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Apenas uma estação do VLT de Cuiabá foi concluída

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Previsto para ser entregue à população em março deste ano, o sistema Veículo Leve Sobre os Trilhos (VLT) apresenta apenas uma das 33 estações de embarque e desembarque de passageiros concluída. 

A obra é a principal do "pacote" de mobilidade urbana anunciado para a Copa do Mundo e foi planejada para desafogar o trânsito das principais avenidas da região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande).

De acordo com o contrato, já deveriam estar prontos 22,5 quilômetros de via permanente, incluindo viadutos, pontes, trincheiras, trilhos, linhas de alimentação elétrica, além de 33 estações e três terminais.

Contudo, apenas uma estação, em frente ao Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi edificada, enquanto outras sete estão em estão em construção pelo Consórcio VLT, responsável pela execução do metrô de superfície que irá operar nas duas cidades.

Já as outras 15 estações previstas para o eixo 1 (Aeroporto-CPA) e as outras 11 do eixo 2 (Centro-Coxipó), sequer saíram do papel. 

Assim como as estações, os três terminais, que preveem a integração do VLT com o transporte coletivo e possibilitará o acesso dos passageiros de ônibus ao modal pagando apenas uma passagem, não tem previsão de quando será executada.

Segundo a projeção realizada pelo Consórcio, a estimativa era de que, em funcionamento, pelo menos, 12 mil passageiros/hora no horário de pico/dia seriam transportados pelo modal, sendo 400 passageiros por veículo. 

No entanto, andar de VLT vai demorar bem mais do que já está. 

A previsão do Consórcio é de que os trilhos grooved instalados ao longo do trajeto do modal chegassem até a região do Porto. 

No entanto, faltam apenas 15 dias e muito a ser feito. Para cumprir o prazo, os operários teriam de deixar  os feriados de fim de ano de lado e acelerar a obra. 

Dos dois tipos de trilhos a serem implantados, apenas os vignole, que totalizam 10 km, estão instalados no pátio de estacionamento, se estendendo ao Centro de Manutenção (CM) e linhas de manobras do VLT.

Repercussão negativa

Uma reportagem exibida pelo telejornal "Bom Dia, Brasil", da Rede Globo, nesta segunda-feira (15), coloca o VLT como um dos modelos de transporte que poderiam reduzir a superlotação do ônibus, mas que não apresentam previsão de conclusão.

Sem metrô ou BRT (Bus Rapid Transport), como as cidades do Rio de Janeiro e Recife, Cuiabá é citada como o cidade em que a execução de obras piora o trânsito. 

Hoje, a população que usa do transporte coletivo precisa de paciência para se deslocar. 

O VLT

A obra foi licitada segundo o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que, em tese, impede alterações no contrato, exceto em casos considerados excepcionais.

O contrato já foi aditado uma vez, quando o prazo de conclusão da obra foi ampliado de 13 de março para 31 de dezembro deste ano. 

Mesmo com atraso na conclusão, o Governo do Estado já pagou, pelo menos, R$ 896 milhões ao Consórcio VLT.

Formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda., o Consórcio VLT deverá receber, até o final da obra, R$ 1,477 bilhão pelo serviço.

Por Karine Miranda
Informações: Midia News
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Em Cuiabá, Consórcio pede novo prazo e aguarda R$ 200 milhões para concluir obra do VLT

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Das 12 obras de arte necessárias para a implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, seis estão prontas, quatro inacabadas, uma apresentou defeito e outra mal começou, isso a 53 dias para findar o prazo do segundo aditivo para a conclusão das obras. Um novo pedido de dilatação de prazo foi apresentado pelo Consórcio VLT - formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda - para a conclusão em 31 de dezembro de 2015, mas ainda não foi oficializado e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Conforme as informações da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) as obras de arte, que incluem os viadutos, trincheiras, pontes nos dois eixos do VLT do CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro correspondem a 41% do total do contrato de R$ 1,477 bilhão e têm o custo aproximado de R$ 606 milhões. Cerca de 50% das obras previstas foram executadas e foram pagos R$ 300 milhões ao Consórcio.

O restante do contrato é referente aos projetos básico, executivo, licenciamentos, vagões, trilhos e a construção das 33 estações do VLT, sistema de comunicação e o Centro de Controle Operacional (CCO).

Do valor total do contrato já foram consumidos R$ 1,034 bilhão, sendo R$ 928 milhões oriundos dos financiamentos realizados para a execução da obra e R$ 105 milhões de desonerações fiscais concedidas pelo governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá.

Entre as obras já executadas estão o Viaduto do Aeroporto Marechal Rondon, Trincheira Zero Quilômetro, Viaduto Cristo Rei, Ponte sobre o Rio Cuiabá, Viaduto Trevo da UFMT e Viaduto da MT-040. Estão inacabadas as Trincheiras Trigo de Loureiro e Luis Felipe, duas pontes no rio Coxipó. O viaduto da Sefaz foi interditado para análise de riscos e o viaduto da Beira Rio mal começou, ficando apenas nas estacas para sustentação.

Para a Secopa, a continuação das obras depende do aval da Assembleia Legislativa autorizando o governo a contrair um novo empréstimo de R$ 200 milhões como forma de contrapartida do Estado. A argumentação é de que a prefeitura de Várzea Grande e a União não deram isenção de imposto. A Secopa nega que se trate de alguma artimanha para conceder aditivo de valor, proibido pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC).

Secretário da Secopa, Maurício Guimarães está em viagem e com o celular desligado. A assessoria de comunicação do Ministério Público Federal (MPF) informou que, por enquanto, a instituição que acompanha a execução de verbas federais na obra não vai se pronunciar sobre o caso.

Informações: Mídia News

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No Recife, TI Tancredo Neves, inaugurado em 2013, recebe críticas constantes dos passageiros

domingo, 2 de novembro de 2014

Os últimos meses de 2014 têm sido de muita expectativa para aqueles que utilizam transporte público na Grande Recife. A inauguração do Terminal Integrado Largo da Paz, no final de setembro, beneficiou cerca de três mil pessoas. Em Joana Bezerra, cerca de 50 mil passageiros também serão beneficiados com a expansão do Terminal Integrado, previsto para ser entregue até o final do mês de outubro – promessa não cumprida – após dois anos de obras.

Segundo o Consórcio Grande Recife, a inauguração de mais quatro terminais integrados na Região Metropolitana do Recife (Prazeres, Abreu e Lima, III Perimetral e IV Perimetral) também está prevista ainda para este ano. 

Os terminais integrados oferecem para os passageiros da RMR a facilidade de poder percorrer longas distâncias (já que estão presentes desde o município de Igarassu até o Cabo de Santo Agostinho) pagando apenas uma passagem. Ainda assim, para a instalação desse sistema, algumas mudanças nos itinerários e até mesmo a extinção de algumas linhas ocorreram, desagradando a alguns passageiros, principalmente no Terminal Integrado Tancredo Neves, inaugurado em 2013, localizado na Zona Sul do Recife. O terminal recebe cerca de 49 mil pessoas diariamente e é alvo de críticas e elogios.

Um dos afetados pela extinção de linhas de ônibus para circulação no TI Tancredo Neves foi o estudante de engenharia de produção, Rafael Velôzo, 20 anos, que mora em Piedade, Zona Sul do Recife, e estuda na UFPE, no bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade. Com a abertura do TI Tancredo Neves, o estudante não tem mais a  opção de pegar o ônibus Candeias/Dois Irmãos e realizar apenas uma viagem no percurso de casa para a faculdade. Antes do terminal, para voltar para casa, o estudante podia pegar o CDU/Shopping (que era a linha que realizava o percurso sem desvios pelo bairro do Ipsep) até Boa Viagem, onde pegava outro ônibus para Piedade. Para ele, o ponto negativo está na lógica dos terminais integrados, que estão sempre lotados e por muitas vezes não respeitam os intervalos estipulados para saída de ônibus. O tempo médio que Rafael leva para chegar à faculdade, quando o trânsito está tranquilo, é de 1h15. Assim como o tempo, o desconforto dentro dos ônibus também aumentou. O ponto positivo do Terminal Integrado, por sua vez, é a economia: antes, o estudante pagava R$ 3,25 numa passagem Vale B ou R$ 4,30 pegando dois ônibus. Hoje, paga o valor único de R$ 2,15, essa economia, por sua vez, não compensa o desconforto. 

A estudante Tamires Coutinho, 20 anos, também aponta os efeitos negativos da criação do TI Tancredo Neves. Ela confessa que não gosta do terminal porque precisa enfrentar muitas filas e confusões diariamente. Segundo a estudante, à noite chega ser ainda pior, já que ela depende da linha Candeias e enfrenta uma fila enorme por conta da demora do ônibus. “Nunca pensei na vida que iria dizer isso, mas sinto muita falta do Candeias/Dois Irmãos. Ao menos eu tinha uma noção de quando ia chegar em casa ou na UFPE. Agora é só na sorte”, confessa a estudante.

Diante de tantas desaprovações, encontramos passageiros que aprovam a situação do terminal: a estudante Linda Cordeiro, de 19 anos, mora no bairro da Imbiribeira e considera o Terminal Integrado como de grande ajuda. Para ela, ficou mais fácil não só chegar à faculdade, na Zona Oeste do Recife, como também de se locomover para o bairro de Boa Viagem e até mesmo para a Zona Norte, quando não tem a opção de pegar o metrô. Para ela, a maior vantagem do Terminal Integrado é a vasta quantidade de coletivos a qual tem acesso.

Questionado sobre a funcionalidade dos Terminais Integrados, que extinguiram algumas linhas de ônibus, o Consórcio Grande Recife, responsável pelos Terminais Integrados da RMR, afirmou que os terminais foram constuídos para proporcionar aos usuários um maior número de deslocamentos, por toda a Região Metropolitana do Recife, pagando apenas uma passagem e ainda com integração ao metrô. 

O professor-doutor do departamento de Engenharia Civil da UFPE, Oswaldo Lima Neto, especialista em Transporte Público, afirma que, dentro do contexto apontado por muitos passageiros do Terminal Integrado Tancredo Neves, o sistema de integração pode não parecer benéfico, pois na realidade ele exige um trasbordo, que acrescenta tempo a viagem. Por conta disto, o transbordo deve ser feito nas melhores condições possíveis, local seguro, limpo, iluminado, onde as filas sejam pequenas e rápidas, e que a linha que se tome tenha um intervalo pequeno que ajude a compensar a perda de tempo do transbordo. "A integração é feita visando racionalizar as linhas do sistema, pois muitas vezes temos linhas saindo de bairros diferentes mas com um mesmo destino, onde a partir de um dado ponto tem o mesmo percurso, levando-as para um terminal e de lá saindo com um ônibus maior (articulado) com intervalos menores pode-se diminuir custos do sistema. Além disso, quando a pessoa chegam nos terminais de integração elas podem escolher qualquer destino na RMR sem pagar outra tarifa, o que não ocorria antes , pois ao ter de pegar outro ônibus teria de pagar outra tarifa", afirma Oswaldo.

Baseado nos números da evolução da frota de automóveis da cidade, o professor afirma que cerca de 350 carros novos são adquiridos diariamente em Recife, onde as ruas, que não tem mais possibilidade de expansão, se tornam cada vez mais congestionadas. Nesses casos, medidas têm que ser tomadas para que o transporte público seja privilegiado. Ele aponta como exemplo uma das medidas tomadas pela prefeitura, nas imediações do TI Tancredo Neves: a instalação de um corredor exclusivo para ônibus na Avenida Mascarenhas de Morais, que tornou a viagem daqueles que saem do terminal para o Centro mais rápida. Para o professor, se as investidas na melhoria do transporte público da cidade não ocorrerem, a situação não melhorará.

Informações: NE 10

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VLT Cuiabá-Várzea Grande realizou primeira movimentação sobre trilhos

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Com a energização da rede aérea de tração do VLT foi possível ativar o trem, que circulou entre o Centro de Manutenções e a Estação Aeroporto, percorrendo uma distância de aproximadamente 1.300 metros 

O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande realizou na manhã de sexta-feira (03) a primeira movimentação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) fora do pátio de estacionamento. A circulação ocorreu através da alimentação energética que passa na rede aérea de tração, instalada na via permanente. A atividade só foi possível após a energização da subestação de energia do modal, instalada no Centro de Manutenções, Administrativo e Operacional (CM/CAO), em Várzea Grande. 

Após a energização da subestação 1, o mesmo foi feito com a rede aérea de tração, cuja estrutura conta com 1.400 metros de extensão, partindo do Centro de Manutenções, Administrativo e Operacional (CM/CAO), passando pelo viaduto ferroviário do Aeroporto, e avenida João Ponce de Arruda, até o entroncamento com a rua Coronel Gonçalo de Figueiredo. A distância percorrida pelo veículo foi de aproximadamente 1.300 metros, entre o pátio de estacionamento no CM e a Estação Aeroporto. 

Com a movimentação, mesmo em curta distância, é possível checar o funcionamento de alguns sistemas, que incluem os elétricos, mecânicos, pneumáticos, de sinalização ferroviária e de telecomunicações do trem. 

O VLT é um novo modal de transporte que está sendo implantado em Várzea Grande e Cuiabá e que trafegará pelas avenidas João Ponce de Arruda e FEB – em Várzea Grande -, seguindo pelas avenidas XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte, Historiador Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Correa da Costa – em Cuiabá, melhorando o sistema de transporte público e levando mais qualidade de vida à população. 

Movimentação do VLT – A rede aérea de tração é de 750 Volts, classificada como de baixa tensão. Com a primeira circulação do VLT, a rede passará a ser energizada constantemente. Por isso, a recomendação para o público em geral é que sejam tomadas todas as precauções habituais envolvendo energia. 

A rede aérea do VLT passa a uma altura mínima de 5,50 metros entre o fio de contato e o solo, ao longo de todo o trajeto do novo transporte coletivo. A altura permitida para circulação de veículos automotores sob a rede aérea de energia do VLT é de 4,50 metros. Placas de sinalização estão sendo implantadas em pontos estratégicos na avenida para orientar a população, principalmente os motoristas. 

O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande recomenda que os procedimentos de segurança sejam rigorosamente cumpridos para evitar incidentes. A instalação do VLT é uma realidade, e vai contribuir com o progresso das duas maiores cidades de Mato Grosso conduzindo para uma mudança, não só na rede pública de transporte, mas também no comportamento e nos hábitos das pessoas. (Assessoria/Secopa-MT) 

Informações: Diário de Cuiabá

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VLT vai “eliminar” 125 linhas de ônibus em Cuiabá e Várzea Grande

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O estudo para operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) prevê a eliminação de 125 linhas do transporte coletivo de Cuiabá, Várzea Grande e Intermunicipal, além da extinção do funcionamento dos micro-ônibus na Capital. 

Porém, o plano de funcionamento poderá ser colocado em prática somente com a conclusão total dos dois trechos do modal e não há previsão de entrega das obras. O material é elaborado com base no atual modelo de transporte das cidades, que hoje contam com 630 ônibus circulando. Quando colocado em prática, o número de ônibus será reduzido para 480 veículos. O maior impacto é previsto para as regiões “cortadas” pelo VLT, que terá uma linha partindo do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até o Terminal do CPA 1, em Cuiabá. 

O segundo trecho segue do Porto até o Coxipó, na Capital. Assessor de mobilidade urbana Rafael Detoni, da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), garante que a redução do número de linhas e ônibus não afetará a frequência dos coletivos e a espera dos passageiros nos pontos, uma vez que o novo modelo prevê a redução do tempo de circulação dos carros, em decorrência da diminuição do percurso percorrido. 

Destaca que, atualmente, os coletivos partem dos bairros sentido ao Centro, ou outros pontos mais distantes. Com isso, há uma coincidência de linhas em alguns trechos como, por exemplo, na avenida Historiador Rubens de Mendonça. Com o novo modelo, os ônibus terão as viagens reduzidas dos bairros até os pontos de integração com o VLT, que percorrerá as linhas mais longas. 

Assim, não haverá necessidade dos coletivos “concorrerem” com o modal e passarão a atuar de forma mais concentrada nos bairros, funcionando como alimentadores da linha principal. Cita que regiões mais distantes do percurso do VLT também terão impacto, porém bem menor que os previstos para os bairros próximos às linhas do modal. Das atuais 232 linhas operantes em Cuiabá, Várzea Grande e Intermunicipal, somente nove não serão alteradas com o início da operação do VLT e três do Intermunicipal serão mantidas. Isso reflete em redução de quilômetros rodados ao mês de 18% em todo o sistema. 

Em Cuiabá, a queda será de 21% e no intermunicipal, 45%. Em Várzea Grande haverá um aumento de 21% na quilometragem operada mensalmente. Detoni aponta que isso ocorrerá na cidade em decorrência da mudança do Terminal André Maggi para a região do Aeroporto. “A maioria dos ônibus de Várzea Grande faz integração no Terminal. Com a mudança de local, os ônibus terão que percorrer uma distância maior, por isso o incremento”. O estudo foi realizado entre agosto e dezembro de 2013. 

Questionado se a demora na entrega da obra compromete a validade do projeto de operação, Detoni afirma que não. Já a entrega parcial do VLT não surtiria o efeito desejado com o planejamento. “É um modelo de transporte integrado e as duas linhas são necessárias para o funcionamento adequado do modelo de operação proposto”. Atualmente as obras do VLT estão concentradas na avenida da FEB, em Várzea Grande, e a previsão oficial de entrega do modal é dezembro de 2014.

Informações: Só Notícias/Gazeta Digital

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Catracas geram críticas no transporte coletivo de Cuiabá

domingo, 28 de setembro de 2014

Até o fim do ano, 50% da frota do transporte coletivo de Cuiabá deverá estar com os validadores de cartão e catracas instalados na entrada dos coletivos. A mudança está prevista no decreto de nº 5548 de agosto deste ano assinado pelo prefeito Mauro Mendes, sob o argumento de oferecer mais conforto ao passageiro. Porém, nas linhas onde a alteração já foi feita é grande a insatisfação dos usuários. 

A mudança está sendo feita de forma gradativa. As linhas do bairro Cidade Verde e Jardim Imperial são algumas onde o usuário já se depara com o validador e a roleta assim que pisa no primeiro degrau da porta de entrada do coletivo, que circular com um aviso no parabrisa de que só embarcam pessoas que já estejam com cartão magnético (simples, integração, estudante). 

“Acho um absurdo o que estão fazendo. Meu cartão estudante não está funcionando e já procurei a universidade e a MTU, mas até agora não consegui resolver o problema. Para evitar mais transtorno e constrangimento, adquiri o cartão integração, mas já vi muitas pessoas ficando para trás por não ter o cartão”, disse a universitária Paula Renata de Oliveira. 

A recepcionista Leonora Martins, 28 anos, também reclama da medida. “Isso não melhora em nada porque os ônibus só andam lotados e a gente nunca encontra um banco vazio e faz a viagem toda em pé”, criticou. Para ela, também é motivo de constrangimento. “Já vi pessoas passando vergonha porque não tinham o cartão. Chega a ser humilhante a pessoa querer pagar pela passagem e o motorista não receber”, acrescentou. 

A professora Jane Marques defende a mudança. “Ficou melhor assim. É só colocar o cartão e entrar e agora há mais espaço no fundo do ônibus”, acredita.

Entretanto, um motorista de ônibus, que preferiu não identificar, afirmou que ainda estava vendendo o cartão simples (que não integra). “Desde o dia 4 (de setembro) foi liberado para o motorista vender o cartão desde que não haja monitor”, comentou. 

Por meio da assessoria de imprensa a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU) informou que, como se trata de um período de adequação, os motoristas ainda ficam com alguns cartões simples para casos de emergência, mas a regra é não aceitar mais dinheiro dentro dos ônibus em que as roletas já foram instaladas na entrada. 

A assessoria informou ainda que os cartões podem ser comprados ou adquiridos nas MTU Fácil e no mais de 400 pontos de recarga distribuídos na área comercial de Cuiabá e Várzea Grande. “Cerca de 200 monitores ficam nos pontos de maior circulação de usuários”. 

Segundo a MTU, o cartão ideal para os que sempre usam o transporte coletivo é o “Cartão TEM Integração”, que é recarregável, integra e se for extraviado não perde os créditos. Em média, 3% de usuários pagam vigem com esse cartão. Na capital, circulam 380 ônibus. 

Por Joanice de Deus
Informações: Diário de Cuiabá

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Ponto de ônibus se transforma em biblioteca 24 horas em Cuiabá

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Um ponto de ônibus localizado na Rua Marechal Deodoro, na região central de Cuiabá, passou por uma transformação durante um projeto de incentivo à leitura dos usuários do transporte público coletivo da capital. O ponto de ônibus recebeu prateleiras com livros como parte do projeto Parada Cultural, para transformar o local em uma biblioteca 24 horas à disposição da população. Quem passou pelo ponto de ônibus nesta quarta-feira (24) pôde pegar livros gratuitamente para lê-los no local ou, até mesmo, leva-los para casa.
Foto: Evertom Almeida/Arquivo pessoal
A iniciativa de transformar o ponto de ônibus em local de acesso a livros é do servidor Evertom Almeida, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Ele conta que a ideia surgiu ao passar por um bairro em Brasília onde os pontos de ônibus têm livros à disposição dos usuários do transporte coletivo. De volta a Cuiabá, ele decidiu implantar o projeto, ainda em fase experimental, no ponto de ônibus que está localizado justamente atrás do campus do IFMT no centro da cidade. “A meta é ampliar o projeto para bairros carentes, trazendo a comunidade para participar e cuidar desse patrimônio que todos vão utilizar”, destacou Evertom ao G1.

Para realizar as modificações no ponto de ônibus, o autor do projeto solicitou autorização e permissão da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá (SMTU). As adequações do local, como pintura e implantação da prateleira, foram feitas em uma semana. Para a arrecadação dos 350 livros foi realizada uma campanha nas redes sociais. “Recebemos doações de diversos pontos da cidade, como CPA e até mesmo Várzea Grande (região metropolitana). Eu mesmo me dispus a buscar os livros. Era só a pessoa agendar o horário e passar o endereço”, lembrou o servidor público. A biblioteca foi “inaugurada” nesta quarta-feira.

Nos primeiros 15 dias de implantação da biblioteca, nos horários de pico, o idealizador e mais dois bolsistas do IFMT estarão no local explicando o projeto para a população e também recebendo as doações de novos títulos. Para as pessoas que passarem em outros horários pelo local, foram deixados marcadores de página dentro dos livros com explicações sobre como funciona o projeto.

Para realizar os empréstimos dos livros, não existe burocracia. Quem se interessar por um título, pode leva-lo para casa sem precisar preencher fixa nem se identificar. “Para muitos, uma utopia. Para outros tantos, uma loucura. Mas observamos ser muito mais que um simples projeto colocado em prática. Observamos ser um exercício de cidadania” disse Evertom.

Ele ressaltou que as pessoas interessadas em doar livros para a biblioteca podem procurar o campus do IFMT em Cuiabá ou deixar as obras nas prateleiras do ponto de ônibus. Nos primeiros dias, Evertom estará no local nos horários de maior movimentação de usuários para receber as doações. Ele disse que não há restrição para a doação de títulos.

Informações: G1 MT

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Déficit do VLT de Cuiabá será de R$ 20 mi ao ano

domingo, 21 de setembro de 2014

Uma nota técnica recém-concluída pela CGU (Controladoria Geral da União) diz que a operação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande será deficitária em até R$ 20 milhões anuais. 

A escolha do modal, de acordo com o documento de 52 páginas a que o Diário teve acesso, foi uma decisão "equivocada" e que "tende a apresentar impactos negativos ao erário". 

"O atual Sistema VLT Cuiabá – Várzea Grande, contratado e em implementação, é deficitário, necessitando para sua plena operação, complementação de recursos, tal como a possível utilização de subsídio público", afirma a CGU. 

A análise da corregedoria leva em conta informações repassadas pela Secopa, pela Caixa Econômica Federal (financiadora da obra) e pela Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, ligada ao Ministério das Cidades. 

De acordo com a nota, a justificativa técnica para a substituição do BRT pelo VLT, oficializada em 2011, continha valores "subdimensionados" para custos de operação e tarifas. 

À ocasião, em ofício encaminhado ao Ministério das Cidades, a Secopa estimou que o novo modal teria um custo mensal de R$ 2,2 milhões. Este ano, no Relatório Final da Rede Integrada de Transporte Coletivo, a estimativa saltou para R$ 6.155.242,06 - um diferença de 180%. 

"Estes fatos demonstram que a escolha do VLT em relação ao BRT, (...) sem o adequado estudo de planejamento da rede de transporte coletivo, modelo de integração, modelo operacional, custos, avaliação econômica financeira e tarifária para a operação do Sistema VLT Cuiabá/Várzea Grande, foi uma escolha equivocada que tende a apresentar impactos negativos ao erário", diz a nota. 

Nas condições em que foi apresentado, afirma a CGU, o projeto do VLT não poderia ter sido enquadrado no programa de financiamento Pró-Transporte, do Ministério das Cidades. 

"A opção por ser utilizar o VLT necessitava de ações complementares que permitissem integrá-lo ao planejamento urbano. Portanto, o pré-requisito para o seu enquadramento, previsto no Programa Pró-Transporte, não foi devidamente seguido." 

A aprovação, de acordo com a corregedoria, mostra "deficiências na atuação" dos gestores do ministério e também da Caixa Econômica Federal ao analisar o caso. 

A nota afirma que o VLT irá operar com déficit de R$ 19,6 milhões anuais, quando considerada a sua operação isolada. O prejuízo cairá para R$ 11,8 milhões/ano se o modal fizer parte de um sistema único, totalmente integrado com a rede de ônibus. 

"Por estes fatos, observa-se que um Sistema de BRT’s seria economicamente mais apropriado à realidade local, haja vista ser possível empregar menores custos de implantação, operação e a aplicação de menor tarifa ao usuário." 

Procurado pela reportagem, o secretário Maurício Guimarães (Secopa) disse que teve acesso ao documento elaborado pela CGU, mas que não iria comentar suas conclusões. 

Por Rodrigo Vargas
Informações: Diário de Cuiabá

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Obra do VLT em Cuiabá já consumiu R$ 896 milhões dos cofres públicos

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Os cofres públicos de Mato Grosso já destinaram R$ 896 milhões em recursos para a implantação do metrô de superfície Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital. Divulgado pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), o montante pago até este mês representa 60,6% do valor total da obra, a mais cara licitada pelo poder público no Brasil para a Copa do Mundo deste ano.

Afetada por atrasos, hoje a construção sequer possui data oficialmente estipulada para ser entregue e o Ministério Público prevê que não deve ser totalmente executada nem mesmo dentro dos próximos dois anos.

Ao todo, o estado se comprometeu a desembolsar R$ 1,477 bilhão para pagamento da obra. Segundo a Secopa, que divulgou o montante já pago, grande parte do valor do empreendimento, na ordem de R$ 500 milhões, diz respeito à aquisição do chamado material rodante – trilhos, vagões e os demais equipamentos do metrô de superfície.

Todo esse material já foi importado e se encontra no canteiro do que será o centro de controle e operações (CCO) do sistema, ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, de forma que o restante do valor a ser pago deve corresponder em sua maioria à execução das obras de construção e instalação ao longo de 22 km de trajeto na região metropolitana.

Obras atrasadas
Enquanto isso, a sensação nas ruas é de que o valor pago não corresponde proporcionalmente à execução do projeto do VLT e as obras atrasadas seguem causando transtorno diário em trechos de avenidas da região metropolitana, como a João Ponce de Arruda, a FEB, a Tenente Coronel Duarte (Avenida da Prainha), a Fernando Corrêa da Costa e a Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).

Nesta última, por exemplo, o canteiro central foi destruído em grande parte, com a retirada da vegetação, para dar lugar aos trilhos que nem começaram a ser instalados. Motoristas convivem diariamente com interdições e agravamento das condições do asfalto, enquanto pedestres perderam ainda mais espaço para travessia e têm de conviver com poeira e lama constantes. O mesmo ocorre na FEB e na Prainha.

Gerenciados pelo estado, os trabalhos de engenharia são responsabilidade do Consórcio VLT, grupo de empreiteiras que venceu a licitação em 2012 para realizar o projeto do novo sistema de transporte coletivo e executá-lo. A licitação seguiu os moldes do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modelo de processo lançado pelo governo federal para simplificar as contratações com vistas à Copa do Mundo, permitindo que o projeto executivo da obra seja desenvolvido ao longo da própria execução em prazos curtos.

Porém, o próprio governo do estado retirou o VLT do escopo de projetos para a Copa do Mundo e também não conseguiu cumprir o prazo contratual de finalização das obras, em março deste ano. A saída foi assinar um termo aditivo ao contrato original, estendendo o prazo de execução para o último dia de 2014 – prazo que a Secopa já avisou que deverá ser alterado por meio de um próximo aditivo, dada a morosidade do andamento dos trabalhos.

Perspectivas
Para o Ministério Público, além do prazo, o próprio contrato deve ser revisto. De acordo com o promotor Clóvis de Almeida, que fiscaliza as obras do VLT, seria “otimismo” estipular o fim das obras até mesmo para daqui a dois anos. Para ele, a população está vivendo um dos piores cenários possíveis diante das obras, repletas de erros de projeto e falhas de planejamento permitidas pela modalidade contratual.

“A obra é exequível, mas não na forma em que foi contratada. É risível que as pessoas tenham caído nesse conto. Os políticos fizeram disso uma bandeira e o povo comprou”, criticou o promotor, lembrando que os prazos assumidos pelo governo já eram “irreais” já na época de contratação do projeto.

Ainda segundo Almeida, o Ministério Público já contabiliza mais de R$ 900 milhões destinados pelo estado para pagamento das obras, conforme as últimas medições. “Difícil é ver esses R$ 900 milhões materializados na rua”, ironizou, prevendo dificuldades para o próximo governador manter o andamento dos trabalhos a partir de janeiro a não ser que mude as condições do contrato e implemente um verdadeiro choque de gestão. “Senão, esse contrato ainda vai render muita dor de cabeça para a população”, declarou.

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Em Cuiabá, VLT terá prioridade em 80% de sinais e faixas de pedestre

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) terá prioridade em pelo menos 80% dos semáforos para travessia de pedestres e cruzamentos de veículos ao longo de seus dois eixos (Centro-Coxipó e Aeroporto-CPA).

Pelo menos é o que aponta o estudo operacional do VLT, desenvolvido pela empresa Oficina – Engenheiros Consultores Associados Ltda. e entregue à Agência Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.
Tony Ribeiro/MidiaNews
Segundo o coordenador do estudo e engenheiro de tráfego, Rafael Detoni, uma viagem do Aeroporto Marechal Rondon até o Terminal do VLT no CPA, irá durar 82 minutos em horários de pico.

Já do Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá, o tempo de viagem será de 45 minutos.

“Ao longo de todo o traçado do VLT, em 80% dos semáforos – seja de cruzamentos ou de travessia de pedestres –, ele terá prioridade”, disse.

“Em alguns casos essa prioridade não será possível, como é o caso dos cruzamentos entre a Avenida Isaac Povoas e a Prainha, o Ginásio São Gonçalo e a Avenida XV de novembro, a chegada da Avenida Coronel Escolástico na Prainha e também na entrada da Avenida Mato Grosso, onde o movimento de carros é grande”, explicou.


No entanto, segundo Detoni, todos esses “pontos de conflitos” estão previstos no tempo de viagem calculado e divulgado no estudo. 

Em cada um desses cruzamentos, de acordo com o engenheiro, serão instalados semáforos para o trânsito convencional e para o trem, além dos semáforos para travessia de pedestres – que serão implantados a cada entrada e saída de estação do VLT ao longo dos dois eixos.

“O trem segue regra de trânsito como qualquer outro veículo. Mas ele tem prioridade. Nesse trecho de conflitos, por exemplo, não dá para manter 100%de prioridade para o VLT, porque ali o movimento é grande e há uma sobreposição de linhas”, explicou.

No trecho localizado entre o Morro da Luz e Porto, a operação será de injeção de um trem da linha 1 na Prainha, seguido por um carro da linha 2.

“Aquele trecho entre a Mato Grosso e a São Gonçalo é de muito carregamento veicular e não dá para garantir que todos os trens terão prioridade sempre. Tem hora que o trem vai ter que esperar um pouco para deixar o trânsito fluir”, explicou.

Operação

Conforme Detoni, o VLT irá operar em Cuiabá das 5h até meia-noite, diariamente, com intervalo que varia de quatro minutos a 12 minutos entre um trem e outro, durante os dias úteis.

Aos sábados, domingos e feriados, a operação do trem será diferenciada, segundo o engenheiro, uma vez que a demanda nesses dias é baixa.

“Tiramos isso em função das viagens e das lotações que são registradas hoje no sistema de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”, disse.

O estudo aponta que, nos horários de pico – das 6h30 às 8h30 e das 17h às 19h –, 36 trens deverão estar em operação nos dois eixos, passando nas estações em intervalos de quatro minutos.

Nos horários mais “tranquilos”, das 5h às 6h30 e das 21h à meia-noite, 12 trens se manterão em operação nas duas linhas, com intervalos de 12 minutos entre um carro e outro.

Nos demais horários de dias de semana, das 8h30 às 16h30 e das 19h30 às 20h30, serão mantidos 25 carros em operação, passando pelas estações em intervalos de seis minutos.

“À meia-noite os trens serão recolhidos para o pátio para inspeção, limpeza, manutenção e higienização. Nesse período, a operação de madrugada segue com os ônibus como já é feito, porque não há trânsito”, disse Detoni.

O engenheiro explicou, ainda, que os 40 carros do VLT – formados por sete vagões cada um – nunca irão operar em conjunto, para garantir a existência de uma frota reserva.

“Essa grade será ajustada conforme a necessidade e demanda da cidade. Não precisa haver essa rigidez toda, mas essa tabela serve para se ter um parâmetro de funcionamento. Em dias de jogos na Arena Pantanal, por exemplo, haverá uma oferta maior de carros, em uma frequência maior”, afirmou.

Travessia de pedestres

Detoni explicou que, nas travessias de pedestres que serão implantadas ao longo dos dois eixos do VLT, o trem também terá que parar.

“As faixas de pedestre atendem tanto ao usuário que vai para a estação, quanto quem quiser atravessar a avenida. O semáforo será programado para que, enquanto o VLT estiver na plataforma, ficará fechado para o pedestre”, disse.

No projeto do VLT, segundo o engenheiro, estão previstas implantação de faixas de pedestres no início e fim de cada estação do trem – além da instalação de uma passarela para os pedestres em frente ao Shopping Pantanal.

Tal medida, segundo ele, irá facilitar a vida dos usuários do transporte coletivo e dos pedestres de uma forma geral.

“Um exemplo é aquele trecho localizado entre o Colégio Master, onde há um semáforo para pedestres. Se você descer em direção ao Coxipó, você vai encontrar apenas mais um ponto de travessia dos pedestres, que é a passarela, que ninguém usa. Depois disso, só após o viaduto da UFMT. Ali [na Avenida Fernando Corrêa], o pedestre está vendido”, disse.

Segundo Detoni, com a implantação do VLT, o pedestre irá contar com quatro pontos de travessia na avenida. Além disso, uma das estações do VLT acabará por eliminar a passarela hoje existente próximo ao viaduto da Miguel Sutil.

“A prioridade é do pedestre e do transporte coletivo, não do carro. A ideia, aliás, é incentivar o uso do transporte coletivo”, disse Detoni, sobre a possível criação de congestionamentos ao longo das avenidas, no trânsito comum.

Por Lislaine dos Anjos
Informações: Midia News

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Estudo do VLT aponta para a redução da frota de ônibus em Cuiabá

domingo, 17 de agosto de 2014

O estudo de remodelação da rede de transporte coletivo, encomendado pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), para a inclusão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na rede da região metropolitana, aponta para a possibilidade de redução de 23,8% da frota de ônibus que hoje atendem Cuiabá e Várzea Grande.

Segundo o coordenador do estudo e engenheiro de tráfego da pasta, Rafael Detoni, dos 630 carros que compõem as frotas das empresas na Grande Cuiabá (incluindo a linha intermunicipal), seriam necessários apenas 480 veículos.

Isso porque o VLT não terá “linhas concorrentes” ao longo dos dois eixos (Coxipó-Centro e Aeroporto-CPA) que irá percorrer, ainda que algumas linhas se intercomuniquem com as vias percorridas pelo trem, funcionando como “alimentadoras” do novo sistema de transporte coletivo.

“Hoje, mais de 60% da frota são do tipo radial, com linhas que convergem para o Centro. Se temos um corredor estrutural, substituo um comboio de ônibus por um veículo com maior capacidade. É um sistema tronco-alimentado, ou seja, uma linha principal alimentada pelas linhas”, explicou o engenheiro.

No entanto, conforme Detoni, a frequência de passagem dos ônibus pelos pontos não deverá ser alterada, uma vez que menos veículos serão necessários para percorrer determinado percurso, já que suas rotas – no caso daqueles que atendem aos terminais e estações do VLT – serão reduzidas consideravelmente.

“Como os ônibus não precisam mais percorrer longas distâncias, como o trajeto foi encurtado, consequentemente, o número de carros também é reduzido, mantendo a frequência, que é o que interessa o usuário. É em função disso que se tem a redução da frota do ônibus. Isso não implica em desqualificação do serviço oferecido para o usuário”, disse.

Segundo o engenheiro, esse foi o primeiro objeto do trabalho, desenvolvido pela empresa Oficina – Engenheiros Consultores Associados Ltda., em parceria com as secretarias municipais de Trânsito de Cuiabá e Várzea Grande e do Estado, por meio da Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager).

“O trabalho foi feito na rede toda. O nosso primeiro objetivo era reordenar as linhas de ônibus em função do VLT”, disse.

Mudança nas linhas

Com a inserção do VLT, a Oficina remodelou a rede de transporte coletivo e passou a fazer a readequação das linhas de ônibus hoje em circulação na Grande Cuiabá.

“Algumas linhas foram unificadas, outras excluídas, outras encurtadas, outras mantidas. E há linhas remanescentes que foram mantidas porque não são atendidas pelo VLT. Se o usuário quer sair do Grande Terceiro e ir para o Coophamil, por exemplo, ele não precisa ser obrigado a integrar com o VLT. Ele pode fazer uma viagem direta. O trabalho foi feito dessa forma”, disse.

Conforme Detoni, o novo desenho da rede de transporte coletivo foi apresentada aos municípios e ao Estado e as readequações apontadas como necessárias por cada ente foram levadas em conta antes da finalização do estudo e entrega para a Agência Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Integração com o VLT

O engenheiro explica que não haverá linhas de ônibus percorrendo toda a extensão das avenidas cobertas pelo VLT, como a Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA) e a Fernando Corrêa da Costa.

“Linhas concorrentes não existirão, mas os ônibus e o VLT irão se comunicar. A segunda premissa que adotamos nesse trabalho foi manter o maior número de linhas integrando com o VLT. Então, das linhas que sobraram na rede toda, 75% das linhas integram com o VLT, sejam em estações ao longo do percurso ou nos terminais”, afirmou.

De acordo com Detoni, é preciso “eliminar o mito de que o VLT exclui os ônibus nas avenidas percorridas pelo modal”.

“O que vai ser eliminado é o comboio de ônibus nessas avenidas. Mas temos que levar o usuário até o corredor. Não tem sentido o ônibus chegar a uma quadra da Avenida do CPA e nós fazermos o cidadão desembarcar e andar essa quadra até chegar à avenida, para pegar o VLT”, disse.

“Assim como você não vai descer na avenida e ficar sem ônibus para seguir para os bairros. Não tem sentido obrigar o usuário a fazer uma ‘viagem negativa’. Algumas linhas passam pelo corredor, só não vão percorrê-lo inteiro”, concluiu.

Conforme o MidiaNews publicou, a tarifa sugerida pelo estudo ficou na média do que já é cobrado atualmente no transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande – com base em dados de 2013 e que devem ser reajustados quando da operação do modal – e já contempla a integração entre trem e ônibus.

Por Lislaine dos Santos
Informações: Midía News

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Tribunal contesta obra do VLT de Cuiabá programada para Copa, mas ainda não concluída

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Além de não ter ficado pronta a tempo, uma das obras de mobilidade urbana mais caras da preparação para a Copa do Mundo está agora com sua situação contratual indefinida. Em relatório recém-concluído, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Mato Grosso questiona fortemente os trabalhos de construção do veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá, com investimentos previstos de R$ 1,477 bilhão. Há contestações sobre a qualidade dos serviços executados até agora e sobre a ordem dos pagamentos feitos ao consórcio responsável.

Com 22 quilômetros de extensão e 33 estações, o projeto do VLT previa a conclusão das obras até junho de 2014, mas apenas 65,4% dos trabalhos foram realizados. Em resposta à auditoria do TCE, o governo estadual estimou a entrega do empreendimento em dezembro, mas foi alvo de uma reprimenda do órgão de controle. Segundo o relatório, a promessa carece de "qualquer consistência técnica", sendo "evidentemente impossível de se concretizar e tecnicamente inexequível". "Todas as obras remanescentes certamente não serão concluídas em 2014 e têm pouca probabilidade de ser finalizadas no primeiro semestre de 2015."

Para executar as obras, o governo de Mato Grosso fez uma licitação, que teve o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande como vencedor. Ele é constituído pela CR Almeida, pela espanhola CAF, pela construtora Santa Bárbara e pela Astep Engenharia. A licitação foi feita pelo regime diferenciado de contratações públicas (RDC), na modalidade de contratação integrada, que inclui a elaboração dos projetos básico e executivo.

Um dos pontos mais questionados pelo TCE é a "aquisição precoce" dos vagões usados na operação. Eles são fornecidos pela CAF. Para os auditores, isso pode caracterizar uma prática denominada "jogo de cronograma", pela qual a construtora "prioriza a execução dos serviços que lhe proporcionam maior retorno econômico". Os trens custaram R$ 498 milhões, segundo o relatório. "Posteriormente, [o consórcio] relaxa sua conduta para conter seus custos, reduzindo seu comprometimento com a execução da obra nas etapas que representam menor faturamento, afetando negativamente o cumprimento dos prazos, o custo e a qualidade do empreendimento."

Nas obras em andamento, foram constatadas várias preocupações, como a falta de desapropriações e a má qualidade de parte dos trabalhos. Um dos exemplos mencionados é o do viaduto do aeroporto, onde começa o trajeto do VLT, que já foi concluído. Sem juntas de dilatação dos trilhos, o órgão de controle adverte sobre o risco à livre movimentação da estrutura de concreto, causando fissuras na estrutura.

Outro problema identificado é a ausência de aditivo contratual para as obras, que não ficaram prontas no prazo acertado. O relatório lembra que o RDC, na modalidade de contratação integrada, não admite termos aditivos - exceto para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro ou por necessidade de alteração do projeto, o que não é o caso.

Procurado, o consórcio responsável pelas obras do VLT não se pronunciou até o fechamento da edição. A Secopa, secretaria criada pelo governo de Mato Grosso especialmente para a Copa do Mundo, informou que o contrato tem suporte jurídico até 31 de dezembro. Se houver necessidade, conforme a Secopa, é possível haver um aditivo para esticar o prazo de entrega das obras, mas sem revisão de valores.

Para o Valor, o governo estadual admitiu que a conclusão dos trabalhos ficará para 2015. Até agora, apenas uma das 33 estações previstas está pronta. Outras cinco estão em construção.

O VLT de Cuiabá esteve no centro do pedido de demissão do ex-ministro Mário Negromonte (PP), que comandava o Ministério das Cidades, responsável pela análise do projeto e pela coordenação do pacote de financiamento

Informações: Valor Econômico

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