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Prefeitura de Fortaleza reorganiza circulação de vias e itinerário dos ônibus no bairro Bela Vista

terça-feira, 14 de junho de 2016

O bairro Bela Vista (Regional III) conta com novo ordenamento de circulação em algumas vias, como parte das intervenções em andamento para a implantação de três binários que irão conectar a região ao bairro Jóquei Clube. Com isso, as linhas 243 - Parque Universitário/Antônio Bezerra, 304 - Bela Vista/Lagoa, 310 - Campus Universitário/Pan Americano, 394 - Parque Universitários/Lagoa I, 396 - Parque Universitários/Lagoa II devem modificar seus itinerários a partir desta sexta-feira e sábado (11/06).

Com a mudança, a Rua Rio Grande do Sul vai operar no sentido único norte-sul, e a Rua Estado do Rio de Janeiro funcionará no sentido sul-norte. O trecho que compreende as mudanças nestas vias é entre as avenidas Sen. Fernandes Távora e Eng. Humberto Monte.

A Rua Pernambuco passará a operar no sentido leste-oeste e a Rua Alagoas no sentido oeste-leste. O trecho contemplado pelas mudanças fica entre a Avenida José Bastos e a Rua Estado do Rio de Janeiro.

Também no sentido leste-oeste funcionarão as avenidas Carneiro de Mendonça, Padre Sá Leitão e Franco Matos. Já a Avenida Monsenhor Hipólito e a Rua Diamantina vão operar no sentido oeste-leste, sendo que o trecho compreendido por essas intervenções fica entre a Rua Cel. Matos Dourado (Perimetral) e a Avenida José Bastos.

Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) permanecem no local para orientar a população e dar reforço durante a execução dos trabalhos.

Linhas de ônibus
A linha 243 - Parque Universitário/Antônio Bezerra, quando estiver no sentido de ida, passa a circular pela Rua Espírito Santo e, no sentido de volta, pega a Rua Alagoas para seguir pela Rua Estado do Rio.

A linha 304 - Bela Vista/Lagoa e a linha 394 - Parque Universitários/Lagoa I, no sentido de ida, passam a trafegar pela Rua Guanabara, já no sentido de volta, pegam a Rua Professor Edgar Arruda, Rua George Rocha, retornando para a Carneiro de Mendonça e a Rua Estado do Rio.

Já a linha 310 – Campus Universitário/Pan Americano deixa de passar pela Rua Estado do Rio e segue o seguinte itinerário: Rua Minas Gerais, Rua dos Estados, Rua Santa Catarina, Rua Maranhão, Rua Guanabara para voltar ao itinerário original.

A linha 396 – Parque Universitários/Lagoa II, no sentido de ida, deixa de trafegar pela Rua do Estado do Rio, seguindo pela Rua Guanabara, em direção à Avenida Carneiro de Mendonça. Já no sentido de volta, a linha 396 segue o seguinte itinerário: Avenida Fernandes Távora, Rua Ribeiro Leitão, Rua Professor Edgar Arruda, Rua Pe. Sá Leitão, Rua Renato Viana, segue em direção à Rua George Rocha.

As linhas 047 – Corujão/José Bastos/Centro e 398 – Corujão/José Bastos/Genibaú alteram seus itinerários, seguindo pela Rua Senador Fernandes Távora e Rua George da Rocha.

A linha 303 – Igreja São Raimundo deixa de trafegar pela Rua Rio Grande do Sul e segue a Viriato Ribeiro, em direção à Rua Major Pedro Sampaio, Rua José Façanha e segue o itinerário vigente.

A linha 308 – Demócrito Rocha também deixa de trafegar pela Rua Rio Grande do Sul e segue pela Avenida Américo Barreira, Rua Minas Gerais, Avenida Carneiro de Mendonça, Rua Paulo Frontin, Rua Santa Catarina e Rua Ceará.

Binários Jóquei Clube / Bela Vista
A região concentra um fluxo intenso de pedestres, motoristas e ciclistas, tendo polos geradores variados, como escolas, universidades, hospitais, shoppings, comércio, serviços e equipamentos de gestão pública. Para se ter uma ideia, 40 linhas de transporte público passam por ali diariamente, interligando diretamente os nove terminais e transportando cerca de 146 mil passageiros. As vias com mais fluxo são as avenidas Carneiro de Mendonça e Lineu Machado, além das ruas Rio Grande do Sul e Estado do Rio de Janeiro.

Na região, serão implantados três binários compreendidos pelas seguintes vias:
- Rua Rio Grande do Sul / Rua Estado do Rio de Janeiro (entre as avenidas Sen. Fernandes Távora e Eng. Humberto Monte)
- Av. Carneiro de Mendonça / Rua Monsenhor Hipólito Brasil / Rua Diamantina (entre a Rua Cel. Matos Dourado (Perimetral) e a Avenida José Bastos)
- Rua Pernambuco / Rua Alagoas (entre a Avenida José Bastos e a Rua Estado do Rio de Janeiro)

O projeto que vai reorganizar a dinâmica do trânsito na região é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), por meio do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (PAITT), em parceria com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e Regionais III e IV.

No momento, a região está recebendo os serviços de recapeamento asfáltico, sinalização horizontal e vertical de vias, além de obras de microdrenagem, com mudança de calhas. Também estão sendo feitos os serviços de construção de ilha e novas geometrias dotadas com rampas de acessibilidades. Com isso, os veículos poderão utilizar a direta direita livre e consequentemente reduzir seu tempo de espera nos semáforos, como por exemplo no cruzamento das avenidas Carneiro de Mendonça x Lineu Machado e Carneiro de Mendonça x José Bastos.

Estão previstas no projeto dos três binários Jóquei Clube/Bela Vista outras intervenções, como implantação de novos semáforos, travessias elevadas para pedestres, faixa exclusiva de ônibus e outras melhorias, como nova pavimentação, sinalização, iluminação e limpeza.

Infraestrutura cicloviária
A Rua Rio Grande do Sul passa por intervenções para a implantação de uma ciclofaixa bidirecional, ligando a ciclovia da Av. Humberto Monte à Av. Senador Fernandes Távora. As avenidas Caneiro de Mendonça, Padre Sá Leitão e Franco Matos também estão sendo contempladas com ciclofaixa bidirecional iniciando na Av. José Bastos até a Av. Cel. Matos Dourado. A ciclovia existente na Av. Cel. Matos Dourado também está sendo estendida para fazer a ligação com a nova infraestrutura cicloviária que virá da Av. Carneiro de Mendonça.

Informações: ETUFOR
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MegaBRT da Neobus foi testado em corredor do Rio de Janeiro e será usado na Via Transoeste

segunda-feira, 14 de março de 2011

O MegaBRT, articulado da gaúcha Neobus, apresentado ofi cialmente na Fetransrio, em novembro passado, impressionou. Ainda hoje continua despertando atenção e suscitando comentários pelos seus atributos. Para começar, ele tem jeito de veículo leve sobre trilhos, mas não é um VLT. Tem a forma de trem de alta velocidade, mas não é um TAV. Conceitualmente, é uma maneira inovadora da indústria de ônibus, gestores públicos, operadores do sistema e usuários enxergarem o futuro do transporte urbano de passageiros no Brasil, na medida em que o veículo embute um conjunto de atrativos capaz de convencer o mais exigente dos executivos a deixar o carro em casa para ir e voltar do trabalho. Precisa dizer mais?
“É o trem-bala do Brasil”; “É trem-bala sobre rodas”, “Inovador”; “Pioneiro”;
“Saiu na frente”. Estas foram as reações ouvidas pela equipe da Neobus na Fetransrio. “Em 30 anos de atuação nesse ramo, sinceramente, nunca vi algo tão diferenciado e impactante numa feira como esse carro”, afirma o presidente da empresa, Edson Toniello, suspeito de primeira grandeza para falar da criação, mas sem disfarçar o entusiasmo pelos elogios recebidos
“Parece o GVT da França” encantou-se o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, após conhecer o MegaBRT que será usado na Via Transoeste, o primeiro BRT (Bus Rapid Transit) da cidade, que vai ligar a Barra da Tijuca a Campo Grande, numa distância de 56 km, passando pelo Túnel da Grota Funda, gerando economia de uma hora no tempo de viagem. A apresentação aconteceu no local onde ocorre a abertura do Túnel da Grota Funda, uma das etapas mais importantes da implantação do Transoeste. As obras desse corredor fazem parte do pacote viário que prepara a cidade para a Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016.
Na voz de quem concebeu o MegaBRT, o designer Leônidas Fleith, ele é um legítimo puro-sangue que nasceu para impressionar. A inspiração arquitetônica veio dos trens de alta velocidade. “Mas desde o princípio a preocupação foi oferecer um plus para o usuário se sentir atraído, que fosse bonito esteticamente e convidativo, ou seja, que fizesse parte do seu diaa-dia. O resultado é um veículo atraente, com uma coluna dianteira de perfil inclinado, teto em ângulo descendente, na cor negra, além da amplitude e altura interna. Ele transmite dinamismo, alegria e fluidez. “Quebra um pouco aquela ideia de carro robusto”, resume Fleith.
O projeto do MegaBRT tem signifi cado especial para a Neobus. Funcionará como uma espécie de divisor de água para a empresa ao assumir posição na linha pesada. Até pouco tempo atrás ela era conhecida no mercado pelos seus micro-ônibus. “Meia dúzia de anos de trabalho e o pessoal dizia:
‘Ela faz uns bons micro-ônibus’. Sim, fabricamos bons micros, mas também bons articulados, bons urbanos, bons BRTs, e quem sabe, bons rodoviários no futuro”, diz em tom de desabafo. Ou seria desafio? Remexendo a história, Toniello lembra que os primeiros produtos da Neobus foram modelos articulados para Porto Alegre.
Quem viu de perto o MegaBRT reconhece que o segmento de urbanos de passageiros
atingiu um novo status. “Ele vira uma página no transporte coletivo”, exaltao presidente da Neobus, Edson Toniello, ressaltando que o upgrade rompe décadas de uma linha convencional. “A nossa proposta foi criar uma imagem moderna para que os passageiros, e a própria população, enxergassem o transporte público diferente. E despertar o poder público para fazer a parte dele, por exemplo, descongestionando os corredores para que o tráfego flua melhor”, complementa. Tem razão: a população não suporta mais perder duas horas para ir e duas horas para voltar do trabalho.
O MegaBRT encaixa-se como alternativa nos planos de municípios com perfil populacional acima de 500 mil habitantes – na ponta do lápis são cerca de 40 cidades em todo o país – que estudam construir VLTs ou metrôs como soluções para equacionar problemas de mobilidade. Além de ser escolhido para a Transoeste, no Rio de Janeiro, o articulado da Neobus é alternativa para projetos BRT em outras cidades e capitais que optaram por soluções rápidas, simples e baratas. A sorte parece favorecer os mais preparados: depois de uma peregrinação em diversos locais para mostrar o novo veículo, a empresa engata conversas que devem resultar em negócios num futuro próximo.
Antecipando-se ao mercado, parte da fábrica está sendo preparada com investimentos na linha de montagem e no treinamento de pessoal. Isso ocorre paralelamente ao recebimento de chassi para montagem dos primeiros MegaBRT. “A grande preocupação é a tarifa, mas temos que encontrar o equilíbrio entre a tarifa e volume de passageiros transportados. Nosso desejo não é aumentar tarifa. É transportar mais passageiros. E mais passageiros significa otimizar o transporte”, destaca o empresário.
Quando pensou criar o projeto, quatro anos atrás, Toniello repassou à equipe de engenheiros e de designer os parâmetros que buscava, priorizando, fundamentalmente, o caráter inovador. Teria que ser um projeto que saísse do formato tradicional, do senso comum. O objetivo era demonstrar à comunidade, fabricantes de chassis, que o ônibus evoluiu em termos de design, tecnologia, eletrônica embarcada e motorização. Provar que os encarroçadores têm capacidade de ofertar produtos diferenciados, fugindo do padrão “do preço baixo porque não tem tarifa” que balizou o mercado nos últimos anos.
Se pensar um pouco, o empresário tomou a decisão de dar largada ao projeto um ano antes de a Fifa oficializar o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em outubro de 2007, e três anos antes de o País receber a informação para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Na verdade, a Neobus antecipou-se à renovação das concessões. “Os empresários não podem esperar por 2012 ou por 2014 para comprar. Precisa dele hoje”, diz Toniello.
A Neobus encerra 2010 com aumento de 25% na produção – com 3.925 unidades, segundo os números divulgados pela Fabus – e de 40% em receita. Para Toniello, o próximo ano será de muita produção. A empresa cortou as férias coletivas da virada de ano e reiniciou as atividades no dia 2 de janeiro. “2011 será um ano de muita renovação de frota. Muitas cidades já renovaram as concessões. Temos que estar atentos a isso. A partir de 2012 e 2013 começam outros eventos, como a troca da motorização para Euro 5. Algumas capitais e alguns empresários já estruturados devem antecipar as compras. Ou seja, 2011 será de muito trabalho na indústria de ônibus”, assinala.
Os próximos urbanos convencionais vão seguir essa linha de design? “Esta linha de design destina-se principalmente a corredores, canaletas, piso baixo. Na linha convencional o motor dianteiro continua seguindo alguns padrões”, observa o executivo”. Mas, a gente vai privilegiar a linha pesada (veículos com 13 e 15 metros). Fazer com que o setor público veja diferente o fluxo de passageiros. Acho que de certa forma provocamos a mudança”.

EM SINTONIA COM O MUNDO
No exterior, os especialistas descobriram que há um fascínio das pessoas pelo sistema ferroviário, maior que o rodoviário. Eles pensam: trilhos salvarão as cidades. As pessoas atribuem esse valor em parte ao design dos veículos, particularmente, os VLT. Nas versões modernas eles possuem janelas enormes, layout diferente dos ônibus. A tendência é o ônibus ir se aproximando do veículo sobre trilhos em termos de design.
Quem diz isso é o diretor nacional do Centro de Transporte Sustentável (CTS Brasil), Luiz Antonio Lindau, especialista em mobilidade urbana, que costuma cutucar ouvintes com questionamentos incisivos, do tipo: “Queremos mover gente ou veículos?” Depois de ver fotos do MegaBRT Lindau foi taxativo: “Os ônibus mais modernos no mundo estão migrando para este tipo de ônibus que a Neobus está fazendo. Janelas amplas, iluminação interna interessante, layout moderno, wireless, no fundo tem espaço para bicicletas. É ótimo. Está no que a gente espera. É o caminho que está sendo feito em outros lugares”.
Para ele, o projeto da Neobus é atrativo para tirar carros das ruas e atrair as pessoas para dentro dos ônibus. “A grande vantagem desse veículo é que ele rompe um pouco com aquele conceito de um BRT ser um ônibus. Demonstra que é, sim, um veículo de alta capacidade, um ônibus moderno com outra configuração. O veículo de superfície está assumindo um estágio distinto do ônibus tradicional que a gente conhece. Este é o conceito do BRT”, assinala.
Fã assumido do sistema BRT, Lindau tem dúvidas se os projetos previstos para iniciarem em 2011 conseguirão efetivamente decolar. Sem entrar em detalhes, o especialista da CTS Brasil informa que o sistema é uma solução que pode ser implementado relativamente rápido, mas é claro que todos gostariam de ter BRT de altíssima qualidade. “É bom poder contar com ônibus novos, como este, que estão sendo propostos agora”, comenta.

“Ônibus não é só para pobre”

Está lá no Dicionário Aurélio: Trovão [Do Lat. turbone, “turbilhão”] S.m. 1 Estrondo causado por descarga de eletricidade atmosférica, trovoada; 2 Grande estrondo 3. Coisa ruidosa, ou espantosa.
No mundo real, Edson Toniello, o Trovão, 50 anos de idade, 30 dos quais, mergulhado no universo de ônibus é um sujeito que se impõe não necessariamente pelo tom de voz ampliado, mas pela inquietude e sagacidade. É capaz de manter uma conversa com você usando a metade do cérebro, enquanto que divide a outra em outros pensamentos em estágios avançados, no mínimo, dois passos à frente de você.
Aos 31 anos de idade, Toniello desligou-se da Marcopolo, onde passou nas áreas de Programação e Controle de Produção e depois Logística, Suprimentos e Industrial, para abrir seu próprio negócio, e oito anos depois, em 1999, em plena turbulência do segmento de ônibus, começou a fazer as primeiras unidades. A seguir trechos da entrevista.

Technibus – O veículo urbano ganha novo status?
Toniello – Este é um modelo de ônibus caro, porque possui muita tecnologia, muita eletrônica embarcada, mas com isso estamos valorizando o passageiro. É preciso mudar. Ônibus não é só para pobre. É preciso descolar a imagem de que ônibus é para população carente. Em Londres, pessoas com alto poder aquisitivo usam ônibus.
O que o Brasil precisa é ter estrutura para atrair essa população.

TB – A Neobus foi ousada?
Toniello – Sem dúvida. Nestes dez anos sempre procuramos inovar. Quando criamos o micro-ônibus com espaçamento e altura diferenciados, fomos bem sucedidos. A Neobus se antecipa às necessidades, vê o mercado de modo diferente. É uma empresa que tem inteligência competitiva nos espaços em que ela atua.

TB – Este articulado encaixa-se em cidades como São Paulo e Rio?
Toniello – Nos horários de pico no Rio de Janeiro forma-se uma fila indiana de ônibus. Por que isso? Temos uma competitividade depredadora que não leva a nada. Pelo contrário, enfraquece uns e fortalecem outros e não oferece um bom serviço para a população. Quem perde são é a população.

TB – Transporte é questão política ou cultural?
Toniello – Não há uma forma de as cidades acompanharem toda a infraestrutura necessária para o volume de automóveis que está sendo colocado. Não sou contra o cara ter o carrinho dele, mas ele tem de certa forma ajudar aquele que precisa de ônibus. Prefeito que coloca o transporte público como segunda opção precisa repensar rapidamente. É uma questão cultural, pois mexe com interesses imobiliários e comerciais na operação.

TB – Para a Neobus esse BRT pode ser um divisor de águas?
Toniello – Não tenho dúvida nenhuma. Mostra nossa visão para o futuro. Endossa a preocupação com novas inovações que vão surgir.

TB – Isso vai ser tendência? Os outros irão copiar vocês?
Toniello – Não tenho dúvida nenhuma. A concorrência está se movimentando, mas diria que isso é sadio. É importante que o setor cresça.

TB – A ideia é a Neobus futuramente avançar na direção dos grandes players?
Toniello – A Neobus já está bem posicionada e não só pelo volume de produção, mas pela tecnologia. Não devemos nada a ninguém. Ainda temos alguns produtos a serem lançados, mas em matéria de tecnologia, não deve a nenhum fabricante nacional.

TB – Por que não deu certo em Porto Alegre e Belo Horizonte?
Toniello – O BRT, por usar um veículo de alto valor agregado, mas que por alguns momentos a demanda de passageiros não tinha o volume sufi ciente, começou a se visto mais como alternativa. Paralelamente, com desemprego em alta no passado as vans e picapes tomaram conta, e isso ajudou a desestruturar o sistema. Agora se pensa em um rearranjo.

TB – Uma reconstrução?
Toniello – Uma reconstrução. Ao mesmo tempo em que termina a estrutura desordenada de vans criam-se cooperativas, com os próprios operadores.

DE OLHO NA SUSTENTABILIDADE
A principal estratégia da Neobus é sensibilizar o poder público, de todos os níveis, em investir em infraestrutura, oferecendo condições para que o trabalhador vá e volte para casa no menor tempo possível. A busca é pelo sincronismo de ações entre a estrutura de operação e poder concedente e de operadores. Edson Toniello entende que o Brasil precisa avançar mais na criação de mecanismos que evitem que haja tantas interferências partidárias, políticas ou de técnicos que pertencem a determinadas instituições.
“Quando o sujeito dentro do seu carro ver o corredor de ônibus fluindo rápido e ele ali, parado, numa fila, no meio da poluição e congestionamento, ele vai falar: “Peraí um pouquinho”, comenta Toniello, apostando que o País vai amadurecer no médio prazo, defi nindo o seu material rodante, estrutura viária, sustentabilidade desse processo e permitindo que o trabalhador assalariado gaste somente 10% do seu salário em transporte.
O empresário cita como exemplo a cidade de Porto Alegre que tem um caso de sucesso a partir do momento que passou a se organizar em consórcios – Zonas Sul e Norte, Leste e Oeste. “Esse modelo trouxe outro padrão para o transporte”, conta ele. Curitiba também é citada: “A troca de governo sempre priorizou a melhoria contínua do sistema. É o piso baixo, a porta elevada, a porta que abre mais rápido, é a estação mais bonita, é o jardim do lago. Enfi m, cria-se uma estrutura de lazer que encanta”, diz.
Já para quem usa o automóvel, que não precisa tanto de ônibus, o empresário é da opinião que ele precisa pagar tarifa mensal para ajudar a pagar a passagem do trabalhador mais necessitado. Não adianta dizer que o IPVA de uma BMW é 10 e de um Fusca é 1. O fato é que precisamos de medidas de restrição ao uso de carro, e isso acontece quando doer no bolso, reconhecendo que não é fácil administrar todos os interesses em jogo no tabuleiro.




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No Rio, Integração ônibus-trem com o Bilhete Único gera uma economia importante no bolso da população

terça-feira, 17 de maio de 2011


O Bilhete Único Carioca (BUC) entrou em uma nova fase no último sábado. Agora, com o BUC, o passageiro paga R$ 3,70 para usar as linhas de ônibus municipais em conjunto com os trens urbanos (em estações situadas no município). Só no fim de semana de estreia já foram realizadas 19 mil integrações.  A exemplo do que ocorre nas viagens integradas ônibus-ônibus, a integração com o trem pode ser feita num intervalo de duas horas na passagem entre os validadores.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, testou o sistema na manhã desta segunda-feira, primeiro dia útil da nova integração. Por volta das 9h, ele embarcou num trem do ramal Saracuruna, no terminal da Central do Brasil, e desemabarcou na estação de São Cristóvão, onde entrou num ônibus da linha 260 (São Cristóvão-Leblon). No primeiro validador, foi descontada em seu cartão a tarifa de R$ 2,80 e a diferença de R$ 0,90 foi debitada no validador do ônibus.
"A integração física entre as linhas de ônibus e os trens da Supervia já existia. A vantagem da adesão ao BUC é proporcionar  a integração tarifária, uma economia importante no bolso da população", destacou o secretário.
A novidade faz o transporte pesar menos no bolso do usuário que economiza R$ 1,60 em viagem que reúna ônibus e trem, ou R$ 3,20 se fizer duas integrações diárias. Por semana, o valor já chega à R$ 16,00, por mês, a R$ 64, e por ano, a R$ 760, o que representa um efetivo programa de transferência de renda. Quem já possui o BUC, o Bilhete Único Intermunicipal ou qualquer outro bilhete eletrônico da Riocard não precisa fazer qualquer tipo de cadastro. O benefício já ficou disponível para estes passageiros no primeiro dia de operação.
Sem subsídios por parte da Prefeitura, o BUC é a principal inovação da licitação do sistema de transporte de passageiros por ônibus que estabeleceu um novo marco jurídico com os concessionários de transporte púbico no município. No lugar de 47 empresas que ofereciam o serviço, o edital definiu quatro redes de transporte regionais a serem operadas por quatro consórcios. O BUC favorece a população que vive em bairros mais distantes e que necessita de viagens integradas no seu dia-a-dia e estimula uma profunda transformação no padrão das viagens realizadas no município pois aumenta as opções dos usuários em seus deslocamentos. 
Em resumo, o BUC é um incentivo à mobilidade de quem vive ou trabalha no município do Rio de Janeiro.


O que se pode comprar com a economia do BUC na integração ônibus-trem:
Um dia ou R$ 3,20 - Um suco ou refrigerante.
Uma semana ou R$ 16,00 - Um ingresso de cinema.
Um mês ou R$ 64 - Assinatura de internet ou TV a cabo.
Um ano ou R$ 760 - Um celular smartphone.

Locais de cadastramento do BUC:
Rio de Janeiro
·  Barra da Tijuca (Terminal Rodoviário Alvorada) - Avenida das Américas, s/nºSegunda a sexta de 8h às 18h
·  Shopping Bangu - Rua Fonseca, 240 - 2° piso (Rio Poupa Tempo)Segunda a sexta de 8h às 18h e sábado de 9h às 13h
·  Botafogo - Rua D. Mariana, 48 - térreo (Sec.Munic.Transporte)Segunda a sexta de 9h às 16h
·  Campo Grande - Rua Dom Pedrito, nº 1 - (Regional Administrativa de Campo Grande)Segunda a sexta de 9h às 16h
·  Carioca (Rio Poupa Tempo) - Rua da Ajuda, 5 - CentroSegunda a sexta de 8h às 17:30h
·  Central do Brasil - Rua Cristiano Otoni, s/nº - (quiosque)Segunda a sexta de 8h às 18h
·  Irajá - Av. Monsenhor Felix, 512 (Regional Administrativa/Prefeitura)Segunda a sexta de 8h às 18h
·  Madureira (Terminal Rodoviário) - Praça Armando Cruz, s/nºSegunda a sexta de 8h às 18h
·  Santa Cruz - Rua Fernanda, 155 (Regional Administrativa/Prefeitura)Segunda a sexta de 8h às 17h



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Mais da metade dos ônibus do Rio tem falha no monitoramento por GPS

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Menos da metade dos veículos que circulam por dia no Rio enviam informações corretas por GPS, aponta levantamento exclusivo feito pelo Núcleo de Dados do Jornalismo da Globo. A falta de dados, obrigatórios por contrato, afeta diretamente a fiscalização, que depende das informações incompletas e prestadas pelas próprias empresas que detêm o direito de explorar o transporte.

O governo municipal deveria poder acompanhar em tempo real se os veículos fazem o trajeto correto, se obedecem aos limites de velocidade, entre outras informações. Na prática, porém, não há controle eletrônico efetivo, e a prefeitura consegue monitorar diretamente só 46% dos ônibus por GPS - sigla usada para especificar sistema que indica posicionamento geográfico via satélite.

Durante um mês, foram coletados 150 milhões de registros de GPS dos coletivos cariocas e cruzados com dados de bilhetagem e números de passageiros. Além dos problemas na fiscalização, o levantamento identificou falhas no serviço e quanto realmente ganham as empresas do setor. São questões que mostraremos ao longo de uma semana na série 'Fora do Ponto', que abre a caixa-preta do transporte coletivo do Rio de Janeiro.

Oficialmente, há 8.640 coletivos servindo às linhas da cidade, mas apenas 8.014 transmitem dados de GPS para o sistema de fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes. Há, portanto, 626 ônibus "invisíveis", que podem estar sem GPS, com o aparelho quebrado ou simplesmente não estar mais em funcionamento.

O número de ônibus que realmente serve à população é menor, de acordo como levantamento. Em média, por dia, apenas 7.339 veículos estão ativos - enviam dados de GPS, uma diferença de 1,3 mil em relação à frota oficial. Desses, 377 ficam parados o dia todo, na garagem ou em manutenção, e 3.584 não informam se estão circulando em uma linha ou se estão fora de serviço, em treinamento ou atuando em outras linhas fora da cidade.

Sem fiscalização
Desde 2010, quatro consórcios dividem as 636 linhas da cidade, vencedores de uma licitação feita pela Prefeitura do Rio:

Internorte
Intersul
Santa Cruz
Transcarioca

A responsabilidade pelo fornecimento dos dados de GPS é das integrantes dos consórcios, integrantes do sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus). As informações entregues às autoridades, no entanto, não são suficientes para que os veículos sejam monitorados corretamente.

As empresas de ônibus afirmam que, por causa da crise, não há como manter pessoal para atualizar os equipamentos de GPS manualmente.

30 linhas invisíveis
Os dados mostram que há 30 linhas "invisíveis". Ou seja, que deveriam estar em funcionamento, segundo a Prefeitura, mas não aparecem no GPS. Dessas, 12 são de empresas que faliram nos últimos anos e não foram assumidas pelo consórcio, como previsto no contrato.

A equipe de reportagem procurou, em diferentes regiões da cidade, ônibus que atendem cinco das linhas restantes para verificar se era uma falha no GPS ou se realmente não estavam rodando.

Fora do Ponto: Prefeitura do Rio não sabe quantos ônibus rodam na cidade
Em três casos, a linha já tinha sido extinta apesar de constar nos dados da Federação das Empresas de Transporte do RJ (Fetranspor) e no aplicativo oficial de acompanhamento de linhas, o Vá de Ônibus, indicado pela própria Prefeitura do Rio.

Em outros dois, os ônibus circulavam, mas em intervalos irregulares e apresentavam má conservação, além de falta de ar-condicionado.

A linha 5701 consta na lista oficial fornecida pela Secretaria Municipal de Transportes e também no site da Fetranspor e deveria fazer o trajeto Madureira - Jardim Oceânico. No entanto, não há sinal dessa linha no GPS e passageiros desconhecem o coletivo.

De acordo com pessoas ouvidas pelo G1, há anos existia a linha 701 que fazia esse itinerário, mas saiu de circulação após a criação do BRT até a Barra da Tijuca. Os usuários argumentam que eles têm apenas a opção do BRT para fazer esse percurso.

A moradora de Honório Gurgel Vivan de Lima, de 35 anos, sai todos os dias da estação Jardim Oceânico para Madureira. Ela afirmou que faz o trajeto há pelo menos um ano e não conhece outra forma de transporte a não ser BRT.

"Para Madureira só tem o BRT. Não existe esse transporte 701, já existiu e não tem mais. O único meio de transporte para Madureira é só o BRT. Faço o trajeto todo dia, há um ano faço esse itinerário", disse.

"Fora do ponto": mais da metade dos ônibus do Rio tem falha no monitoramento por GPS
No Rio Comprido, Centro do Rio, o G1 apurou que a linha 134 está em circulação apesar de não aparecer nos dados do GPS. No entanto, alguns usuários reclamaram da situação em que os ônibus se encontram.

"O 134 é uma das linhas que pego para o Largo do Machado, mas é complicado porque ele demora muito para passar e a gente tem que escolher um outro ônibus. (...) Quando você pega, não tem ar-condicionado, nem sempre está em boas condições e demora uns 50 minutos. E tem outra coisa, nunca vi passar esse ônibus durante a noite. Até 18h ok, mas depois disso não", disse o estudante Luiz Fernando Ferreira, de 25 anos.

O que dizem as empresas
Em nota, a Rio Ônibus afirma que algumas empresas faziam a atualização das linhas nos aparelhos de GPS manualmente, mas, por causa da crise, não há como manter pessoal para configurar os equipamentos.

Também culpam a falta de sinal em algumas regiões pelas falhas na transmissão dos dados. Afirmam ainda que a queda na receita e a "concorrência desleal" das vans levou ao fechamento de empresas e à retirada de veículos de circulação.

Garantem, no entanto, que, mesmo sem a informação do GPS, conseguem identificar as linhas de acordo com o trajeto feito pelos ônibus usando um sistema próprio.

Segundo a Rio Ônibus, esse sistema é colocado à disposição da prefeitura, mas não é compartilhado com o público. "Em uma pesquisa realizada nesta sexta-feira (26), por exemplo, constatamos que cerca de 90% dos dados enviados estavam com linhas vinculadas.", afirmam.

Em nota, as empresas ressaltam que podem circular com apenas 80% da frota e que são responsáveis apenas pelos sinais de GPS das linhas regulares. O GPS do BRT é controlado pela própria Secretaria Municipal de Transportes.

"Os consórcios disponibilizam para a SMTR uma ferramenta online para consulta de dados. Além disso, mantêm o repasse periódico e transparente de relatórios exigidos pela Prefeitura, como resumo diário de operação, relatório mensal de consumo, boletim de mão de obra e financeiro.

O que diz a Prefeitura
Em nota, o secretário Municipal de Transportes , Rubens Teixeira afirmou que está tomando as medidas para reorganizar o sistema de ônibus na cidade.

A Secretaria diz que a fiscalização é permanente e que é "previsto no contrato a fiscalização por meios eletrônicos, além de outros meios". "Ter GPS nos ônibus é obrigação contratual e seu funcionamento está disposto no código disciplinar dos ônibus".

A SMTR informa ainda que, "pelas regras do edital, 20% da frota é destinada a título de reserva técnica operacional do sistema" e que o "percentual se aplica a carros que podem estar em manutenção, na garagem, fora de circulação, entre outros fatores". "Nestes casos, não é possível afirmar se o GPS está quebrado. Pode estar apenas desativado por se encontrar nestas circunstâncias", explica a nota, enviada pela assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, o monitoramento é diário, e os consórcios têm obrigação contratual de repassar dados sobre os veículos e viagens à secretaria. "Não há como afirmar a quantidade de equipamentos quebrados. A informação pode ser verificada com a própria Rio Ônibus", acrescenta o texto.

De acordo com a secretraria, equipes verificam se o GPS está inoperante ou se a linha não está operando. Em caso de constatação de GPS inoperante, a multa aplicada corresponde a 260 Ufir-RJ. Se a linha estiver inoperante, a multa aplicada é de 520 Ufir-RJ. "A SMTR tem feito operações direcionadas de campo confrontando dados de GPS com dados identificados na rua para verificar a precisão dos dados". A secretaria não informou o número de multas aplicadas em linhas com GPS ou linha inoperantes.

Segundo sos dados, a Secretaria Municipal de Transportes aplicou 2.719 multas aos consórcios em 2017 por operar linhas abaixo da frota determinada.

A SMTR informou que não autorizou a retirada das linhas 404, 739 e 828 de circulação e que a fiscalização constatou que as linhas estavam inoperantes. "O consórcio responsável pela mesma já foi notificado e autuado diversas vezes. Diante da reicindência com relação a irregularidade, está em andamento processo de multa contratual."

Ou seja, a fiscalização municipal só consegue monitorar diretamente 46% da frota. E, mesmo assim, sem muita certeza das informações. A equipe de reportagem encontrou ônibus circulando em linhas diferentes das informadas no GPS, aparelhos que desligam ou ficam sem sinal em diferentes pontos do trajeto e dados confusos ou insuficientes para fazer o monitoramento.

Informações: G1 Rio
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No Rio, Mudanças nas linhas de ônibus trazem dor de cabeça para moradores

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quase três semanas após os protestos contra a redução das linhas de ônibus que interromperam a circulação do BRT na Avenida das Américas, os moradores do Recreio tiveram uma surpresa nem tão animadora: uma das linhas de ônibus que atende o bairro será extinta. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a linha 753, que leva os moradores do Recreio até Cascadura, passando pela Freguesia, foi substituída por uma linha alimentadora, que faz parte do sistema do BRT

Extinta desde o dia 13, a decisão da retirada da linha veio junto com uma série de reclamações por parte dos moradores. Segundo eles, a linha alimentadora não atende a necessidade dos usuários do antigo 753. Elizabeth Santos, professora e moradora da região, fazia uso da linha todos os dias para chegar à escola, onde trabalha. Segundo ela, o tempo que ela fazia no trajeto aumentou cerca de uma hora e que a opção dada não atende as necessidades de quem sai do bairro. “O 753 mudou pra 882A Tanque - Alvorada. Acontece que neste trajeto, ele não passa mais no Recreio. E ficamos mesmo sem nenhuma linha para a Freguesia”.

Segundo a professora, nos primeiros dias da retirada de circulação da linha 753 ela não recebeu qualquer orientação sobre as alternativas. “Houve uma "divulgação" no site da Prefeitura sobre as linhas que eles decidiram extinguir sem consulta à população que a utilizava, mas essa informação não chegou a todo mundo. Nos ônibus, que as pessoas usam como alternativa ao trajeto antigo, as pessoas não param de reclamar. Essa linha alimentadora (882A) não atende ao Recreio. Ela sai do Tanque até a estação Alvorada”.

A sensação descrita pela professora é de que não é deixada nenhuma alternativa à população. A superlotação do BRT é a principal reclamação de quem faz uso do serviço. “Já fiz uso do BRT no horário do rush e a porta não fechava de tanta gente. O BRT não anda de portas abertas, mas essa situação é normal nesse horário”, lamenta Elizabeth.

A professora relatou também que, antes da extinção da linha 753, ela tentou entrar em contato com a Secretaria de Transportes através do serviço de atendimento ao cidadão, o 1746. No entanto, em um mês ela não recebeu qualquer resposta.

Assim como Elizabeth, a professora, Barbara Giacomelli, também moradora do Recreio, descreve a situação como “muito difícil”. “A viagem demora mais. Eu moro próximo à estação Nova Barra, era mais rápido pegar o 753 direto para freguesia do que pegar o BRT parador até alvorada, para sair da estação e pegar outro ônibus”, explica.

Especialistas criticam a falta de comunicação

Especialistas em trânsito e mobilidade de duas das mais importantes universidades públicas do Rio de Janeiro, Eva Vider, professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Alexandre Rojas, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), explicam que o sistema de linhas alimentadoras, saindo de uma linha principal, como é o BRT é pensado para a retirada do excesso de veículos nas vias da cidade. Porém a prefeitura peca na implantação do sistema pela falta de diálogo com os moradores do Rio de Janeiro.

Para Alexandre, a reclamação sobre a retirada das linhas pela população é válida porque um projeto como esse precisa de um período de adaptação e, também, é preciso que a prefeitura faça um estudo sobre essa linha de ônibus junto à população para saber o quanto ela é válida para essas pessoas. “O que dá para perceber é que tem uma falta de diálogo e isso está bem flagrante. Há pouco tempo atrás teve a manifestação que parou o BRT e isso não é de graça, o desejo da população em relação ao ônibus é genuíno e precisa ser ouvido. O ônibus é um serviço publico e ele tem que atender o povo e não a necessidade de uma empresa” aponta Alexandre.

Eva Vider destaca que o sistema “tronco-alimentador” do BRT é usado em outros países e tem dado bons resultados. No entanto, algumas características do sistema não parecem estar sendo respeitadas. Segundo Eva, o BRT depende de uma linha principal com um centro onde deve ser feita a baldeação para outras linhas chamadas de “linhas alimentadoras”, que seria as alternativas para as linhas que estão sendo extintas. “Essa baldeação deve ser feita de forma rápida. A ideia é que tenha a baldeação, mas o tempo de viagem tem que ser menor, se o passageiro leva mais tempo, então alguma coisa não está fechando nesse sistema”, afirma a pesquisadora.

Além disso, a professora argumenta que as linhas alimentadoras têm que ser mais freqüentes e com abrangência geográfica equivalente a das linhas que foram extintas. “A linha alimentadora tem que ter uma alta frequência e tem que ter espaço para a pessoa fazer a viagem. Não adianta jogar as pessoas em uma linha troncal lotada. A oferta tem que ser melhor do que era antes”.

Eva aponta ainda a pouca informação que é passada para a população, que é crucial nessa fase de reformulação da mobilidade da cidade. “A falta de informação é uma das causas dos atrasos do passageiro, porque sem informação adequada não tem planejamento por parte da população. O sistema de informação dos transportes no Rio de Janeiro é muito precário, seja pra quem mora aqui, seja para quem vem de fora. Tem que melhorar muito, ainda mais se a prefeitura quiser causar uma boa impressão nas olimpíadas”, conclui.

Resposta

Questionados sobre a extinção da linha 753, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e o Consórcio do BRT, responderam que a linha foi extinta, conforme o programa de implantação do BRT Transcarioca. Segundo SMTR, as linhas que concorrem com o traçado do BRT serão extintas aos poucos. No caso do 753, foi criada a linha alimentadora 882A Tanque x Alvorada(via Freguesia. "A mudança foi feita seguindo o processo de racionalização do sistema das linhas de ônibus das regiões abrangidas pelo BRT Transcarioca e segue o planejamento definido pelo município", segundo o comunicado da Secretaria.

A assessoria do Consórcio do BRT afirmou que foram feitas divulgações em seu site oficial e em suas redes sociais que "que atingem hoje cerca de 135 mil internautas". Apesar das reclamações dos usuários da linha o consórcio afirmou também que "A informação também foi fartamente divulgada por nossa assessoria de imprensa. O mesmo esforço de divulgação também foi feito pela Secretaria Municipal de Transportes”.

por Fernanda Távora
Informações: Jornal do Brasil

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Manifestantes protestam contra aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro

terça-feira, 21 de maio de 2013

Pacificamente, cerca de 80 pessoas realizaram na tarde desta segunda-feira (20) um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. O grupo se reuniu por volta das 16h30 na estação de metrô Cidade Nova, em frente à sede da Prefeitura e, após acordo com os PMs que estavam acompanhando o ato, seguiram até estação Central do Brasil, ocupando uma faixa da pista da direita da Avenida Presidente Vargas, o que gerou retenções na via. O mesmo protesto já ocorreu nas cidades de Porto Alegre (RS) e Natal (RN).

O aumento das tarifas no Rio, de R$ 2,75 para R$ 3,05, já estava previsto desde o final do ano passado, mas em fevereiro a presidente Dilma Rousseff pediu aos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro para adiar o aumento das tarifas, temendo que a inflação oficial (IPCA) batesse 1% em janeiro e alimentasse as expectativas para o ano.


Em 24 de abril de 2013, porém, o prefeito Eduardo Paes confirmou que o reajuste tarifário das passagens de ônibus está previsto para junho.


Durante o protesto desta segunda-feira (20), os manifestantes gritaram frases de ordem como “A gente paga, mas não deveria, porque transporte não é mercadoria” e “Paes, mas que absurdo, R$ 3,05 nas passagens eu me recuso”. Para o organizador do ato, Fabrício Silva, a prefeitura poderia aumentar a concorrência entre as empresas de ônibus.

“Uma maior concorrência aumenta a qualidade do serviço prestado pelas empresas. Sou contra o transporte público privatizado, mas como isso seria impossível, uma primeira atitude da prefeitura poderia ser realizar uma licitação que possa dividir entre mais empresas o transporte. Um terço dessas empresas estão na mão de quatro empresários, que são os mesmo que ajudaram a financiar a campanha eleitoral do Paes”, opinou Fabrício.

O manifestante também criticou a diferença entre a qualidade dos ônibus que circulam na zona Sul em relação a outros bairros da cidade.

“Na zona Sul os ônibus são bem equipados, com qualidade, mas se você for para Bangu, por exemplo, não há o mesmo padrão. Se existe um bom transporte na zonal Sul, por que não existe em outros pontos da cidade? Por que aumentar a passagem na cidade inteira, se na zona Sul já tem ônibus de qualidade? A linha 382, que vai da Carioca a Piabas, é sucateada, falta cadeira, tem mijo e fezes; já a linha 583 (Cosme Velho – Leblon) tem ar-condicionado e até parece que você está fora do Brasil”, comparou Fabrício.

Outro manifestante, o cientista social Pedro Paulo Cruz, ao comentar a qualidade do serviço, disse que “não houve nenhuma mudança significativa que justificasse o aumento (das passagens)”. Ele afirma que as empresas, além de explorar seus funcionários, não têm qualidade no serviço. "A solução seria mudar a concepção de transporte de massa", propôs.

“O poder público trabalha o transporte de massa em cima dos ônibus, mas o modelo ideal seria optar pelos transportes de trilho”, opinou Cruz.

por Caio Lima
Informações: Jornal do Brasil
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Conheça o Sistema BRS que o Recife planeja copiar do RJ

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O sistema Bus Rapid Service (BRS) que a Prefeitura do Recife quer implantar na cidade tem obtido bons resultados no Rio de Janeiro, cidade que o criou. Entre os cariocas, a redução do tempo de viagem chegou a 30%. Em algumas áreas, como em Copacabana, na Zona Sul, alcança 50%. Atualmente, o Rio conta com seis sistemas de BRS, que são faixas exclusivas para ônibus implantadas nas principais vias e monitoradas por câmeras para não serem invadidas pelos automóveis.

O BRS é um sistema caracterizado por um corredor expresso com faixa preferencial para ônibus, além de sinalização vertical e horizontal, comunicação com os usuários e, principalmente, fiscalização com a utilização de câmeras. Não são corredores segregados do tráfego normal, como acontece nos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit). Há, na verdade, uma decisão política de abrir espaço para o transporte público diante do carro, sem grandes intervenções físicas. Apenas com uma sinalização e fiscalização eletrônica. É uma prioridade simbólica. Não há um obstáculo impedindo o automóvel de circular na faixa preferencial do ônibus. Os veículos particulares podem entrar apenas para fazer conversões à direita. Se permanecerem na faixa preferencial são multados.

O BRS também exige um reordenamento do sistema, principalmente sob o aspecto da otimização e racionalização do serviço de transporte por ônibus. Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), todas as empresas que operam nos BRS do Centro e da Zona Sul tiveram que reduzir a quantidade de ônibus, sem comprometer a oferta do serviço. Houve reduções entre 10% e 20% na frota. Mas o maior ganho foi o aumento da velocidade operacional dos coletivos, que passou de 13 km/h para 24 km/h.

SAIBA MAIS

O sistema começou a funcionar em  fevereiro de 2011 e conseguiu reduzir em 25% a frota necessária para realização das viagens no percurso. A redução foi compensada pelo aumento da velocidade comercial dos ônibus, que passou de 13 km/h para 24 km/h. Isso permitiu uma redução do tempo de viagem em 40% e um aumento de 30% na quantidade de passageiros transportados por viagem.

Em agosto de 2011 o sistema chegou aos bairros do Leblon e Ipanema. Todas as quatro vias passaram a ter uma faixa exclusiva destinada aos ônibus no período das 6h às 21h durante os dias úteis. A frota operante foi reduzida em 10,6% e os tempos de viagens foram reduzidos. Houve também uma redução da quantidade de linhas de um total de 55 para 50, sem prejuízo do atendimento aos usuários.

O início da operação do corredor exclusivo entre as Avenidas Antônio Carlos e Primeiro de Março aconteceu em dezembro de 2011. As duas faixas existentes nas avenidas foram dedicadas aos ônibus entre 6h e 21h nos dias úteis, e das 6h às 14h aos sábados. O tempo de viagem foi reduzido em 30%. O sistema também permitiu reduzir em 15% a frota necessária para a realização dos deslocamentos.

O BRS da Avenida Rio Branco também entrou em operação em dezembro de 2011. Foram dedicadas duas faixas ao transporte coletivo, no período das 6h às 21h nos dias úteis e das 6h às 14h aos sábados. O corredor exclusivo possibilitou a redução de 45% da frota que trafegava pela avenida, reduzindo também o tempo de viagem em 30%.

A faixa exclusiva na pista central da Avenida Presidente Vargas foi uma etapa complementar ao sistema BRS já instalado nas pistas laterais da via. Com a implantação da prioridade em duas faixas por sentido a partir de março de 2012, obteve-se a redução de 20% da frota de ônibus e em 30% o tempo de viagem.

BRS Presidente Vargas – Pista Lateral
A Avenida Presidente Vargas é o principal corredor de tráfego no centro da cidade do Rio de Janeiro. A faixa exclusiva para ônibus na pista lateral teve início em abril de 2012. As faixas são exclusivas entre 6h e 21h durante os dias úteis.

Postado por Roberta Soares | De Olho no Trânsito

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Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

domingo, 25 de fevereiro de 2024

A Prefeitura do Rio inaugurou, nesta sexta-feira (23/2), o Terminal Intermodal Gentileza. A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito Eduardo Paes. O terminal, considerado o maior integrador de transporte público da capital carioca, conecta os serviços do mais novo corredor de BRT (da sigla em inglês, Bus Rapid Transit) da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais.

– Nós precisamos construir as coisas que o povo necessita, e com certa urgência, porque o povo não pode ficar dependendo de transporte que leva 2h30 para chegar ao trabalho. O que vocês estão recebendo hoje é uma entrega de uma Prefeitura que tem compromisso com o Rio de Janeiro. Quando eu venho inaugurar um terminal com o nome de Gentileza, a gente pode dizer que, finalmente no Rio de Janeiro, o amor venceu o ódio. Que vocês possam desfrutar desse terminal de múltiplos meios de transporte para que possam chegar mais cedo em casa – afirmou o presidente Lula.

O Terminal Gentileza integra três modais: o novo BRT Transbrasil, as linhas 1 e 4 do VLT e 14 linhas de ônibus municipais regulares. A Linha 1 do VLT, que parte do Aeroporto Santos Dumont, foi expandida e chegará ao terminal. Em março, entra em operação a Linha 4, que leva passageiros do terminal até a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. Governo Federal e Prefeitura do Rio foram parceiros na implementação do VLT, com investimento de R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.

– Hoje é um dia tão emocionante para a nossa cidade e todos os cariocas. O que estamos fazendo aqui é inaugurar o coração do transporte do Rio. Neste terminal, todos os modais de transporte vão se encontrar. E vão se encontrar para mudar a vida das pessoas. Imagina uma pessoa que trabalha no mínimo oito horas por dia e tem que passar quatro, cinco horas no transporte público. Agora as pessoas vão poder levar uma vida com mais dignidade a partir deste espaço. Os escritos de José Datrino, o Profeta Gentileza, que dá nome a esse terminal, e que estão espalhados pelas pilastras do viaduto aqui em frente, agora estão por todo esse terminal. A sua mensagem é tão simples quanto profunda e vital: gentileza gera gentileza. Cuidem um dos outros e sejam gentis com o próximo. Cuidem da cidade de vocês, precisamos combater o vandalismo, o ódio e a barbárie. Nada disso aqui é meu ou da Prefeitura, é de vocês. O que inauguramos aqui hoje não é só um terminal, mas uma lembrança constante dessa mensagem essencial, ser gentil é ser cidadão, lembrar que onde houver gentileza, haverá sempre um gesto que surpreende e que o amor se esconde nas coisas pequenas. E só assim vamos construir uma cidade melhor e um país melhor – disse o prefeito Eduardo Paes.

A estimativa do terminal é atender cerca de 150 mil pessoas por dia. As obras do Terminal Gentileza foram feitas em uma área de 77 mil metros quadrados que a gestão municipal comprou da Caixa por R$ 40,8 milhões. O investimento na construção foi próximo de R$ 300 milhões pela Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro, sendo R$ 257,8 milhões financiados pelo Banco do Brasil para a reestruturação do sistema do BRT.

O Terminal Gentileza possui dois andares. O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). O terminal é totalmente acessível. São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

INTERMODAL – O início da primeira fase de implantação do BRT Transbrasil e a operação do Terminal Gentileza têm início no sábado (24/2), na primeira etapa de operação, com o trajeto entre Penha e Gentileza, no horário restrito das 12h às 14h.

O custo total da obra no corredor foi de cerca de R$ 2 bilhões. O Governo Federal, no âmbito do programa Pró-Transportes, do Ministério das Cidades, financiou R$ 1,1 bilhão com recursos do FGTS, por meio da Caixa. Outros R$ 97 milhões foram destinados à obra pelo BNDES. O investimento da Prefeitura do Rio alcançou os R$ 838 milhões.

– Atrás de todos esses números, o que vale é dar para as pessoas qualidade de vida. Em vez de o povo ficar preso no trânsito dentro de um ônibus, as pessoas têm de estar em casa, com suas famílias, têm que fazer o que querem em vez de ficarem presas no trânsito. Nós vamos continuar trabalhando para fazer a vida do Rio de Janeiro melhorar – declarou o ministro das Cidades, Jader Filho.

O novo corredor expresso BRT Transbrasil, na Avenida Brasil, é composto por 18 estações e dois terminais, conectando Deodoro, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, na Região Portuária, próximo à Rodoviária do Rio.

REDUÇÃO NO DESLOCAMENTO – O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. Com o início da operação do corredor Transbrasil, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento.

No Transbrasil haverá conexão com linhas de ônibus municipais, VLT (Terminal Gentileza), Transolímpica (Terminal Deodoro) e Transcarioca (Penha e Fundão). As intervenções ao longo do BRT contemplam, ainda, a construção de 18 passarelas.

A partir deste sábado, também haverá uma linha executiva para o GIG, todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos de 20 minutos. Os ônibus terão bagageiro, e uma sala de espera ficará à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza.

Somando os quatro corredores (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil), serão 139 estações, 16 terminais e quase 150 km, interligando Zona Oeste, região da Barra da Tijuca, Zona Norte e Centro.

NOVOS ÔNIBUS – Os investimentos para a compra de novos ônibus foram feitos por meio de operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 1,2 bilhão, e com a Caixa (R$ 645,9 milhões). Foram comprados cerca de 700 ônibus, e os recursos ainda foram aplicados na requalificação do corredor Transoeste e na construção de terminais e garagens públicas.

PROFETA GENTILEZA – O nome e o projeto do terminal fazem referência a José Datrino, o Profeta Gentileza. Ele ficou conhecido pelas inscrições que eternizou nas colunas dos viadutos do Gasômetro e da Perimetral. A mais famosa delas é a frase “Gentileza gera Gentileza”, que compõe a identidade visual do Terminal Gentileza.

O terminal faz parte do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Durante a obra, o terminal recebeu as estruturas metálicas que foram reaproveitadas do Centro Internacional de Transmissão construído no Parque Olímpico. O local recebeu mais de dez mil profissionais de imprensa que trabalharam no prédio onde funcionavam estúdios e eram geradas as imagens das transmissões oficiais.

ARTE URBANA – A Transbrasil também ganhou o maior corredor de arte urbana da América Latina. O Cores da Brasil reuniu a inspiração, a criatividade e técnicas diferenciadas de mais de 13 artistas. Artes sob forma de pintura colorem terminais, estações e passarelas do BRT Transbrasil. Além disso, 35 viadutos e mais de 300 pilares de sustentação também receberam artes urbanas. Foram utilizados mais de 30 mil litros de tinta e mais de 10 mil latas de spray.

LUZ MARAVILHA – A Rioluz realizou intervenção na área do novo terminal  e no entorno. No Gasômetro, foram instaladas 55 luminárias de LED, previstas no programa Luz Maravilha de modernização da iluminação pública da cidade. No entorno do terminal foram modernizadas 78 luminárias e 35 novos postes.

OPERAÇÃO – TRANSBRASIL E TERMINAL INTERMODAL GENTILEZA

Na fase 1: Transbrasil começará a operar entre Penha e Terminal Gentileza e terá linha executiva para o Aeroporto do Galeão

A fase inicial (1) da operação da Transbrasil, que começa neste sábado (24/2) e se estende até 30 de março, terá os ônibus articulados circulando no trecho entre o bairro da Penha e o Terminal Gentileza no horário das 12h às 14h, com intervalos de 10 minutos entre as viagens e tempo de percurso de 20 minutos. O preço da passagem (R$ 4,30) será o mesmo cobrado em todos os modais municipais.

Os ônibus saem da Penha, fazem paradas nas estações Ibiapina, Olaria, C. de Moraes e Santa Luzia, antes de entrarem na Transbrasil e seguirem direto, sem paradas, até o Terminal Gentileza.

Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), uma linha expressa de ônibus executivos Terminal Gentileza x Galeão, sem paradas nas estações, entrará em operação todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de viagem é estimado em 16 minutos. Os ônibus terão bagageiros e uma sala de espera à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza. O valor da tarifa será de R$ 15, e a passagem poderá ser paga com Jaé ou Riocard.

Na fase 2: Transbrasil terá operação entre Deodoro e Terminal Gentileza, e início da calha segregada do BRT

A partir de 30 de março, o BRT Transbrasil começará a operar de Deodoro ao Terminal Gentileza, com horário mais ampliado, das 10h às 15h. Também nesta data será iniciada a operação da calha segregada do BRT. Isso significa que a faixa da esquerda da seletiva, exclusiva para BRTs, será limitada por segregadores. Já a faixa da direita da seletiva poderá ser usada por ônibus, veículos de serviço e táxis. Elas serão limitadas com pintura, e funcionarão todos os dias da semana.

Nos trechos junto às estações, para garantir segurança na ultrapassagem dos BRTs expressos, a faixa seletiva será segregada com tachões. Em trechos de calha singela, apenas ônibus e BRTs serão permitidos.

Mais conexões, mais facilidade para transitar no Rio

O início da operação da Transbrasil e a abertura do Terminal Gentileza ampliam o leque de conexões viárias possíveis aos passageiros cariocas. Dentro do Terminal Gentileza, os usuários do novo corredor poderão se conectar a 14 linhas de ônibus municipais, sendo cinco delas já no sábado (24/2) e outras cinco a partir de 16 de março. (Informações sobre as linhas abaixo).

Também a partir de sábado (24/2), será possível ainda acessar uma linha de VLT dentro do Terminal Gentileza, alcançando pontos importantes do Centro do Rio, como o Aeroporto Santos Dumont, a Avenida Rio Branco, a Praça Mauá ou a Orla Conde.

Linhas de ônibus municipais

Das 14 linhas de ônibus municipais previstas para operar dentro do Terminal Intermodal Gentileza, inicialmente, cinco linhas municipais que tinham como destino o entorno da rodoviária já estarão operando no local neste sábado (24/2). São elas:

– Linha 104 (São Conrado – Terminal Gentileza)
– Linha 133 (Largo do Machado – Terminal Gentileza)
– Linha 301 (Terminal Gentileza – Barra da Tijuca)
– Linha 302 (Terminal Gentileza – Terminal Alvorada)
– Linha 353 (Praça Seca – Terminal Gentileza)

A partir de 16 de março, outras cinco linhas municipais passam a operar no Terminal Gentileza. São elas:

– Linha 108 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 110 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah)
– Linha 112 (Terminal Gentileza – Alto da Gávea)
– Linha 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)
– Linha SV 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro)

Os pontos de ônibus dessas linhas nas ruas Comandante Garcia Pires e General Luís Mendes de Moraes e na Praça Marechal Hermes serão desativados.

VLT terá linhas ligando o TIG ao Santos Dumont e às barcas

O VLT Carioca amplia a operação da sua linha 1, que passa a circular entre o Terminal Intermodal Gentileza e o Santos Dumont, a partir do próximo sábado (24/2). O traçado Terminal Gentileza x Santos Dumont pode ser feito pelos passageiros em cerca de 30 minutos. O horário de funcionamento está mantido: das 6h à meia-noite.

Até o dia 30 de março, está prevista a inauguração da linha 4 (Praça XV x Terminal Intermodal Gentileza) do VLT para atender o Terminal Gentileza. O novo trajeto terá duração de 29 minutos.

O novo sistema de bilhetagem digital, o Jaé, começa a funcionar no VLT a partir deste sábado (24/2). O VLT passa a ser o segundo modal a aceitar o Jaé. Desde julho do ano passado, o BRT já aceitava o cartão.

Restrições à circulação de caminhões na Avenida Brasil

A partir de 16 de março, serão implantadas restrições à circulação de caminhões em trechos da Avenida Brasil, para evitar retenções em alguns trechos e faixas de horário.

– Pista Central em ambos os sentidos, entre Irajá e Caju
Dias e horários: todos os dias, das 4h às 22h

– Pista Lateral sentido Centro, entre Irajá e Caju
Dias e horários: dias úteis, das 5h às 9h

– Pista Lateral sentido Santa Cruz, entre Caju e Ramos
Dias e horários: dias úteis, das 16h às 20h

Sinalização específica será implantada em todos os acessos aos trechos onde haverá restrição, indicando os dias e horários proibidos. A fiscalização do cumprimento da nova regra será efetuada por meio de equipamentos eletrônicos ao longo dos trechos, bem como por agentes da Guarda Municipal.

Informações: Prefeitura do Rio

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