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Primeira linha do Transcarioca terá intervalos de 5 minutos

domingo, 1 de junho de 2014

O ônibus do BRT Transcarioca levou 35 minutos do Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, até a Estação Tanque, em Jacarepaguá. Os 15 quilômetros do corredor exclusivo serão abertos à população a partir de segunda-feira. Por causa dos engarrafamentos, coletivos convencionais chegam a demorar mais de uma hora e meia para fazer o mesmo trajeto, segundo análise da Secretaria Municipal de Transportes.
Foto:  Fernando Souza / Agência O Dia
O serviço será oferecido inicialmente das 10h às 15h. Dezesseis veículos articulados com capacidade para 180 passageiros (60 sentados) farão o itinerário parador, e o tempo médio de espera nas plataformas será de cinco minutos. Na viagem, que serviu como teste e contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, não houve paradas. Fato que pode prolongar a duração do trajeto em cerca de dez minutos, levando-se em consideração um tempo de 30 segundos destinado ao embarque e desembarque de passageiros nas 19 estações. 

No trajeto da Barra ao Tanque foi possível observar bicicletas e pedestres circulando na faixa exclusiva destinada ao ônibus BRT, apesar da sinalização. Os flagrantes preocuparam Paes, que disse ser este um dos motivos para não colocar toda a frota para funcionar já na segunda-feira.

“As obras estarão todas concluídas até segunda. Mas um serviço como este não pode começar a operar totalmente de uma hora para outra. Tem que se fazer por etapas. A população dos bairros beneficiados pelo Transcarioca tem que se conscientizar. Nós colocamos cercas ao longo do trajeto para ninguém atravessar fora da faixa. Para ser atropelada pelo ônibus BRT, a vítima tem que estar com muita vontade”, afirmou o prefeito. Ao longo do trajeto, num curto trecho, próximo ao condomínio Rio 2, não havia o cercado. 

Secretário Municipal de Transportes, Alexandre Sansão destacou o trabalho de prevenção realizado. “Além da sinalização convencional, com placas, estamos usando faixas para alertar as pessoas sobre o perigo. Também estamos com um efetivo ampliado de guardas municipais e agentes de trânsito nos 39 quilômetros do Transcarioca.” 

Ao longo do trajeto foi possível observar que operários ainda trabalhavam nas obras da passarela da Estação Aeroporto de Jacarepaguá, na Avenida Ayrton Senna, na Barra, mas Sansão disse esperar que a construção seja finalizada até domingo.

‘Tiro faixas de circulação dos carros’

Ao ultrapassar carros presos no já tradicional engarrafamento das avenidas Ayrton Senna, Salvador Allende e da Estrada dos Bandeirantes, o prefeito Eduardo Paes afirmou que o objetivo é que o carioca deixe cada vez mais o automóvel na garagem. “Tem motorista que fica p. da vida comigo porque eu tiro faixas para circulação dos carros e as transformo em corredores expressos para ônibus. Mas é isso mesmo. Quem anda pelo Rio tem que saber que o transporte público vai ser cada vez mais priorizado”, disse. 

Já o secretário de Transportes, Alexandre Sansão, informou que mais de 1,5 milhão de pessoas devem ser beneficiadas com os BRTs até 2016. “Com o Transcarioca, o Transoeste, o Transolímpica e o Transbrasil, teremos um número crescente de passageiros nos BRTs. Nossa meta é que 60% das pessoas usem o transporte de alta capacidade, que inclui também os trens e o metrô”, revela. 

“O investimento em ônibus articulados e na segurança dos passageiros é uma preocupação. Estamos com um convênio com a Polícia Militar. Os agentes vão reforçar o patrulhamento nas estações dos BRTs. No Transcarioca, assim como no Transoeste, os ônibus vêm equipados com um botão de alarme que, acionado pelo motorista, emite um alerta diretamente para o Centro de Controle Operacional, no Terminal Alvorada”, disse o presidente da Rio Ônibus, Lélis Teixeira.

Extensão do BRT na Ilha ainda não tem prazo 
O prefeito Eduardo Paes disse ontem que já foi aprovado o projeto básico para fazer a extensão do Transcarioca até o sub-bairro da Portuguesa, na Ilha do Governador, um pedido dos moradores da região. “Mas eu ainda não sei quando as obras vão começar. Deixa alguma coisa para o próximo prefeito”, despistou. 

Até lá, os moradores da Ilha terão direito a pegar um ônibus a mais com o Bilhete Único Carioca. Ou seja, quem iniciar a viagem no bairro poderá pegar um coletivo convencional, o ônibus alimentador e o BRT, pagando apenas uma tarifa, de R$ 3. 

O desenvolvimento imobiliário e comercial ao longo do trajeto do Transcarioca também foi destacado por Paes. “Quando que você imaginou ver um centro empresarial desse tamanho sendo construído na Taquara?”, indagou o prefeito a jornalistas, ao passar por um empreendimento novo na área. O corredor BRT cortará 14 bairros das zonas Norte e Oeste. O serviço semidireto do Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, até o Terminal Alvorada, na Barra, será aberto à população na quarta-feira e funcionará de 5h às 23h.

Por Paulo Cappelli
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Rio tem primeiro dia útil com novas tarifas de trem e metrô

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Rio tem nesta segunda-feira (19) o primeiro dia útil após o aumento das tarifas de trem e metrô, que passou a valer neste domingo (18). Passagens de trem sofreram reajuste de 5,6% e passaram de R$ 2,90 para R$ 3,20. No metrô, o aumento de 5,66% fez o valor subir de R$ 3,20 para R$ 3,50.

Bilhete Único não será alterado
O Governo do Estado informou que manterá inalterada a tarifa social do Bilhete Único intermunicipal por meio de subsídios. Desta forma, quem tem o bilhete continuará pagando os valores antigos. Quem ainda não tem pode se cadastrar em um dos sete postos montados em estações da SuperVia ou em outros seis do Metrô. Além disso, é possível se cadastrar no site do Riocard – responsável pelo sistema de cartões.

No fim de semana, o atendimento foi ampliado para aquelas pessoas que deixaram o cadastramento para a última hora. Desde o anúncio do reajuste, 11,8 mil usuários se inscreveram para adquirir o Bilhete Único.

As sete estações da SuperVia que têm postos de cadastramento são: Central do Brasil, Madureira (das 6h às 20h), Engenho de Dentro, Deodoro, Nilópolis, Bonsucesso e Duque de Caxias (todas das 11h às 20h). Segundo a SuperVia, o cadastro é simples e o atendimento leva menos de 10 minutos. Para isso, basta levar CPF e documento de identidade a um dos postos do Riocard, até o dia 18 de junho. O cartão sai na hora, e a carga mínima inicial é de R$ 5,25 – tarifa do Bilhete Único para utilização em, no máximo, três horas entre as integrações.

Já as estações do Metrô onde o serviço é oferecido são: Coelho Neto e Pavuna (das 11h às 20h), Carioca, Siqueira Campos e General Osório (das 10h às 19h), e Central (das 8h às 20h). Nessas estações o serviço será oferecido até dia 19 de junho.

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No Rio, Tarifas de trens e metrô ficam mais caras a partir deste fim de semana

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Usuários dos serviços de trem e metrô do Rio de Janeiro passarão a pagar mais caro pelas passagens a partir deste fim de semana. No sábado (17), a tarifa do metrô será reajustada de R$ 3,20 para R$ 3,50. Já a passagem dos trens passará de R$ 2,90 para R$ 3,20 a partir de domingo (19).

O reajuste, previsto no contrato de concessão, é anual e foi autorizado, em março passado, pela Agetransp (Agência Reguladora de Transportes Públicos).   
As concessionárias realizam ações para incentivar a utilização do Bilhete Único, já que os usuário do cartão não terão o aumento repassado. 

A Supervia informou que os postos de cadastramento para uso do Bilhete Único das estações Central do Brasil e Madureira abrirão duas horas mais cedo e, excepcionalmente, neste sábado e domingo, todos os postos estarão em funcionamento. Na Central do Brasil e em Madureira, o atendimento será realizado das 6h às 20h. Os postos das estações Engenho de Dentro, Deodoro, Nilópolis, Bonsucesso e Duque de Caxias funcionam entre 11h e 20h.

De acordo com o Metrô Rio, os postos montados em parceria com a RioCard nas estações Carioca, Pavuna, Estácio, Siqueira Campos, General Osório e Coelho Neto estarão disponíveis também, neste sábado e domingo, para cadastramento no Bilhete Único. O usuário precisa levar identidade e CPF, além de fazer uma carga mínima de R$ 5,25 no cartão.

Estações do Metrô Rio e horários de atendimento:

Carioca (10h às 19h), Estácio (10h às 19h), Siqueira Campos (10h às19h), General Osório (10h às19h), Coelho Neto (11h às 20h) e Pavuna (11h às 20h).

No sábado e no domingo, os postos nas estações Coelho Neto e Pavuna funcionarão das 6h às 20h. Os demais postos estarão disponíveis de 8h às 20h. 

Informaões: R7com
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Metrô Rio terá funcionamento especial no Carnaval

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Com a expectativa de receber cerca de 1 milhão de turistas para a festa mais popular do Brasil, o Rio de Janeiro armou um esquema de funcionamento especial de transporte público para o Carnaval 2014 tendo em vista a passagem dos blocos de rua pela cidade e também os desfiles das escolas de samba na Sambódromo.

Com as diversas interdições nas vias, principalmente do centro, o Metrô Rio se torna a melhor opção de deslocamento pela capital fluminense. A exemplo do que ocorre todos os anos, o serviço funcionará de forma ininterrupta a partir das 5h da próxima sexta-feira até 23h de terça-feira, sendo que as estações Central do Brasil e Praça Onze ficam abertas até 1h da Quarta-Feira de Cinzas.

Além disso, o folião poderá percorrer o percurso direto entre a estação Pavuna, na zona norte, até a General Osório, na zona sul, sem a necessidade de transferência entre as linhas vermelha e verde (1 e 2). A operação especial se repete ainda entre 5h de sábado e 23h de domingo para o Desfile das Campeãs.

Outra mudança importante diz respeito aos blocos de rua, que vão interferir no funcionamento específico de duas estações. Para a passagem do Cordão da Bola Preta, tradicional e centenário bloco do Rio, a estação Cinelândia do metrô permanecerá fechada ao longo de todo o sábado de Carnaval.

As opções serão as estações da Carioca (a 400 metros da Cinelândia) e Uruguaiana (distante 1,2 quilômetro). Na Carioca, o Metrô Rio montará um esquema de vendas de cartões unitários na parte externa da estação a fim de agilizar o fluxo de passageiros. O mesmo esquema volta a funcionar no dia 9 de março para a passagem do Monobloco pelo mesmo circuito.

Já em Ipanema, para as passagens do Simpatia Quase Amor e Banda de Ipanema, a estação General Osório funcionará em esquema distinto entre o sábado e terça-feira. O acesso pela rua dos Jangadeiros, praça General Osório e rua Teixeira de Melo servirá apenas para desembarque de passageiros. O embarque será realizado única e exclusivamente pela rua Sá Ferreira, já em Copacabana.

Estações fechadas
Ainda dentro deste novo esquema de funcionamento do Metrô Rio para o Carnaval, de acordo com a experiência adquirida pela concessionária ao longo dos anos, algumas estações ficarão fechadas por terem pouco acesso de passageiros e podendo ser compensadas por outras mais próximas. São elas: Presidente Vargas, Catete, e Maracanã, que estarão impedidas de receber passageiros entre 0h e 5h de sábado e fecharão às 0h de domingo.

O funcionamento destas estações será restabelecido às 5h da Quarta-Feira de Cinzas. Por questões de segurança, o Metrô Rio informou ainda que as bilheterias das seguintes estações estarão fechadas: São Francisco Xavier, Uruguaiana, Flamengo, São Cristóvão, Triagem, Maria da Graça, Engenho da Rainha, Thomaz Coelho, Colégio, Coelho Neto, Acari / Fazenda Botafogo e Engenheiro Rubens Paiva.

Por fim, a concessionária alerta os passageiros para que adquiram os cartões pré-pagos a fim de agilizar o fluxo nas estações, e que serão aceitos, normalmente, os cartões unitários, vale transporte, bilhete único estadual e os cartões de integração. 

Informações: Portal Terra

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Meta do VLT no Rio é tirar mais de 60% dos ônibus do Centro

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Um advogado com escritório na Avenida Rio Branco precisa ir ao Fórum e, em vez de táxi, de ônibus ou a pé, suando sob o terno no calor do Centro, vai de bonde elétrico, numa temperatura de 24 graus. Uma executiva de salto alto faz o mesmo entre a estação das barcas, na Praça Quinze, e o Aeroporto Santos Dumont, sem enfrentar engarrafamento e o risco de perder a ponte aérea: nos horários de pico, a espera pelo transporte chega a somente três minutos. As cenas fazem parte de um futuro próximo com muito menos ônibus e a presença do chamado (VLT), que interligará todo o Centro e a Zona Portuária.

Pelas estimativas da Secretaria municipal de Transportes, a frota de ônibus do Centro será reduzida em mais de 60% até 2016, quando todo o novo sistema de transporte já estará operando.
O secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, diz que esse total pode ser ainda maior: neste caso, dos 3.500 ônibus que circulam pelo Centro, 2.310 deixariam a região, desafogando as vias e abrindo espaço para o VLT. Também há a meta de reduzir em, pelo menos, 15% o total de carros que transita pela área central, percentual que representa cinco mil veículos por hora.

— A última simulação mostrou uma redução de 60%, podendo chegar a 66% — afirma ele, acrescentando que a mudança se deve ao VLT e ao BRT Transbrasil, que comunicará Deodoro ao Centro (substituindo os ônibus de longa distância) e estará integrado aos novos bondes, assim como outros modais. — Teremos integração com os ônibus intermunicipais na Rodoviária Novo Rio, outra na Central e Terminal Américo Fontenelle, com as estações do metrô da Uruguaiana, Carioca e Cinelândia e barcas.

Obras de infraestrutura começarão em janeiro
As obras de infraestrutura para receber os bondes, previstas inicialmente para o segundo semestre deste ano, começam agora em janeiro, segundo o cronograma divulgado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp) e pelo consórcio VLT Carioca. Na Zona Portuária, a Via Binário já conta com o leito por onde passará o trilho do VLT delimitado. O transporte ligará a Rodoviária Novo Rio ao Santos Dumont e contará com 32 bondes, distribuídos em seis linhas, e 42 estações espalhadas em 28 quilômetros de extensão do sistema.

Com tudo pronto, os VLTs poderão transportar 285 mil passageiros/dia, que pagarão tarifa de bilhete único.

A primeira etapa começa a operar no segundo semestre de 2015 e corresponde ao trecho Vila de Mídia (imediações da Novo Rio)-Santo Cristo-Praça Mauá-Cinelândia. A segunda etapa ficará pronta no primeiro semestre de 2016. Para as Olimpíadas, serão concluídos os trechos Central-Barcas, Santo Cristo-América-Central-Candelária, América-Vila de Mídia e Barcas-Santos Dumont.

Cinco trens virão da espanha
Diante de tantas promessas de VLT para o Rio — desde o início dos anos 90 que projetos do tipo são apresentados, sem nunca andar para frente —, Osorio tenta passar firmeza, dizendo que a população já pode ver o leito dos bondes preparado na nova Via Binário:
— A obra já foi licitada, temos os recursos assegurados e as intervenções começaram com a revitalização da Zona Portuária, onde está pronto o leito do VLT.

As composições já foram encomendadas pelo consórcio à empresa francesa Alstom. As cinco primeiras unidades virão da fábrica, na Espanha. Os outros 27 trens serão fabricados em São Paulo. Simulações já mostram os bondes (com o design que será visto nas ruas do Rio) circulando pela cidade. O transporte, com rede elétrica subterrânea, sem fios expostos na parte de cima, segue o padrão visto nas cidades de Bordeaux, Reins e Orleans, na França — embora lá não seja totalmente sem cantenária (fiação exposta). O sistema carioca se aproximará mais do que está em fase de implantação em Dubai, nos Emirados Árabes.

Informações: O Globo
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Frota de ônibus do BRT Transoeste na Zona Oeste caiu

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Quando lançou o edital de licitação do transporte rodoviário no Rio, a prefeitura pretendia, entre outras coisas, aumentar em até 30% a oferta de veículos na Zona Oeste. Hoje, dois anos e nove meses depois, a frota que atende à região é ainda menor do que antes, fazendo passageiros como o pintor de paredes Carlos Alberto Vasconcelos, de 22 anos, gastar mais uma passagem para não ficar parado no ponto.

Morador de Duque de Caxias, ele precisa pegar o 388 (Tiradentes-Santa Cruz) para ir do trabalho, em Santa Cruz, para casa. Mas, como tem que esperar em média uma hora pelo ônibus direto, acaba pagando uma passagem a mais para fazer a baldeação:
- São poucos paradores. Sou obrigado a pegar o expresso e descer antes, em Realengo. Lá, pego outro ônibus até a Penha, onde pego mais um até Caxias. Além da demora, ainda gasto mais, já que o Bilhete Único só cobre duas viagens.


Em novembro de 2010, quando fez a licitação, a prefeitura prometia uma estruturação das linhas, de forma a distribuir e racionalizar as frotas. Na ocasião houve a promessa de aumentar de 20% a 30% a frota na Zona Oeste com o corte de coletivos onde a demanda fosse menor.

Mas, segundo números da Secretaria de Transporte, houve redução no número de veículos que atendem a Zona Sul e a Grande Tijuca, mas, na área onde a carência é maior e que é servida pelo consórcio Santa Cruz, não houve aumento na quantidade de ônibus e, sim, uma ligeira redução em relação a 2010.

A falta de coletivos também dificulta a vida da promotora de vendas Carla da Silva, de 27 anos, moradora em Padre Miguel, que diz “praticamente morar dentro dos ônibus”. Ela é obrigada a circular por diversos bairros, visitando clientes em até dez estabelecimentos comerciais por dia.
- Não percebi nenhuma redistribuição de ônibus. Pelo contrário. Já morei na Zona Sul e sei que lá é outra história - comparou, na última quinta-feira, quando já aguardava por meia hora o 870 (Bangu-Sepetiba).
A dona de casa Damiana Castro, de 65, reclamou da linha 839 (Santa Cruz-Campo Grande), que chegaria a demorar até uma hora:
- Tem mais de meia hora que estou aqui e nada.

Respostas
A Secretaria municipal de Transporte informou que a “Zona Oeste é a região que mais preocupa a prefeitura”. Por isso, realiza fiscalização constantes para monitorar a frota e a frequência dos ônibus, de modo a atender a população com mais eficácia. Como exemplo de racionalização do sistema, aponta o BRT Transoeste, ligando a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Paciência, transportando 120 mil pessoas por dia. A implantação do BRT teria “racionalizado o sistema na região da Zona Oeste”.

O Rio Ônibus também citou o BRT como exemplo de racionalização das linhas na Zona Oeste.
Confira a resposta da Secretaria municipal de Transportes na íntegra:
“A Prefeitura do Rio definiu a Zona Oeste como uma das primeiras áreas a receber o sistema de racionalização do transporte público. Como exemplo de racionalização do sistema, foi implantado o primeiro BRT da cidade, a Transoeste, que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Paciência, e transporta, atualmente, cerca de 120 mil pessoas por dia.Totalmente segregado do tráfego geral, composto por linhas expressas e paradoras, o corredor já conta com 44 quilômetros de extensão até Paciência e 42 estações em funcionamento. O BRT Transoeste está atingindo um volume de viagens cerca de 20% superior ao inicialmente estimado.

A Zona Oeste é a região da cidade que mais preocupa a prefeitura. Por isso, a SMTR realiza fiscalização frequente para monitorar a frota e a frequência dos ônibus na região, de modo a atender a população com mais eficácia. Além disso, é realizada fiscalização eletrônica nos 8.800 ônibus da cidade, por meio de GPS instalado em todos os coletivos. Dos quatro consórcios, o Santa Cruz, que atua na região, é o que mais recebe multas da prefeitura: 978 (de janeiro a julho), das 2.362 multas aplicadas nos quatro consórcios no mesmo período. A prefeitura estará continuadamente trabalhando para melhorar o transporte público da Zona Oeste e vai adotar todas as medidas cabíveis para melhorar o sistema.

Para reforçar a fiscalização, a SMTR deu início à contratação de sistema tecnológico para monitorar eletronicamente o serviço de ônibus da cidade. Com a nova plataforma será possível monitorar em tempo real, 24 horas, sete dias por semana, a frota, frequência, itinerário e velocidade média dos ônibus da cidade. No caso de descumprimento de qualquer normativa, multas serão expedidas automaticamente aos consórcios infratores. Com o novo sistema, que deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano, a prefeitura terá melhor controle sobre a qualidade dos serviços de ônibus na cidade.

A implantação do BRT Transoeste racionalizou o sistema de ônibus na região da Zona Oeste. Nas áreas da Zona Oeste não contempladas com o BRT Transoeste, houve um aumento dos ônibus urbanos para atender a população.”
Confira a resposta do Rio Ônibus na íntegra:
“Com o BRT Transoeste, quatro linhas que tinham sobreposição de itinerário com o corredor foram extintas e outras 12 tiveram seus itinerários seccionados para se tornarem linhas alimentadoras do BRT. Elas usam ônibus refrigerados com tarifa de R$ 2,75 e seus passageiros não precisam pagar novamente para ingressar corredor. Isso permite que o usuário ainda faça uma integração através do Bilhete Único Carioca ao sair do BRT na outra ponta. O BRT Transoeste transporta 120 mil passageiros/dia e alcançou 93% de aprovação em pesquisa realizada em abril.

Todos os corredores de BRT serão acompanhados da racionalização das linhas. E todos estarão conectados entre si e integrados aos demais modais. No próximo ano, deve entrar em operação o BRT Transcarioca, de 39 km com área de atuação percorrendo 14 bairros, ligando a Barra ao Aeroporto Internacional. Até 2016 será concluído o BRT Transolímpica, com 23 km, passando por nove bairros, ligando Barra e Jacarepaguá a Deodoro. A prefeitura está concluindo o projeto para a construção do BRT Transbrasil, com 32 km de Deodoro ao Centro do Rio. Todos estes BRTs priorizam a Zona Oeste, uma das regiões mais afetadas pelo transporte”.

Informações: O Globo
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Sistema Bike Rio ganhará 200 estações e chegará a regiões como Porto, Tijuca e Barra

domingo, 16 de junho de 2013

Desde outubro de 2011, já foram mais de 1,8 milhão de viagens com as magrelas. Agora, os planos são espalhar pelo Rio o sucesso das bicicletas de aluguel. A cidade ganhará 200 novas estações do sistema Bike Rio, que vão se juntar às 60 atuais. Com a expansão, o número de bicicletas disponíveis quadruplicará: passará de 600 para 2.600, como adiantou a coluna Gente Boa, semana passada. E a previsão é que elas cheguem a outras regiões, além da Zona Sul e do Centro, que concentram os pontos de retirada hoje. Os lugares exatos onde as estações ficarão ainda serão definidos. Mas a Secretaria municipal da Casa Civil adianta que áreas próximas a ciclovias e regiões que receberão equipamentos olímpicos, como Barra, Zona Portuária e o entorno do Maracanã e do Engenhão, terão prioridade.

O edital de licitação para ampliação do sistema, que deve ser publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do município, determina que, após a assinatura do contrato, a localização das estações seja definida em até 30 dias, com prazo de um ano para instalação dos equipamentos. A escolha seguirá orientações da Secretaria municipal de Meio Ambiente, que sugeriu 346 pontos, dos quais 200 serão selecionados. Na lista de sugestões estão estações na Zona Sul (91 pontos), Barra (58), Recreio (16), Centro (70), Tijuca e Maracanã (20), Vila Isabel (12), Grajaú (seis), Ilha (20), Engenho Novo e Méier (15), Praça Seca (11), São Cristóvão, Curicica e Madureira (nove em cada bairro).
Na Tijuca, os adeptos das bicicletas comemoram a possível chegada do Bike Rio. Mas cobram que, junto à novidade, sejam construídas mais ciclovias, uma vez que a região ainda tem uma pequena malha cicloviária. O ciclista Alexandre Dias, de 35 anos, por exemplo, afirma que andar de bike em meio ao trânsito hostil de ruas como a Conde de Bonfim é um verdadeiro desafio. Mesma impressão do entregador Diogo da Silva Santos, de 19 anos, que trabalha todo dia de bicicleta no bairro.

— Sábado passado, um ônibus quase me atropelou. Tive que me jogar na calçada para não me machucar. O ciclista não é respeitado. Muitos motoristas sequer conhecem bem o Código de Trânsito. Não sabem que podemos andar pelo bordo da pista, no sentido dos carros. E, quando nos veem, xingam e buzinam para sairmos da pista. Mais ciclovias seriam muito bem-vindas — diz.

Valor dos passes será mantido

Secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo garante que, além da expansão do Bike Rio, aumentará o número de ciclovias na cidade. Até 2016, diz ele, o planejamento é chegar a 450 quilômetros, 150 a mais do que atualmente, inclusive em áreas como a Tijuca. Com o estímulo ao uso das bicicletas, ressalta, a expectativa é que, nessa nova fase do Bike Rio, o sistema deixe de ser basicamente usado apenas para o lazer, mas que uma quantidade crescente de usuários comece a utilizá-lo como transporte para o trabalho ou outras atividades do dia a dia.

— Nossa ideia é que a pessoa possa ir, por exemplo, do Recreio à Barra de bicicleta. No edital, deixamos inclusive aberta a possibilidade de o sistema ser incluído no bilhete único — diz Pedro Paulo, ressaltando que os preços atuais dos passes para aluguel das bikes (R$ 10 para o mensal e R$ 5 para o diário) serão mantidos.

Usuários cadastrados já são 160 mil

Com valor de outorga mínima de R$ 25 milhões, o novo contrato do sistema terá vigência de 5 anos. A licitação incluirá não só as 200 novas estações, mas também as 60 já existentes (operadas até setembro próximo pela Serttel e pelo Itaú, que também poderão participar da nova disputa). Hoje, o Bike Rio já tem mais de 160 mil usuários cadastrados e uma média de 10 mil viagens por dia. Números que, para o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, mostram que a demanda futura pelas bicicletas de aluguel pode ser ainda maior.

— Foi um sucesso além do esperado. Quando começamos, tínhamos 12 estações, em Copacabana e Ipanema. Poucos acreditavam no programa. Mas hoje a cidade inteira quer mais bicicletas. O carioca aderiu. E, em breve, nossa ideia é integrar o Bike Rio, por exemplo, às estações de BRT — diz Altamirando, lembrando que o Rio é a cidade com maior número de viagens de bicicleta do Brasil, 1 milhão por dia, contra 250 mil de São Paulo.

Amantes, mas numa relação nem sempre tão amigável

Bem que a advogada Thaily Pizarro, de 26 anos, gostaria de ir de casa, em Copacabana, para o trabalho, no Humaitá, de bicicleta. Mas as dificuldades de fazer o percurso pedalando a levaram a recuar da pretensão. Embora o Rio tenha a maior malha cicloviária do país e planeje ampliar o sistema Bike Rio, a cidade nem sempre é tão amigável assim aos ciclistas, como demonstram episódios recentes como a morte do triatleta Pedro Nikolay, atropelado em abril em Ipanema.

— Só não vou para o trabalho de bicicleta por isso: em Botafogo, teria que passar por trechos sem ciclovia e com trânsito intenso. Acho perigoso. Além disso, eu me sinto insegura de atravessar de bicicleta os túneis que ligam Copacabana a Botafogo. Várias amigas já tiveram bicicletas roubadas ali — diz Thaily, que, apesar disso, recorre à bicicleta em trajetos curtos, e fez um cadastro do Bike Rio semana passada.

Pedestre também reclama

Embora a convivência entre ciclistas e motoristas realmente não seja tão pacífica no Rio, o engenheiro de transportes Alexandre Rojas, da Uerj, afirma serem positivas ideias como a expansão do Bike Rio. Para ele, o aumento do número de bicicletas nas ruas estimulará não só mais investimentos em ciclovias, mas também forçará mudanças de hábitos dos motoristas e, inclusive, dos ciclistas. Afinal, constata quase diariamente a aposentada Rosângela Elídio, de 60 anos, moradora de Copacabana: também são comuns os desrespeitos às leis de trânsito por parte dos que seguem nas magrelas.

— Na ciclovia da Avenida Atlântica, quando o sinal de trânsito fecha para carros e ciclistas, dificilmente quem vem de bicicleta para. Somos nós, pedestres, que temos de esperar eles passarem.

Por Suzana Velasco
Informações: O Globo
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No Rio, Ônibus com ou sem ar-condicionado à R$ 2,95

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Secretaria Municipal de Transportes deu início na madrugada desta segunda-feira, dia 3, à ação de fiscalização de transportes com o objetivo de verificar a regularidade da circulação dos ônibus urbanos com ar-condicionado no primeiro dia útil da implantação da tarifa única na cidade do Rio de Janeiro.

Equipes de fiscalização da SMTR realizam operações simultâneas nas garagens das empresas de ônibus dos quatro consórcios operadores do sistemas de ônibus na cidade: Intersul, Internorte, Santa Cruz e Transcarioca. 

O objetivo dos fiscais é aferir se a frota de ônibus urbanos com ar-condicionado está circulando conforme o determinado.


Participam da ação 40 agentes entre fiscais da SMTR e auxiliares de fiscais, guardas municipais com treinamento em transportes e policiais militares. Esta ação será realizada ao longo desta semana nas 44 garagens de ônibus da cidade. O Rio de Janeiro possui 800 ônibus urbanos com ar-condicionado, de uma frota de cerca de 9.000 coletivos. 

Pelo decreto municipal publicado na ultima sexta feira, os ônibus urbanos com ar-condicionado passaram a adotar a tarifa modal básica praticada pelos ônibus urbanos sem ar-condicionado. Com isso, a cidade terá apenas uma tarifa para todos os ônibus urbanos, em vez das seis tarifas distintas em estavam  vigor ate o final do mês de maio. 

A medida beneficia cerca de cinco milhões de passageiros por mês que viajam em ônibus urbanos com ar-condicionado e poderão economizar até R$ 3 por viagem.  A instituição da tarifa única garantirá que a cidade atinja o objetivo de integração plena do sistema de ônibus urbanos por meio do Bilhete Único Carioca (BUC). Os cariocas poderão fazer qualquer integração ônibus/ônibus por meio do BUC pagando apenas a tarifa modal básica. Com a instituição da tarifa única na cidade, apenas os ônibus rodoviários com ar-condicionado (frescões) terão tarifa diferenciada.

A Prefeitura solicita que a a população colabore e denuncie irregularidades por meio da Central de teleatendimento 1746, informando dia, horário, local e número da linha.

Informações: Jornal do Brasil
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Prefeitura do Rio institui tarifa única para ônibus urbanos

sábado, 1 de junho de 2013

A Prefeitura do Rio publicou na edição do Diário Oficial desta quarta-feira, dia 29/05, decreto instituindo tarifa única no sistema público de passageiros por ônibus, integrada ao Bilhete Único Carioca (BUC). Os ônibus urbanos com ar-condicionado passarão a adotar a tarifa modal básica praticada pelos ônibus urbanos sem ar-condicionado. Com isso, a cidade terá apenas uma tarifa para todos os ônibus urbanos, em vez das seis tarifas distintas em vigor. A medida, que passa a valer a partir da 0h (zero hora) do próximo sábado, dia 1º de junho, beneficiará cerca de cinco milhões de passageiros por mês que viajam em ônibus urbanos com ar-condicionado e poderão economizar até R$ 3 por viagem.

Hoje, enquanto a tarifa básica é de R$ 2,75, as tarifas de ônibus urbanos com ar-condicionado variam de R$ 2,85 a R$ 5,40 de acordo com a distância percorrida por cada linha. Moradores da Zona Oeste, que percorrem os maiores trajetos, poderão economizar cerca de R$ 130 por mês no deslocamento de casa para o trabalho. Com a instituição da tarifa única na cidade, apenas os ônibus rodoviários com ar-condicionado (frescões) terão tarifa diferenciada.

Integração plena dos ônibus no Bilhete Único Carioca - BUC

A instituição da tarifa única garantirá que a cidade atinja o objetivo de integração plena do sistema de ônibus urbanos por meio do BUC. Os cariocas poderão fazer qualquer integração ônibus/ônibus através do BUC pagando apenas a tarifa modal básica. Isso aumentará a disponibilidade de transportes e propiciará maior rapidez nas baldeações para todos os trajetos e em todas as regiões da cidade. Além disso, os ônibus com ar-condicionado estarão acessíveis para toda a população que poderá utilizar veículos mais modernos e confortáveis pagando menos. Essa medida ganha ainda mais relevância com a meta estabelecida no Plano Estratégico da Prefeitura de progressivamente dotar toda a frota de ônibus urbanos do Rio de ar-condicionado. 

Reajuste da tarifa modal para ônibus urbanos

De acordo com o contrato de concessão, o reajuste anual de tarifas de ônibus na cidade do Rio de Janeiro deveria ter sido concedido no dia 1º de janeiro deste ano. Por solicitação do Governo Federal, a Prefeitura do Rio decidiu adiar o reajuste. Também na edição do Diário Oficial desta quarta-feira, o decreto municipal autoriza a mudança da tarifa modal para R$ 2,95, com vigência a partir da 0h do próximo sábado, dia 1º de junho de 2013.

O reajuste da tarifa, calculado com base em índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cuja fórmula está prevista no contrato de concessão, foi feito a partir da variação de preço dos itens que compõem a planilha tarifária, como insumos (pneus, combustível, etc.) e mão de obra. Além disso, o cálculo considerou a unificação da tarifa dos ônibus urbanos com e sem ar-condicionado e a desoneração do PIS/CONFINS para operadores de transportes de passageiros, anunciada pelo Governo Federal.

Informações: Prefeitura do Rio

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TARIFA CALCULADA (fórmula prevista no contrato, variação jan2012-mai2013)
 R$ 3,039 
Unificação Tarifa com Ar-Condicionado
 R$ 0,029
Desoneração PIS/COFINS
 R$ (0,112)
TARIFA FINAL
 R$ 2,956
TARIFA ARREDONDADA
 R$ 2,95
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No Rio, Unificação de passagens de ônibus divide usuários

sexta-feira, 31 de maio de 2013

De acordo com o contrato de concessão, o reajuste anual de tarifas de ônibus na cidade do Rio deveria ter sido concedido no dia 1º de janeiro deste ano. Mas, por solicitação do governo federal, a nova tarifação foi adiada para junho. A partir deste sábado, será R$ 2,95 o preço das passagens de todos os ônibus comuns da cidade do Rio, com ou sem ar condicionado.
Foto:  Alexandre Vieira / Agência O Dia
Antônio Coimbra é morador da Freguesia. Para fechar negócios, o corretor precisa percorrer toda a cidade. Ele reclama que a maioria dos ônibus com ar está na Zona Sul. “É o povão que vai pagar a conta porque anda mesmo é de quentão, disse. 


Moradora de Jacarepaguá, a fisioterapeuta Gisele Palma gostou da unificação. “Num primeiro momento, parece que é bom, mas tem de vir junto com mais qualidade”, frisou.

A tarifa única representa uma elevação de 20 centavos na tarifa dos ônibus sem ar, que hoje é de R$ 2,75, e uma redução no preço de grande parte dos veículos refrigerados, que começa em R$ 2,85 e chega a R$ 5,40 nos percursos mais longos.

Com a decisão, os passageiros que fazem a integração de veículos refrigerados e sem ar pagarão só a tarifa básica com o Bilhete Único Carioca. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, a medida beneficiará cerca de 5 milhões de passageiros por mês que usam ônibus urbanos com ar-condicionado e poderão economizar até R$ 3 por viagem. 

A frota de ônibus urbanos do Rio é de 8,7 mil veículos. Apenas cerca de 800 têm ar-condicionado, menos de 10% do total. É o que questiona a diarista Ana Gomes.

Moradora da Ilha do Governador, ela trabalha em Copacabana e diz que o aumento nos “quentões” vai pesar no bolso dela, da filha e do genro. Desconfiada, Ana acha que as empresas vão tirar os ônibus refrigerados das ruas. 
“Ué, vai diminuir o preço do ônibus com ar-condicionado? Mas quase não existe ônibus com ar-condicionado na cidade. Isso é coisa pra tapear o povo. Vai ficar uma coisa pela outra. Eles aumentam o preço do ônibus na maioria dos lugares e diminuem na Zona Sul”, analisa.

Toda frota com ar

Já professora Eva Vider, especialista em transportes da UFRJ, considera a unificação como um indício de que toda a frota deverá ter ar-condicionado, promessa feita pelo prefeito Eduardo Paes. “A tendência é que os ônibus ofereçam mais conforto. Os novos contratos de concessão já levam em consideração a exigência de ar”, disse. 

Com a instituição da tarifa única na cidade, apenas os frescões, ônibus rodoviários com ar-condicionado, continuarão com tarifa diferenciada.

A Secrtaria de Transprotes garante que a frota com ar não será reduzida e que, até 2016, todos os coletivos da cidade serão refrigerados. Além disso, passageiros com direito à gratuidade poderão usar qualquer ônibus.

Informações: O Dia
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Apenas quatro empresários concentram um terço do transporte rodoviário no Rio

sábado, 18 de maio de 2013

A perspectiva parecia boa: há quase três anos, pela primeira vez, a cidade do Rio de Janeiro teve uma licitação para concessão de suas linhas de ônibus. A promessa era de um sistema renovado, mas, na prática, isso não aconteceu. Alvo de análises do Tribunal de Contas do Município (TCM) e de investigação do Ministério Público estadual ainda em andamento, por suspeita de formação de cartel, o transporte rodoviário do Rio ainda se concentra em poucas mãos, como mostra a sexta e última reportagem da série "Máquinas mortíferas”. Um levantamento feito pelo GLOBO, com base no contrato firmado em 2010, revela que, apesar de o sistema estar dividido entre 41 empresas, apenas quatro donos concentram cerca de um terço de todas as participações nos quatro consórcios vencedores.

Com base nos representantes das empresas que constam do próprio contrato e em atas de assembleias divulgadas em edições do Diário Oficial em 2011 e 2012, é possível chegar àquele que, não à toa, um dia foi apelidado de "Rei do Ônibus”: o empresário paraense Jacob Barata, de 81 anos. Ao todo, ele e seu grupo, que inclui o sucessor, Jacob Barata Filho, estão presentes em pelo menos nove empresas espalhadas por três consórcios, que operam nas regiões de Jacarepaguá e Barra, Zona Sul e Zona Norte. É na Zona Sul, com quatro empresas (Tijuca, Alpha, Transurb e Saens Pena), a maior participação: 32,2%. Na Zona Norte, com outras quatro (Ideal, Estrela, Verdun e Vila Real), Barata ficou com 21,7%. De quebra, ainda está na Normandy, com uma pequena participação, de 0,38%, no consórcio Transcarioca (Barra e Jacarepaguá).
Com 41% do Transcarioca, está Avelino Antunes, descendente de portugueses que começou como mecânico e motorista, e tornou-se o nome forte do grupo Redentor. Além da própria Redentor, compôs a sua participação no consórcio com as empresas Transportes Futuro e Barra.

Estrangeiros desistiram de concessão

O consórcio Santa Cruz, da Zona Oeste, tem como representante mais forte Álvaro Rodrigues Lopes, considerado um empresário mais novo no setor: três empresas (Rio Rotas, Algarve e Andorinha) concentram 35,5% do transporte nessa região. Ele ainda está presente em outras duas companhias na Zona Sul e na Zona Norte: Translitorânea e City Rio. Outro nome forte na Zona Sul é o de Cassiano Antônio Pereira, com 13,2% de participação divididos em três empresas (Rubanil, Transportes América e Viação Madureira Candelária).

A concessão das linhas de ônibus do Rio atraiu empresas até da Argentina e da França. Quatro grupos chegaram a entrar com recursos pedindo que o edital fosse anulado. Um dos motivos era que os vencedores teriam que implantar o Bilhete Único Carioca (BUC) ainda em 2010. Na avaliação dos concorrentes, o prazo curto favorecia as empresas locais. A RATP Development, que transporta 10 milhões de pessoas por dia em ônibus e trens na França, formalizou a desistência por carta, afirmando que os prazos não permitiam elaborar uma oferta séria. Na apresentação das propostas, apenas grupos paulistas entraram na disputa para enfrentar as empresas já estabelecidas na cidade.

Ao longo de sua trajetória, as empresas de ônibus sempre contaram com a simpatia do poder público e de políticos. O coronel Paulo Afonso Cunha, ex-secretário municipal de Trânsito na década de 90, conta que afastou dois altos funcionários da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) devido à suspeita de que recebiam dinheiro de empresas de ônibus. Segundo ele, um dos casos foi comprovado, e o servidor teria sido demitido. Alegando tratar-se de informação sigilosa, a prefeitura não confirmou se os funcionários em questão foram investigados.

Antes de 2010, duas tentativas de licitar as linhas de ônibus do Rio foram barradas na Câmara dos Vereadores. Por iniciativa do governo do estado e da prefeitura, foram aprovadas leis que cobram ICMS e ISS simbólicos das empresas de ônibus.

Império que começou com um só ônibus

Hoje são 25 empresas, com 4,2 mil coletivos em quatro regiões do país

Quase todas as empresas de ônibus que integram os consórcios atuais surgiram das lotações feitas por particulares pelos bairros da cidade na década de 50. Na época, os ônibus davam lugar aos bondes que, gradativamente, deixaram as ruas. Nesse contexto, a família Barata é considerada um dos exemplos de sucesso do setor. Jacob Barata, quando começou na antiga capital federal, trabalhava apenas com um ônibus de 12 lugares, que fazia a ligação Madureira-Irajá. Hoje, o patriarca do Grupo Guanabara tem participação em 25 empresas de transporte com 4,2 mil ônibus em quatro regiões do país, e mais de 20 mil funcionários.

O império da família Barata se destaca por não se limitar a transportar passageiros. O grupo também é proprietário de um banco que tem entre suas atividades financiar empresas interessadas em comprar coletivos, além de duas das maiores concessionárias Mercedes-Benz no Rio e em Fortaleza, nas quais são vendidos ônibus e caminhões. Os negócios do grupo incluem ainda duas concessionárias de automóveis, um hotel e uma construtora. A família também já teve participação numa companhia aérea.

- Jacob Barata é um líder no setor, mas não pelo percentual de participação nos consórcios. Mas por ser considerado um empresário competente e ético, que até ajudou financeiramente outros empresários em dificuldades - descreveu o presidente da Federação de Empresas de Transporte do Rio, Lélis Marcos Teixeira.

Informações: ANTP
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