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Expansão de ciclovias impulsiona o turismo de bicicleta em São Paulo

domingo, 16 de novembro de 2014

Com cada vez mais quilômetros de ciclovias por São Paulo, os turistas, e também moradores que querem ver a cidade por outro ângulo, estão desbravando a capital sobre duas rodas em passeios oferecidos por agências de turismo. Elas apostam no forte apelo de marketing das bicicletas após a boa recepção dos paulistanos ao aumento das vias para ciclistas.

Desde junho estão sendo inauguradas novas ciclovias, e a cidade tem hoje 183,3 km de vias para bicicletas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A meta da Prefeitura de São Paulo é entregar um total de 400 km de novas ciclovias até o final de 2015. Os passeios oferecidos pelas agências já utilizam essas rotas, mas os trajetos não ficam restritos às ciclovias.

O aumento de ciclovias na cidade causou polêmica e debates acalorados nas redes sociais. Em meio à comemoração dos cicloativistas, comerciantes reivindicam calçadas livres para receber mercadorias, motoristas questionam o impacto no trânsito e moradores se preocupam com a falta de vagas para estacionar.

Mas pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 88% dos paulistanos são favoráveis à criação de mais ciclovias na cidade. "O investimento nas ciclovias abriu um nicho de mercado, mas a curto prazo contamos mais com o marketing que ele oferece do que com o lucro", afirma Gustavo Angimahtz, fundador da agência Pediverde.

Segundo Wilson Poit, presidente da SPTuris, o cicloturismo urbano já é comum em metrópoles como Nova York, Londres e Buenos Aires. "São lugares com estrutura mais consolidada para bicicletas e que, posteriormente, passaram por um processo de transformação cultural para aceitá-las em seus cotidianos. A oferta de estrutura proporciona serviços especializados nesse tipo de público, como o turismo de bike", explica.

Pacotes
As agências paulistanas trabalham com guias bilíngues e, geralmente, a bicicleta e os equipamentos de segurança estão incluídos no pacote. O preço varia de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo dos itens opcionais que os clientes queiram incluir no passeio. Mas há também o Bike Tour SP que pede apenas doação de alimentos não perecíveis.

Os trajetos podem ter de 3 km a 30 km e são realizados pela manhã ou à tarde. A duração é de até 4 horas, com paradas para visitas aos pontos turísticos. Algumas empresas oferecem rotas definidas, como a Infinity Tour, que apresenta o Centro Histórico. Outras, como a Bike Expedition, têm serviços personalizados.

Normalmente, os itinerários são percorridos por grupos de no máximo 12 pessoas. A bicicleta padrão, aro 26, é utilizada como referência para a participação no city tour, mas algumas agências têm bicicletas infantis para crianças ou permitem que elas acompanhem o passeio em cadeirinhas na bicicleta de adultos.

Além dos estrangeiros, que formam parte do público de cicloturismo em São Paulo, muitos moradores da cidade têm comprado pacotes, dizem as agências. “As novas ciclovias despertaram a curiosidade dos paulistanos, que agora parecem estar criando coragem para pedalar pela cidade”, afirma Angimahtz, da Pediverde.

Confira abaixo alguns pacotes oferecidos pelas agências de cicloturismo e escolha o seu roteiro para conhecer São Paulo pedalando:

Infinity Turismo
Diz atender em média 90 pessoas por mês. Oferece o pacote SP Ciclo Tour, criado antes dos investimentos em novas ciclovias na cidade e inspirado em passeios semelhantes realizados em Barcelona (Espanha) e Buenos Aires (Argentina).

Os cicloturistas saem da Estação da Sé e passam pelos principais pontos turísticos do Centro, como o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, o Mercado Municipal, o Edifício Martinelli e o Teatro Municipal.

O passeio é para grupos de até 12 pessoas e inclui bicicleta, capacete e colete refletivo. “Gostaríamos de oferecer triciclos elétricos também, para pessoas com mobilidade reduzida, mas a falta de nivelamento das vias dificultaria o serviço”, explica Samir Reis, diretor da Infinity. A empresa estuda novos roteiros, focados na região do Bom Retiro e da Luz.
Duração: 3h
Percurso: 4,5 km
Preço: R$ 45 por pessoa
Mais informações: http://www.infinity.tur.br/

Bike Expedition
Para atender à demanda por cicloturismo urbano em São Paulo, a agência especializada em roteiros no exterior lançou, em 2008, o pacote Bike SP.edition. Um dos roteiros atravessa a região central da cidade, passando pela Avenida Paulista e pelo Mercado Municipal. A outra rota percorre a Marginal Pinheiros, passando pelos parques Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos.
Foto: Gonzalo Cuéllar/HEY! SP
A Bike Expedition também oferece rotas personalizadas, focadas em temas como história, gastronomia ou cultura, dependendo do desejo do cliente. Bicicleta, capacete e van de apoio estão incluídos no pacote, que tem itens opcionais como filmagem, registro fotográfico e almoço.

Adriana Kroehne, que comanda a agência, conta que já fez passeios com grupos de até 200 pessoas. Nesses casos, o pacote exige aumento de segurança, carros de apoio, guias e ambulância.

Duração: entre 1h e 4h
Percurso: de 8 km a 30 km
Preço: de R$ 30 a R$ 300 por pessoa, dependendo da inclusão de itens opcionais

Hey! São Paulo
Os primeiros roteiros da HEY! São Paulo evitavam grandes avenidas devido ao risco de dividir a via com automóveis, mas a nova estrutura de ciclovias ampliou os percursos. Atualmente, a agência oferece quatro rotas principais, que são mais procuradas nos finais de semana. Porém, há opção de o cliente escolher tanto o percurso como a data do passeio.

O roteiro pelo Centro Histórico começa na Praça da Liberdade. Se a opção é visitar os grafites da Vila Madalena, o trajeto tem início na Praça Amadeu Amaral, na Bela Vista. Para conhecer a Vila Mariana, os cicloturistas se encontram em um hostel, e para realizar a Rota do Café, o ponto de encontro é a estação Consolação do metrô. A empresa oferece ainda um percurso pela Mooca, na Zona Leste, que começa na estação de metrô Belém. Outro, que vai até o Museu do Futebol, sai da Praça do Patriarca, no Centro.
Os passeios são com grupo de até sete pessoas e incluem bicicleta e equipamento de segurança. Cerca de 60 pessoas por mês fazem os passeios de bicicleta oferecidos pela agência.

Duração: 3h
Percurso: 10 km
Preço: R$ 70 por pessoa
Mais informações: http://heysaopaulo.com.br/

Pediverde
Há três anos trabalhando com cicloturismo por trilhas e rodovias no Brasil e no exterior, a agência pretende lançar em janeiro de 2015 um pacote de turismo por São Paulo em bicicleta. Sete roteiros já foram elaborados, e a agência promete fugir do tradicional, sem deixar de lado os pontos turísticos mais conhecidos.

Em princípio, os passeios serão realizados aos finais de semana em grupos de até 10 pessoas. A bicicleta e o equipamento de segurança ficam por conta do cliente.

Duração: até 4h
Percurso: entre 5 km e 15 km
Preço: ainda não definido
Mais informações: http://pediverde.com.br/

Bike Tour SP
Além dos pacotes de agências, há grupos que oferecem turismo de bicicleta gratuitamente. O Bike Tour SP é um trabalho social dos irmãos André e Daniel Moral, iniciado em 2013. O projeto chamou a atenção de empresas, que decidiram patrociná-lo. O dinheiro é investido na estrutura dos passeios.
Quem quiser participar precisa apenas contribuir com 2 kg de alimento não perecível, que são doados a uma ONG. O trajeto turístico tem sistema de audioguia – um equipamento acoplado ao capacete que informa ao ciclista dados e curiosidades sobre os locais visitados, conforme os monitores acionam o aparelho.

Quatro rotas em terreno plano são oferecidas aos finais de semana: Avenida Paulista, Centro Histórico, Avenida Faria Lima e Parque do Ibirapuera. Os passeios são realizados exclusivamente nas ciclofaixas. Bicicleta, capacete e equipamento de segurança estão incluídos no serviço. Cerca de 800 pessoas por mês fazem os passeios da Bike Tour SP, sendo 95% delas moradoras de São Paulo, segundo os organizadores. Crianças de 1 a 5 anos vão na cadeirinha e, a partir de 12 anos, em bicicletas infantis.

Duração: 1h15
Percurso: 3 km
Preço: 2 kg de alimento não perecível, que são encaminhados para a ONG Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes (NABEM)
Mais informações: http://www.biketoursp.com.br/
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Informações: Vivian Reis
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Ônibus movidos a etanol começam a circular em São Paulo

sábado, 28 de maio de 2011

Depois dos automóveis, ônibus vão circular com etanol no Brasil. Cinquenta deles integram a partir desta quinta, dia 26, a frota de transporte coletivo de São Paulo, a maior cidade do país. A mudança representa um ganho para o meio ambiente e um desafio para o setor sucroalcooleiro, que precisa atender a demanda cada vez mais crescente pelo biocombustível.

Não é pra menos que a experiência começou por São Paulo. A cidade tem a maior frota de carros e também de ônibus do país. Juntos, eles são responsáveis por um dos grandes problemas da metrópole, a poluição, que em grande parte é causada pela fumaça que sai dos escapamentos.

Os testes para trocar o diesel pelo etanol, que polui menos, começaram a ser feitos em ônibus há quatro anos. O compromisso de mudar foi assinado pela prefeitura no fim do ano passado. E agora enfim, os primeiros ônibus estão prontos para circular. Serão 50. 10 foram apresentados nesta solenidade na capital.

– Tendência existe de que a frota inteira possa efetivamente ser movida a etanol. Pra isso precisa um pouco mais de pesquisa, um pouco mais de estudo. Tenho a certeza absoluta de que em especial as entidades vinculadas ao setor têm interesses econômicos de que essas pesquisas, sejam realizados pra que a gente possa melhorar ainda mais a performance deste combustível em relação a estes veículos – destacou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os ônibus foram produzidos em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. São do mesmo modelo e tecnologia dos que são usados na cidade de Estocolmo, na Suécia, o primeiro país do mundo a utilizar o etanol em grande escala no transporte público urbano. Lá circulam 700 ônibus com o combustível brasileiro. A fábrica tem capacidade para produzir até quatro mil ônibus com esta tecnologia por ano.
É um etanol diferente dos que a gente utiliza nos nossos automóveis porque leva um aditivo que permite ele funcionar nestes motores. A diferença tecnológica, é que ele utiliza o que a gente chama de ciclo diesel. O mesmo ciclo dos motores convencionais a diesel, com algumas pequenas adaptações pra funcionar no combustível etanol – explica o gerente da Scania, André Oliveira.

Os novos ônibus paulistas vão liberar menos fumaça preta dos escapamentos. A redução deve ser de 90% em relação aos veículos a diesel, segundo os especialistas. Em São Paulo circulam atualmente 15 mil ônibus movidos a diesel. Se fossem a etanol o impacto ambiental seria equivalente a uma frota de apenas três mil ônibus.

A decisão de incluir ônibus movidos a etanol na frota do transporte público de São Paulo foi baseada numa pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Além das vantagens para o meio ambiente e para a saúde, os especialistas defendem que o etanol é a melhor solução entre os combustíveis renováveis pelo custo e para disponibilidade de matéria prima no Brasil. Isso que a demanda pelo combustível cresce a cada dia. No ano passado, 86% dos automóveis registrados no país eram flex.

O crescimento é comemorado pelas indústrias do setor sucroalcooleiro, mas não deixa de ser uma preocupação também.

– A gente vai ter que produzir pelo menos 400 milhões de toneladas a mais de cana ao longo destes próximos dez anos, além daquilo que a gente prevê, o que são em torno de 130 novas usinas – ressalta o presidente Unica, Marcos Jank.

Em SP os ônibus a etanol foram identificados com um selo e fazem parte de um programa que pretende usar a chamada tecnologia limpa em toda a frota. Não há uma previsão de quando todos os ônibus serão substituídos, mas a iniciativa que começou a ser colocada em pratica agora com o etanol, deve ter logo um outro tipo de efeito.

– A gente sabe que na medida em que São Paulo adota esses ônibus, automaticamente outras capitais virão atrás, outras grandes metrópoles – complementa Jank.

Segundo a pesquisadora da USP, Silvia Velazquez, durante o desenvolvimento do projeto já havia solicitações de outras localidades.

– É necessário [para que a expansão aconteça] que haja incentivos e que se desperte a consciência de que reduzindo a emissão de poluentes, certamente vamos melhorar a qualidade do ar, melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.Economia com saúde, pode-se despender outros recursos para melhorar a qualidade do ar da cidade – afirma a pesquisadora.


Fonte: Midia News

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O consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos vence leilão do Trem Intercidades que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas

sexta-feira, 1 de março de 2024

O governador Tarcísio de Freitas voltou à sede da B3 nesta quinta-feira (29) para bater o martelo no leilão internacional de concessão do Trem Intercidades Eixo Norte, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas. O consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos será responsável pela operação, manutenção, modernização e exploração das receitas geradas por 30 anos pelo transporte ferroviário de passageiros entre São Paulo e Campinas. O investimento estimado é de R$ 14,2 bilhões, em valor atualizado pelo IPCA em 2024.

“Este projeto é emblemático porque é o primeiro, é inovador, é vanguarda. É o primeiro trem de média velocidade do Brasil e vem logo com três serviços: a Linha 7-Rubi, o Trem Intermetropolitano na região de Campinas e Jundiaí e o trem expresso de Campinas a São Paulo. Imagine como a vida das pessoas vai mudar. É um projeto muito relevante em termos de mobilidade e abre um ciclo de novos investimentos em infraestrutura ferroviária e transporte de passageiros”, afirmou Tarcísio.

O certame na B3 também reuniu o vice-governador Felicio Ramuth, secretários estaduais, dirigentes de empresas do Governo de São Paulo, deputados, prefeitos e diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão do governo federal que aprovou financiamento de R$ 6,8 bilhões – em valores atualizados – para o Trem Intercidades Eixo Norte.

O primeiro leilão do Governo de São Paulo em 2024 atraiu dois grandes grupos em único consórcio formado pela brasileira Comporte Participações S.A. e a chinesa CRRC Hong Kong. Além do Trem Intercidades, que é o serviço expresso ligando a capital à maior metrópole do interior paulista, o empreendimento engloba a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM), entre Campinas e Jundiaí, e a concessão da Linha 7-Rubi, atualmente operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A proposta vencedora apresentou deságio – desconto sobre o valor a ser pago pelo Estado – de 0,01% pela contraprestação dos serviços públicos de R$ 8,06 bilhões, na data-base 2024. Já o aporte do Governo de São Paulo no empreendimento será mantido no montante inicial previsto de R$ 8,98 bilhões, conforme valores atualizados.

“É uma honra para todos nós do consórcio C2, composto pela Comporte Participações e CRRC. Não seria possível dar sequência e participarmos sem que estivéssemos com total confiança no trabalho de excelente condução por parte do Governo do Estado de São Paulo. É uma honra poder gerar exemplos para que outros venham contribuir para o crescimento do estado e da nossa nação”, disse José Efraim Neves da Silva, diretor institucional da Comporte e coordenador geral do consórcio.

Como vai ser

O Trem Intercidades Eixo Norte vai operar em um trecho de 101 km de extensão, melhorando e ampliando a mobilidade entre as regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí e Campinas.

O serviço expresso vai funcionar entre a estação Palmeiras-Barra Funda, na capital, e um novo terminal ferroviário em Campinas, com uma parada curta em Jundiaí e 64 minutos de viagem. O Trem Intercidades Eixo Norte terá capacidade para transportar até 860 passageiros por viagem e será o mais rápido do Brasil, alcançando até 140 km/h.

Já o Trem Intermetropolitano será um serviço parador com estações em Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. Com operação prevista de sete novos trens, o percurso será de 44 km e tempo de deslocamento estimado de 33 minutos. O serviço parador terá velocidade média prevista de 80 km/h, com capacidade para transportar 2.048 passageiros em cada trem.

A nova concessionária também será responsável pela operação da Linha 7-Rubi, que registrou cerca de 99 milhões de passageiros em 2023. Com extensão de 57 km e 17 estações, o ramal liga Jundiaí à estação Palmeiras-Barra Funda, na capital. O Governo de São Paulo estima que a concessão irá atender aproximadamente 400 mil pessoas por dia.

Ao todo, o empreendimento do Trem Intercidades Eixo Norte irá beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios e gerar mais de 10,5 mil empregos, entre diretos, indiretos e induzidos.

“Esse projeto é histórico e vai mudar a história não só de Campinas, mas de toda a região metropolitana. Imagine a qualidade de vida que vão ter as pessoas que poderão usar esse transporte, que moram em uma cidade e trabalham em outra. Então, quero agradecer a todos que contribuíram com esse projeto”, disse Rafael Benini, secretário estadual de Parcerias e Investimentos.

Tarifas justas

Em relação às tarifas, o edital de concessão prevê valor médio de R$ 50 ou menos para o serviço expresso entre São Paulo e Campinas e de R$ 14,05 para o serviço parador intermetropolitano. Já o bilhete da Linha 7-Rubi seguirá a tarifa pública, atualmente de R$ 5. Os aprimoramentos garantem receita mínima para a operação do Trem Intercidades e tornam o modal mais competitivo, com modicidade tarifária para os usuários de cada um dos três serviços.

Informações: Governo de SP



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Mobilidade Urbana: São Paulo X Tóquio, em São Paulo apenas 46% usam o Transporte público todos os dias e em Tóquio, 90% usam transporte coletivo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


O melhor de percorrer Tóquio, no Japão, é não ter de se preocupar com problemas de locomoção, seja a pé, trem, metrô ou carro. E conseguir isso em uma cidade tão populosa quanto São Paulo, com 12 milhões de habitantes, só foi possível graças ao investimento em transporte público e planejamento urbano contínuo, que inclui melhoria do sistema viário. Diariamente, 90% da população utiliza o transporte coletivo.
O tema foi discutido durante reunião entre representantes do Departamento de Trânsito da capital japonesa e da Prefeitura de São Paulo, ontem de manhã. O encontro, que contou com a participação do deputado federal Walter Ioshi, faz parte da missão oficial cujo objetivo é promover o intercâmbio de experiências na área de administração pública, promovida pela Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo, que também levou para o Japão eventos para comemorar o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
Com 621 quilômetros quadrados, a área metropolitana de Tóquio corresponde a 10% da área habitacional e populacional do Japão, pela qual circulam 4,6 milhões de veículos. Depois de um histórico de investimento em transporte público sobre trilhos, a cidade, agora, investe para melhorar a malha viária e evitar congestionamentos. Outras medidas, como a pintura de faixas que indicam a proibição de estacionamentos nas principais vias, também foram adotadas. Em Tóquio, tais medidas são respeitadas pela população e se somam aos projetos de expansão, tanto de vias quanto de trens e metrô.
A experiência de Tóquio mostrou que o investimento em transporte público, ao longo de décadas, é a única solução para os congestionamentos, problema que aflige São Paulo, que possui uma frota de 6 milhões de veículos e tem apenas 61 quilômetros de metrô e 270 de trens. Para minimizar o problema, foi adotado o rodízio de caminhões.Rodízio " Segundo o diretor sênior da Divisão de Infra-Estrutura Urbana de Tóquio, Kimi Masu, a possibilidade de restringir a circulação em Tóquio só ocorreria se os planos de expansão de vias e da rede sobre trilhos, em andamento, não surtirem efeito.
De configuração mais organizada, Tóquio não tem problemas com o tráfego de caminhões, já que a carga e descarga é feita dentro dos estacionamentos das empresas, até as 22h. "Quando o estabelecimento não possui área para estacionar, a carga e descarga é feita em um estacionamento próximo, que é gratuito, durante 30 minutos", explicou o diretor.
Segundo ele, um plano de expansão viária e ferroviária iniciado na década de 80 tem prazo de conclusão em 2015. Neste período, a meta é aumentar a malha viária, atualmente de 1.809 quilômetros, para 3.215 quilômetros, número que corresponde apenas a vias de mais de 16 metros de largura.
O plano prevê aumento da velocidade média em 5 quilômetros/h para aumentar os atuais 18,8 km/h. A prioridade, segundo ele, é concluir os anéis viários e vias expressas, com projetos de avenidas subterrâneas e também investir em sistema de linhas de trens elevados, o que diminui os custos e permite espaço para a construção de mais ruas. As intervenções serão feitas com recursos da iniciativa privada, que arca com 14%, e do governo, que responde pela maior parte do bolo.
O investimento pesado na malha viária vai se equiparar ao eficiente sistema de trens e metrôs que a cidade já oferece, que soma mais de 940 quilômetros. Este ano, será concluída uma linha que ligará a província de Chiba a Tóquio. "Em uma das linhas inauguradas temos trens operados por computador. E a rede, que foi construída em nível elevado, tem em sua composição o uso de borracha, para que a movimentação dos trens não cause poluição sonora", disse Masu.
Segundo o diretor, a rede sobre trilhos é usada por 90% da população diariamente. "O tempo de viagem pela rede metroferroviária cai de 60 minutos para 20 minutos, comparado ao uso do veículo", disse Masu.
Fonte: Walter Ihoshi
Video: Bom Dia Brasil
  • O Lado de São Paulo
O Movimento Nossa São Paulo lançou em Setembro do ano passado a terceira edição da pesquisa inédita e exclusiva realizada em parceria com o Ibope sobre Mobilidade em São Paulo. A pesquisa abordou diversos aspectos relativos à locomoção na cidade em perguntas como: Quanto tempo você leva para se deslocar todos os dias para sua atividade principal? Caso houvesse uma boa oferta de transporte público, você deixaria de usar o carro? Com que frequência utiliza transporte público? E bicicleta? Os entrevistados também responderam perguntas que abordam temas polêmicos e recentes, como a opinião sobre a restrição aos fretados, a ampliação da Marginal Tietê e a liberação do serviço de mototáxi. Veja os resultados da pesquisa
Veja a repercussão na mídia Algumas conclusões de 2009, comparadas com os resultados de 2008: - Cresce 13 porcentuais, em um ano, o número de paulistanos com carros - Passou de 37% (em 2008) para 50% (em 2009) o total de entrevistados que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Dos que possuem carro atualmente, 37% compraram nos últimos 12 meses. - Cresce também a disposição dos paulistanos em deixar o carro e usar o transporte público – permanece em 43% o percentual dos que “com certeza” deixariam de usar o carro caso houvesse uma boa alternativa de transporte e aumentou de 24% para 35% os que “provavelmente deixariam”. - População se divide quanto à proibição dos fretados – 47% dos entrevistados são a favor da medida e 51%, contrários. - Também é dividida a opinião quanto à liberação de mototáxi na cidade – 50% são a favor e 48%, contrários. Mas, 57% afirmaram que não utilizariam o serviço, caso fosse liberado, e 37% disseram que utilizariam. - Maioria é a favor da ampliação da Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo – 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê. Porém, para 56% das pessoas o dinheiro utilizado na obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. - A Saúde continua sendo o problema mais grave de São Paulo. Educação está em segundo lugar – Passou de 53% (2008) para 65% (2009) o percentual de entrevistados que consideram a saúde como o mais grave problema da cidade. Neste ano, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, Educação e Trânsito. No ano passado, a ordem era: Saúde, Desemprego e Trânsito. - A população de São Paulo está totalmente insatisfeita com o trânsito – a nota média para a situação do trânsito na cidade, de 1 a 10, está em 3,0. Para 47% dos entrevistados, o trânsito é considerado “péssimo”. - A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos entrevistados. - O paulistano desperdiça, em média, 2h43 todos os dias no trânsito. - Cresce o número de usuários do transporte público – aumentou o percentual dos que utilizam, todos os dias, ônibus (de 20% para 28%), metrô (6% para 13%) e trem (3% para 5%). E é praticamente o mesmo o percentual dos que usam carro todos os dias ou quase todos os dias: 29%. - A maioria ainda é a favor do rodízio de dois dias - 52% dos entrevistados são a favor do rodízio de 2 dias em São Paulo – entre os que utilizam carro, o percentual cai para 44%. - A maioria é contrária à criação do pedágio urbano – 26% são a favor. Entre os usuários diários de carro, esse percentual sobe para 29%. - Os carros, caminhões e ônibus são os principais responsáveis pelo aquecimento global (65%), seguidos pelas indústrias (64%) e pelo desmatamento (55%). - Tempo de espera nos pontos ou terminais e a lotação nos ônibus em São Paulo pioraram no último ano. Para 44% dos usuários de ônibus o tempo de espera pelos ônibus aumentou em relação há um ano e, para 50% dos usuários, os ônibus estão mais lotados. (Os indicadores estão entre os previstos na Lei 14.173, regulamentada em 2006, que determina à Prefeitura o fornecimento de indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos) - Para 67% do total de entrevistados na pesquisa, os investimentos feitos para melhorar a circulação na cidade deveriam priorizar “o transporte coletivo, com ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus”. Apenas 10% dos pesquisados disseram que os investimentos deveriam priorizar o “transporte particular, com a construção e ampliação de avenidas, pontes e viadutos”. - 40% dos entrevistados que afirmam utilizar carro estão dispostos a deixá-lo em casa e usar transporte público, bicicleta ou pegar carona. E 22% já fazem isso regularmente. 25% não estão dispostos a fazê-lo. - 41% disseram estar dispostos a trocar o carro por um menos potente mas que polua menos. 8% já o fazem e 25% não estão dispostos a fazê-lo.
Fonte: Nossa São Paulo

Video: Jornal A Gazeta
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São Paulo: Em entrevista, Jaime Lerner fala sobre novos modelos de ocupação urbana

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ele revolucionou o planejamento urbano nas suas três gestões como prefeito de Curitiba. Idealizou o conceito de Bus Rapid Transit - BRT, uma espécie "metronização do ônibus" que passou a ser adotado em várias cidades do mundo. Além disso, consolidou um sistema de parques tornando Curitiba a cidade mais verde do país e foi o primeiro a introduzir um programa de reciclagem de lixo urbano no Brasil. Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, não pára de criar soluções inusitadas, porém factíveis. Recentemente, propôs um parque linear com uma ciclovia sobre o espaço aéreo da linha férrea de São Paulo.

O urbanista defende que a solução para a mobilidade não passa necessariamente pela implantação de um metrô, mas sim pela organização da circulação de ônibus, carros, bicicletas e pedestres na superfície. As soluções em superfície tiveram início em Curitiba na sua primeira gestão (1971-75) quando se antecipou às grandes questões ambientais e de transporte que o mundo viria a travar e implantou um sistema integrado de transporte, criou uma rede de parques e áreas de reciclagem. Nos mandatos seguintes (1979-83) e (1989-93) consolidou uma rede integrada de transporte com pistas exclusivas e introduziu os famosos ligeirinhos e biarticulados.
Na última década, este sistema foi implantado também em Bogotá, na Colômbia. Segundo explica Lerner, a metronização do ônibus cria uma alternativa de qualidade para a população.
- Não é só pista exclusiva. É embarque rápido. Acessibilidade no mesmo nível. É um tempo de espera menor do que um minuto para pegar um ônibus. Isso não é impossível de se fazer. Não se pode é pensar num único sistema. Tem que se pensar numa integração entre vários modais e melhorar a superfície - diz o urbanista.
Nesta semana, Jaime Lerner participou do Fórum Imobiliário do Secovi de São Paulo, evento que faz parte da Semana Imobiliária de São Paulo, que acontece até este domingo. Na ocasião, ele falou sobre novos modelos de ocupação para a capital. Em entrevista ao Morar Bem, fala sobre algumas possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida das cidades e das moradias. Confira.
São Paulo vive um grande problema de transportes com a população gastando mais de duas horas diárias em seus deslocamentos. A extensão da rede de metrô ainda deverá consumir alguns anos. Existem outras soluções?
Jaime Lerner - É impossível imaginar uma rede completa de metrô em São Paulo ou em qualquer outra cidade do mundo. Londres, Moscou e Nova York fizeram isso há 120 anos, quando era mais barato trabalhar no subsolo. Em São Paulo, vamos ter ampliação de algumas linhas de metrô, mas 84% dos deslocamentos acontecem na superfície. A superfície precisa ser melhor operada. O segredo da mobilidade está na complementaridade de metrô, ônibus, táxi, bicicleta, tudo isso tem que se completar. O metrô não vai funcionar se o sistema de superfície não funcionar bem. Temos que metronizar a superfície e garantir ao ônibus a mesma qualidade do metrô.
Poderia descrever seu projeto de aproveitamento do espaço aéreo da linha férrea para construção de uma ciclovia em São Paulo?
Lerner - Acho que o trem de subúrbio deve jogar um papel fundamental nas propostas de ocupação em São Paulo. Temos que ancorar o crescimento de São Paulo, onde existe boa qualidade de transporte com aproveitamento de áreas disponíveis, como o espaço aéreo sobre a linha férrea, criando um parque linear onde as pessoas possam transitar por cima. Um parque acompanhando todo o traçado ferroviário. Com possibilidade para que construções sejam erguidas nas proximidades.
Que conceito deveria nortear os projetos urbanos nas capitais brasileiras que virão a sediar os jogos da Copa do Mundo?
Lerner - As cidades não devem pensar na Copa do Mundo em termos de estádios. O grande problema da Copa do Mundo não são os estádios. Os problemas são as ligações aéreas, que são um desastre. E é preciso melhorar a mobilidade dentro das cidades, evidentemente.


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Trem entre Sorocaba e São Paulo só em 2019

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O sorocabano vive a expectativa de voltar a usar o trem ferroviário no trajeto até a capital paulista. Mas isso só vai ser possível a partir de 2019. Isso porque o governo de São Paulo, por intermédio do  CGPP (Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas) e da Secretaria de Transportes Metropolitanos, publicou edital de chamamento público, em  24 de janeiro, às  empresas interessadas em  apresentar estudos de viabilidade de PPP (Parceria Público-Privada) para “construção da infraestrutura, implantação de equipamentos e sistemas,   compra de material rodante, operação e manutenção de uma rede integrada de aproximadamente 431 quilômetros de linhas de trens intercidades”. 

Dentro desses 431 quilômetros estarão os 92 quilômetros  do percurso entre Sorocaba a São Paulo.  O investimento previsto é de R$ 4 bilhões e as obras devem ter início em 2016.  

Velocidade  / A velocidade média do trem será de 120 quilômetros por hora, sendo que a velocidade máxima ficará em torno de 160 a 180 quilômetros por hora. 

Em Sorocaba, estão previstas duas estações, sendo uma na antiga estação da EFS (Estrada de Ferro Sorocabana), cuja concretização vai depender de  negociação com a ALL (América Latina Logística), responsável pela linha.

A outra  será no bairro de Brigadeiro Tobias, zona leste, para atender as pessoas que vêm de outras cidades. No local também  deverá funcionar uma  oficina do trem. Outro ponto de parada que está  sendo estudado é na cidade São Roque.  

O trem rápido terá capacidade para 600 passageiros sentados e o trecho entre Sorocaba e São Paulo deverá ser percorrido em 40 minutos.  

Segundo os técnicos, a linha atual não poderá ser utilizada por ter sido projetada para uma velocidade menor e, portanto, ter raios de curvas menores.

Em 2012 / Em 19 de dezembro do ano passado houve o projeto do Governo do Estado batizado de “Trem Regional – São Paulo Sorocaba”, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ).  Na ocasião, o diretor da  CPTM, Silvestre Eduardo Ribeiro, disse que o trem terá toda estrutura para atender a população e “vai oferecer  uma viagem agradável, pois contará com vidros panorâmicos, estofados reclináveis com encosto de cabeça, banheiros e painéis digitais de comunicação”.

Pedido deve ser feito no prazo de 15 dias aos governos

De acordo com o chamamento publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo,  o pedido de autorização para a realização dos estudos deve ser feito no prazo de 15  dias e o prazo para a preparação será de 180  dias.

Os estudos envolvem: projeto de engenharia;  demanda; análise de viabilidade econômico-financeira; análise dos aspectos operacionais; análise dos aspectos jurídicos institucionais; modelo de remuneração da concessionária.

Segundo o chamamento publicado, o aproveitamento dos estudos não obriga ao poder público contratar o objeto do projeto de PPP. No caso de aproveitamento do material, a empresa responsável pelos levantamentos será remunerada. 

Em  28 de janeiro uma missão do governo do Estado, liderada pelo vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD),  apresentou um portfólio de investimentos do Governo de São Paulo, orçado em R$ 40 bilhões, na Inglaterra.

Na ocasião, foi apresentado a construção de infraestrutura, implantação de equipamentos e sistemas para a operação de uma rede integrada de linhas. 

A rede será complementada ao Trem de Alta Velocidade e acessível por metrô, trens e ônibus. Investimento: R$ 18,5 bilhões, sendo 30% de aporte público e 70% do setor privado.

Rede ferroviária será integrada
A rede integrada de linhas ferroviárias de passageiros abrangerá as cidades de Santos, Mauá, São Caetano, Santo André, Jundiaí, Campinas, Americana, São José dos Campos, Taubaté e Sorocaba e se conectará a uma estação central em São Paulo.

R$ 24
é o valor da passagem de ônibus, atualmente,  para  São Paulo 

Sem valor
Não existe previsão da passagem de trem.

Por Pedro Guerra
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Governo estuda projetos de trens de passageiros de longa distância

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Trem Bala - Rio, São Paulo, Campinas. O projeto existe e, se as previsões se confirmarem, vai custar entre R$ 40 e R$ 50 bilhões, com dinheiro público e privado. Uma viagem sem atrasos, sem aeroportos lotados, sem buraqueira de estradas, para competir com os ônibus e, principalmente, com os aviões.

Mas qual seria o modelo para o trem do futuro no Brasil? Seja qual for o escolhido vai ser o primeiro novo projeto de trem de passageiros de longa distância em mais de 40 anos.

Em uma das estações mais antigas de São Paulo, o coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral questiona o modelo proposto pelo governo. “Para o trem de alta velocidade ser viável economicamente, ele teria que transportar por ano o que a ponte aérea Rio-São Paulo transporta. Dá mais de 25 milhões de pessoas.Nesse momento não tenho duvida nenhuma que é um erro, nós poderíamos pensar nele depois dessa década, 10 anos para a frente”, afirma Paulo Tarso Vilela de Resende.

É um recomeço ou um projeto isolado? “Nós vamos realmente colocar esforços no sentido de reativar o transporte de passageiros, ainda que seja nas mesmas linhas que estão sendo expandidas para o transporte de cargas”, afirma Marcelo Perrupato.

Estão em andamento seis projetos de trens de passageiros de longa distância. Em São Paulo, a proposta do governo estadual é uma ampliação das linhas que hoje circulam pela Região Metropolitana, levando os trens de passageiros para três cidades do interior: Sorocaba, Santos e Jundiaí.

Existe também o projeto de uma parceria público-privada para ligar Belo Horizonte, Sete Lagoas, Ouro Preto e Divinópolis. E ainda o projeto de outro trem, entre Brasília e Goiânia.

Fora isso, estão em estudo outros 14 trechos, ligando principalmente regiões metropolitanas e cidades médias. São projetos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste que, na maioria dos casos, envolvem parceiras entre os estados e o Ministério dos Transportes.

Se tudo o que está previsto for realmente construído, vão ser mais de 3,3 mil quilômetros de novas linhas até 2020. “As próprias empresas vão querer aumentar as suas linhas, trazer serviços melhores, ofertar um pacote de valor mais atraente. Então eu acredito que se a gente fizer isso com muita calma, em uns 30 anos, a gente readquire a cultura do trem de passageiros no Brasil”, afirma Paulo Tarso.

Se vale como incentivo, existe uma luz em altíssima velocidade na França. São engenheiros testando os limites de uma locomotiva. Eles conseguiram acelerar a 574,8 quilômetros por hora e bateram um recorde de velocidade.

Ninguém quer bater recorde por aqui, mas andar rápido, sem atraso e sem congestionamento já seria um ótimo recomeço.

A Estação da Luz, em São Paulo, é um bom exemplo. Foi inaugurada em 1900 para transportar carga, mas começou a levar passageiros na década de 30 ainda em longa distância. E pouco a pouco foi se tornando uma estação importantíssima, mas para transporte de passageiros em São Paulo.

O Governo Federal diz que estuda uma linha de alta velocidade entre São Paulo e Belo Horizonte também, e outra entre São Paulo e Curitiba, mas isso só aconteceria depois do trem bala ligando Rio, Campinas e São Paulo. Fala-se em retomada, mas por enquanto são só promessas.

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'Uber do ônibus': entenda a confusão entre a UBus e a prefeitura de SP

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

A UBus, depois de poucos dias em operação, teve sua atividade proibida pela prefeitura de São Paulo e veículos apreendidos pelo município. O serviço, que criou uma espécie de “transporte público” por aplicativo, se envolveu em confusão com Edson Caram, atual secretário municipal de Mobilidade e Transportes de São paulo que, por sua vez, quer estudar impactos do app antes de permitir a circulação dos ônibus.

A UBus estava em fase inicial do serviço. Tanto a Metra — dona dos ônibus e possuidora da concessão da rota —, quanto a UBus, são propriedades do mesmo grupo, embora funcionem paralelamente.

Antes de começar as atividades, a UBus garantiu autorização da Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), ligada ao governo do Estado de São Paulo e responsável por linhas intermunicipais, para atuar; mas não foi o bastante para impedir as ordens de Edson Caram.

“Para usar o meu corredor, do município, ele tem que ter autorização da secretaria municipal. Independentemente de quem tenha dado autorização antes.”, disse o secretário ao justificar a apreensão. Caram exige que estudos sobre os impactos causados pelo serviço sejam apresentados antes de autorizar a circulação dos veículos.

Quem é a UBus?
O UBus é uma espécie de serviço de transporte coletivo. Os ônibus da marca proporcionam alguns luxos para os passageiros, incluindo WiFi, tomadas para carregadores e lugares reservados.

O percurso, por enquanto, era único. Transportava passageiros entre a avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na capital de São Paulo, até São Bernardo do Campo, município vizinho localizado na região metropolitana.

A atividade foi considerada clandestina pelo secretário e ele ordenou a apreensão dos veículos do serviço até que uma autorização municipal seja dada.

Autorizações inconsistentes
O site Tilt, da UOL, teve acesso aos registros do trâmite da aprovação do serviço e constatou que tudo ia bem até o documento chegar às mãos do secretário.

O processo começou no início de setembro e a UBus garantiu autorização do EMTU — incluindo adesivos colados no ônibus; SPTrans e até pela assessoria jurídica da secretaria municipal. No entanto, ao chegar ao gabinete do secretário, a situação mudou e o processo foi suspenso.

“Quando veio para o meu gabinete para que eu assinasse e verifiquei que se tratava de aplicativo, mandei suspender,”, disse o secretário em entrevista para o site.

A Metra afirma que não foi notificada da mudança de posição do secretário Caram. A empresa considera a apreensão dos 15 novos ônibus irregular, justamente por já contar com autorização da EMTU para circular.

Além disso, o secretário ainda pede calma para a aprovação: “quanto mais pressão tiver no processo, pior fica.”, disse ele. A prefeitura afirma que não há prazo para a resolução dos problemas e os veículos seguirão apreendidos.

Um momento delicado
Recentemente, a prefeitura de São Paulo anunciou que o transporte público paulistano está inaugurando o pagamento com cartão de débito, crédito ou por smartphone por proximidade — embora ainda esteja em fase de testes.

Caram também revela que a próxima novidade será o pagamento por QR Code, parecido com o que já existe em algumas estações de metrô igualmente de São Paulo.

Portanto, é no mínimo curioso a mudança de posição do secretário e a ordem de suspensão do serviço da UBus. O grupo responsável pela empresa deve tentar acelerar o processo de autorização e ter a posse de seus veículos novamente.

Até lá, os cidadãos que precisam circular entre São Paulo e São Bernardo do Campo precisarão se contentar com o serviço autorizado pela prefeitura.

Informações: Tecmundo

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