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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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Obras prometem melhorar a mobilidade urbana no Recife até 2014

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Região Metropolitana do Recife (RMR) sofre com problemas no tráfego, assim como todas as grandes cidades brasileiras. Com um sistema de transporte precário, Pernambuco pretende implantar alguns projetos viários, que devem melhorar o problema de mobilidade urbana até a Copa de 2014.
O corredor Norte/Sul é um deles. O projeto vai criar corredores exclusivos de ônibus, o Bus Rapid Transit (BRT), que irão percorrer seis municípios da RMR. O projeto foi encomendado pela Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco) ao escritório do arquiteto urbanista Jaimer Lerner, e vai contar com investimento de R$ 300 milhões.

O sistema BRT também vai fazer parte do projeto Corredor Leste/Oeste, que vai ligar a avenida Caxangá, na zona oeste do Recife, até a Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata. A obra do governo do Estado terá investimento de R$ 99 milhões e início previsto em abril de 2011.
Ainda na avenida Caxangá, há o projeto de outra obra voltada à melhoria da mobilidade urbana. Trata-se de uma faixa exclusiva de ônibus que vai da avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife, até a Caxangá. O custo é de R$ 74 milhões, e o projeto inclui reconstrução de calçadas, arborização e novas paradas de ônibus.
Para facilitar o acesso da população à Cidade da Copa, o governo pernambucano anunciou que vai construir, em São Lourenço da Mata, uma estação de metrô e o terminal integrado Cosme e Damião. O prazo para finalizar a obra, que terá custo de cerca de R$16 milhões, é até julho de 2012.

Via Mangue
A zona sul do Recife, local que deve receber muitos turistas em 2014, será beneficiado com a Via Mangue, uma via expressa com 4,5 km de extensão, que liga o bairro do Pina à avenida Antônio Falcão, em Boa Viagem. Orçada em R$ 500 milhões, a obra será executada pela Prefeitura do Recife e vai receber ações de saneamento, urbanização e habitação.
De acordo com o secretário de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obras da Prefeitura do Recife, Amir Schvartz, a Via Mangue é uma necessidade, tendo em vista que o setor hoteleiro se concentra na zona sul e o bairro de Boa Viagem é um dos mais adensados da cidade.

De acordo com Schvartz, a obra já está licenciada e todos os trâmites necessários foram executados. Ainda segundo o secretário, foi dado início à desapropriação das 992 famílias que moram no local - grande parte delas residem em palafitas – que serão transferidas para três conjuntos habitacionais. Um deles está pronto e os outros dois devem ser concluídos até dezembro de 2011.
As obras viárias da Via Mangue ainda não foram licitadas, mas, de acordo com Schvartz, a licitação deve acontecer até o final deste mês. “A nossa expectativa é que até janeiro de 2011 a obra se inicie. A conclusão está prevista para junho de 2013, mas após a licitação nós vamos traçar um planejamento com a empresa vencedora com o objetivo de finalizá-la antes deste prazo”, promete.

Fonte: Portal 2014

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Grande Recife retoma projeto dos corredores

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Um dia depois de ter revelado mudanças no projeto proposto pelo urbanista Jaime Lerner para o sistema viário da Região Metropolitana do Recife, que prevê a implantação dos corredores exclusivos de ônibus, o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano voltou atrás e anunciou que a estrutura original do projeto vai ser mantida. A outra boa notícia é que o estado vai assumir a requalificação das paradas da Avenida Conde da Boa Vista, que vão ter o mesmo modelo do Corredor Leste/Oeste com estações fechadas e pagamento antecipado.

O presidente do Grande Recife, Dilson Peixoto, revelou ainda que a Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, vai mesmo fazer parte do corredor Norte/Sul e não será mais necessário negociar uma via segregada para os ônibus, uma vez que a licitação da Via Mangue já está em andamento. "Com a obra da Via Mangue, a Domingos Ferreira volta a fazer parte da estrutura original do corredor Norte/Sul nos dois sentidos", disse Peixoto.

Já sobre o trecho do corredor Norte/Sul, que deixariade passar por Jaboatão dos Guararapes, ele explicou que já está sendo negociada com o município uma via para a passagem do corredor de transporte. "O projeto prevê o corredor até a estação de Cajueiro Seco. Estamos negociando com o município uma via para viabilizar o percurso", ressaltou. Mesmo assim, segundo Dilson Peixoto, a Rua Barão de Souza Leão vai continuar sendo uma opção do corredor para fazer uma ligação com o Terminal do Aeroporto. "Por causa do corredor, as paradas da Barão também vão estar no mesmo padrão do piso nivelado e pagamento antecipado", afirmou.

Ainda no corredor Norte/Sul, o presidente do Grande Recife justificou a estratégia de não usar estações de embarque no padrão do Transporte Rápido por ônibus (TRO) ao longo da PE-15, entre Igarassu e Paulista. Segundo ele, uma pesquisa revelou que o fluxo nas paradas não se justificaria. "Vamos ter estações nos terminais e veículos expressos que não vão parar ao longo da pista. As linhas alimentadoras com ônibus comuns vão atender a essas paradas", afirmou. Ouvido pelo Diario, o arquiteto Carlos Ceneviva, do escritório de Jaime Lerner, explicou que essa não seria a melhor a estratégia. "É uma opção usar a linha expressa, mas não vejo como a mellhor forma de aproveitar a estrutura de um corredor exclusivo e com ônibus adaptados", afirmou.

Segundo o arquiteto, o que garante a frequência dos intervalos e a velocidade dos coletivos, além das pistas exclusivas, são as estações de embarque com piso no mesmo nível, a exemplo do metrô, e pagamento antecipado. A licitação para as obras dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e ainda a requalificação da Avenida Norte, que estava prevista para o mês de junho, deve ocorrer ainda neste semestre. "Não posso afirmar a data exata, mas pretendemos licitar essas três obras ainda em 2010", disse Dilson Peixoto.



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Recife: Corredores de ônibus fogem do projeto

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


A eficiência dos corredores exclusivos de ônibus que vão ligar Igarassu a Jaboatão dos Guararapes pelo Norte/Sul e a Avenida Conde da Boa Vista a Camaragibe pelo Leste/Oeste está em risco. O modelo idealizado pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que implantou o sistema de Curitiba, não será exatamente como ele planejou. O projeto sofrerá alterações que podem comprometer a velocidade dos coletivos e a segurança dos usuários. Um dos pré-requisitos para o bom funcionamento do modelo do Transporte Rápido por Ônibus (TRO), além das pistas exclusivas, são as estações de embarque e desembarque no mesmo nível do piso dos ônibus e com pagamento antecipado. É o que se previa. Mas não vai ser bem assim. Não em todo o percurso dos dois corredores.
Entre as mudanças previstas no projeto está o trajeto. O Norte/Sul, por exemplo, encolheu. Não ligará mais Igarassu a Jaboatão dos Guararapes. O fim da linha será a Barão de Souza de Leão. O desvio é um ajuste improvisado uma vez que Jaboatão não está inserida no consórcio de transporte metropolitano. Depois da Domingos Ferreira, os ônibus seguirão pela Barão de Souza de Leão até o Terminal Integrado do Aeroporto. Na Domingos Ferreira, o corredor também sofrerá adaptações. O padrão das estações não poderá ser adotado na via até que o projeto da Via Mangue seja implantado.
"Estamos propondo segregar uma via em um sentido para os ônibus. Mas ainda falta ainda a liberação da Prefeitura do Recife", explicou a coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Wanderley. Mas não é só isso. As estações de embarque previstas no projeto de Jaime Lerner, ao longo do corredor, sofrerão mudanças de acordo com os trechos. No Norte/Sul, as estações só vão começar depois do Terminal Pelópidas da Silveira, em Paulista. "De Igarassu a Paulista, os embarques pelo TRO serão feitos nos terminais integrados de Igarassu, Abreu e Lima e Paulista. As outras paradas ao longo da pista vão continuar nomais para as linhas comuns", explicou Ivana Wanderley.
Asparadas "normais" existente hoje no trecho da PE -15 são quase um atentado. Não apenas pelas condições de abrigo, mas também de acesso. Na maioria não há semáforos para a travessia e os motoristas não respeitam a faixa de pedestre. O corredor central é tomado de vegetação por onde o pedestre é obrigado a caminhar até alcançar a parada. "Essas paradas não terão o padrão das estações de embarque, mas serão melhoradas, inclusive com acessibilidade", garantiu a coordenadora do planejamento.
No Leste/Oeste, que inicia na Avenida Conde da Boa Vista, ao contrário do que chegou a anunciar o presidente do Grande Recife, Dílson Peixoto, não haverá adaptação nas condições das paradas a exemplo das estações fechadas com pagamento antecipado. A nova proposta é iniciar a implantação a partir do Derby. "A Avenida Conde da Boa Vista já foi feita pelo município, está pronta. E a tendência, com a implantação do restante dos terminais integrados, é que o número de ônibus no centro reduza, desafogando as paradas", acredita IvanaWanderley.
A implantação há dois anos do corredor exclusivo de ônibus da Avenida Conde da Boa Vista foi uma das obras viárias mais polêmicas na cidade. Uma das maiores críticas dos usuários é quanto a pouca eficiência das paradas de ônibus. "São muito ruins. Tem cadeira. Mas quem senta é capaz de perder o ônibus. Ando sempre de transporte coletivo e inda não vi nada de bom nessa reforma", criticou a técnica em enfermagem Ivanise Oliveira, 63 anos.



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Recife: Começam as obras de recuperação na Avenida Conde da Boa Vista

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Um dos principais corredores de transportes e de pedestres do Recife está em manutenção. Começou hoje pela manhã a operação que vai reparar os danos causados pelo tempo e pelo vandalismo na avenida Conde da Vista. A recuperação está sendo realizada em duas etapas. Hoje, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) começou a fazer os primeiros reparos nas calçadas, com a troca de tijolos danificados. Já a segunda, que começa na quinta-feira, os reparos serão realizados na paradas de embarque do corredor de exclusivo de transporte coletivo.
A manutenção das calçadas começou hoje, às 10h da manhã. Foram mobilizados dois caminhões, com seis trabalhadores em cada sentido da avenida. Segundo um dos responsáveis pela obra Gilson Gomes, os reparos na Conde da Boa Vista começaram desde o início do mês de agosto. “Como o tráfego na via é intenso, começamos a fazer isso por partes para não prejudicar motoristas e pedestres. O primeiro reparo foi na parte que só circula ônibus, perto do Cinema São Luiz”, disse.
Segundo diretor da Emlurb, Carlos Muniz, esta é a quarta intervenção na Conde da Boa Vista para reparar o estrago provocado pelo vandalismo, que traz um grande prejuízo para a cidade. De acordo com Muniz já foram investidos mais de R$ 170 mil em obras de recuperação do local, verba que poderia ser usada para revitalizar praças ou calçar ruas.

Por conta das obras para a construção do Corredor Leste/Oeste, em 2006, a conservação das paradas de ônibus da Conde da Boa Vista ficou sob responsabilidade da Emlurb. Com a revitalização, a Prefeitura formalizará o repasse de manutenção das estações para o Consórcio Grande Recife, órgão gestor do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife.

Fonte: Pernambuco.com


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Recife: Problemas parecem não ter fim na avenida Conde da Boa Vista

quinta-feira, 15 de julho de 2010


A principal avenida do centro do Recife é a Conde da Boa Vista. A avenida é referência para o comércio, para os estudos e também é onde muita gente mora. Os problemas parecem não ter fim.Barulho, sujeira, paradas de ônibus apertadas onde os passageiros não conseguem ver os coletivos que estão vindo.

Motoristas têm dificuldade em parar nos pontos. Noventa e uma linhas de ônibus passam pela avenida. As calçadas e abrigos estão quebrados e sem iluminação. Os ambulantes passeiam livremente na gigante de concreto, onde também falta de sinalização na pista de duas faixas e 1,7 quilômetro. Mais de 40 mil veículos e 11 mil pessoas circulam por dia na avenida.

Em 1756, era um terreno alagado por onde ninguém passava. Depois de aterrada, foi inicialmente batizada de rua Formosa, devido à beleza do local. Hoje, quase três séculos depois, basta olhar em qualquer parte para perceber que a formosura não se aplica à avenida, que o nome ficou no passado.

ÔNIBUS
Há dois anos, a Prefeitura do Recife inaugurou o Corredor Leste-Oeste, com trecho exclusivo para a circulação de ônibus e que custou quase R$ 15 milhões. A ideia era diminuir o tempo de espera e facilitar a vida dos passageiros, mas, para eles, a situação piorou.O espaço que serve como acesso dos pedestres para a calçada na Conde da Boa Vista está sem nenhuma sinalização. À noite, a situação é pior. Na volta para casa, para chegar aos pontos de ônibus, os pedestres precisam driblar os ambulantes e preparar os ouvidos. “Fica um tumulto muito grande. Todos eles ficam gritando, uma zuada arretada. É horrível”, reclamou o estudante Tiago Dantas.Paradas lotadas de passageiros e dificuldades. As tabelas que serve para identificar as paradas de ônibus estão quase sempre danificadas. Turistas têm dificuldade de pegar ônibus. “Faz até vergonha você trazer um turista para a Conde da Boa Vista”, disse a funcionária pública Marlúcia Andrade.

ILUMINAÇÃO
Outro problema é a falta iluminação em boa parte dos abrigos, que diferentemente dos outros espalhados pela cidade não são mantidos pelo Consórcio Grande Recife e, sim, pela Emlurb. Por toda extensão da Conde da Boa Vista é fácil também encontrar partes quebradas da divisória das pistas.Essas partes quebradas acabam sendo usadas como passagem pelos pedestres, que correm risco de serem atropelados. O que no passado já foi um dos cartões postais do Recife, hoje é um retrato em cores do abandono. “Se você percorre o corredor, vai ver o mesmo cenário. É a decadência”, falou o estudante Josenildo Barros.



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Projetos para recuperar a mobilidade do trânsito na Região Metropolitana do Recife já estão prontos, só faltam sair do papel

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Por enquanto uma cidade ainda no papel, mas com a promessa de um futuro real: corredores exclusivos de ônibus sobre viadutos, modernas plataformas de embarque e desembarque, tempo de chegada e partida dos coletivos e, de quebra, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para complementar a linha do metrô. Os desenhos, de um futuro que ainda não chegou, fazem parte de importantes projetos de mobilidade urbana previstos no Plano Diretor de Transporte Urbano até 2012, já projetando para o cenário da Copa do Mundo em 2014.

Esses projetos são essenciais para desafogar a situação caótica no trânsito do Recife, apresentada pelo Diario desde domingo, onde as velocidades, em horário de pico, estão abaixo dos 10 km/h nas principais avenidas da cidade. Obras que podem dar uma chance para a cidade voltar a andar.

Dos projetos previstos, três de corredores exclusivos de ônibus sequer foram licitados: Norte/Sul, Leste/Oeste e o da Avenida Norte. A última promessa é que a licitação ocorra ainda este mês. Também ainda no universo do papel, a segunda etapa da Via Mangue, projeto do município para desafogar o fluxo da Zona Sul. Só após a Via Mangue é que o Norte/Sul poderá ser totalmente implementado.

Com 43 quilômetros de extensão, o Norte/Sul, o maior entre os três corredores, ligará o terminal de integração de Igarassu, município da Região Metropolitana, até o terminal de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Mas a sua primeira etapa está prevista até o terminal Joana Bezerra, no Recife. A restrição se dá porque não há como dividir o atual espaço da Domingos Ferreira, já saturada com o fluxo médio de 50 mil carros por dia, e um corredor exclusivo de ônibus. "A maior parte do fluxo da Domingos Ferreira será deslocada para a Via Mangue. Enquanto isso não for feito não há como implantar um corredor exclusivo de ônibus nessa via", explicou o secretário das Cidades, Dilson Peixoto.

Encomendado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), o projeto do Norte/Sul foi elaborado pelo urbanista JaimeLerner, pioneiro na implantação de corredores exclusivos de ônibus no Brasil. O modelo de Transporte Rápido por Ônibus (TRO) contempla vias e faixas exclusivas para o tráfego dos coletivos e implantação de estações de embarque e desembarque. Todas elas com o piso do ônibus no mesmo nível da plataforma, a exemplo do metrô, pagamento da tarifa antes do embarque e ainda painéis eletrônicos para informar em tempo real o horário das linhas.

Já o corredor Leste/Oeste, que liga a Avenida Conde da Boa Vista à Avenida Caxangá, implantado há dois anos, sofrerá alterações para se adequar à proposta do TRO. "Além de requalicação das estações haverá uma expansão do trecho até o município de São Lourenço da Mata, que vai sediar a Copa de 2014", explicou Dilson Peixoto.

O terceiro corredor exclusivo de ônibus, o da Avenida Norte, terá início na BR-101, a partir do terminal de integração da Macaxeira, Zona Norte do Recife, até a Avenida Cruz Cabugá, no centro. A proposta do projeto para evitar desapropriações é construir ocorredor sobre um elevado. O equipamento beneficiará, ao todo, 17 bairros daquela região e terá uma extensão de aproximadamente 8,1 km. O trecho elevado terá, segundo o projeto, cerca de 5 km, da entrada do Vasco da Gama até o viaduto da Agamenon Magalhães.


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Em entrevista, Dilson Peixoto Mostra os desafios e avanços no Transporte Público de Recife

segunda-feira, 3 de maio de 2010



O blog Meu Transporte tem o prazer de entrevistar o Sr. Dilson Peixoto, Pres. Do Consórcio Grande Recife, antiga EMTU, esta entrevista tem como base perguntas feitas pelos nossos leitores que foram enviadas até março passado através do e mail: meutransporte@hotmail.com, temas que elevaram e muito essa entrevista, pois o Recife é hoje uma das cidades que mais sofrem em termos de transporte público como poucos corredores para ônibus, ônibus lotados, terminais desorganizados.
Estamos certos que isto se deu pelo abandono dos últimos governos que não investiram maciçamente no transporte público e na mobilidade urbana da capital e região metropolitana.

Segundo Dilson Peixoto este governo vem melhorando e muito a situação do transporte público na região metropolitana através da ampliação do SEI, sistema de bilhetagem eletrônico, Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).

1) Quando será reformado o Terminal do Barro, pois os passageiros relatam a falta de organização, pontos de embarque inadequados, entre outros?

Dilson Peixoto: A ampliação do Terminal Integrado do Barro já foi licitada e está aguardando a conclusão do processo de desapropriação para o início do trabalho. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas passam pelo terminal, em dias úteis, através das 10 linhas que atuam no local. Após a ampliação, o terminal passará a ocupar 4.164,12 m2, em um terreno de 16.195,29 m2. A ampliação da estrutura física tem o intuito de acomodar melhor os passageiros, não estando prevista a ampliação no número de linhas do terminal.


2) Paradas de ônibus:
Existe um projeto para modernizar as paradas de ônibus da cidade, pois muitas paradas não tem abrigo deixado milhares de passageiros tomando sol, sem falar nos dias de chuva que não tem aonde se abrigarem?

Dilson Peixoto: Existem mais de 5 mil paradas de ônibus na Região Metropolitana do Recife, entre abrigos e colunas. Embora os abrigos sejam uma opção mais confortável para o usuário, nem sempre a colocação deles é possível, tanto pelas condições físicas da calçada (estreita, rebaixada, irregular) quanto em função das restrições impostas por alguns proprietários de lotes, que por ser contra a implantação acabam causando danos ao equipamentos ou acionamento o consórcio na Justiça para a retirada do ponto.

Em relação a modernização dos abrigos, o consórcio está priorizando, neste momento, as paradas localizadas nos corredores exclusivos de ônibus, tanto os que já existem como os que estão sendo construídos. Exemplo disto são as paradas programadas para o Corredor Norte-Sul, que irá se estender desde o município de Igarassu até as proximidade do Terminal Integrado de Joana Bezerra, com estações em nível (sem diferença de altura para a porta do veículo) e pagamento antecipado da tarifa, melhorando o tempo de embarque/desembarque.

O Grande Recife também está viabilizando, desde março de 2008, a substituição das paradas localizadas nos corredores viários da Avenida Boa Viagem, Avenida Conselheiro Rosa e Silva, Avenida Rui Barbosa e o bairro do Parnamirim. Essas paradas agora estão padronizadas com as cores verde e cinza, assentos, pontos de iluminação, espaço para colocação de cadeira de roda, e painéis com a lista de linhas que possuem ponto de embarque e de desembarque no local e outras informações de utilidade para os usuários.

3) E quanto aos abrigos que não tem painéis informativos de itinerário?

Dilson Peixoto: Atualmente, o usuário pode ter informações sobre o itinerário completo das linhas pelo site http://www.granderecife.pe.gov.br/, ou entrando em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 081 0158. Porém, a colocação do itinerário completo das linhas nas paradas tem enfrentado dificuldade, pois eles são extensos e não há espaço físico nos painéis. Além disso, em geral as paradas agregam mais de uma linha, o que dificulta ainda mais a colocação do itinerário das linhas. Estamos, no entanto, em busca de soluções para esta questão.

Em relação aos nomes das linhas que passam nas paradas, esta informação está presente em paradas seletivas, como as da Avenida Conde da Boa Vista e de grandes corredores de transporte, como é o caso Avenida Rui Barbosa. Estamos trabalhando para levar este mesmo modelo para outras localidades.

É válido ainda salientar que quando corredores exclusivos de ônibus como: Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte estiverem em operação, os usuários terão à disposição uma frota modernizada, incluindo a instalação de equipamentos como GPS, displays eletrônicos, entre outros, que possibilitarão o envio de informações, como horário de chegada e saída das estações – em tempo real para os passageiros.

4) Renovação da Frota
Como você vê a renovação da frota da Região Metropolitana?

Dilson Peixoto: Anualmente é estipulada uma meta para renovação de frota. Essa substituição leva em consideração as características das linhas a serem contempladas com os novos ônibus, que poderão ser comuns, alongados ou articulados. Porém, como não há condições de renovar toda a frota de uma só vez, o Grande Recife orienta às empresas operadoras a substituírem os ônibus por ordem de estado de conservação, e não exatamente por idade da frota. Em 2008 foram comprados 465 ônibus novos e em 2009, mais de 427 ônibus foram renovados na RMR.

5) Corredor da Imbiribeira

Dilson Peixoto: Existem projetos de corredores na Avenida Norte, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira e Pan Nordestina, mas e o corredor da Mascarenhas de Moraes?

A princípio os técnicos do consórcio estão trabalhando nos projetos dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte. A Avenida Mascarenhas de Moraes tem uma característica muito diferente dos demais corredores. Próximo a ela circula o Metrô, que alimenta as linhas de ônibus que trafegam pelo local. O projeto que existe atualmente para a avenida citada é a integração dos ônibus que ali trafegam com os terminais de Tancredo Neves, Cajueiro Seco, Aeroporto e Prazeres, todos em fase de construção ou licitação.

6) SEI
Como você vê a evolução do SEI?

Dilson Peixoto: O Sistema Estrutural Integrado é um dos projetos de maior importância para a ampliação da mobilidade da Região Metropolitana do Recife. Apesar de ser um projeto da década de 80, ele ainda é um marco revolucionário dentro do transporte público de passageiros. Durantes alguns anos, no entanto, por motivos vários, a ampliação do SEI esteve paralisada.

Desde 2007, no entanto, ela foi retomada e destacada como uma das prioridades do governo estadual. Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).
Na época da implantação do SEI, a concepção de integração e transporte público que se tinha era de terminais fechados de integração. Porém, com o surgimento de novas ferramentas tecnológicas que dão suporte à bilhetagem eletrônica e às centrais de controle operacional, o SEI ganhou um incremento ainda maior.
Corredores de transporte e faixas exclusivas de ônibus, que dão prioridade ao transporte público, também contribuem para a evolução do sistema. Todos estes adventos tecnológicos e mudanças estruturais, bem como a racionalização do SEI, garantem mais conforto, agilidade e satisfação do usuário.
Lista dos terminais em obras/licitação + corredores
Terminais:
Cajueiro Seco - (Já em obra)
Tancredo Neves - (Já em obra)
Santa Luzia - (Já em obra)
Aeroporto – (Licitando o projeto executivo)
Prazeres – (Licitando o projeto executivo)
Barro – (Aguardando a conclusão do processo de desapropriação)
Joana Bezerra – (Será licitado o projeto executivo)
Xambá (Olinda) – (Edital de licitação da obra já foi publicado)
TIP – (Já em obra)
Largo da Paz – (Licitado aguardando desapropriação)
Cidade da Copa Cosme e Damião – (Será licitado o projeto executivo)
Corredores:
Pan Nordestina – (Já em obra)
Abdias de Carvalho (já em obra)
Norte/Sul – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Leste/Oeste – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Avenida Norte - (Edital de licitação da obra será publicado em breve)


7) Vale comum e Vale do Idoso Quando os vales comuns chegarão de fato no bolso do usuário?

Dilson Peixoto: Haverá cartões específicos para idosos e pessoas com deficiência. Estes cartões deverão ser lançados ainda em 2010. Com o cartão na mão, idosos e pessoas com deficiência poderão decidir se querem permanecer na área prioritária ou se optam por passar pela catraca, sem a necessidade de pagamento de tarifa, já que a nova tecnologia registra o caráter gratuito deste tipo de utilização. O Vale comum também ganhará ás ruas até 2011.

8) O que o Grande Recife vem fazendo para combater a evasão de receita?

Dilson Peixoto: Infelizmente uma das principais formas de evasão de receita identificada pelo Grande Recife é através da utilização de documentos de forma indevida p ara obtenção da gratuidade nas viagens do STPP/RMR. A falsificação de carteiras de Livre Acesso e má utilização das gratuidades obtidas com o uso irregular do VEM Criança e estudante e trabalhador, quando identificadas, são de imediato repassadas à Polícia.

9) Modernização do sistema

Dilson Peixoto: Uma das últimas novidades foi a modernização do sistema de bilhetagem eletrônica. A ampliação dos benefícios da bilhetagem eletrônica para um número maior de usuários foi possível graças à criação de novas modalidades de cartões e a adoção de uma tecnologia de ponta, capaz de agregar inúmeras funcionalidades.

Com a criação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) o Grande Recife já opera com os cartões VEM Trabalhador, VEM Estudante e VEM Infantil - que possibilita aos usuários a utilização dos os ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), girando a catraca, acabando de vez com a necessidade de pular ou se arrastar por baixo do equipamento.

Outro destaque é o chamado carregamento embarcado. Ou seja, a inserção de créditos no cartão eletrônico (seja para o trabalhador ou estudante) é feita no próprio ônibus, após pagamento de boleto bancário ou documento de arrecadação, que pode ser gerado através da internet. Com isso, os usuários não precisam mais enfrentar filas.

10) Reciclagem de Motoristas

Dilson Peixoto: O Grande Recife desenvolve junto com as empresas operadoras um curso de multiplicação de formadores. Ou seja, atua na formação de instrutores que trabalharão com motoristas e cobradores. O treinamento incluiu, entre outros temas, a operacionalização dos elevadores de acesso e a questão comportamental (atendimento aos usuários). É fornecido para os formadores, material didático e os planos de aulas que serão usados no curso. Além deste curso, todos os motoristas que renovam suas CNH, precisam passar pelo curso “Condutores de Transporte de Coletivos”, ministrado durante 50h. Nele, os motoristas reciclam seus conhecimentos sobre legislação de trânsito, primeiro socorros, direção defensiva e atendimento ao cliente.

11) Dias de jogos

Dilson Peixoto: Os atos de vandalismo em dias de jogo de futebol deixaram tristes lembranças para os usuários do transporte público em 2009. O gasto total com reparos de coletivos cresceu quase 77% em relação ao ano de 2008. Em 2009, 1.835 veículos foram depredados, totalizando 4.754 itens avariados e um prejuízo de R$683.294,00. O saldo negativo aconteceu após 89 jogos nos estádios da Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda.
O Grande Recife monta periodicamente programações especiais, feitas para fiscalizar os corredores de ônibus e os pontos em que as depredações costumam acontecer com mais freqüência. Essa ação facilita a identificação dos infratores e ajuda ainda mais o trabalho da Polícia. Durante os jogos, policiais são deslocados de suas funções habituais para se dedicar ao policiamento em áreas estratégicas de depredação. Os atos de vandalismo assustam e preocupam a todos, motoristas, cobradores e usuários.
Em 2010, durante os jogos do Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, em partidas realizadas na capital pernambucana, mais de 830 ônibus já foram depredados, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 234 mil.

12) Sobre VLT em Recife

Dilson Peixoto: É um sistema moderno, prático e funcional. Futuramente, O VLT poderá, de forma agregada às estações de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e Cabo de Santo Agostinho, ofertar aos usuários um serviço diferenciado. Temos vários exemplos pelo mundo afora que atestam os bons resultados deste tipo de modal.

13) Sobre desoneração tarifária

Dilson Peixoto: O Grande Recife reconhece a importância das discussões em torno da obtenção dos subsídios para oferecer uma tarifa mais baixa com um serviço melhor. Nos últimos três anos temos tem participado de uma série de encontros, discussões e debates em torno da desoneração tarifária, incluindo as mobilizações realizadas através da Frente Nacional de Prefeitos e do Fórum de Dirigentes de Secretários de Trânsito e Transporte Público do Brasil.
Já está no Senado Federal um novo Projeto de Lei de estímulo à desoneração tarifária, ou seja, de redução do preço das passagens do transporte público coletivo do País, a partir da concessão de subsídios para o setor. Se for sancionada pela Presidência da República e realmente posta em prática, irá beneficiar milhões de brasileiros que utilizam o transporte público diariamente.

Mande sua pergunta e dúvida, pois em breve faremos outra entrevista com o Consórcio Grande Recife de Transportes como por exemplo a Compra de ônibus usados pela Empresa São Judas Tadeu.

Clayton Leal

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Recife: Travessia perigosa no corredor da Boa Vista

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Pela segunda vez, em cerca de quatro meses, uma parte do gradil que separa as faixas da Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife, foi arrancada por pedestres para facilitar a travessia. Foi um ato de vandalismo, é verdade. Mas a ação evidencia as falhas no projeto do Corredor Leste-Oeste, inaugurado em março de 2008. Desde então, a população que circula pela via se queixa das distâncias entre os sinais e faixas de pedestre. Um problema que leva a saídas radicais, como o buraco aberto nas grades, e motiva os transeuntes a se arriscarem entre carros e ônibus, como as cenas flagradas ontem pelo Diario. O trecho depredado está próximo à Rua da Aurora, onde o pedestre tem duas opções para atravessar, na própria Aurora ou na Rua Sete de Setembro.

Esse trecho depredado é o mesmo que passou por uma manutenção, em dezembro do ano passado, para substituir o segmento arrancado (uma quadrado de ferro com cerca de 1,5 metro de largura). A recuperação incomodou os pedestres. "O pessoal já abriu o buraco para facilitar a travessia. Essa obra obriga a gente a dar uma volta muito grande. Quem tem pressa não pode esperar", disse João da Silva Terceiro, que trabalha fazendo entregas para uma farmácia. Ele saiu da Rua da Saudade e queria cruzar a Avenida Conde da Vista. Mas não quis retornar até a Sete de Setembro ou contornar pela Aurora, locais com semáforos e faixas de pedestres. "É longe. Faz a gente perder muito tempo", justificou.

Além do trecho mais próximo à Rua da Aurora, onde vários grupos se arriscaram a atravessar a avenida pela brecha no gradil, o Diario percorreu o corredor e identificou um grande número de travessias irresponsáveis. Todas as pessoas abordadas assumiram a exposição aos riscos, mas culparam a estrutura da avenida. Um dos pontos mais movimentados fica em frente ao Shopping Boa Vista, onde os pedestres se queixam da ausência de sinal ou faixas. "A gente sai do shopping e não tem como atravessar. Quem desce do ônibus também não tem como ir da parada parao outro lado", queixou-se a estudante Amanda Araújo. Em frente ao shopping, uma faixa leva os pedestres da parada para a avenida no sentido Derby/Aurora. No entanto, para cruzar a via é preciso se deslocar por alguns metros até o sinal da Rua Gervásio Pires ou até uma faixa de pedestres, pouco antes da Rua da Soledade.

A impaciência pela distância entre os locais de travessia, somada ao descuido, afeta pedestres de todas as idades, mesmo adultos com crianças. Gelma Albuquerque tinha saído do médico com a filha Ana Carolina, 8 anos, e aproveitou um pequeno intervalo entre os veículos para cruzar as duas faixas do corredor. "Estava distraída, nem percebi. Mas ficou difícil atravessar aqui, deveria ter mais sinalização", disse.

Falhas - O diretor de manutenção urbana da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) do Recife, Fernando Melo, informou que a equipe identificou a falha, há cerca de 10 dias, durante um mutirão de limpeza. "Estamos fazendo a contratação do serviço e os segmentos deverão ser substituídos até o fim deste mês", disse Melo. No mesmo trecho, um outro gradil começou a ser danificado e será substituído. Cada segmento está orçado em R$ 800. O diretor também ressaltou que os gradis foram instalados para evitar que os pedestres atravessem em áreas de risco na Conde da Boa Vista, por onde quase 500 ônibus circulam a cada hora. As obras do Corredor Leste-Oeste foram iniciadas em março de 2007 e a avenida foi entregue com as modificações um ano depois. A reconstrução das calçadas e implantação das novas paradas de ônibus prometiam fazer do projeto uma das maiores obras de acessibilidade de veículos e pedestres. Meta que, para quem circula na via, ficou apenas no papel.

Fonte: Diário de Pernambuco
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Em Recife, Usuários do transporte público passam sufoco para esperar ônibus

quinta-feira, 18 de março de 2010


O total de 1,8 milhões de passageiros circulam de ônibus na Região Metropolitana (RMR) todos os dias, e sofrem com a falta de estrutura das paradas. Alguns locais não têm cobertura, ou ela é muito pequena e não há lugar para sentar.

A avenida Conde da Boa Vista faz parte do corredor leste-oeste e, ao longo dele, as paradas servem de modelo. Há lugares para sentar, a calçada é mais alta, quase da altura dos degraus dos ônibus, e a cobertura protege do sol e da chuva. “Aqui tem lixeiro, também tem cadeiras para sentar. É ótimo”, falou a usuária Maria Bethânia.Mas quem pega ônibus no local não pode dizer o mesmo no momento da descida perto de casa.

A maioria das paradas nos outros bairros não tem abrigo. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, na RMR existem 5.887 paradas de ônibus de vários tipos. Os abrigos de estrutura metálica, de concreto e as chamadas colunas são maioria: mais de quatro mil.

As paradas mais simples estão quase todas nos itinerários que partem do centro para o subúrbio. Isso porque em 90% dos casos, ao desembarcar, o passageiro está indo para casa.

Mesmo assim, quem usa o transporte coletivo espera um pouco mais de atenção nos pontos onde o tempo de espera parece não terminar. Tudo por causa da falta de estrutura.“Na realidade, nós temos um projeto para corredores.

Há impossibilidade de criar abrigo coberto em alguns lugares porque a calçada é pequena. As irregularidades dos motoristas passarão a ser fiscalizadas, dizendo como eles não devem agir.

É inadmissível, vamos trazer nossa equipe de fiscalização”, falou o diretor de Operação do Grande Recife, Sérgio Cornélio.


Fonte: pe360graus.com
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Recife: Corredor Leste-Oeste ainda é criticado

domingo, 21 de fevereiro de 2010


O Corredor Leste Oeste, que liga o Centro à Avenida Caxangá e completará dois anos de inauguração em março, ainda divide opiniões. Enquanto uns se dizem satisfeitos com as alterações realizadas no tráfego da Avenida Conde da Boa Vista, outros criticam o sistema de paradas dos ônibus e o espaço destinado aos carros. No entanto, uma opinião é comum aos usuários de um dos mais importantes corredores de ônibus da cidade: a degradação das paradas e coletores de lixo ao longo da via. Tanto que o assunto foi debatido no Cidadão Repórter, fórum de jornalismo colaborativo dos Diários Associados em Pernambuco. O internauta Pedro Martins deu o pontapé inicial na discussão e criticou o tempo dos semáforos. Segundo ele, quem mais sofre são os idosos e deficientes físicos.

O tumulto nas paradas é uma das reclamações mais constantes. Os usuários afirmam que é difícil conseguir entrar no coletivo. Pois, denunciam, quando o motorista observa uma grande quantidade de veículos numa mesma parada cortam caminho e não atendem aospassageiros que estão esperando. "As paradas parecem mais um ponto de propaganda, repletas de cartazes colados. Sem falar na grande quantidade de pichações nos bancos e painéis desses pontos de ônibus", postou Pedro Martins.

"Sempre utilizo o corredor. E nesses quase dois anos foi só transtorno. A paradas dos ônibus ficaram muito distantes umas das outras", reclamou a jornalista Marcelina Félix. "Acho que tudo foi ruim. A avenida ficou mais estreita para a passagem dos carros e as paradas estão em péssima conservação. Tudo acabado, quebrado", relatou a funcionária pública Tereza Cristina dos Santos.Contrária ao pensamento das duas está a estudante Nayane Oliveira. Ela acha que a implantação do corredor trouxe um melhor ordenamento das paradas de ônibus. "Está bem melhor que antes. As paradas estão mais organizadas. Agora o que precisa melhorar é a condição da estrutura delas. Estão muito danificadas", ponderou.

O cidadão-repórter Pedro Martins comentou que o tempo destinado à passagem dos pedestres pelos semáforos instalados ao longo da via é muito curto. "Nem dá tempo de atravessar. As paradas ficam tumultuadas e o acesso aos ônibus é difícil demais. Enfim, um verdadeiro horror", reclamou o internauta.

O presidente da Emlurb, Carlos Muniz, explicou que a manutenção das paradas e demais equipamentos do Corredor Leste Oeste é feito constantemente. Ele ressaltou que a última obra realizada no local foi final de dezembro de 2009. Ao longo de todo o ano passado foram três, em janeiro, agosto e dezembro, com investimentos de R$ 72 mil. "Temos um problema gravíssimo de vandalismo no Corredor Leste Oeste, principalmente depois dos jogos de futebol. E isso preocupa muito porque não é a comunidade, são pessoas que nem utilizam o corredor", comentou Carlos Muniz.

A diretora de Operações do Grande Recife Consórcio de Transportes, Taciana Ferreira, adiantou que a distribuição das paradas ao longo do Corredor Leste Oeste obedeceu à critérios das paradas seletivas que já existiam antes da implantação do novo sistema na Avenida Conde da Boa Vista. Ela explicou que as formas de divisão foram feitas de acordo com o sentido dos coletivos, que no sentido cidade subúrbio segue pela Rua Dom Bosco e outros para o bairro do Derby. Da mesma forma, no sentido subúrbio/cidade.

Quanto a queima de paradas no corredor, a diretora de operações esclarece que algumas vezes o usuário acredita estar na plataforma correta, mas na verdade, encontra-se no local errado. Por isso, justificou, o ônibus não para ao atender o seu chamado. Ela orienta que em caso de denúncia é preciso que o usuário anote o dia, horário, número de linha e ordem do veículo.
Fonte: Diário de Pernambuco
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Recife: Mais mudanças de itinerários devido ao carnaval

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


A rua do Sol, um dos principais pontos de animação do carnaval em Recife, será interditada para a montagem de camarotes. E, em virtude dessa alteração, o Grande Recife Consórcio de Transporte irá alterar provisoriamente o itinerário de 22 linhas de ônibus que trafegam no local, a partir do início da operação dessa sexta-feira (05/02).

A interdição irá acontecer ao lado dos Correios. As linhas que tem ponto de retorno na Rua do Sol (Grupos 1 e 2 – quadro abaixo), terão seus pontos de parada provisório na avenida Dantas Barreto (Pista Oeste), parada Provisória – em frente à Gelattos Sucos e Lanches e parada Provisória – ao lado do nº 210/Padaria Pan Shop, respectivamente.

Já os grupos de linhas 3 e 4 terão como ponto de embarque e desembarque a parada provisória instalada na rua do Hospício parada Provisória – em frente ao no 333/Lojas Tropical. Os grupos de linhas 5 e 6 terão pontos de parada provisório na Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) ao lado do nº 910, Loja Betsalem.

Confira as mudanças:
1 – Linhas:
314 – MANGUEIRA
714 – ALTO JOSÉ BONIFÁCIO (AV. NORTE)
731 – BEBERIBE (ESPINHEIRO)
843 – ALTO DA BONDADE (VILA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO)
847 – ALTO NOVA OLINDA
915 – PE-15 (RUA DO SOL)

Alteração de Itinerário Sentido : Subúrbio/Centro ...Rua Princesa Isabel, Ponte Princesa Isabel, Praça da República, Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (Parada Provisória – em frente à Gelattos Sucos e Lanches), Rua Siqueira Campos, Rua Cleto Campelo, Av. Guararapes, Ponte Duarte Coelho...

2 – Linhas:
972 – BULTRINS
974 – JARDIM ATLÂNTICO
979 – PAULISTA (RUA DO SOL) - EXPRESSO
987 – RIO DOCE (PRÍNCIPE)
994 – CONJUNTO BEIRA MAR

Alteração de Itinerário Sentido : Subúrbio/Centro ...Rua Princesa Isabel, Ponte Princesa Isabel, Praça da República, Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (Parada Provisória – ao lado do nº 210/Padaria Pan Shop), Rua Siqueira Campos, Rua Cleto Campelo, Av. Guararapes, Ponte Duarte Coelho...

3 – Linhas:
532 – CASA AMARELA (CABUGÁ)
632 – ALTO DO REFÚGIO
742 – LINHA DO TIRO
841 – NOVA OLINDA
983 – RIO DOCE (PRINCESA ISABEL)
992 – PAU AMARELO

Alteração de Itinerário Sentido : Subúrbio/Centro ...Rua do Hospício (Parada Provisória – em frente ao no 333/Lojas Tropical), Av. Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Rua do Sol...

4 – Linhas:
039 – SETÚBAL (PRÍNCIPE)
116 – CIRCULAR (PRÍNCIPE)
191 – RECIFE/PORTO DE GALINHAS (N. SENHORA DO Ó)–VIA PRÍNCIPE

Alteração de Itinerário Sentido : Subúrbio/Centro ...Rua do Príncipe, Rua do Hospício (Parada Provisória – em frente ao no 333/Lojas Tropical), Av. Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Rua do Sol...

5 – Linha:
191 – RECIFE/PORTO DE GALINHAS (N. SENHORA DO Ó) – VIA TERMINAL SANTA RITA
Alteração de Itinerário Sentido: Centro/Subúrbio ...Av. Martins de Barros, Rua Siqueira Campos (Parada Provisória – em frente ao Banco Real), Av. Dantas Barreto (Pista Leste), Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (Parada Provisória – ao lado do nº 910, Loja Betsalem), Av. Sul...

6 – Linha:
164 – CONJUNTO MARCOS FREIRE

Alteração de Itinerário Sentido: Centro/Subúrbio ...Av. Martins de Barros, Rua Siqueira Campos, Av. Dantas Barreto (Pista Leste), Av. Dantas Barreto (Pista Oeste) (Parada Provisória – ao lado do nº 910, Loja Betsalem), Rua São João, Rua da Concórdia, Rua Barão da Vitória, Rua Seis de Março, Ponte Seis de Março...
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Recife terá Transporte Público de Primeiro Mundo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Corredor sob o Canal da Agamenom Magalhães

Até 2012 a mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife dará um salto histórico com a implantação dos três grandes corredores de tráfego: Leste-Oeste, Norte-Sul e o Corredor da Avenida Norte. O Norte-Sul terá 43 quilômetros de extensão e três trajetos. O primeiro ligará o Terminal de Integração de Igarassu, município da Região Metropolitana, ao centro do Recife pela avenida Cruz Cabugá. O outro vai de Igarassu e segue para o Terminal de Joana Bezerra, também no Recife, pela avenida Agamenon Magalhães. Em Joana Bezerra, o passageiro pode seguir para Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Esse último trecho atende a Zona Sul da Região Metropolitana.

O projeto contará com vias e faixas exclusivas para o tráfego dos coletivos e implantação de estações de embarque/desembarque adequadas aos padrões internacionais de mobilidade e segurança. O corredor terá início na BR-101, a partir do Terminal de Integração de Igarassu, seguindo pela PE-15, Complexo Salgadinho até a bifurcação com a Avenida Cruz Cabugá,centro do Recife e Avenida Agamenon Magalhães, encerrando no Terminal de Joana Bezerra. Vai beneficiar diretamente os municípios do Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Jaboatão, Igarassu, Araçoiaba, Itapissuma e Itamaracá, além de possibilitar a ligação de outras cidades da RMR interligadas ao SEI.

Já o Corredor Leste-Oeste, que completa dois anos de implantação em março deste ano e foi uma das obras mais polêmicas construídas na capital pernambucana, liga a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá. Integra também a Avenida Carlos de Lima Cavalcanti e a Rua Benfica. A obra recebeu investimentos de R$ 14,7 milhões. Cerca de 400 mil pessoas o utilizam diariamente. Mas o corredor precisará passar por uma requalificação nas estações. Também está previsto seu prolongamento em mais sete quilômetros ligando Timbi, em Camaragibe, à São Lourenço da Mata. A ampliação está prevista dentro das ações de mobilidade para a cidade da Copa
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Recife: Corredores de ônibus devem ficar prontos até 2013, diz Dilson Peixoto

sábado, 14 de novembro de 2009

Recursos para as obras na RMR já estão garantidos e a licitação do Corredor Norte-Sul deve terminar em abril de 2010; todos os ônibus terão ar-condicionado e serão articulados

Especialistas em transportes públicos de vários estados brasileiros e do exterior vão se encontrar nesta quinta-feira (12), no Recife, para discutir o transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR). O presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, Dilson Peixoto (foto), falou ao Bom Dia Pernambuco sobre as mudanças e garantiu que os projetos dos novos corredores de ônibus já estão em andamento.Uma das maiores preocupações é deixar tudo pronto antes da Copa de 2014. A cidade de São Lourenço da Mata, na RMR, será construída a Cidade da Copa para sediar alguns jogos.

Os recursos para executar as obras já foram confirmados: além dos R$ 500 milhões já previstos no Orçamento Geral da União (OGU), foi aprovado, nesta semana, o empréstimo de R$ 317 milhões com recursos do FGTS.“Além disso, estamos construindo 12 terminais, com recursos do Estado, que devem estar prontos até 2010 e 2011”, afirmou Dilson Peixoto. “O Corredor Leste-Oeste será repaginado no conceito de corredor inteligente, ligando a Conde da Boa Vista a Camaragibe, com uma perna que vai fazer o acesso à Cidade da Copa, pela UR-7. Além disso, haverá um novo terminal em Cosme e Damião e a requalificação da BR-101”.

Outro projeto é a construção do Corredor Norte-Sul, na avenida Agamenon Magalhães. “Esse corredor vai de Igarassu, pela BR-101, a PE-15, passando pela Agamenon até a estação Joana Bezerra”, diz o presidente do Consórcio. “Será construído um elevado sobre o canal, para que os ônibus passem sem prejudicar as faixas de rolamento”. O presidente Dílson Peixoto lembra que os projetos ainda vão entrar em processo de licitação, mas a previsão é de que as obras do Corredor Norte-Sul, estejam concluídas no máximo no final de 2012 ou no início de 2013. “Em janeiro iniciamos a licitação, que deve estar concluída em abril. Em maio do ano que vem começam as obras”, garantiu.

Uma das principais reclamações dos usuários de transporte público é o conforto e a segurança nos ônibus. “Essa é uma preocupação constante. No caso dos corredores Norte-Sul e Leste-Oeste, serão veículos articulados, com ar-condicionado, dotados de toda tecnologia”, prometeu Dilson Peixoto. “No caso dos demais, estamos concluindo uma pesquisa que vai mostrar às empresas que quanto mais conforto, maior rentabilidade. Quanto à segurança, já temos câmeras em todos os ônibus”.

Até o ano que vem, o Grande Recife Consórcio pretende também concluir o processo de implantação da nova bilhetagem eletrônica. “Falta apenas o cartão do idoso. No caso das pessoas com deficiência, já temos o cadastro, estamos fazendo os cartões, que devem estar prontos em março do ano que vem”, disse o presidente. “Depois, faremos o Vale Eletrônico Metropolitano do idoso e o cartão pré-pago”.

O projeto do Corredor Norte-Sul foi desenvolvido pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, mentor de um dos mais eficazes sistemas de transporte público do Brasil, em Curitiba.

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