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Metrô de Salvador funciona em esquema especial durante a Copa do Mundo

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O plano de mobilidade urbana para Salvador durante a Copa do Mundo 2014 foi divulgado, nesta quarta-feira, 7, pela Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa). O projeto inclui o início da operação do metrô, criação de linhas especiais de ônibus, uma rota especial destinada aos pedestres, do Centro Histórico até o estádio e monitoramento de estradas e de outros pontos de acesso à cidade.

Segundo informações divulgadas pela Secopa, a ideia foi melhorar o acesso à Arena Fonte Nova. Além de melhorias no transporte, no plano consta a revitalização do sistema viário, recuperação de calçadas, construção do viaduto que dá acesso ao estádio, que já foram executados, e criação da Fun Walk - rota para pedestres, que liga pontos do Centro Antigo ao estádio.

A Secopa também informou que no dia 10 de junho, o metrô de Salvador começa a funcionar, em operação assistida, com linha expressa, que sai da estação do Acesso Norte ao Campo da Pólvora, em horários específicos. Mas, conforme assessoria, só terão acesso ao metrô torcedores que tiverem ingresso uma vez que a rota está dentro do perímetro monitorado pela Fifa. Só poderão ter acesso à estação durante os dias de jogo, os ônibus e vans credenciados que estiverem fazendo o transporte de pessoas com ingressos.

O projeto prevê dez linhas especiais criadas para atender a cidade durante os jogos, com 150 veículos. Duas delas saem do Aeroporto Internacional de Salvador - a primeira com início de operação até o final deste mês, que seguirá em direção a Pituba, Rio Vermelho, Ondina e Jardim de Alah, e a outra criada especialmente para os dias de jogos, com sentido Arena Fonte Nova.

Para os torcedores com necessidades especiais ou dificuldade de locomoção, haverá duas vans, com saída do Shopping Barra. Do Salvador Norte Shopping sairão outras linhas de ônibus em apoio às rotas do aeroporto.

Estradas
De acordo com a Secopa, para as pessoas que chegarão pelas rodovias estaduais e federais, o plano inclui melhorias em trechos da BA-093 e da 001 e monitoramento nas BRs 324, 116, e 101. Além de uma operação na BA-099, na altura da Estrada do Coco para atender delegações e turistas que se hospedarão no litoral norte.

Informações: A Tarde Online
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Copa terá menos obras de mobilidade e metade da verba

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A exatos cinco meses da Copa do Mundo, as obras de mobilidade urbana, anunciadas como principal legado para as cidades-sede, deverão ter apenas metade da dimensão inicial planejada.

Em vez dos R$ 15,4 bilhões (corrigidos pela inflação) previstos em 2010 para 56 intervenções nas 12 sedes, restaram 39 projetos e R$ 7,9 bi.

Dos empreendimentos anunciados no plano de investimentos para a Copa, em 2010, só quatro estão prontos --os demais têm previsão de entrega entre fevereiro e junho. A Copa começa em 13/6.

Em geral, obras deixaram o plano inicial por atrasos em licitações, projetos com problemas, orçamentos estourados e falta de tempo para conclusão até o torneio.

CIDADES

O contraste entre planos para a Copa e realidade não é pequeno.

Em 2010, a Porto Alegre que se preparava para a Copa, se comprometeu a fazer intervenções ambiciosas, como corredores e terminais de BRT (corredor rápido), duplicações e viadutos.

Quatro anos depois, a prefeitura local entende que o fundamental para a Copa é o acesso ao estádio Beira-Rio.

Conclusão: só duas das obras de mobilidade ficaram --a pavimentação ao redor do estádio e um conjunto de vias que leva ao local.

Brasília tem apenas uma obra de mobilidade urbana prevista para a Copa. Tal qual Porto Alegre, o BRT ficou para depois --estão sendo feitas melhorias nos acessos no entorno do aeroporto, ponto crônico de trânsito.

Os piores exemplos estão em Manaus, em que nenhuma obra sairá do papel até a Copa, e Cuiabá. Já São Paulo priorizará o transporte individual.

O Rio é um dos poucos que pode cumprir, ainda que com atraso, o compromisso para o torneio mundial.

A cidade elencou apenas uma obra para a Copa, a via Transcarioca, também um corredor rápido de ônibus, que ligará o aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca.

A via ficará pronta em maio, diz a Secretaria Municipal de Obras, a um mês da competição e com um ano de atraso.

De maneira geral, o governo federal tem argumentado que as obras que não ficaram prontas a tempo não comprometerão a Copa --e integrarão o PAC da Mobilidade.

Nessa modalidade, as obras se desvinculam da realização do torneio e o prazo de conclusão é mais elástico.

Manaus não terá obras de transporte para a Copa
Trânsito em Manaus preocupa

Única sede na região Norte do país, Manaus pretendia fazer um monotrilho e um BRT (corredor de ônibus), mas não terá nenhuma dessas obras para a Copa.

Tal qual outras capitais, haverá intervenções menores, algumas delas estéticas.

Em Manaus, irregularidades nos projetos atrasaram as licitações, as obras não ficariam prontas em tempo e foram retiradas do cronograma.

Entre os problemas detectados está o fato de que monotrilho e BRT passariam e parariam nos mesmos locais.

O governo do Amazonas diz que os projetos migraram para o PAC da Mobilidade.

A cidade prevê reformar o entorno do estádio, como recapear e sinalizar vias.
BRT em Salvador, Só depois da Copa
Salvador teria um BRT de 42 km, ligado ao metrô, mas o "legado" se resumirá a dois viadutos de acesso ao estádio e melhores calçadas.

Em Cuiabá (Veículo leve sobre trilhos) e Fortaleza (BRT), as obras, que ajudariam no acesso de torcedores aos estádios, ficarão para depois.

O VLT de Cuiabá teve suspeita de direcionamento na licitação e chegou a ser parado pela Justiça. Agora, o governo do Estado diz que não ficará pronto "integralmente" para o Mundial.

Já em Fortaleza, a prefeitura diz que as obras do BRT impactariam no trânsito, pois outras intervenções estão sendo feitas para a Copa. Por "bom senso", adiou a entrega para o fim de 2014.

SÃO PAULO

Em São Paulo, nenhuma obra de transporte de massa será entregue para a Copa.

Uma das intervenções previstas, a linha 17-ouro, de monotrilho, deve ficar para 2015. Ela liga o aeroporto de Congonhas à rede de metrô. Dificuldades na obtenção de licenças fizeram a obra atrasar.

Segundo o governo, a ligação dos aeroportos (há também Guarulhos) com trem/metrô será por meio de um esquema especial de ônibus.

Para a Copa, haverá a inauguração de um complexo viário no entorno do estádio do Corinthians, na zona leste, até abril, segundo o governo.

Uma das alças de ligação entre a Radial Leste e a Jacu Pêssego, na região de Itaquera, corre o risco de atrasar, por problemas com a desapropriação de casas.

Informações: Folha SP

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Mais 30 ônibus novos chegam ao transporte de Aracaju

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vinte e quatro novos ônibus foram apresentados na manhã desta quinta-feira (22), à população aracajuana na praça de eventos da Orla de Atalaia, fazendo parte de um lote de 30 novos veículos que chegarão até o próximo sábado. A chegada dos ônibus 0km faz parte do plano de mobilidade urbana que está sendo implantado pelo prefeito João Alves Filho para a melhoria do transporte coletivo de Aracaju.

Os novos veículos que chegam para integrar o sistema de transporte coletivo de Aracaju foram adquiridos pela viação Modelo, uma das permissionárias existentes. Para o prefeito esse é mais um avanço que permitirá amenizar os problemas existentes com o transporte. A vinda desses ônibus faz parte de toda a renovação que estamos constantemente fazendo na mobilidade urbana de Aracaju. A empresa Modelo já está operando no sistema e chega positivamente com mais esses veículos novos. Queria poder entregar todos os ônibus imediatamente à população. Porém, isso não é possível, porque os fabricantes de ônibus não estão conseguindo entregar.


Quando assumimos a gestão, havia uma bomba de efeito retardado no setor de transportes. As empresas estão funcionando numa situação precária, sem licitação. Elas não são concessionárias, são permissionárias. São 20 anos nessa situação irregular, que é um absurdo. Quando há licitação, existem normas que devem ser seguidas e as penalidades que poderão ser aplicadas nas empresas que não se adequarem. Atualmente isso não existe aqui em Aracaju, explicou o prefeito, informando que no próximo mês os problemas com a quantidade de ônibus serão sanados. Durante o mês de setembro teremos ônibus suficientes para atender a população, garante.

De acordo com o superintendente da SMTT, Nelson Felipe, os novos veículos chegam para amenizar o déficit deixado pela empresa que saiu do sistema de transporte. Não vamos retirar os ônibus antigos da viação Modelo que já estão em circulação, por conta da demanda da população que é grande. Cobriremos mais duas linhas que começarão a operar a partir de amanhã na Piabeta e outras que farão Jardins e Parque dos Faróis.

Mobilidade Urbana

Os investimentos em mobilidade urbana vão além do transporte coletivo. De acordo com João Alves, a preocupação com as vias de circulação de veículos também faz parte do plano idealizado pelo prefeito.

O Rodando no Macio é uma solução definitiva. As operações tapa buraco não são eficazes por conta da situação precária que estão as ruas e avenidas de Aracaju. Tenho consciência que a demanda é muito grande. Buscando soluções para essa questão, estávamos com o vice-governador da Paraíba, que nos apresentará um novo equipamento para pavimentação com asfalto quente, que tem boa aderência e consequentemente melhor sustentação, garantindo maior resistência, disse o prefeito.

João Alves também informou a existência de outra possibilidade que a Prefeitura poderá adotar para seja executada em paralelo ao Rodando no Macio. Ontem falei com o secretário de Obras de Salvador, que está fazendo alguns testes com novas máquinas para o asfalto de Salvador. Vamos mandar nosso engenheiro, para ver o funcionamento e sabermos qual é a melhor solução para Aracaju. Estamos trabalhando incansavelmente para que o problema das vias de Aracaju finalmente termine.

O prefeito também anunciou que os abrigos serão reformados para amenizar os transtornos causados pela chuva aos usuários do transporte coletivo. Os abrigos estão incluídos na licitação que estamos fazendo de transporte. Mas emergencialmente estamos revitalizando alguns abrigos, disse João Alves.

Confira algumas linhas de circulação dos novos ônibus

Linha Augusto Franco - Bugio (5 ônibus)

Fernando Collor - DIA (6 ônibus e mais 1 a partir de segunda-feira)

Circular Industria e Comércio (5 ônibus)

Marcos Freire III e I- DIA (5 ônibus)

Fernando Collor- Atalaia (3 ônibus)

Circular shopping 2 ( 5 ônibus)

Ascom PMA
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Até 2016, Salvador terá 35 km em vias preferenciais para ônibus

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Com apenas um modal de transporte capaz de cobrir toda a cidade — os ônibus —, Salvador tem um dos maiores problemas de mobilidade urbana entre as capitais brasileiras. Mas a prefeitura quer mudar, num prazo de três anos, o cenário que rende críticas de especialistas no país. 

De acordo com o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, corredores exclusivos para BRT devem estar prontos até 2016. O município também promete investir R$ 1 bilhão em 35 quilômetros de vias preferenciais para ônibus, buscando chegar à velocidade comercial de 24 km/h — hoje, os ônibus se locomovem a 12 km/h em média, mesma velocidade de São Paulo.

De acordo com Aleluia, uma das prioridades é fazer um “conjunto de vias exclusivas de ônibus da Lapa até o Iguatemi, chegando até a Ligação Iguatemi Paralela (LIP) e  Acesso Norte e também  até a Pituba”. Também será feito um corredor progressivo do aeroporto à Pituba. 

“Embora esse corredor não seja exclusivo, é preferencial para ônibus.  Serão em torno de 35 quilômetros e terá um conjunto de investimento de R$ 1 bilhão. A ideia é que fique pronto em 2016”, acrescentou Aleluia.


O secretário afirmou que vai tentar evitar a desapropriação e que, quando fala em vias exclusivas, pensa justamente na circulação do BRT. “Ainda estamos estudando a parte estrutural. O prefeito quer para 2016. O nosso custo é só com as vias, o dos BRTs é com as empresas”, afirmou. 

Atraso  
Para especialistas, o atraso no sistema de transporte da capital baiana é resultado da falta de investimento há quase 40 anos. Em meados dos anos 1970, quando foi criada a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), estatal responsável pela política de mobilidade no país, capitais aproveitaram a verba disponível e implantaram sistemas de transporte que, hoje, ajudam a desafogar o trânsito. 

Quem não aproveitou isso naquela época, paga o preço até hoje. E Salvador é uma delas. “Com certeza. A melhor solução, hoje, é o transporte sobre trilhos. Salvador está aí há 20 anos construindo um metrô de seis quilômetros e ainda não acabou”, afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha.

Desde que a EBTU foi extinta, em 1991, a responsabilidade pelo transporte urbano nas cidades brasileiras passou às mãos dos respectivos prefeitos. Mas o problema da falta de continuidade a cada troca de governo e o baixo investimento em logística e infraestrutura impedem que a mobilidade avance. 

Para se ter uma ideia, a frota veicular do Brasil cresceu 107% entre 2002 e 2012, saltando de 35,5 milhões de veículos para 73,7 milhões. “Não houve investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Se a infraestrutura aumentou, foi 5%”, apontou José Antônio Martins, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) e executivo da Marcopolo.

Ar-condicionado 
Em Salvador, a expectativa é que a renovação da frota ajude a dar maior fluidez ao trânsito. Mas isso poderá impactar na tarifa, segundo Aleluia. As linhas serão reordenadas e 300 linhas tronco terão ar-condicionado. As demais, ventilação forçada.

Todos os novos ônibus funcionarão com motor no padrão Euro 5, menos poluente, e terão acessibilidade, o que significa mais eficiência e menos poluição. O Plano de Mobilidade Urbana também está em andamento e deverá ter como ponto de partida o plano para a Copa do Mundo. Ainda esta semana, as entidades da sociedade civil receberão convites para a formação do Conselho de Transportes.

Soluções 
Se muitas capitais brasileiras adotam mais de um modal de transporte público e ainda têm sérios problemas de mobilidade, Salvador, que conta apenas com os ônibus, passa por dificuldades ainda maiores. Durante o Seminário Nacional NTU 2013 & Transpúblico, realizado em São Paulo entre 3 e 5 de julho, o CORREIO conversou com especialistas em busca de soluções para a mobilidade urbana em Salvador.

Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Salvador ainda tem muito a investir em ônibus, mas não descarta a necessidade de colocar o metrô para funcionar. 

“Primeiro, Salvador tem um problema adicional que é a geografia, a topografia não é fácil. Segundo, vocês vão ter que investir em ônibus por muito tempo. Terceiro, tem que investir em metrô”, disse.

Brasiliense ressaltou que a capital baiana precisa fazer o “dever de casa” e que o problema da cidade não é tecnológico ou financeiro. “Vai ter que caprichar nos projetos, torcer para não eleger péssimos administradores, porque começam um projeto e os seguintes param”, alertou. 

O engenheiro acredita que o metrô pode ser a solução, desde que esteja interligado a todo o projeto. “Salvador tem pessoal técnico qualificado, deve estar tendo algum outro problema”.

Obstáculos   
O presidente da NTU, Otávio Cunha, também aposta no transporte de superfície como a alternativa mais rápida e mais barata. Segundo ele, é preciso ter corredores com vias segregadas, acessibilidade universal, passagem pré-paga, embarque livre para dar velocidade à viagem.

Cunha também acredita que é preciso democratizar o espaço urbano, dando preferência aos ônibus, além de incentivar o uso do transporte coletivo e investir em soluções político-administrativas. 

“A lei de mobilidade já recomenda a prioridade no transporte. O prefeito pode criar obstáculos e restrições ao transporte individual em algumas áreas da cidade. Esse é o grande problema de cidades mais antigas, como Salvador, Recife, São Luiz, onde as ruas são estreitas”.

O secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, disse que obstáculos serão criados. “Quando reduzimos a quantidade de estacionamentos na cidade, estamos fazendo isso. O estacionamento é um pedágio de fim de linha”, declarou.

A criação recente de faixas e vias exclusivas para ônibus e  alterações pontuais no tráfego em alguns pontos da cidade, como a Avenida Octávio Mangabeira e a Magalhães Neto, que costumam congestionar em horários de pico, são um bom começo. Mas, para o presidente da Fabus e executivo da Marcopolo, José Antônio Martins, é preciso fazer mais.

“Salvador precisa abrir  e criar corredores exclusivos de ônibus”, apontou. Em curto e médio prazos, essa é, na opinião de Martins, a melhor solução logística e de infraestrutura para uma cidade que possui apenas um modal, além dos trens do Subúrbio, que atendem a um trecho limitado da cidade.

BRT: projetos atrasam e até montadoras reclamam

Fabricantes de ônibus articulados no Brasil terão produção aquém da esperada este ano com relação aos veículos para operar no sistema BRT. 

De acordo com executivos das montadoras Volvo, Scania e Marcopolo, a expectativa de ter o sistema implantado, até o final deste ano, em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Natal, Recife e Salvador não deverá sair do papel por conta da falta de infraestrutura das cidades para receber o modelo. 

“O projeto do BRT está atrasado e a venda de pesados está quase estagnada”, disse o gerente comercial da Volvo na América Latina, Euclides de Castro. Para ele, se o quadro continuar o mesmo, até o final do ano, o sistema estará longe de ser implantado na maioria das cidades. “Rio de Janeiro está mais avançado, o próximo é Brasília, mas Salvador parou. Eles não se decidiram se pelo metrô ou BRT e eu não acredito que nenhum dos dois estará operando até lá”, completou, se referindo à Copa do Mundo de 2014.

O gerente de Marketing da Scania, Marcio Furlan, disse que os projetos têm evoluído, mas a parte prática, com exceção de Rio de Janeiro e Brasília, não tem avançado. “Efetivamente, o BRT só se consagrou no Rio de Janeiro.  A maioria está atrasada”, afirmou.

Apesar disso, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Antônio Martins, garantiu que a indústria está preparada para a demanda que surgir, com possibilidade de entrega dos veículos em um prazo de 60 dias. No entanto, não é possível implementar o sistema sem infraestrutura urbana nas cidades. “Não houve um investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Na  maioria, os investimentos ficaram para trás. O governo federal tem planos, o problema é que esses planos não saem do papel por questões burocráticas”. 

Clarissa Pacheco, de São Paulo. A repórter viajou a convite da NTU.


8 Medidas Para a Melhoria do Transporte Público Coletivo Urbano no Brasil

1 Prioridade de circulação para o transporte coletivo nas vias urbanas sobre o transporte individual 
motorizado;

2  Elaboração imediata dos planos diretores e dos planos de mobilidade urbana por todos os municípios obrigados pela legislação, a serem construídos com a participação de representantes da sociedade civil organizada;

3 Continuidade dos investimentos federais, estaduais e municipais na infraestrutura para a mobilidade urbana;

4  Implantação de redes de transportes modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho;

5  Implantação de uma política de mobilidade, construída com a participação efetiva da sociedade, com representantes nos conselhos municipais de transporte, estabelecendo qual o nível de serviço de transporte público que se deseja oferecer a todos os cidadãos e quanto isto vai custar ao passageiro (tarifa) e quanto vai custar ao governo (subsídio);

6  Desoneração dos tributos municipais, estaduais e federal que pesam sobre o setor de transporte público;

7  Subsídio com recursos públicos às gratuidades que oneram a tarifa paga pelos usuários;

8  Subsídio ao serviço, a ser pago por meio de um fundo com recursos dos combustíveis, distribuído aos municípios de forma proporcional à população.

Por Clarissa Pacheco e Perla Ribeiro
Informações: correio24horas.com.br

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Governo lança edital de licitação para metrô de Salvador

sábado, 25 de maio de 2013

Representantes dos governos estadual e municipal estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (24), no Hotel Pestana, em Salvador, para o lançamento do edital de licitação do metrô Salvador – Lauro de Freitas.

Além de deputados federais e estaduais, estiveram presentes também no evento o governador da Bahia, Jaques Wagner, o prefeito de Salvador, ACM Neto, o prefeito de Lauro de Freitas, Márcio Paiva, e o senador Walter Pinheiro.

Segundo o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, o edital para a conclusão da linha 1 e da implementação da linha 2 do metrô sairá no Diário Oficial de sábado (25).

A abertura dos envelopes com as propostas das empresas interessadas será em julho de 2013, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo o governador Jaques Wagner, já existem quatro empresas interessadas em operar o metrô de Salvador. A publicação da proposta vencedora sairá no dia 30 de julho. A concessão será de 30 anos (três anos para as obras e 27 anos para operação do sistema metroviário).

De acordo com Rui Costa, a assinatura do contrato com a empresa vencedora está prevista para setembro deste ano, e o início das obras do trecho que liga o Acesso Norte ao Retiro (linha 1) deve ser em outubro de 2013. A conclusão prevista para este trecho é até a Copa de 2014. Ainda segundo o secretário, a extensão da linha 1 até Pirajá deve ser concluída em dezembro de 2014.

Após a assinatura do contrato, em setembro, a empresa escolhida terá o prazo de 180 dias para apresentar, além do projeto de conclusão do trecho da linha 1, que vai até Cajazeiras, como também o plano de implementação da linha 2, que vai ligar a Avenida Bonocô até a cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

Os prazos, segundo o secretário, é que o trecho Lapa-Iguatemi fique pronto em março de 2015, e Lapa – Aeroporto, em outubro de 2017.

Ao todo, as duas linhas do metrô terão 41,2 km de extensão, e um investimento de R$ 3.641 bilhões. O governo estadual já tem garantido cerca de R$ 2 bilhões pelo projeto PAC Mobilidade Urbana, do governo federal. O restante da verba virá da Parceria-Público-Privada (PPP).

Terminais
Segundo o secretário Rui Costa, até maio de 2013, Salvador terá quatro estações prontas (Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte). Mas, até 2017, prazo final para a conclusão total do metrô, a cidade terá 22 estações, que serão integradas a 11 terminais de ônibus.

Ainda de acordo com o secretário, os ônibus interestaduais e intermunicipais, como aqueles que vêm de Camaçari e Lauro de Freitas, não entrarão mais na cidade. Eles vão parar nas estações, onde os passageiros poderão pegar o metrô e se deslocar para qualquer outro local de Salvador.

Avenida Paralela
A linha 2 do metrô, que vai sair do Acesso Norte (Rótula do Abacaxi), passar pelo Iguatemi, seguir pela Avenida Paralela e chegar até a cidade de Lauro de Freitas, só deve ficar pronta em outubro de 2017. Mas, algumas intervenções nesta área já foram iniciadas, segundo Rui Costa. A primeira delas foi o acordo fechado com os postos de gasolina de bandeira BR, da Petrobras, que ficam nesta extensão e que serão retirados para a passagem do metrô.

O “posto um”, que fica na altura do Imbui, já foi fechado e as obras do complexo viário, que vão contar com dois viadutos ligando o bairro a Avenida Luis Eduardo Magalhães e a Narandiba, já foram iniciadas. Os outros dois postos que ficam na Avenida devem ter as áreas devolvidas em 2014. Ainda segundo Rui Costa, todos os retornos que ficam na Paralela também serão retirados.

Etapas previstas na obra do metrô:
Linha 1 do metrô (Lapa – Cajazeiras)
Prazos:
Trecho Lapa - Retiro: conclusão prevista para junho de 2014
Trecho Lapa - Pirajá: conclusão prevista para dezembro de 2014
Trecho Lapa - Cajazeiras: projeto deve ser apresentado 180 dias após assinatura do contrato, em setembro de 2013.

Linha 2 do metrô (Lapa – Lauro de Freitas)
Prazos:
Trecho Lapa – Iguatemi: conclusão prevista para março de 2015
Trecho Lapa – Aeroporto: conclusão prevista para outubro de 2017

Informações: G1 Bahia
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Sem Metrô, Salvador terá linhas de ônibus exclusivas para o público na Copa das Confederações

sábado, 30 de março de 2013

Sem o metrô, o plano B para a mobilidade urbana durante a Copa das Confederações inclui sete grandes áreas de estacionamento com serviço de transporte até o estádio, linhas exclusivas de ônibus e 13 pontos de táxi nas proximidades da Fonte Nova, além dos anéis de isolamento de trânsito nos entornos do Dique. Pelo menos, é o que garantem a prefeitura e o governo do estado que, juntos, montaram um plano específico para o evento.

“Adaptamos a ideia inicial, porque estava previsto que o metrô operaria no trecho que vai da Lapa até o Acesso Norte. Como não vai funcionar, criamos um plano B”, explicou a subcoordenadora de transportes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Marisa Oliveira.

Apesar de ainda poder sofrer alterações, o projeto prevê que quem vai de carro para o jogo poderá deixar o veículo na região do Iguatemi, no Porto ou na Conceição da Praia.

No Iguatemi, haverá áreas de estacionamento atrás do Shopping Iguatemi, no Suarez Trade, no Centro Médico Iguatemi, na Tancredo Neves, próximo à loja Tok & Stok e no Detran. É onde devem ficar os estacionamentos designados pela Semut para o público em geral, de acordo com Marisa, já que os carros não poderão se aproximar do estádio.

Pelo plano, 21 dias antes do início da Copa das Confederações - que começa no dia 15 de junho -, serão interditados para  carros o Dique sentido Lapa e a Ladeira da Fonte das Pedras, nos dois sentidos. Além disso, nos dias de jogos, será interditado um trecho do Vale de Nazaré (entre o retorno após o Aquidabã e a entrada do Vale do Ogunjá) nos dois sentidos; Av. Presidente Costa e Silva (Dique); Av. Vasco da Gama (Dique) sentido Arena e a Av. Joana Angélica sentido Campo Grande. Todas as linhas de ônibus que passam nesses pontos serão desviadas. 

Shuttle
Depois de deixar o carro no estacionamento, o torcedor deve seguir até os pontos que devem ficar no Iguatemi ou na Conceição da Praia e no Porto. De lá, sairão, respectivamente, quatro e três linhas de ônibus, chamadas shuttle. A linha Iguatemi deve levar as pessoas até as quadras de esporte da Avenida Bonocô, enquanto o fim das linhas do Comércio deve ser em um ponto próximo ao Colégio Severino Vieira, na Avenida Joana Angélica. 

Para conseguir fazer o deslocamento das pessoas, o plano prevê uma frota de 99 veículos, entre ônibus, micro-ônibus e vans. Outros 51 devem ser exclusivos para as delegações. 

Aeroporto 
A subcoordenadora de transportes informou, ainda, que duas linhas devem sair do aeroporto. “Uma delas,  só para os dias de jogos, que deve seguir pela Paralela, Bonocô, Vale de Nazaré”. Já a outra, que vai operar durante os outros dias, sai do aeroporto pela orla, passando por Ondina, Barra, Ladeira da Barra, Avenida Sete e retorna no terminal da Rua Chile, no Centro.  “Esse não passa na Arena, mas o cidadão pode descer no Relógio de São Pedro, por exemplo, e andar pela Avenida Joana Angélica”, explicou.

Ainda não está definido, contudo,  se esses serviços – tanto o estacionamento quanto as linhas especiais – serão pagos. “Nós priorizamos estacionamentos em espaços públicos, mas tem o atendimento de transporte, de modo que ainda estamos estudando isso. Mas é certeza que quem tiver seu ingresso do jogo em mãos, vai poder usar as linhas sem pagar”, garantiu. 

Segundo o secretário estadual para assuntos da Copa do Mundo, Ney Campello, os viadutos para o acesso à Arena devem colaborar para o condicionamento do trânsito. “Também pretendemos estabelecer segregação em vias importantes da cidade, como divisões com cones, para auxiliar o fluxo de veículos para o estádio”, disse.

Outra estratégia que pode ser adotada é a decretação de feriados nos dias dos jogos e adequação dos calendários escolares. “Ao mesmo tempo que facilita a circulação e o trânsito, incorpora esses públicos aos espetáculos, sem desrespeitar a legislação do Ministério da Educação”.

Táxi no entorno da Fonte Nova

Conceição da Praia, (próximo ao Elevador Lacerda)  
20 vagas

Vale dos Barris (Acesso à Lapa)
26 vagas

Terreiro de Jesus (Praça) 
8 vagas

Carlos Gomes (Entrada da Rua  2 de Julho)
10 vagas

Rua da Misericórdia (ao lado da prefeitura)
10 vagas

Por Thais Borges
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Obras de mobilidade urbana para Copa em Salvador têm prazos incertos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A mobilidade urbana em Salvador é um problema crônico e que leva a um gargalo atualmente insuperável na cidade. Com a confirmação de que a capital baiana sediaria a Copa de 2014, houve grande esperança por parte da população de que obras e recursos pudessem enfim livrar a cidade dos enormes engarrafamentos e melhorassem seu sistema de transporte de baixa qualidade. Hoje, quem não tem carro em Salvador está servido unicamente de ônibus para se movimentar pela cidade.

A frota de ônibus de Salvador gira em torno atualmente de 2.450 ônibus, auxiliados por 290 veículos que integram o Sistema de Transporte Complementar. Entretanto, a passagem de R$ 2,80 é criticada por usuários e entidades civis devido à frota mal distribuída entre os bairros e com veículos antigos e desconfortáveis. Além disso, os coletivos seguem por ruas malcuidadas e frequentemente engarrafadas a qualquer hora do dia. Com isso, a melhor opção segue sendo tomar um táxi, cuja bandeirada inicial custa R$ 3,75 e o quilômetro rodado em R$ 1,85 na bandeira 1 e R$ 2,59 na bandeira 2. É o táxi mais caro entre as capitais do Nordeste, mas com um custo nacional apenas mediano.

A falta de entendimento entre os entes públicos causa grande desconfiança de que as intervenções prometidas sejam de fato efetivadas e entregues aos moradores. De todas estas obras, a mais polêmica, esperada e que poderia começar a sinalizar uma transformação radical na forma de encarar o transporte de massa na cidade é a do metrô de Salvador. Porém, após mais de 12 anos de iniciada, a construção do modal jamais chegou ao seu final e ainda teve o trecho original, de 12 quilômetros, reduzido à metade. Atualmente, a linha já erguida liga a Estação da Lapa – a maior da cidade – à movimentada Rótula do Abacaxi, mas não funciona. O trecho adicional deveria seguir até a Estação Pirajá e desobstruir o quase caótico trânsito da BR-324, mas somente as estruturas elevadas ficaram prontas, sem trilhos nem estações.

A ideia do governo do estado é usar verba federal para terminar e colocar em operação o primeiros seis quilômetros e, logo após, efetuar as obras de uma segunda linha, da Rótula até o aeroporto, com extensão de 24 quilômetros atravessando toda a avenida Paralela, uma das mais importantes da cidade. Além disso, o governo estadual também propôs construir paralela à nova linha corredores para BRT, o que resultaria em grande alívio do trânsito da Paralela, atualmente sufocado durante qualquer período do dia. Por fim, há a promessa de revitalizar os trens do Subúrbio Ferroviário e também implementar ciclovias em torno do estádio.
O projeto ainda está em fase de licitação e, caso seja aprovado, deverá ter obras iniciadas em 2013 e encerradas somente em 2016, dois anos depois da Copa. O custo foi fixado em R$ 3,5 bilhões com parceria entre governo e entes privados. A própria Linha 1, de seis quilômetros, não estará disponível a baianos e turistas na época do evento. Apesar de já ter trilhos, trens e ter passado por fase de testes, ainda não há os últimos recursos disponíveis para, enfim, liberar o transporte aos moradores de Salvador. Por conta de indefinições políticas, ainda é impossível determinar quando e como o modal será enfim inaugurado e integrado à vida da população.

Assim, a estratégia dos organizadores locais é, em última análise, trabalhar com o improviso. Há propostas de explorar sistemas de transporte alternativos, como ônibus especiais, reforço da frota de coletivos comum. O trade turístico entraria na questão oferecendo pacotes de traslado de hóspedes de hotéis até o estádio. Para facilitar este processo, haverá decreto de feriados em todos os dias de partidas na cidade, o que, esperam os gestores, diminua o trânsito em toda a cidade e facilite o caminho para quem vai à Fonte Nova.
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador
As únicas duas obras relativas aos esforços da Copa em andamento atualmente são a ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador e a reforma do porto da cidade. Classificada como satisfatória em termos de prazos, a intervenção no terminal aéreo visa reforma e adequação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves, além de construção de nova torre de controle. Todas as etapas deverão ser entregues no período entre agosto e dezembro de 2013.

Já no porto, uma intervenção longamente acalentada pelo trade turístico, o trabalho teve início no meio do ano. A intenção é transformar dois antigos armazéns em terminais turísticos e de passageiros, o que trará ao local atrações como restaurantes, galerias de exposição, casas de shows e outros equipamentos a serem usados por baianos e turistas. O estado aplicará verba federal de cerca de R$ 36 milhões, com fim das obras previsto para maio, coincidindo com o aniversário de 100 anos do terminal. 

Outra obra que, apesar de não ter sido iniciada, tem previsão de entrega para este ano é a das ciclovias da cidade. O projeto, chamado “Cidade Bicicleta”, prevê construir oito quilômetros de pista cicloviária no entorno da Arena Fonte Nova e 14 quilômetros no percurso do Centro até a orla, a área de Itapagipe (situada na Cidade Baixa) e o Centro Antigo. Este projeto, de execução considerada simples, seria entregue já para a Copa das Confederações e estaria também entre os planos de mobilidade como teste para a Copa do Mundo, integrando os sistemas já disponíveis.

Plano Diretor, a grande polêmica
Em Salvador, a grande polêmica que envolve a organização da Copa do Mundo é relativa a uma série de concessões institucionais às empresas da construção civil listadas na tentativa de aprovação de um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Como as alterações visam a mudanças de regras para exploração financeira no período da copa, a matéria passou a ser popularmente conhecida como PDDU da Copa.

O conjunto de propostas inclui alterações de exploração do espaço no entorno da Arena Fonte Nova para a construção de novos estacionamentos e estabelecimentos comerciais. A região, considerada histórica, tem uma série de edifícios tombados e, assim, muitos poderiam ser derrubados para dar lugar a novos centros comerciais. Mas a grande polêmica está em relação às concessões para construção de novos empreendimentos em diversas áreas da cidade, em especial a Orla Marítima.

Segundo o projeto, haverá mudanças nas regras que podem liberar o gabarito da região, o que, na avaliação dos ambientalistas, provocará o inapelável sombreamento da orla da cidade, nos moldes da região da praia de Boa Viagem, em Recife. A prefeitura de Salvador não obedeceu o trâmite legal da votação do projeto e não realizou a série necessária de audiências púbicas, além de não colocar à disposição o projeto na íntegra para apreciação da população, apostando no envio da matéria para a Câmara de Vereadores. Assim, o PDDU da Copa foi travado pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA) e assim permanece desde o ano passado.

Para tentar aprovar as medidas, os vereadores de Salvador transferiram os pontos questionados do PDDU da Copa para a votação de outro projeto, o da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), de caráter similar. A Louos original foi votada no final do exercício legislativo de 2011 em uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, novamente sem o cumprimento do trâmite legal, e sancionada pelo prefeito João Henrique no início de janeiro de 2012.

Para que as matérias do PDDU da Copa vingassem na Louos, uma nova votação deveria ser feita, mas novamente o MP questionou na Justiça os méritos e a própria aplicação da Louos foi suspensa pela Justiça no meio do ano. Os vereadores de Salvador prometeram e votaram os aditivos da lei no final do ano mesmo com protestos de políticos e entes jurídicos de toda a cidade alegando que a discussão deveria ser transferida para a próxima legislatura.

O ambientalista e vereador eleito pelo PV Marcell Moraes analisa a situação e afirma que a votação da matéria é uma “afronta à população”. “Houve uma renovação de 56% na Câmara de Vereadores de Salvador, o que indica que a cidade quer um outro perfil de legisladores. Até por respeito a esta decisão, a Câmara atual e o prefeito deveriam esperar mais 15 dias para que os novos vereadores assumam e que esta proposta possa ser debatida pela sociedade. Já chega, em Salvador, de votações no apagar das luzes do fim do ano”, criticou Moraes.

Mesmo assim, a polêmica matéria foi votada na noite do último dia 12 de dezembro. Na ocasião, o PDDU da Copa teve sete emendas para facilitar a construção durante o período do mundial e o texto dos adendos foi arbitrariamente escondido da oposição, minoria na Casa até então. O texto final era desconhecido de todos os vereadores. No final do pleito, apenas os parlamentares Olívia Santana (PcdoB), Aladilce Souza (PCdoB), os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC) foram contrários às medidas.

Como havia prometido ao longo de 2012, a promotora de Justiça Rita Tourinho foi à Justiça exigindo a anulação da votação ocorrida no apagar das luzes da última legislatura. Segundo ela, as decisões comprometem diversas administrações além da última e dá aos construtores poder para ignorar regulamentações ambientais. “O mínimo que se deve fazer é uma discussão ampla com a sociedade. O prefeito tem legitimidade até o último dia de mandato, mas há, neste caso, um aspecto moral. O correto seria deixar essas questões para o administrador seguinte. As mudanças só beneficiam o empresariado”, ponderou.

Por: Lucas Esteves
Informações: Rede Brasil Atual
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Chegou a vez do plano diretor de mobilidade urbana em Salvador

domingo, 13 de janeiro de 2013

O crescimento das cidades fez com que a mobilidade urbana se transformasse em tema gerador de demandas de grande complexidade. Como, no geral, estas demandas são respondidas pontualmente, elas se esgotam tão logo são implementadas, com pouca ou nenhuma efetividade. Começa aí, então, um ciclo vicioso, no qual, o caos no sistema de transporte nas cidades se retroalimenta dos suas próprias limitações.

O elemento de complexidade reside no fato de que os transportes de pessoas e de cargas, sobretudo nas grandes metrópoles, se entrelaçam com questões de ordem econômica, social, política, ambiental e cultural. Nesse intrincado labirinto, as soluções para a mobilidade urbana não podem absolutizar os interesses daqueles que exploram o transporte público, sob pena de consolidar a distorção de um sistema de transporte baseado exclusivamente no ônibus.

A superação do sucateamento do transporte público e a construção de um novo sistema de mobilidade urbana nas cidades brasileiras, que leve em conta estas premissas,passaram a ter um ponto de origem a partir de 03 de janeiro de 2012, data na qual a presidente Dilma Roussef promulgou a Lei 12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana e dá a ela o caráter de instrumento da política de desenvolvimento urbano.

A nova lei passa a ser um parâmetro para toda e qualquer discussão e definição sobre mobilidade urbana no Brasil. O caráter sustentável está explícito quando a mesma interliga mobilidade urbana às políticas de habitação, saneamento básico, planejamento, gestão do uso do solo e prioriza o transporte não motorizado sobre o motorizado e o transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado.

Consoante com o Estatuto da Cidade, do qual ela é instrumento, a Lei Nacional de Mobilidade estipula a necessidade de toda cidade brasileira, acima de 20 mil habitantes, elaborar o Plano Diretor de Mobilidade Urbana Sustentável.

Diante disso, a atual legislatura da Câmara de Vereadores de Salvador tem pela frente a tarefa de construir a mobilização da sociedade para exigir que o novo prefeito envie à Casa a proposta de PDMUS (Plano Diretor de Mobilidade Urbana Sustentável), com todos os estudos técnicos e pareceres, planilhas e índices técnicos. A partir daí as audiências públicas serão realizadas e finalmente o mesmo irá para apreciação final dos vereadores, que votarão e aprovarão o novo Plano de Mobilidade Urbana da cidade.

Salvador não pode perder mais esta oportunidade de repensar o transporte público sob o ponto de vista da maioria da cidade, adotando um sistema com vários modos de transporte (trens, metrô, VLT, BRT, ascensores, aquáticos, bicicletas, motos, à pé, ônibus), com acessibilidade universal, no qual todos possam confiar e deixar o carro em casa. A verdadeira solução para os engarrafamentos, acidentes constantes, perda de tempo e de qualidade de vida, passa pela afirmação do transporte público de qualidade, sustentável e justo socialmente.

Por Everaldo Augusto
Informações: Bahia Notícias

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Projeto pretende criar 217km de ciclovias em Salvador

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Conder) lançou no ano de 2012, o Plano de Mobilidade Urbana para Salvador e o Projeto Cidade Bicicleta – apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, com estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte. As obras devem começar no 1º semestre de 2013.

Com um investimento de cerca de R$ 41 milhões, o Projeto promete implantar um sistema cicloviário na cidade ao ampliar a malha cicloviária para 217 Km. Números não oficiais dizem que a capital baiana tem, hoje, aproximadamente 20km de ciclovias.

“Este projeto pretende dotar as cidades da Bahia, em especial Salvador e sua macrorregião, de sistemas cicloviários completos que permitam o pleno circuito do trabalhador, da população nas atividades sociais e esportivas e do turista”, diz descrição encontrada no site da Secretaria de Planejamento.

Em andamento

A primeira fase do Cidade Bicicleta já está em curso, com a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas, somando aproximadamente 64 km de ciclovias situadas basicamente em pontos de interesse para o mundial: entorno da Arena Fonte Nova (palco dos jogos na capital baiana) e no percurso do Centro até a orla, incluindo pontos turísticos da Cidade Baixa e Centro Antigo.

Para o Superintendente da Conder, Antônio Brito, o sistema cicloviário do Projeto Cidade Bicicleta é uma alternativa para solucionar a mobilidade urbana em Salvador e em mais 41 municípios baianos. “Esse modelo é uma tendência mundial e é totalmente adaptável à cidade, além de ser sustentável”, afirmou durante reunião com os membros do Grupo Executivo de Trabalho de Infraestrutura, em novembro.

Promessas não cumpridas

Apesar da iniciativa positiva, a população de Salvador continua desconfiada sobre qualquer proposta de mobilidade para a cidade. Isso por conta da quantidade de promessas não cumpridas, em especial o atraso histórico do Metrô, que teve sua construção iniciada em 2000 e até hoje não foi concluído. ”Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador.

Segundo o Jornal A Tarde, uma pesquisa feita pela Conder em 2009 apurou que 60% dos usuários de bicicletas na capital baiana não tem renda ou ganham até um salário mínimo. Para Antônio Brito, o projeto Cidade Bicicleta foi focado principalmente nas classes mais baixas.

“A Copa só veio a ajudar o início da sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas, etc. Estas pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não terem dinheiro para outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que tenham sua segurança comprometida devido aos [demais] veículos”, diz Brito.

Além de uma questão social, a bicicleta deve ser entendida como um meio de integração entre as pessoas, promoção da saúde e mais uma alternativa viável de transporte a qualquer cidadão. Não adianta pensar nas ciclovias apenas como uma maneira prática de tirar “o pobre do caminho dos carros”, para que não atrapalhem a fluidez. A bicicleta é uma solução real, para todas as classes sociais, gostos e motivações. Segregá-la da via apenas com a justificativa da segurança é empurrar para debaixo do tapete um problema que causa desgaste político e que, por isso, ninguém quer encarar de frente.

As cidades que vão receber as Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações 2013 (considerado evento-teste que antecede o mundial) sofrem, em geral, com os problemas do excesso de automóveis – e já sentem a necessidade de procurar soluções menos pontuais e paliativas para garantir o deslocamento de moradores e turistas.

O ideal é que os eventos esportivos deixem legados após as competições, melhorando a qualidade de vida das pessoas, com obras de infraestrutura urbana eficientes e, claro, que continuem estimulando a prática esportiva.

Por isso os investimentos em meios de transporte mais humanos e não motorizados devem ser vistos com bons olhos e cobrados das autoridades, especialmente considerando as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, legislação sancionada no início de 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Por Aline Cavalcante
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