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Grande Recife organiza esquema de ônibus para São João da Capitá 2015

quarta-feira, 10 de junho de 2015

As festas em comemoração ao São João já iniciaram na Região Metropolitana do Recife. Já nesta sexta-feira (12), sábado (13) e domingo (14), o São João da Capitá 2015 embala os forrozeiros, no Chevrolet Hall, em Olinda.

Quem já garantiu o ingresso para a festa contará com um esquema especial de ônibus que o Grande Recife Consórcio organizou para auxiliar os usuários na ida para o evento e na volta para casa. Ao todo, 14 linhas terão esquema especial para a festa. Nos três dias de forró, 10 linhas serão reforçadas e realizarão 60 viagens a mais que em dias normais. 

Para facilitar o acesso ao Chevrolet Hall, oito linhas também terão seus itinerários alterados. A partir das 19h, no sentido Recife/Olinda, as linhas 050 – PE-15/Boa Viagem, 1913 – TI PE-15/TI Joana Bezerra, 1900 – TI PE-15, 1986 – Rio Doce/Derby, 1985 – Rio Doce (Bacurau), 1995 – Pau Amarelo (Bacurau), 1936 – Mirueira (Bacurau) e 1956 – Igarassu (Bacurau) farão o seguinte trajeto: …Av. Olinda, retorno sob do viaduto Luiz Delgado, Av. Agamenon Magalhães (Chevrolet Hall), retorno sob o viaduto do Tacaruna, Av. Olinda...

Na sexta-feira (12), primeiro dia do São João da Capitá, três linhas receberão um reforço de 11 viagens a mais para atender aos passageiros. Neste dia, os usuários contarão com um total de 91 veículos e 799 viagens. Já no sábado (13) serão oitos linhas reforçadas com 31 viagens a mais, totalizando 53 veículos e 580 viagens no dia. E para a madrugada do domingo (14) serão adicionadas 18 viagens à programação normal de sete linhas de bacurau, o que totaliza 86 viagens do sábado para o domingo. 

Além das linhas reforçadas, os usuários também contarão com as 17 linhas que trafegam normalmente na Av. Agamenon Magalhães nas proximidades do Chevrolet Hall. 

Segue abaixo a lista das linhas que serão beneficiadas nos três dias: 

Reforço

Sexta-feira:

043 - Aeroporto/Tacaruna (Derby)
1950 - Eng. Maranguape/Varadouro
823 - Jardim Brasil II/Est.De Belém

Sábado:

043 - Aeroporto/Tacaruna (Derby)
1985 - Rio Doce (Bacurau)
1995 - Pau Amarelo (Bacurau)
846 - Águas Compridas (Bacurau)
827 - Jardim Brasil (Bacurau)
1936 - Mirueira (Bacurau)
1956 - Igarassu (Bacurau)
643 – Córrego do Jenipapo (Bacurau)

Domingo:

1985 - Rio Doce (Bacurau)
1995 - Pau Amarelo (Bacurau)
846 - Águas Compridas (Bacurau)
827 - Jardim Brasil (Bacurau)
1936 - Mirueira (Bacurau)
1956 - Igarassu (Bacurau)
643 – Córrego do Jenipapo (Bacurau)

Linhas que trafegam habitualmente pelo local:

972 – Bultrins
910 – Rio Doce/Piedade
982 – Conj. Beira Mar/Derby
821 – Jardim Brasil I (Cruz Cabugá)
823 – Jardim Brasil II (Cruz Cabugá)
1921 – Ouro Preto (Jatobá I)
1926 – Ouro Preto (Jatobá II)
1916 – Ouro Preto/Joana Bezerra
1977 – Paulista (Cond. Boa Vista)
1976 – TI Pelópidas (PCR) – BRT
1915 – TI PE-15 (Dantas Barreto) - BRT
1909 –TI Pelópidas/TI Joana Bezerra
930 – Rio Doce (Dois Irmãos)
1987 – Rio Doce (Príncipe)
2920 – Rio Doce/CDU
861 – TI Xambá/TI Joana Bezerra
820 – TI Xambá (Cabugá)

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Olinda ganhará terminal de ônibus integrado

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


A Região Metropolitana vai ganhar um novo terminal integrado, o primeiro em Olinda. O Terminal Integrado de Xambá será instalado na Avenida Presidente Kennedy, próximo à Estrada do Caenga. O nome é uma homenagem a uma comunidade quilombola que se encontra no local. A ordem de serviço foi assinada nesta terça-feira (17). O orçamento é de aproximadamente R$ 5,5 milhões.

O terminal atenderá os municípios de Olinda e Recife diretamente, além de beneficiar indiretamente os de Paulista, Igarassu e Abreu e Lima. O bairro de Rio Doce tem um terminal que interliga algumas linhas, mas ele não é considerado um terminal de integração, segundo o Grande Recife, já que não tem a possibilidade de usar diferentes ônibus usando a mesma passagem. Neste novo Xambá a área total construída será de 2.828 m² em um terreno de 9.948 m².

A previsão é que até 2012, o Sistema Estrutural Integrado (SEI), que foi implantado em 1992 tenha 23 terminais. Os recursos são oriundos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), da Caixa Econômica Federal e do tesouro estadual.

Desses 23 terminais, dois entraram em funcionamento em 2009, o Terminal Integrado Pelópidas Silveira, em Paulista e o Terminal Integrado do Cabo – José Faustino dos Santos, no Litoral Sul.

Fonte: JC Online


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Em Olinda, Passageiros do TI Xambá passam apuros para pegar ônibus

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Quem depende do transporte público no Grande Recife enfrenta diariamente diversos problemas, que vão desde a superlotação até a demora dos ônibus. Em Olinda, no Terminal de Xambá, os passageiros precisam lidar ainda com a falta de orientadores de fila. Quando o coletivo chega, os usuários se espremem e chegam a brigar, literalmente, pelo espaço.

A situação ficou assim há cerca de um mês, quando os fiscais e orientadores foram dispensados. Desde então, os passageiros reclamam do empurra, empurra, e dos acidentes no momento do embarque. A demora dos coletivos também é motivo de muitas criticas.

Através de nota, o Grande Recife Consórcio anunciou que está sendo feito um rodízio com os orientadores de filas em todos os terminais integrados da Região Metropolitana. Com isso, os do terminal de Xambá foram remanejados para outros terminais. Não há prazo para que eles retornem ao trabalho no local.

Informações: TV Jornal

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No Recife, Novos terminais integrados devem ser entregues à população ainda este ano

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Meses após ficar pronto, entrou em funcionamento o Terminal Integrado Tancredo Neves, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Ele atenderá 64 mil pessoas, por meio de 25 linhas de ônibus interligadas ao ramal Sul do metrô. Ainda este ano devem ser entregues à população outros terminais, como Cosme e Damião, TIP, Xambá e a primeira etapa da reforma no terminal do Barro, previstos para o mês de maio. Já no segundo semestre, deve entrar em operação o novo TI da Joana Bezerra e os de Prazeres, Largo da Paz e Santa Luzia.

No caso do Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, concluído desde o ano passado, o funcionamento ainda depende de ajustes na avenida Presidente Kennedy, principal via por onde circularão os ônibus da benfeitoria. O terminal, por onde já deveria estar sendo usado por 70 mil pessoas por dia, atualmente, conta apenas com um funcionário vigiando o lugar para evitar depredações.
TI do Xambá a espera do problemático corredor de ônibus da Presidente Kennedy
Quem passa pela Presidente Kennedy facilmente observa ações de carga e descarga irregular, bem como estacionamento em local indevido, além de outras irregularidades. “Uma via paralela, a Agamenon Magalhães, deverá ser usada como alternativa para melhorar a circulação de veículos na Presidente Kennedy. A Secretaria das Cidades se comprometeu a fazer a pavimentação da via.

Por nota, a Prefeitura de Olinda informa que várias medidas serão executadas para o reordenamento da avenida Presidente Kennedy, entre elas, fechamento do canteiro central, implantação de semáforos, conclusão dos loops de quadra e ações de controle urbano. “Essas ações, que envolvem várias secretarias municipais e estaduais, têm como prazo de conclusão o final de maio”, garante em documento.

Wellington Silva, da Folha de Pernambuco
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No Recife, Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzam os braços

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira. Em Olinda, município atendido pela empresa de transportes, as paradas de ônibus estão lotadas. Os trabalhadores realizaram um protesto na garagem da empresa, localizada nas imediações do Terminal Integrado de Xambá, que teve o movimento afetado. Os passageiros reclamam da falta de informação. 

Localizado na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, o TI de Xambá atende diariamente cerca de 44 mil pessoas. O terminal oferece 19 linhas de ônibus e 160 veículos, que fazem 2.034 viagens por dia. Entre as linhas, 11 transportam os usuários do subúrbio para o terminal; cinco ligam Xambá aos TIs Joana Bezerra, Afogados e Rio Doce; e outras três têm o Centro do Recife como destino

Outro caso - Em fevereiro deste ano, os passageiros sofreram a ausência de ônibus da empresa Vera Cruz nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Na garagem da empresa, na BR-101, bairro de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, cerca de 30 trabalhadores bloquearam a saída dos coletivos. A Vera Cruz possui 35 linhas, atendendo ao Grande Recife. Segundo os trabalhadores, apenas 10% da frota circula hoje.

Os trabalhadores alegaram falta de pagamento das horas extras, além outras irregularidades como desconto de horas mesmo com a apresentação de atestado médico e carga-horária abusiva. Os passageiros foram pegos de surpresa. Nas ruas, grandes filas se formaram nas paradas de ônibus. Leitores enviaram imagens para o WhatsApp do Diario de Pernambuco.

Informações: Diário de Pernambuco

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Grande Recife: TI Xambá ficou sem ônibus após motorista levar pedrada na boca

terça-feira, 11 de julho de 2023

O Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, começou a terça-feira (11) sem ônibus após a garagem da empresa Caxangá ser fechada em protesto organizado pelo Sindicato dos Rodoviários.

O ato, que durou cerca de quatro horas, ocorreu após uma motorista da linha TI Xambá/Rio Doce ser agredida com uma pedrada no rosto por pessoas que subiram no ônibus, na segunda-feira (10). Os ônibus começaram a ser liberados por volta das 7h.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a profissional trabalhava quando foi agredida com uma pedrada na boca. Ela foi ao Instituto Médico Legal (IML) do Recife para realizar exame de corpo de delito e registrou Boletim de Ocorrência, além de ter sido atendida por médico. A motorista teve sangramento no rosto, já que a pedra provocou um corte debaixo da gengiva. 
"Deixo meu pedido clamando as autoridades. Os trabalhadores do sistema rodoviário estão endo agredidos todos os dias. Temos informado à Justiça as agressões dos trabalhradores", afirmou a diretora do Sindicato dos Rodoviários Clarice Barbosa

Os rodoviários também reclamam de desconto feito pela Caxangá, que, segundo a categoria foi feito de forma indevida. 

Informações: Folha PE
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Passageiros enfrentam insegurança e riscos em ônibus do Grande Recife

domingo, 21 de junho de 2015

Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, 18h da última quarta-feira (17). A dona de casa Rosângela Marques está há mais de 30 minutos na fila da linha Zumbi Do Pacheco e já viu quatro ônibus passarem sem conseguir entrar. Do seu local, ela vê jovens, homens e mulheres que, ansiosos para chegar em casa, avançam em cada coletivo que estaciona. 

Alguns entram pela janela e um estudante chega a violar a entrada de ventilação instalada no teto do veículo para conseguir embarcar. O cenário de agonia e estresse nos horários de pico, flagrado pelo G1, é rotina no Grande Recife, de Norte a Sul. Passageiros sofrem com veículos que não suprem a demanda, falta de fiscalização e também de educação de usuários. “Tem que mudar tudo, porque do jeito que está funcionando, está tudo errado”, afirmou Rosângela.

A situação diária, somada aos frequentes acidentes, de pequenas ou grandes proporções, vem mudando o comportamento de alguns passageiros, que, amedrontados, tentam evitar ônibus superlotados, quando possível. Em cerca de 45 dias, pelo menos quatro casos de violência no transporte público chamaram a atenção na Região Metropolitana. 

No início de maio, a universitária Camila Mirele morreu após cair de ônibus em movimento, perto da Cidade Universitária, no Recife. No começo de junho, um passageiro foi agredido por um motorista que trafegava em alta velocidade; no mesmo dia, um motorista foi agredido a pedradas por passageiros que queriam descer fora do ponto. No último dia 16 de maio, o estudante Harlynton Souza morreu, também após cair de um coletivo, no Cais de Santa Rita.

Com a consciência de que os casos poderiam acontecer com qualquer uma das milhões de pessoas que usam ônibus no Grande Recife, a mãe da estudante de engenharia Raísa Dias fez uma reunião em casa, com os dois filhos universitários, para orientar como eles devem se comportar ao utilizar o transporte. “Ela ficou muito nervosa com o que aconteceu e pediu que, pelo amor de Deus, a gente não entrasse em ônibus em que a gente fique imprensada na porta. É melhor perder uma prova, uma cadeira, até um período, do que sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas ou até morrer”, disse a jovem, que diariamente faz o percurso de Peixinhos, em Olinda, até a Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, na Madalena, Zona Oeste da capital.

As aulas de Raísa começam às 7h10, e, antes mesmo das 6h, a estudante já está na parada, na Avenida Presidente Kennedy. Ela deixa até cinco ônibus passarem pelo ponto, porque fica impossibilitada de entrar em veículos superlotados que saem do Terminal de Xambá, em Olinda. Só encara quando tem prova ou não pode perder a chamada. Na volta para casa, o martírio continua, no Terminal Joana Bezerra, área central do Recife. A estudante, como a maioria das pessoas que frequenta a estação, se arrisca na entrada do local e não na área destinada a cada linha. O problema é que, se esperam na fila, os passageiros encontram os ônibus já lotados, porque as pessoas “invadem” o perímetro de embarque e desembarque na chegada dos veículos. 

O TI Joana Bezerra atualmente é um dos mais desestruturados do Grande Recife. Não há espaços adequados para filas e fiscais, que ficam sentados enquanto passageiros que saem e entram nos veículos duelam uma batalha nas escadas, como flagrou a reportagem do G1. Gessina Magno, usuária do terminal, tem osteoporose e, todos os dias, encara a dor por conta das pessoas que batem em sua perna. “Eu me machuco sempre, porque as pessoas não esperam a gente descer do veículo, e eu não consigo ser rápida. Já sei que tenho que sair empurrando, para poder chegar ao metrô”, disse a senhora de 60 anos, que sai do Jordão à Ilha do Leite, enfrentando dois terminais: Joana Bezerra e Aeroporto.

No TI do Barro, local onde o G1 flagrou a invasão dos passageiros por janelas laterais e superiores, o respeito pela área de desembarque é maior, por conta da presença de fiscais do Grande Recife. Mas, nas filas, pessoas ficam onde querem, até sentadas no meio-fio, correndo o risco de serem atropeladas. “Se todo mundo respeitasse, apesar de não evitar que os ônibus saíssem lotados, iria melhorar. Mas o povo mesmo faz cachorrada, às vezes o motorista nem tem culpa, com a ignorância dessa gente. Eu fico na fila até conseguir embarcar”, disse o pedreiro Edson Marinho, que vai da UR-7 ao Centro diariamente, gastando mais de duas horas em percurso de ônibus e metrô. “A gente sabe a hora que sai de casa, mas nunca a de voltar, por conta desse inferno”, completou Rosângela Marques, na mesma fila.

Mas os problemas não ficam restritos aos terminais integrados, de onde os ônibus saem cheios e até com portas já quebradas, como registrou a reportagem, na linha PE-15/Joana Bezerra. A doméstica Jailma Souza, no último mês, ficou com o braço preso em uma porta e viu a filha cair, em plena Avenida Agamenon Magalhães, após o motorista acelerar o veículo. “Por um triz, poderia ser minha filha a acidentada. Eu agora espero o tempo que for para não me arriscar”, disse.

Nem dentro dos coletivos os passageiros se sentem seguros. A assistente Cristiane Ferreira, 42, relatou que sofreu um acidente após pegar um ônibus da linha Casa Caiada, em Olinda, na última segunda (15). Ela estava pagando a passagem quando foi arremessada contra o para-brisa dianteiro do veículo depois que o motorista deu uma freada brusca. Com o impacto, o vidro do coletivo ficou rachado e a usuária precisou ser socorrida a um hospital, onde colocou um colar cervical. “A batida foi toda nas costas, e ainda está doendo. A sorte foi que o acidente aconteceu quase em frente a um hospital e uma enfermeira que largava do trabalho me atendeu. Eu fui jogada da catraca até o para-brisa. Se fosse um idoso ou uma criança, poderia ter ocorrido algo pior. O motorista foi imprudente na direção”.

Irmã de Cristiane, Josiane Ferreira, 35, ficou indignada com o acidente e cobra atenção das autoridades. “Em fevereiro, uma amiga do trabalho levou uma queda ao subir em um ônibus. Resultado: cirurgia no punho, onde colocou pinos e recebeu afastamento de 4 meses do trabalho. Minha irmã também está uma semana sem trabalhar. Minha intenção não é prejudicar o motorista e o cobrador, mas sim fazer um alerta a toda sociedade, empresas de transporte público e governo do estado para fiscalizar o transporte público coletivo”, argumenta.

Já a estudante Raísa Dias, que mudou seus hábitos, não consegue ver melhora por onde circula na cidade. “A gente vê essas tragédias e nota que pode ser com você ou com alguém muito próximo. Mas não vejo uma solução, perco as esperanças, porque não tem medida sendo tomada. É como ser assaltado no seu bairro. Você presta queixa e fica por isso mesmo, sabendo que no outro dia pode ser assaltado de novo. É um ciclo vicioso”, disse. No futuro, ela sonha comprar um carro, para tentar se livrar dos ônibus lotados e encarar o trânsito do Recife. “Pelo menos vou estar no ar-condicionado e escutando meu som”, completou, mesmo sabendo que deixa um problema por outro.

Problema estrutural e motoristas atrasados
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, 26 mil viagens são feitas por dia, com 2,8 mil veículos circulando na Região Metropolitana. Esses números poderiam ser muito maiores, caso o trânsito não fosse tão congestionado. Em um seminário realizado pela Prefeitura do Recife para discutir o Plano de Mobilidade, no último dia 11 de junho, o doutor em Planejamento e Engenharia de Transportes Cesar Cavalcanti foi categórico: "No Recife, não faltam ônibus. O problema é o trânsito, porque os veículos ficam presos. O sistema tem ônibus suficiente e poderia ser otimizado e ter mais viagens, caso tivessem o caminho livre".

A reportagem do G1 também conversou com motoristas, que, atrasados para cumprir horário, precisavam se apressar.  "O sistema é cansativo. O ônibus só anda lotado, em todas as viagens. Tem gente que surfa no ônibus, que sobe por trás. A gente é instruído a parar e mandar a pessoa descer, mas eles não descem, e a gente não pode fazer nada. Dá medo, porque não sabemos quem é quem", reclamou o motorista Alexandre dos Santos, 38 anos.

A violência também é um problema recorrente para os profissionais que trabalham nos coletivos. "Nas quatro viagens que damos por dia, é muito difícil ter pelo menos uma em que a gente não seja ameaçado por um passageiro", conta o motorista de ônibus Leandro Soares, 35. Ele trabalha na linha CDU/Caxangá/Boa Viagem há cerca de quatro meses e diz que violência, cansaço e ônibus lotados fazem parte da rotina da profissão. "É complicada a relação com os passageiros. Quando acontece algo, eles culpam o motorista. Mas muitas vezes a culpa é do passageiro. Acho que deveríamos ter mais educação no trânsito, para o passageiro e para o motorista", disse.

O cobrador Geovani dos Santos, 31, que exerce a função há 13 anos, conta que já soube de um colega ter sido ameaçado por um homem armado, apenas por não ter aberto a porta do ônibus. Ele reclama também dos assaltos. “Eu mesmo já perdi quatro celulares em assalto. Infelizmente, tem gente que perde a vida. O dia a dia é esse", lamenta.

Procurado pela reportagem, o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, informou que está investindo no sistema de monitoramento de linhas e negociando com as empresas para melhorar a circulação e o acesso do usuário ao transporte. “Também estamos fazendo pesquisa com os passageiros, tantos nos terminais, quanto nas paradas intermediárias, para identificar pontos de superlotação, além de aumentar o efetivo de facilitadores de fila, que organizam o embarque e desembarque”.

No último mês, o Consórcio também pediu o apoio da Polícia Militar, que passou a fiscalizar os terminais integrados. “O policiamento presente não é o ponto central, mas a polícia tenta evitar que pessoas entrem no veículo de forma irregular, arrombem portas, basicamente para conter a ação de vândalos”, explica.

Melibeu acrescentou que com o sistema de monitoramento, que vem sendo implantado nos veículos desde 2003, será possível, por exemplo, prever o horário de passagem dos ônibus pelos pontos. “Hoje, nós já temos computadores e televisões que mostram a situação real da circulação. Os terminais também têm um sistema para se comunicarem e, dessa forma, fazemos a interlocução com os motoristas. Assim, se está ocorrendo algum problema na Conde da Boa Vista, por exemplo, podemos atuar para otimizar a circulação. Até o fim do ano, acredito que essa tecnologia possa ser utilizada não só pelo sistema gestor, mas pelo usuário.”

Sobre as licitações das linhas, processo que se arrasta há pelo menos dois anos, o diretor de operações contou que dois lotes – os que englobam os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste – já foram homologados e estão em operação desde meados do ano passado. Juntos, eles correspondem por 25% do total da frota do Grande Recife.

O consórcio Conorte, formado pelas empresas Cidade Alta, Rodotur e Itamaracá, opera o Norte/Sul. Atualmente, o corredor possui três linhas e atende a uma demanda de 44 mil passageiros por dia. A previsão é que, com a conclusão das obras, até o fim do próximo mês, a via para coletivos possa dispor de 9 linhas para uma demanda diária de 180 mil usuários. Já o Leste/Oeste é administrado pelo consórcio Mobrasil (empresa Metropolitana) e opera hoje com 3 linhas para uma demanda de 62 passageiros/dia. A previsão é que passe para 7 linhas e 150 mil usuários diariamente. No entanto, as obras do corredor estão atrasadas e não há prazo para a conclusão, conforme a Secretaria Estadual das Cidades.

"À medida que os corredores são entregues, podemos substituir as linhas convencionais pelos veículos BRTs. O que temos hoje é uma operação transitória porque estamos com corredores incompletos”, ressaltou Melibeu. Além dos dois lotes homologados, há outros corredores que ainda aguardam o fim do processo de licitação. São eles: José Rufino e Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Moraes; Rosa e Silva, Rui Barbosa e Avenida Norte; Beberibe e Presidente Kennedy; Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca. O Grande Recife informou que, por questões técnicas, as licitações estão sendo avaliadas e que não há prazo para conclusão.

Em relação às investigações das mortes ocorridas no sistema de transporte coletivo, o responsável pelo Departamento de Delitos de Trânsito, Newson Motta, disse que os inquéritos estão em andamento. Ele aguarda perícia do Instituto de Criminalística (IC) para dar prosseguimento ao caso da universitária Camila Mirele. A apuração sobre a morte do estudante Harlynton Lima dos Santos está na fase inicial e ainda depende da ouvida de testemunhas.

Fotos: Vitor Tavares e Penélope Araújo/G1
Por Vitor Tavares e Penélope Araújo
Do G1 PE
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Em entrevista, Dilson Peixoto Mostra os desafios e avanços no Transporte Público de Recife

segunda-feira, 3 de maio de 2010



O blog Meu Transporte tem o prazer de entrevistar o Sr. Dilson Peixoto, Pres. Do Consórcio Grande Recife, antiga EMTU, esta entrevista tem como base perguntas feitas pelos nossos leitores que foram enviadas até março passado através do e mail: meutransporte@hotmail.com, temas que elevaram e muito essa entrevista, pois o Recife é hoje uma das cidades que mais sofrem em termos de transporte público como poucos corredores para ônibus, ônibus lotados, terminais desorganizados.
Estamos certos que isto se deu pelo abandono dos últimos governos que não investiram maciçamente no transporte público e na mobilidade urbana da capital e região metropolitana.

Segundo Dilson Peixoto este governo vem melhorando e muito a situação do transporte público na região metropolitana através da ampliação do SEI, sistema de bilhetagem eletrônico, Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).

1) Quando será reformado o Terminal do Barro, pois os passageiros relatam a falta de organização, pontos de embarque inadequados, entre outros?

Dilson Peixoto: A ampliação do Terminal Integrado do Barro já foi licitada e está aguardando a conclusão do processo de desapropriação para o início do trabalho. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas passam pelo terminal, em dias úteis, através das 10 linhas que atuam no local. Após a ampliação, o terminal passará a ocupar 4.164,12 m2, em um terreno de 16.195,29 m2. A ampliação da estrutura física tem o intuito de acomodar melhor os passageiros, não estando prevista a ampliação no número de linhas do terminal.


2) Paradas de ônibus:
Existe um projeto para modernizar as paradas de ônibus da cidade, pois muitas paradas não tem abrigo deixado milhares de passageiros tomando sol, sem falar nos dias de chuva que não tem aonde se abrigarem?

Dilson Peixoto: Existem mais de 5 mil paradas de ônibus na Região Metropolitana do Recife, entre abrigos e colunas. Embora os abrigos sejam uma opção mais confortável para o usuário, nem sempre a colocação deles é possível, tanto pelas condições físicas da calçada (estreita, rebaixada, irregular) quanto em função das restrições impostas por alguns proprietários de lotes, que por ser contra a implantação acabam causando danos ao equipamentos ou acionamento o consórcio na Justiça para a retirada do ponto.

Em relação a modernização dos abrigos, o consórcio está priorizando, neste momento, as paradas localizadas nos corredores exclusivos de ônibus, tanto os que já existem como os que estão sendo construídos. Exemplo disto são as paradas programadas para o Corredor Norte-Sul, que irá se estender desde o município de Igarassu até as proximidade do Terminal Integrado de Joana Bezerra, com estações em nível (sem diferença de altura para a porta do veículo) e pagamento antecipado da tarifa, melhorando o tempo de embarque/desembarque.

O Grande Recife também está viabilizando, desde março de 2008, a substituição das paradas localizadas nos corredores viários da Avenida Boa Viagem, Avenida Conselheiro Rosa e Silva, Avenida Rui Barbosa e o bairro do Parnamirim. Essas paradas agora estão padronizadas com as cores verde e cinza, assentos, pontos de iluminação, espaço para colocação de cadeira de roda, e painéis com a lista de linhas que possuem ponto de embarque e de desembarque no local e outras informações de utilidade para os usuários.

3) E quanto aos abrigos que não tem painéis informativos de itinerário?

Dilson Peixoto: Atualmente, o usuário pode ter informações sobre o itinerário completo das linhas pelo site http://www.granderecife.pe.gov.br/, ou entrando em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 081 0158. Porém, a colocação do itinerário completo das linhas nas paradas tem enfrentado dificuldade, pois eles são extensos e não há espaço físico nos painéis. Além disso, em geral as paradas agregam mais de uma linha, o que dificulta ainda mais a colocação do itinerário das linhas. Estamos, no entanto, em busca de soluções para esta questão.

Em relação aos nomes das linhas que passam nas paradas, esta informação está presente em paradas seletivas, como as da Avenida Conde da Boa Vista e de grandes corredores de transporte, como é o caso Avenida Rui Barbosa. Estamos trabalhando para levar este mesmo modelo para outras localidades.

É válido ainda salientar que quando corredores exclusivos de ônibus como: Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte estiverem em operação, os usuários terão à disposição uma frota modernizada, incluindo a instalação de equipamentos como GPS, displays eletrônicos, entre outros, que possibilitarão o envio de informações, como horário de chegada e saída das estações – em tempo real para os passageiros.

4) Renovação da Frota
Como você vê a renovação da frota da Região Metropolitana?

Dilson Peixoto: Anualmente é estipulada uma meta para renovação de frota. Essa substituição leva em consideração as características das linhas a serem contempladas com os novos ônibus, que poderão ser comuns, alongados ou articulados. Porém, como não há condições de renovar toda a frota de uma só vez, o Grande Recife orienta às empresas operadoras a substituírem os ônibus por ordem de estado de conservação, e não exatamente por idade da frota. Em 2008 foram comprados 465 ônibus novos e em 2009, mais de 427 ônibus foram renovados na RMR.

5) Corredor da Imbiribeira

Dilson Peixoto: Existem projetos de corredores na Avenida Norte, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira e Pan Nordestina, mas e o corredor da Mascarenhas de Moraes?

A princípio os técnicos do consórcio estão trabalhando nos projetos dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte. A Avenida Mascarenhas de Moraes tem uma característica muito diferente dos demais corredores. Próximo a ela circula o Metrô, que alimenta as linhas de ônibus que trafegam pelo local. O projeto que existe atualmente para a avenida citada é a integração dos ônibus que ali trafegam com os terminais de Tancredo Neves, Cajueiro Seco, Aeroporto e Prazeres, todos em fase de construção ou licitação.

6) SEI
Como você vê a evolução do SEI?

Dilson Peixoto: O Sistema Estrutural Integrado é um dos projetos de maior importância para a ampliação da mobilidade da Região Metropolitana do Recife. Apesar de ser um projeto da década de 80, ele ainda é um marco revolucionário dentro do transporte público de passageiros. Durantes alguns anos, no entanto, por motivos vários, a ampliação do SEI esteve paralisada.

Desde 2007, no entanto, ela foi retomada e destacada como uma das prioridades do governo estadual. Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).
Na época da implantação do SEI, a concepção de integração e transporte público que se tinha era de terminais fechados de integração. Porém, com o surgimento de novas ferramentas tecnológicas que dão suporte à bilhetagem eletrônica e às centrais de controle operacional, o SEI ganhou um incremento ainda maior.
Corredores de transporte e faixas exclusivas de ônibus, que dão prioridade ao transporte público, também contribuem para a evolução do sistema. Todos estes adventos tecnológicos e mudanças estruturais, bem como a racionalização do SEI, garantem mais conforto, agilidade e satisfação do usuário.
Lista dos terminais em obras/licitação + corredores
Terminais:
Cajueiro Seco - (Já em obra)
Tancredo Neves - (Já em obra)
Santa Luzia - (Já em obra)
Aeroporto – (Licitando o projeto executivo)
Prazeres – (Licitando o projeto executivo)
Barro – (Aguardando a conclusão do processo de desapropriação)
Joana Bezerra – (Será licitado o projeto executivo)
Xambá (Olinda) – (Edital de licitação da obra já foi publicado)
TIP – (Já em obra)
Largo da Paz – (Licitado aguardando desapropriação)
Cidade da Copa Cosme e Damião – (Será licitado o projeto executivo)
Corredores:
Pan Nordestina – (Já em obra)
Abdias de Carvalho (já em obra)
Norte/Sul – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Leste/Oeste – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Avenida Norte - (Edital de licitação da obra será publicado em breve)


7) Vale comum e Vale do Idoso Quando os vales comuns chegarão de fato no bolso do usuário?

Dilson Peixoto: Haverá cartões específicos para idosos e pessoas com deficiência. Estes cartões deverão ser lançados ainda em 2010. Com o cartão na mão, idosos e pessoas com deficiência poderão decidir se querem permanecer na área prioritária ou se optam por passar pela catraca, sem a necessidade de pagamento de tarifa, já que a nova tecnologia registra o caráter gratuito deste tipo de utilização. O Vale comum também ganhará ás ruas até 2011.

8) O que o Grande Recife vem fazendo para combater a evasão de receita?

Dilson Peixoto: Infelizmente uma das principais formas de evasão de receita identificada pelo Grande Recife é através da utilização de documentos de forma indevida p ara obtenção da gratuidade nas viagens do STPP/RMR. A falsificação de carteiras de Livre Acesso e má utilização das gratuidades obtidas com o uso irregular do VEM Criança e estudante e trabalhador, quando identificadas, são de imediato repassadas à Polícia.

9) Modernização do sistema

Dilson Peixoto: Uma das últimas novidades foi a modernização do sistema de bilhetagem eletrônica. A ampliação dos benefícios da bilhetagem eletrônica para um número maior de usuários foi possível graças à criação de novas modalidades de cartões e a adoção de uma tecnologia de ponta, capaz de agregar inúmeras funcionalidades.

Com a criação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) o Grande Recife já opera com os cartões VEM Trabalhador, VEM Estudante e VEM Infantil - que possibilita aos usuários a utilização dos os ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), girando a catraca, acabando de vez com a necessidade de pular ou se arrastar por baixo do equipamento.

Outro destaque é o chamado carregamento embarcado. Ou seja, a inserção de créditos no cartão eletrônico (seja para o trabalhador ou estudante) é feita no próprio ônibus, após pagamento de boleto bancário ou documento de arrecadação, que pode ser gerado através da internet. Com isso, os usuários não precisam mais enfrentar filas.

10) Reciclagem de Motoristas

Dilson Peixoto: O Grande Recife desenvolve junto com as empresas operadoras um curso de multiplicação de formadores. Ou seja, atua na formação de instrutores que trabalharão com motoristas e cobradores. O treinamento incluiu, entre outros temas, a operacionalização dos elevadores de acesso e a questão comportamental (atendimento aos usuários). É fornecido para os formadores, material didático e os planos de aulas que serão usados no curso. Além deste curso, todos os motoristas que renovam suas CNH, precisam passar pelo curso “Condutores de Transporte de Coletivos”, ministrado durante 50h. Nele, os motoristas reciclam seus conhecimentos sobre legislação de trânsito, primeiro socorros, direção defensiva e atendimento ao cliente.

11) Dias de jogos

Dilson Peixoto: Os atos de vandalismo em dias de jogo de futebol deixaram tristes lembranças para os usuários do transporte público em 2009. O gasto total com reparos de coletivos cresceu quase 77% em relação ao ano de 2008. Em 2009, 1.835 veículos foram depredados, totalizando 4.754 itens avariados e um prejuízo de R$683.294,00. O saldo negativo aconteceu após 89 jogos nos estádios da Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda.
O Grande Recife monta periodicamente programações especiais, feitas para fiscalizar os corredores de ônibus e os pontos em que as depredações costumam acontecer com mais freqüência. Essa ação facilita a identificação dos infratores e ajuda ainda mais o trabalho da Polícia. Durante os jogos, policiais são deslocados de suas funções habituais para se dedicar ao policiamento em áreas estratégicas de depredação. Os atos de vandalismo assustam e preocupam a todos, motoristas, cobradores e usuários.
Em 2010, durante os jogos do Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, em partidas realizadas na capital pernambucana, mais de 830 ônibus já foram depredados, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 234 mil.

12) Sobre VLT em Recife

Dilson Peixoto: É um sistema moderno, prático e funcional. Futuramente, O VLT poderá, de forma agregada às estações de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e Cabo de Santo Agostinho, ofertar aos usuários um serviço diferenciado. Temos vários exemplos pelo mundo afora que atestam os bons resultados deste tipo de modal.

13) Sobre desoneração tarifária

Dilson Peixoto: O Grande Recife reconhece a importância das discussões em torno da obtenção dos subsídios para oferecer uma tarifa mais baixa com um serviço melhor. Nos últimos três anos temos tem participado de uma série de encontros, discussões e debates em torno da desoneração tarifária, incluindo as mobilizações realizadas através da Frente Nacional de Prefeitos e do Fórum de Dirigentes de Secretários de Trânsito e Transporte Público do Brasil.
Já está no Senado Federal um novo Projeto de Lei de estímulo à desoneração tarifária, ou seja, de redução do preço das passagens do transporte público coletivo do País, a partir da concessão de subsídios para o setor. Se for sancionada pela Presidência da República e realmente posta em prática, irá beneficiar milhões de brasileiros que utilizam o transporte público diariamente.

Mande sua pergunta e dúvida, pois em breve faremos outra entrevista com o Consórcio Grande Recife de Transportes como por exemplo a Compra de ônibus usados pela Empresa São Judas Tadeu.

Clayton Leal

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No Recife, Novos ônibus da Rodoviária Caxangá estão a caminho

domingo, 12 de maio de 2013

A Rodoviária Caxangá, da cidade de Olinda, irá renovar sua frota com ônibus urbanos Mercedes-Benz. Os novos ônibus irão operar em linhas interligadas ao Terminal Integrado Xambá, em Olinda, que faz parte do sistema de transporte coletivo urbano da Região Metropolitana do Recife.

De acordo com Paulo Junior, diretor da Empresa Metropolitana, “com essa nova aquisição de ônibus Mercedes-Benz, o Grupo busca oferecer veículos mais novos e com maior capacidade de transporte, o que beneficia toda a comunidade local”.

A Empresa Metropolitana tem hoje uma frota de cerca de 1.000 ônibus, sendo mais de 95% da marca Mercedes-Benz. “Optamos pela padronização da frota com veículos de alta qualidade, que estão agora mais econômicos, graças à tecnologia Bluetec 5”, afirma Paulo Junior. “Além disso, pesou também o fato de já possuirmos uma relação de confiança de longa data com a marca”.

Mas segundo informações ao Blog Meu Transporte, esses novos ônibus vão operar de início na linha 200*Jaboatão, pois a que tudo indica, o TI do Xambá só entrará em operação no final do ano.

Tomara que também a empresa melhore o atendimento nas linhas circulares, pois já é determinado no edital ônibus articulados, fica a torcida.

Informações: internationalforeigntrade.com e Blog Meu Transporte

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Recife: Especialista diz que sistema de terminal integrado é ultrapassado e ineficaz

domingo, 3 de agosto de 2014

Sinônimos de longas filas, tumulto e reclamações, os Terminais Integrados (TIs) da Região Metropolitana do Recife (RMR), que compõem a base do Sistema Estrutural Integrado (SEI), representam hoje um ponto dissonante no sistema de mobilidade, que necessita de reformulação no seu funcionamento. As recorrentes confusões que acontecem em alguns dos espaços, a última registrada, na quarta passada no TI da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, faz com que os usuários não acreditem em qualquer melhoria que possa garantir mais conforto na utilização do serviço.

Algumas das queixas dizem respeito a um problema quase que casado: a demora nos coletivos e a necessidade de ter que ir ao terminal para poder prosseguir viagem até o destino final. Desde o início da operação de alguns terminais, como o Pelópidas Silveira, em Paulista, e o Tancredo Neves, na Imbiribeira, milhares de moradores se viram prejudicados, pois perderam as linhas que os levavam, sem baldeação, até o Centro da Cidade, por exemplo. Esse é o caso da repositora Josiane Amorim.

Antes do funcionamento do Terminal Integrado, a moradora do bairro de Maranguape I, em Paulista, contava com uma linha que a deixava direto no trabalho, gastando apenas 20 minutos no trajeto. Atualmente, ela e todos os vizinhos perderam o “benefício” e precisam pegar o coletivo de uma linha alimentadora e descer no TI Pelópidas Silveira. Só então pode seguir em outro transporte até o trabalho. “Agora levo cerca de uma hora para chegar ao serviço. Se por um lado a passagem da volta diminuiu, de um vale “B” para o “A”, a espera é muito maior, o que não compensa”, declarou a jovem.

Apesar dos problemas, alguns usuários acreditam que existem, no meio de tantos empecilhos, pontos positivos nos terminais integrados. A estudante Rubenice da Silva, moradora do Córrego do Abacaxi, em Olinda, precisa pegar todos os dias um ônibus até o TI de Xambá, na avenida Presidente Kennedy. “Antes existia a linha Córrego do Abacaxi que seguia direto até o Centro. Ficou ruim pra mim, mas para outras pessoas o sistema facilitou, pois agora elas possuem opções para ir até a Joana Bezerra ou Afogados, sem precisar pagar nova passagem”, ponderou.

A usuária lembra, entretanto, que quando a linha seguia direto do bairro, o coletivo não chegava a lotar, porém, com a criação da integração no Xambá, os veículos só saem lotados. “Agora são os passageiros do bairro e de vários outras localidades de Olinda”, observou. No TI da Macaxeira, onde o atraso revoltou os passageiros que fizeram um protesto na última quarta, e foram dispersados depois da ação do Batalhão de Choque da PM, a situação também é de insatisfação. Mesmo após o reforço de sete coletivos em cinco linhas de ônibus que passam pelo equipamento, a população critica o espaço. Até fora dos horários de pico é possível ver situações que tiram a paciência dos passageiros, como longas filas e pessoas que não respeitam a ordem e passam na frente para viajar sentados.

Especialista diz que modelo é ultrapassado e ineficaz 

Para o engenheiro civil Stênio Cuentro, que já realizou vários estudos na área de transporte, o modelo dos Terminais Integrados está desatualizado e não atende mais a necessidade dos usuários. “O sistema dos TIs é da década de 1980, do segundo governo de Miguel Arraes, quando o volume de passageiros era muito diferente. O Estado levou mais de 20 anos para implantar os terminais e o planejamento não acompanhou a evolução da população. Hoje existem grande fluxos de usuários, como em Suape e Goiana, que não fazem parte dessa integração”.

Ainda de acordo com o especialista, é preciso refazer todos os estudos do SEI, sendo um dos principais a pesquisa de origem e destino, que aponta quais trajetos os passageiros realizam diariamente. Mesmo o novo sistema de transporte público, o Bus Rapid Transit (BRT), para Stênio, já nasce superado. “A cidade de Curitiba começou o BRT em 1982, hoje eles já pensam em outra forma de transporte de massa, que são as linhas de metrô”, disse.

A diretora de Planejamento do Grande Recife Consórcio de Transportes, Lúcia Recena, defende que os Terminais Integrados têm como função garantir a racionalização das linhas de ônibus, evitando sobreposição. “Se todas as linhas chegassem até o Centro, a cidade não andava. Hoje o usuário pode sair de Itamaracá e chegar até o Cabo de Santo Agostinho pagando apenas uma passagem”, observa a gestora.

Lúcia contesta que os usuários perdem mais tempo com a baldeação nos terminais. Para ela, a redução do número de linhas nos corredores troncais garante viagens mais rápidas dos veículos que realizam esse serviço. Sobre os problemas de atrasos, a diretora do Grande Recife afirma que os problemas ocorrem, principalmente por conta da má conservação das vias, e cita como exemplo a BR-101 Sul, por onde passam algumas das linhas que atendem o terminal da Macaxeira. “Trabalhamos junto das prefeituras para garantir que os corredores de transportes estejam em boas condições”.

SAIBA MAIS

EQUIPAMENTOS- Atualmente, 800 mil passageiros utilizam diariamente os terminais integrados da Região Metropolitana. Dos 18 TIs em operação, sete estão em obras e dois em ampliação (Barro e Joana Bezerra). Também estão sendo construídos cinco novos equipamentos: Prazeres; TI da III Perimetral; TI da IV Perimetral; Abreu e Lima; e Largo da Paz.

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