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TEVX Higer firma parceria com a líder mundial em baterias para veículos elétricos

quarta-feira, 14 de junho de 2023

A chegada dessa nova era de ônibus elétricos promete não só revolucionar o transporte brasileiro de passageiros, como também incorporar o que há de mais avançado em tecnologia para a mobilidade urbana.

A TEVX Motors Group, que no Brasil representa a Higer Bus - maior fabricante de ônibus elétricos do mundo, consolida sua posição na vanguarda do mercado e assina um contrato com a CATL , fabricante líder do segmento de baterias. Isso significa prestar serviços de garantia e dispor de estoque de peças de reposição para todos os veículos da marca TEVX Higer no país.

“A CATL já fornece baterias para quase 90% dos ônibus elétricos da China incluindo os mais de 60 mil ônibus elétricos da Higer que circulam por 138 países, uma parceria que contribui para o sucesso da operação e aqui não será diferente”, explica Alexandre Colonese, diretor comercial da TEVX: “no Brasil, nossos ônibus são os mais modernos em termos de tecnologia e, agora, têm garantido também o que há de mais avançado no mundo em quesito de baterias, que é simplesmente o coração do transporte elétrico” enaltece o empresário.

Líder de mercado mundial com 32% de Market share, a CATL é fornecedora global de bateria elétrica para as principais marcas que apostam no e-transporte, lista que inclui Toyota, Mercedes, Jaguar, Land Rover, Grupo BMW e PSA, além da própria Higer Bus.

O acordo garante baterias de última geração para os produtos TEVX Higer, que rodarão no País, além do fornecimento de novas tecnologias que surjam no futuro.

Com mais este acordo, a TEVX Motors Group estabelece um mais elevado padrão de excelência em termos de garantia e suprimento de peças para eletromibilidade urbana, que abrange todos os componentes do veículo.

É importante que governos e operadores de serviços de transporte urbano conheçam as estruturas oferecidas pelos fabricantes de ônibus, incluindo oferta de componentes, assistência técnica eficaz em todas as regiões, além da capacitação de mão de obra local, visando à transferência de tecnologia para o mercado nacional.

“Esse é mais um sinal claro ao mercado a seriedade com que o TEVX Motor Group atua. Nos responsabilizamos integralmente pelo nosso produto, cada componente é testado, aprovado, tendo por trás uma grande marca responsável por prestar a assistência técnica. Entregamos um bem para transportar pessoas com segurança, conforto e confiabilidade”, detalha Colonese. 

A Higer já anunciou uma fábrica no Brasil para 2024 mas, ainda neste ano, iniciará a operação de sua base técnica em São Paulo,  local onde fará atendimento a veículos elétricos e formará profissionais para a manutenção desse tipo de tecnologia no Brasil.

Sobre TEVX HIGER – A operação no mercado brasileiro da HIGER BUS – líder mundial na fabricação de ônibus elétricos – está sob a responsabilidade do TEVX Motors Group (voltado para a oferta de soluções de transporte limpo, com atuação na importação dos ônibus, na prestação de serviços de pós-venda e a oferta de peças de reposição).

Com uma receita anual de US$ 5,5 bilhões e capacidade para produzir anualmente 35 mil ônibus, a HIGER BUS exporta cerca de 30% da sua produção para dezenas de países. E em sua planta chinesa há uma linha de produção dedicada ao Azure A12BR .

Informações: TEVX Higer
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Setor de Transporte Público considera incentivos do Governo uma sinalização positiva mas insuficiente, diz NTU

domingo, 11 de junho de 2023

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) avalia que o programa de incentivos à indústria automobilística, anunciado na segunda-feira (5) pelo Governo Federal, traz um avanço importante ao incluir benefícios fiscais para a renovação da frota de ônibus e é um primeiro passo no sentido da recuperação do setor, mas ainda insuficiente para superar a crise causada pelos impactos da pandemia.

A destinação de R$ 300 milhões para a renovação da frota de ônibus, conforme anunciado, é uma sinalização positiva em relação à redução da idade média da frota nacional, que está envelhecida e apresenta, atualmente, a mais alta média da série histórica medida pela NTU. Mas os critérios adotados pelo programa precisam ser ajustados à realidade do setor: a adoção da idade acima de 20 anos para a troca dos ônibus com desconto não se aplica, na prática, às empresas operadoras brasileiras, cuja frota tem, em média, oito anos, chegando ao máximo de 13 anos em algumas cidades pesquisadas. A NTU estima que, para a redução da média de idade da frota para cinco anos, seria necessário substituir 31,2 mil ônibus em todo o país, a um custo de R$ 23,3 bilhões.

Além do ajuste nos critérios, a NTU alerta que são necessárias também outras políticas específicas e mais apoio por parte do Governo Federal para a efetiva superação da crise estrutural do serviço, intensificada pela pandemia: a covid-19 causou uma perda financeira de R$ 36,2 bilhões para o setor de transporte público por ônibus urbano, entre março de 2020 e fevereiro de 2023; levou à redução de 90 mil empregos diretos no setor (do início da pandemia até janeiro deste ano) e à interrupção da prestação de serviço por 55 operadoras/consórcios operacionais até maio de 2022. No mesmo período, ainda foram registradas 397 paralisações em 108 sistemas de transportes coletivos no país.

Além disso, ainda não houve a plena recuperação do número de passageiros transportados; no mais recente levantamento realizado pela NTU, a média atual da demanda é de 82,8% dos níveis pré-pandemia, o que dificulta a recuperação pelo lado da oferta.

O setor de transporte público por ônibus urbano defende ainda a continuidade das discussões sobre reformas estruturais, no âmbito do Legislativo e do Executivo, relacionadas ao novo marco legal para o transporte público, que incluem um novo modelo de financiamento e custeio do setor, essenciais para a recuperação da demanda e melhoria da qualidade desse serviço, em benefício de toda a sociedade.

Informações: NTU
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Goiânia terá transporte gratuito em ônibus elétricos para Campus Party

sexta-feira, 26 de maio de 2023

As secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Geral de Governo (SGG), vão disponibilizar transporte gratuito para a Campus Party 2023 com ônibus elétricos. O maior evento de tecnologia do mundo será realizado de 7 a 11 de junho, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia.

Um dos temas centrais da terceira edição da Campus Party Goiás é a mobilidade urbana. Por isso, a escolha dos ônibus elétricos para fazer a locomoção dos passageiros entre o Terminal Bíblia e o Passeio das Águas Shopping.

ÔNIBUS ELÉTRICOS
Este será o primeiro teste desta tecnologia com a circulação de passageiros. A previsão é de que os ônibus elétricos sejam implementados em Goiás, começando pelo Eixo Anhanguera.

Segundo o secretário Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, o Estado quer transformar a Região Metropolitana de Goiânia em referência nacional de transporte urbano.

“Nós estamos dando um passo a mais ao fazer aquilo que chamamos de mobilidade como serviço. Estamos assumindo o desafio de integrar todos os modais de mobilidade, garantindo que o cidadão consiga se locomover da maneira mais eficiente possível”, diz.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, a terceira edição da Campus Party deixará sua contribuição para a mobilidade urbana.
“Todas as edições da Campus Party deixam um legado para Goiás. Eu tenho certeza de que um dos legados desta terceira edição será o avanço em mobilidade urbana, não só pelo teste inédito dos ônibus elétricos, mas também pela discussão sobre outras tecnologias de mobilidade”.

TRAJETO E HORÁRIOS
Os ônibus elétricos sairão do Terminal Bíblia, passarão pela Praça Universitária, Praça Cívica, Terminal Paulo Garcia, até chegar ao Passeio das Águas Shopping, e voltarão pelo mesmo trajeto. Serão 14 viagens de ida e volta, por dia.

As saídas do Terminal Bíblia estão previstas para 9h, 9h35, 10h10, 10h45, 11h20, 13h, 13h35, 14h10, 14h45, 15h20, 20h, 20h40, 21h20 e 22h.

Os retornos, saindo do Passeio das Águas Shopping, estão previstos para 9h35, 10h10, 10h45, 11h20, 11h55, 13h35, 14h10, 14h45, 15h20, 15h55, 20h35, 21h15, 21h55 e 22h35.

Informações: Governo de Goiás
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Novos modelos de ônibus são utilizados para testes no corredor do BRT em Goiânia

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Dois modelos de ônibus começaram a ser utilizados como testes para operação no BRT Norte-Sul, em Goiânia. O teste é realizado pela HP Transportes, empresa que atua na área sul da região metropolitana, e deve durar 100 dias. O objetivo é verificar qual ônibus tem um melhor desempenho no piso do corredor exclusivo de transportes.

O primeiro veículo tem 14 metros de extensão e capacidade para transportar de 90 a 100 passageiros e foi lançado pela fabricante em 2021. Nesta terça-feira (09), o modelo fez a rota da linha 006, que vai do terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, até o recém-inaugurado Terminal Paulo Garcia, no Centro de Goiânia.

O segundo modelo foi lançado em 2019 e tem uma capacidade maior de passageiros podendo carregar até 115 pessoas. Questionado se o BRT entra em funcionamento antes dos 100 dias de teste, o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, garantiu que se inicia ainda no segundo semestre. Pelo menos um terminal e 10 estações da linha ainda não estão concluídos.
O presidente também explicou o porquê do planejamento de existir seis linhas operando no BRT. Não será possível percorrer os quase 30 quilômetros em um único ônibus. “A gente sabe do volume, o direcionamento das pessoas dentro de um corredor desse tamanho. A gente sabe, por exemplo, que pessoas da região sul vão até o Terminal Isidória, no máximo na rodoviária. Ela não quer ir, dentro do seu interesse de viagem, do Setor Sul para o Recanto do Bosque. Uma linha como essa não tem nenhum sentido de fazer um sobe e desce e, por isso, as seis linhas foram pensadas exatamente por isso. A gente faz uma avaliação e a gente sabe que planejamento do transporte coletivo é necessário se adaptar”, disse Tarcísio Abreu.
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Ao todo, 62 ônibus vão rodar no corredor exclusivo. A previsão da CMTC é que o passageiro reduza o tempo de viagem em até 40%.

Informações: CBN
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Reforma tributária poderá impactar custos do setor de transporte público por ônibus em até 20%

sábado, 15 de abril de 2023

Em audiência pública para ouvir o setor de transportes e de serviços, realizada esta semana, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) reforçou a importância do transporte público coletivo urbano no país, definido pela Constituição Federal como direito social e serviço público de caráter essencial. Na ocasião, a Associação defendeu tratamento tributário diferenciado para o setor e alertou para o risco de aumento dos custos do serviço. Os atributos do transporte público coletivo urbano também foram realçados pela Associação, ao destacar que o ônibus urbano atende, em média, 40 milhões de viagens diárias e é utilizado, principalmente, pela camada mais necessitada da população brasileira.

O diretor de Gestão da NTU, Marcos Bicalho, informou que, historicamente, o impacto dos tributos no setor era da ordem de 32,3%, incidindo sobre as empresas, a atividade, os veículos, insumos veiculares e sobre a folha de pagamentos. A partir de 2013 o setor experimentou uma desoneração muito significativa na sua carga tributária, em função das manifestações sociais contra o reajuste das tarifas do transporte público.

Além disso, ele apresentou estudo realizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), considerando cinco cidades brasileiras, para mostrar que o impacto da atual reforma tributária sobre o transporte público urbano recairá sobre as empresas prestadoras do serviço. O peso seria entre 18,25% e 20,52%, conforme revelou na apresentação.

O diretor explicou que o estudo levou em conta a alíquota de 25%, divulgada pela mídia como possível alíquota única da PEC 45/2019, em discussão pelo GT da reforma tributária. "O resultado desse estudo é muito impactante, porque ele mostra que para as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, o peso final recai sobre o concessionário do serviço e pode ser de até 20,52% nessas cidades", destacou e acrescentou que a folha de pagamentos contribui com até 12% desse total. Marcos Bicalho também fez questão de explicar que o levantamento feito pela ANTP, a pedido da NTU, teve como base a avaliação de planilhas de custos oficiais adotadas pelas cidades pesquisadas.

Ele ainda fez uma avaliação do quanto a desoneração tributária tem sido relevante para o setor, que desde 1999 já era beneficiado com o valor zerado do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para aquisição dos veículos. Citou ainda, desonerações ocorridas em outros impostos do setor, como as do PIS/COFINS, ISS e do ICMS sobre o diesel, combustível utilizado por praticamente toda a frota brasileira de ônibus coletivo urbano, estimada em 107 mil veículos.

Diesel

O risco de aumento nos custos dos combustíveis, com a atual proposta de reforma tributária, foi outra preocupação do setor de transportes, bastante comentada pelas entidades que representam outros modais. No caso da NTU, ainda durante a exposição, Bicalho esclareceu que o gasto com mão de obra (pessoal) hoje, é o grande custo do setor (44%) e que o segundo recai sobre os combustíveis e lubrificantes (33%). "São dois grandes custos do setor e aí reside nosso receio de sermos impactados por essa reforma, de uma forma bastante negativa", frisou.

Marcos Bicalho também lembrou que o setor tem consciência de que é um repassador de custos, referindo-se aos passageiros, que seriam diretamente afetados com aumentos de tarifas. "Agradeço a oportunidade de estar debatendo com esse Grupo de Trabalho que assim como nós, também se preocupa com o consumidor, especialmente no nosso caso, em que a maior parte daqueles que utilizam o coletivo urbano é constituída pelo passageiro de baixa renda", afirmou.

A mesma apreensão foi trazida por Alessandra Brandão, consultora tributária da CNT (Confederação Nacional do Transporte). "A tributação do setor de transportes é baseada no consumo", alertou e citou como exemplo o ônibus coletivo urbano. Informou que a CNT é favorável à qualquer reforma que crie um ambiente de negócios, mas destacou que qualquer aumento no valor dos produtos comercializados pelo setor, como os combustíveis, por exemplo, será repassado ao quem utiliza os serviços. "Se a tributação do transporte público aumenta, o preço das passagens vai subir e o mesmo acontecerá, caso haja aumento no valor do frete", alertou e entregou ao GT um documento com 10 pilares que a CNT aponta como fundamentais para a reforma tributária do setor de transportes.

Quanto ao setor de transportes, o relator da atual proposta de reforma tributária, deputado Aguinaldo Riberito (PP-PB), minimizou a preocupação com o aumento de tributação e eventual repasse de custos aos consumidores. "Vivi o período de desoneração de folhas de pagamentos e nosso desafio é construirmos juntos um sistema tributário que seja justo", informou e assegurou que tudo que foi exposto pelos representantes dos setores de transporte e de serviços será levado em consideração e prometeu apresentar um novo texto contendo as principais observações levantadas na audiência.

Na mesma linha, o deputado Jonas Donizette (PSB-SP), integrante do GT da reforma tributária, ex-prefeito de Campinas e também ex-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), afirmou que tem total conhecimento da situação do setor de transporte público. "Não tenham dúvidas de que nós sabemos da importância do setor de transportes. Vamos fazer contas para que não haja aumento da carga tributária e para que o consumidor não pague a conta dessa reforma", assegurou.

Também participaram da audiência representantes do setor de serviços, como Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS); Fernando Garcia de Freitas, assessor CNS; Letícia Pimentel, representante da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear); Fábio Barros, vice-presidente da Azul Linhas Aéreas; Tácio Lacerda Gama, presidente do Instituto de Aplicação do Tributo, especialista em direito tributarista e outros convidados.

Informações: NTU
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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Novo terminal em Goiânia inicia operação com 19 linhas de ônibus

Foi inaugurado nesta terça-feira (11/4), um novo terminal em Goiânia, que leva o nome do ex-prefeito da capital Paulo Garcia, que faleceu em 2017. O local inicia operação recebendo 19 linhas de ônibus.

O governador Ronaldo Caiado esteve presente no evento de inauguração, juntamente com o ministro das Cidades, Jader Filho; o vice-governador, Daniel Vilela, e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

Durante o evento, Caiado falou sobre os programas lançados para os usuários do transporte coletivo, como Bilhete Único, que permite até cinco viagens de ônibus com o pagamento de apenas uma tarifa; Passe Livre do Trabalhador, que conta com até oito viagens por dia; e Cartão Família, que abrange até seis integrantes do mesmo núcleo familiar ao custo de uma única passagem aos finais de semana.

Novo Terminal em Goiânia
O Terminal Paulo Garcia está localizado na Avenida Goiás, situado entre a Estação Goiânia e o Araguaia Shopping.
Com capacidade para atender até 12 mil usuários por dia, o terminal abrigará ônibus de 19 linhas, marcando o início da operação de transporte coletivo de passageiros entre o novo espaço e o Terminal Isidória.

A plataforma recebeu o nome do ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que foi o gestor responsável pelo lançamento das obras do BRT na capital e faleceu em 2017.

De acordo com a prefeitura, o Terminal Paulo Garcia é uma das intervenções necessárias para a conclusão do Trecho II do BRT Norte-Sul, que conecta os terminais Recanto do Bosque e Isidória, e tem previsão de entrega para junho.

Em coletiva de imprensa, o ministro afirmou que iniciou um diálogo junto ao governador de Goiás e ao prefeito de Goiânia para falar sobre os investimentos na área de mobilidade no território goiano.

Sobre o projeto do BRT no Entorno do Distrito Federal, o ministro sinalizou disposição “para, de fato, fazer com que a obra saia do papel. É uma obra importante não só para Goiás, mas para o Distrito Federal”. “Trago a mensagem do presidente Lula: vamos fazer parcerias em diversos ambientes”, ressaltou.

A obra do BRT teve início em 2015, com previsão de conclusão em 20 meses, mas já se arrasta por cerca de oito anos. O prefeito Rogério Cruz afirmou que a entrega da obra é um compromisso de gestão. “Isso para que possamos dar condições ao cidadão de fazer o uso do transporte público.”.

Informações: Dia Online
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Setor de ônibus coletivo urbano acumula prejuízo de R$36 bi e tem desafio de atrair novos passageiros

quarta-feira, 12 de abril de 2023

A pandemia de covid-19 causou uma perda financeira estimada em R$ 36 bilhões para o setor de transporte público por ônibus urbano, acumulado entre março de 2020 e fevereiro de 2023. Além do prejuízo irrecuperável, nos últimos três anos, o setor de transporte coletivo urbano por ônibus ainda sente outros reflexos negativos da pandemia. Segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), além do prejuízo financeiro, houve também a redução de 90 mil empregos diretos no setor -- do início da pandemia até janeiro deste ano. Outro impacto foi a interrupção da prestação de serviço por 55 operadoras/consórcios operacionais, no período. Ainda foram registradas 397 paralisações, em 108 sistemas de transportes coletivos por ônibus.

Além do quadro alarmante, a recuperação do número de passageiros transportados no pós-pandemia foi apenas parcial. De acordo com estudos realizados, a demanda atual já atingiu 82,8% dos níveis verificados na pré-pandemia. "Recuperamos cerca de 80% da demanda que tínhamos (antes da pandemia), mas perdemos, definitivamente, uma parcela de clientes para o e-commerce, para o home-office, para os aplicativos e para a carona solidária", esclarece Francisco Christovam, presidente-executivo da NTU. Christovam acrescenta que, ao contrário da expectativa de evolução positiva da demanda, a perda financeira jamais será recuperada. “Não se trata de uma receita diferida, ou seja, de recursos que deixamos de receber, mas que poderemos reaver no futuro. É um dinheiro que nunca mais entrará no caixa das empresas operadoras”, afirma o executivo.

Diante desse cenário, a NTU entende que existem três desafios a serem superados, a curto prazo, pelas empresas: tentar recuperar os passageiros que deixaram o ônibus e optaram por outros modos de deslocamento; não perder mais passageiros e atrair novos clientes. "Estamos cientes de que esse desafio é muito maior agora, porque, depois da pandemia, alguns atributos da viagem sofreram mudanças significativas. Atualmente, os passageiros se tornaram mais exigentes e, para eles, não basta que o serviço tenha regularidade e confiabilidade. Hoje, eles querem também pontualidade, segurança, conforto, menos lotação e melhores condições de espera dos ônibus nas estações de embarque e desembarque”, avalia o presidente.

O relatório da NTU revela ainda outro fenômeno do pós-pandemia, que é a implementação da tarifa zero, especialmente nas cidades de pequeno porte, com população menor do que 50 mil habitantes, que representam 55% dos casos. Hoje, no total, já são 74 cidades que adotam a tarifa zero, no país. Desse total, 67 implementaram tarifa zero em todo o sistema de transporte, durante todos os dias da semana. Em 3 cidades, a tarifa zero abrange todo o sistema, somente em dias específicos da semana; e, nas 4 cidades restantes, a tarifa zero engloba parcialmente o sistema, durante todos os dias da semana.

Marco Legal

Mesmo com forte impacto financeiro, acumulado durante a pandemia, as empresas estão mais otimistas. O levantamento da NTU mostra que, antes da Covid-19, apenas São Paulo e Brasília tinham subsídios expressivos em relação ao custo total de produção dos serviços. Hoje, são 59 sistemas de transporte urbano, com subsídios permanentes, abrangendo 159 cidades.

O estudo também revela que foram implementadas 153 iniciativas de concessão de subsídios pontuais, em 138 sistemas de transportes coletivos urbanos, para garantir a continuidade da oferta de serviço, durante a pandemia. O presidente executivo da NTU informa que, até o momento, 38 sistemas já fazem a diferenciação da tarifa de remuneração, que cobre os custos da prestação do serviço, para a tarifa pública, que é o valor pago pelo passageiro, para realizar a sua viagem. Essa prática já abrange 12 capitais e regiões metropolitanas e outras 26 cidades.

Essa separação de tarifas, já prevista na Lei Federal Nº 12.587/2012, está inserida em duas propostas de criação de um novo marco legal para o transporte público no Brasil. Uma delas tramita no Senado Federal: trata-se do Projeto de Lei nº 3278/2021, apresentado pelo então senador, Antonio Anastasia, que torna obrigatória a separação das tarifas.

A outra proposta foi elaborada pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, órgão do antigo Ministério do Desenvolvimento Regional, atual Ministério das Cidades, e ainda não foi apresentada ao Congresso Nacional. "O marco legal traz uma nova base jurídica que vai reconceituar a relação entre poder público e iniciativa privada", explica o presidente.

Com a perspectiva de aprovação desse novo instrumento de reestruturação do transporte público, com foco nas melhores práticas de prestação de um serviço de qualidade, as empresas alimentam boas expectativas para o setor, ao longo do ano.

Informações: NTU
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Em Goiânia, Bilhete Único já representa 63% das validações dos usuários do transporte coletivo

segunda-feira, 3 de abril de 2023

O usuário do transporte público coletivo de Goiânia e Região Metropolitana tem, há um ano, mais liberdade para trafegar utilizando o transporte público. Lançado pelo prefeito Rogério Cruz em 02 de abril de 2022, o Bilhete Único já representa 63% das validações dos usuários do transporte coletivo. De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), em um ano, foram feitas 112 milhões de validações no transporte coletivo e, deste total, 71 milhões se deram pelo Bilhete Único.

O prefeito Rogério Cruz destaca que “o Bilhete Único foi o pontapé inicial de uma série de produtos e serviços inovadores que são implantados, progressivamente, no transporte público coletivo de Goiânia e toda Região Metropolitana. “Um trabalho em parceria com o governo de Goiás e prefeituras para beneficiar a população, assim como ocorre com o Passe Livre do Trabalhador, o Meia-Tarifa e o Cartão Família”, exemplifica.

A modalidade — prevista no plano de governo do prefeito Rogério Cruz — permite que o usuário escolha o melhor trajeto para chegar ao seu destino, pagando apenas o valor de uma passagem, podendo trocar de ônibus sem necessariamente ter de passar pelos terminais.
O Bilhete Único pode ser usado dentro de um período de 02h30 (150 minutos a contar da primeira validação), sem restrição para trocas de linhas, podendo ser realizadas até quatro integrações gratuitas em qualquer um dos quase sete mil pontos de ônibus da Região Metropolitana de Goiânia.

“Os números mostram que nossos usuários já aprenderam a usar os benefícios do Bilhete Único. Hoje, o cidadão pode subir e descer dos ônibus várias vezes, durante duas horas e meia, em qualquer ponto de ônibus, sem ter que pagar outra passagem e, ainda melhor, sem tem que passar por integração dentro dos terminais. Essa é a liberdade que nossos usuários precisavam”, explica o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu.

Tarcísio ressalta importância de que os usuários façam simulações, pois somente assim descobrirão novas possibilidades de planejar e escolher melhor suas viagens. “Existe o APP SIMRMTC que acompanha em tempo real o deslocamento dos ônibus, disponibilizando várias opções de rotas, criando várias possibilidades e agilizando assim a viagem”, reforça o presidente da CMTC.

Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) – Prefeitura de Goiânia
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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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