa exclusiva de ônibus passou a ser gravíssima. Os condutores que forem flagrados pelos equipamentos estarão passíveis de multa no valor de R$ 191,54 e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O valor foi estipulado pela Lei Federal 13.154 de 30 de julho de 2015, que alterou o artigo 184 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), determinando que as infrações por transitar irregularmente nas faixas ou corredores exclusivos para veículos de transporte público coletivo de passageiros. 

Na Avenida Mascarenhas de Morais foram implantados 22 equipamentos. Mesmo sem a fiscalização eletrônica, o ganho de velocidade nas viagens dos coletivos foi de cerca de 25%, que passou de 21 km/h para 26km/h. No local, circulam 59 linhas de ônibus, que transportam 146 mil passageiros diariamente. 

Já na Faixa Azul da Avenida Herculano Bandeira, que tem 750 metros e compõe o trecho inicial do equipamento da Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, foram implantadas três câmeras de fiscalização eletrônica. Na via, onde circulam 28 linhas que transportam 144,5 mil passageiros diariamente, houve o aumento de 50% da velocidade média dos coletivos, que passou de 16km/h para 21km/h. “A fiscalização eletrônica vem para consolidar o benefício que as faixas azuis trazem para o transporte público. O nosso intuito é evitar o desrespeito por parte dos condutores”, reforçou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. 

Além dos ônibus, também vão ter acesso aos corredores exclusivos os táxis cadastrados no município do Recife que estiverem transportando passageiros durante o trajeto. O próximo corredor que irá receber a fiscalização eletrônica será a Rua Real da Torre, que fará conexão com a Rua Cosme Viana. De acordo com a assessoria da CTTU, a Avenida Recife também terá faixa azul este ano, sem data definida. A Avenida Conselheiro Aguiar terá faixa azul, somente quando a pista lesta da Via Mangue for liberada.

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