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No Dia Mundial Sem Carro, Prefeitura do Rio e ONGs firmaram uma parceria para incentivar o uso dos transportes coletivos

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A pé, de bicicleta ou de transporte público, o importante nesta quinta-feira (22) foi usar a criatividade para sair de casa no Dia Mundial Sem Carro, seja para ir trabalhar, estudar ou simplesmente passear. Nesta terceira edição da data na cidade, a prefeitura do Rio e ONGs firmaram uma parceria para incentivar o uso dos transportes coletivos ou alternativos, como a bicicleta, e contribuir para a redução da emissão de gases na atmosfera.

“O ideal seria que a divulgação dos eventos e o Dia Mundial Sem Carro fossem feitos com antecedência. Muita gente que poderia se programar para deixar o carro nesta data, por saber que ela é celebrada hoje acaba saindo de carro sem se dar conta. Mas o importante nesta data é aproveitar a oportunidade e tomar consciência da sua própria responsabilidade na poluição do ar do planeta. É o momento de buscar também saúde e qualidade de vida”, disse José Lobo, o presidente da ONG Transporte Ativo, que incentiva o uso da bicicleta.

Nesta quinta-feira (22), a partir das 9h, as ONGs Transporte Ativo, ITDP e 350º e a prefeitura promovem shows de rap e hip hop com MCs, apresentação dos corais da Comlurb e do Detran, além de uma série de atividades culturais para promover o Dia Mundial Sem Carro. O evento marcado para a Praça Mário Lago (Buraco do Lume), no Centro, também reúne oficinas de pintura, reciclagem e educação ambiental para crianças.

Na tenda montada pela prefeitura no Buraco do Lume também está a exposição “MonitorAr-Rio”, enquanto que no Espaço Encontro das Águas, no Parque dos Patins, na Lagoa, na Zona Sul, o público poderá apreciar a mostra “Mobilidade Sustentável”, com uma apresentação do projeto “A caminho da escola”, da CET-Rio.

Antes mesmo de chegar à idade para conseguir a carteira de habilitação, as crianças já participam dos eventos sobre o tema, através de dois concursos realizados nas escolas da rede municipal: um de desenhos e outro de frases. A premiação ficará a cargo do Consulado da Holanda, que vai distribuir bicicletas aos vencedores das várias categorias dos concursos.

Zona 30 km
À tarde, o secretário municipal de Meio Ambiente e vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, e o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, inauguraram a chamada Zona 30 km – em ruas de menos movimento em que carros compartilham a pista com bicicletas - nos bairros da Cidade Nova (entorno da Prefeitura do Rio), no Centro; Grajaú, na Zona Norte, Anchieta, no subúrbio, e Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.
Estacionamento proibido em ruas do Centro
Por conta do Dia Mundial Sem Carro, algumas ruas do Centro do Rio terão o estacionamento proibido, segundo a prefeitura. Diversas metrópoles do mundo participam da data simultaneamente, com ações para conscientizar a população sobre os danos causados pelos gases de efeito estufa ao meio ambiente e incentivam o uso de transportes alternativos, para reduzir a emissão desses poluentes. É o terceiro ano consecutivo com participação do Rio.

A data foi marcada pela proibição do estacionamento nas principais vias do Centro. O quadrilátero formado pelas avenidas 1º de Março, Presidente Antônio Carlos e Rio Branco, Presidente Vargas, e palas Rua Santa Luzia terá o estacionamento proibido. Fazem parte desta área a Rua da Assembleia e as ruas Almirante Barroso e Araújo Porto Alegre. O uso do transporte de massa ou alternativo também será estimulado nas repartições públicas.
Arte dia mundial sem carro (Foto: Prefeitura do Rio/Divulgação)
Quadrilátero que terá o estacionamento proibido fica no Centro do Rio (Foto: Prefeitura do Rio/Divulgação)

Novo ônibus será inaugurado
A inauguração do primeiro Mega BRS - ônibus com piso rebaixado - também está marcada para esta quinta. O veículo foi elaborado para facilitar o acesso de idosos e deficientes. O motor dos novos ônibus fica na parte de trás, o que, segundo a prefeitura, melhora a condição de trabalho dos motoristas e diminui a temperatura ambiente no veículo, além de reduzir os ruídos. Ao todo, 18 ônibus começarão a circular nas linhas de BRS de Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul.

E a Zona Norte da cidade também ganhará o Circuito Tijuca-Grajaú, com o total de 10 km de faixas compartilhadas e ciclofaixas, para ciclistas.

Metrô Rio também tem ações para Dia Mundial Sem Carro
Dentro das estações e dos vagões do Metrô houve avisos por meio de alto-falantes e cartazes para incentivar o uso do transporte público. Segundo a empresa, cada trem do metrô equivale a 1,2 mil carros a menos nas ruas. Os vagões do metrô irão circular com um adesivo para lembrar a quantidade de carros a menos na rua.

Caso seja necessário, o Metrô Rio vai disponibilizar todos os trens, o que só acontece nos horários de pico.

A empresa vai oferecer mais três bicicletários nas estações de São Francisco Xavier, Catete e Vicente de Carvalho. Além destes três novos, já existem bicicletários em mais oito estações: Cantagalo, Colégio, Estácio, Inhaúma, Ipanema/ General Osório, Irajá, Pavuna e Triagem, disponibilizando cerca de 200 vagas. O bicicletário pode ser utilizado no horário de funcionamento do MetrôRio: das 5h à meia-noite, de segunda a sábado, e das 7h às 23h, aos domingos e feriados.


Informações do G1.com.br

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Integrar bicicleta à rede de transportes públicos é desafio, diz pesquisa

quarta-feira, 31 de março de 2010


Sonhar com uma malha cicloviária completa é uma utopia e, além disso, a distância entre o trabalho e a residência da maioria dos cariocas não é pequena e nem confortável para quem pedala. A melhor solução para as cidades parece ser fragmentar os trajetos e integrar a bicicleta à rede de transportes públicos.

Essa é uma das conclusões da pesquisadora Flávia de Souza, que trabalha numa tese de doutorado na Universidade de Twente, na Holanda, em parceira com a Coppe, o programa de pós-graduação em engenharia da UFRJ.

Ao examinar o caso do Rio de Janeiro, Flávia concluiu que, além de aumentar o número de vias para ciclistas, é preciso investir em estacionamentos nas estações de trem, metrô e ônibus. Atualmente, segundo a pesquisadora, somente algumas estações do metrô oferecem esses espaços. Nesta sexta-feira (23), ela apresentou os resultados preliminares do documento em um seminário no campus da UFRJ, no Ilha do Fundão, no subúrbio do Rio, que reuniu especialistas internacionais da área de transporte. Os dois locais analisados por Flávia e sua equipe são Santa Cruz, na Zona Oeste, e Colégio, no subúrbio do Rio.

Santa Cruz tem maior número de ciclistas no Rio

De acordo com o estudo, Santa Cruz tem o maior índice de bicicletas da cidade: 12% da população usam o veículo, enquanto que a média no Rio é de 2%, ou seja, são seis vezes mais ciclistas naquela região.
O documento aponta dois estacionamentos privados na região, que, em horário de pico, não dão conta da demanda e recebem cerca de 600 bicicletas em um dia. De acordo com Flávia, a maioria dos usuários de trem da Supervia reclama da falta de segurança, do alto preço do bicicletário pago e da distância do estacionamento para a estação.

Em Colégio, foi constatado que os ciclistas usuários do metrô param os veículos no entorno da estação, já o estacionamento oferecido não suporta a demanda.
A pesquisadora sugere, além de melhoria da malha cicloviária da cidade, que é precária, o financiamento da bicicleta para a população de baixa renda. “Para quem pega dois ônibus por dia, utilizar a bicicleta em um dos trechos gera uma economia de quase R$ 5 por dia, o que chega a R$ 100 no fim do mês”, exemplificou ela. Um dos objetivos da pesquisadora, que pretende terminar o trabalho dentro de um ano e meio, é levar os resultados do documento para autoridades públicas.

  • Conscientização
Flávia acredita que o Rio de Janeiro tem potencial para aumentar o número de ciclistas. “O carioca não tem tanto preconceito, não vê a bicicleta como 'transporte de pobre', como acontece em outras regiões. Acho que podem ser feitas promoções com artistas, por exemplo, para quebrar aqueles que ainda têm o estigma. A bicicleta tem que ser vista como um transporte ‘cool’ e acho que isso já está na veia do carioca, basta incentivo”, diz.

Enquanto a Secretaria de Transporte afirma que o Rio possui o título de ser o estado com a segunda maior rede de ciclovias da América Latina, Flávia ressalta que o que existe são apenas ciclovias.
“O que temos não é malha cicloviária, são ciclovias. Malha é um sistema integrado. Ter a segunda ciclovia da América Latina já é alguma coisa sim, mas você perceba que essas vias estão próximas à praia ou na Lagoa, ou seja, está associado ao lazer, não é para bicicleta como meio de transporte do dia-a-dia”.

Para a ela, o sistema de aluguel de bicicletas, que foi inaugurado no Rio em janeiro de 2009, é uma medida importante, mas ainda é falho.

Fonte: G1

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No Rio, Linha 4 abre o maior túnel entre estações metroviárias do mundo

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O último trecho de rocha que separava o túnel da Linha 4 do Metrô entre a Barra da Tijuca e São Conrado foi detonado na manhã desta segunda-feira (09/12). O encontro se deu na altura da Estrada das Canoas, em São Conrado. A conclusão destas escavações, iniciadas em setembro de 2010, é um marco para as obras da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema): com 5 km de extensão, este é o maior túnel entre estações metroviárias do mundo.

“Só de linhas subterrâneas, estamos construindo com a Linha 4 mais do que tudo o que foi feito desde quando o metrô foi aberto. Vamos permitir que mais de 300 mil pessoas passem a usar este transporte quando a linha estiver inaugurada. A detonação de hoje é um momento histórico e Linha 4 do Metrô será um legado muito importante”, afirmou o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, presente ao evento. Ao todo, já foram escavados mais de 6 mil metros de túneis de via (por onde passarão os trens) entre Barra e Gávea.

Como os túneis no trecho Barra da Tijuca–Gávea passam por dentro do maciço rochoso, o Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras entre Barra e Gávea, adotou a metodologia New Austrian Tunnelling Method (NATM) – Drill and Blast para construí-lo. O NATM consiste em detonações controladas e é o método mais adequado para escavação em rocha.
“É uma obra muito complexa, porque o Rio de Janeiro é um centro urbano densamente povoado. Os métodos construtivos de túneis e estações foram escolhidos pensando no menor impacto no entorno e no tempo de obra”, explicou Lúcio Silvestre, diretor de contrato do Consórcio Construtor Rio Barra.

A partir de 2016, a Linha 4 do Metrô vai ligar a Barra da Tijuca a Ipanema em apenas 15 minutos e o túnel Barra da Tijuca–São Conrado conectará as duas estações de maior demanda da Linha 4 do Metrô: Jardim Oceânico, com 91 mil passageiros por dia, e São Conrado, com 61 mil. Já o trajeto Barra-São Conrado será feito em menos de 6 minutos.

Água é 100% reaproveitada nas obras da Linha 4

O Consórcio Construtor Rio Barra busca minimizar o impacto das obras no meio ambiente e para a comunidade. Na Barra e em São Conrado, foi instalada uma Estação de Tratamento de Água que reutiliza toda a água resultante das escavações dos túneis e das estações. Desde o início das obras, já foram reaproveitados mais de 90 milhões de litros de água.

São permanentes os monitoramentos ambientais, como níveis de ruído, vibrações e qualidade do ar nas áreas de influência. Nos canteiros de apoio ou nas frentes de obra, ações diárias se tornam exemplo de responsabilidade ambiental. Na Barra, por exemplo, espécimes raras de bromélias foram cuidadosamente retiradas da encosta do Morro do Focinho do Cavalo e transplantadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.


Mais de 300 mil pessoas vão usar a Linha 4 do Metrô todos os dias

A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa.

Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A Linha 4 do Metrô entra em operação no primeiro semestre de 2016, após passar por uma fase de testes.

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No Rio, Avenida Rio Branco sofre interdições para implantação do VLT

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A Avenida Rio Branco, no centro do Rio, terá interdições ao longo de seus quase 2 quilômetros durante os próximos 12 meses, para a implantação do sistema do veículo leve sobre trilhos (VLT), que terá seis linhas entre o centro e a zona portuária do Rio. As intervenções começaram no sábado (11), com o fechamento de três faixas entre a Praça Mauá e a Rua Visconde de Inhaúma. Os primeiros testes de operação do sistema devem ocorrer no fim de 2015.

O cronograma dos bloqueios está em estudo pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp), que vai divulgá-lo conforme as obras avançarem. A previsão é que o VLT entre em operação em 2016 e funcione de forma integrada com ônibus, trem, metrô, barca e os teleféricos da zona portuária. O VLT também terá estações no Terminal Rodoviário Novo Rio e no Aeroporto Santos Dumont.

"Como em qualquer rua, é preciso readequar as outras estruturas que estão no subsolo. Tem que reordenar a rede de água e esgoto, por exemplo, para acomodar também o VLT. Além da obra do VLT, a gente ganha um ordenamento do subsolo com o cadastramento atualizado das redes", destacou o presidente da Cdurp, Alberto da Silva.

O VLT também está sendo implantado na zona portuária, ao longo da Via Binário do Porto. Na Gamboa, está em construção o Centro Integrado de Operação e Manutenção. As seis linhas do VLT preveem ligações entre alguns dos principais pontos do centro, como a Central do Brasil, a Praça XV e a Saara.

No primeiro dia útil das interdições na Rio Branco, o trânsito era tranquilo no trecho que funciona em apenas um sentido, mas havia pedestres confusos com o deslocamento dos pontos de ônibus para o meio da pista. Com o bloqueio das três faixas, os passageiros embarcavam e desembarcavam na faixa do meio e muitos recorriam aos agentes de trânsito para saber onde os veículos estavam parando.

"Estou perdido aqui. Estou esperando ônibus para a Pavuna porque disseram que parava aqui, mas até agora não passou. Não passo sempre aqui, então, não sei bem o que mudou", disse o garagista Jorge Antônio, de 65 anos, que esperava sob uma placa que indicava o ponto de ônibus intermunicipais.

A doméstica Jusemar Carneiro, de 51 anos, pediu informação a um dos agentes para saber onde esperar o ônibus, mas mostrou incômodo por aguardar no sol e ao lado da obra. "Está uma bagunça isso aqui, mas tenho certeza de que vai ficar muito bom", disse ela, que aconselhava outros pedestres a pedirem ajuda.

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante

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No Rio, Novo secretário de Transportes diz que frota de ônibus será reduzida em 1/3 até 2016

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

As ruas do Rio deverão perder 2,9 mil ônibus convencionais nos próximos quatro anos, segundo cálculos da prefeitura e da Rio Ônibus, com a plena operação dos corredores Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil. O número representa um terço dos 8,7 mil coletivos em circulação. Veículos que serão aposentados gradualmente com a alteração ou eliminação de linhas e a migração dos passageiros para os “ligeirões”. Em entrevista ao GLOBO, o novo secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que a racionalização dos ônibus será a principal meta de sua gestão, que pretende mais que triplicar (de 19% para 63%) o uso do transporte de alta capacicade como trens, metrô e BRTs no total de seis milhões de viagens feitas diariamente na cidade. Osório anunciou ainda que fará ações para aumentar a mobilidade, como melhorias em sinais de trânsito e mais agilidade das equipes de emergência que atuam nas vias especiais.

Há uma semana no cargo, o secretário diz que terá como meta pessoal deixar o trânsito mais amigável, num momento em que o Rio mergulha num período intenso de obras. E avisa: o motorista precisará ser paciente e dar sua contribuição para minimizar os transtornos. Infrações corriqueiras, mas que comprometem a circulação, como o fechamento de cruzamentos ou as paradas em locais proibidos, não serão toleradas.

— O grosso das viagens hoje é em ônibus convencional, com uma quantidade gigantesca de linhas. Isso mudará radicalmente com os corredores expressos. Concluir os BRTs é o norte da secretaria. A mudança será gradual, mas em meio a muitas obras. Vamos precisar da compreensão do carioca, que terá que reavaliar seus hábitos, rever seus horários, evitar ao máximo o deslocamento de carro. E será necessário que ele migre para o transporte de alta capacidade — diz Osório.

Tirar do papel 150 quilômetros de corredores expressos provocará um impacto significativo na rotina. O último trecho do Transoeste, entre Campo Grande e Santa Cruz, deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2013, mesmo período em que a secretaria espera começar a operar o trecho Barra da Tijuca-Taquara do Transcarioca. A viagem completa no corredor até o Aeroporto Internacional Tom Jobim, passando pelo subúrbio, está prevista para os primeiros meses de 2014. Já os corredores Transolímpico (Barrra-Deodoro) e Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) deverão ficar prontos em dezembro de 2015. Além disso, os motoristas terão que dividir espaço com as obras do metrô (na Zona Sul), do Porto Maravilha (na Zona Portuária), do Veículo Leve sobre Trilhos (no Centro), de reurbanização do entorno do Maracanã (na Grande Tijuca) e das instalações olímpicas (na Barra).

Em meio a esse imenso canteiro de obras, a secretaria vai apostar na ampliação da tecnologia de gerenciamento do tráfego, das equipes de desobstrução de ruas em casos de acidentes e em obras pontuais para melhorar a fluidez. Hoje, de acordo com a CET-Rio, 86% dos 2.360 sinais já são monitorados pelo Centro de Operações Rio (COR). A meta é chegar a 100% até dezembro. A modernização do sistema custou cerca de R$ 13 milhões em três anos. A prefeitura tem ainda 151 operadores e 39 reboques em 12 pontos estratégicos, como túneis e avenidas. Número que deverá subir com a operação dos corredores de ônibus.

A secretaria promete ainda reforçar a repressão às infrações de trânsito que ajudam a comprometer a circulação. Associadas a campanhas educativas, as ações de fiscalização terão como objetivo garantir fluidez. Hoje a secretaria fará a primeira operação de fiscalização, com foco no transporte de carga que desrespeita os horários de restrição de circulação no Centro e na Zona Sul. Osório acompanhará, a partir das 5h30m, a ação de fiscais em 25 pontos de bloqueio.

— Vou me empenhar pessoalmente nisso. Precisamos ter um diálogo franco com o carioca. Fechar cruzamento, por exemplo, é algo inimaginável numa cidade moderna. Isso se faz com educação e repressão — afirma.

Uma missão e tanto que se reflete nos números: nos primeiros dez meses de 2012, já foram registrados quase dois milhões de infrações no Rio, metade por excesso de velocidade, de acordo com a CET-Rio. Outros 300 mil motoristas foram flagrados parando em locais proibidos e 275 mil ignoraram sinais vermelhos.

— O desejo não é multar. Queremos que o motorista respeite a lei. Mas não hesitaremos em multar quem insistir no desrespeito — diz.

A falta de educação no trânsito atravessou o caminho do secretário logo no primeiro dia de trabalho, terça-feira passada. Precisando chegar à Barra, ele se atrasou para um compromisso porque ficou preso num cruzamento das avenidas Luiz Carlos Prestes e José Silva de Azevedo Neto, fechado pelo caminhão GKO 6919. O veículo tem cinco multas, a maioria por transitar em local e horários proibidos. Uma delas na Barra, em maio passado, e que ainda não foi paga. Na terça-feira, ganhou a sexta multa.

— Minha primeira reação foi dizer: “pô, que absurdo!”. Demorou cinco segundos para eu me tocar do novo cargo. Desci do carro e apliquei a minha primeira multa — disse Osório, que promete usar um smartphone semelhante ao da Guarda Municipal para autuar os incautos.

Por Marcos Tristão
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No Rio, Especialistas alertam para a necessidade de revisão na segurança dos BRT's

domingo, 18 de janeiro de 2015

Na última terça-feira (13), duas colisões com ônibus do BRT na Zona Oeste do Rio, que deixaram 150 pessoas feridas, aumentaram ainda mais a estatística de acidentes envolvendo este tipo de transporte. Desde a inauguração, em 2012, os BRTs colecionam atropelamentos e choques com veículos que invadem a faixa exclusiva, mostrando que o sistema precisa de aperfeiçoamento. Relatos de usuários do consórcio nas redes sociais mostram que esse tipo de acontecimento é frequente e coloca em risco a vida de quem utiliza o transporte. Especialistas alertam para a necessidade de sinalizações mais eficientes, trabalhos educativos e revisões no quesito segurança. 

Eva Vider, engenheira de transportes e professora da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que o sistema do BRT no Rio é novo e diferente daquilo que os moradores da cidade estão acostumados. “É como um metrô sobre rodas cortando a cidade na superfície. É uma intervenção diferente e pode ser perigosa, apesar da sinalização ser de certa forma bem feita, qualquer descuido pode se tornar um acidente”, explica.

Segundo a professora da UFRJ, os três anos de implantação, com novas linhas sendo inauguradas desde então, não foram o suficiente para o carioca se acostumar com o novo meio de se locomover pela cidade. “Teve pouca informação para a população. Antes da implantação do projeto, não houve uma discussão e nem um movimento para educar melhor as pessoas no trânsito nesse sentido”.

Ainda, de acordo com Eva, no inicio da implantação do sistema do BRT, a velocidade máxima dos ônibus chegou a ser reduzida, numa tentativa de diminuir acidentes, como os atropelamentos. “Talvez essa quantidade de acidentes esteja mostrando que o projeto precisa ser revisto no quesito da segurança. A ideia seria reforçar os mecanismos de segurança colocando cercas segregando de uma forma física o sistema. E por ele ser um transporte diferente é preciso que se tenha um investimento maior na educação do trânsito, chamar a população para entender melhor o transporte”, afirma.

Já Alexandre Rojas, engenheiro de Transportes Urbanos e Mobilidade e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que as invasões à pista exclusiva do BRT são a razão principal dos acidentes. “O BRT funciona como uma linha segregada. É um transporte feito para trafegar sozinho em uma parte separada da pista. Além disso, o tempo de frenagem de um carro articulado, por exemplo, é maior do que um carro de passeio, ou seja, ele não é um transporte apto para parar de forma abrupta”, explica Rojas.

Ainda segundo o professor da Uerj, os motoristas do BRT costumam ser mais qualificados do que aqueles que dirigem ônibus comuns. “Eles costumam ganhar mais do que a maioria dos motoristas de ônibus, por isso passam por um treinamento mais qualificado. Rojas chama os acidentes que acontecem no BRT como “inexplicáveis”. “Se o BRT tem uma pista separada, então, em teoria, a possibilidade de acidentes deveria ser muito menor”.

No entanto, o professor da Uerj destaca a necessidade de uma sinalização melhor. “Ter uma sinalização mais contundente é uma boa forma de prevenção, e uma cerca para evitar a travessia fora da faixa”, opina.

Acidentes

Os acidentes da última terça-feira aconteceram em dois pontos distintos. O primeiro foi na estação do Pontal, na pista sentido Alvorada, e deixou 30 pessoas feridas. Cerca de 30 minutos depois, na mesma pista, outro acidente acontecia, na altura da estação Cetex do BRT, também no sentido Alvorada. A colisão, um pouco mais grave, deixou 120 pessoas feridas.

Os passageiros envolvidos no acidente chegaram a relatar que um dos motoristas estava ao celular no momento do acidente. Outros motivos, como falha dos freios e o relato do motorista, que disse que teve a visão prejudicada pelo reflexo do sol, estão sendo avaliados.

A Secretaria de Municipal de transportes abriu uma sindicância para apurar se houve falha técnica ou humana. O consórcio que gere o BRT deve apresentar explicações em cinco dias, contados a partir da data do acidente.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), o consórcio do BRT apresentou , na quinta-feira (15), as imagens das câmeras de segurança do veículo envolvido no acidente próximo a estação do Cetex, no sentido alvorada e, diferentemente do que alegaram os passageiros, o motorista aparece com as duas mãos ao volante. A gravação é referente a sete minutos antes do acidente que deixou 120 pessoas feridas.

Já na gravação das câmeras do veículo do BRT envolvido no acidente da estação do Pontal, no sentido alvorada, e que deixou 30 pessoas feridas, não é possível ver o motorista. De acordo com informações da SMTR, a partir de agora é preciso aguardar a investigação da perícia técnica da Polícia Civil para se manifestar sobre o caso.

Após o acidente, a Polícia Civil abriu dois inquéritos para apurar as causas dos acidentes envolvendo os dois ônibus do BRT. Após a lauda pericial, o consórcio avisou que vai se manifestar sobre o caso.

Informações: Jornal do Brasil

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Fetranspor quer que transporte de massa no Rio suba de 18% para 64%

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Os empresários de ônibus se reuniram nesta segunda-feira (9) para fazer um balanço das atividades do setor em 2013 e anunciaram que pretenderm que o transporte de massa -  representando 18% em 2011 na cidade - passe para 64%. O órgão quer atingir a marca em 2016. O presidente da Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor) e da Rio Ônibus, Lélis Marcos Teixeira, falou dos avanços no transporte de massas na cidade em 2014.

"É um ganho enorne na qualidade, no tempo de viagem e tudo isso vai ser feito em pouco tempo, nos próximos dois anos", disse o presidente.

O encontro foi para fazer um balanço dos últimos 12 meses e falar das expectativas e propostas para os anos seguintes no transporte público. Lélis Teixeira aproveitou para anunciar que até o fim do mês de dezembro serão instalados painéis que informarão em tempo real a chegada dos ônibus no BRS.
Para o presidente da Fetranspor, 2013 foi um ano simbólico, marcado pela derrubada da primeira via que deu prioridade ao automóvel - a Perimetral - abrindo assim uma nova fase de planejamento urbano para o centro e dando prioridade para o transporte coletivo.

Além disso, grandes obras foram consolidadas, como as do BRT, da Transcarioca e Transolímpica.

Ainda segundo Lélis Teixeira, os intermináveis engarrafamentos foram o grande desafio do ano, mas para ele os resultados positivos já começaram a aparecer com a inauguração da Transoeste e vão melhorar com a chegada da Transcarioca - prevista para entrar em operação nos próximos três meses. O projeto vai mexer na vida de mais de 400 mil pessoas diariamente.

Na quinta-feira (5), o prefeito Eduardo Paes admitiu que vai haver aumento nas passagens em 2014. A data e o valor ainda não foram anunciados. De acordo com a Fetranspor, o reajuste está em contrato. Segundo Lélis Marcos Teixeira, a definição do reajuste na tarifa é uma decisão do governo, mas ele crê que a mudança de preço no setor dos transportes deve se alinhar aos reajustes ocorridos em outras áreas da economia.

"Entenda, se teve aumento no diesel, se teve no salário minimo, se teve nos alimentos, eu acho que o transporte não é o unico setor que não tenha, até porque temos o compromisso com os nossos funcionários, nós temos 40 mil rodoviários no município e 110 mil no estado. Então nós temos que prover salários melhores para eles também", disse o presidente, que ainda depende da decisão municipal e estadual para aplicar qualquer mudança.

Em junho, por causa das manifestações, o governo suspendeu o aumento de 20 centavos que já estava em vigor.

As manifestações também provocaram a criação da CPI dos ônibus na Câmara Municipal. A Comissão Parlamentar de Inquérito está suspensa pela Justiça desde setembro.

Painéis com tempo de chegada
Os equipamentos foram encomendados na China, estão em fases de testes, e devem começar a funcionar no dia 13 de dezembro em oito pontos do BRS na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, Zona Sul do Rio. Os primeiros oito equipamentos custaram cerca de R$ 100 mil, mas, segundo a Fetranspor, o mais caro desse sistema é a manutenção. Se houver boa receptividade da população, especialmente em relação a possibilidade de vandalismo, o sistema deverá estar em pleno funcionamento em janeiro de 2014.

"Em relação ao vandalismo, acredito que a escolha dos painéis equipados com gps foi uma boa decisão já que se houver roubo, não há como utilizar ele de outra forma, como televisão, por exemplo. Os primeiros painéis já chegaram, estamos em fases de testes e até o mês de janeiro esse sistema estará redondo."

Teixeira comentou também sobre a inauguração de um novo trecho no BRT Transoeste até o dia 28 de dezembro. O corredor viário, que vai atualmente até a Estação de Santa Eugênia, em Santa Cruz, no sentido Zona Oeste, vai chegar até a Estação Vilar Carioca, passando por Inhoaíba. A ideia de completar o trajeto até Campo Grande só deverá ser concluída em janeiro, após o término da construção das estações por parte da Prefeitura. O presidente da Fetranspor disse também que já foi feita uma licitação para a expansão do BRT até a região do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, no sentido contrário.

Em relação as obras da Transcarioca, o executivo disse que o sistema viário chega em abril até Madureira e em maio no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador.

Informações: G1 Rio
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Acessibilidade ainda é falha nos transportes coletivos no Rio

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Às vésperas de sediar uma Paralimpíada, a partir da próxima quarta-feira, o Rio ainda está longe de merecer uma medalha de ouro em acessibilidade nos meios de transporte coletivo. Apesar dos avanços no VLT, no BRT e no metrô, passageiros com necessidades especiais ainda reclamam da dificuldade de deslocamento pela cidade, sobretudo, em ônibus convencionais e trem.
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

O EXTRA acompanhou o cadeirante Romário de Souza Pinto, de 65 anos, num teste pela cidade durante dois dias. O aposentado, morador em Duque de Caxias, reprovou os ônibus comuns e o transporte ferroviário. Na quinta-feira, em sete tentativas feitas em várias linhas que circulam entre Madureira e Cascadura, ele só conseguiu completar duas viagens de coletivo.

Dois ônibus (um deles alimentador do BRT) nem sequer tinham o elevador para cadeirante. Nos outros três, o equipamento apresentou defeito. Num deles, emperrou, dificultando o fechamento da porta e obrigando todos os passageiros a descerem para esperar outro veículo.

— Achei que seria mais fácil. A cidade está despreparada para lidar com o cadeirante — reclamou.
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

Na viagem de trem, o desafio já começa no acesso às estações. Em Marchal Hermes, é necessário vencer duas escadarias, com cerca de 40 degraus cada, que levam até as catracas e a plataforma. Em Realengo, o cadeirante precisou ser carregado nos braços por um agente da SuperVia e dois passageiros.

Para Teresa Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), o Rio perdeu a oportunidade dada pelos Jogos de avançar em acessibilidade:
— Os meios de transportes mais usados pela população, que são ônibus e trem, deixam muito a desejar.

Paratletas aprovam VLT
O VLT causou boa impressão nos atletas paralímpicos brasileiros, que, ao desembarcar no Rio, quarta-feira, passearam de bonde. O cadeirante Jovane Guissone, ouro em esgrima, aprovou a acessibilidade. Avaliação também positiva foi feita por Romário de Souza Pinto em relação ao metrô:
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

—Além de dotadas de rampas e elevadores, as estações têm piso tátil e os funcionários são solícitos.

No BRT, a única queixa foi do fato de o motorista não ter parado o ônibus no Terminal Fundão junto à plataforma, deixando um vão que provocava riscos de queda. O consórcio BRT lamentou a atitude do motorista e informou que não condiz com o padrão de atendimento aos cadeirantes.
Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

Sobre os ônibus comuns, a Secretaria municipal de Transportes informou que 91% dos 8.610 têm elevadores, incluindo os 439 BRTs. Informou ainda que o equipamento é um dos itens checados na vistoria anual e em fiscalizações de rua. O mau funcionamento pode render multa de R$ 1.560. O Rio Ônibus disse que os consórcios trabalham para melhorar o atendimento a usuários com mobilidade reduzida.

Respostas:

SMTR
“A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informa que, dos 8.610 ônibus urbanos, 91% possuem elevadores para cadeirantes, incluindo toda a frota do BRT, que, atualmente, é de 439 veículos, segundo dados de junho de 2016. É importante ressaltar que existem dois níveis de acessibilidade: o que se refere à parte interna dos veículos — que já é cumprido em 100% da frota — e à parte externa (elevadores), cujo percentual de atendimento é de 90%, conforme já mencionado. É importante ressaltar ainda que, a partir do ano que vem, nenhum ônibus sem acessibilidade será licenciado pelo município.

Para se ter ideia do avanço dos últimos anos no que se refere a garantir acessibilidade ao transporte público a todos, em 2012, a frota de ônibus acessíveis era de 5.505 veículos, do total de 8.678, o que representava 63%. A meta da Prefeitura do Rio é ter 100% da frota com acessibilidade também até 2017, com o avanço do processo de renovação da frota circulante e o início das operações do BRT Transbrasil.”

Rio Ônibus
“Os consórcios Intersul, Internorte, Santa Cruz e Transcarioca trabalham de forma contínua para melhorar a qualidade do atendimento aos usuários com mobilidade reduzida. Os ônibus que compõem a frota do Rio de Janeiro atendem as regras de acessibilidade no transporte de passageiros, de acordo com a determinação da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Todos os veículos são considerados adaptados, com a instalação de dispositivos que facilitam o deslocamento, como corrimãos, colunas, alças e interruptores para solicitação de paradas na altura apropriada e sinalização adequada, além de mecanismos táteis. Os bancos preferenciais também foram reposicionados para facilitar o acesso, sendo identificados com cores diferentes.

De acordo com o último levantamento, 91% da frota está equipada com elevadores hidráulicos, a fim de facilitar o embarque e o desembarque dos usuários. A adaptação de toda a frota acontecerá gradativamente com o processo de renovação, a partir da compra de veículos novos, uma vez que os coletivos fabricados antes de 2008 não possuem condições técnicas de receber os equipamentos. Para se ter noção dos investimentos feitos no sistema de transporte, até 1988, só havia sete ônibus adaptados com elevadores.

Os consórcios mantêm programas de capacitação contínuos, inclusive voltados para motoristas novos. A entidade, no entanto, reconhece falhas pontuais no sistema, que são reparadas logo após serem informadas. Para facilitar o uso, são fixados adesivos nos aparelhos para orientar os funcionários, que recebem também a recomendação de realizar testes antes do início do trabalho, a fim de identificar quaisquer problemas.”

BRT
“O BRT Rio lamenta o fato ocorrido com o passageiro, que não condiz com o padrão de atendimento exigido para o embarque de cadeirantes. Além de orientar nossos profissionais para que se coloquem à disposição das pessoas com deficiência, estamos reforçando a necessidade de atenção dos motoristas na abordagem da plataforma. Esse aspecto tem merecido todo o cuidado nos treinamentos ministrados aos novos profissionais.

O BRT Rio possui estações e veículos acessíveis. Enquanto as estações dispõem de rampas de acesso, piso tátil, catracas para pessoas com deficiência e possibilitam embarque em nível, os ônibus têm dispositivos para facilitar o embarque de cadeirantes (rampa escamoteável) e espaço para abriga-los no seu interior, além de piso antiderrapante, sinalização sonora e visual.

O BRT Rio também conta com agentes de plataforma, além de outros profissionais capacitados, que têm entre suas atribuições a ajuda a cadeirantes, cegos e outras pessoas com deficiência. Esses agentes devem oferecer ajuda, independentemente de solicitação. Na prática, contudo, há pessoas que declinam da ajuda ou que aceitam o auxílio de outros passageiros.

Desde o final do ano passado, temos feito treinamentos de acessibilidade, ministrados pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD): cerca de 95 profissionais do BRT Rio passaram por esses treinamentos, e atuarão prioritariamente nos terminais Paralímpico, Centro Olímpico e Jardim Oceânico, na estação Salvador Allende, além de outros terminais e estações de maior movimento.

Todavia, reconhecemos que ainda há muito por se fazer, inclusive nos acessos antes de se chegar às estações e terminais. Os Jogos Paralímpicos são uma excelente oportunidade para acertar pontos que não estão em conformidade.”

SuperVia
“A SuperVia trabalha na adaptação das suas estações para tornar acessível a circulação de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.​ A concessionária tem como objetivo eliminar obstáculos e criar comodidades para proporcionar cada vez mais autonomia nos deslocamentos de seus passageiros. Desde 2011, ano que a atual gestão assumiu a administração da SuperVia, está em andamento o programa de reforma para inclusão de itens de acessibilidade em todas as estações. Até o momento, 22 estações passaram por intervenções e receberam componentes como elevadores, escadas rolantes, piso tátil, rampas de acesso, e bilheterias e banheiros adaptados. O investimento previsto é de R$ 376 milhões.

Outros R$ 250 milhões foram investidos ao longo do último ano na reforma das seis estações estratégicas para atendimento do público dos Jogos Rio 2016 (São Cristóvão, Engenho de Dentro, Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos e Ricardo de Albuquerque).

O atendimento aos deficientes físicos também inclui a utilização de rampas móveis nas estações que podem ser apoiadas nos trens para facilitar o embarque e desembarque; espaços destinados aos cadeirantes e assentos preferenciais em todos os trens; e funcionários de estações devidamente treinados e capacitados para prestar auxílio na condução de pessoas em cadeiras de rodas e com deficiência visual mediante pedido de apoio por parte do passageiro. A SuperVia orienta que todos os passageiros que precisam de apoio peçam ajuda ao agente da estação. Assim, o funcionário poderá auxiliar o passageiro de acordo com suas necessidades, sem que ele tenha suas capacidades subestimadas. No caso do apoio a cadeirantes, o agente irá se informar sobre a estação de desembarque do passageiro para providenciar o posicionamento da rampa e orientar o maquinista quanto a ampliação do tempo de fechamento das portas naquela estação.

Todos os profissionais que trabalham no contato direto com os passageiros passam por treinamento e reciclagens periódicas que envolvem relação com o cliente em diversas situações que possam ocorrer no sistema ferroviário. A capacitação inclui temas como Código de Ética, Conduta e Postura, além de Controle Emocional e Administração de Conflitos. Para a Paralimpíada esse treinamento foi reforçado, incluindo palestras ministradas por deficientes físicos.​​”

Com relação à fiscalização, a SMTR informa que o elevador é um dos itens checados na vistoria anual e em fiscalizações realizadas frequentemente nas ruas e nas garagens das empresas de ônibus. O mau funcionamento ou inoperância do equipamento é infração gravíssima ao Código Disciplinar dos Ônibus, publicado em 2012. Caso um coletivo que esteja com o elevador inoperante seja flagrado por fiscais da SMTR é imediatamente lacrado e o consórcio responsável recebe multa no valor de R$ 1.560.

A Secretaria faz um apelo para que qualquer irregularidade seja comunicada ao 1746, canal de comunicação da Prefeitura com o cidadão. Todas as denúncias são rigorosamente checadas e usadas para direcionar ações de fiscalização.

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No Rio, Avenida Brasil tem nova interdição

domingo, 9 de agosto de 2015

Motoristas que nesta última semana enfrentaram longos engarrafamentos na Avenida Brasil, devem se preparar para dias de congestionamentos ainda maiores. A partir deste sábado (8), a Avenida Brasil terá a pista central, no sentido Zona Oeste, vai ser totalmente interditada no trecho entre o Trevo das Missões, em Cordovil, e o Trevo das Margaridas, em Irajá. As interdições são para a realização das obras do BRT Transbrasil.

Inicialmente programada para o dia 1º de agosto, essa interdição causou tantos transtornos no trânsito, que precisou ser adiada para a realização de ajustes. O trecho fechado ao tráfego tem aproximadamente quatro quilômetros.

A faixa reversível será mantida neste trecho, na pista central sentido Centro. Sendo o que o início da sua implantação, no sentido Zona Oeste, vai funcionar nos dias úteis, das 11h às 21h. Caminhões e carretas estão proibidos de circular pela faixa reversível.

Nos demais dias e horários, essa faixa vai funcionar normalmente como exclusiva de ônibus, no sentido Centro.

A Secretaria de Transportes observa ainda que a faixa reversível deve ser usada somente por veículos que vão seguir para a Zona Oeste. Motoristas que forem para a Rodovia Presidente Dutra devem seguir pela pista lateral. Inclusive os ônibus.

Os caminhões com altura superior a 4,5 metros não vão poder seguir pela Avenida Brasil após o acesso à Via Dutra. Eles devem seguir pela Avenida Brasil, Via Dutra, entrar no Viaduto Coronel Phidias Távora (no Jardim América), seguir pela Avenida Rio D’Ouro pegar novamente a Via Dutra e a Avenida Brasil.

A CET-Rio calcula que haverá impacto no trânsito da própria Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste, com reflexos na Rodovia Washington Luís. Por isso, aconselha a população a usar o transporte público e, se possível, optar pela Linha Vermelha ou rotas alternativas, como o corredor da Rua Vinte e Quatro de Maio, Avenida Pastor Martin Luther King, Avenida Leopoldo Bulhões, em direção à Zona Oeste.

A CET-Rio lembra ainda que a faixa reversível no trecho entre o Caju e a Ilha do Governador continua a ter o horário de funcionamento das 13h às 21h e passou a ser implantada também aos domingos, desde 2 de agosto, com o objetivo de minimizar o impacto das interdições na Ponte Rio- Niterói.

Informações: G1 Rio

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Especialistas apontam alternativas para o preço da passagem caber no bolso

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

No Rio e na maioria das cidades brasileiras, o passageiro sustenta praticamente sozinho a operação dos transportes públicos, por meio da tarifa, que têm registrado repetidos reajustes acima da inflação. Especialistas apontam que a saída para conter essa trajetória de alta é encontrar outras fontes de custeio do transporte, que não sejam somente a passagem.

A série de reportagens ‘Tendências dos transportes’, iniciada hoje no DIA, mostra que a divisão de responsabilidades entre o poder público, usuários e não usuários do transporte coletivo pode fazer com que os reajustes tarifários não pesem tanto para a população. Levantamento da União Internacional dos Transportes Públicos (UITP), elaborado no ano passado, aponta que a maioria das redes de transporte do mundo conta com apoio governamental para cobrir os custos de operação. Segundo o relatório da UITP, mesmo com o aumento dos preços de energia e de mão de obra, graças aos subsídios, 60% dos metrôs das cidades europeias tiveram queda no valor real (descontada a inflação).

“No Brasil, precisamos sair da lógica perversa de que só a tarifa paga o custo do serviço. É necessário criar fundos especiais para pagar infraestrutura e os custos operacionais do transporte. Enquanto a gente não sair dessa equação financeira, sempre haverá reclamação quando as tarifas aumentam”, aponta o presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha.

MENOS PASSAGEIROS

Balanço divulgado no fim do mês passado pela NTU mostrou que a quantidade de usuários de transportes públicos sofreu queda de 2%, entre 2013 e 2014, em nove capitais do país. “As pessoas estão deixando de usar o transporte porque o desemprego aumentou, as tarifas subiram e elas não têm recursos”, acrescenta Cunha.

A Associação das Autoridades Europeias de Transportes Metropolitanos (EMTA) avalia que, em média, apenas 47% dos custos operacionais são cobertos pelo valor das passagens.

O relatório da UITP chama atenção para alguns exemplos de subvenção ao setor que deram certo. A capital da Estônia, Tallinn, é um dos casos de sucesso. Em 2013, a cidade implementou um dos maiores programas de transporte público gratuito da Europa, atendendo seus mais de 400 mil habitantes. Como resultado, a demanda de passageiros aumentou 3%, sendo que 1,2% é atribuído às extensões feitas na frequência da rede e dos serviços.

“Constatamos que, nas primeiras semanas, o número de pessoas que usam os transportes públicos aumentou, portanto decidimos aumentar o número de ônibus em serviço”, explicou o então prefeito adjunto Taavis Aas, na publicação da UITP. Entretanto, a gratuidade teve um custo para a prefeitura, o que representou, em 2010, uma perda de cerca de 12 milhões de euros da venda de bilhetes — 23% dos custos do transporte local no ano.

A presidente da UITP para América Latina, Eleonora Pazos, defende, no entanto, que haja outras fontes de custeio, que não só o subsídio. “Cada vez mais devemos não ser dependentes só dos subsídios. Por exemplo, com a crise, alguns países da Europa não podiam aumentar o subsídio e os transportes quebraram”, alerta ela, citando o caso de Atenas, na Grécia, que sofreu perda de 17% dos passageiros. “É preciso criar novos modelos que permitam aos operadores terem outras receitas que retroalimentem os transportes e compensem o subsídio público”, diz ela, citando a receita de publicidade, como exemplo.

Cide poderia baratear a passagem

Para custear o transporte nas cidades brasileiras, o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte, Nazareno Affonso, sugere a municipalização do imposto cobrado sobre a gasolina (Cide) para que as prefeituras possam subsidiar o transporte público. “Por ser um serviço essencial, o transporte deve ser custeado por toda a sociedade, e não só pelos passageiros”, defende ele. Outra fonte de recursos para financiar o transporte público, na opinião de Nazareno Affonso, deveria ser a criação de pedágio urbano e concessão pública de estacionamentos para financiar os transportes.

Fora do Brasil, há muitos exemplos de criatividade para estabelecer modelos de custeio que vão além da contribuição pública e dos recursos das passagens. Alguns sistemas de transporte estão investindo para aumentar as receitas de publicidade, como o Metrô de Santiago, no Chile, que cobre 18% de seus custos usando a estratégia. Segundo a UITP, o órgão gestor do transporte público em Londres, na Inglaterra, está identificando mais oportunidades de aumentar os rendimentos a partir de parcerias de publicidade com supermercados e redes varejistas. Em Hong Kong, o bilhete de transporte funciona como cartão de compras e um percentual das transações é revertido para custear o transporte.

Prefeitura do Rio é contra subsídio

No Rio, a prefeitura opta por não subsidiar diretamente a passagem de ônibus. As concessionárias dividem os custos das integrações tarifárias garantidas pelo Bilhete Único Carioca, que dá desconto nos transportes no município. Em contrapartida, o município reduziu a alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) para as empresas do setor de 2% para 0,01%. A exceção de subvenção direta é no âmbito do governo estadual, que gastou R$ 600 milhões no ano passado para financiar as integrações do Bilhete Único Intermunicipal.

“É um entendimento do prefeito Eduardo Paes de que repasses diretos do município para as empresas são muito mais questionáveis”, disse o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, em entrevista recente ao DIA. 

Há exceções entre as grandes cidades no Brasil que subvencionam diretamente o transporte. São Paulo é o município que mais subsidia a operação dos transportes públicos no país, aplicando cerca de R$ 2 bilhões por ano, o que representa 22% dos custos do serviço. 

Outro exemplo é Campinas, que repassou R$ 5 milhões por mês ao sistema no ano passado. Em Goiânia, o Tesouro Estadual financia 50% do valor da tarifa aos usuários do Eixo Anhanguera. As demais formas diretas de subvenção pública no país são para concessão de gratuidades. No Rio, até esse custo está incluído nas tarifas dos passageiros pagantes.

No mundo, levantamento da NTU mostra, em Barcelona, por exemplo, o governo arca com metade da tarifa. Em Paris, o subsídio é de 65%; 70%, em Madri; 57%, em Londres; e 53%, em Nova York.

Informações: O Dia


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