![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3mFMZ-SriupU3LMaDVOTM-WEoj0TWmjt0zw0O_qXxO65u41Qz67z5afipVrl9EyNr-dkkkEp_fhuCQZMRkuOKOY5w39utTL3Y0ymMkPptGb-lng4v5_h2bBc5c2MMjD6fOpp0w4M8Hqy3/s320-rw/13.jpg)
Um grupo de jovens ambientalista criou há uma semana o blog VIA MANGUE NÃO, um espaço para divulgar pensamentos, opiniões e dados reais contra o projeto. O blog luta contra o tempo, já que a Prefeitura do Recife está para começar a construção da primeira etapa do sistema viário, ou seja, a via na prática. Mesmo assim, o grupo não desiste e convida a população a deixar comentários, a interagir com o blog para demonstrar a insatisfação com o futuro corredor.
O biólogo recém-formado, Lúcio Flausino, lembra que a Via Mangue é totalmente voltada para o automóvel e, no lugar de resolver os problemas do trânsito, vai estimular mais pessoas a comprarem mais carros. Pondera que custará quase o dobro do Corredor Norte-Sul, linha expressa de ônibus proposta para ser implantada ligando o Norte ao Sul do Grande Recife, sem dar vez ao transporte de massa. “No lugar de investir quase R$ 500 milhões numa via expressa, só para carros, era mais interessante gastar na construção do corredor de ônibus. Até porque, o que precisamos é convencer as pessoas a deixarem seus carros em casa e isso só é possível com um transporte público de qualidade”, discursa o biólogo. Pela proposta apresentada ao governador Eduardo Campos, o Corredor Norte-Sul custará R$ 300 milhões, sendo que R$ 100 milhões seriam investimento em ônibus, assumido pelos empresários. O VIA MANGUE NÃO foi criado também pelos ambientalistas Paulo Lima, Davi Pires e Guilherme Carvalho. No blog, há textos de entidades contrárias ao projeto, questionamentos feitos por um grupo de estudantes do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e matérias relacionadas ao tema. “Queríamos um canal para expressar a opinião das pessoas que discordam da construção do futuro corredor. Gente preocupada com a mobilidade urbana, de forma sustentável”, diz Lúcio Flausino. Dêem uma olhada e tirem suas conclusões.