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Frota de veículos aumenta 93,8% em Campinas em 14 anos, aponta estudo

domingo, 20 de setembro de 2015

A frota de veículos em Campinas (SP) aumentou 93,8% em 14 anos, de acordo com um estudo divulgado pela Empresa de Desenvolvimento da cidade (Emdec). O cálculo considerou os anos de 2000 a 2014 e mostra que, em contrapartida, a população da cidade cresceu apenas 19,1%. 

Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), utilizados no estudo da Emdec, mostram que, na cidade, trafegavam 454.490 veículos no ano 2000 e que esse número saltou para 881.235 no ano passado. Segundo o IBGE, neste mesmo período, o crescimento populacional passou de 969.363 para 1.154.617.

Nas ruas, os motoristas convivem com o inchaço de carros. "Fazem 20 minutos já que eu estou no trânsito, é complicado. Eu demoro uma hora e meia para chegar na faculdade", conta o estudante Eduardo Faria. A situação é recorrente na Avenida John Boyd Dunlop e, por conta do congestionamento, os motoristas que utilizam a via diariamente têm optado por caminhos alternativos.

A equipe de jornalismo da EPTV, afiliada da TV Globo, flagrou um ônibus da linha 213 sentido rodoviária utilizando o canteiro central da Avenida John Boyd Dunlop para evitar o trânsito. Outros motoristas também improvisam acessos, e acabam sendo imprudentes.

Apesar do crescimento no número de veículos em circulação pelo município, as ruas e avenidas da cidade não são suficientes para a demanda. "O que acontece ali é uma restrição física, que novamente chega à questão do pacto urbano. Nós precisamos priorizar o transporte coletivo, que ocupa muito menos espaço por pessoa movimentada na via", explica o especialista em transporte Orlando Fontes Júnior.

Gentileza urbana
Além do transporte público, o especialista ressalta que os próprios motoristas têm que tomar iniciativas como caronas para diminuir o congestionamento nas vias. "Eu sou muito favorável  ao resgate da gentileza urbana, onde as pessoas colaborem com os demais e que rediscutam a cidade que queremos", afirma.

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Passagem de ônibus em Belo Horizonte fica mais barata nesta quinta

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

As passagens de ônibus Belo Horizonte serão reduzidas a partir da 0h desta quinta-feira (17). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

A medida foi determinada pela Justiça, após o executivo da capital mineira autorizar o aumento em agosto. As passagens principais subiram de R$ 3,10 a R$ 3,40.

Agora os preços vão voltar ao que eram antes do reajuste. A tarifa principal (azul) volta a custar R$ 3,10; Circulares e alimentadores terão preço de R$ 2,20; de vilas e favelas (micro-ônibus) vão valer R$ 70; as linhas longas executivas, R$ 5,80 e as curtas R$ 4,65.

Nesta segunda-feira (14), o juiz da 4ª vara de Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, Rinaldo Kennedy Silva, suspendeu o aumento das passagens. O argumento do magistrado é que não haveria justificativa para o reajuste.

O pedido para a redução foi feito pela Defensoria Pública, que ainda solicitou uma perícia fiscal e financeira, a ser feita pela Justiça. A suspensão vale até a perícia ser realizada.

Recurso
Apesar de a prefeitura ter anunciado a redução das tarifas, no fim da tarde desta quarta, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que o Executivo municipal recorreu da decisão que suspende o reajuste.

O recurso foi distribuído para a desembargadora Áurea Brasil, da 5ª Câmara Civel. Não há prazo para o julgamento.

Reajuste de tarifas de ônibus e táxi-lotação
As passagens principais de ônibus subiram de R$ 3,10 para R$ 3,40 no dia 8 de agosto. O aumento foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 31 de julho e valeria a partir do dia 4 de agosto. Entretanto, uma determinação judicial adiou o reajuste.

O valor da tarifa mais usada apresentou reajuste de 9,7% em sete meses. No período, a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Belo Horizonte foi de 6,4%. O aumento anterior havia sido em dezembro de 2014. Na soma dos dois reajustes, a passagem mais utilizada pela população subiu cerca de 19%.

O valor da tarifa das linhas circulares e alimentadoras (ônibus na cor amarela) passaram de R$ 2,20 para R$ 2,45; de vilas e favelas (micro-ônibus na cor amarela): de R$ 0,70 para RS 0,75; as executivas linhas longas de R$ 5,80 para R$ 6,40; e as executivas linhas curtas de R$ 4,65 para R$ 5,15. Já os ônibus suplementares terão passagens nos valores de R$ 2,45, R$ 2,75 e R$ 3,40. O táxi-lotação também aumentou.

Informações: G1 MG

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Grande BH é a quarta pior em deslocamentos

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ir de casa para o trabalho e vice-versa é mesmo uma viagem para mais de 1 milhão de moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que gastam, em média, duas horas e cinco minutos nos trajetos. O dado foi revelado por pesquisa divulgada nesta semana pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), tendo como base informações de 2012. Em relação ao custo, R$ 5,46 bilhões deixaram de ser produzidos naquele ano, na Grande BH, com esse tempo “perdido” acima de 30 minutos – tempo de deslocamento considerado razoável.
Foto: Flávio Tavares

Belo Horizonte é a quarta área metropolitana onde mais se perde tempo no trânsito, dentre 37 pesquisadas, totalizando 601 municípios. Em primeiro lugar ficou o Rio de Janeiro (141 minutos), seguido de São Paulo (132 minutos) e Salvador (128 minutos). No país, o impacto da chamada “produção sacrificada” na economia ultrapassa R$ 111 bilhões. Ao todo, mais de 17 milhões de trabalhadores demoram, em média, 114 minutos nesses percursos.

Extremo

O estagiário de engenharia civil Victor Matheus Souza Vieira Santos, de 24 anos, está entre eles. Diariamente, ele gasta cerca de uma hora e 50 minutos apenas no trecho de ida para o trabalho, saindo de Betim para a Savassi, zona Sul de BH.

A rotina de espera, transporte coletivo lotado e trânsito engarrafado começa bem cedo, por volta das 6h30. Depois de pegar dois ônibus e andar uns cinco minutos a pé, ele chega ao serviço com a certeza de que o tempo foi desperdiçado. “Gasto cerca de quatro horas por dia nesses deslocamentos. Em um ano, são 960 horas perdidas no ônibus, o equivalente a um mês”, calcula Santos.

Para ele, falta transporte público de qualidade, sobretudo com agilidade. “No Canadá, onde morei, percorria uma distância semelhante em meia hora de Sky Train”, conta. O sistema metropolitano ligeiro é adotado na grande Vancouver, província da Colúmbia Britânica, e utiliza tecnologia com trens automatizados que percorrem trilhas elevadas.

Ao volante

Mesmo de carro, esse deslocamento diário não é fácil. O analista de planejamento logístico Alexander Francisco precisa de uma hora e 20 minutos para sair de Contagem (RMBH) e chegar ao trabalho, no Funcionários (zona Sul). “O fluxo de veículos é intenso, com vários pontos de lentidão. É um tempo que eu poderia estar investindo em outras coisas, ficando com a família, estudando”.

Principais serviços estão dispersos nas cidades

O tempo que se perde preso no trânsito é uma “disfunção metropolitana”, diz o arquiteto e urbanista Sérgio Myssior. Segundo ele, o grande problema é que as pessoas precisam se deslocar muito para ter acesso às principais funções da cidade, como habitação, saúde, comercio, serviços e trabalho. “Tudo isso está disperso no território e desintegrado”.

Essa disfunção ocorre tanto entre os bairros da capital quanto em relação às cidades da região metropolitana. “Em Ribeirão das Neves, por exemplo, você tem grande contingente de pessoas de renda mais baixa, mas esses moradores não encontram no seu entorno oportunidades de trabalho, estudo e precisam percorrer muitos quilômetros para satisfazer essas demandas. Mesmo em locais de renda mais alta, como o bairro Alphaville, em Nova Lima, as pessoas também têm de sair para ter acesso a estudo, a saúde, a trabalho”, exemplifica.

Desequilíbrio

Ainda segundo Myssior, no Brasil, as cidades têm territórios com ocupação “segregada”, como se uma determinada região só pudesse abrigar habitação e outras só oportunidades de trabalho. Ele ainda destaca a grande dependência dos municípios menores em relação aos grandes centros, como Belo Horizonte. Pesquisa do IBGE de 2014 mostrou que dos 380 mil habitantes de Betim, 95 mil (25%) saem diariamente da cidade para trabalhar ou estudar em regiões vizinhas. Em Contagem, isso acontece para 191 mil, ou 31% dos 600 mil moradores. Em Confins, bem mais da metade da população faz esse deslocamento, 4 mil dos 6 mil habitantes.

“Para solucionar o problema do trânsito, não basta ampliar a infraestrutura de mobilidade, mas equilibrar a oferta e demanda das principais funções urbanas, criar novas centralidades, o que já está sendo pensado no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de BH e também na nova proposta do Plano Diretor da capital”, enfatiza. Os investimentos prioritários em transporte coletivo, em detrimento do individual, também devem ser uma forte diretriz na opinião do especialista.

Resposta

Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) destaca que o tempo de duração e o custo do deslocamento na região metropolitana são os dois pontos centrais da revisão que o governo está realizando no sistema. “O estudo será concluído até o fim deste ano. Usuários, executivos e legislativos das cidades da RMBH estão sendo ouvidos na revisão”.


“Quando mantenho essa estrutura segregada das funções dentro das cidades, reforço a desigualdade. O território urbano, se bem planejado, além de melhorar a mobilidade, poderia ser indutor da redução das diferenças" Sérgio Myssior, arquiteto e urbanista

123 minutos era o tempo gasto no deslocamento casa-trabalho-casa na rmbh em 2011; o aumento foi de 1,5% em 2012

Por Aline Louise
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BRT Feira de Santana contemplará 130 mil pessoas em dois corredores

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Além de modernizar o sistema de transporte público coletivo na cidade, o BRT (sigla em inglês referente a Transporte Rápido sobre Ônibus) vai contemplar mais de 130 mil pessoas ao longo dos dois corredores de tráfego do sistema.

Segundo o censo demográfico promovido pelo IBGE em 2010, na região onde o BRT vai transitar em Feira de Santana existem mais de 110 mil habitantes.

Além disso, estas duas áreas da cidade também estão acolhendo mais 27 mil pessoas com a construção de cerca de 7.500 novas residências, conforme ressalta o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito.

Um dos corredores contempla os bairros Mangabeira, Conceição I, II e III, Agrovila, Mangabeira, Loteamento Mirasol, Loteamento Modelo, Alto do Papagaio, Santa Bárbara, Santa Quitéria e Candeal, enquanto no outro corredor do BRT estão sendo contempladas as linhas dos bairros FTC, SIM, Santo Antônio dos Prazeres, São Roque, Jaiba e Aeroporto. Além disso, passa ainda por bairros como Parque Getúlio Vargas, Caseb e Ponto Central.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana


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Tarifa de ônibus vai aumentar 9% em Itajaí

terça-feira, 7 de julho de 2015

Seis meses após o último reajuste nas tarifas do transporte coletivo, em Itajaí, as passagens sofrerão novo aumento a partir da próxima segunda-feira. O prefeito Jandir Bellini autorizou um reajuste de 9%. O valor passará de R$ 3 para R$ 3,27 (na compra antecipada) e de R$ 3,30 para R$ 3,60 (no embarque). Quem não tem vale-transporte e usa o cartão paga hoje cerca de R$ 90 _ esse valor passará para R$ 98,10.
Foto: Marcos Porto / Agencia RBS
A prefeitura informa que o pedido de aumento foi analisado por técnicos do Executivo que consideraram necessário o reajuste da inflação para manter o equilíbrio financeiro da empresa sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados aos usuários. O secretário de Urbanismo, Paulo Praun, nega que se trate de um aumento, mas de uma reposição com base na inflação acumulada nos últimos 12 meses. Ele não soube informar o índice considerado.

— Só estamos dando o reajuste com base no combustível, que ficou acima da inflação, e dos preços do óleo e das peças que também subiram. Isso realmente impacta no valor — argumenta.

No entanto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses ficou em 8,47% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em 8,76% no mesmo período. Ambos são calculados pelo IBGE.

— O grande problema está no aumento de custo geral. Se ficarmos muito tempo sem dar reposição, teremos que fazer tudo de uma vez, o que vai deixar o valor muito alto — justifica Praun.

Conforme a prefeitura, os cartões já comprados terão validade na tarifa atual durante 30 dias. Até sexta-feira os usuários poderão recarregar pelo preço atual de R$ 3.

Um dos proprietários da Coletivo Itajaí, Alexandre Rizzi, informou nesta segunda-feira à tarde que não iria se manifestar porque a empresa ainda não havia sido notificada sobre o reajuste pela prefeitura. De acordo com o Executivo, a empresa pleiteava a tarifa de R$ 3,70 desde abril.

Usuários vão apelar para a bicicleta

A diarista Monica Andrade dos Santos, 23 anos, usa o ônibus todos os dias para trabalhar. Como são raras as casas em que ganha o valor do transporte separado, o aumento vai pesar no bolso dela:

— Vai impactar bastante, essa diferença vai sair do meu bolso.

A moradora do bairro Cordeiros também não economizou críticas ao serviço.

— Os ônibus vêm muito lotados e os motoristas não têm respeito pelos idosos, crianças de colo e mulheres grávidas. Se eu pudesse, andava só de bicicleta — queixa-se.

O casal Jeniffer Corrêa, 20, e Cristiano Rossi Graf, 24, costumam usar o transporte coletivo duas vezes por semana, quando vão visitar parentes que moram longe, ou em dias de chuva. Eles também reprovam o novo aumento.

— É um absurdo. Está compensando mais comprar um carro — diz Graf.

Jeniffer reclama do atendimento prestado pela Coletivo Itajaí. Segundo ela, é comum esperar até 40 minutos no terminal da Fazenda por um ônibus que vá em direção ao bairro, onde mora. 

— Umas três vezes que eu estava andando de bicicleta no Centro quase fui atropelada — conta.

O casal disse que vai procurar evitar o transporte coletivo e dar prioridade para a bicicleta para não sofrer com o aumento da tarifa.

SERVIÇO

Veja onde fazer recargas no valor atual de R$ 3 até sexta-feira:
Terminal da Fazenda - das 8h às 18h
Escritório da Coletivo - das 8h às 12h e das 13h30min às 18h
Terri - das 7h45min às 12h e das 13h30min às 17h30min

Informações: O SOL DIÁRIO

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Tarifa de ônibus de Franca passará de R$ 3,10 para R$3,50

domingo, 21 de junho de 2015

A Prefeitura de Franca (SP) anunciou um novo reajuste de 12,9% na tarifa do transporte coletivo da cidade após quase um ano. A passagem de ônibus passará de R$ 3,10 para R$3,50, se igualando ao preço praticado no bilhete único em São Paulo. O aumento entra em vigor na próxima quinta-feira (25).

Em nota, a administração municipal informou que o valor foi fixado após análise da planilha de custos da empresa São José, responsável pelo transporte, que apontou as necessidades para manutenção do sistema. De acordo com a Prefeitura, a concessionária chegou a pedir que a tarifa fosse elevada para R$ 5,62, um reajuste que seria de 81,29%.

Nenhum responsável da São José foi encontrado para comentar os valores.

Reajuste pesa no bolso, dizem usuários
O atual reajuste, publicado no Diário Oficial na sexta-feira (19), é maior que a inflação dos últimos 12 meses, que segundo o IBGE foi de 8,47%. Também é superior ao último aumento na tarifa, em 10 de julho de 2014, quando o valor passou de R$ 2,80 para R$ 3,10 – elevação de 10,71%.

O novo preço é superior ao de cidades paulistas como Ribeirão Preto (R$ 3,00) e Santos (R$ 3,25), além de se igualar à tarifa da capital paulista. 

Informações: G1 Ribeirão e Franca
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São Paulo bate a marca de 8 milhões de veículos

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A frota da capital paulista chega a 8 milhões de veículos nesta segunda-feira (25), segundo projeção feita pelo G1 com base no número de novos emplacamentos diários feitos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que é de 723. O último dado oficial do departamento é o balanço de abril, quando a frota da cidade fechou em 7,98 milhões de veículos.

A nova marca evidencia a briga crescente por espaço nos 17 mil kms de vias da cidade e, para especialistas, torna ainda mais importante o investimento maciço em transporte público. Os números do Detran mostram que todos os tipos de veículos seguem crescendo em São Paulo, desde motos, ônibus e caminhões.

O avanço do número de automóveis por pessoa é, porém, um dos quesitos mais alarmantes. Em março de 2011, quando a frota da capital bateu a casa de 7 milhões, a capital tinha aproximadamente um carro para cada 2,19 habitante se levadas em conta as projeções populacionais da Fundação Seade. Hoje, essa relação baixou para 2,03.

Já no Brasil, essa proporção é de 4,1 habitantes para cada carro, segundo os últimos dados disponíveis do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço da frota ao longo dos anos tem impacto direto em problemas como congestionamentos e acidentes. Também em uma comparação com 2011, o trânsito no horário de pico foi nos primeiros quatro meses de 2015 foi 14% maior do que o verificado há quatro anos, chegando a picos de 109 km de lentidão.

Segundo especialistas em transporte, é um problema crescente, apesar da diminuição do trânsito se comparado com o ano passado em 16,3% -fato atribuído à crise econômica. A Prefeitura de São Paulo credita a melhoria no trânsito às obras de mobilidade da gestão Fernando Haddad que estariam contribuindo para a redução do uso do automóvel na cidade. Já em relação aos acidentes, o ano de 2014 teve 1.195 fatais, 7,2% mais do que o ano anterior.

Investimento em transporte público
Para especialistas em transporte ouvidos pelo G1, não há outra solução que não investimento maciço em transporte público. “Gastar com pontes e túneis hoje em São Paulo é jogar dinheiro fora. Em um mês se exaure”, afirma o consultor Horácio Figueira.

Ele cita o exemplo da Marginal Tietê, que teve faixas ampliadas em 2009, canteiros eliminados, e que teve um ganho de velocidade apenas por um período, voltando a ser rapidamente um dos pontos caóticos do trânsito da capital.

Segundo o especialista, não seria possível colocar mais de 1 milhão de veículos ao mesmo tempo nos 17 mil km de vias de São Paulo, segundo cálculos feitos por ele considerando o tamanho médio dos carros e a malha viária da capital.

A opinião é semelhante à do professor área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, que compara a cidade de São Paulo a um baile. "Vai chegando gente e o salão não aumenta de tamanho. O espaço viário para circularem não cresce nessa proporção.”

Para ele, as melhorias trazidas por uma linha de Metrô ou um corredor de ônibus são permanentes. Ele afirma que o investimento em faixas de ônibus na atual gestão Fernando Haddad (PT), quando foram inaugurados 475,4 km de faixas e corredores de ônibus, teve o mérito de melhorar a velocidade dos coletivos, tornando o serviço mais atrativo.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, cita também os investimentos em ciclovias como motivo da recente queda de lentidão no município – hoje são 210 km. Bandeira Guimarães discorda que elas possam ter tido algum efeito significativo no trânsito. "Melhora no trânsito de São Paulo, só se houvesse uma grande melhoria e ampliação do transporte público num projeto de médio prazo. “É preciso investimento em massa em transporte público de qualidade", avalia.

Nesse mesmo sentido, Horácio Figueira lamenta a velocidade de crescimento do Metrô de São Paulo, que é de cerca de dois quilômetros novos por ano, menor do que outras metrópoles como Cidade do México. Para ele, a saída mais rápida é a construção de corredores de ônibus.

Figueira opina também que a mudança precisa ser cultural. “As pessoas já se acostumaram no padrão de conforto do carro, mesmo sofrendo duas horas, a pessoa não vê outra alternativa”, diz.

Informações: Márcio Pinho
Do G1 São Paulo
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Em Fortaleza, 14 mil pessoas com deficiência têm direito à gratuidade no transporte coletivo

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Respaldadas pela Lei nº 57/2008, as pessoas com deficiência do município de Fortaleza contam com o benefício da gratuidade no transporte público coletivo. A Lei beneficia mais de 14 mil pessoas com deficiência e, mensalmente, são atendidas pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) em torno de 1.300 pessoas. Entre os cartões emitidos até hoje, 70% contam com acompanhante, benefício que é disponível desde que seja comprovada em laudo médico a necessidade permanente de acompanhamento.

Para ter direito ao cartão, é necessário residir em Fortaleza, comprovar o tipo deficiência (conforme Decreto Federal 5296/2004) por meio do laudo médico padrão emitido pela Rede Pública de Saúde dos níveis Municipal, Estadual, Federal ou pela rede conveniada ao SUS, estar fora do mercado formal de trabalho e atender a um dos critérios socioeconômicos: ser beneficiário do Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS); fazer parte de família beneficiária do programa Bolsa Família, estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal ou dispor de renda per capita familiar de até um salário mínimo.

A Diretoria de Acessibilidade, Sustentabilidade e Inclusão Social (Diasis) da Etufor é responsável pelo processo de inscrição, avaliação do requerimento, cadastro de beneficiários, expedição e entrega dos cartões, bem como revalidação do benefício. Tudo isso pode ser feito no posto de atendimento da gratuidade na sede da Etufor. O cartão da gratuidade tem validade de um ano, após esse período o usuário deve dirigir-se à Etufor para revalidá-lo, portando os documentos atualizados que comprovem a condição da pessoa com deficiência (laudo médico padrão) e de seu perfil socioeconômico atualizado.

Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, as pessoas com deficiência em Fortaleza somam 660 mil. “É importante assegurar esse direito às pessoas com deficiência do município de Fortaleza que estejam nos critérios estabelecidos pela Lei, visando fortalecer cada dia mais essa política pública de inclusão social”, afirma Renata Flávia, Diretora da DIASIS.

Documentação necessária:
• Laudo médico padrão (complementado de informações adicionais/exames relacionados à deficiência como audiometria, acuidade visual, quesitos psiquiátricos etc).
• Declaração emitida pelo CRAS ou Regional que ateste o perfil sócio econômico exigido;
• No caso de beneficiário (a) do BPC: apresentar o histórico do benefício ou o Demonstrativo de Crédito de Benefício;
• RG (identidade) e CPF do requerente e de seu representante legal (original e cópia);
• Certidão de Nascimento, quando se tratar de criança, seguida do RG e CPF do responsável (original e cópia);
• Comprovante de residência atual do município de Fortaleza, com CEP;
• 2 (duas) fotos 3x4 originais e recentes;
• Carteira de Trabalho (CTPS) para pessoas com idade superior a 16 anos e inferior a 60 anos ou Extrato Previdenciário (Emitido pelo INSS) ou, em caso de afastamento do trabalho, o histórico do INSS.

Serviço:
Endereço: Av. dos Expedicionários, 5677, Vila União.
Atendimento: Segunda às sexta-feira, das 8h às 16h30, sem intervalo para o almoço.
Informações: 3105.3245 ou 3131.7834

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Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Em abril de 2015, finda o prazo de três anos para a elaboração do plano de mobilidade urbana nos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, estabelecido pela Lei 12.587/2012, a Lei de Mobilidade Urbana. Nesse período, as cidades deveriam ter incluído nos seus planos diretores as diretrizes de transporte determinadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana. No entanto, a poucos meses da expiração desse prazo, mais de 70% das capitais e cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes, e 95% do total de municípios acima de 50 mil habitantes, não conseguiram finalizá-lo.

Desde 1988, a Constituição Federativa do Brasil já objetivava, na política urbana, a ordenação e o desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar da população. O plano diretor já constava como obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes. No entanto, apenas 13 anos depois, com o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), ocorreu a regulamentação e foram estabelecidos os critérios dessas políticas urbanas, incluindo a obrigação da União em instituir as diretrizes para os transportes urbanos - o que aconteceu somente em 2012.

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que apenas 3,8% do total dos municípios brasileiros possuíam Plano Municipal de Transporte. Nas cidades acima de 500 mil habitantes, 55,3% dos municípios tinham o Plano e 28,9% estavam em processo de elaboração.     

Em recente controle dos Planos de Mobilidade Urbana feito pelo Ministério das Cidades, de 1.317 municípios que responderam a pesquisa (equivalente a 38% dos 3.325 mil municípios acima de 50 mil habitantes), apenas 61 (5%) possuem o plano de mobilidade urbana. O número total de municípios que não têm o plano são 1.256 (95%), dos quais apenas 361 (29%) estão em processo de elaboração.

Às vésperas do encerramento do prazo definido pela Lei de Mobilidade, a Revista NTU Urbano apurou em 46 cidades, incluindo as 27 capitais e as cidades acima de 500 mil habitantes, os principais gargalos sobre a elaboração dos chamados “Plamob” e também de que maneira secretários e técnicos têm encarado a missão de transformar a mobilidade urbana em suas localidades.

No levantamento, foi constatado que 71,8% das cidades não têm o plano. Dentro desse percentual, 91% estão em processo de elaboração e 9% não iniciaram. Das cidades que possuem o plano, 69% são capitais. Das 27 capitais brasileiras, 67% não possuem o Plano de Mobilidade Urbana e 33% possuem ou estão em fase de elaboração (confira os gráficos).

De acordo com a apuração da Revista NTU Urbano, dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios na elaboração dos planos, destacam-se a falta de recursos financeiros e a precária estrutura de pessoal. Esses também foram apontados como os motivos para o atraso na entrega dos projetos.

Segundo o Ministério as Cidades, as razões são variadas. “Pudemos identificar que alguns municípios não conhecem o teor da lei nem as reais sanções para a não-elaboração do Plano de Mobilidade, apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SeMob) para divulgação da Lei nº 12.587, seja através de seminários, cursos e publicações sobre o tema”, explica o órgão em nota oficial.

A SeMob do Ministério das Cidades ressalva que “vem identificando um crescente interesse por parte dos municípios para a capacitação e maior mobilização nos últimos meses para a elaboração de Plano de Mobilidade”.

Em suma, a realidade é que um número muito alto de cidades não conseguirá atender ao prazo da Lei. Essa é a realidade de Cuiabá (MT), que ainda está na fase de contratação de empresa para elaboração do plano. Segundo Anna Regina Feuerharmel, secretaria-adjunta da Secretaria de Mobilidade Urbana da capital, esse processo não foi iniciado antes por falta de recursos humanos e financeiros. “Já foi feito o escopo básico e o termo de referência para licitação. A previsão para a finalização do plano é até 18 meses após o seu início”, revela Anna Regina.

Das cidades que ainda não possuem plano, dois exemplos são Duque de Caxias (RJ) e Goiânia, que ainda não deram início a nenhuma etapa do processo de elaboração. Na capital goiana não há previsão para a construção do PMU. É o que informa Sérgio Wiederhecker, diretor de Planejamento e Gestão Sustentável. “A elaboração do plano está na agenda, mas não sabemos quando será iniciado porque existem outras prioridades (da prefeitura de Goiânia), como saneamento e outras questões”, justifica.

Integrando a cidade

Como previsto na Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade Urbana deve ser integrado ao Plano Diretor do município. Apesar de ser um dos aspectos fundamentais da legislação que as áreas de desenvolvimento urbano estejam em consonância, esse também se tornou um dos motivos para os atrasos dos planos.

Devido a esse fator, alguns municípios precisam aguardar a elaboração ou revisão do Plano Diretor para dar andamento ao Plamob. Um exemplo dessa situação é Palmas (TO). O projeto foi iniciado há dois anos. Mas, como está sendo integrado a todas as outras áreas de planejamento da capital, a finalização do plano de mobilidade urbana e transporte foi adiada. Ainda assim, a previsão é de que o plano seja apresentado ao Ministério das Cidades em abril deste ano.

A diretora de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT), Joseísa Furtado, afirma que todo o plano de mobilidade urbana e transporte da capital tocantinense está em harmonia e totalmente integrado a outras áreas da cidade. “Teremos a implantação de sistemas BRT que caminha junto com calçadas e ciclovias”, garante.

Para Furtado, todas essas mudanças são muito importantes. Ela enxerga de maneira otimista que, embora, esses investimentos tenham demorado a acontecer, são extremamente necessários. “Sem dúvida, nunca investiram tanto em mobilidade urbana. A Copa do Mundo foi um fracasso (na cidade), mas deixou todos esses projetos como um legado para as cidades”, opina.

Há também aquelas cidades que se antecederam à Lei, trabalhando com um planejamento para a mobilidade e transporte antes de 2012, e que agora passam por um momento de revisão desse plano, atendendo melhor aos critérios estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Entre elas, está Curitiba (PR), cidade modelo em implantação de redes multimodais e sistemas mais avançados de transporte coletivo urbano. A capital paranaense possui o plano desde 2008.

“Atualmente, estamos em fase de finalização da revisão do Plano Diretor Municipal. Após a entrada em vigência desta versão atualizada, iniciaremos a revisão do Plano de Mobilidade, já em consonância com a nova política nacional e com o próprio plano diretor atualizado”, explica o supervisor de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Oscar Ricardo Schmeiske.

Em Boa vista (RR), a prefeitura informa que o Projeto de Mobilidade Urbana está de acordo com o Plano Diretor da Cidade, no que se refere à mobilidade. O projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, destina R$ 68 milhões para a  melhoria do sistema de transporte urbano da capital, que inclui a implantação de 44,6 quilômetros de ciclovia. Estão previstas ainda a implantação de 50 bicicletários e a revitalização da sinalização vertical e horizontal. Os processos licitatórios para contratação das empresas já foram iniciados e, depois de seguidos todos os trâmites legais, estima-se que os serviços sejam finalizados no final de 2016.

Em Florianópolis (SC), a participação do BNDES no desenvolvimento dos estudos foi muito além do apoio financeiro, afirma o coordenador técnico do PLAMUS pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros. “A troca de experiências e conhecimentos com a Área de Estruturação de Projetos do BNDES, acostumada a desenvolver e acompanhar diversos projetos estruturados de grande porte e bem sucedidos no Brasil, foi bastante positiva e a participação da equipe técnica do BNDES durante todo o período de desenvolvimento do estudo, muito intensa e direta”, explica.

Segundo Medeiros, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, o BNDES apoiou o desenvolvimento dos estudos com recursos provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). Os recursos aportados pelo banco, no estudo, possuem caráter não reembolsável por parte do Governo de Santa Catarina, sendo este responsável pelo apoio institucional em conjunto com os municípios. “É a primeira vez que um estudo patrocinado pelo FEP possui caráter regional e não nacional, e há uma expectativa por parte do BNDES que o PLAMUS vire uma referência para que outras regiões metropolitanas construam seus planos de mobilidade”, conta o coordenador.

Elaboração do PMU

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), assegurada na Lei n.° 12.587/2012, estabelece os princípios e as diretrizes para o transporte nas cidades e também do Plano de Mobilidade Urbana. Esse, por sua vez, deve ser elaborado pelo poder público municipal em integração com os respectivos planos diretores dos municípios acima de 20 mil habitantes. A sua avaliação, revisão e atualização devem ser feitas, periodicamente, no prazo de até 10 anos. 

Para a composição desses planos, muitas cidades precisaram efetivar a contratação de empresas de consultorias para alguns processos e até mesmo para a elaboração total do plano. Algumas delas contaram com o apoio de entidades parceiras como a Embarq Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público para Todos (MDT) e também do Ministério das Cidades.

Pensando em contribuir com a construção do plano e auxiliar melhor as cidades nesse processo, a Embarq Brasil desenvolveu o guia “Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável”. A publicação traz conceito e exemplos práticos que colaboram para a formulação da política e do plano de mobilidade municipal. O guia apresenta a metodologia que descreve o passo a passo necessário para preparar, gerenciar, elaborar, instituir, implementar e revisar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. É possível fazer o download da publicação no site www.embarqbrasil.org. Outras publicações com orientação para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana podem ser acessadas no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).

Se as cidades não elaborarem os planos, terão como penalidade a falta de recursos financeiros para investir em mobilidade urbana. De acordo com o parágrafo 4° do Artigo 24 da lei, “Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei.”

Virando Lei

Embora não conste na Lei n.º 12.587/2012 que os planos de mobilidade urbana tenham que se transformar em um Projeto de Lei (PL) e posteriormente em uma lei municipal, algumas cidades sinalizaram que isso deva acontecer. Dos planos já elaborados, alguns já possuem PL, como é o caso de Sorocaba (SP).

O PL 198/2014 encontra-se em votação na Câmara Municipal de Sorocaba, segundo Adriano Brasil, gerente de Operação e Transporte Urbano, que informou que a previsão de votação é até o final de março. “O projeto de lei ficou parado na câmara porque está interligado com o Plano Diretor, que teve algumas alterações”, explica.

Já em Belo Horizonte a Câmara Municipal sancionou, em 2011, a Lei n° 31/11, que institui a Política Municipal de Mobilidade originária do Projeto de Lei n° 2.347/09, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos.

Existem também os casos das cidades em que os Projetos de Lei foram arquivados. É o caso de Brasília (DF) e Recife (PE), nos quais os números dos projetos são, respectivamente, PL 796/2012 e PLE 12/2011. 

Informações: Revista NTU Urbano

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Tarifa do transporte coletivo de Campinas sobe para R$ 3,50

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A tarifa do transporte público coletivo em Campinas, que é de R$ 3,30 há dois anos, passa a custar R$ 3,50 a partir deste sábado, dia 10 de janeiro. O reajuste é de 6,06%. O índice é menos que a metade da inflação medida no período, de 13,60% pelo IPCA/IBGE. Também é menor que a estimativa da inflação para os últimos 12 meses, de 6,42%, também medido pela IPCA/IBGE. É o primeiro aumento de valor da tarifa, em comparação com o início da atual gestão.

Os preços de todos os insumos do sistema subiram acima da inflação nesses dois anos. O combustível ficou 21,49% mais caro. Os salários dos funcionários subiram 17,72%. Os pneus, 13,76%, enquanto que os valores dos veículos aumentaram 13,73%. O Decreto nº 18.619, com a autorização do aumento, foi publicado na edição eletrônica do Diário Oficial do Município (www.campinas.sp.gov.br/diario-oficial) desta sexta-feira, dia 9 de janeiro, na página 3.


Quem possui carga no Bilhete Único ficará com o valor da passagem congelado em R$ 3,30, até o final dos créditos. O Bilhete Único Universitário, anunciado em dezembro pelo prefeito Jonas Donizette, terá o valor de R$ 1,75. O Bilhete Único Escolar passa de R$ 1,32 para R$ 1,40. A tarifa na linha Circular – Centro (5.02) passa de R$ 2,20 para R$ 2,30, para o pagamento com o Bilhete Único Comum ou Vale-Transporte. O uso do Bilhete Único Escolar e do Bilhete Único Universitário, nesta linha, custará R$ 0,92 e R$ 1,15, respectivamente.

Também há alterações no valor dos Bilhetes de Viagens. O Bilhete 1 Viagem, adquirido somente dentro dos ônibus e para uso imediato, custará R$ 5,50, sendo R$ 3,50 da tarifa e R$ 2,00 do casco. O valor do casco é reembolsável. Já o valor do Bilhete 2 Viagens será de R$ 9,00 (R$ 7,00 de duas passagens + R$ 2,00 do casco, que também é reembolsável).

Em 2015, o subsídio da Administração para o transporte coletivo de Campinas será de R$ 12 milhões, média de R$ 1 milhão por mês, revertido, exclusivamente, para o custeio do PAI-Serviço. O valor representa redução de mais de 70% em relação ao subsídio praticado nos dois últimos anos.

Histórico

Em 2 de dezembro de 2012, antes do Governo Jonas Donizette, o valor da tarifa de ônibus foi reajustado para R$ 3,30. O subsídio mensal da Prefeitura para o sistema de transporte público era de cerca de R$ 3 milhões. Em junho de 2013, o prefeito Jonas Donizette reduziu o valor da passagem para R$ 3,00, com subsídio mensal da ordem de R$ 6,6 milhões.

Já em agosto de 2014, após mais de um ano, a tarifa voltou para R$ 3,30, com subsídio mensal de 3,6 milhões. Com a tarifa a R$ 3,50, o subsídio da Prefeitura será de R$ 1 milhão por mês.

Em dois anos do prefeito Jonas Donizette à frente do Paço Municipal, Campinas teve 248 novos ônibus incorporados ao sistema de transporte público. A frota atingiu 71% de acessibilidade. Também nesse período, a frota do PAI-Serviço dobrou o número de vans, que também passaram a ter maior capacidade de transporte.

Também foi instituído o Passe Lazer, com 50% de desconto na tarifa em dois domingos por mês, e o período do Bilhete Único foi ampliado de uma hora e meia para duas horas.

Hoje, o sistema de transporte público coletivo de Campinas possui 1.240 ônibus em operação, sendo 992 do sistema convencional e 248 do sistema alternativo. Deste total, 880 são acessíveis (71%). Já o PAI-Serviço possui 50 vans e dois ônibus acessíveis em operação.

Tabela de valores

Tarifas do transporte público com validade a partir de 10 de janeiro.

BILHETE ÚNICO
TARIFA
LINHA 5.02
COMUM
R$ 3,50
R$ 2,30
VALE TRANSPORTE
R$ 3,50
R$ 2,30
ESCOLAR
R$ 1,40
R$ 0,92
UNIVERSITÁRIO
R$ 1,75
R$ 1,15


BILHETE DE VIAGEM
VALOR COMPRA
REEMBOLSO DO CASCO
1 VIAGEM
R$ 5,50
R$ 2,00
2 VIAGENS
R$ 9,00
R$ 2,00

Informações: Prefeitura de Campinas
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