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Sem Acordo, Greve de ônibus em Curitiba continua

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A reunião de conciliação entre grevistas e empresas do transporte coletivo de Curitiba que ocorria nesta quinta-feira (27) foi adiada para o dia 6 de março, depois do carnaval. Após duas reuniões entre motoristas, cobradores, representantes de empresas e do poder público, realizadas no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), não houve acordo e a greve foi mantida. Até lá, o percentual mínimo de 50% dos ônibus nos horários de pico e 30% nos demais horários continua valendo.

Com a continuidade da greve, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, informou, via Twitter, que vai disponibilizar todos os carros oficiais da Prefeitura de Curitiba para o transporte dos moradores da capital. Os veículos devem ficar nos terminais e levar as pessoas de graça, com trajetos iguais aos das lotações provisórias autorizadas pela Urbs. "Nesta sexta-feira, dia 28, a Prefeitura disponibilizará ao longo do dia veículos da sua frota oficial para reforçar o transporte alternativo", postou Fruet às 18h14.

Por Antonio Senkovski e Raphael Marchiori
Gazeta do Povo

Logo após o anúncio, por volta das 18h30, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba informou que não tinha condições de informar quantos carros e exatamente que tipo de veículos vão circular nesta sexta-feira (27). Durante o dia, será feita uma força-tarefa pelo órgão para liberar carros para auxiliar no transporte alternativo. Fazem parte da frota de Curitiba automóveis e alguns veículos com capacidade de mais passageiros, como Kombis. Não havia previsão de horário para que os carros oficiais estejam nas ruas nesta sexta-feira.

O cálculo para a circulação mínima de ônibus deve ser feita com base na tabela de horários para feriados da Urbs. As linhas com poucos ônibus devem ter o arredondamento da quantia de veículos em circulação para cima, conforme orientação acertada no fim da reunião.


Ao suspender a audiência, o TRT-PR não descartou a hipótese de a data da reunião ser antecipada, caso haja acordo entre as partes. Nesta tarde, a o sindicato que representa as empresas ofereceu no máximo 7,36% de aumento, o que equivale a 2,1% de ganho real. A classe dos trabalhadores quer, no mínimo, 10,5%, além reajuste em outros benefícios. A questão volta a ser debatida em uma semana.

A audiência começou, por volta das 14h30, com as empresas oferecendo, inicialmente, uma contraproposta de 7,36%. Isso representa 2,1% a mais que a primeira proposta, de reajuste apenas para cobrir a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 5,26% nos últimos 12 meses. Com 7,36% de aumento, os salários dos motoristas iriam para R$ 1.783 e os dos cobradores para R$ 1.009.

Na mesma proposta do Setransp aos funcionários estava a limitação do pagamento de um anuênio (gratificação anual) que já é fornecido aos trabalhadores. Se for aprovado o plano da empresa, os funcionários contratados a partir de agora, vão receber anuênio de 2%. Mas este percentual subiria 2% ao ano, durante cinco anos, até fechar 10%, quando o benefício seria suspenso.

Outra proposta

Logo após a primeira proposta feita pelos representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a desembargadora que conduz a reunião, Ana Carolina Zaina, sugeriu que a oferta de reajuste fosse elevada para 7,5%, uma redução de 3 pontos percentuais sobre a oferta de 10,5%, feita pela magistrada em reunião na quarta-feira (26).

O advogado do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Elias Mattar Assad, disse que a proposta estava muito longe do reivindicado inicialmente. No começo, motoristas e cobradores queriam 16% e 22% de aumento acima da inflação em seus respectivos salários.

Logo após essa primeira discussão, no TRT, as partes presentes na reunião foram para salas reservadas para discutir as propostas e tentar chegar a um acordo. Na volta, o Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) sugeriu que os patrões paguem um aumento Ministério Público do Trabalho de 8,5% motoristas e 10,5% para cobradores. Isso ocorreu pouco antes de a audiência ser suspensa para semana que vem.

Segundo a Urbs, durante o horário de pico da manhã (das 6 às 8 horas) a quantidade de ônibus nas ruas não chegou a cumprir a decisão da Justiça, que determinou que 50% dos veículos trafegassem nesse horário. No período, a frota máxima detectada pela empresa foi de 44%, às 7h30.

Já ao longo do dia, a circulação de ônibus na capital estava em 55,45% por volta das 15 horas. Pela determinação da Justiça, nesse período o mínimo de ônibus que precisa circular é de 30% da frota.

Até as 18 horas, período considerado como horário de pico, a Urbs calcula que a circulação era de 45% da frota, abaixo da determinação do TRT.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal, todas as porcentagens estão sendo repassadas pela empresa municipal para a Justiça, que irá abrir um processo para a aplicação da multa. Neste caso, porém, o Sindimoc pode discordar dos números e apresentar contraprovas, como fotos e outros dados que contestem a os números da Urbs.

Por outro lado, a assessoria de imprensa do TRT declarou que não deu início ao processo para o julgamento da multa, já que o Tribunal prioriza a resolução da briga entre padrões e empregados.

Garagens da RMC são liberadas

Durante a manhã, duas garagens da região metropolitana foram bloqueadas por grevistas e ônibus não puderam sair para cumprir a determinação de frota mínima da Justiça. Os locais prejudicados foram a empresa Viação Tamandaré, na cidade de mesmo nome; e a empresa Viação do Sul, no bairro Abranches, em Curitiba.

Na primeira, às 11 horas o portão da garagem foi liberado para parte dos coletivos fazerem as linhas. Às 17 horas, 25 ônibus da empresa circulavam, entre eles ligeirinhos (como o Tamandaré-Curitiba), alimentadores e ônibus convencionais. Dois coletivos da Viação Antonina, que integra a empresa, também foram liberados.

Na segunda, a situação foi normalizada por volta das 13 horas e oito ônibus de três linhas operadas pela empresa voltaram a circular. Veículos das linhas Minérios, Vila Marta, Tanguá e Lamenha (Tamandaré-Curitiba) transportavam passageiros às 17 horas. Estavam sem ônibus nos itinerários as linhas Rio Branco-Curitiba, Itaperuçu-Rio Branco e Itaperuçu-Curitiba.

Informações: Gazeta do Povo

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Curitiba vai testar o primeiro biarticulado elétrico Volvo no segundo semestre

quarta-feira, 29 de maio de 2024

O prefeito Rafael Greca conheceu, nesta terça-feira (28/5), o primeiro biarticulado 100% elétrico da Volvo no mundo, produzido na fábrica da montadora sueca na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O ônibus será testado na capital paranaense no início do segundo semestre de 2024.

O teste faz parte do projeto de descarbonização da frota de ônibus da capital e deve ser executado na linha Centenário/Campo Comprido, trajeto do futuro Ligeirão Leste/Oeste, que vai contar com os primeiros biarticulados elétricos da cidade. A ideia também é avaliar o veículo na linha Ligeirão Norte Sul.

"Eu tive a alegria de acompanhar o teste do primeiro biarticulado, 30 anos atrás. Agora estamos aqui na apresentação do elétrico, feito aqui. Este desenho é coisa nossa, tem a ver com a cabeça inovadora de Curitiba. Esta é nossa aposta para o futuro donosso transporte coletivo. Temos muito orgulho da fábrica da Volvo em Curitiba, pelos empregos gerados, pela tecnologia e a inovação presente nos seus ônibus, que vão ajudar na descarbonização na nossa frota ", disse o prefeito, que estava acompanhado do vice, Eduardo Pimentel.

Para o vice-prefeito, trata-se de momento histórico. "Um projeto desenvolvido aqui e referendado pela sede da Volvo na Suécia, realizado a pedido de Curitiba, que em breve estará nas canaletas, atendendo os passageiros curitibanos", ressaltou.

Curitiba será a primeira cidade a testar o biarticulado elétrico, seguida por Bogotá (Colômbia) e Cidade do México. Nesta primeira etapa, no entanto, o ônibus ainda não transportará passageiros, mas rodará com lastro (bombonas de água ou sacos de areia) simulando condições bastante severas de operação. O objetivo é posteriormente circular com passageiros.

“Damos um passo importante no projeto de mudança da matriz energética, com o teste da eletromobilidade no maior ônibus em linha, que é o biarticulado, com 28 metros e capacidade para transportar 250 pessoas”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba, que gerencia o transporte coletivo da capital.


Produção nacional

O modelo, que será lançado comercialmente pela montadora em agosto, será produzido no complexo industrial da Volvo em Curitiba e poderá ser exportado para diversos países onde há cidades com BRT.

O projeto faz parte do investimento de R$ 1,5 bilhão feito pela Volvo no Brasil, entre os anos de 2022 e 2025.

“Desde o início, o biarticulado Volvo sempre trouxe alta eficiência, transportando mais passageiros com menos emissões. Agora, com veículos 100% elétricos, vamos zerar completamente os gases de efeito estufa”, diz o presidente da Volvo, André Marques.

Segundo ele, o veículo iniciará, a partir de agora, um programa de validação técnica, rodando em diversas regiões do país em diferentes condições de pavimento, carga e temperatura, por exemplo.

BRT
A introdução do modelo elétrico é um avanço importante para o ônibus biarticulado, criado há 31 anos, e para o sistema de BRT (Bus Rapid Transit) que completa 50 anos em 2024. Com canaletas exclusivas, o BRT se tornou um exemplo bem-sucedido de transporte de massa e responsável por inspoirar mais de 200 países. “Um BRT com estes veículos será capaz de transportar a mesma quantidade de passageiros do que um sistema de metrô, mas com custos de implantação e operação infinitamente menores e também com zero emissões”, diz Maia Neto, presidente da Urbs. Os 84 quilômetros de canaletas de Curitiba transportam 806 mil pessoas por dia. São 172 biarticulados em circulação.
Investimentos
O projeto de descarbonização da frota de Curitiba é considerado referência no País por reunir desde um amplo programa de testes da tecnologia até o novo modelo de concessão, em 2025, que já contemplará matriz energética não poluente. A meta é que até 2030, 33% da frota de ônibus da capital seja zero emissões, percentual que deve alcançar 100% até 2050.

Até agosto entram na frota seis veículos tipo padron elétrico, na linha Interbairros I. Além disso, a Prefeitura de Curitiba vai comprar mais 54 veículos com recursos de R$ 380 milhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal.

Os 54 ônibus devem ser adquiridos ainda em 2024 para entrada em operação no transporte coletivo no próximo ano. Os veículos, articulados, devem circular nas linhas Inter 2 (piso alto) e Interbairros II (piso baixo).

Os recursos previstos no PAC vão bancar tanto a compra dos veículos como a infraestrutura de recarga dos ônibus que será necessária para o funcionamento dos veículos elétricos.

Novos testes
A Urbs também prorrogou por dois anos o edital de chamamento para testes de ônibus elétricos no transporte coletivo da capital. O edital 001/23, cujo prazo para inscrições se encerrou em 1º de março de 2024, foi prorrogado até 1º de março de 2026, com validade para execução dos testes até 30 de novembro de 2026.
O objetivo é poder testar o maior número possível de veículos e modelos dentro do projeto de eletrificação da frota do transporte coletivo.

Até agora, já foram testados sete veículos elétricos das marcas Eletra, Volvo, Marcopolo e BYD. Até o fim do semestre, devem entrar em teste as marcas Volkswagen e Ankai e, no segundo semestre, a Mercedes Benz e a Volvo (biarticulado).


Autonomia
O biarticulado Volvo pode ser equipado com até oito baterias, com 720 kWh de capacidade total, o que lhe confere autonomia de até 250 quilômetros. O tempo de recarga total varia entre 2h e 4h, dependendo do tipo e potência da estação de carregamento. O modelo tem ar condicionado e é equipado com dois motores elétricos de 200kW cada, totalizando 400kW, o equivalente a 540cv.

Possui caixa de câmbio automatizada de duas velocidades, o que promete melhor capacidade de vencer aclives, muito menos vibração dos componentes e, consequentemente, melhor desempenho e qualidade no transporte para os passageiros.

O motor fica na parte central, entre o primeiro e o segundo eixos. Isso assegura, segundo a Volvo, melhor distribuição de carga por eixo e viabiliza carrocerias com salão completamente livre para os passageiros, já que todos os componentes elétricos e mecânicos fossem instalados abaixo do piso.

Também estiveram presentes, na apresentação o diretor comercial da Volvo Ônibus; Paulo Arabian; o diretor de eletromobilidade, Andre Selski; o diretor da Volvo Nórdica, Paulo Pisani;o diretor de relações públicas, Alexandre Parker e o chefe de gabinete do prefeito, Francisco Assis.

Informações: Prefeitura de Curitiba

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Curitiba amanhece sem a circulação de ônibus, greve afeta mais de 2 milhões de pessoas‏

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nenhum ônibus da Rede Integrada de Transporte está circulando nesta manhã de segunda-feira, 26, em Curitiba e Região Metropolitana. Cerca de 2 milhões de passageiros dependem do transporte coletivo na capital paranaense. A paralisação afetou o comércio e até mesmo o atendimento dos principais hospitais de Curitiba. Várias lojas do Calçadão da XV de Novembro abriram mais tarde e, as que abriram, trabalham com um número menor de funcionários.
No entanto, não foram apenas os funcionários que não conseguiram se locomover pela cidade. Com a greve, até mesmo o número de clientes caiu. Empresários falam em queda de até 80% do movimento, segundo informações exibidas na edição de hoje no Paraná TV 1ª Edição.

A greve também afetou o atendimento nos principais hospitais de cidade. Vários pacientes que vieram de outras cidades para serem atendidos e perderam a viagem. Vários funcionários dos hospitais também não conseguiram chegar ao trabalho.

Greve — A categoria está parada em protesto ao atraso no pagamento do vale, que deveria ter sido realizado no último dia 20 e não foi efeituado. Para evitar que os carros deixassem as garagens, os grevistas realizaram piquetes em frente a saída das empresas.

Os terminais de toda a cidade ficaram vazios. Pelas canaletas, desde a madrugada transitam os carros cadastrados para fazer o transporte coletivo de passageiros, cobrando R$ 6. Mas a reportagem flagrou motoristas transitando sem autorização pelas canaletas. Para ter acesso as vias de trânsito exclusivo, os carros precisam estar adesivados pela Urbs, que é a responsável pelo cadastramento dos carros do transporte alternativo.

Apesar de haver uma liminar que determinou que 70% da frota dos ônibus circulem nos horários de pico — entre 5 e 9 horas e das 17 às 20 horas — e 50% nos demias horários, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) alegou não cumprir por não ter recebido a notificação judicial, mantendo a paralisação geral dos trabalhadores. A multa no caso de descumprimento é de R$ 50 mil, revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalho.

Uma audiência de conciliação entre Sindimoc, Setransp, Ministério Público do Trabalho (MPT), Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado, Urbanização de Curitiba (Urbs) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) deve ser realizada às 17 horas de hoje para tentar pôr fim a greve.

Congestionamento — Por conta da paralisação, há vários pontos de congestionamento por toda a cidade. Com a greve, quem tinha carro resolveu ir ao trabalho com o transporte particular. A situação ficou bastante critica na rua Ane Frank que liga o Boqueirão à Linha Verde.

Farpas — Enquanto motoristas e cobradores anunciavam a deflagração de greve por tempo indeterminado, a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e a Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) se acusavam mutuamente sobre a responsabilidade da crise na Rede Integrada de Transporte (RIT).

Assim que motoristas e cobradores anunciaram a paralisação, na tarde de sexta-feira, a Urbs publicou nota culpando o governo do Estado. Pouco depois, foi a Comec quem publicou no site do governo do Estado nota criticando uma suposta intransigência da Urbs.

Motoristas e cobradores em indicativo de greve cobravam o pagamento do adiantamento dos salários, que deveria ter sido pago até o dia 20 de janeiro, mas só foi feito integralmente por algumas empresas que atuam no sistema. No fim do expediente bancário da sexta-feira, o dinheiro para o resto dos trabalhadores não tinha sido depositado. Por isso, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc), Anderson Teixeira, confirmou a greve.

E adiantou que mesmo que o pagamento fosse feito ao longo do fim de semana, a greve aconteceria. O sindicato agora exige uma solução entre a Urbs e a Comec, para que problemas com o pagamento não voltem a acontecer.

Informaçoes: Bem Paraná

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Câmara Municipal de Curitiba aprova empréstimos de R$ 420 milhões para obras de mobilidade urbana

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Nesta segunda-feira, dia 26 de agosto, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba autorizaram a Prefeitura de Curitiba a tomar dois empréstimos, no valor total de R$ 420 milhões, para obras de mobilidade urbana.

O maior deles é com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, de R$ 405 milhões, enquanto o outro é com a Caixa Econômica Federal, de R$ 15 milhões. Ambos tramitavam em regime de urgência, solicitado pelo Executivo, e foram aprovados com unanimidade – com 31 e 30 votos favoráveis, respectivamente.

A maior parte dos recursos serão obtidos via operação de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, do qual o Executivo espera receber US$ 106.788.596 para a requalificação da Linha Direta Inter 2 – valor que, conforme a cotação de R$ 3,80 por dólar, corresponde a R$ 405.796.664,80 (005.00138.2019).

A autorização da Câmara Municipal de Curitiba é a etapa preliminar da negociação que, quando confirmada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, precisará de avais do Ministério da Economia e da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado – conforme o rito para empréstimos internacionais.

O empréstimo será destinado à requalificação da linha Inter 2, que conecta os cinco eixos estruturais (corredores de transporte com canaletas exclusivas) da capital paranaense, por meio de seis terminais e 13 estações-tubo, sem passar pelo Centro.

Ela foi implantada em 1992, com uma velocidade média operacional de 32 km/h, hoje em 22 km/h. Os recursos financiarão uma série de obras viárias, com as quais a Prefeitura de Curitiba estima elevar de 91 mil para 118 mil o número de passageiros por dia na linha.

O detalhamento das intervenções previstas foi apresentado em plenário pela vereadora Professora Josete, cuja participação incentivou comentários de mais oito parlamentares. “Temos que estar atentos, pois grandes obras exigem um acompanhamento muito próximo da gente. O caso da Linha Verde é um exemplo disto, pois está em obras faz vários anos, com diversos problemas com as empreiteiras”, justificou ela.

“O projeto prevê estações climatizadas, prontas para receber veículos movidos a energia elétrica. Vai abranger a requalificação da mobilidade urbana de terminais, de 70 quilômetros de vias e mais 30 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus, além de viadutos e uma ponte importante”, confirmou Pier Petruzziello. Tico Kuzma desejou que as mudanças possam atrair os passageiros de volta para o sistema público de transporte.

Entrando no debate, Dalton Borba frisou que não havia resistência da oposição ao projeto. E, já que há capacidade de endividamento da Prefeitura de Curitiba, cobrou projetos desse porte também para a periferia de Curitiba. “O tema deve ser estudado para ultrapassar os limites do utilitarismo, pois a população que fixa residência na periferia precisa de transporte mais moderno e eficiente”, observou.

Caixa Econômica Federal
Com a Caixa Econômica Federal, num rito mais simples para a contratação, a Prefeitura de Curitiba pretende firmar operação de crédito de até R$ 15 milhões, por meio do programa Avançar Cidades – Mobilidade Urbana Grupo 2, do governo federal (005.00139.2019).

O recurso seria usado na elaboração de diversos projetos executivos para futuras obras, como a construção do novo Terminal Capão da Imbuia, de estações-tubo na Linha Verde e obras no eixo da Conectora 3.

“Houve uma reunião no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, com os moradores que viriam a ser impactados pela expansão do Terminal Capão do Imbuia”, alertou Serginho do Posto, que tem acompanhado o debate entre a comunidade e o Executivo.

“É uma preocupação, por serem 22 residências na área”, disse. De acordo com ele, há alerta nas indicações fiscais dos imóveis sobre essa possibilidade e desde 2017 a Prefeitura de Curitiba autorizou obras nos lotes.

Informações: CBN

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Nova tarifa de ônibus em Curitiba deve custar R$ 2,80

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Consequência do aumento salarial dos motoristas e cobradores e da revisão anual prevista em contrato, o reajuste da tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba deve ser definido ainda nesta semana. O valor, que leva em conta o custo por quilometragem do sistema e o número de passageiros atendidos, serve de base para o custo da passagem que será efetivamente cobrada dos passageiros – hoje, a tarifa técnica é de R$ 2,56, enquanto a cobrada nos ônibus é de R$ 2,50. A diferença é bancada pelo governo municipal. Segundo previsões da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o sistema, a tarifa técnica deve ficar em torno de R$ 2,80, mesmo valor já apontado anteriormente pelo Sindicato dos Trabalhadores em Urbani­zação (Sindiurbano).

A prefeitura de Curitiba estuda agora meios para que a tarifa técnica não seja totalmente absorvida pelos usuários. Desde o último reajuste, em março do ano passado, é a Urbs quem arca com a diferença de seis centavos entre o valor da tarifa técnica e o da tarifa cobrada. A medida gera um custo mensal de R$ 1,7 milhão para os cofres da prefeitura, considerando a média de passageiros pagantes e quilômetros rodados em Curitiba e região metropolitana. No total, o sistema arrecada por mês, cerca de R$ 64,6 milhões, enquanto o custo chega a R$ 66,3 milhões.

Uma das principais possibilidades estudadas pela prefeitura para equilibrar as contas é a vinda de recursos do governo estadual, por meio de subsídio direto, para cobrir o déficit ocasionado pelas linhas que atendem a região metropolitana. Enquanto em Curitiba o transporte coletivo arrecada R$ 2,4 milhões por mês, as linhas que integram municípios vizinhos geram um déficit mensal de R$ 4,1 milhões – justamente pelos ônibus rodarem mais para atender um número menor de passageiros.
“O governo do estado tem que ajudar. Ele faz parte do processo. Curitiba é a maior fatia da rede, mas outras prefeituras também integram o sistema”, defende o diretor de Transportes da Urbs, Antônio Carlos Pereira de Araújo.

Outro lado
O subsídio também ajudaria a minimizar um possível gasto político com a tarifa, justamente em ano eleitoral, para o candidato à reeleição pela prefeitura de Curitiba, Luciano Ducci. O governo do estado, porém, foge da discussão – pelo menos oficialmente. À reportagem, a assessoria do governo estadual se limitou a informar que o assunto “não está sendo discutido” no momento.

Apesar de tarifas com valores diferentes para Curitiba e região metropolitana serem descartadas pela Urbs, especialistas reconhecem que o valor único não é vantajoso para o usuário que percorre pequenas distâncias. Afinal, é justamente o passageiro que anda menos que paga as viagens mais longas. Uma tarifa diferenciada, porém, penalizaria o usuário mais pobre – normalmente aquele que mora distante do Centro. “Se o ônibus se inviabilizar, como essa parcela da população vai se locomover? Hoje, o mínimo que o governo estadual pode fazer é assumir o custo da integração. É muito mais lógico do que colocar milhões em um metrô de efeito discutível”, defende o engenheiro e ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbs, João Carlos Cascaes.

Preço alto afugenta passageiros

Sancionada em janeiro deste ano, a Política Nacional de Mobilidade Urbana prevê diretrizes que podem ajudar os municípios a balancear a frágil equação entre arrecadação e custos no transporte coletivo. Uma das principais inovações trazidas com a lei é a possibilidade de as cidades subsidiarem tanto a infraestrutura quanto a tarifa dos ônibus por meio de instrumentos de desestímulo ao uso dos automóveis. A implantação de pedágio ou rodízio de veículos, porém, é rechaçada pela prefeitura de Curitiba, ao exemplo de muitas outras cidades brasileiras. Por outro lado, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende que dificilmente os municípios conseguirão fugir dessas medidas.

Para o Ipea, o modelo atual não estimula a eficiência do sistema e acarreta um ciclo vicioso. Afinal, se o número de passageiros cai, a tarifa sobe. E, consequentemente, tarifas mais altas resultam em mais redução de usuários. Segundo o estudo, com base em dados do IBGE, nos últimos dez anos a tarifa de transporte público nas principais regiões metropolitanas do país – incluindo Curitiba – subiu cerca de 50% acima da inflação. E, no mesmo período, houve uma queda no número de passageiros pagantes de aproximadamente 20%.

Informações: Gazeta do Povo


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Curitiba: Cidade modelo para o mundo no transporte coletivo

quinta-feira, 31 de março de 2011

A história do transporte coletivo de Curitiba é extensa. O exemplo que hoje é seguido por várias cidades do país foi construído com muito trabalho. Em 1887 foi disponibilizado o primeiro bonde de Curitiba. O transporte era puxado por animais e ligando a Boulevard 2 de Julho (atual início da Avenida João Gualberto) ao bairro do Batel.

Logo após os bondes puxados por animais, surgiu o bondinho, que tinha como objetivo atender à população em massa. O bondinho era dividido em duas categorias. Na primeira classe era obrigatório que os passageiros estivessem calçados. Já no "bond mixto", como era conhecida, a pessoa podiam viajar sem sapatos. Em 1912 os bondes puxados por animais foram vendidos e trocados por bondes elétricos. A mudança aconteceu por conta do número de passageiros, que em 1903 era de 680 mil e aumentou para 1,9 milhão por ano até 1913.

Primeiros Onibus

Em 1928 começaram a circular os primeiros ônibus em Curitiba. O bonde ainda era a preferência da população. Dois anos mais tarde começaram a aparecer às linhas particulares de ônibus. No ano de 1938, 10,9 milhões de pessoas utilizavam bondes e somente 2,6 milhões andavam de ônibus anualmente. As passagens para os ônibus eram mais caras, mas o veículo era mais confortável, rápido e seguro. Com o passar do tempo, as pessoas foram trocando os bondes pelos ônibus e o transporte coletivo de Curitiba foi mudando.

Em 1951 os últimos bondes saíram de circulação.
Uma das grandes revoluções no setor ocorreu em 1955, quando a cidade era atendida por 50 ônibus e 80 lotações. Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba, que estabeleceu as vias estruturais que serviram como eixos com base para a movimentação urbana. O plano foi considerado um dos melhores do mundo e o bom planejamnento fez com que, mesmo 15 anos depois, os 673 ônibus da capital paranaense transportassem 515 mil pessoas diariamente.

Implantação dos expressos

A cidade crescia rapidamente e o transporte tradicional já estava obsoleto e ineficaz para atender à população. A solução foi a implantação dos ônibus expressos, que foram os grandes pelo avanço no atendimento do transporte coletivo. Para os novos veículos, foram implantadas canaletas exclusivas, onde circulavam os ônibus convencionais.

O Departamento de Pesquisa de Veículos da Faculdade de Engenharia Industrial de São Bemardo dos Campos (SP), apresentou ao IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro modelo de ônibus para atender as novas necessidades de transporte urbano. Batizado de "Uiraquitan", em homenagem ao nome indígena dado ao primeiro carro fabricado no Brasil, foi projetado especialmente para o sistema viário de Curitiba.

Em setembro de 1974 entraram em funcionamento experimental os 20 primeiros expressos. A frota partia da praça Generoso Marques e atendia passageiros do Eixo Norte/Sul da capital. O expresso foi comparado a um metrô na superfície.

Os ônibus tinham paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada, onde foram instaladas bancas de revistas, cabines telefônicas e caixas de correio, além da pista própria. Em média, todos os meses, 1,9 milhão de pessoas utilizavam o novo sistema de transporte.

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ônibus foi crescendo. Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de infra-estrutura da cidade. Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a tarifa social. O preço da passagem era único independente do trecho da viagem.

Na década de 80, foi implantada a passagem única. Os terminais foram fechados com roletas de acesso e os usuários podiam trocar de linha dentro dos proprios terminais sem pagar nova passagem. Com isto foi criada a RIT (Rede Integrada de Transporte).

Em 1980, os ônibus articulados com capacidade 80% maior, começaram a substituir gradativamente os antigos expressos. Seis anos mais tarde, em 1986, a Urbanização Curitiba S/A (URBS) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a ser a concessionária, e as empresas operadoras, as permissonárias. No início da década de 90 já existiam 80 linhas alimentadoras para os usuários se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos expressos, 239 linhas em todo o sistema.

Biarticulados

Em outubro de 1991, sob encomenda da URBS, uma empresa começou a desenvolver o primeiro ônibus Biarticulado brasileiro, batizado de "Metrobus". O veículo tinha 25 metros de comprimento e capacidade para transportar até 270 passageiros. Neste período foi implantada uma das maiores novidades do transporte coletivo naquela década.

Foram criadas as Linhas Diretas, atendidas por veículos de cor cinza popularmente chamados de "Ligeirinhos". O embarque e desembarque de passageiros foi introduzido através das estações-tudo, que serviam como pequenos terminais e também possibilitavam ao usuário a troca de linhas sem pagar nova passagem.

Os Biarticulados começaram a substituir também os ônibus utilizados nas linhas do expresso. A cada saída de uma estação-tubo, o sistema é automaticamente acionado para informar aos passageiros qual é o ponto seguinte e quais portas deverão ser utilizadas para o desembarque. Sistema parecido com o usado por alguns metrôs em diversos lugares do mundo.

Em 1996, o sistema de transporte de Curitiba passou a atender a Região Metropolitana. Em 1999, o Sistema Expresso comemorou 25 anos com a inauguração da linha Biarticulado Circular Sul. Em 2000, 57 dos 87 veículos foram substituídos no eixo leste/oeste. Foi criada também a tarifa domingueira, que custa apenas R$ 1, e garante o lazer e o convívio social das famílias de baixa renda.

Maior ônibus biarticulado do mundo


Em 2011 Curitiba completa 318 anos. Como forma de comemoração, a capital ganhou novos ônibus biarticulados. Os veículos são maiores, com 28 metros, e são considerados os maiores ônibus biarticulado do mundo. Os novos ônibus mudaram a cor e agora são azuis.

Os veículos têm vidros com película fumê, exaustores e ventiladores para manter a temperatura interna mais amena, bancos ergonômicos com estofados. Outra novidade é um sinal luminoso que indica a abertura das portas e plaquetas em braille indicando o nome da linha colocadas nos braços e encostos dos bancos reservados aos portadores de deficiência, idosos e gestantes.

Na semana do aniversário de Curitiba foram entregues 97 novos ônibus. Outra novidade é que a capital deve receber cerca de 540 veículos nos próximos quatro meses.

Hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais.


Fonte: eBand


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Greve de motoristas e cobradores deixa Curitiba sem ônibus nesta terça

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A greve dos motoristas e cobradores que trabalham nas empresas do transporte público de Curitiba e região metropolitana deixou a cidade sem ônibus na manhã desta terça-feira (14). O mínimo de 30% da frota em circulação não está sendo cumprido. Também é difícil conseguir táxi nesta manhã e o trânsito é caótico no centro e outras regiões da capital.

Em locais por onde passam diversas linhas como na Praça Rui Barbosa, Terminal Guadalupe, Avenida Cândido de Abreu, Presidente Affonso Camargo e Marechal Deodoro, passageiros aguardavam os ônibus, mas nenhum coletivo realizava o transporte.

A greve afeta 2,3 milhões de usuários do transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana, de acordo com a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs).

Relatos de internautas contam que os principais terminais da cidade estão vazios, inclusive com as lojas fechadas. O comércio central também é afetado, há inclusive grandes lojas de departamentos (como Pernambucanas e Americanas) fechadas.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), há piquetes nas garagens impedindo os ônibus de saírem das ruas, o que faz com que o mínimo de 30% da frota circulando não seja cumprido.

As empresas de ônibus são responsáveis pela organização das tabelas de ônibus e devem gerir o número de veículos para que se possa cumprir a liminar que determina que 80% dos ônibus circulem nos horários de pico. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) afirmou que os piquetes impedem que os ônibus circulem. Funcionários eram impedidos de entrar para trabalhar e pneus de alguns veículos foram esvaziados.

O Setransp informou que pediu auxílio da Polícia Militar para conseguir colocar os ônibus nas ruas e enviou um ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César. Até as 12h30, não havia nenhum veículo do transporte coletivo trafegando em Curitiba e RMC, de acordo com o sindicato das empresas de ônibus.

O reforço policial foi autorizado na liminar pela juíza substituta Patrícia de Fúcio Lages de Lima, da 11ª Vara Cível.

A assessoria da Polícia Militar não confirmava, por volta das 11h10, que houve o pedido do Setransp. A Sesp informou, por meio da assessoria de imprensa, que não tinha conhecimento do ofício do Setransp, por volta das 11h40.

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, afirmou que a entidade tentará derrubar a liminar conseguida pela Urbs na Justiça. Segundo ele, a Urbs e o sindicato patronal não informaram qual é a frota de veículos e por isso haverá dificuldades em cumprir os números determinados pela liminar. O sindicato já foi comunicado da decisão judicial.

A entidade representativa dos trabalhadores disse ainda iria encaminhar um ofício à Urbs solicitando informações sobre a frota de ônibus.

A assessoria de imprensa da Urbs salientou que informações sobre o quantitativo da frota já estavam presentes no texto da liminar. A Urbs informou à imprensa que Rede Integrada de Transporte é composta por 1.915 ônibus.

De acordo com o Sindimoc, os moradores da região metropolitana também não têm transporte coletivo nesta terça-feira. Os ônibus não saíram das garagens nesta manhã. A paralisação afeta as linhas da Rede Integrada de Transporte – que ligam municípios da RMC a Curitiba – e também as linhas que trafegam somente dentro das cidades.

Funcionários em greve da empresa de ônibus Glória, no bairros Boa Vista, em Curitiba, disseram à reportagem da Gazeta do Povo que a paralisação continua e que não irão cumprir a determinação judicial.

TáxiO curitibano enfrenta dificuldade de conseguir pegar táxis. No início da manhã desta terça-feira, as principais empresas de rádio táxi da cidade estavam com as linhas telefônicas congestionadas. Os pontos estavam lotados no centro da cidade.

Nas canaletas dos biarticulados, o trânsito foi liberado para os taxistas, já que a situação do tráfego na capital é caótica.

TrânsitoA falta de ônibus e a dificuldade para conseguir um táxi causaram reflexos no trânsito de Curitiba. Muitos moradores da capital e da RMC tiveram de tirar os veículos da garagem para ir ao trabalho ou levar alguém da família. O mau tempo complicava ainda mais a situação.

A Rua Guilherme Pugsley (via rápida bairro-Centro) estava congestionada e os motoristas trafegam a 20 quilômetros por hora, por volta das 8h20. Havia lentidão na Avenida do Batel, Rua Doutor Pedrosa, Avenida Marechal Floriano Peixoto, Avenida das Torres, Salgado Filho, Brigadeiro Franco, Conselheiro Laurindo, entre outras vias. Outro ponto complicado era a Linha Verde.

É preciso ter atenção ao cruzar as caneletas dos ônibus biarticulado, pois havia registro de infrações de trânsito nesta manhã. Alguns motoristas foram vistos trafegando pela via exclusiva dos ônibus na Avenida Marechal Floriano.

A Secretaria Municipal de Trânsito informou, por volta das 10h10, que todos os agentes do turno da manhã estavam nas ruas para organizar o tráfego e fiscalizar as infrações de trânsito.

Quem trafegava no Rebouças encontrava semáforos desligados no cruzamento das ruas Brasílio Itiberê e Francisco Nunes. A prefeitura de Curitiba informou, por volta das 10h05, que os equipamentos tiveram problemas técnicos. Agentes da Setran orientavam o trânsito.

Transporte particularAlguns proprietários de veículos ofereciam o serviço de transporte particular nesta manhã. Um deles era Antônio Gonçalves, 61 anos, proprietário de uma gráfica. Com um megafone, ele anunciava que faria o trajeto da Praça Rui Barbosa até o Terminal da Fazendinha ao custo de R$ 5 por pessoa. “Não preciso do dinheiro. Faço para ajudar quem não tem transporte”, alegou Gonçalves.

A Urbs informou, às 9h30, que ninguém tinha autorização para oferecer transporte particular. Quem for flagrado, pode ser multado.

Alguns motoristas aguardavam a autorização para o transporte particular na sede da Urbs, na Rodoferroviária de Curitiba, nesta manhã. A assessoria de imprensa da Urbs reforçou, por volta das 10 horas, que ainda não estudava adotar essa medida.

Greve
Os motoristas e cobradores iniciaram a greve por tempo indeterminado às duas horas da manhã desta terça-feira (14). Após negociações com o sindicato patronal, os funcionários recusaram, em assembleia realizada na Praça Rui Barbosa na noite de segunda-feira (13), a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). A estimativa do sindicato é que mais de três mil pessoas tenham comparecido à assembleia desta segunda-feira.

De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, o sindicato patronal que representa a categoria apresentou uma proposta de 7% de aumento total – aproximadamente 1,37% acima das perdas da inflação. Os trabalhadores exigem 40% de aumento. “Essa proposta de 7% é uma vergonha”, classifica Teixeira. Ele garante que a categoria não vai aceitar um reajuste abaixo de 10,3%, valor que, segundo o Sindimoc, foi negociado com os metalúrgicos no estado.

A expectativa é que apenas 30% dos cerca de 1,2 mil ônibus de Curitiba e RMC (360 veículos) circulassem pela cidade, mas o o próprio sindicato já havia sinalizado com a possibilidade de o número não ser cumprido. “Infelizmente não sabemos se será possível respeitar os 30% [de veículos nas ruas] porque não sabemos quanto isso representa”, diz Teixeira. Segundo ele, foi solicitado à Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) o valor exato da frota da capital, mas os números não foram passados.

Segundo o Sindimoc, os trabalhadores foram para os portões das 30 empresas responsáveis pelos coletivos da capital para evitar que os ônibus deixem as garagens. O presidente ainda pediu que o movimento seja pacífico, sem vandalismo e garantiu que continua em negociação com o sindicato patronal.

Além do aumento salarial, os trabalhadores apresentaram uma pauta com mais de 50 reivindicações. Entre as principais estão o reajuste de 18% no vale-alimentação e a mudança da escala de sete dias de trabalho com um de folga para seis de trabalho e um de descanso. O Sindimoc alega que “a categoria é a única que tem uma semana de oito dias”. Eles ainda exigem melhorias nas condições de trabalho, aumento da verba para saúde e treinamentos para os funcionários.

Nesta segunda-feira, os funcionários se reuniram com representantes da Setransp, mas não chegaram a um acordo. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato patronal, não há possibilidade de apresentar uma proposta de aumento real. Os patrões ainda afirmaram que, a pedido do Sindimoc, não poderiam fornecer maiores detalhes sobre as negociações.

Fonte: Gazeta do Povo


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Volvo fabricará ônibus híbridos no Paraná

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Volvo vai fabricar em Curitiba o primeiro veículo híbrido do país. Depois de ganhar uma disputa com unidades da montadora na Índia e no México, a fábrica da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) vai montar chassis de ônibus movidos a eletricidade e diesel. O investimento previsto é de R$ 16 milhões, e estão sendo contratados cerca de 30 engenheiros para adaptar a tecnologia desenvolvida pela empresa na Suécia para o mercado brasileiro.

Durante o anúncio do projeto ontem em Gotemburgo, na Suécia, onde está a sede da montadora, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, afirmou que autorizou a compra de 60 veículos híbridos pelas empresas que operam no transporte da capital. Os ônibus devem começar a ser incorporados à frota no segundo semestre de 2012 e em 2013, em seis linhas de transporte. Estima-se que o preço de cada ônibus já encarroçado fique entre R$ 650 mil e R$ 700 mil, cerca de 70% mais do que os convencionais.

Serão produzidos inicialmente chassis híbridos convencionais, sem articulação, mas a direção da Volvo deve definir até o fim do ano se produzirá também chassis articulados. “Se formos produzir, teremos um incremento de investimento de pelo menos US$ 15 milhões para essa linha”, disse, em entrevista por telefone desde a Suécia, Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Latin America.
Os engenheiros contratados nesta primeira fase vão desenvolver o projeto em conjunto com as fabricantes de carrocerias. Fruto de cerca de dez anos de estudos, o híbrido da Volvo começou a ser feito na fábrica de Borös, na Suécia, e montado em Wroclaw, na Polônia, no ano passado. Ao contrário do Brasil, na Europa a Volvo também produz as carrocerias.
Os ônibus híbridos suecos já rodam em dez países, entre eles Inglaterra, Holanda, Espanha e Itália. “As grandes cidades estão sendo guiadas cada vez mais pela economia de combustível e redução de emissões. Trata-se de uma tecnologia que tende a crescer em cidades acima de 2 milhões de habitantes”, disse Pimenta.
O veículo híbrido – que tem um motor a diesel e outro elétrico – promete uma economia de 35% de combustível, e uma redução de 80% a 90% na emissão de poluentes. Mas o impacto na qualidade do ar em Curitiba, ao menos no início, será pequeno: os 60 veículos que devem ser comprados vão representar cerca 3% da frota total da cidade, de 1.915 ônibus. Os híbridos vão usar biodiesel B100, que já é usado em 30 veículos na cidade.
Segundo a Urbanização de Curitiba S.A (Urbs), serão 34 veículos híbridos em uma primeira fase, o que vai significar uma substituição inicial de 9,3% da frota das linhas onde vão operar os ônibus.

Desenvolvimento
A produção do híbrido em Curitiba deve começar no fim do primeiro semestre de 2012, com 80 unidades. Hoje a capacidade de montagem de ônibus da Volvo na Cidade Industrial de Curitiba é de 4 mil unidades por mês, em três turnos de produção.
Curitiba é considerada hoje um centro de desenvolvimento de novas tecnologias dentro do grupo Volvo, o que pesou na decisão de trazer para a cidade a nova linha de produção, segundo Pimenta. No ano passado, a Volvo testou um ônibus híbrido importado da Suécia nas ruas de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Santiago, no Chile. A intenção é negociar a venda dos chassis produzidos no Brasil para outros estados e países onde a montadora já opera com os chamados BRTs (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês), como Santiago, Bogotá e Cidade do México. “Com o crescimento dos BRTs em função da Copa do Mundo e da Olimpíada, acredito que esse mercado tem grande potencial de crescimento”, disse o executivo.

Sem aumento
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, afirmou que a substituição de ônibus convencionais por híbridos não significará aumento do preço da tarifa. “O valor inicial maior é compensado pela redução dos gastos com a diminuição no consumo de combustível”, afirmou. A vida útil do híbrido é maior – de 12 anos, contra dez anos dos atuais. Segundo Ducci, a Volvo não recebeu incentivos fiscais para a implantar a nova linha de produção.
Veículos serão usados em linhas centrais
Autarquia que gere o transporte coletivo da capital, a Urbs anunciou que a primeira linha a operar o híbrido será a Interbairros 1 (sentido horário e antihorário), que circula em bairros no entorno do Centro. Dez dos 111 ônibus que fazem a rota serão trocados até o fim de 2012. Numa segunda etapa, até o fim de 2013, os híbridos vão circular nas linhas Detran-Vicente Machado, Água Verde-Abranches, Ahú-Los Angeles, Juvevê-Água Verde e Jardim Mercês-Guanabara. Dos 254 veículos que operam essas linhas, 24 serão do modelo novo. O objetivo da Urbs é iniciar as operações nas linhas que ligam bairros opostos e passam pelo região central de Curitiba, diminuindo a poluição sonora e atmosférica.
A Gazeta do Povo procurou as empresas que operam as linhas citadas pela Urbs – Auto Viação Marechal, Auto Viação Araucária, Transporte Coletivo Glória, Auto Viação Santo Antônio e Auto Viação Redentor –, mas não conseguiu contato ou um responsável para comentar o anúncio.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Associação das Empresas de Transportes Cole­tivos Urbanos e Interur­banos do Estado do Paraná (Setransp), afirmou que toda inovação tecnológica que busque melhorar a qualidade do transporte público é bem-vinda, mas que ainda é preciso discutir o custo dos novos veículos.




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