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Em Olinda, Viaduto em Ouro Preto já foi liberado para o tráfego

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Equipamento faz parte das obras do corredor exclusivo de ônibus do eixo norte/sul e facilitará o tráfego misto da área, que registra, em média, 4 mil veículos por dia, em horário de pico.

A secretaria das cidades liberou, segunda-feira, 05 de agosto, o Viaduto de Ouro Preto, em Olinda. O equipamento, batizado com o nome do senador Nivaldo Rodrigues Machado (projeto de lei do Deputado Ricardo Costa - PTC), faz parte do corredor exclusivo de ônibus norte/sul e é o segundo a ser entregue à população. O primeiro foi o Viaduto Bajado, nos Bultrins, liberado para população em fevereiro de 2013. A liberação do viaduto aconteceu às 11h, na presença do Governador Eduardo Campos e do secretário das cidades, Danilo Cabral.

Com a liberação do viaduto, os veículos particulares e os coletivos das linhas 050 (PE-15/Boa Viagem), 913 (PE-15/Joana Bezerra) e 915 (PE-15), que circulam no Terminal PE-15, em ambos os sentidos, deverão utilizar o novo equipamento. Essas linhas não atenderão mais as paradas que ficam localizadas na pista local.


Para essas linhas, foi recuada em 200 metros a parada de ônibus de N° 150076, localizada no sentido Recife/Paulista, antes do viaduto, perto da av. Chico Science. Ela foi relocada para a frente ao bar da Neidinha. Nesta parada passam também as linhas: 050 (PE-15/Boa Viagem); 896 (Cidade Tabajara/Ouro Preto (veículo de pequeno porte - VPP); 907 (Paulista/Rio Doce); 909 (Paulista/Joana Bezerra); 913 (PE-15/Joana Bezerra); 915 (PE-15); 921 (Ouro Preto (Jatobá I); 926 (Ouro Preto (Jatobá II); 940 (Abreu e Lima/Olinda); 946 (Igarassu (BR-101); 967 (Igarassu/Sítio Histórico); 976 (Paulista (prefeitura)); 977 (paulista (Conde da Boa Vista)) ; 979 (Paulista (Rua do Sol) - expresso).

E no sentido inverso (Paulista/Recife), em frente a faculdade Facho, uma nova parada foi implantada antes do viaduto, no corredor central exclusivo de ônibus.

As demais linhas continuam a circular normalmente pela pista local, além dos motoristas que queiram entrar nas ruas do bairro, como Rua Ema e Peixe Agulha, por exemplo. 

Benefícios - a partir de janeiro de 2014, quando toda a obra do Corredor estiver concluída, o viaduto de Ouro Preto terá uma nova função. Das quatro faixas, duas pistas serão destinadas exclusivamente para o TRO (uma no sentido Recife/Paulista e outra no sentido Paulista/Recife) e outras duas pistas permanecem para o tráfego misto (ambas no sentido Paulista/Recife). Com o viaduto, o semáforo de entrada para o bairro de Ouro Preto será eliminado, fazendo com que os ônibus de BRT não parem no cruzamento existente, dando mais agilidade às viagens. O viaduto teve investimento de R$ 10 milhões e tem 360 m de extensão e 15 m de altura.

Segundo o secretário das Cidades, Danilo Cabral, a liberação do viaduto reforça o compromisso do Estado em entregar a obra do corredor Norte/Sul antes do prazo estabelecido pelo Governo Federal, que é o mês de junho de 2014. “Estamos focando nossos esforços para garantir a conclusão de todo o corredor até janeiro de 2014. Assim, estaremos melhorando a qualidade de vida dos usuários de ônibus que vão ter um sistema mais confortável e eficiente de transporte”, disse o secretário referindo-se ao sistema de BRT (Bus Rapid Transit – Transporte Rápido por Ônibus) adotado pelo estado para os principais corredores da Região Metropolitana.

Ordenamento do tráfego local: para facilitar o ordenamento do trânsito e agilizar o tráfego local a Secid reuniu diversos órgãos. Estão envolvidos no esquema especial agentes do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), do Batalhão da Polícia Rodoviária de Pernambuco (BPRV), do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Pernambuco (BPTran-PE) e da Prefeitura Municipal de Olinda.

Corredor Norte/Sul - o corredor Exclusivo de BRT do Eixo Norte/Sul faz parte do Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), responsável pela implantação de 100 km de corredores exclusivos do transporte rápido por ônibus (TRO), na Região Metropolitana do Recife.

O corredor Norte/Sul conta com recursos do PAC Copa e PAC da Mobilidade e do próprio Tesouro Estadual. A obra está sendo executada pelo Consórcio Emsa/Aterpa, com início em Igarassu até o Terminal de Joana Bezerra, com ramificação para o centro do Recife, via Cruz Cabugá. Ao todo, tem um investimento de R$ 247 milhões, sendo R$ 151 milhões para o trecho Igarassu/Centro do Recife e R$ 96 milhões para o ramal Agamenon (Tacaruna/Joana Bezerra). Somando os dois eixos, o corredor conta com 43 estações e 37,9 km de extensão.

Senador Nivaldo Rodrigues Machado – O Projeto de Lei Ordinária nº 14870, sancionado em 11/12/2012, de autoria do deputado estadual, Ricardo Costa, batizou de senador Nivaldo Rodrigues Machado o viaduto de Ouro Preto.

Nivaldo foi professor da Faculdade de Direito de Olinda, escriturário, agente administrativo e agente fiscal do imposto de renda. Exerceu os mandados de vereador, por duas vezes, entre 1947 a 1955. Em seguida, exerceu o cargo de prefeito de Olinda (entre 1955 a 1959). Nivaldo foi eleito deputado estadual entre os anos de 1959 a 1983 e de senador entre os anos de 1985 a 1991.

Informações: Sec. das Cidades
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Na Grande Vitória, Transcol ganha duas novas linhas aos domingos

terça-feira, 17 de julho de 2012

A partir do próximo dia 22 entrarão em vigor duas grandes alterações em linhas do Sistema Transcol. Serão criadas as linhas 561 e 562, que vão circular aos domingos em dois eixos, com a fusão de sete linhas: um pela Reta da Penha e outro pela Avenida Beira Mar. A fusão tem por objetivo otimizar as viagens e tornar o sistema mais ágil. As novas linhas vão utilizar veículos articulados e reduzir o tempo de espera.

A unificação dessas linhas aos domingos vai diminuir o tempo de espera dos passageiros. Para o usuário que hoje, por exemplo, espera até 30 minutos pela linha 509, ao utilizar a nova linha (562) vai esperar 12 minutos. A fusão das linhas não representará prejuízo para o usuário no que se refere a itinerário, uma vez que elas já fazem um desses dois percursos. A diferença é que as novas linhas vão ligar ‘as pontas’, passando pelos terminais ao longo do percurso.

Os veículos da linha 561 vão passar pelos terminais de Campo Grande, Jardim América, São Torquato, Carapina, Laranjeiras e Jacaraípe, enquanto os da linha 562 passarão pelos terminais de Campo Grande, Jardim América, São Torquato, Carapina e Laranjeiras.

Essas duas grandes linhas farão o percurso utilizando veículos articulados (17 em cada linha), que possuem maior capacidade de carregamento e terão intervalos reduzidos, passando a realizar partidas a cada 12 minutos (562) e 15 minutos (561). Serão realizadas 77 viagens, na linha 561, e 88, na linha 562.

As alterações
As novas linhas funcionarão da seguinte forma:

Linha 561 – Eixo Norte Sul / Dante Michelini / Beira Mar, que irá abarcar as linhas 515 (Laranjeiras / T. Campo Grande via Beira Mar), 523 (T. Jacaraípe / T. Jardim América - vai Beira Mar) e 572 (T. Laranjeiras / T. São Torquato - via Camburi / Beira Mar).
Linha 562 – Eixo Fernando Ferrari / Reta da Penha / Av. Vitória, que fará o itinerário das linhas 509 (T. Carapina / T. Campo Grande - via Exp. Garcia / R. Penha), 527 (T. Carapina / T. Jardim América - via Reta da Penha), 559 (T. Laranjeiras / T. São Torquato – via T. Carapina / Reta da Penha) e 742 (T. Campo Grande / T. São Torquato - via Exp. Garcia / T. Jardim América).

“O usuário sai ganhando. Sabemos que nos fins de semana a demanda dos ônibus é de 40% da capacidade do sistema, e que os usuários utilizam o transporte para lazer. Muitas vezes, por conta da sobreposição de linhas, passam dois ônibus, um para o Terminal São Torquato e outro para o Terminal de Jardim América, mas o usuário quer ir para o de Campo Grande. Daí ele tem que esperar mais tempo. Com as novas linhas, o tempo de espera será de, no máximo, 15 minutos”, explicou o diretor de Planejamento da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), José Carlos Moreira.

A criação das linhas 561 e 562 faz parte das ações do Programa de Mobilidade Metropolitana (PMM), lançado pelo Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), reúne um conjunto de intervenções em obras e tecnologias que vão possibilitar uma maior qualidade de vida a todos que moram e circulam na Grande Vitória.
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BRT da Linha Verde de Curitiba é eleito a melhor obra de infraestrutura do Prêmio PINI

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A rodovia BR-116, também conhecida como Régis Bittencourt no trecho entre Curitiba e São Paulo, cortava a capital paranaense de Norte a Sul da cidade, rumo a Porto Alegre. A convivência do perímetro rodoviário com a mancha urbana curitibana trazia diversos conflitos ao município e seus cidadãos, como alto risco de acidentes, difícil travessia da rodovia e tráfego intenso.

Mas o que antes era foco de problemas urbanísticos hoje é a matéria-prima para a criação de um novo eixo de desenvolvimento da cidade: a Linha Verde, obra em andamento e que está transformando o trecho urbano da BR-116 em Curitiba na maior avenida da cidade, com 18 km de extensão. Ao final das empreitadas em 2016, 20 bairros que antes ficavam separados pela rodovia serão interligados pela nova via municipal com sistemas integrados de transporte público.

O perfil de ocupação ao longo da avenida (agora antiga BR-116) também será expressivamente modificado a partir da mudança de zoneamento das áreas que a permeiam e da implantação de: transposições em desnível (viadutos e mergulhões), novas edificações comerciais e habitacionais, áreas verdes e espaços públicos, vias locais marginais, ciclovias, além de melhorias na infraestrutura viária, considerando pavimentação, drenagem, sinalização, iluminação pública, paisagismo, canteiros e calçadas padronizadas.

A avenida Linha Verde terá dez pistas de rolamento, sendo seis para o sistema viário (três em cada sentido), duas vias locais de passagem (uma em cada sentido) e duas exclusivas para a circulação rápida de ônibus biarticulados - o sexto eixo de Bus Rapid Transit (BRT) de Curitiba.

Esse modelo de transporte, criado pelos curitibanos na década de 1970 e que serviu de modelo para países como Estados Unidos, França, México e Colômbia, aumentou em 47% a capacidade de transporte de passageiros em Curitiba, segundo a prefeitura. Apenas na Linha Verde, circularão três novas linhas do Sistema Expresso Ligeirão - ônibus curitibanos que transitam nos corredores expressos e fazem paradas a cada 1 km em média. Com isso, o novo eixo de BRT será integrado à rede de transportes local, que atualmente já conecta 13 dos 29 municípios da região metropolitana de Curitiba, e também à primeira linha de metrô da cidade, que está em processo inicial de licitação.

"A intenção é que a Linha Verde seja expandida tanto ao Norte, na direção do município de Colombo, quanto ao Sul, chegando até a cidade Fazenda Rio Grande, onde a duplicação da BR 116, no trecho entre Curitiba e Mandirituba, já está em curso", comenta Cléver de Almeida, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curituba (IPPUC).

O novo corredor de BRT terá pistas separadas por canteiros, sinalização específica, 13 estações para embarque e desembarque de passageiros, gradis no entorno das estações, ilhas de descanso e semáforos, além dos próprios ônibus biarticulados, com 28 m de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Devido ao solo de turfa e à necessidade de suportar o tráfego intenso, a base da pavimentação do BRT da Linha Verde foi executada em concreto com acabamento em asfalto. O pavimento está sendo restaurado nos pontos de coincidência do traçado da rodovia com a nova linha.

As calçadas da linha serão amplas, antiderrapantes e em cores diferenciadas, com faixas e placas indicando o trajeto mais seguro a ser feito pelos pedestres. Em vias marginais à grande avenida, ao longo de toda sua extensão, serão implantadas ciclorrotas com trechos de uso exclusivo dos ciclistas e outros compartilhados com transeuntes.

Nos pontos de travessia de pedestres, as pistas têm 10,5 m e são intercaladas com canteiros, rampas no meio-fio, calçadas amplas, praças para estações-tubo, gradis, semáforos e sinalização adequada para o conforto e segurança dos usuários. Já nos trechos de travessia de veículos, serão implantados binários e trinários na avenida, permitindo o cruzamento em mão única e por ruas largas. Até então, nos bolsões da antiga BR a circulação era restrita a um veículo por vez, sendo a conversão feita na pista da própria rodovia.

O projeto de iluminação da Linha Verde e do corredor do BRT prevê a instalação de 352 superpostes de 16 m de altura (que iluminam áreas maiores e dificultam atos de vandalismo), 480 postes comuns ornamentais, 608 luminárias de alto rendimento de 400 W e 460 luminárias de 250 W, além de 40 mil m de cabos de iluminação e 26 mil m de fiação. Os antigos postes serão reaproveitados em outras áreas da cidade.

Dados do empreendimento

Iniciadas em 2007, as obras de implantação da Linha Verde têm previsão de término para 2016 e foram divididas em dois trechos: Sul e Norte. O primeiro, entregue em 2009, liga o bairro do Pinheirinho ao Jardim Botânico e foi construído em dois lotes pelos consórcios Rendram/Delta e Camargo Correa/Empo. Já a linha Norte vai do Jardim Botânico ao Atuba, somando 10 km de extensão, e foi dividida em quatro lotes. Numa terceira etapa, a Linha Verde Sul será ampliada até o município vizinho de Fazenda Rio Grande. Veja detalhamento das obras:

LINHA VERDE SUL (ENTREGUE EM MAIO/2009)
Trecho: 9,4 km, do Pinheirinho ao Jardim Botânico
Investimento: R$ 121 milhões
Bairros: Pinheirinho, Xaxim, Capão Raso, Fanny, Parolin, Novo Mundo, Hauer, Guabirotuba, Prado Velho e Jardim Botânico
Vias urbanas: 30 ruas dos bairros foram reformadas para formar quatro binários e completar o sistema trinário da Marechal Floriano
Estações: são seis no total (Vila São Pedro, Xaxim, Santa Bernadethe, Fanny, Marechal Floriano, Avenida das Torres)
População atendida pelos ônibus: 37 mil passageiros por dia
Ciclovia: 10 km (6 km de ciclovia exclusiva e 4 km de ciclovia compartilhada)
Parques: está pronto o Parque Linear da Linha Verde, com área total de 21 mil m² distribuídos ao longo do trecho entre Pinheirinho e Hauer. Será implantado ainda o Horto-Parque, área do Horto Municipal do Guabirotuba
Viadutos: melhorias nos viadutos Xaxim e Hauer
Zoneamento: a região deixou de ser enquadrada como "setor de serviços" e passou a "setor especial", de acordo com a lei de zoneamento de janeiro de 2000. Com isso, já é possível a construção de prédios (antes proibida) e a implantação de comércio em geral na região

LINHA VERDE NORTE
Etapas: serão feitas no total quatro licitações para todo o trecho de quase 9 km entre o bairro Jardim Botânico, sob a passarela do Centro Politécnico, até o extremo norte de Curitiba, no Atuba, passando por 11 bairros que hoje são separados pela antiga rodovia
● Primeiro trecho: 2,3 km entre os bairros Jardim Botânico e Tarumã (R$ 52 milhões)
● Segundo trecho: Viaduto da Victor Ferreira do Amaral (R$ 36,700 milhões)
● Terceiro trecho: Victor Ferreira do Amaral - Solar (R$ 37,100 milhões)
● Quarto trecho: Solar - Atuba (R$ 66,500 milhões)
Construtora do trecho em obras: Consórcio Empo/Marc
Bairros envolvidos na primeira etapa das obras: Jardim Botânico, Jardim das Américas, Cajuru, Cristo Rei, Capão da Imbuia e Tarumã
Obras em andamento: drenagem, canaletas para ônibus, pistas marginais e locais, sinalização, iluminação, ciclovia e calçada, trincheiras e a Estação Jardim Botânico
Bairros por onde a Linha Verde Norte passará: Jardim Botânico, Jardim das Américas, Cajuru, Cristo Rei, Capão da Imbuia, Tarumã, Jardim Social, Bairro Alto, Bacacheri, Tingui e Atuba
Mergulhões: serão sete ao todo (dois no binário Agamenon Magalhães/Roberto Cichon, ligando os bairros Cristo Rei e Cajuru; um na Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã; três no Atuba e um entre os bairros Bacacheri e Bairro Alto
Viadutos: ampliação das obras de arte da Avenida Victor Ferreira do Amaral e da Avenida Affonso Camargo
Estações: são nove no total (Atuba, Solar, Fagundes Varela, Vila Olímpica, Tarumã, Jardim Botânico, Avenida das Torres, Universidade Federal do Paraná e Pontifícia Universidade Católica)
Binários: nas ruas Agamenon Magalhães e Roberto Cichon
Financiamento: Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)

Por Mirian Blanco / Revista Construção Mercado

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Faixa exclusiva de ônibus da Avenida Pan Nordestina, em Olinda, deve ser liberada na próxima quinta-feira

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A faixa exclusiva de ônibus da Avenida Pan Nordestina, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), deve ser liberada na próxima quinta-feira (16), segundo o secretário executivo de Mobilidade, Flávio Figueiredo. A implantação dos 850 metros na via promete melhorar a mobilidade urbana dos motoristas que viajam de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda em direção à capital pernambucana.

“A nossa previsão é que até a próxima quinta já estaremos liberando o trânsito da faixa exclusiva das 15 linhas de ônibus que circulam pela via para melhorar a fluidez. Até o carnaval, tudo estará pronto”, afirmou o secretário executivo de Mobilidade, Flávio Figueiredo.

De acordo com a Secretaria das Cidades, para a liberação da via, faltam apenas ajustar o tempo dos semáforos para a circulação dos ônibus no corredor exclusivo e liberar alguns cruzamentos. Além disso, faltam duas alças no viaduto, que é de responsabilidade da Secretaria de Transportes.

“Haverá uma redução do tempo gasto pelos ônibus que ocupam o tráfego misto. Eles vão ganhar maior fluidez e diminuir o tempo gasto pelos passageiros, que é o maior foco desse projeto. Na área, circulam cerca de 25 mil passageiros diariamente”, acrescentou Figueiredo.

Corredor Norte-Sul
No mês passado, foram iniciadas as obras do Corredor Norte-Sul no município de Igarassu, no Grande Recife. Ao todo, serão 33 quilômetros de extensão, ligando Igarassu à capital pernambucana. Nessa obra, serão investidos R$ 151 milhões para a construção da via, que vai contar com 33 estações. Será a maior via exclusiva de Transporte Rápido de Ônibus (TRO) da RMR. Para a viabilização dos trabalhos, alguns trechos entre Igarassu e Abreu e Lima foram interditados.

“Daqui a dois ou três meses, a obra estará chegando na Avenida Pan Nordestina e precisaremos fechar novamente para implantar esse novo corredor e as obras executadas vão ser aproveitadas. O serviço na avenida atrasou por conta dos ajustes que tivemos que fazer para adequar ao calendário do novo corredor, que foi antecipado em virtude da Copa das Confederações em 2013”, concluiu Figueiredo.




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Consórcios que representam as empresas de ônibus do Rio recebem as melhores notas técnicas na licitação da prefeitura

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Os consórcios que representam as empresas de ônibus do Rio receberam as melhores notas técnicas na licitação da prefeitura para a concessão do sistema pelo prazo de 20 anos. A abertura dos envelopes ocorreu na manhã desta quarta-feira no auditório da Secretaria municipal de Transportes. Os seis consórcios participantes, sendo quatro formado por empresas do Rio de Janeiro e duas por empresas de São Paulo, anunciaram que pretendem apresentar recursos em relação as avaliações. Por isso, ainda não há data para abertura dos envelopes com a proposta comercial (valor que os consórcios oferecem por cada lote) e da documentação comprovando a habilitação jurídica.
As notas técnicas tomam como base 12 itens que levam em conta prazos para a implantação do bilhete único, absorção da mão de obra operacional (como motoristas, trocadores, despachantes e pessoal administrativo), tempo de experiência na operação do sistema, entre outros itens. Os consórcios cariocas se comprometeram a implantar o bilhete único em 60 dias obtendo a nota máxima do quesito. Já os consórcios paulistas se propõe a implantar o sistema em 90 dias, levando nota seis.
A licitação da prefeitura divide a cidade em cinco lotes. O Lote 1 (Centro do Rio) não foi licitado por ser considerado local de operação comum. Para o lote 2 (Zona Sul e Tijuca) disputaram o Consórcio Intersul (liderado pela carioca Real Auto Ônibus), que obteve média final de 91,67, os paulistas Consórcio SP RIO (liderado pela Vila Galvão), que obteve 63,3 pontos de média e o Via Sul-Metropolitana (liderado pela Via Sul), que teve um total de 75 pontos de média. O Consórcio Intersul só não alcançou a nota máxima no quesito Certificação ISO-9000 porque menos de 10% dos integrantes não dispõem da certificação. O IS0-9000 reúne um conjunto de exigências técnicas para o reconhecimento da qualidade do serviço prestado pelo interessado. Nesse quesito, apenas o Consórcio Via Sul tinha o certificado.
O Consórcio Via Sul perdeu pontos no prazo para implantar o bilhete único, reciclar os motoristas e pelo tempo de experiência em operação. Já o SP Rio perdeu pontos nas notas para o prazo de adesão ao Programa Economizar (de racionalização do uso de combustíveis), implantação de GPs e câmeras internas nos coletivos. E também nos prazos para reformar terminais rodoviários, percentual de absorção da mão de obra que já presta o serviço no Rio. O consórcio recebeu nota zero em dois quesitos: na certificação Iso 9000 e porque menos de 30% das linhas que opera hoje usam vale-transporte eletrônico.
Para o lote 3 (Zona Norte), o consórcio Intennorte (liderado pela carioca viação Nossa Senhora de Lourdes) teve média final de 85,83 contra 58,33 da SP Rio. No Lote 4 (Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio) a média final do Consórcio Via Sul foi de 75 contra 91,67 do Consórcio Transcarioca liderado pela Viação Redentor. O Consórcio SantaCruz liderado pela Viação Pégaso, que teve nota 75 de média, foi o único a apresentar propostas para o Lote 5 (Zona Oeste).

Fonte: O Globo


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Linhas de ônibus serão alteradas em Goiânia e Aparecida de Goiânia

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A partir do próximo sábado (27), a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) fará alterações em 12 linhas de ônibus devido às obras que estão sendo realizadas em vias públicas e parques de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Passageiros devem ficar atentos às mudanças detalhadas pela companhia.

Goiânia
Por causa das obras no Parque Mutirama, a linha 193 (Alto da Glória - Centro - Via Flamboyant) terá o trajeto alterado no cruzamento com a Avenida Contorno e Independência. Os passageiros deverão seguir para o ponto entre a Avenida Paranaíba e Rua 68.

Já as linhas 013 (Terminal Recanto do Bosque/Centro - Eixo Norte) e 042 (Terminal Padre Pelágio - Finsocial - Centro) mudam no sentido Terminal Padre Pelágio-Centro. Em função da revitalização da Praça Balneário Meia Ponte, as linhas mudam itinerário de forma definitiva.
Com as realizações das obras no Parque das Flores, no Setor Campinas, as linhas 166 (Vila João Vaz - Centro) e 178 (Jardim Curitiba - Praça A) trocam de sentido itinerário por 30 dias.

Aparecida de GoiâniaDurante o próximo sábado (27) e domingo (28) a Avenida São Paulo será interditada para obras da companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Por isso, será modificado o trajeto das seguintes linhas: 06 (Terminal Veiga Jardim - Centro – Eixo 90), 07 (Vila Brasília – Centro – Rodoviária), 010 (Terminal Veiga Jardim – Campinas - Eixo Mutirão), 011 (Terminal Vila Brasília – Terminal Praça A via T-2), 650 (Circular Sul- via BR- 153), 651 (Circular Sul- via Veiga Jardim) e 020 (Terminal Garavelo – Terminal Praça da Bíblia / via Terminal Isidória).



Fonte: G1.com.br


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Em Goiânia, Bilhete Único completa um mês com meta acima do previsto

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Desde que foi lançado, o Bilhete Único já alcançou mais do que a demanda prevista para transporte de usuários na Região Metropolitana de Goiânia previsto para os próximos seis meses. O balanço foi divulgado pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) nesta segunda-feira (09/05). Implantado no dia 2 de abril, do total de 8.389.411 viagens realizadas na Rede Metropolitana ao longo do mês, o uso do Bilhete Único totalizou 1.575.422 viagens de passageiros que fizeram integração no mês, o que representa 18,8% de participação na matriz total de viagens realizadas pela população usuária. 


O índice de viagens por passageiro do Bilhete Único durante o limite de tempo de 2h30min, resultou em média 2,94 viagens em dia útil, 2,54 nos sábados e 2,63 nos domingos.  Quando avaliado as linhas mais usadas para a integração do Bilhete Único, a CMTC elaborou um ranking com as principais linhas. 

Eixo Anhanguera lidera ranking de viagens com o Bilhete Único

O Eixo Anhanguera recebeu 149.048 viagens, seguida a linha 013 – Recando do Bosque/Rodoviária/Centro com 23.535 viagens e a linha 003 Terminal Maranata/Rodoviária/EixoT-07 com 28.733 viagens no mês. 


Se o indicador analisado for a participação proporcional na demanda, a linha 268 – Campus Centro (via Crimeia Leste) aparece com grande destaque, alcançando participação de 56,8% no total da sua demanda transportada, seguido de perto pela 013, linha que percorre no traçado e será substituída pelo futuro BRT Norte Sul, que alcançou a marca também impressionante de 41,15%. 

Por outro lado, complementam o ranking, além da linha 003, as linhas 002, 014, 031, 008 e 020 que transportam boa parte da demanda do município de Aparecida de Goiânia.

O Bilhete Único

O Bilhete Único, permite ao passageiro escolher o melhor trajeto para chegar ao seu destino, pagando apenas o valor de uma passagem, sem necessariamente passar pelos terminais. Dentro de um período de 2h30 (150 minutos da primeira validação), não há limite de trocas de linhas, podendo ser realizadas até 4 (quatro) integrações gratuitas em qualquer um dos quase 7.000 pontos de ônibus da região metropolitana de Goiânia. Em determinados situações, será possível ao passageiro otimizar o seu trajeto utilizando outras opções de integração entre linhas independente de terminais, podendo gerar redução no tempo da viagem, desde sua origem até seu destino.

Além de ter como principal benefício a possibilidade de otimização do trajeto de origem destino para cada viagem de desejo da população, o Bilhete Único trouxe mais liberdade aos usuários dos serviços no seu deslocamento pela cidade, especialmente em razão de possibilitar a viagem poder ser interrompida em qualquer ponto para atender a qualquer necessidade e retomar em seguida, limitado apenas ao intervalo de tempo de 2h30min.

O Bilhete Único, somado aos novos produtos tarifários, a exemplo do recém lançado Passe Livre do Trabalhador, que estão sendo desenvolvidos de acordo com a nova Política Tarifária Flexível lançada pela Câmara Deliberativa da Região Metropolitana, composta pelo Estado de Goiás, município de Goiânia e demais municípios da Região, espera-se que irão transformar por completo a forma como a população acessa e utiliza o transporte público coletivo, com economia de dinheiro e de tempo.

Informações: Diário de Goiás

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Obras prometem melhorar a mobilidade urbana no Recife até 2014

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Região Metropolitana do Recife (RMR) sofre com problemas no tráfego, assim como todas as grandes cidades brasileiras. Com um sistema de transporte precário, Pernambuco pretende implantar alguns projetos viários, que devem melhorar o problema de mobilidade urbana até a Copa de 2014.
O corredor Norte/Sul é um deles. O projeto vai criar corredores exclusivos de ônibus, o Bus Rapid Transit (BRT), que irão percorrer seis municípios da RMR. O projeto foi encomendado pela Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco) ao escritório do arquiteto urbanista Jaimer Lerner, e vai contar com investimento de R$ 300 milhões.

O sistema BRT também vai fazer parte do projeto Corredor Leste/Oeste, que vai ligar a avenida Caxangá, na zona oeste do Recife, até a Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata. A obra do governo do Estado terá investimento de R$ 99 milhões e início previsto em abril de 2011.
Ainda na avenida Caxangá, há o projeto de outra obra voltada à melhoria da mobilidade urbana. Trata-se de uma faixa exclusiva de ônibus que vai da avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife, até a Caxangá. O custo é de R$ 74 milhões, e o projeto inclui reconstrução de calçadas, arborização e novas paradas de ônibus.
Para facilitar o acesso da população à Cidade da Copa, o governo pernambucano anunciou que vai construir, em São Lourenço da Mata, uma estação de metrô e o terminal integrado Cosme e Damião. O prazo para finalizar a obra, que terá custo de cerca de R$16 milhões, é até julho de 2012.

Via Mangue
A zona sul do Recife, local que deve receber muitos turistas em 2014, será beneficiado com a Via Mangue, uma via expressa com 4,5 km de extensão, que liga o bairro do Pina à avenida Antônio Falcão, em Boa Viagem. Orçada em R$ 500 milhões, a obra será executada pela Prefeitura do Recife e vai receber ações de saneamento, urbanização e habitação.
De acordo com o secretário de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras da Prefeitura do Recife, Amir Schvartz, a Via Mangue é uma necessidade, tendo em vista que o setor hoteleiro se concentra na zona sul e o bairro de Boa Viagem é um dos mais adensados da cidade.

De acordo com Schvartz, a obra já está licenciada e todos os trâmites necessários foram executados. Ainda segundo o secretário, foi dado início à desapropriação das 992 famílias que moram no local - grande parte delas residem em palafitas – que serão transferidas para três conjuntos habitacionais. Um deles está pronto e os outros dois devem ser concluídos até dezembro de 2011.
As obras viárias da Via Mangue ainda não foram licitadas, mas, de acordo com Schvartz, a licitação deve acontecer até o final deste mês. “A nossa expectativa é que até janeiro de 2011 a obra se inicie. A conclusão está prevista para junho de 2013, mas após a licitação nós vamos traçar um planejamento com a empresa vencedora com o objetivo de finalizá-la antes deste prazo”, promete.

Fonte: Portal 2014

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Linha 2 do metrô de Salvador terá 13 estações e 23 km

segunda-feira, 16 de março de 2015

Serão 13 estações, cinco terminais de integração com ônibus e 23 quilômetros de extensão percorridos em 31 minutos em qualquer hora do dia. Este é o projeto da Linha 2 do metrô de Salvador, que está em construção e envolve, atualmente, 755 trabalhadores, dos 7 mil previstos nos momentos de maior volume.

Em contato com a CCR e Governo do Estado, responsáveis pela gerência do metrô, o G1 detalha como está a situação desta linha, prevista para operar somente em 2017 e que irá ligar a Estação Acesso Norte, na capital baiana, a Lauro de Freitas, na região metropolitana.

Salvador já conta com a operação de parte da Linha 1, que tem 7,3 quilômetros de extensão e cinco estações já inauguradas - Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. A Linha 1 foi inaugurada em 2014: 14 anos após iniciar as obras.

No dia 9 de abril de 2015, o governo deverá liberar a Estação de Bom Juá e o sistema da Linha 1 passará a ter, ao todo, 8,7 quilômetros. Em junho, será a vez da Estação Pirajá ser entregue. Também está em obra a Estação Bonocô, localizada entre as estações Brotas e Acesso Norte. As intervenções de ampliação da Linha 1 devem ser finalizadas até julho deste ano, segundo previsão do presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).

"Hoje, até o Retiro, estamos transportando em torno de 26.270 mil pessoas por dia útil. Na última segunda-feira (9), tivemos o recorde de acessos por dia, que foi 31.134 pessoas em um único dia. O metrô, desde o início da operação, já carregou, aproximadamente, 3,9 milhões de passageiros", afirma o presidente da CTB Eduardo Copello. O sistema ainda realiza operação assistida, sem cobrança de tarifa.

As treze estações previstas para a Linha 2 são: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas. Segundo a CCR Bahia, atualmente, a Linha 2 passa por intervenções de infraestrutura como terraplanagem, drenagem e pavimentação, além de obras na região da alça de acesso da BR-324 à Avenida Antônio Carlos Magalhães.

O trajeto do metrô na Linha 2 não será subterrâneo, mas em superfície. Quando ficar pronto, o transporte irá sair da Estação Acesso Norte e seguirá sob as alças da BR-324 e da Avenida Bonocô. A partir deste ponto, no sentido Salvador Shopping, a linha avançará ora pelo canteiro central, ora pela marginal da Avenida ACM, parte na superfície e parte em nível elevado, chegando à futura Estação Detran.

A partir da Estação Detran, o metrô seguirá em via elevada por cerca de 200 metros, acompanhando a margem esquerda do Rio Camurujipe, até chegar à Estação Rodoviária. A partir desta, o sistema segue em superfície passando sob o elevado dos Rodoviários e Nelson Dahia, até a Estação Pernambués, que será localizada em frente ao Supermercado Macro. Já na Avenida Paralela, o metrô seguirá na superfície pelo canteiro central indo até a Estação Aeroporto. Posteriormente, os trens chegarão à Estação Lauro de Freitas.

Informações: Ruan Melo
Do G1 BA


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No Recife, Corredores de BRT sofrem adaptações para serem entregues no prazo

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A segunda etapa da licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife deve ocorrer em meados deste mês. Quase dois meses depois do prazo previsto pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. A demora foi para adaptar as linhas dos terminais integrados à demanda que superou os estudos iniciais. O Terminal de Xambá, por exemplo, que tinha previsão de receber 40 mil usuários, já alcançou 55 mil. 
Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press
A estimativa é que até dezembro o processo licitatório esteja concluído. Enquanto a licitação está em andamento, as obras dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste sofreram alguns percalços e os projetos estão tendo que ser adaptados para serem concluídos no prazo. Depois da substituição das estações em concreto por estruturas metálicas para dar mais celeridade às obras, estão sendo feitas adequações no desenho do corredor Leste/Oeste para permitir que o sistema entre em operação antes da Copa de 2014. 


Uma das mudanças fica no trecho da Avenida Belmiro Correia, no Centro de Camaragibe, ponto de chegada do Leste/Oeste, onde parte das estações não irá mais ocupar o centro da via. Segundo a Secretaria das Cidades, haverá duas estações do BRT no corredor central e outras três paradas nas bordas laterais, nos dois sentidos, que terão os abrigos adaptados para receber o BRT. Com isso, os ônibus terão portas nos dois lados. Há pelo menos duas razões apontadas pelo estado para implantar as mudanças: a demora na conclusão do processo de desapropriação de imóveis e a falta da construção da via de contorno em Camaragibe, prevista para ter as obras iniciadas somente em 2014. 

Há, no entanto, uma terceira razão mais subjetiva, mas não confirmada pela Secretaria das Cidades, em que os comerciantes locais estariam temendo que a avenida se transformasse numa Presidente Kennedy, que se tornou zona de conflito com a população após a implantação do corredor centralizado. Assim como a Kennedy, a avenida central de Camaragibe é voltada para o comércio. “A prioridade deve ser mesmo o transporte público. É bom lembrar que a Belmiro é mais larga que a Kennedy”, disse o professor do departamento de engenharia da UFPE Leonardo Meira. 

Uma das preocupações apontadas pelo professor é  quanto à mudança de faixa do centro para as bordas laterais do que em relação aos abrigos improvisados. “Acho que estão esquecendo o R de Rapid do BRT. Essa mistura com o trânsito misto reduz a velocidade do corredor”, criticou. De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, a mudança não irá comprometer a operação. “É uma questão pontual. O ônibus vai mudar de faixa na chegada e na saída”, disse. Ainda segundo o secretário serão duas estações de BRT na via: 1 e 2, onde o processo de desapropriação foi concluído. Já as estações 3,4 e 5 serão deslocadas para as calçadas. O secretário disse ainda que as paradas laterais são provisórias até que seja construída a via de contorno para desafogar a maior parte do tráfego que hoje passa pela Belmino. A via está orçada em R$ 70 milhões. 

Informações: Diário de Pernambuco
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Conheça 47 projetos de transporte público que podem mudar a cara de 12 capitais

domingo, 17 de janeiro de 2010

Curitiba é modelo a ser seguido

O governo federal e os prefeitos e governadores das 12 cidades-sede da Copa 2014 definiram na última quarta-feira (13/1) as obras de transporte público prioritárias para a realização do Mundial. Em cerimônia em Brasília, foi assinado o PAC da Mobilidade Urbana, programa que investirá R$ 11,48 bilhões em 47 projetos destinados a agilizar a circulação de pessoas e veículos nas capitais. Deste montante, R$ 7,68 bilhões serão investidos pela União com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os projetos do PAC da Mobilidade foram aprovados pelo governo federal após extensas negociações com as sedes da Copa. Segundo o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o governo priorizou obras de transporte público que pudessem ser concluídas antes do Mundial e que já tivessem projetos finalizados ou licenças ambientais liberadas.

Dessa maneira, os metrôs de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador não receberão recursos. Entre os projetos aprovados estão os veículos leves sobre trilhos (VLTs) de Brasília e Fortaleza, os monotrilhos de São Paulo e Manaus, vinte sistemas de bus rapid transit (BRT) e dez corredores expressos de ônibus. As capitais têm até o meio do ano para enviar os projetos ao ministério e até dezembro para iniciar as obras. As capitais contempladas com a maior quantia foram Rio de Janeiro e São Paulo. Os cariocas receberão R$ 1,19 bilhão para a linha de BRT ligando o Aeroporto Tom Jobim aos bairros da Penha e da Barra da Tijuca. A capital paulista terá R$ 1,08 bilhão para a linha de monotrilho entre o Aeroporto de Congonhas e o estádio do Morumbi.

Logo em seguida vêm Belo Horizonte e Manaus. Os mineiros poderão financiar até R$ 1,02 bilhão da construção de seis BRTs, entre outras obras. Já a sede amazonense poderá captar R$ 800 milhões, dos quais 75% financiarão o monotrilho Norte-Centro, orçado em R$ 1,3 bilhão.A taxa nominal de juros das operações de empréstimo é de 6% anuais, com prazo de amortização de 20 anos. Para os sistemas de transporte sobre trilhos a taxa será um pouco menor, de 5,5%, e o prazo de pagamento maior, de 30 anos. Os financiamentos terão quatro anos de carência.

  • Belo Horizonte
A capital mineira receberá R$ 1,02 bilhão do PAC da Mobilidade. Serão construídas seis linhas de BRT, orçadas em R$ 1,27 bilhão, dos quais R$ 843,3 bilhões serão financiados pelo FGTS. Outros R$ 240 milhões serão destinados a obras viárias e à ampliação da central de controle de tráfego.Projetos considerados fundamentais pela prefeitura mineira não foram atendidos, como a expansão do metrô e a revitalização do anel rodoviário.

  • Brasília
Contemplada com R$ 361 milhões, a capital federal ficou com o menor valor global entre as cidades-sede da Copa. A linha de VLT que ligará o Aeroporto Internacional de Brasília ao terminal Asa Sul receberá R$ 263 milhões. Outros R$ 98 milhões serão aplicados na ampliação viária da DF 047 e da OAE para facilitar o acesso ao aeroporto.

  • Cuiabá
Cuiabá receberá R$ 454,7 milhões para a construção de duas linhas de BRT e para a duplicação da rodovia Mario Andreazza, que dá acesso ao estádio José Fragelli, o Verdão, a ser usado na Copa. O primeiro BRT ligará o aeroporto de Várzea Grande ao centro, no sentido leste-oeste. O segundo trajeto também partirá do centro em direção ao bairro de Coxipó. Ainda serão reformados pequenos pontos de acesso público, como terminais e passarelas.

  • Curitiba
Receberá financiamento de R$ 440,6 milhões, dos quais R$ 130,7 milhões irão para o corredor metropolitano que interligará a capital a cidades da região metropolitana. Já o corredor expresso, que ligará o Aeroporto Afonso Pena ao terminal rodoferroviário, receberá R$ 104,8 milhões. Outra parte dos recursos financiará a construção de uma linha de BRT, terminais, sistemas de monitoramento e obras viárias.

  • Fortaleza
A capital cearense terá financiamento de R$ 414,4 milhões. O VLT Parangaba-Mucuripe receberá cerca de R$ 170 milhões, o equivalente a 64% da obra orçada em R$ 265,5 milhões. Os BRTs das avenidas Dedé Brasil, Raul Barbosa, Alberto Craveiro e Paulino Rocha receberão R$ 113,5 milhões de financiamento. O projeto contempla ainda a construção do corredor expresso Norte-Sul (R$ 97,7 milhões) e das estações de metrô Padre Cícero e Montese (R$ 33,2 milhões).

  • Manaus
Receberá R$ 800 milhões do PAC da Mobilidade. A implantação do monotrilho que ligará a zona norte ao centro de Manaus terá R$ 600 milhões, o equivalente a 46% da obra. O restante será aplicado na construção do BRT conectando o centro à zona Leste.

  • Natal
A capital do Rio Grande do Norte receberá financiamento de R$ 386 milhões para 16 projetos. As intervenções ligarão o novo aeroporto ao setor hoteleiro e à Arena das Dunas, que receberá os jogos da Copa. Os recursos também serão aplicados na duplicação da avenida Mor Gouveia, na ligação da Via Costeira com a avenida Engenheiro Roberto Freire, e na construção de elevados, entre outros complexos viários. O prolongamento da avenida Prudente de Moraes terá R$ 10,58 milhões de investimento.

  • Porto Alegre
A capital gaúcha receberá R$ 368,6 milhões em financiamentos. Para a construção de três corredores exclusivos de ônibus serão destinados R$ 273,9 milhões, que cobrem 93% das obras. Duas linhas de BRT, ao custo de R$ 81 milhões, serão cobertas integralmente pelo PAC da Mobilidade. Os R$ 13,7 milhões restantes serão destinados ao sistema de monitoramento de tráfego.A ampliação do metrô, a nova ponte do Guaíba e o aeromóvel, obras pleiteadas pela prefeitura, não foram contempladas no pacote.

  • Recife
A capital de Pernambuco receberá um total de R$ 648 milhões para cinco intervenções viárias. Serão dois corredores expressos, o Caxangá e o Via Mangue, que receberão R$ 402 milhões de financiamento. Já os BRTs Norte-Sul e Leste-Oeste terão créditos de R$ 231 milhões do PAC da Mobilidade. Outros R$ 15 milhões serão aplicados no terminal Cosme Damião.

  • Rio de Janeiro
O PAC da Mobilidade destinou R$ 1,19 bilhão à capital fluminense, o maior valor entre as sedes da Copa. Lá será implantada uma linha de BRT, orçada em R$ 1,6 bilhão, entre a Penha e a Barra da Tijuca, passando pelo Aeroporto Tom Jobim.

  • Salvador
Na capital baiana, o acordo prevê financiamento de R$ 541,8 milhões para o BRT que conectará o Aeroporto Internacional de Salvador à zona norte da cidade.

  • São Paulo
Na capital paulista, serão investidos R$ 1,08 bilhão na construção do monotrilho e da avenida Perimetral. O valor global das intervenções é de R$ 2,86 bilhões. O monotrilho ligará linhas de metrô e trem ao Aeroporto de Congonhas e ao estádio do Morumbi, que receberá os jogos da Copa. O projeto inclui ainda a construção de um estacionamento e dois piscinões e a canalização do córrego Antonico, na região do estádio.


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Rio de Janeiro: Linhas de ônibus da Zona Sul são mais disputadas em licitação

domingo, 1 de agosto de 2010


O lote 2, que reúne os bairros da Zona Sul e Tijuca, foi o que atraiu mais concorrentes na licitação para a concessão das novas linhas de ônibus e implantação do bilhete único até o fim do ano, iniciada ontem. Três consórcios, sendo dois liderados por empresas de São Paulo, apresentaram propostas para operar na região: Intersul (liderado pela Real do Rio), SP RIO (liderado pela Vila Galvão) e Via Sul-Metropolitana (comandada pela Via-Sul). Fetranspor afirma que mercado está tenso
Na concorrência, as empresas do Rio optaram por apresentar ofertas para as regiões onde já atuam, com exceção da Zona Oeste, onde o consórcio liderado pela Pégaso foi o único a entrar na concorrência. Em todos os demais lotes, os cariocas disputarão com os paulistas. A Nossa Senhora de Lourdes (Lote 3, Zona Norte) disputará com o Consórcio Vila Galvão). A Viação Redentor (Lote 4, Jacarepaguá e Barra) com a Via Sul-Metropolitana. O Lote 1 (Centro) não foi licitado por ser de operação comum a todas as operadoras. Das 47 empresas filiadas ao Sindicato do Rio, sete não participam da licitação por não se adequarem ao edital.
Em meio à confirmação de que haverá disputa por mercado, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor) quebrou o silêncio em nome das empresas de ônibus. A relações-públicas da entidade, Suzy Baloussier, admitiu que o setor vive momentos de inquietação com a licitação do sistema porque, segundo ela, fatores deixaram de ser levados em conta. A Fetranspor acredita que multinacionais que operam o transporte público, embora não apareçam como líderes de consórcios, devem estar participando, associadas às paulistas.
O diretor-executivo do Grupo Niff (que controla a Viação Galvão), José Roberto Iasbek Felício, contou que se associou com outra empresa (Pássaro Marrom, também com atuação do estado de São Paulo) para disputar mercado em regiões que considera atraentes (Zona Sul e Zona Norte). Segundo ele, a empresa atua em sete municípios da Grande São Paulo e ainda no transporte intermunicipal no Maranhão. As linhas de maior movimento são aquelas que ligam Guarulhos à capital paulista (200 mil passageiros/dia). A Via Sul, que atua na capital paulista, também foi procurada para falar sobre a licitação mas não retornou as ligações.

Bilhete único deverá ser implantado até dezembro
O prazo de concessão das linhas é de 20 anos. As empresas vencedoras terão que se comprometer em implantar o bilhete único até 31 de dezembro, além de operar os BRts que estão sendo projetados e que ligarão a Barra da Tijuca ao aeroporto Internacional Tom Jobim, Deodoro e Guaratiba. A abertura dos envelopes será marcada depois que o Tribunal de Contas do Município (TCM) concluir a análise do edital de licitação. A expectativa da prefeitura é que isso ocorra na segunda-feira.
Antes da licitação, os participantes foram notificados da existência de uma ação judicial movida pela Associação de Contratadas e Contratados do Poder Público, que pede em juízo a anulação do processo. O advogado Alexandro de Oliveira disse que entrou com a ação por achar que o processo vem sendo pouco transparente, com mudanças de última hora no edital. Ele alega também que faltam informações técnicas que permitam a interessados analisar a viabilidade econômica dos lotes.

Fonte: O Globo


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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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