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Greve de ônibus em Mogi das Cruzes deve continuar nesta quarta-feira

terça-feira, 5 de março de 2013

Com a greve do transporte coletivo, muitas pessoas recorreram aos táxis para conseguir voltar para a casa em Mogi das Cruzes, nesta terça-feira (5). “O movimento começou a aumentar logo depois do almoço. Basta passar nos pontos da região central e as pessoas praticamente pulam na frente do carro para pegar condução”, disse o taxista Mayke Maurício Pereira Veiga, de 25 anos.

Diante desta situação, pessoas que iam para o mesmo destino compartilhavam a viagem, segundo o taxista, e dividiam o valor da corrida. Ele afirmou que não houve aumento no preço por causa disso. “Geralmente rodo 150 quilômetros por dia, hoje rodei 306 quilômetros”, completou o taxista com o celular que não parava de tocar.

A aposentada Idalina de Campos Cardoso disse que ficou uma hora em um ponto da região central. Como nenhum coletivo passava, ela recorreu ao táxi. “Eu paguei 4 reais dividindo a corrida com mais três pessoas que também iam para o Socorro.”

Paralisação
A manifestação de motoristas e cobradores do transporte público de Mogi das Cruzes começou ainda de madrugada. No início da manhã afetou o Terminal Estudantes, mas, à tarde, chegou a suspender os serviços no Terminal Central, onde passageiros e funcionários desciam dos ônibus que chegavam e os veículos não saiam mais. As plataformas ficaram lotadas assim como os pontos de ônibus.

A maioria dos manifestantes é da empresa CS Brasil, que divide as linhas municipais com a Princesa do Norte. No começo da manhã alguns funcionários que tinham aderido à paralisação eram da Princesa do Norte, mas a minoria. Ninguém da empresa foi localizado pelo G1.
No começo da greve, os funcionários disseram que mais de 200 motoristas e cobradores tinham aderido ao movimento. Por volta das 15h, parte dos ônibus saia com passageiros do Terminal Estudantes, mas havia muitas pessoas esperando pelo transporte e muitos ônibus parados do lado de fora.

Uma reunião foi realizada no fim da tarde desta terça entre o secretário de Transportes, Fábio Vega, e representantes das empresas responsáveis pelo transporte. A prefeitura disse que “já cobrou uma das empresas concessionárias do transporte coletivo municipal, no sentido de que ela regularize imediatamente a operacionalização do sistema, cumprindo assim o que está determinado no contrato de concessão. A maior preocupação no momento é restaurar o sistema em sua plenitude.”

Uma outra reunião foi feita à tarde na garagem da empresa com representantes da concessionária, do sindicato da categoria e funcionários em greve, mas segundo manifestantes, não houve avanço e a paralisação deve continuar na quarta-feira (6).

Funcionários disseram ao G1 que houve redução nas horas extras por causa de uma nova lei que regulamenta o trabalho. Eles disseram que concordam com a redução da carga horária por se tratar de uma profissão estressante, mas querem aumento salarial. Com a redução das horas extras, os salários caíram.

Reginaldo Paccini, diretor do Sindicato dos Rodoviários de Mogi das Cruzes, Suzano e Região, disse que a entidade não apoia a greve porque os trabalhadores reclamam de uma lei federal, uma situação que não pode ser resolvida com uma paralisação. Além disso, o sindicato afirmou que discussões sobre aumento salarial vão ser feitas em maio, como ocorre todos os anos, quando as propostas são apresentadas para as empresas. O diretor ainda afirmou que a paralisação é ilegal. “Por lei, qualquer tipo de greve no setor de transporte deve ser notificada com 72 horas de antecedência em edital em jornal, além disso tem que ser feita assembleia."

A CS Brasil se manifestou sobre a paralisação apenas às 10h43, quando informou que dos 129 ônibus que operam em Mogi das Cruzes 25 estavam parados. Cerca de 5% do quadro de motoristas deram início à paralisação parcial, sem apoio do sindicato da categoria. Discussões estavam em andamento para a normalização do trabalho.

Por Fernanda Lourenço e Douglas Pires
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Transporte coletivo em Mogi das Cruzes volta ao normal após a greve

quarta-feira, 6 de março de 2013

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que no fim da manhã desta quarta-feira (14) que o transporte público municipal foi 100% normalizado e que já não havia mais atrasos.

Por volta das 15h, Reginaldo Paccini, diretor do Sindicato dos Rodoviários de Mogi das Cruzes, Suzano e Região, disse que representantes do sindicato tinham ido com um grupo de funcionários até a empresa para negociar a manutenção do emprego dos trabalhadores que fizeram a paralisação, considerada ilegal pela entidade, que não apoiou o movimento. “Por lei, qualquer tipo de greve no setor de transporte deve ser notificada com 72 horas de antecedência em edital em jornal, além disso tem que ser feita assembleia", disse.

Às 12h30 a CS Brasil, concessionária de transporte urbano de Mogi das Cruzes e integrante do Consórcio Unileste de transporte intermunicipal, tinha dito que não recebeu nenhum pedido oficial dos trabalhadores para falar sobre demissões e ainda completou que "independente das medidas legais a serem tomadas, respeitará todos os direitos trabalhistas assegurados pela Constituição e que todas as tratativas somente serão feitas com o representante legal da categoria. A orientação é que todos os colaboradores voltem ao trabalho imediatamente como determina a liminar de Justiça."

A CS Brasil disse ainda que "repudia a ação deste grupo isolado de grevistas, que, arbitrariamente, tentou impor sua vontades à margem da lei, conforme liminar concedida na noite de terça-feira (5), a favor da empresa. Este grupo não representa o alto nível de colaboradores da companhia, que, desde ontem, não mediram esforços para amenizar os transtornos à população causados pelos grevistas." A empresa ainda completou que "a paralisação, ilegítima e não reconhecida pelo próprio sindicato da categoria, foi encerrada. Neste momento, a situação está 100% normalizada nas linhas municipais e opera a 80% nas linhas intermunicipais, com pequenos atrasos."

Por Fernanda Lourenço
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União libera R$ 122 milhões para duas obras de mobilidade em Mogi das Cruzes

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Duas grandes obras de mobilidade urbana em Mogi das Cruzes devem começar no primeiro trimestre de 2014. A mais esperada é a construção da avenida Guilherme Georgi, que criará um importante corredor para a cidade. Depois, vem a duplicação da Kaoru Hiramatsu, na Porteira Preta. Juntas, as obras somam mais de R$ 122 milhões. A assinatura dos contratos de financiamento dos projetos com a Caixa Econômica Federal ocorreu ontem no gabinete do prefeito Marco Bertaiolli (PSD).

Além das duas obras, o prefeito lembrou a implantação da segunda pista da avenida Julio Simões, que está orçada em quase R$ 11 milhões e deve começar na mesma época. A verba vem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Para a Guilherme Georgi, o governo federal liberou R$ 77,5 milhões, com uma contrapartida de R$ 26,3 milhões da Prefeitura. É aguardado ainda um repasse de R$ 30 milhões do governo do Estado, que serão aplicados no projeto. Para a duplicação da Kaoru Hiramatsu, foram destinados 17,7 milhões da União e R$ 935 mil da administração municipal. 

A construção da Guilherme Georgi é esperada há cerca de dez anos pela administração. A via, que terá 8,5 quilômetros de extensão, criará uma importante ligação entre Jundiapeba e o centro, inclusive com o Terminal Central, além de desafogar o trânsito na avenida Francisco Ferreira Lopes, que também é usada por moradores de cidades vizinhas, como Suzano, Poá e Ferraz de Vasconcelos.

De acordo com Bertaiolli, a Guilherme Georgi começará na divisa com Suzano, sendo reformada no trecho de Jundiapeba. Ela servirá de ligação com o Rodoanel. Já em Brás Cubas, a via será aberta. Ela seguirá até a rua Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, que também será revitalizada. O projeto prevê um corredor exclusivo de ônibus, ciclovia e pista de caminhada. Em Jundiapeba e Brás Cubas, serão construídos miniterminais de ônibus, que terão ligação com as estações ferroviárias da Companhia Paulista de Trens Metropolitianos (CPTM). 

A avenida Guilherme Georgi faz parte do corredor leste-oeste que a administração municipal idealizou. Por enquanto, a Prefeitura só conseguiu recursos para a primeira fase, que contempla o trecho de Jundiapeba até o centro. No entanto, Bertaiolli informou que vai aguardar liberações futuras para levar o corredor do centro até César de Souza. A expectativa é de que, depois que a Guilherme Georgi for construída, o tempo para chegar de Jundiapeba ao centro de Mogi seja de 13 minutos de transporte coletivo. 

O prefeito ressaltou que a construção dos dois viadutos na cidade é fundamental para o plano de mobilidade. No momento, as obras estão em fase de projeto executivo, que está em Brasília (DF).

Informações: Mogi News


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Obras de modernização alteram a circulação dos trens da CPTM neste feriado

quinta-feira, 4 de junho de 2015

​Neste fim de semana prolongado, por conta do feriado de Corpus Christi (04/06), a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) intensificará as obras de modernização e manutenção preventiva em suas linhas. Por isso, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos. Confira a programação e antecipe sua viagem: 

Linha 7-Rubi (Luz – Francisco Morato)

Domingo: das 4h às 11h30, a circulação de trens ficará interrompida entre as estações Pirituba e Perus. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão, As senhas para utilização dos coletivos deverão ser retiradas nas estações.  O intervalo médio será de 15 minutos entre as estações Luz e Pirituba e 21 minutos entre Perus e Jundiaí. 

Linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú)

Quarta-feira: das 23h à meia-noite, os serviços ocorrerão no sistema de rede aérea entre as estações Cidade Universitária e Pinheiros. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha. 

Quinta-feira: das 23h à meia-noite, os serviços ocorrerão no sistema de rede aérea na região da Estação Cidade Universitária. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha.
Sexta-feira: das 23h à meia-noite, os trabalhos estarão concentrados no sistema de rede aérea entre Vila Olímpia e Berrini. O intervalo médio será de 20 minutos em toda a linha. 

Domingo: das 9h às 19h, a circulação ficará interrompida entre as estações Presidente Altino e Osasco, em razão de manutenção preventiva na via permanente na região da Estação Osasco. Para completar a viagem, usuário deve utilizar os trens da Linha 8-Diamante.

Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra)

Domingo: das 8h às 17h, serão realizados serviços nos equipamentos de via permanente entre as estações Guapituba e Rio Grande da Serra. O intervalo médio será de 10 minutos entre as estações Brás e Mauá e 30 minutos entre Mauá e Rio Grande da Serra. 

Linha 11-Coral/Expresso Leste (Luz – Guaianases)

Quinta-feira: das 8h às 20h, haverá intervenções nos equipamentos de via permanente entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianases. O intervalo médio será de 30 minutos entre as estações Luz e Guaianases. 

Domingo: das 4h às 17h, as intervenções nos equipamentos de via permanente ocorrerão entre Luz e Guaianases O intervalo médio será de 20 minutos entre as estações Luz e Guaianases

Linha 11-Coral/ Extensão (Guaianases – Estudantes)

Quinta-feira: das 4h à meia-noite, haverá obras de infraestrutura da nova Estação Suzano. O intervalo médio será de 35 minutos entre as estações Guaianases e Estudantes. 

Domingo: das 4h às 17h30, a circulação de trens ficará interrompida entre as estações Guaianases e Jundiapeba. Para atender aos usuários serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas intermediárias para embarque e desembarque nas estações Antônio Gianetti Neto, Calmon Viana e Suzano. 

As senhas para utilização dos coletivos deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 15 minutos entre as estações Jundiapeba e Estudantes. 

Linha 12-Safira (Brás – Calmon Viana)

Quinta-feira: das 4h à meia-noite, serão realizados serviços no sistema de rede aérea entre as estações Itaquaquecetuba e Calmon Viana. O intervalo médio será de 20 minutos no trecho entre Itaquaquecetuba e Calmon Viana. 

Domingo: das 4h à meia-noite, os trabalhos no sistema de rede aérea serão retomados entre as estações Itaquaquecetuba e Calmon Viana. O intervalo médio será de 20 minutos no trecho entre Itaquaquecetuba e Calmon Viana. 

Desafio: a CPTM ressalta que executar as obras de modernização, mantendo simultaneamente o atendimento aos usuários, é um grande desafio. As ações exigem medidas como promover intervenções em horários de menor movimentação de passageiros aos finais de semana, feriados e madrugadas.

Em caso de dúvidas ou informações complementares, a CPTM coloca à disposição o Serviço de Atendimento ao Usuário: 0800 055 0121.

Informações: CPTM

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Em Mogi, Maioria dos passageiros reclamam dos serviços e da falta de cobradores

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nos últimos dias, a reportagem do Mogi News conversou com usuários do transporte coletivo em vários bairros da periferia da cidade. A maioria dos entrevistados reclamou de problemas e cobrou mais energia do prefeito Marco Bertaiolli (DEM) para que o atendimento seja mais eficiente.
No Jardim Piatã II, bairro que fica na divisa com a cidade de Itaquaquecetuba, as moradoras Eunice Alves da Mota e Márcia Daniele dos Santos citaram o enorme intervalo entre as viagens como sendo uma das principais deficiências. "Os ônibus que vem para esse bairro circulam com intervalos de três horas ou mais. Sobra aos moradores a opção de usar os ônibus que vão para Itaquá ou caminhar até o Piatã I (a região possui topografia bastante acidentada) para viajar com mais rapidez", comentou Eunice. A vizinha Márcia observou que os coletivos que entram no Piatã II circulam somente com motoristas. "A falta de cobrador costuma atrasar as viagens, principalmente quando a gente está retornando da cidade". Elas destacaram ainda a falta de coberturas em praticamente todos os pontos de parada do bairro. "É preciso melhorar bastante, pois o preço da passagem é caro", acrescentou Eunice.
Moradora do Jardim Piatã I, a dona de casa Edna Santos de Oliveira disse que em relação a dois ou três anos, o serviço melhorou: "Não tenho do que reclamar. Tem vários horários e nunca fiquei na mão", argumentou.
No distrito de Jundiapeba, os moradores mostraram insatisfação. A cozinheira Maria de Fátima de Souza disse que os coletivos que passam próximo da sua residência e seguem para o centro da cidade estão, invariavelmente, lotados. "Avalio que a Prefeitura poderia colocar mais ônibus para atender a população. O prefeito precisa verificar esses problemas, é para isso que ele foi eleito, não foi?" A moradora Leonice dos Santos Lopes também reclamou do excesso de lotação e de intervalos estendidos aos finais de semana e feriados. "O atendimento precisa ser melhorado porque a passagem está caríssima. Em Suzano, as pessoas pagam R$ 2 para viajar. Acho também que a Prefeitura poderia liberar as lotações, isso ajudaria a reduzir os ônibus lotados", salientou a entrevistada. Para a aposentada Catarina Silva Honório, o atendimento está atendendo as expectativas. Ela reside na altura do número 1,6 mil da estrada Guilherme Garijo, próximo do Jardim Margarida, divisa de Mogi com Suzano. "A minha filha usa ônibus todos os dias para ir e retornar do trabalho e ela nunca reclamou de atrasos ou excesso de lotação".

SindicatoA circulação de coletivos somente com motoristas, que fazem também a função de cobradores, não está prevista no contrato firmado entre a Prefeitura e as concessionárias, segundo informações do Sindicato dos Condutores Rodoviários de Mogi e Região. No entanto, no município, segundo o próprio sindicato, pelo menos 15 microônibus das duas empresas circulam sem os cobradores e os motoristas desempenham o papel dos auxiliares. "Na maioria das cidades e em São Paulo, a circulação dos ônibus menores sem cobrador já faz parte da rotina das empresas e dos usuários. Em Mogi, os motoristas e cobradores não reclamam e os condutores até que acham bom, pois eles têm um acréscimo nos vencimentos por causa da segunda atividade", argumentou o vice-presidente da entidade sindical, Felix Serrano de Barros. Também não existem outros problemas (na relação empresas, trabalhadores e sindicato), segundo informou Félix. "O maior problema para o sindicato é quando as empresas não querem dar aumento salarial a que os trabalhadores têm direito. Em Mogi, as empresas estão cumprindo os dissídios".

Fonte: Moi News

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EMTU/SP terá linha Aeroporto Internacional - Autódromo no GP Interlagos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A EMTU/SP prolongará o itinerário da linha metropolitana E-437TRO-000-R Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) – São Paulo (Itaim Bibi) nos dias 6 (sábado) e 7 de novembro (domingo) para agilizar a locomoção dos turistas que vão desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo e seguir para o Autódromo de Interlagos para assistir ao GP Brasil de Fórmula 1.
Os oito veículos que compõem a frota da concessionária Internorte estenderão o percurso até as imediações do Autódromo (Avenida Jacinto Júlio x Avenida Feliciano Correia) e, na volta ao Aeroporto, o ponto inicial previsto é o cruzamento da avenida Rio Bonito com a Avenida Antonio B da Silva Sandoval. Não haverá paradas intermediárias. O itinerário estabelecido poderá sofrer adequações de acordo com as necessidades operacionais da CET/SP e SPTrans. A tarifa será a mesma cobrada no itinerário normal: R$ 31,00.
Tabela Horária
Partidas do Aeroporto Internacional de São Paulo, previstas para os dias 06 (sábado) e 07 (domingo):
06h00 – 07h00 – 08h00 – 09h00 – 10h00 – 11h00 – 12h00 – 12h30.
Partidas do Autódromo de Interlagos, previstas para os dias 06 (sábado) e 07 (domingo):
Para retornar ao Aeroporto, os ônibus da linha metropolitana 437TRO vão operar ao longo do dia, dentro da faixa horária definida pela organização do evento, sendo que o último veículo partirá às 17h no sábado e às 17h30 no domingo.

CPTM oferece opção sobre trilhos
Assistir ao GP de Fórmula 1 em Interlagos é ótimo programa. Assistir sem a preocupação de como ir e voltar para casa ou hotel é melhor ainda. Uma boa dica é a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que oferece trens de qualidade, estação próxima ao Autódromo e operação especial planejada para esse grande evento.
A Estação Autódromo (Linha 9-Esmeralda), que fica a 600 metros do portão de acesso ao setor G do Autódromo de Interlagos, atenderá, além dos moradores da capital, aos milhares de turistas que irão assistir à corrida.
Além de trens extras com ar-condicionado, haverá orientadores bilíngues identificados para prestarem informações aos turistas estrangeiros. A Estação Autódromo contará também com placas e avisos sonoros de orientação em inglês, distribuição de panfletos com o mapa do trajeto entre a estação e o portão de acesso ao setor G do autódromo.

De qualquer ponto de São Paulo
Com apenas R$ 2,65, o usuário pode se deslocar de diversos pontos da região metropolitana de São Paulo para o autódromo, utilizando as integrações gratuitas entre CPTM e Metrô e o sistema ORCA, da EMTU (especialmente disponibilizado para atendimento ao Grande Prêmio de Fórmula 1).
Além das sugestões abaixo, os usuários podem acessar o site www.cptm.sp.gov.br para traçarem sua rota até a Estação Autódromo. Na web é possível simular diversos trajetos, de diferentes pontos da região metropolitana de São Paulo.

Veja os roteiros disponíveis para acessar o autódromo partindo de diferentes regiões:

Avenida Paulista: os torcedores que moram ou estiverem hospedados nessa região, incluindo Sumaré e Perdizes, podem utilizar a Linha 2-Verde, do Metrô, desembarcando na Estação Vila Madalena. Dali, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a estação Cidade Universitária, na Linha 9-Esmeralda. De lá, seguir sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Zona Norte: acessar o metrô por uma das estações da Linha 1-Azul, entre Tucuruvi e Tiradentes, e seguir no sentido Jabaquara até a estação Ana Rosa. Naquela estação, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir, então, no sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Zona Sul: nessa região, o torcedor que puder acessar diretamente a Linha 9-Esmeralda, da CPTM, embarcará no sentido Grajaú e descerá na estação Autódromo. Ou, se necessário, deve usar uma das duas linhas do Metrô: a Linha1-Azul, se estiver entre os bairros de Jabaquara e Liberdade; ou a Linha 5-Lilás, se estiver entre as regiões de Capão Redondo e Giovanni Gronchi. No primeiro caso, deverá seguir até a estação Ana Rosa, na Linha 1-Azul e dali, por meio de integração gratuita, embarcar na Ponte ORCA até a Estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir então no sentido Grajaú até a estação Autódromo. No caso da Linha 5-Lilás, fazer a integração para a Linha 9-Esmeralda na Estação Santo Amaro e, de lá, seguir sentido Grajaú.

Zona Leste: moradores de municípios vizinhos à capital, com divisa na região Leste, como Mogi das Cruzes, Suzano, Poá e toda a área do Alto Tietê, podem utilizar as linhas 11-Coral (Estudantes-Luz) e 12-Safira (Calmon Viana-Brás) da CPTM. Utilizando a Linha 11-Coral, desembarcar na Luz e fazer a integração gratuita para a Linha 1-Azul, do Metrô. Seguir então no sentido Jabaquara até a estação Ana Rosa. Em Ana Rosa, embarcar na Ponte ORCA, em integração gratuita, até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. De lá, seguir sentido Grajaú até a estação Autódromo. Quem utilizar a Linha 12-Safira, deve desembarcar na estação terminal Brás. Naquela estação, fazer a integração gratuita com a linha 3-Vermelha do Metrô até a Sé. A partir daí, embarcar em trem da Linha 1-Azul do Metrô no sentido Jabaquara, desembarcar em Ana Rosa, embarcar na Ponte Orca até a Estação Vila Olímpia, na Linha 9, e seguir o trajeto para o autódromo.

Zona Oeste: as regiões de Francisco Morato e de Itapevi são servidas por linhas da CPTM. Assim, quem sair de municípios vizinhos (Jundiaí, Várzea Paulista, Francisco Morato, Caieiras e Franco da Rocha) e bairros da Zona Oeste da Capital (Perus, Pirituba, Lapa), poderá acessar a rede por meio das estações da Linha 7-Rubi. Descer na estação Palmeiras-Barra Funda, fazer a integração gratuita para a Linha 8-Diamante sentido Itapevi, seguir até Presidente Altino e integrar-se, novamente, gratuitamente para a Linha 9-Esmeralda sentido Grajaú, descendo na estação Autódromo. Já quem vem de Itapevi e bairros atendidos pela Linha 8-Diamante deve seguir até as estações Osasco ou Presidente Altino e fazer a integração gratuita para a Linha 9-Esmeralda, sentido Grajaú, a fim de descer em Autódromo.

Grande ABC: quem estiver na região do ABC pode usar a Linha 10-Turquesa (Rio Grande da Serra-Luz) até a Luz e fazer a integração gratuita para a Linha 1-Azul, do Metrô, no sentido Jabaquara. Descer na estação Ana Rosa e embarcar gratuitamente na Ponte ORCA para o trajeto até a estação Vila Olímpia, na Linha 9-Esmeralda. Seguir então sentido Grajaú e descer na estação Autódromo.

Quem for de São Caetano do Sul, também pode utilizar a nova estação Tamanduateí, que integra gratuitamente com a Linhas10-Turquesa da CPTM e Linha 2-Verde do Metrô. A Estação Tamanduateí do Metrô ainda está em fase de testes, por isso, opera em horário reduzido, das 8h30 às 17h. No entanto, o usuário pode utilizar a estação da CPTM das 4h às 24h.

Outra opção é utilizar o sistema EMTU por meio do ônibus linha 376 - Diadema (Terminal Metropolitano de Diadema) / São Paulo (Morumbi), cujo terminal inicial é na Av. Presidente Kennedy/Av. Fabio Eduardo Ramos Esquivel e o terminal final: estação Berrini Linha 9-Esmeralda. Pegar nesta estação o trem sentido Grajaú até a estação Autódromo.

Fonte: EMTU-SP
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Ônibus gerenciados pela EMTU SP recebem iluminação natalina

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Neste início de dezembro, as cidades começam a ganhar mais cores e luzes que refletem as celebrações de Natal e Ano Novo. Para entrar no clima natalino com os passageiros, os ônibus de diversas linhas gerenciadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) já começaram a circular com iluminação e decoração temática.

Os veículos vão iluminar as viagens e as ruas para que passageiros de diferentes regiões possam embarcar no clima natalino, tirar fotos e passear com a família. As pessoas poderão encontrar os ônibus iluminados em importantes vias da capital e de Osasco, Embu das Artes, Cotia, Taboão da Serra.

O ônibus iluminado da Viação Pirajuçara começa a operar nesta segunda-feira (4/11), na linha 459 (Embu das Artes / São Paulo-Itaim Bibi), com uma motorista vestida de Mamãe Noel, e nos dias seguintes vai revezar em mais de 10 linhas que atendem a região do Butantã, Vila Sônia, Itaim Bibi, Campo Limpo, Taboão da Serra, Embu das Artes e Osasco.  

A linha 870 - Osasco (Vila Yara)/ Cotia (Terminal Metropolitano de Cotia), da Viação Osasco, já começou a circular nesta semana com um ônibus iluminado. Um outro veículo adesivado com tema natalino fará rodízio por diversas linhas da empresa que atendem a região oeste da Grande São Paulo.

A Radial Transportes e a ATT - Alto Tietê Transportes, do Consórcio Unileste, iluminaram ao todo 6 ônibus, que desde o dia 26/11 estão atendendo todas as linhas operadas na capital, Suzano, Mogi das Cruzes, POÁ, Itaquaquecetuba, Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Santa Isabel.

No ABC, as linhas da Next Mobilidade que operam no corredor ABD e nos municípios da região vão receber quatro ônibus iluminados com LED a partir da próxima semana. 

Para Paulo Reis, gerente de Marketing da EMTU, o Natal tem um significado especial para muitas famílias e iluminar os ônibus é uma forma de espalhar bons sentimentos e emoções.  “As luzes e decorações nos ônibus dão um brilho especial para a viagem dos passageiros e para as pessoas que estão de fora, nas ruas. Com os veículos natalinos circulando em diversas regiões buscamos despertar sentimentos de esperança, alegria e encanto para todos”, observa.

Os passageiros podem consultar as programações das viagens, itinerários e acompanhar a localização dos veículos em tempo real pelo aplicativo EMTU Oficial, disponível para Android e iOS.

Informações: EMTU

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Transporte público em São Paulo melhorou, diz pesquisa da ANTP

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ônibus Hibrido já está em teste na cidade
Pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) divulgada na quarta-feira diz que o tranporte coletivo melhorou em São Paulo, na avaliação dos usuários. Segundo o levantamento "Imagem dos transportes públicos na região metropolitana de São Paulo", 75% dos entrevistados avaliaram para melhor os serviços.
Entre as razões citadas pelos pesquisados estão: o aumento de linhas (50%) e da frota (44%), a economia de tempo (29%), a renovação da frota (21%) e o conforto (16%). Além disso, 70% acreditam que o transporte coletivo continuará melhorando nos próximos anos.
 
Entre as alternativas de transporte, o Metrô de São Paulo continua sendo o mais bem avaliado em relação aos micro-ônibus, com 68% de melhorias percebidas pelos entrevistados, ônibus e corredores municipais, ônibus intermunicipais, trens, além dos corredores ABD (São Mateus-Jabaquara) e Expresso Tiradentes. A linha que teve melhor desempenho na avaliação foi a 5-Lilás, que registrou crescimento de 86% para 90%. A linha 2-Verde foi avaliada como excelente/boa por 84% dos entrevistados, contra 88% na edição passada.
 
Na linha 1 - Azul, do Metrô, não houve mudanças: 85% dos entrevistados consideraram o trecho excelente/bom. Já a Linha 3-Vermelha registrou percentual de excelente/bom de 73%, menor que o índice de 74% computado em 2009.
Depois do metrô, a pesquisa informou que a CPTM aparece como o meio de transporte que mais evoluiu nos últimos anos, com 39%.

Ônibus melhores
A imagem positiva dos ônibus metropolitanos gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) subiu 4%, apresentando tendência de melhora expressiva nos últimos anos. A classificação dos usuários para "excelente/bom" evoluiu de 55% para 59%, entre 2009 e 2010. A avaliação de "ruim/péssimo" apresentou queda de 21% para 18%.
 
Das cinco áreas que operam em regime de concessão, quatro apresentaram boa evolução de imagem perante os usuários do serviço, em 2010. A exceção foi a área 5, no ABC, cuja variação da imagem positiva caiu de57% para 44%. A área 1, que serve municípios como Cotia e Itapecerica da Serra, registrou melhoria da imagem de 54% frente aos 43% de 2009. Já na área 2, que atende Osasco e Barueri, entre outros, o item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 58% para 57%, entre 2009 e 2010.
A área 3, que abrange os municípios de Guarulhos e Mairiporã, entre outros, apresentou valiação positiva de 66%, ante 48% em 2009. A área 4, que envolve municípios como Suzano e Mogi das Cruzes, evoluiu de 53% para 65%.
 
Já o corredor metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara) continua apresentando bons resultados. O item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 72% para 70%, e a percepção negativa caiu de 12% para 9%, entre 2009 e 2010.
Para 6%, a bicicleta vem ganhando importância à frente de opções como ônibus metropolitanos e táxi. Além disso, a construção de ciclovias é citada por 13% dos pesquisados como uma das medidas para ajudar a melhorar o trânsito.

Realizada desde 1985, a avaliação da ANTP tem como objetivo o acompanhamento anual da percepção da população da região metropolitana de São Paulo em relação ao transporte coletivo público. A avaliação de 2010 foi realizada em duas etapas, incluindo pesquisas qualitativas, entre agosto e setembro, e quantitativas, em novembro, antes do aumento da tarifa nos ônibus. No total, 2.340 pessoas foram ouvidas em seus domicílios (1.306 na capital e 1.034 na região metropolitana). Além disso, foram ouvidos mais 1.023 usuários nos trens e corredores de ônibus, entre outros. A margem de erro foi de 2%.


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CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

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