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Projeto quer limitar velocidade dos ônibus articulados e biarticulados de Curitiba

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A votação do projeto de lei que limita em 40 km/h a velocidade dos veículos articulados e biarticulados nas vias do anel central de Curitiba, que estava ontem na pauta da Câmara Municipal, foi adiada por dez sessões – aproximadamente duas semanas. A prorrogação foi solicitada pelo vereador Tito Zeglin (PDT), autor do projeto.

Com receio de que a proposta fosse rejeitada, Zeglin solicitou o envio do projeto para a Urba­nização de Curitiba S/A (Urbs) – empresa de economia mista responsável pelo transporte coletivo na capital. “Levarei a proposta à Urbs para que os técnicos possam analisar e dar um parecer que possa embasar a justificativa, evitando a reprovação”, diz ele.

Na opinião do vereador, estabelecer um limite de velocidade é crucial para a segurança do sistema. “Diminuir a velocidade é uma maneira de dar mais segurança aos passageiros e pedestres na área central, local de maior movimentação de pessoas”, afirma. Em Curitiba, neste ano, segundo dados preliminares do Corpo de Bombeiros, foram registrados 500 batidas ou atropelamentos envolvendo ônibus (coletivos ou não), que deixaram 287 pessoas feridas.

Uma medida semelhante foi adotada em julho na cidade do Rio de Janeiro. Lá, com exceção de algumas ruas, todos os ônibus que circulam pela cidade devem trafegar, no máximo, a 50 km/h. A alteração baseou-se em estudos técnicos feitos pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) e foi proposta pela prefeitura.

Em São Paulo, a solução encontrada para evitar acidentes foi outra: ao invés de limitar a velocidade dos ônibus, uma lei prevê que até 2012 todos os ônibus da cidade rodem com um painel que indica a velocidade aos passageiros. Se o excesso de velocidade for comprovado, a empresa será multada em R$ 720.

Polêmica

Na opinião do engenheiro civil Roberto Ghidini, autor de uma tese de doutorado sobre o transporte coletivo de Curitiba, a medida cautelar é bem-vinda. “A diminuição da acidentalidade é consequência de uma série de medidas. Obedecer às normas de condução, sobretudo nos cruzamentos, e a redução da velocidade me parecem cruciais”, diz.

Entretanto, para Ghidini, a redução na velocidade dos ônibus certamente trará impactos no tempo de viagem. “Caso não haja aumento da frota, além da velocidade, provavelmente a frequência entre um ônibus e outro será menor”, pondera. Mesmo assim, ele ressalta que a proposta trará mais segurança para os passageiros e pedestres.

O arquiteto Ricardo Mesquita também aprova a medida. Segun­do ele, não há motivo para que os ônibus arranquem bruscamente. Outra vantagem está na parada em semáforos. “Se o ônibus mantiver a média máxima de 40 km/h é mais fácil encontrar os semáforos abertos”, explica. Procurada pela reportagem, a Urbs não se pronunciou sobre o projeto de lei do vereador Tito Zeglin.



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BRT da Linha Verde de Curitiba é eleito a melhor obra de infraestrutura do Prêmio PINI

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A rodovia BR-116, também conhecida como Régis Bittencourt no trecho entre Curitiba e São Paulo, cortava a capital paranaense de Norte a Sul da cidade, rumo a Porto Alegre. A convivência do perímetro rodoviário com a mancha urbana curitibana trazia diversos conflitos ao município e seus cidadãos, como alto risco de acidentes, difícil travessia da rodovia e tráfego intenso.

Mas o que antes era foco de problemas urbanísticos hoje é a matéria-prima para a criação de um novo eixo de desenvolvimento da cidade: a Linha Verde, obra em andamento e que está transformando o trecho urbano da BR-116 em Curitiba na maior avenida da cidade, com 18 km de extensão. Ao final das empreitadas em 2016, 20 bairros que antes ficavam separados pela rodovia serão interligados pela nova via municipal com sistemas integrados de transporte público.

O perfil de ocupação ao longo da avenida (agora antiga BR-116) também será expressivamente modificado a partir da mudança de zoneamento das áreas que a permeiam e da implantação de: transposições em desnível (viadutos e mergulhões), novas edificações comerciais e habitacionais, áreas verdes e espaços públicos, vias locais marginais, ciclovias, além de melhorias na infraestrutura viária, considerando pavimentação, drenagem, sinalização, iluminação pública, paisagismo, canteiros e calçadas padronizadas.

A avenida Linha Verde terá dez pistas de rolamento, sendo seis para o sistema viário (três em cada sentido), duas vias locais de passagem (uma em cada sentido) e duas exclusivas para a circulação rápida de ônibus biarticulados - o sexto eixo de Bus Rapid Transit (BRT) de Curitiba.

Esse modelo de transporte, criado pelos curitibanos na década de 1970 e que serviu de modelo para países como Estados Unidos, França, México e Colômbia, aumentou em 47% a capacidade de transporte de passageiros em Curitiba, segundo a prefeitura. Apenas na Linha Verde, circularão três novas linhas do Sistema Expresso Ligeirão - ônibus curitibanos que transitam nos corredores expressos e fazem paradas a cada 1 km em média. Com isso, o novo eixo de BRT será integrado à rede de transportes local, que atualmente já conecta 13 dos 29 municípios da região metropolitana de Curitiba, e também à primeira linha de metrô da cidade, que está em processo inicial de licitação.

"A intenção é que a Linha Verde seja expandida tanto ao Norte, na direção do município de Colombo, quanto ao Sul, chegando até a cidade Fazenda Rio Grande, onde a duplicação da BR 116, no trecho entre Curitiba e Mandirituba, já está em curso", comenta Cléver de Almeida, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curituba (IPPUC).

O novo corredor de BRT terá pistas separadas por canteiros, sinalização específica, 13 estações para embarque e desembarque de passageiros, gradis no entorno das estações, ilhas de descanso e semáforos, além dos próprios ônibus biarticulados, com 28 m de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Devido ao solo de turfa e à necessidade de suportar o tráfego intenso, a base da pavimentação do BRT da Linha Verde foi executada em concreto com acabamento em asfalto. O pavimento está sendo restaurado nos pontos de coincidência do traçado da rodovia com a nova linha.

As calçadas da linha serão amplas, antiderrapantes e em cores diferenciadas, com faixas e placas indicando o trajeto mais seguro a ser feito pelos pedestres. Em vias marginais à grande avenida, ao longo de toda sua extensão, serão implantadas ciclorrotas com trechos de uso exclusivo dos ciclistas e outros compartilhados com transeuntes.

Nos pontos de travessia de pedestres, as pistas têm 10,5 m e são intercaladas com canteiros, rampas no meio-fio, calçadas amplas, praças para estações-tubo, gradis, semáforos e sinalização adequada para o conforto e segurança dos usuários. Já nos trechos de travessia de veículos, serão implantados binários e trinários na avenida, permitindo o cruzamento em mão única e por ruas largas. Até então, nos bolsões da antiga BR a circulação era restrita a um veículo por vez, sendo a conversão feita na pista da própria rodovia.

O projeto de iluminação da Linha Verde e do corredor do BRT prevê a instalação de 352 superpostes de 16 m de altura (que iluminam áreas maiores e dificultam atos de vandalismo), 480 postes comuns ornamentais, 608 luminárias de alto rendimento de 400 W e 460 luminárias de 250 W, além de 40 mil m de cabos de iluminação e 26 mil m de fiação. Os antigos postes serão reaproveitados em outras áreas da cidade.

Dados do empreendimento

Iniciadas em 2007, as obras de implantação da Linha Verde têm previsão de término para 2016 e foram divididas em dois trechos: Sul e Norte. O primeiro, entregue em 2009, liga o bairro do Pinheirinho ao Jardim Botânico e foi construído em dois lotes pelos consórcios Rendram/Delta e Camargo Correa/Empo. Já a linha Norte vai do Jardim Botânico ao Atuba, somando 10 km de extensão, e foi dividida em quatro lotes. Numa terceira etapa, a Linha Verde Sul será ampliada até o município vizinho de Fazenda Rio Grande. Veja detalhamento das obras:

LINHA VERDE SUL (ENTREGUE EM MAIO/2009)
Trecho: 9,4 km, do Pinheirinho ao Jardim Botânico
Investimento: R$ 121 milhões
Bairros: Pinheirinho, Xaxim, Capão Raso, Fanny, Parolin, Novo Mundo, Hauer, Guabirotuba, Prado Velho e Jardim Botânico
Vias urbanas: 30 ruas dos bairros foram reformadas para formar quatro binários e completar o sistema trinário da Marechal Floriano
Estações: são seis no total (Vila São Pedro, Xaxim, Santa Bernadethe, Fanny, Marechal Floriano, Avenida das Torres)
População atendida pelos ônibus: 37 mil passageiros por dia
Ciclovia: 10 km (6 km de ciclovia exclusiva e 4 km de ciclovia compartilhada)
Parques: está pronto o Parque Linear da Linha Verde, com área total de 21 mil m² distribuídos ao longo do trecho entre Pinheirinho e Hauer. Será implantado ainda o Horto-Parque, área do Horto Municipal do Guabirotuba
Viadutos: melhorias nos viadutos Xaxim e Hauer
Zoneamento: a região deixou de ser enquadrada como "setor de serviços" e passou a "setor especial", de acordo com a lei de zoneamento de janeiro de 2000. Com isso, já é possível a construção de prédios (antes proibida) e a implantação de comércio em geral na região

LINHA VERDE NORTE
Etapas: serão feitas no total quatro licitações para todo o trecho de quase 9 km entre o bairro Jardim Botânico, sob a passarela do Centro Politécnico, até o extremo norte de Curitiba, no Atuba, passando por 11 bairros que hoje são separados pela antiga rodovia
● Primeiro trecho: 2,3 km entre os bairros Jardim Botânico e Tarumã (R$ 52 milhões)
● Segundo trecho: Viaduto da Victor Ferreira do Amaral (R$ 36,700 milhões)
● Terceiro trecho: Victor Ferreira do Amaral - Solar (R$ 37,100 milhões)
● Quarto trecho: Solar - Atuba (R$ 66,500 milhões)
Construtora do trecho em obras: Consórcio Empo/Marc
Bairros envolvidos na primeira etapa das obras: Jardim Botânico, Jardim das Américas, Cajuru, Cristo Rei, Capão da Imbuia e Tarumã
Obras em andamento: drenagem, canaletas para ônibus, pistas marginais e locais, sinalização, iluminação, ciclovia e calçada, trincheiras e a Estação Jardim Botânico
Bairros por onde a Linha Verde Norte passará: Jardim Botânico, Jardim das Américas, Cajuru, Cristo Rei, Capão da Imbuia, Tarumã, Jardim Social, Bairro Alto, Bacacheri, Tingui e Atuba
Mergulhões: serão sete ao todo (dois no binário Agamenon Magalhães/Roberto Cichon, ligando os bairros Cristo Rei e Cajuru; um na Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã; três no Atuba e um entre os bairros Bacacheri e Bairro Alto
Viadutos: ampliação das obras de arte da Avenida Victor Ferreira do Amaral e da Avenida Affonso Camargo
Estações: são nove no total (Atuba, Solar, Fagundes Varela, Vila Olímpica, Tarumã, Jardim Botânico, Avenida das Torres, Universidade Federal do Paraná e Pontifícia Universidade Católica)
Binários: nas ruas Agamenon Magalhães e Roberto Cichon
Financiamento: Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)

Por Mirian Blanco / Revista Construção Mercado

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Curitiba: Renovação da frota melhora a qualidade do ar

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A renovação da frota, com 557 ônibus zero quilômetro no ano passado, representou uma redução na emissão de poluentes de quase 100 toneladas por mês, uma  economia que vai representar a emissão de 1.185 toneladas a menos de poluentes por ano.

A política de renovação constante da frota, adotada pela Urbs e pela Prefeitura,  é um dos principais pontos de redução do impacto ambiental do transporte coletivo de Curitiba.

Levando em conta toda a frota em operação – 1.915 ônibus, com idade média de 4,6 anos – o índice de emissão de poluentes no ano passado, foi 35,7% menor do que o limite estabelecido pela legislação brasileira.
A média ponderada na emissão de partículas ficou em 1,01m–1, enquanto o  limite estabelecido em lei é de 1,57 m –1 . A unidade m – 1 é um valor de referência nas medições de opacidade e indica a quantidade de luz  absorvida pela fumaça, no  espaço de um metro, entre um ponto emissor e um outro receptor de luz.

Para ter uma idéia, no ano passado, a média obtida nos testes de opacidade dos veículos com motor Euro III foi de 0,72 m –1 , enquanto ônibus com motor Euro II foi de 1,45 m –1 (limite 2,28m-¹), e os Euro I chegam a 2,80 m – 1. Desde janeiro de 2005 só entram na frota do transporte coletivo de Curitiba ônibus com motor Euro III que fazem queima mais completa de combustível.

Nestes seis anos, a renovação da frota garantiu a entrada de 1,7 mil ônibus com motor Euro III. A frota operante tem 1.915 ônibus.
O monitoramento das emissões de poluentes no transporte coletivo é uma ação de rotina na Urbs e faz parte da política do município . No ano passado, por exemplo, foram feitos 3.153 testes de opacidade, uma média de 12 testes por dia, em todo o sistema. Além destes testes a Urbs faz no mínimo duas inspeções veiculares por ano em cada ônibus do transporte coletivo.

Sustentabilidade – A redução de impactos e a conservação ambiental são princípios que norteiam a política de transporte coletivo. Há dois anos, Curitiba passou a ser a primeira cidade de que se tem notícia a ter uma frota de ônibus em operação regular, movida apenas por biocombustível, sem adição de óleo diesel ou qualquer outro combustível mineral. 

O projeto 100% Biocombustível começou em agosto de 2009 com seis ônibus na Linha Verde. Hoje, são 30 ônibus – os 24 biarticulados das linhas Ligeirão e seis articulados da linha Circular-Sul. A meta é chegar a 140 ônibus movidos a biocombustível até o fim deste ano.

Na Linha Verde, onde o projeto começou, também fica evidente a preocupação ambiental no transporte coletivo. Sexto eixo de transporte da cidade,a Linha Verde tem um projeto diferenciado que prevê a formação de bosques no entorno das estações tubo, locais de frenagem e arranque. Ao longo de todo o eixo foram plantadas 2,5 mil mudas de árvores.

Outra medida importante nesta área é a entrada em operação do Hibribus - ônibus híbrido, movido a eletricidade e, no caso de Curitiba, a biocombustível. A bateria é recarregada pelas freadas do veículo e, enquanto ele está parado, o motor fica deslgado.  O Hibribus, que será fabricado pela Volvo em Curitiba foi anunciado no ano passado pelo prefeito e a previsão é de que os primeiros 30 veículos entrem em operação até o início do ano que vem.

Fonte: Prefeitura de Curitiba



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Transporte de Curitiba entre as melhores práticas na América Latina

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O transporte coletivo de Curitiba foi tema, na tarde desta quarta-feira (25), do II Congresso sobre As Melhores Práticas de Sistemas Integrados e BRT (Bus Rapid Transit) na América Latina. O Congresso, na cidade de Leon, no México, reúne 29 agências gestoras de transporte coletivo que, juntas, atendem 19 milhões de passageiros por dia. O encontro é promovido pela SIBRT, a Associação de Sistema Integrados e Bus Rapid Transit.

O sistema curitibano foi apresentado pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, que mostrou a trajetória da Rede Integrada de Transporte (RIT) até a operação do Ligeirão, ônibus expresso que faz menor número de paradas reduzindo o tempo de viagem no deslocamento entre bairro e centro.

Para implantar o Ligeirão, contou Isfer durante a apresentação, Curitiba apenas alterou em alguns metros a disposição das estações ao longo dos eixos, criando espaço para implantação de uma faixa de ultrapassagem nas canaletas. Uma medida, explicou, que reforça a tradição da cidade de buscar soluções soluções simples e eficazes. A ultrapassagem nas canaletas, afirmou, permitiu ampliar a capacidade dos eixos, implantar linhas diretas entre o centro e os bairros e agregar à frota o maior ônibus em operação no mundo – biarticulados com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Isfer apresentou de forma detalhada os cálculos e itens que compõem a tarifa do transporte curitibano e o funcionamento do sistema integrado que permite ao cidadão usar quantos ônibus forem necessários, sem limite de tempo, pagando apenas uma passagem.

Boas práticas - O presidente da Urbs destacou, entre as boas práticas da cidade a integração na operação do trânsito e do transporte na cidade. Ele mostrou o funcionamento, iniciado no mês passado do Centro de Controle Operacional (CCO) que reúne no mesmo espaço agentes, técnicos, engenheiros e fiscais do transporte e do trânsito, com monitoramento em tempo real dos ônibus e das ruas.

O CCO está operando atualmente com cinco câmeras, número que subirá para 21 até junho, instaladas em ruas do anel viário – sistema que permite deslocamento entre bairros sem passar pelo centro – e com monitoramento em tempo real dos ônibus Expresso. Até o fim do ano toda a frota de ônibus será incluída no monitoramento on line e, até 2014, a cidade terá 711 câmeras instaladas em pontos estratégicos das principais ruas e avenidas.

RIT - Ao apresentar a Rede Integrada de Transporte, Isfer destacou que a cidade se prepara para implantar seu primeiro trecho de metrô que, no caso curitibano, será mais um modal do mesmo sistema integrado.

O Congresso sobre as melhores práticas no transporte coletivo da América Latina também conta com participação de cidades da Colômbia, Chile, Peru, Equador, Paraguai e do México, que sedia o encontro. Também participam representantes do Banco Mundial e especialistas em transporte coletivo dos Estados Unidos e Europa. Do Brasil também participa a empresa que gerencia o transporte coletivo de Belo Horizonte (MG), a BHTrans que também implantou o BRT. O Bus Rapid Transit é, na prática, o Expresso curitibano – ônibus que trafegam em vias segregadas, no caso de Curitiba, as canaletas, desde 1974.

Canaletas exclusivas - Curitiba tem atualmente 81 quilômetros de canaletas por onde trafegam os ônisbus do sistema Expresso – na cor vermelha, o Expresso convencional que pára em todas as estações tubo do eixo e, na cor azul, o Expresso Ligeirão que faz a ligação mais rápida entre os bairros e o centro.

Implantado em 2010, com ônibus articulados (170 passageiros) o Ligeirão ganhou a cor azul e biarticulados modernos (250 passageiros) em março do ano passado. Nestes dois anos, Curitiba já ganhou duas linhas de Ligeirão, fazendo a ligação com o centro dos bairros Boqueirão e Pinheirinho. No mês passado foram iniciadas as obras para implantação de mais um Ligeirão, desta vez fazendo a ligação do bairro Santa Cândida com a Praça do Japão.

A Rede Integrada de Curitiba atende, além da capital, 13 municípios da Região Metropolitana, com uma tarifa única. São 1915 ônibus na frota operante que percorrem por dia 490 mil quilômetros em 21 mil viagens. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros transportados.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Curitiba: Expresso Pinhais/Ruy Barbosa renova frota e substitui cinco dos 16 biarticulados

domingo, 11 de dezembro de 2011

Usuários da linha expressa Pinhais / Ruy Barbosa contarão com cinco novos ônibus biarticulados, do total de 16 que fazem parte do pacote de renovação da frota. Três deles entram em operação já neste sábado (10), enquanto os outros dois circulam a partir da próxima segunda-feira (12). Os onze ônibus restantes entram brevemente em circulação, de acordo com o cronograma de renovação estabelecido pela Urbs – Urbanização de Curitiba S/A, empresa que gerencia o sistema de transporte coletivo urbano.

“A constante renovação da frota de ônibus de Curitiba, que em 2011 totalizou 557 coletivos, dos 1.915 em operação, é prova de um grau de qualidade de vida cada vez maior da população usuária de veículos dispondo da mais moderna tecnologia embarcada”, diz o diretor de Transporte da Urbs, Antonio Carlos Araujo.

Os novos biarticulados, encarroçados pela Neobus, de Caxias do Sul (RS), são pintados na cor vermelho Ferrari, semelhantes aos da linha expressa Centenário / Campo Comprido, têm 28 metros de comprimento, motores eletrônicos Volvo B-340 de geração Euro III e capacidade para 250 passageiros por viagem. Os biarticulados antigos, até agora em uso, comportam apenas 230 passageiros/viagem.

Números -  A linha Pinhais / Ruy Barbosa, servida diariamente por 16 ônibus biarticulados, percorre uma extensão de 21,5 quilômetros (ida e volta), com intervalos de cinco minutos em média. O tempo de viagem é de 66 minutos, também de ida e volta, e a velocidade média dos coletivos é de 20 km/h. Nos dias úteis, o movimento totaliza 34,5 mil passageiros. Nas horas de maior movimento, o número de usuários chega a cerca de quatro mil.

A exemplo da nova geração de ônibus biarticulados já em trânsito, os da linha Pinhais / Ruy Barbosa vêm equipados com completo sistema de informação ao usuário, como mensagens sonoras e visuais, garantindo completa mobilidade a deficientes físicos, auditivos ou visuais que estejam nos coletivos. Embarques e desembarques, nas estações-tubo, são em nível. Além disso, os veículos contam com vidros na cor fumê, para maior conforto dos passageiros, que reduzem os níveis de calor e de raios ultravioleta.


Fonte: URBS

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Curitiba testa ônibus híbrido na linha Interbairros 2

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um ônibus híbrido movido a eletricidade e biodiesel entrará em teste por três semanas, a partir de 27 de setembro, na linha Intebairros 2, com acompanhamento técnico da Urbs – Urbanização de Curitiba S/A. O ônibus é fabricado pela Volvo, na matriz sueca, e importado pela filial brasileira da montadora, na Cidade Industrial de Curitiba.
O projeto do ônibus híbrido é fruto de um trabalho conjunto desenvolvido pela Volvo, Urbs e Fundação Clinton, que disponibiliza a nova tecnologia em Curitiba, graças a recursos repassados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O “Hibribus”, como é conhecido, porque é simultaneamente movido a eletricidade e óleo diesel. Tem capacidade para até 80 passageiros, 32 deles sentados, piso baixo (low floor), o que permite ao passageiro embarcar em nível - quando a suspensão se “ajoelha” para embarques e desembarques no mesmo nível da calçada -, motor diesel traseiro e baterias no teto do veículo.
“O Hibribus é mais um passo que Curitiba dá ao buscar novas tecnologias, uma vez que a cidade há cerca de 40 anos foi a primeira do país a inovar com a implantação de canaletas", diz o presidente da Urbs, Marcos Isfer.
Durante os 21 dias em que o Hibribus estiver em fase de testes, será submetido às condições de tráfego similares aos dos demais ônibus dessa linha, percorrendo trajetos com diferentes tipos de pavimentação, trafegando em horários normais como também nos de maior movimento.
Durante os testes, o Hibribus será monitorado pelos técnicos da Volvo e da Urbs, para avaliação do desempenho, e o veículo estará sob a guarda da Auto  Viação Redentor. Um ônibus Volvo B-7 movido a diesel, com características mecânicas similares ao Hibribus, da Transporte Coletivo Glória, também no mesmo período  estará na linha Interbairros II, para futura avaliação dos dados técnicos dos dois ônibus e coleta de resultados operacionais.
 “Curitiba mais uma vez é pioneira ao testar um veículo ecologicamente correto, que dispõe da mais moderna tecnologia e capaz de atender a demanda crescente de passageiros, graças a Volvo, que mais uma vez inova, trazendo ao Brasil o ônibus híbrido já produzido em escala comercial na Europa”, diz Marcos Isfer.
O presidente da Volvo Latin America, Luís Carlos Pimenta, disse que a montadora instalada na Cidade Industrial de Curitiba cogita produzir, a partir da autorização pela matriz sueca, chassis para ônibus tipo Padron a partir de 2012, como também articulados, até 2013, e para ônibus biarticulados, até 2014.
“Tudo depende de avaliações que a montadora faz, para que mais uma vez esteja na vanguarda tecnológica, tendo a Prefeitura de Curitiba, por intermédio da Urbs, como parceira nesse empreendimento”, disse Pimenta.
Pimenta explicou que o Hibribus, além de silencioso por causa do motor elétrico, é em média 30% mais econômico no consumo de diesel B-5. O ônibus em teste usa o motor elétrico movido por baterias instaladas no teto, para iniciar o seu deslocamento, e quando chega aos 20 km/h usa o motor a diesel par alimentar as bateris e realizar os deslocamentos.
A cada frenagem, segundo Pimenta, o sistema elétrico é realimentado, dispensando, a exemplo da maioria dos veículos elétricos, reabastecimentos com ajuda de tomadas, o que obriga os veículos a permanecer parados durante horas. Sempre que o ônibus para num cruzamento, em ruas com engarrafamento ou em ponto para embarque e desembarque, o motor desliga automaticamente para maior economia de combustível. Basta um leve toque o acelerador, para que o motor elétrico realize uma arrancada suave, garantindo o confotto dos usuários.

Fonte: Pref. de Curitiba

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Para 83% dos curitibanos, trânsito e cidade seriam melhores se mais pessoas andassem de ônibus

terça-feira, 2 de abril de 2013

De acordo com os dados do levantamento de satisfação do Instituto Paraná Pesquisas, que ouviu 700 pessoas entre sábado dia 23 de março e segunda-feira, dia 25 de março, 95% dos entrevistados revelaram que estão felizes com Curitiba. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira, que foi aniversário da cidade.

No entanto, diversas áreas ainda desagradam os curitibanos. Para 23%, se pudessem mudar algo na cidade, seria a segurança. Dos entrevistados, 71,14% não têm boas estimativas em relação à área e acreditam que a violência deve aumentar nos próximos dez anos.

Já para 14% dos entrevistados, a área da saúde precisa de mudanças, mas o cenário neste caso, diferentemente do que ocorre com a segurança, é de otimismo. De acordo com a pesquisa, 40% acreditam que a saúde pública deve ter melhorias nos próximos dez anos.

O trânsito é um problema a ser mudado por 8,8% dos entrevistados. Do total de pessoas consultadas, 79,14% acreditam quem o trânsito vai piorar nos próximos dez anos.

Mas o cidadão de Curitiba está ciente que é no ônibus que está a solução para o problema.

Ainda de acordo com o Paraná Pesquisa, 83% dos 700 entrevistados acreditam que o trânsito e a qualidade de vida só vão melhorar em Curitiba se mais pessoas andarem de ônibus.

E para isso, os entrevistados pedem ampliação do número de linhas e corredores de ônibus, bem como a colocação de mais veículos de alta capacidade, como os ônibus articulados e biarticulados.

A cidade de Curitiba junto com a região metropolitana, formando a RIT – Rede Integrada de Transporte, é pioneira na concepção dos BRTs – Bus Rapid Transit, que muito mais que simples corredores, são sistemas que integram a cidade, qualificam urbanisticamente os locais onde servem e oferecem maior comodidade aos passageiros, como estações que protegem os usuários da chuva e do sol e que têm plataformas no mesmo nível do assoalho dos ônibus, oferecendo acessibilidade.

Atualmente, Curitiba e a região Metropolitana têm cerca de 80 quilômetros de corredores ou faixas com exclusividade para ônibus.

Este número deve aumentar com a ampliação da Linha Verde, que é um avanço do sistema atual de BRT. A Linha Verde possui capacidade para veículos maiores, mais pontos de ultrapassagem para evitar filas de ônibus nas estações, áreas com canteiros de flores e árvores, ciclovias e pistas para caminhadas, o que mostra que o BRT é um sistema que se integra ao meio urbano e não destoa dele.

A linha Verde liga o Terminal Pinheirinho ao Atuba, mas há previsão de ela se estender agora para o Contorno Sul da Cidade até a Copa de 2014, embora que a prefeitura admitiu atrasos nas obras.

Há também projeto que prevê a continuação do corredor pela BR 116 até Fazenda Rio Grande, cidade vizinha de Curitiba, após a conclusão da duplicação da rodovia.

Mas de acordo com a pesquisa, o curitibano está disposto a deixar mais o carro em casa se houver uma ampliação nos espaços preferenciais para os ônibus e uma melhoria na qualidade dos serviços com mais investimentos públicos em transportes.

O modelo de transporte adotado em Curitiba serviu de exemplo para vários sistemas que conseguiram ampliar as vantagens do BRT, como o Transmilênio, na Colômbia, e o Transantiago, no Chile, que também tomaram como base outro sistema brasileiro de transportes: o Corredor Metropolitano ABD, que liga as zonas Sul e Leste de São Paulo por municípios do ABC Paulista, com uso inclusive de trólebus, ônibus totalmente elétricos, que não emitem poluição.

De acordo com o instituto, grande parte da satisfação do curitibano em relação à cidade se dá devido aos transportes, mas os cidadãos têm a consciência de que são necessários investimentos parta que os serviços acompanhem o crescimento do local.

Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Obras do Ligeirão Norte-Sul reforçam modelo de mobilidade ativa e sustentável em Curitiba

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O projeto e as obras que viabilizaram a conclusão do itinerário do Ligeirão Norte-Sul, estendendo-se por 7 km nas Avenidas República Argentina e Winston Churchill, desde a Praça do Japão, no bairro Água Verde, até o Terminal do Pinheirinho, transformaram a infraestrutura viária da região.

O conjunto de intervenções com pavimentação da canaleta exclusiva (alargada em alguns pontos), das vias locais, novas calçadas seguindo modelo vanguardista, moderno sistema de iluminação, paisagismo e implantação de faixa compartilhada para ciclistas impulsionaram a economia e inauguraram um novo paradigma de mobilidade ativa e segura em Curitiba.

Um total de 26 estações-tubo e seus entornos passaram por intervenções abrangentes e que beneficiaram os usuários do transporte coletivo, pedestres, ciclistas e motoristas.

As melhorias abrangeram as estações: Dom Pedro I (Água Verde), José Bettega (Capão Raso), Ouro Verde (Capão Raso), Morretes (Portão), Silva Jardim (Água verde), Hospital do Trabalhador (Novo Mundo), Vital Brasil (Portão), Carlos Dietzsch (Portão), Itajubá (Novo Mundo), Pedro Gusso (Capão Raso), Santa Regina (Capão Raso), Sebastião Paraná (Vila Izabel) e Petit Carneiro (Água Verde).

Todas as melhorias foram implementadas em ambos os sentidos e nos entornos das paradas.

"O conjunto de obras executadas teve como objetivo a melhoria da qualidade do transporte público, a requalificação do espaço urbano e o desenvolvimento nos bairros beneficiados pelas melhorias", destacou o prefeito Rafael Greca.

Estações desalinhadas
Com o intuito de garantir a circulação eficiente dos ônibus, com paradas estratégicas, 20 estações-tubo foram desalinhadas, permitindo que o Ligeirão faça ultrapassagens nos pontos exclusivos das linhas expressas. Outras seis foram remodeladas, com alargamentos em alguns pontos, e a implantação de calçadas elevadas, formando áreas compartilhadas, onde pedestres têm prioridade sobre veículos de passeio, bicicletas e motocicletas.

Pioneirismo
O conjunto de obras foi executado em lotes e entregue à população em diferentes momentos, culminando na conclusão do trajeto de 38 km (ida e volta), conectando os terminais Santa Cândida e Pinheirinho. Essa expansão representa uma evolução do sistema de transporte coletivo no corredor Norte-Sul, originado em Curitiba em 1974.

"Em 1974, o eixo Norte-Sul inaugurou o funcionamento dos ônibus expressos em Curitiba, tornando a cidade pioneira no Brasil e uma das primeiras no mundo a possuir uma pista exclusiva para o transporte público. No cinquentenário dessa conquista, o plano se renova com os biarticulados ligeirões circulando do Santa Cândida ao Pinheirinho", observa o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur.

Projeto e Investimento
Originado a partir do projeto do Ippuc, as obras foram coordenadas pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), com um investimento total de R$ 39,4 milhões provenientes do tesouro municipal. Iniciadas em agosto de 2020, durante a pandemia do coronavírus, os lotes de obras foram entregues em diferentes fases, reativando as estações-tubo nos trechos concluídos, com a primeira delas, a estação Ouro Verde, inaugurada em junho de 2021.

O secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues, enfatiza os desafios superados pelo município ao longo desse período desafiador. "Os primeiros trechos foram iniciados em meio à pandemia do coronavírus, impondo à gestão pública desafios consideráveis, como desabastecimento de insumos e longos períodos de chuvas intensas”.

Outro aspecto, ressaltou Rodrigues, foi a necessidade de relicitar trechos, ajustar planilhas orçamentárias, detalhes de projeto e executar as obras sem paralisar o transporte coletivo. “As intervenções foram executadas garantindo a circulação dos ônibus, permitindo a locomoção segura das pessoas, com aplicação e desvios e bloqueios temporários de trânsito planejados e calculados rigorosamente para impactar minimamente na população", destacou Rodrigues.

As obras no entorno das paradas do transporte coletivo foram executadas de forma escalonada, evitando impactos no uso sequencial das estações-tubo, o que poderia prejudicar os passageiros. A execução de duas estações sequenciais daria maior agilidade aos serviços, mas para priorizar a garantia do transporte público de qualidade ao cidadão, enquanto uma estava em obra a anterior e posterior precisavam se manter em funcionamento. 

Certificação Greenroads®
O investimento da Prefeitura de Curitiba nas obras nas Avenidas República Argentina e Winston Churchill corresponde à contrapartida municipal para futuras obras do Eixo Leste-Oeste, financiadas pelo New Development Bank (NDB). O projeto adere à Certificação Greenroads®, um dos requisitos de sustentabilidade previstos no contrato de financiamento do NDB. A Greenroads International é uma corporação independente sem fins lucrativos que promove educação e iniciativas de sustentabilidade para infraestrutura de transporte.

Novo pavimento
O conjunto de obras nas duas avenidas incluiu a requalificação da pavimentação da canaleta exclusiva e das vias locais. Trechos da canaleta foram alargados e receberam novo pavimento em concreto, enquanto nas vias lentas, a manutenção do asfalto ocorreu por meio da técnica de fresagem e recapeamento, restaurando as condições das pistas.

Foram requalificados 61,6 km de pavimento incluindo a canaleta exclusiva do transporte e a vias locais das Avenidas República Argentina e Winston Churchill e mais de 23,7 km de calçadas. As obras de pavimentação foram executadas sob a coordenação da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) e Secretaria do Governo Municipal (SGM).

Vias compartilhadas
As vias compartilhadas colocam o pedestre em destaque, priorizando o transporte coletivo sobre o individual, e incentivam o deslocamento conjunto com carros, bicicletas e motocicletas. A requalificação no entorno das estações Silva Jardim, Carlos Dietzsch, Itajubá e Pedro Gusso, com ruas elevadas minimamente segregadas, induz a esse novo comportamento.

LIGEIRÃO NORTE-SUL EM NÚMEROS 
  • Intervenções em 26 estações-tubo remodeladas e desalinhadas, em lotes de obras.
  • 7 km de obras, nas Avenidas República Argentina e Winston Churchill, desde a Praça do Japão e o Terminal Pinheirinho. Com isso o trajeto de 38 km (ida e volta) do Ligeirão Norte Sul ficou completo.
  • 61,6 km de asfalto novo (canaleta exclusiva do transporte e vias locais das Avenidas República Argentina e Winston Churchill).
  • 23,7 km de calçadas.
  • Intervenções nas estações-tubo Dom Pedro I (Água Verde), José Bettega (Capão Raso), Ouro Verde (Capão Raso), Morretes (Portão), Silva Jardim (Água verde), Hospital do Trabalhador (Novo Mundo), Vital Brasil (Portão), Carlos Dietzsch (Portão), Itajubá (Novo Mundo), Pedro Gusso (Capão Raso), Santa Regina (Capão Raso), Sebastião Paraná (Vila Izabel) e Petit Carneiro (Água Verde).
  • Redução do tempo de deslocamento de 15 minutos para os passageiros que fazem o trajeto de ida e volta, podendo ser realizado em até 100 minutos, representando uma diminuição de 15% em comparação com as linhas paradoras.
  • Benefício para 35 mil passageiros nos dias úteis.
  • Investimento total de R$ 39,4 milhões.

Informações: URBS

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Curitiba monitora transporte e trânsito em tempo real

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O prefeito Luciano Ducci apresentou na manhã desta terça-feira (10) o Centro de Controle Operacional (CCO) que dá início à implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) de Curitiba.

O novo Centro, um dos mais modernos do país, instalado na Urbs, reúne técnicos, fiscais, agentes e operadores do transporte coletivo e do trânsito que vão acompanhar em tempo real o que acontece nos ônibus e nas ruas, formando um núcleo de comando on line com comunicação direta com motoristas de ônibus e do trânsito em geral.

Os operadores do CCO dispõem de um painel de 7,20m por 1,80m, formado por 21 telas de LCD de 46 polegadas onde são projetadas as imagens captadas por câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV), instaladas em pontos chave; e de bancadas individuais com duas telas de computador, o que permite ações simultâneas, como receber e enviar mensagens, seja para os painéis de trânsito instalados nas ruas, seja para controladores de semáforos ou para motoristas do transporte coletivo através de computadores de bordo já instalados em todos os ônibus da frota operante e de reserva, num total de 2,3 mil veículos.

"Este é o começo do começo, o início de um processo de transformação na área da mobilidade urbana. Curitiba está entrando em um novo patamar e terá avanços importantes a partir deste Centro de Operações", destacou. Ducci disse que o processo iniciado com a implantação do CCO colocará Curitiba em um novo patamar na mobilidade urbana.

"É um processo em andamento e por isso fiz questão de apresentá-lo no seu início, para que a cidade possa acompanhar desde agora os avanços que vão acontecer na sequência". O funcionamento do Centro de Controle Operacional, afirmou, é um passo decisivo na modernização da cidade que passa a contar com tecnologia de ponta na gestão da mobilidade urbana.

O presidente da Urbs, Marcos Isfer, detalhou o funcionamento do Centro de Controle Operacional e destacou a importância deste processo no dia a dia dos curitibanos. "Trabalhamos todos para termos uma cidade cada vez melhor, como o sr. pediu", disse Isfer, destacando que o CCO vai ajudar o usuário do transporte coletivo e o trânsito da cidade. "O monitoramento em tempo real do trânsito e do transporte será fundamental no planejamento e na melhoria da mbilidade em Curitiba", disse, detalhando o funcionamento e os benefícios do novo CCO.

TRANSPORTE - Computadores de bordo, GPS e equipamentos acoplados à parte elétrica dos ônibus permitem que operadores e fiscais do transporte saibam em tempo real a situação de cada ônibus – em que ponto do trajeto ele se encontra, se está no horário, se parou fora do ponto e em quanto tempo chegará à próxima parada.

Nos terminais, o usuário também será informado, em painéis luminosos no próprio ponto de parada, do tempo previsto para a chegada do próximo ônibus. Este sistema está em teste nos terminais Pinheirinho e Cabral e a previsão é que esteja em todos os pontos de todos os terminais até o fim deste ano.

Todas as ações e a movimentação dos ônibus geram relatórios que vão ajudar no planejamento permitindo também readequar a operação do transporte coletivo a qualquer momento.

Através de um console, instalado no painel do ônibus cujo acesso só é possível com o ônibus parado, o motorista poderá acionar o Centro de Controle e receber orientação do operador em casos de alteração de rota, readequação de horário e paradas não previstas, por exemplo.

O Controle Operacional do transporte é feito a partir de informações dos fiscais da Urbs que agora passam a contar com uma ferramenta decisiva que é o monitoramento em tempo real. Neste primeiro momento, o monitoramento é feito nas linhas expressas – biarticulados que só circulam nas canaletas – e a previsão é incluir todas as 355 linhas até o fim do ano.

TRÂNSITO - O primeiro trecho da cidade monitorado pelo CCO será o anel viário – um conjunto de ruas que permite deslocamento em mão única entre os bairros sem passar pela área central da cidade.

Cinco câmeras – serão 21 até junho – captam imagens permitindo monitoramento do trânsito. Três painéis – serão 14 até junho – vão orientar os motoristas sobre as condições de tráfego à frente, avisando por exemplo, em casos de congestionamentos e sugerindo vias alternativas.

O CCO também agiliza a chamada de socorro quando necessário em casos de acidentes, e permite uma análise permanente das condições de tráfego auxiliando no planejamento de obras e do trânsito.

No CCO também funciona a Central de Tráfego em Área (CTA), responsável pelo monitoramento e intervenções nos semáforos. No caso do anel viário serão 190 semáforos no sistema auto-adaptativo que abrem e fecham de acordo com o volume do tráfego, evitando que o motorista fique parado quando não há trânsito na transversal. Esse sistema será implantado gradativamente com softwares que serão desenvolvidos a partir da leitura do volume de tráfego do anel viário. Com o CCO, além do aviso de que há algum problema em semáforo os técnicos terão também a imagem do local, facilitando e agilizando a solução do problema. Em geral, problemas em semáforos são provocados por acidentes, tempestades, queda de energia, etc.

O CCO entrou em funcionamento com cinco câmeras e três painéis de trânsito. As câmeras estão instaladas nos cruzamentos das ruas e avenidas Ubadino do Amaral com Visconde de Guarapuava; Campos Sales com Augusto Severo; Vicente Machado com Brigadeiro Franco; Brigadeiro Franco com Padre Agostinho; e Lisymaco Ferreira da Costa com Cândido de Abreu.

Os painéis de trânsito estão nas ruas Desembargador Motta (perto da Padre Agostinho); Brigadeiro Franco (entre a Chile e a Baltazar Carrasco dos Reis); e Mauá (perto da Barão de Guaraúna).

SIM - A entrada em funcionamento do CCO é um passo decisivo para a implantação do Sistema Integrado de Mobilidade e significa que a fase de definição de tecnologias, equipamentos e desevolvimento de sistemas já foi vencida. Até 2014, o CCO vai atuar com 711 câmeras e 80 painéis de trânsito, além de 694 painéis de informação aos usuários do transporte coletivo, instalados em todos os pontos de ônibus nos terminais e na estações tubo.Fazem parte do SIM, também, o dispositivo que dá prioridade à passagem dos Ligeirão nas canaletas e o carregamento do cartão transporte diretamente na catraca dos ônibus, terminais e estações tubo, sem necessidade de carregar o cartão em validadores que ficavam nos terminais, sujeitos à ação de vândalos.

Operação integrada – O controle operaciona integrado de trânsito e transporte é um dos diferenciais de Curitiba em relação a outros centros operacionais existentes no país.

Conheça como funciona o CCO:

Câmeras - Instaladas em pontos estratégicos, em postes de até 15 metros de altura, câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV), com zoom de até 36 vezes a imagem real, registram o que acontece nas ruas. Atualmente 21 câmeras estão instaladas cobrindo os 25 quilômetros do anel viário. Cinco câmeras estão em operação e outras 16 serão ligadas até junho. O Sistema Integrado de Mobilidade, monitorado pelo CCO, prevê 711 câmeras até junho de 2014.

Telão - As imagens captadas pelas câmeras são acompanhadas no CCO em um telão de 7,20 m por 1,80m, formado por 21 telas de LCD de 46 polegadas e em telas individuais dos operadores que têm comunicação on line com o trânsito, através de painéis e com o transporte, através de computadores de bordo já instalados em todos os ônibus.
Computador de bordo

 
Um dispositivo acoplado na parte mecânica do ônibus, GPS e computador de bordo registram informações variadas, como velocidade, trajeto, localização e paradas feitas pelos ônibus, acompanhadas em tempo real no CCO. Com o ônibus parado, o motorista também tem possibilidade de comunicação direta com o CCO e é avisado quando há mensagem - que ele só vai ler com o ônibus parado. Em casos de emergência, o motorista pode emitir um alerta imediato ao CCO. As informações emitidas ficam registradas em relatórios que são uma importante ferramenta no planejamento e operação do transporte coletivo.
Painéis do Transporte - horário on line
Como o sistema permite acompanhamento em tempo real da localização de cada ônibus, o usuário terá acesso à informação - nas estações tubo e terminais – do tempo previsto até a próxima parada, tempo de espera ou qualquer alteração de rota ou horário. A previsão é que até o fim do ano sejam instalados em todos os terminais e estações tubo,694 painéis de informação ao usuário do transporte
Painéis de trânsito
Instalados em pontos estratégicos, os painéis vão informar ao motorista que está em trânsito, as condições da via – por exemplo, se há acidente, obstáculo na pista

Infovia

A comuncação entre os diferentes equipamentos que compõem o CCO é feita por uma rede subterrânea de fibra ótica, implantada inicialmente nos 25 quilômetros do anel viário.

Semáforos adaptativos 

Sistema composto por controladores semafóricos, detectores veiculares, rede e concentradores de comunicação com capacidade para transmissão de dados, vai permitir a implantação dos chamados semáforos adaptativos – que abrem ou fecham de acordo com o volume de tráfego.

Fonte: URBS

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Em Curitiba, Linha do Interbairros I adota ônibus híbridos

terça-feira, 25 de setembro de 2012


A linha Interbairros I de Curitiba, que liga os bairros centrais até a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no Prado Velho, passará a circular exclusivamente com ônibus de tecnologia híbrida a partir da próxima quinta-feira. Os veículos funcionam com dois motores, um a diesel e outro de operação elétrica. Em comparação com os ônibus convencionais, há redução de 35% no consumo de diesel e de até 90% na emissão de poluentes. O motor elétrico não gera ruídos.

A medida faz parte de um negócio fechado em 2011 entre a prefeitura e a Volvo, com a compra de 60 ônibus híbridos da empresa – os primeiros com essa tecnologia a serem produzidos no Brasil, totalmente fabricados em Curitiba. Cada ônibus híbrido custou à prefeitura cerca de R$ 600 mil – aproximadamente 60% a mais do que um ônibus com motor a diesel. A expectativa é de que, com a economia no consumo de combustível, o investimento se pague em seis anos.

Dois motores
No ônibus híbrido, o motor elétrico é utilizado para arrancar o ônibus e acelerá-lo até uma velocidade de 20km/h. O motor a diesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. A cada vez que os freios são acionados, a energia de desaceleração é utilizada para carregar as baterias do motor elétrico. Quando o veículo não está em movimento, o motor a diesel fica desligado.

Curitiba
Rua Sete de Abril passa a ter mão dupla a partir de hoje 
A partir das 15 horas de hoje, a Rua Sete de Abril, no bairro Alto da XV, passa a funcionar em mão dupla. Antes, ela vinha em sentido único da Rua Ubaldino do Amaral para a Rua XV de Novembro. Esta é a quinta e última alteração para a conclusão do Anel Viário e, de acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), todas as mudanças têm o objetivo de desafogar o trânsito na região central da cidade.

O Anel Viário é constituído por 23 ruas que formam binários em oito bairros da cidade: Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde. Com as modificações, mesmo que o trajeto se torne um pouco mais longo, o fluxo de veículos será menos intenso, e permitirá o deslocamento entre os bairros sem passar pelo Centro.

Outras mudanças
Desde a implantação do Anel Viário, outras quatro ruas sofreram alterações. A Alberto Bolliger, entre a Itupava e a Simão Bolívar, agora também tem sentido único. O mesmo aconteceu com a Augusto Severo, entre as ruas Paraguassu e Doutor Goulin. Esta última passou a ter sentido único entre a Barão de Guaraúna e a Alberto Bolliger. A Simão Bolivar passou por duas mudanças: entre a Alberto Bolliger e a Augusto Severo ela tem sentido único e, entre a Mauá e a Augusto Severo ela apresenta mão inglesa.
Os primeiros dez ônibus híbridos passam a circular depois de amanhã e outros 20 serão implementados até 20 de outubro nas linhas Detran/Vicente Machado, Água Verde/Abranches, Juve­vê/Água Verde e Jardim Mercês/Guanabara. Os trinta restantes passarão a fazer parte do transporte público de Curitiba a partir do ano que vem.

Para o diretor de transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo, os ônibus híbridos fazem parte de um modelo que tende a ser implantado progressivamente em Curitiba, por trazer conforto sonoro, economia de combustível e emitir menos poluentes ao meio ambiente.
Mesmo com o preço maior dos ônibus híbridos em relação aos tradicionais, não haverá repasse de custos para o usuário, com a passagem permanecendo a R$ 2,60. Segundo o diretor da Urbs, os 30 híbridos dentro de uma frota de 2 mil ônibus em Curitiba não são o suficiente para pressionar o preço do bilhete.

Araújo ainda acredita que, conforme a fabricação dos híbridos aumente, os preços vão cair, permitindo a aquisição de mais veículos. “Quando compramos os biarticulados, também eram mais caros do que um ônibus comum, e hoje saem relativamente mais baratos. Faz parte buscar sempre novas alternativas”, diz.

Um ônibus híbrido tem vida útil de dez a 12 anos. Estão previstas inicialmente, dentro desse período, quatro trocas de bateria – o componente mais caro do veículo. Araújo afirma, no entanto, que a expectativa transmitida pelo fabricante é de que a tecnologia tende a se desenvolver, com a criação de baterias mais duradouras.



Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo

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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

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