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Passageiros do BRT de Belo Horizonte enfrentam problemas de informações sobre ônibus

domingo, 24 de agosto de 2014

Próximo de completar seis meses de inauguração em Belo Horizonte, o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) ainda apresenta algumas armadilhas que testam a paciência dos passageiros. Uma que tem sido recorrente está relacionada ao Sistema Inteligente de Transporte Coletivo (Sitbus), tecnologia implantada para gerir e monitorar as informações dos ônibus da cidade. Atualmente, BH conta com 515 painéis que exibem aos usuários quanto tempo falta para o coletivo passar em determinado ponto ou estação, mas, na prática, pelo menos três situações confundem a cabeça dos usuários, apesar de o conceito ser elogiado: o monitor indica que o veículo está se aproximando, mas o ônibus não aparece; o coletivo chega, mas ele não está previsto no sistema; e os tempos apresentados não correspondem ao período de espera. Além disso, monitores no interior dos ônibus não informam as paradas, o sistema de áudio também não dá sinais de onde os passageiros estão e as portas de estações de transferência ficam sempre abertas, trazendo risco para quem usufrui do sistema.

A reportagem percorreu pontos convencionais e estações de transferência de passageiros em todos os corredores do BRT na cidade para testar o sistema que informa aos usuários o tempo que falta para cada linha chegar até o local de parada. Na Rua Professor Morais, entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Cláudio Manoel, o painel de LED traz informações sobre as linhas 62 (Estação Venda Nova/Savassi Via Hospitais), 82 (Estação São Gabriel/Savassi Via Hospitais) e 3030 (Pilar-Olhos D’água/Centro). “Eu estou esperando o 62. Estava mostrando dois minutos e depois passou para seis. Porém, logo em seguida, ele passou”, diz a empregada doméstica Ozanda Dias Pereira, de 39 anos. 

Já para a linha 82, a previsão era de um coletivo em 12 minutos e outro em 15, logo depois de Ozanda embarcar na 62. Quando o letreiro reduziu a espera para 9 e 13 minutos, o ônibus da linha passou, mesmo sem estar previsto no painel. A situação gerou surpresa entre os passageiros que esperavam, pois eles não imaginavam que naquele momento o coletivo estaria na Rua Professor Morais. Mais uma passageira da linha 62, a aposentada Cibele Borges, de 50, chegou no ponto com o letreiro indicando quatro minutos de espera. “Já passaram 10 minutos e continua mostrando que faltam quatro”, afirma. Ela diz que o sistema é muito interessante, pois acaba com a angústia de esperar um ônibus indefinidamente, mas ainda precisa de ajustes. “As vezes, quando os ônibus estão próximos, as informações ficam embaralhadas e a gente não sabe o que vale”, diz ela.

a Estação Minas Shopping do corredor Cristiano Machado, a reportagem acabou enganada por uma armadilha. A tela mostrava que dois ônibus da linha 66 (Estação Vilarinho/Centro/Hospitais Via Cristiano Machado) chegariam em 11 e 13 minutos. De repente, um coletivo parou bem antes disso, mas o repórter e o fotógrafo só perceberam quando ele já tinha arrancado. A assistente administrativa Suzana Orione, de 37, apontou outro problema. Ela já foi surpreendida por um aviso de que o ônibus estava se aproximando, mas ele não passou. “Foi semana passada, quando eu estava em uma das estações da Avenida Vilarinho. Eu aguardava a linha 63 (Estação Venda Nova/Lagoinha) e, por três vezes, apareceu que o ônibus estava chegando. Ele não apareceu em nenhuma”, afirma.

Interferências
Nilton Rodrigues da Silva, de 34, está acostumado a pegar ônibus na Estação Minas Shopping. “Já aconteceu de aparecer que o ônibus estava chegando e ele ainda demorou uns dois minutos. É comum, as pessoas têm que ter paciência”, diz ele. No mesmo terminal, ontem, a tela mostrava que a próxima saída da linha 85 (Estação São Gabriel/Centro Via Floresta) era às 14h. Mesmo assim, um coletivo passou em direção ao Centro às 13h45, sem nenhuma previsão do sistema de monitoramento. “Ontem (quarta-feira) faltavam 14 minutos para meu ônibus passar, mas na prática demorou 23”, reclama a cobradora Elisângela Rodrigues, de 38, que diz não confiar muito na tecnologia. “O trânsito interfere muito nesse tempo”, diz ela. “Costuma fica muito tempo parado no mesmo minuto. 

Na Estação Monte Castelo do corredor Pedro I, a babá Soraia Aparecida Martins, de 49, disse que chegou ao terminal com o monitor apontando dois minutos para a chegada da linha 63. “De repente, mudou para 21”, conta. Na Estação Tamoios do corredor Paraná, o agente de bordo André Luiz dos Santos, de 21, elogiou os painéis de informação com o tempo. “Funciona muito bem. Pode marcar se você quiser. O que está falando acontece mesmo”, afirma. O cobrador 

Mário de Oliveira, 44, é outro que também aprova a tecnologia. “É muito importante para se situar. No meu caso, acabou de passar um ônibus da linha 66. Mas, como achei que ainda está muito cedo e vi que está previsto outro em oito minutos, resolvi esperar. Do contrário, eu embarcaria no primeiro, pois não saberia até quando teria que esperar por outro”, completa.

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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Em BH, BRT Move com veículos de 18 metros aumenta responsabilidade sobre motoristas

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O acidente envolvendo o ônibus articulado da linha 82 acende o alerta para a alta carga de estresse à qual os motoristas do transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte estão sujeitos. A maior responsabilidade ao volante começa pela direção de um ônibus articulado com mais de 18 metros de comprimento – média de cinco metros a mais que um coletivo convencional – e passa pela habilidade em guiá-lo entre carros e motos em vias de trânsito misto, como as da região hospitalar, local do acidente na manhã de ontem.

Desde que as primeiras linhas do Move entraram em operação, em 8 de março, ao menos cinco colisões envolvendo coletivos do novo sistema foram registradas fora das pistas exclusivas dos corredores Cristiano Machado e Antônio Carlos, na região do hipercentro. A jornada de trabalho da categoria é de seis horas e 20 minutos por dia, com uma hora de intervalo para alimentação ou repouso, o que na prática representa uma escala de trabalho de seis viagens diárias. 

Como forma de compensação, os quatro consórcios operadores do transporte coletivo da capital oferecem ao motoristas dos ônibus padrons e articulados Move um adicional de 15%, de cerca de R$ 1.700. Todos devem ter habilitação na categoria E, enquanto os demais condutores usam a carteira D. BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmam realizar treinamentos e exames de saúde anuais, a fim de checar a aptidão dos operadores.

Porém, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR-BH) denuncia que muitos motoristas não apresentam atestados médicos às empresas quando doentes, por receio de repreensão. Um dos diretores do sindicato, Carlos Henrique Marques, afirma que muitas vezes o trabalhador prefere trabalhar passando mal a procurar um médico. “Muitos acreditam que não é nada grave, mas uma dor de cabeça pode ocasionar um problema maior”, denuncia. Marques acredita ainda que a frequência do exame de saúde – realizado uma vez ao ano – é insuficiente. A principal queixa dos representantes da categoria tem relação com a rotina diária atrás do volante. De acordo com a entidade, 10% da categoria está afastada do trabalho por problemas de saúde – a maioria com sintomas de depressão e problemas na coluna (30%). 

SEM PADRÃO
Quem encara o desafio diário de dirigir um articulado no cada vez mais complicado trânsito de BH, alerta ainda para ausência de um treinamento padronizado entre as 39 empresas de ônibus do sistema e de um programa periódico específico para o aperfeiçoamento de práticas na condução da frota, o que inclui os 428 novos ônibus do Move. 

A validade dos treinamentos, segundo um instrutor de uma operadora de ônibus da capital, varia de empresa para empresa. “Cada uma faz de um jeito. Tem empresas que dão treinamento bons. Na minha empresa foi muito intenso. Principalmente pela questão de compromisso, com o motorista retirado da escala de trabalho no dia do treinamento e advertência em caso de ausência”, contou o profissional, que optou por não se identificar.

O instrutor explica que na empresa em que trabalha foi dado desconto de 20% na habilitação em uma auto-escola, como forma de incentivar os motoristas a se reciclarem e conseguirem a habilitação na categoria E. “Nem todas as empresas, porém, deram esse incentivo”, ressalta.
Sem garantia de indenização

Proprietários dos 13 veículos atingidos pelo ônibus desgovernado, assim como feridos no acidente, terão de aguardar a avaliação do seguro do coletivo para saber quem vai arcar com o custo dos estragos causados pelo acidente, informou ontem o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH). “Todas as empresas de ônibus de Belo Horizonte são obrigadas a ter seguro contra terceiros, além do DPVAT. Qualquer parcela adicional, além daquela estabelecida pelas cláusulas da apólice, será ressarcida após negociação entre as partes ou determinação judicial”, informou a entidade patronal.

BHTrans e Setra-BH disseram realizar uma constante reciclagem dos motoristas do transporte coletivo, como forma de prevenção de acidentes. A empresa que administra o trânsito de Belo Horizonte, entretanto, reconheceu que interfere no plano anual de treinamento para motoristas e cobradores proposto pelo sindicato, quando necessário, para melhor atender ao planejamento. “O acidente ocorrido (ontem) foi um fato isolado, uma vez que o motorista foi acometido por um mal-estar. Este ano, o treinamento concentrou-se na operação do Move, tanto a parte teórica quanto a prática. Muitas vezes, a empresa gerenciadora do transporte e trânsito de BH pede alterações no plano, mas sempre tendo em foco a segurança dos operadores, dos usuários e dos pedestres. Inclusive, a própria BHTrans já foi a promotora, nas garagens, de treinamento para motoristas e agentes de bordo”, disse, em nota. 

O sindicato das empresas de ônibus qualificou o acidente da linha 82 como “não mais do que uma fatalidade” e disse que todas as concessionárias de transporte possuem departamentos médicos e realizam anualmente uma semana de prevenção de acidentes de trabalho. 

SEGUNDO ACIDENTE Procurada pela reportagem, a Bettania Ônibus informou que somente o Setra-BH se pronunciaria sobre o assunto. O desastre com o ônibus articulado da linha 82 foi o segundo acidente grave envolvendo um ônibus da empresa em menos de três meses. Em 8 de julho, um coletivo da linha 3055 (Estação Barreiro/Savassi) deixou pelo menos sete feridos depois de colidir na traseira de uma carreta. Cerca de 15 pessoas estavam a bordo, todas assentadas. O lado mais atingido foi o do cobrador, que ficou gravemente ferido. (BF, com Luana Cruz e Pedro Ferreira)

Risco na pista

2/4 Primeiro acidente envolvendo o BRT. Uma moto e um coletivo articulado da linha 82 bateram na faixa exclusiva do Viaduto Leste. Não houve vítimas.

7/5 Batida entre ônibus da linha 83D e carro que invadiu a faixa exclusiva do Viaduto Leste, no Complexo da Lagoinha. Ninguém ficou ferido.

12/6 Primeiro acidente do BRT com morte: um morador de rua foi atropelado por ônibus articulado da linha 83D, na Avenida Santos Dumont, Centro de Belo Horizonte, por volta das 6h50. O motorista disse ter sido surpreendido pelo homem, que teria atravessado com o sinal verde para os veículos.

20/6 Acidente entre um ônibus articulado e um caminhão, no cruzamento das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo, no Bairro Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. Não houve feridos.

30/6 Um incêndio consumiu em minutos um ônibus articulado da linha 61 que passava pela Avenida Pedro I. Testemunhas afirmaram que o fogo começou na articulação do veículo, onde há uma rótula que conecta os vagões e componentes elétricos. Os sete passageiros a bordo saíram ilesos. BHTrans e Setra declararam que, caso seja constatado problema de fabricação, exigirão recall.

2/7 Duas pessoas morreram depois que a moto em que estavam bateu em um ônibus articulado da linha 52 que fazia uma conversão na Avenida Carlos Luz, no Bairro Engenho Nogueira. O coletivo havia deixado a garagem da empresa Rodopass e seguia para a Estação Pampulha. Tudo indica que a moto avançou o sinal vermelho.

15/7 Um ônibus articulado apresentou problemas no freio e colidiu em um outro coletivo estacionado na Rua Ouricuri, no Bairro Floramar, Região Norte de Belo Horizonte. Os veículos só pararam quando bateram nos muros de um condomínio e de uma casa. Ninguém ficou ferido.

No mesmo dia, um homem de 66 anos foi atropelado por um ônibus articulado da linha 83D (Estação São Gabriel/Centro – Direta) na Avenida Paraná. A vítima quebrou o braço e foi levada consciente para o Hospital João XVIII. Testemunhas relataram que o idoso teria entrado na frente do coletivo.

30/07 Outro acidente no Complexo da Lagoinha. A batida entre um ônibus e um carro interditou o trânsito no Viaduto A. Ninguém se feriu.

Por Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas

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Tarifa do transporte coletivo em Uberlândia é reajustada

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Quem usa o transporte público em Uberlândia terá que desembolsar mais R$ 0,25 centavos na passagem a partir de domingo (11). O anúncio do reajuste da tarifa foi feito na tarde desta quinta-feira (8), pelo secretário de Trânsito e Transportes, Alexandre Andrade.

O usuário do Sistema Integrado de Transporte (SIT) passará a pagar o valor de R$ 3,10. Um aumento de 8,77% em relação ao valor atual de R$ 2,85.

Para as pessoas que pagam duas passagens de ônibus por dia, considerando uma média de 22 dias úteis, o gasto total passa de R$ 126,94 para R$ 136,40 mensais. Sendo um valor de R$ 9,46 a mais no orçamento, o que em um ano representa R$ 113,52 a mais em comparação com a tarifa anterior. Já os estudantes, que somam 72 mil cartões ativos no município, vão pagar R$ 1,55. 

Segundo o secretário Alexandre Andrade, o reajuste foi inferior ao do salário mínimo e tem como base o contrato vigente com as concessionárias que prestam o serviço na cidade, que estabelece atualização anual dose valores. "Existe um contato de concessão e nele  existe a obrigatoriedade de reajuste anual da tarifa e isso está sendo feito de acordo com os critérios estabelecidos de maneira contratual.  Através da composição dos custos inerentes ao transporte público e ao próprio perfil de gratuidades e benefícios que foram ampliados no último ano nós chegamos a esse novo valor da tarifa", disse.

Alexandre Andrade acrescentou que existia a possibilidade de uma tarifa diferenciada para quem utiliza o cartão SIT, mas ela não foi oportunizada a população por mais que fosse um desejo da atual administração. "A oposição prejudicou a população nesse sentido durante votação no Legislativo, mas o prefeito vai continuar trabalhando para que em 2016 possamos ter a tarifa diferenciada garantindo o menor preço possível para a população”, disse.

Ainda de acordo com o secretário, o valor também foi definido seguindo a política de correção dos demais insumos que compõem os custos de serviço e ainda a negociação com as empresas, que permitiu uma correção menor em relação à proposta apresentada ao Município - já que segundo Alexandre, as empresas haviam solicitado uma tarifa de R$ 3,30. “Para conseguir chegar ao valor de R$ 3,10 nós mostramos a qualidade do nosso sistema de transporte e também foi colocado a necessidade de se garantir uma menor tarifa aos usuários”, salientou.

Alexandre Andrade também falou dos investimentos na área. "Nós estamos avançando no processo de renovação da frota, na colocação de novos pontos de ônibus, sobretudo nos Bairros Shopping Park, Residencial Integração, no Jardim Maanaim e no Cidade Verde" ressaltou.

O Sistema Integrado de Transporte (SIT) registra uma média de cinco milhões de passageiros transportados por mês.

Usuários reclamam
O aumento de R$ 0,25 já está dando o que falar. Apesar de o Município ter explicado que se trata de reajuste anual, há insatisfação diante de quem usa o transporte público.

De acordo com a consultora interna Daniela Dias Soares, o valor um pouco alto se comparado com o aumento do salário mínimo. “Esse ajuste de 8.77% é alto se levarmos em conta uma pessoa que ganha R$ 788. No fim das contas, o aumento irá fazer uma boa diferença”, disse.

A assistente administrativo Paula Novais concorda com Daniela Dias e acrescentou que o valor é absurdo para uma cidade como Uberlândia.

Já a consultora de vendas, Gabriela Borges Martins, disse que transporte público tinha que ser acessível à realidade da população. “Além de pagarmos horrores de impostos eles ainda querem cobrar um absurdo no transporte público, coisa que tinha era que ser praticamente de graça”, concluiu.

Informações: G1 Triângulo Mineiro

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BRT Move oferece conforto e rapidez, mas ainda há filas e superlotação

segunda-feira, 2 de março de 2015

Viagens bem mais rápidas e seguras em veículos confortáveis e com ar-condicionado para muitos passageiros. No sentido oposto, longas filas, baldeações, grandes intervalos entre as viagens e estações superlotadas para outros tantos usuários. Maior aposta da prefeitura para melhorar o transporte público em Belo Horizonte, o sistema BRT/Move (bus rapid transit em inglês transporte rápido por ônibus), com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, completará um ano de operação no domingo. Para avaliar o desempenho do sistema, o Estado de Minas inicia hoje uma série de reportagens sobre a satisfação dos passageiros, a rotina das viagens e a estrutura oferecida.

Depois de três anos de obras e sete datas para inauguração, o Move começou a funcionar em 8 de março de 2014, com ônibus articulados e inicialmente com 23 quilômetros de malha viária em três corredores exclusivos nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I, Santos Dumont e Paraná. Chegar ao primeiro embarque, no entanto, não foi fácil. Quando o corredor Cristiano Machado estava praticamente pronto, em 2013, várias estações de transferência precisaram ser mudadas de lugar,  por causa de erros de projeto. Em plena Copa do Mundo, a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes matou duas pessoas e atrasou o cronograma da Avenida Pedro I. De lá pra cá, o Move avançou. São 450 veículos e 3,6 mil viagens feitas por dia por 500 mil passageiros em 19 linhas troncais – que partem das estações de integração em direção ao Centro – e em 73 que alimentam esses terminais, vindas dos bairros.

Uma viagem feita em corredor exclusivo e em ônibus com ar-condicionado que nem de longe lembra a penúria de ficar horas parado em irritantes congestionamentos. Andar de Move em Belo Horizonte apresentou o lado bom do transporte coletivo aos passageiros, que sempre conviveram com veículos convencionais, de motor dianteiro e desconfortáveis. Na lista de vantagens há ainda redução no tempo das viagens. A BHTrans, que gerencia o transporte e o trânsito na capital, afirma ter havido diminuição de 47% no corredor Antônio Carlos e de 43% na Avenida Cristiano Machado, resultado do aumento da velocidade média nas duas pistas.

Enquanto nas pistas mistas coletivos circulam a 17km/h, na cidade, as linhas diretas chegam a 44km/h e as paradoras, 30km/h. O velocímetro mostra que trafegar com a mínima interferência das longas filas de carros, motos, caminhões e outros coletivos do sistema de transporte público ganhou a simpatia dos passageiros dos novos e modernos ônibus. Mas o sonho dourado do transporte público não dura toda a viagem. Andar no Move em BH é conviver ainda com estações lotadas, longas filas de espera para embarque, baldeações que atrasam deslocamentos e insegurança, já que não há presença policial, da Guarda Municipal ou de agentes particulares nos terminais.
Passageiros estão divididos entre os benefícios e as dificuldades. Há quem diga que o conforto dos novos coletivos supera qualquer problema, que na avaliação do empresário Pascoal Pimenta da Silva, de 60 anos, eram muitos antes da nova frota. “Só de ter ar-condicionado nesse calor estarrecedor de BH já está ótimo. As viagens no meu caso, que vou de Venda Nova ao Centro, também ficaram mais rápidas por causa dos corredores exclusivos.”

O recepcionista Cléber Inácio de Oliveira, de 51, fala em redução de até 50% no tempo de viagem na Cristiano Machado. Ele mora no Bairro Tupi, Região Norte, e elogia a rapidez do sistema. “Da minha casa até o Centro, gastava cerca de uma hora. Agora, mesmo tendo que fazer uma baldeação na Estação São Gabriel, gasto metade do tempo”, garante.

Vizinha da Avenida Cristiano Machado, a dona de casa Geovana Silva, de 33, que mora no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, também diz que não tem nada a reclamar. “Sempre que ia ao Centro, ficava presa em congestionamentos, a qualquer hora do dia. Hoje, mesmo no horário de pico, quando as outras pistas estão paradas, faço o percurso em tempo mínimo. É muito bom”, afirma.

Para o militar Ronaldo Fernandes dos Santos, de 46, as vantagens do Move ainda não superam a lotação do sistema. “Todos os dias as estações do Centro estão supercheias. A gente vive se espremendo nas filas de embarque e quem chega nos outros ônibus não tem espaço para sair. É uma situação terrível. Todo mundo apertado, mulher, criança, idoso, doente, deficiente, grávida. É um caos toda hora. O tempo de deslocamento também piorou demais. Tenho de pegar quatro ônibus para ir do Mantiqueira ao Centro, em uma hora e 30 minutos. Antes, pegava o 61 e eram 40 minutos”, lamenta. 

O confeiteiro Fabiano Campos de Souza, de 25, também está insatisfeito: “Tenho de esperar sentado na base dos pilares da Estação Pampulha até o meu ônibus, da linha 64, para a Estação Vilarinho, chegar. São mais de 30 minutos e não tem bancos nem cadeiras. Minha vida piorou demais” Ele completa dizendo que antes resolvia tudo com um ônibus e agora precisa pegar três, dependendo do lugar para aonde vai. “E o pior é que se estou em Venda Nova e quero ir para outro lugar da região, preciso pegar um ônibus do bairro para a estação e voltar para Venda Nova.  A gente anda para trás.”

Por Mateus Parreiras e Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas

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Estações tubos e terminais de ônibus recebem melhorias em Uberaba

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Superintendência Municipal de Mobilidade Urbana de Uberaba realiza, ao longo desta semana, uma série de melhorias no sistema de transporte coletivo BRT/Vetor. Os terminais Leste e Oeste receberão pisos táteis para auxiliar o embarque de deficientes visuais. Além disso, começou a ser implantado nos vidros das estações tubos, películas que garantem a redução do calor interno.

Os investimentos são realizados por meio de medidas compensatórias de estudo de impacto de vizinhança realizado pelas empresas de transporte na cidade.  Nesta terça-feira (21), algumas estações tubos já receberam a película que reduzirá em 98,7% o aquecimento interno. 

Já a instalação dos pisos táteis começou a ser feita no Terminal Oeste na manhã desta quarta-feira (22). Em seguida, o Terminal Leste também terá o equipamento que garante acessibilidade aos deficientes visuais. Com as mudanças, o serviço dos ônibus não será interrompido. 

“É mais uma etapa que estamos concluindo do projeto BRT, que vem ao alcance das melhorias de acessibilidade e conforto dos usuários do transporte coletivo nos terminais e estações”, informou o superintendente municipal de Mobilidade Urbana, Claudinei Nunes. A seção realizará, ainda, a instalação de lixeiras e guarda-copos nos terminais.

Informações: G1 Triângulo Mineiro

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Prefeitura de Uberaba afirma que a ampliação das estações-tubo está 80% concluída

domingo, 5 de abril de 2015

A Prefeitura de Uberaba garantiu que as obras de ampliação das estações-tubo 3A e 3B da Arthur Machado estão ocorrendo com agilidade, pois 80% do trabalho já foram concluídos. Ou seja, a obra está entrando na fase final, com o objetivo de ser entregue à comunidade para oferecer melhor atendimento aos cidadãos que utilizam o novo sistema de transporte coletivo BRT/Vetor. O atual governo percebeu que o projeto precisava ser aprimorado, pois muitos passageiros estavam ficando de fora das estações de embarque e desembarque, principalmente nos horários de pico.

De acordo com informações recebidas, até o presente momento, toda a parte metálica, mecânica e de pintura já foi realizada. O que falta é a instalação dos policarbonatos que substituirão os vidros e a montagem do ar condicionado central, que terá potência aumentada de 30 mil BTUs para 90 mil BTUS. A previsão da empresa responsável pelo serviço de ampliação é de que o trabalho seja concluído dentro de 15 dias a 20 dias, desde que os fatores externos, como chuvas, não prejudiquem o cronograma. Além de ampliar os dois tubos, a informação é de que todas as estações receberão uma cobertura para isolamento térmico de lã de rocha.

A reportagem do JORNAL DE UBERABA teve a oportunidade de conversar com o prefeito sobre as adequações do BRT, tanto da ampliação do tubo próximo ao Calçadão da rua Artur Machado, quanto da qualidade do asfalto, pois não vem suportando o volume do tráfego de ônibus. “De fato, nós cumprimos o projeto BRT Leste/Oeste, pois as estações já estavam estabelecidas e só entregamos. Nós estamos fazendo mais ‘gomos’ nos tubos, porque, durante a elaboração do projeto, não levaram em consideração que nesse local haveria maior aglomeração de cidadãos. Nós estamos torcendo para que essa ampliação comporte a demanda, inclusive porque, se adequarmos os ônibus passando de 5 em 5 minutos, os passageiros ficarão pouco tempo nos terminais”, contou. (LR)

Qualidade
Asfalto. Sobre a qualidade do asfalto da via exclusiva ao novo sistema de transporte BRT, Piau reforçou que, infelizmente, também não foi pensado na questão do piso, quando fizeram o projeto Leste/Oeste. Porém, garantiu que, agora, para implantarem o eixo Sudeste/Sudoeste, a equipe da Seplan, juntamente com a empresa, está levando em consideração o piso ou peso dos ônibus. “A Seplan está atenta a este detalhe, porque é muito importante, pois, quando ‘brota’ água no asfalto, o piso não aguenta. Nós estamos corrigindo isso. Nos olhos d’água, estamos fazendo a drenagem e colocando o piso necessário para suportar o peso dos ônibus que estão circulando”, concluiu.

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Em Uberaba, Novos ônibus devem circular só em maio

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Empresas do transporte coletivo esclarecem atraso para a chegada de novos veículos, conforme chegou a ser anunciado. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o superintendente de transporte coletivo, Claudinei Nunes, revelou que a prefeitura e as concessionárias estão renovando a frota do transporte coletivo e que seriam adquiridos 25 novos veículos, que deveriam ser inseridos ao sistema na primeira quinzena do mês de abril. Entretanto, não foi o que aconteceu, e o assunto agora está sendo tratado direto com as empresas. Elas alegam que o atraso para a chegada dos ônibus partiu da fábrica.

De acordo com o representante da Lider, Diego Mansur Guimarães, a empresa está adquirindo dez ônibus, com um modelo mais moderno, lançamento da fábrica, e houve atraso na linha de produção, por isso ainda não chegaram à cidade. “Acredito que em poucos dias estarão no município, mas é preciso fazer o emplacamento, cuidar da questão burocrática, e por isso provavelmente só na segunda quinzena do mês de maio estarão nas ruas atendendo os usuários”, explica Diego.

Já com relação à Piracicabana, são 15 novos ônibus, e o atraso na entrega também foi na linha de produção. São os mesmos modelos que foram solicitados pela Lider e, segundo o gerente-geral da Viação Piracicabana, Rodrigo Oliveira, este é um novo modelo e a fábrica está demorando um pouco mais para a sua produção. “A compra de um ônibus é diferente da aquisição de um carro para passeio, por exemplo, em que na concessionária tem estoque e a pessoa pode sair para casa com o carro novo. Já o ônibus, depois que escolhemos o modelo, vai para uma linha de produção e é isso que demora um pouco”, explica Rodrigo.

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Em BH, Uber anuncia desconto de 20% nas viagens para estações do Move e do metrô

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mais uma polêmica à vista em Belo Horizonte envolvendo o Uber, o maior aplicativo de transporte de passageiros do planeta. De hoje a 30 de novembro, a empresa vai conceder um desconto de 20% para os usuários de sua versão popular, o Uber-X, que iniciem ou terminem as viagens em seis estações do Move e do metrô, numa espécie de integração do aplicativo ao transporte público da capital mineira.

A "integração" ocorrerá nas estações Vilarinho, Venda Nova, Pampulha, São Gabriel, José Cândido e Cidade Industrial – esta última em Contagem. Na prática, o Uber está de olho num universo de 720 mil homens e mulheres que dependem diariamente do Move (500 mil pessoas) e do metrô (220 mil usuários).

O desconto será concedido ao máximo de 10 viagens na versão popular. A empresa decidiu apostar no serviço depois de concluir que entre 10% e 15% das viagens no mundo começam ou terminam em terminais de transporte público.

O serviço já é oferecido em outros países. Começou em Dallas, nos Estados Unidos, numa parceria entre a empresa e a Dallas Area Rapid Transit (Dart), que opera o transporte público de lá. “Com esse desconto para acesso ao transporte público, queremos apresentar para ainda mais pessoas à Uber como uma opção, principalmente em regiões que não têm fácil acesso ao transporte público”, disse Gui Telles, gerente geral da Uber no Brasil.

A nova iniciativa ocorre em meio à discussão sobre a regulamentação do Uber no país – além de Belo Horizonte, a empresa opera em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Há registros de dezenas de discussões, ameaças e brigas entre taxistas e motoristas do aplicativo, com depredação de veículos e até agressões a passageiros nas capitais.

Os motoristas profissionais contrários ao Uber reclamam que os condutores do aplicativo não pagam impostos, numa concorrência desleal. Já o Uber justifica que a empresa não é uma firma de transporte público. A disputa entre taxistas e o aplicativo gerou audiências públicas na Câmara Municipal.

Táxis Na capital mineira, a proposta de regulamentação obriga, na prática, que a empresa use mão-de-obra de taxistas se quiser seguir funcionando. Uma comissão elaborou a minuta de um projeto de lei, com participação de integrantes da BHTrans, com finalidade de ampliar a frota de táxis especiais e proibir qualquer aplicativo de operar na capital sem seguir as regras impostas pela prefeitura. O texto ainda não foi votado em plenário.

Um dos pontos propostos no texto é que os motoristas do Uber se tornem auxiliares da frota de táxi. A proposta foi criticada pro motoristas do aplicativo, pois muitos compraram carros para prestar serviço ao Uber e avaliam que terão prejuízo se o texto for aprovado e sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda.

O Uber-X estreou em BH em 13 de agosto. Há três diferenças em relação ao Uber Black. A primeira é o preço: o Uber-X é cerca de 25% mais barato. As outras duas são o ano de fabricação e a cor do veículo. Na versão popular, os carros devem ser fabricados a partir de 2008 e podem ter qualquer cor. Na Black, acima de 2013 e na cor preta.

Por Paulo Henrique Lobato
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LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


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