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Curitiba: Crescimento acelerado causa transtornos no trânsito

terça-feira, 7 de setembro de 2010


Os transtornos causados pelo crescimento acelerado da frota brasileira de carros afetam principalmente cidades de porte médio, com menos de 2 milhões de habitantes, localizadas nas regiões metropolitanas mais ricas do Sul e Sudeste do Brasil. Com 1,8 milhão de habitantes, Curitiba, que exportou ao mundo o modelo de transporte coletivo com base em corredores de ônibus, é uma das surpresas do ranking. Ocupa a 2ª colocação.

Já São Paulo, cidade com a maior frota absoluta de carros, fica em um modesto 8º lugar, duas posições abaixo de Valinhos, cidade com 107 mil habitantes. Municípios de Santa Catarina com menos de 500 mil habitantes, como Florianópolis, Blumenau e Brusque, as duas últimas localizadas no Vale do Itajaí, ocupam as outras três posições entre os dez primeiros.

O ranking foi feito do cruzamento dos dados da frota do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) com a população medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A lista das localidades com maior ocorrência de carros por habitantes está diretamente ligada ao poder econômico. Essas são cidades ricas e com grande concentração de empregos", diz o presidente da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Aílton Brasiliense.

Ele aponta que a opção pelo automóvel é resultado de três fatores: status, má qualidade do transporte público e flexibilidade de tempo. "São fatores que levam a pessoa a preferir o veículo individual. Não eram todos que podiam se dar a esse luxo no passado, mas hoje as condições econômicas facilitam."

Tráfego e Violência

Com o incentivo da expansão de crédito e isenção de impostos, já são 35,3 milhões de carros no País — 66% a mais que em 2001. Em 2005, o Brasil ocupava a 10ª colocação entre os principais países vendedores de carro, saltando para o 4º lugar neste ano, quando ultrapassou a Alemanha.

O aumento dos congestionamento em ruas e estradas e o crescimento dos acidentes de trânsito são os principais efeitos do aquecimento das vendas. Levantamento divulgado nesta semana pelo IBGE mostrou que os acidentes de trânsito já matam mais que os homicídios em oito Estados brasileiros. São Paulo, Santa Catarina e Paraná, Estados com cidades em posição de destaque no ranking de carros por mil habitantes, estão entre eles.

O caso de Santa Catarina é o que mais chama a atenção. Com três cidades entre as mais motorizadas, possui a menor taxa de homicídio brasileira (10,4 por 100 mil habitantes) e a segunda maior taxa de mortes em acidentes por transportes (32,7 por 100 mil habitantes). "Se a quantidade de carros já é muito alta, para piorar, as estradas litorâneas de Santa Catarina recebem um número excessivo de turistas. Em Florianópolis, os grandes congestionamentos são um dos fatores que mais aborrecem a população", diz o diretor-geral do Detran no Estado, Vanderlei Russo.

Enquanto nas grandes cidades o trânsito é assunto diário, locais como Valinhos e Indaiatuba, no interior de São Paulo, já apresentam ruas paradas nos horários de pico, algumas com suas peculiaridades. "Nessas cidades, o maior congestionamento acontece nos fins de semana, principalmente aos sábados", explica o professor do departamento de trânsito da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Carlos Alberto Bandeira Guimarães.

Especialistas atribuem o grande crescimento da frota na região de Campinas à construção de condomínios residenciais fechados. "São pessoas que já eram adeptas do automóvel, mas que aumentaram ainda mais o uso porque o transporte coletivo não atende com qualidade a esses condomínios mais afastados", diz Guimarães.



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Aumento da frota desafia o trânsito de BH

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Motoristas e passageiros de Belo Horizonte, a primeira capital planejada da América do Sul, sofrem com os congestionamentos diários. E, dependendo da rua ou avenida, a retenção não se limita mais ao horário de pico. Tanto a prefeitura quanto o governo de Minas Gerais vêm desembolsando pesados investimentos para reverter a situação, com o alargamento de corredores e a construção de viadutos, mas a tarefa do poder público não é nada fácil. Uma combinação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostra o tamanho do problema: cada quilômetro quadrado da cidade é ocupado, em média, por cerca de 4,6 mil veículos.

Mais do que isso: a frota municipal cresceu num ritmo tão acelerado que, hoje, há um carro, moto, ônibus ou caminhão para cada 1,7 habitante. A média de 4,6 mil veículos por quilômetro quadrado é resultado da divisão da frota de outubro – 1.291.208 veículos, segundo o Denatran – pela chamada área urbana da cidade –, calculada em 280,54 quilômetros quadrados, de acordo com a ANTP. Já a relação de um veículo para cada 1,7 morador é a divisão da frota – novamente 1.291.208 unidades – pela população do município, 2.258.096 pessoas, conforme o Censo 2010, divulgado pelo IBGE quinta-feira.

A explosão da frota na capital criou um problema sério em vários corredores importantes: a baixa velocidade média do fluxo nos horários de pico. A velocidade média na Avenida do Contorno é de 30 km/h no sentido bairro e de 33 km/h na direção Centro. Na Afonso Pena, de 32 km/h e 37km/h, respectivamente. Segundo um estudo da BHTrans, a empresa que gerencia o trânsito de Belo Horizonte, os horários considerados de pico oscilam de região para região, mas, em geral, vão das 6h40 às 9h20, das 11h às 12h50 e das 17h30 às 20h.

Para se ter uma ideia de como os números atuais retratam bem o tamanho dos congestionamentos do trânsito de Belo Horizonte, em 2000, quando a frota somava pouco mais de 655 mil motores, cada quilômetro quadrado da cidade era ocupado por “apenas” 2,3 mil veículos. Naquele ano, a relação era de um veículo para cada 3,4 habitantes – o censo 2000 apurou que o município tinha 2.238.526 de pessoas. Ou seja, em uma década, enquanto o total de moradores cresceu “míseros” 19.570 pessoas, a frota explodiu em quase 636 mil carros, motos, ônibus e caminhões.

A relação veículos por quilômetro quadrado na cidade é maior do que a de quatro das cinco capitais com população superior à de BH. No Rio de Janeiro, por exemplo, a média é de 3 mil carros, motos, ônibus e caminhões. Em Brasília (DF), 4.543. Em Fortaleza (CE), 3.026. Em Salvador (BA), 2.344. Apenas São Paulo (7.296 veículos por quilômetro quadrado), entre as cinco capitais com população acima da de BH, supera a média do município mineiro.

Várias causas justificam o aumento alarmante da frota em BH, como a melhora significativa da economia doméstica, que possibilitou às classes C e D adquirirem o sonhado carro. Algumas concessionárias negociam automóveis em até 80 prestações fixas. O fortalecimento da economia no Brasil também estimulou muita gente a comprar veículos em razão de o automóvel, principalmente, ser sinônimo de status. O universitário Thiago Mafra Lara, de 22 anos, só conseguiu seu primeiro veículo, um Palio ano 2009/2010, em razão do pagamento facilitado.

“Entrei num consórcio, de 70 vezes, que já estava em andamento, mas se não fosse parcelado, não teria como comprá-lo. Moro no Bairro Buritis, na Região Oeste, e trabalho no Bairro Funcionários, diariamente, com o automóvel. Fico meia hora só para sair do meu bairro, mas é melhor do que ir de ônibus, pois o tempo de viagem do transporte coletivo, na capital, é maior que o do carro. Sem falar no conforto”, justifica.

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Tarifa de ônibus no Rio aumenta de R$ 3,40 para R$ 3,80

domingo, 3 de janeiro de 2016

Foi aplicado às 0h deste sábado (2) o reajuste de 11,7% na tarifa dos ônibus municipais no Rio de Janeiro. O valor passou de R$ 3,40 para R$ 3,80. O mesmo valor é cobrado quem utiliza o Bilhete Único Carioca (BUC).

O aumento de R$ 0,40 na passagem foi autorizado pelo prefeiro Eduardo Paes em decreto publicado na edição do dia 31 de dezembro do Diário Oficial do Município.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, além do reajuste anual obrigatório, a nova tarifa inclui a revisão parcial do contrato. O cálculo do reajuste foi feito, segundo o órgão, com base em índices da Fundação Getulio Vargas e do IBGE

Tarifa dos ônibus intermunicipais também aumenta
O valor da passagem dos ônibus intermunicipais também sofrerá aumento. De acordo com o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), a tarifa intermunicipal básica passará de R$ 3,15 para R$ 3,50. As novas tarifas intermunicipais entram em vigor a partir do dia 10 de janeiro.

De acordo com o Detro, o índice de reajuste, determinado pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, é de 10,48%.

Ainda segundo o Detro, o aviso sobre o novo valor dessas tarifas deve ser afixado pelas empresas nos ônibus, guichês e pontos de vendas de passagens.

Bilhete Único Intermunicipal
O governo do estado também informou que autorizou o reajuste do valor do Bilhete Único Intermunicipal, conforme decreto firmado nesta quarta pelo governador Luiz Fernando Pezão, que será publicado do Diário Oficial da quinta-feira (31). A tarifa do Bilhete Único Intermunicipal passará dos atuais R$ 5,90 para R$ 6,50.

O governo explica que, segundo a legislação em vigor, o reajuste foi fixado pelo mesmo índice das tarifas de ônibus intermunicipais que, de acordo com portaria publicada pelo Detro.

Reajuste nas tarifas de trens e barcas
Em fevereiro, entrarão em vigor as novas tarifas de trens e barcas. Na quarta-feira (30), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) autorizou as concessionárias CCR Barcas e Supervia a aumentarem o valor dos bilhetes. A passagem das barcas passará de R$ 5 para R$ 5,60 e dos trens de R$ 3,30 para R$ 3,70.

De acordo com a  Agetransp, a decisão entra em vigor em 2 de fevereiro para os passageiros dos trens e em 12 de fevereiro para aqueles que utilizam as barcas. Os usuários devem ser informados pelas concessionárias com 30 dias de antecedência.

Ainda segundo a Agetransp, para a base do reajuste da tarifa aquaviária de equilíbrio, foi considerado o valor real de R$ 5,1218 - atualizado em relação ao índice de inflação projetado - referente ao reajuste anterior, sobre o qual foi aplicado o índice referente à variação do IPCA (índice de inflação calculado pelo IBGE) entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016, conforme previsto em contrato.

A Agetransp também analisou o pleito de reajuste tarifário relativo ao ano de 2016 para a linha Charitas do transporte aquaviário. A agência autorizou a concessionária a praticar a tarifa de R$ 15,40, equivalente à variação do IPCA entre novembro de 2014 e novembro de 2015 sobre o valor de R$ 13,90, autorizado no reajuste anterior.

Já para a base do reajuste da tarifa ferroviária de equilíbrio, a Agetransp informou que foi considerado o valor de R$ 3,2948, homologado no reajuste anterior, sobre o qual foi utilizado como base o índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (IGP-M) entre novembro de 2014 e novembro de 2015, conforme previsto em contrato.

Informações: G1 Rio

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Rio de Janeiro é o Estado onde moradores levam mais tempo para chegar ao trabalho

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os brasileiros estão mais instruídos, ganhando salários melhores e com carteira assinada. Mas para chegar ao trabalho precisam madrugar e enfrentar longos congestionamentos. Para 1,2 milhão de moradores da Região Metropolitana do Rio, que trabalham fora do município de residência, a situação é ainda pior. Em comparação com todo o País, é aqui no estado que mais trabalhadores levam mais de duas horas no trânsito até o serviço.

Os dados, do Censo 2010, foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ranking da lentidão do trânsito até o trabalho, o município de Japeri ocupa a liderança em todo o Brasil, seguida por Queimados (4º lugar), Nova Iguaçu (7º), Belford Roxo (14º) e Magé (18º), todos na Baixada Fluminense.

A alternativa para driblar o fluxo intenso é sair de madrugada, como o pedreiro Antônio de Lira, 36, e a recepcionista Vera Lúcia, 40. Em Japeri, ela pega o ônibus às 4h15 para estar na Central do Brasil às 6h45. Dali, toma outra condução até o Méier, onde trabalha.
“Às vezes prefiro ir de trem, que demora menos mas é desconfortável”, conta. Muitos abandonam hábitos para não se atrasar. “Tomar café da manhã antes de sair de casa é luxo”, diz a doméstica Maria da Penha Gomes que gasta três horas de Nova Iguaçu a Laranjeiras.

O percentual de pessoas que perde uma hora no trânsito do Rio (23,1%) é o dobro da média nacional (11,4%). Entre as capitais, a campeã na demora para chegar ao trabalho é São Paulo, à frente do Rio, com 25,3% dos cariocas levando mais de uma hora para “bater o cartão de ponto” contra 31% dos paulistanos.
Das 36 regiões metropolitanas, a do Rio também aparece em primeiro: 28,6% dos moradores perdem mais de 60 minutos no transporte. Segundo a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, no estado do Rio, 75% da população mora na Região Metropolitana, enquanto em São Paulo o índice é de 50%.

Fonte:  Agência de Notícias / O Dia Online

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Em Curitiba, No plano real, tarifa de ônibus subiu 525%

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quem precisa usar o transporte público de Curitiba deve se questionar sobre cerca da modernidade do sistema quando, literalmente, se espreme entre as portas do expresso e a da estação tubo e ouve, assim que finalmente consegue entrar no ônibus, a frase de alerta: “cuidado com furtos no interior do veículo.” Qual o usuário não se indigna quando precisa desembolsar R$ 2,50 para seguir para casa, trabalho ou escola sem segurança e o mínimo de conforto? Pensando em termos práticos, qual foi a melhora que houve no sistema desde a implantação do plano real, em julho de 1994, quando a passagem custava R$ 0,40? De 1994, quando foi implantado o Plano Real, a passagem de ônibus registrou aumento de 525%. O reajuste é 61,91% superior a inflação oficial da capital paranaense de 286,91%, apontada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Curitiba, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de julho de 1994 a setembro de 2011.

A superlotação nos horários de pico permanece, segundo os próprios usuários ouvidos pela reportagem. O comentário mais comum é que, ainda que coloquem mais ônibus nestes horários, os carros sempre estão “entupidos”. Questionados sobre os valores pagos, todos são unânimes em afirmar que é caro, muito caro frente a qualidade oferecida.  A insegurança é outra constante, desde os anos de 1994. “Todos sabem quem são. Eles sempre estão ali, na Praça Eufrásio Correa. Andam sempre em duas ou três pessoas. Mas ninguém faz nada. Nem mesmo a polícia”, afirma Valdir Mestriner, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização no Estado do Paraná (Sindiurbano).


O economista do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômicos (Dieese), Sandro Silva, define o problema basicamente pela falta de transparência dos cálculos adotados pela Urbanização Curitiba S/A (Urbs), responsável pelo gerenciamento do sistema de transporte coletivo urbano da Capital. “Soma-se a isso a nova lei do transporte coletivo, aprovada à toque de caixa em dezembro de 2007 que, ao contrário do que se propunha deixou o sistema ainda mais nebuloso”, diz. Silva comenta que se antes, era difícil conseguir entender a planilha para os cálculos da tarifa, após a aprovação o sistema ficou ainda mais complexo.

O aumento da tarifa acima da inflação é ainda apontado como o responsável pela exclusão do trabalhador do sistema e, com as facilidades de crédito, pelo trânsito cada vez mais complicado das vias urbanas. “Com a queda de renda do trabalhador nos anos 90, muitos tiveram que deixar de usar o transporte coletivo, buscando alternativas, como buscar trabalho nas proximidades da residência, tentar reunir um grupo e amigos para irem de carona para o trabalho”, afirma.

Essa situação contribuiu para a queda do número de usuários. Silva, do escritório regional de Curitiba do Dieese, comenta que nestes 17 anos o número praticamente se mantém na casa dos 300 milhões de usuários pagantes, quando a população de Curitiba passou de 1, 39 milhão em 1994 para 1,75 milhão em 2010, conforme os últimos dados do Censo, calculados pelo IBGE. “Com isso houve a queda do IPK, que é o Índice por Quilômetro Rodado, encarecendo ainda mais a tarifa”, explica o economista. De acordo com Silva o IPK em 1994 era de 2,84. Neste ano, segundo as informações disponíveis no site da Urbs era de 2,0560 em abril de 2011.

Há casos que usar o carro sai mais barato
Para o economista Lafaiete Neves, autor do livro Movimento Popular e Transporte Coletivo em Curitiba, é o preço da tarifa que afasta os passageiros e diminui o IPK . “O furto começa na catraca”, afirma Neves parafraseando o aviso que o passageiro ouve ao embarcar nos expressos. “Não tem sentido o preço da tarifa ser tão alto. O raio máximo de Curitiba em extensão é de 30 km, Norte Sul, as ruas são em sua maioria planas e os carros andam e pista exclusiva, reduzindo ainda mais o gasto de combustível”, afirma.

Ele ressalta o que Silva afirma sobre o circulo vicioso que o alto preço da tarifa causa.  Considerando as facilidades para se comprar um carro atualmente e o preço do combustível é mais vantajoso o uso do transporte particular, ampliando o número de carros nas ruas da Capital e deixando o trânsito “ainda mais caótico”.

Silva considera a extensão da cidade e faz um cálculo de que o trabalhador curitibano, em média, mora a cerca de 7 quilômetros do local de trabalho.  Um carro 1,0 faz em média 10 quilômetros com um litro de gasolina. Ou seja, ele vai percorrer cerca de 14 quilômetros para ir a voltar para casa, gastando uma média de R$ 3,64 de combustível, considerando o valor médio de R$ 2,60 o litro de gasolina.  Se usar o transporte coletivo vai gastar na ida e volta R$ 5 — 37% a mais.



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IBGE: População que usa carro cresce e atinge 47% em 2009, redultado, mais engarrafamentos

sábado, 15 de janeiro de 2011

O percentual da população que usa automóveis ou motocicletas para se deslocar aumentou de 45,2% em 2008 para 47%, em 2009. Mesmo assim, quase metade da população ainda depende do transporte público, por não ter alternativa de transporte.
Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseados em estudos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de automóveis na área urbana é o dobro do da área rural, onde é maior o número de motocicletas, segundo o estudo. Os veículos de duas rodas estão presentes em cerca de 15% dos lares, com tendência a crescer, levando em conta os preços mais baixos das motocicletas.
Os domicílios da área urbana que têm carro somam 16,5 milhões, motocicletas 4,073 milhões e os lares que têm ambos os veículos são 3,2 milhões. Cerca de 25,9 milhões de residências ainda não têm quaisquer tipos de veículos.
Na zona rural, 1,489 milhão de residências têm carro, 1,566 milhão têm motos e 570 mil têm carro e moto. Além disso, 5,123 milhões de lares não dispõem de qualquer tipo de veículo.
O Ipea destaca que a posse de veículos ocorre até mesmo nas camadas mais baixas da população. Na faixa de pobreza extrema, com renda de até um quarto do salário mínimo per capita, 17,7% das famílias têm carro ou motocicleta. Nas casas onde a renda é de até meio salário mínimo per capita cerca de 23% das famílias já têm veículos próprios.
As políticas para aumentar a renda da população mais pobre, segundo avaliação do Ipea, deverão provocar o aumento da aquisição de automóveis nos próximos anos. A posse de veículos é maior no País, proporcionalmente entre a população, em Santa Catarina, no Paraná, no Distrito Federal (DF) e em São Paulo.
Em Santa Catarina, cerca de 70% das residências têm algum tipo de veículo. No Paraná 61,7%; no DF, 59,7% e, em São Paulo, 59,1%. Em Santa Catarina, 28,5% das residências não dispõem de automóvel ou moto, no Paraná, 38,3%; no DF, 40,3% e em São Paulo, 40,9%.
A maioria dos trabalhadores brasileiros (68%) na área urbana ou rural gasta menos de 30 minutos para ir de casa ao trabalho, independentemente da forma de locomoção. Cerca de 10% da população gasta mais de uma hora nesse percurso. O tempo médio de percurso da residência ao trabalho, segundo o Ipea, mostra que a maior parte dos brasileiros prefere procurar trabalho próximo às suas moradias.
O Ipea considera que a taxa de motorização da população tende a crescer, gerando engarrafamentos e complicações no trânsito. Para o instituto, será necessário que os governos façam investimentos para melhoria da infraestrutura nas próximas décadas para minimizar o problema.

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Proporção entre carro e habitante em Curitiba é a quarta maior do país

quinta-feira, 29 de março de 2012

O trânsito já se tornou reclamação constante na boca do curitibano e um dos motivos pode ser a quantidade de carros nas ruas da cidade. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital do Paraná tem a quarta maior proporção entre pessoas e automotores. Existe um veículo para cada 1,3 habitante. Isso significa que são 1.746.896 curitibanos para 1.315.305 veículos. Diante de tantos carros, o tráfego intenso acaba sendo inevitável.

Na avaliação do professor de Urbanismo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Paulo Rolando de Lima, os congestionamentos e a demora no deslocamento diário vão continuar crescendo. “Este é o preço que se vai pagar por ter optado pelo transporte individual. Todos reclamam, mas querem ir à padaria de carro”. Aliado a isso, destacou o docente, tem-se a melhoria da renda da população e o crescimento da chamada Classe C, que consome cada vez mais e a partir de agora pode concretizar o sonho do carro próprio.

Parte deste problema, que também pertence a realidade da outras grandes cidades, pode ser solucionada com investimentos no transporte público a ponto de torná-lo confortável para aqueles usuários que não têm outra opção e atrativo para aqueles que possuem carro. A ideia é que o carro não faça parte do dia a dia. "O cidadão precisa entender que ele faz parte do funcionamento do trânsito", afirmou Paulo de Lima.

Foto: Luis Antônio de Andrade Silva
De acordo com o professor Paulo Rolando de Lima, a estrutura do transporte coletivo de Curitiba já funcionou bem, mas hoje, com o crescimento da cidade, o deslocamento para algumas regiões é difícil. “Só para o Centro está resolvido, mas precisa ampliar e melhorar as linhas que ligam os bairros”, afirmou. “É necessário dar eficiência e velocidade no percurso”, acrescentou.

Conforme análise do professor, poderia se criar canaletas exclusivas para o ônibus Interbairros e para o Ligeirinho, por exemplo. “Tem que ser mais eficiente, confortável, seguro e barato. Se você tiver que sair de casa com duas pessoas é mais barato ir de carro do que de ônibus”, declarou o professor. Atualmente a tarifa do transporte coletivo é de R$ 2,60.

A questão dos táxis que rodam pela cidade também deve ser avaliada para que haja melhoras no trânsito. Contudo, na opinião do professor, deve-se pensar em medidas direcionadas para os táxis como a utilização de faixas exclusivas. O professor considera, inclusive, alguns incentivos do governo para que o serviço fique mais barato. “Isso tiraria muito carros de circulação das ruas para deslocamentos diários, como levar os filhos na escola e ir ao trabalho”, comentou.

Atualmente, a proporção de táxis em Curitiba é de um carro para cada 775 habitantes. São, ao todo, 2.252 veículos autorizados a prestar o serviço. No Rio de Janeiro, onde a 32 mil veículos disponíveis, a proporção fica em um taxi para cada 197 habitantes. Em Porto Alegre, que é menor que Curitiba, a proporção é de um carro para cada 359 moradores. Os dados são das prefeituras e do IBGE. A Câmara Municipal de Vereadores aprovou o projeto de lei que permite o número de taxis nas ruas aumente entre 200 e 1.200. O projeto foi encaminhado para sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB).

O metrô que para muitos pode amenizar o trânsito e o problema do transporte público não é visto da mesma maneira pelo professor da UTFPR. “Como o metrô veio para substituir a linha dos Expressos (ônibus que circulam em vias exclusivas, chamadas de canaletas), ele vai resolver pouco. Mas, como é um fato consumado, é necessário fazer algumas coisas para aperfeiçoar o deslocamento como criar um sistema de alimentação, que leva as pessoas para as estações de metrô com o mesmo grau de eficiência que o metrô”, explicou.

O ideal é que se tenha também bicicletários e estacionamentos, para que as pessoas possam se for o caso, fazer parte do trajeto de carro. Estes aspectos estão previstos no projeto elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc) e aprovado pelo Ministério das Cidades.

A primeira fase, chamada de Linha Azul, vai ligar a região Sul à Norte. De acordo com a prefeitura, este eixo opera atualmente com 400 mil usuários por dia. Serão 13 estações, da Cidade Industrial de Curitiba (CIC-Sul) à Rua das Flores, no Centro da cidade. As estações estarão cerca de um quilômetro de distância uma da outra e o metrô deve levar seis minutos para percorrer o trecho de aproximadamente 14 quilômetros.

Segundo Paulo de Lima, Curitiba pode atuar para melhorar o que se tem hoje e também para evitar que os problemas no trânsito ganhem proporções ainda maiores. E chama atenção para uma outra discussão. "Todas as escolas mesmo horário, todos os shoppings, talves as melhores soluções não estejam no trânsito e sim no funcionamento das cidades".

Para Ippuc, apesar da quantidade de carros, trânsito em Curitiba flui bem

Na avaliação do presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, o trânsito na cidade está em boas condições. "O nosso trânsito tem algumas retenções, mas é um trânsito que flui".

Segundo ele, ainda que haja muitos carros na cidade, 45% da população utiliza os ônibus coletivos. Almeida destaca que o poder público prioriza o transporte público e, por isso, é utilizado não só por quem necessita mas também quem tem a opção do transporte individual.

A Linha Verde (antiga BR-476), alvo de muitas reclamações, de acordo com Almeida, é uma das obras voltadas para o transporte público que criou um novo eixo de desenvolvimento integrado à cidade. O presidente acrescentou que com a Linha Verde aqueles que utilizam a linha Boqueirão tiveram o tempo de viagem reduzido e a frota disponível é moderna e confortável. Segundo ele, a prefeitura adquiriu 557 novos ônibus que são menos poluentes e também possuem capacidade para transporte mais passageiros.

Segundo o presidente do Ippuc, a Rede Integrada de Transporte (Rit) é ampla. “A gente tem uma rede de transporte com várias possibilidades de deslocamento e ele [o usuário] escolhe como fica mais fácil para ele do ponto de vista da origem e do destino”. De acordo com Almeida, em toda a cidade em, no máximo, 500 metros há uma linha do transporte coletivo. Ele ressaltou a linha Inter 2 que diante do crescimento da demanda recebeu novos veículos com maior capacidade e teve as estações tubo ampliadas.

Cléver Almeida destacou ainda que o metrô estará ligado com toda a rede de transporte coletivo assim como hoje ocorre nos terminais e que a prefeitura também está investindo em obras para facilitar a mobilidade da população como construção de trincheiras, pavimentação e a implantação do Anel Viário com 25 quilômetros de extensão. Esta obra visa, como declarou Almeida, retirar parte do trânsito do Centro da cidade e desta forma facilitar o deslocamento das pessoas.

Fonte: G1 Paraná
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Passagem de metrô e trens a diesel aumentam 6,67% no Recife

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A partir de domingo (28), a tarifa do metrô e dos trens a diesel vai ficar mais cara. Na manhã desta sexta-feira (27), Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou oficialmente o reajuste de R$ 0,10, seguindo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 6,5%, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comunicado foi dado uma semana depois do aumento da passagem de ônibus.

Com o reajuste, a tarifa passa de R$ 1,50 para R$ 1,60. Em nota, a assessoria de imprensa do Metrô do Recife (Metrorec) informou que a elevação foi decidida durante a reunião do Conselho Administrativo da CBTU que ocorreu no Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira (26).

Segundo o Metrorec, de segunda a sexta-feira, aproximadamente 260 mil usuários utilizam metrô ou trem a diesel, diariamente. Nos fins de semana, o número cai pouco mais de um terço e desce para 180 mil usuários, diariamente.

Informações: JC Online


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A cada R$ 1 investido em transporte público, governo dá R$ 12 em incentivo para carro e moto

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A cada R$ 12 gastos em incentivos ao transporte particular, o governo investe R$ 1 em transporte público. A constatação foi feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) no estudo sobre a mobilidade urbana no Brasil, divulgado na última quarta-feira (25). A pesquisa considera as três esferas de governo do país: municipal, estadual e federal.
A pesquisa considera esse desequilíbrio de valores gastos em incentivos como um dos fatores responsáveis pelo aumento do número de carros e motos no país e, por consequência, dos congestionamentos. "Muitas vezes, essas políticas não são percebidas claramente pela população por envolver omissão do poder público", diz o texto.
Entre os subsídios considerados pelo Ipea está a isenção de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) dada aos carros de baixa cilindrada, os chamados carros populares. "Enquanto os veículos acima de 2.000 cilindradas pagam 25% de IPI e aqueles entre 1.000cc e 2.000cc pagam 13%, os veículos de até 1.000cc pagam 7% e os comerciais leves, 8%". Por 1.000 cc, entende-se veículos 1.0.
 
Considerando essas variações de percentual por categoria, o instituto estima que o governo deixe de arrecadar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 7,1 bilhões somente com a isenção do IPI por ano. Já os ônibus e trens recebem de R$ 980 milhões a até 1,2 bilhão em isenção de impostos.
O instituto ainda calcula que o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 7 bilhões ao ano dando estacionamento gratuito aos carros nas vias públicas. Vale ressaltar que o Ipea considera esta estimativa conservadora, uma vez que o valor médio de estacionamento utilizado para o cálculo foi de R$ 3 por quatro horas.
Somados a isenção do IPI com a dos estacionamentos nas vias públicas, os veículos individuais recebem aproximadamente 90% de todos os subsídios dados pelo governo para mobilidade urbana. 
Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, defende o equilíbrio da distribuição financeira de recursos.
- Nós defendemos que o governo destine mais investimentos na infraestrutura da mobilidade urbana, pois o aumento do uso de veículos particulares aumenta a poluição, os congestionamentos e o número de acidentes nas regiões metropolitanas.

Inflação
Além da questão do subsídio, o estudo apontou outras razões para a piora do transporte público do país. De 1995 até hoje, as tarifas de ônibus subiram cerca de 60% mais que a inflação. Para chegar à conclusão, o instituto considerou o INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor), que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) todos os meses. O Ipea colheu dados de dez regiões metropolitanas (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília) e da cidade de Goiânia. 
Outro dado trazido pelo estudo é que o brasileiro perdeu mais tempo em média no trânsito em seu deslocamento da casa para o trabalho. Baseado em cálculos das Pnads (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1992 e 2008, o Ipea concluiu que o tempo médio subiu de 37,9 minutos para 40,3 minutos. Houve também um aumento na quantidade de pessoas que ficam mais de uma hora no trajeto de casa para o trabalho, de 15,7% para 19%.
"Esses dados mostram que as políticas de mobilidade adotadas não estão

Fonte: R7.com

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Bilhete Único é opção para passageiro escapar da inflação nos transportes

segunda-feira, 26 de março de 2012

Se ainda não dá para fugir da má qualidade do serviço de transporte público no Rio, pelo menos o passageiro já consegue escapar do dragão da inflação numa embarcação ou num trem lotado. Dois anos após a sua implantação, o Bilhete Único se mostra uma alternativa indispensável contra o aumento das tarifas. Desde fevereiro de 2010, o BU sofreu reajuste de 12,5%, contra aumentos nos transportes de 14,3% a 60,7% no mesmo período. Em todo o governo Sérgio Cabral, a variação do valor das passagens superou a inflação acumulada, de 16%, de acordo com o IPCA para transportes, medido pelo IBGE.

Desde que o BU foi lançado, o índice acumulado é de 12,66%. No resto do Brasil, a média da alta no custo do transporte ficou em 7,44%, quase a metade da taxa fluminense.

Ao todo, 2,2 milhões de pessoas têm o BU, mas 600 mil ainda pagam a passagem em dinheiro no trem, no metrô, nas barcas e nos ônibus intermunicipais. Uma empregada doméstica sem BU e com o salário mínimo da categoria (R$ 729) pagaria mais R$ 50,60 na SuperVia e na Metrô Rio em 22 dias de trabalho. Esse gasto a mais por não ter o bilhete representa 6,90% dos seus ganhos.

— Essa diferença representa um peso maior do transporte no orçamento doméstico. O que isso pesa em cada família depende do que cada uma delas recebe — diz o economista Gilberto Braga, do Ibmec.

Segundo o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, a meta é universalizar o uso do Bilhete Único e abolir os pagamentos em dinheiro na hora de passar na roleta.

— Queremos chegar ao ponto de todo mundo usar o BU. Isso facilita o nosso controle sobre os custos das empresas e sobre o fluxo real de passageiros. Sem falar na economia no fim do mês — diz.

Desse universo de usuários, no entanto, só 21% o usam diariamente. No futuro, o sistema poderá ser ajustado para permitir uma carga tarifária social mais justa, conforme os rendimentos do passageiro.

— O Banco Mundial considera o nosso sistema o melhor do mundo. Tanto que nos encomendou um estudo para adequar o perfil do usuário de acordo com os seus ganhos. Isso é possível graças ao CPF. Assim, no futuro, quem ganha menos, pagaria menos ainda. E quem ganha mais, pagaria um pouco a mais também — afirma Julio Lopes.

Empresário contrata até gente em Niterói e se cadastra no BU para cortar custos
Um exemplo de como a inflação devorou as economias e a paciência dos passageiros vem da Barcas S/A. Após o reajuste de 60,71% na tarifa, Giorgio Antunes, dono de uma consultoria, teve que recalcular a sua folha de pagamento e a logística da empresa, no Centro do Rio.

— Temos quatro clientes em Niterói e, todos os dias, dois funcionários iam e voltavam de lá. Passei a mandar apenas um, e contratei outro que mora do outro lado. Fora isso, cadastramos todos os funcionários no Bilhete Único, inclusive eu, que moro em São Paulo e venho constantemente ao Rio e a Niterói — conta ele.
Segundo a Barcas, o número de passageiros cresceu a partir do BU. No fim de 2009, eram 79,2 mil por dia. Hoje, são 92,9 mil. Ou 17,3% a mais. Mesmo com o bilhete, há queixas. A SuperVia e a Metrô Rio deram fim à integração promocional que mantinham há 12 anos, adotando o BU. Assim, a tarifa pulou de R$ 4,20 para R$ 4,95.

— Meu último aumento foi em maio passado, de cerca de 6%. Como vou utilizar o trem e o metrô integrado, que me auxiliava muito, com um aumento de cerca de 17%? — reclama a técnica de enfermagem Elizabete Guerra, de 54 anos.
Do outro lado da roleta, até os empresários já aprovam o BU.

— No início, o BU gerou queda de receita de 15%. Mas isso vem sendo compensado com o aumento do número de passageiros, de quase 8% — conta Paulo Valente, diretor da Viação Santa Maria.

Em Sáo Paulo, o Bilhete Único teve reajustes de 42, 85% desde o seu lançamento, em 2006. À época, valia R$ 2,10. Hoje, o benefício custa R$ 3.

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Salvador tem um ônibus para cada 333 moradores

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Segundo dados da frota municipal do mês de julho deste ano, do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), há 7.512 ônibus em Salvador. Isto representa um ônibus para quase 333 pessoas, utilizando estimativas da população com data de referência em 1º de julho de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Salvador tem a 6ª frota entre as capitais brasileiras, aproximadamente cinco vezes menor do que a de São Paulo, que lidera o ranking com 41.137 ônibus.
"Salvador, em termos de número de ônibus, é ate bem atendida. O que a gente não tem é qualidade e confiabilidade no sistema", afirma a analista de trânsito e transporte e blogueira do iBahia, Cristina Aragón. De acordo com Cristina, um dos problemas do sistema de ônibus são os roteiros superpostos. As linhas precisariam ser distribuídas e há muitas delas nos mesmos lugares, o que provoca engarrafamento dos próprios ônibus.
A falta de conforto dos ônibus, de integração tarifária e de confiabilidade no sistema (como o cumprimento dos horários) são outros pontos complicados. "Se a gente pudesse reestruturar o sistema, fazendo com que ele fosse mais racional, com certeza seria um serviço mais atrativo", diz Cristina.
Por Camila Queiroz
Fonte: iBahia

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No Rio, Bilhete Único Intermunicipal completa 03 anos

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A diarista Patrícia Fonseca, de 33 anos, agora faz mais faxinas. A auxiliar de serviços gerais Glauceli de Medeiros, 43, aproveita melhor as opções de lazer do Rio com a família. Moradoras da Baixada, elas são exemplos de como o Bilhete Único (BU) Intermunicipal trouxe benefícios aos mais de 2,24 milhões de usuários cadastrados nas 20 cidades da Região Metropolitana.

Criado em 1° fevereiro de 2010, o sistema completa hoje três anos com números de gente grande: uma média de 869 mil viagens diárias, 314 mil pessoas favorecidas por dia e cerca de R$ 28 milhões de subsídios mensais do Governo do Estado.

Pegar um ônibus de R$ 6,30 e outro de R$ 2,75, desembolsando apenas R$ 4,95, mudou a vida de Patrícia. Com o subsídio no transporte, ela conseguiu ampliar as diárias em residências das zonas Norte e Oeste do Rio e não tem mais que pagar as passagens do próprio bolso.

– Consegui mais trabalho graças ao Bilhete Único. Como é mais barato, as patroas dão o dinheiro do ônibus por fora. Com R$ 10, venho para o Rio e volto para Piabetá – disse Patrícia.

Para Glauceli, moradora de Duque de Caxias, o BU permitiu também economia com os estudos da filha, que faz faculdade em Niterói.

– Ela estuda na UFF (Universidade Federal Fluminense), além de ir a museus e teatros no Rio. Nem sei de quanto seria o
gasto se não tivéssemos o cartão – afirmou Glauceli. Nesses três anos, pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) constataram que o BU proporcionou aumento na empregabilidade, maior atratividade do transporte público e redução do estímulo à favelização em áreas centrais da cidades.

Reconhecimento internacional

Não são apenas os fluminenses que elogiam o Bilhete Único. O sistema já virou referência internacional. Em 2011, foi eleito pela Associação Internacional de Transportes Públicos (UITT) como o melhor programa de transporte da América Latina, na categoria Introdução a Políticas de Transportes. Além disso, foi apresentado em diversos encontros, como no “Truck and Bus World Forum”, em Lion, e na “Missão Ferroviária Britânica”, em Londres.

A última exibição foi feita pelo secretário de Transportes, Julio Lopes, na sede do Banco Mundial (Bird), nos Estados Unidos, nos dias 17 e 18 de janeiro deste ano. Especialistas e autoridades de diversos países que buscam soluções sustentáveis para os problemas de mobilidade nos centros urbanos não só se interessaram, como virão ao Rio estudar a tecnologia. 

Fonte: Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
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Bilhete Único intermunicipal ficará mais caro em fevereiro, passando para R$ 5,20

sábado, 22 de dezembro de 2012

O Bilhete Único intermunicipal ficará mais caro em 2013. O governador Sérgio Cabral autorizou o reajuste do valor da integração, passando-o de R$ 4,95 para R$ 5,20. De acordo com a Casa Civil, a medida será publicada na próxima segunda-feira no Diário Oficial do Estado.

O novo valor do Bilhete Único foi calculado em cima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE e utilizado desde 2010 pelo governo como base para os reajustes das tarifas de ônibus intermunicipais — cujas passagens têm peso maior no cálculo do benefício. Assim, o percentual de aumento autorizado é de 5,534%.

De acordo com a Casa Civil, as regras para utilização do BU permanecem iguais. O cartão continua valendo para duas viagens consecutivas, sendo a baldeação obrigatoriamente num meio de transporte intermunicipal. O benefício vale para trens, barcas, metrô, ônibus e vans legalizadas (e com aparelho de validador eletrônico).

Hoje, o período de utilização do Bilhete Único é de duas horas e meia contadas a partir do primeiro embarque. Segundo o governo, não há previsão de mudanças nessa regra. Os chamados frescões não estão incluídos no BU, válido para toda a Região Metropolitana (Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Rio, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá).

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Chega ao Brasil moovit - o aplicativo gratuito para smartphone que vai revolucionar o transporte público

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

São Paulo,  12/12 - O fim do ano é insano. Especialmente para aqueles que usam o transporte público. Os ônibus estão mais lotados do que nunca, o metrô ainda mais caótico, e os trens... Mais difíceis de entrar.  E o pior é que na maior parte dos casos não temos noção de quanto tempo o ônibus demorará a chegar.  Não temos certeza também sobre as opções de rota mais rápidas ou melhores, sejam elas de ônibus, trem ou metrô. 

A partir de agora, essas e outras informações sobre o transporte público em São Paulo estarão mais acessíveis com o moovit (pronuncia-se "múvit"), o aplicativo gratuito para smartphone que já está disponível para download no Google Play e na AppStore. 

“Nossa chegada no Brasil deve-se ao fato de termos identificado que um aplicativo como o moovit pode facilitar muito a vida dos passageiros, que economizarão mais tempo e poderão optar por diferentes rotas com um clique“, disse Nir Erez, CEO da empresa. “Por ser um aplicativo baseado no crowdsourcing, quanto mais pessoas usarem, mais ele informará os melhores caminhos para ir de um ponto a outro da cidade. Isso é possível uma vez que, mantendo o aplicativo conectado, o moovit fornece o local exato da condução permitindo que as pessoas possam escolher seu melhor roteiro, saber os horários e outras informações”, explica Nir.
Click para ampliar

Como funciona

A ideia é muito simples. O moovit é um aplicativo gratuito para smartphone que foi desenvolvido para os passageiros do transporte público. Após baixar o aplicativo -  que é grátis -  os usuários terão a oportunidade de compartilhar suas informações, tais como: se o transporte público que estão usando está lotado ou não, se está atrasado, bem como a lista de opções de linhas de transporte à disposição no ponto desejado.  O objetivo é reportar fatos que influenciam o transporte dos passageiros, como a posição da condução,  os atrasos, entre outras informações.

A alta tecnologia usada pelo aplicativo permite que os usuários fiquem sabendo exatamente quanto tempo as diferentes opções de transporte demorarão a chegar, tendo a oportunidade de ir para o ponto de ônibus no horário certo, ao invés de ficar esperado. Os passageiros também podem usar o aplicativo para planejar sua viagem, combinando ônibus, metrô e trem e navegar para seus destinos, usando o guia que mostra o passo a passo e envia alertas como "desça no próximo ponto". "Os telefones celulares são hoje uma ferramenta de comunicação que permite que as pessoas se ajudem umas às outras com informações de qualidade. Estando conectados, é possível lidar de maneira mais fácil com grandes problemas de tráfego em grandes cidades como São Paulo, onde quase metade do deslocamento diário é feito através dos ônibus”, comenta Nir.

“Juntos, moovit e passageiros podem  ganhar mais tempo e qualidade de vida em seu transporte no dia a dia", explicou.

Um dos pontos importantes levantados recentemente por um estudo conduzido pela ANTP - Associação Nacional de Transporte Público - que teve como objetivo obter um raio X da situação real  do transporte público em São Paulo, é que o segundo maior problema do transporte público em São Paulo é o atraso e o tempo que as pessoas gastam no ponto de ônibus para fazer suas conexões. Apenas 18% dos pesquisados acham que o transporte público é bom.

De acordo com o IBGE, 13% da população do Sudeste leva mais de duas horas para ir de casa para o trabalho, e vice-versa, e 19% informam que gastam mais de quatro horas por dia por conta do trânsito.
Como usar

moovit é interativo e fácil de usar. Assim que você inicia o aplicativo em seu smartphone, ele mostra arredores do local onde você está, incluindo todas as estações de transporte público ao seu redor, incluindo outros usuários moovit. Se você clicar em uma das bandeirinhas que mostram os pontos de ônibus, metrô ou trem abre-se um pop up mostrando quais os tipos de transporte e quais linhas atendem a região, seus horários, atualizações em tempo real e onde os veículos estão no mapa. Ao aproximar a imagem, o aplicativo mostrará mais resultados.

O moovit tem também um botão chamado "planejador de viagem" - onde é possível inserir sua origem e seu destino, apertar em "pesquisar" e obter então as melhores opções na tela, ou mais  dependendo da opção que você clica. Você pode customizar o planejador de viagens de acordo com o tipo de deslocamento que deseja - por exemplo: se você prefere andar mais a pé o aplicativo mostrará uma rota com  esta opção e vice-versa.

Ao começar sua viagem, clique no botão "começar viagem" e você irá navegar com o moovit por toda sua viagem, se quiser. O aplicativo mostrará como se deslocar no mapa, fornecerá instruções durante sua viagem, atualizará o que está à frente, sugerirá alternativas no caso de atrasos, e também dará alertas, como "desça na próxima estação", etc.

O mais interessante sobre o moovit é que, em paralelo a todas essas ações, você pode contribuir e reportar dados ao sistema durante sua viagem, compartilhando informações como: se o transporte está lotado ou vazio, se a estação possui wi-fi - e até mesmo se o atraso foi ocasionado por um acidente. Ao compartilhar informações, os usuários podem ajudar outros usuários a criar um mapa das condições do transporte público em São Paulo em tempo real. Quanto mais pessoas usarem o moovit, mais precisos serão os dados e mais eficazes serão as informações.

Os dados recebidos dos usuários e as informações sobre o transporte público, acessíveis a todos na região - como horários de ônibus, metrô, etc - são integrados ao aplicativo e, com base em algoritmos sofisticados e dados estatísticos, vão formando um banco de dados que é atualizado 24 horas por dia, 7 dias por semana. 

Recursos do aplicativo


O moovit roda em smartphones com Android e iOs. Ele permite que você:

·         Visualize em um mapa as estações mais próximas e as linhas que as atendem. 

·         Veja todos os horários de todas as linhas disponíveis.

·         Saiba exatamente o horário da chegada de seu transporte, incluindo um mapa com a visualização da chegada de seu ônibus/trem à estação.

·         Veja a melhor rota para chegar ao seu destino com base em suas preferências e o horário da partida/chegada que escolher.

·         Saiba tudo o que está acontecendo na sua rota, ponto a ponto, incluindo a maneira de alcançar seu destino (guia de navegação), receba alertas.

·         Saiba o tempo exato e   estimado de chegada em tempo real, novas opções de rotas de acordo com a situação. 

·         Visualize outros usuários moovit no mapa, compartilhe e receba relatórios.

·         Compartilhe sua viagem e tempo esperado de chegada com seus amigos e familiares.

·          

Quantos mais gente usar, mais preciso ele vai ficar.

Sobre o moovit

O moovit é o primeiro aplicativo de transporte público baseado no compartilhamento de informações com a comunidade. Seu objetivo é melhorar a experiência do transporte público para os usuários. Baseado em informações geradas pela população que usa transporte público, o aplicativo pode fornecer em tempo real, minuto a minuto, novas informações sobre o transporte público, planejar novas alternativas para ir e vir, e oferecer um guia de navegação, para que os outros usuários possam economizar tempo e chegar com segurança aos seus destinos. 

O moovit está em operação em Israel desde 2011, onde se tornou rapidamente o aplicativo de transporte público líder e em franco crescimento, angariando 250.000 usuários em seis meses, sem que tenha sido feito nenhuma ação de marketing. Em outubro de 2012, a empresa lançou o aplicativo em Roma, Madri, Holanda, Nova Iorque, São Francisco, Chicago, Boston e outras cidades norte-americanas. O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o aplicativo e a primeira cidade a testá-lo é São Paulo. A próxima deverá ser o Rio de Janeiro.  

O aplicativo foi desenvolvido em Israel em 2011 por três grandes especialistas em tecnologia, inovação e engenharia de transporte público - Nir Erez, Yaron Evron e Roy Bick. Juntos, eles  financiaram, com recursos próprios, a ideia de um aplicativo que permitisse aos usuários colaborarem de maneira fácil, cobrindo o setor de transporte público em todo o mundo. Nir Erez é um executivo muito conhecido na área de alta tecnologia em Israel. Ele conheceu Yaron durante maratonas das quais ambos participam com regularidade. Yaron conheceu Roy durante seu MBA na Technion, uma das universidades de tecnologia e pesquisa mais prestigiadas no mundo, localizada em Haifa, Israel. Após o aplicativo entrar em operação, a empresa atraiu a atenção de outros investidores.

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