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Edital do Metrô de Salvador já está pronto

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O governador Jaques Wagner (PT) concedeu entrevista ao programa Balanço Geral da TV Itapoan no início da manhã de ontem e abordou pontos cruciais referentes a Salvador, a exemplo dos setores de turismo e mobilidade. Uma novidade anunciada foi sobre o metrô que ligará a capital ao município vizinho de Lauro de Freitas ao longo da Avenida Paralela, a chamada Linha 2. Wagner garantiu que o edital de licitação para escolha da empresa que ficará responsável pela obra já está pronto.

Com isso, conforme a Tribuna havia antecipado, a expectativa é que as obras se iniciem em janeiro de 2012. Questionado sobre os problemas que acometem o trânsito da cidade, como os congestionamentos e a falta de um transporte público de massa que atenda à demanda da população, o governador voltou a apontar o metrô da Paralela como instrumento potencial para amenizar a situação. A reportagem tentou contato com o titular da Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), Cícero Monteiro, em busca de informações sobre o lançamento do edital, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição.

 Com o embalo dos preparativos da Copa do Mundo 2014, da qual Salvador é uma das cidades-sede, Jaques Wagner anunciou um projeto inovador para o Pelourinho, um dos principais cartões-postais da cidade. O governo do estado vai lançar um programa de cadastramento e de treinamento para os vendedores ambulantes que trabalham no Centro Histórico. Os trabalhadores passarão a usar um uniforme. “Há uma abordagem ao turista de uma forma que fica desagradável.

Queremos que ele seja abordado para esta venda de forma tranquila e educada, de uma forma que não afugente o turista”, disse o governador. As regras deverão entrar em vigor já no próximo ano.

Ainda no âmbito do Pelourinho, para coibir os assaltos, serão instaladas novas câmeras de segurança e, segundo o governador, uma agenda cultural mais intensa deverá aumentar a movimentação noturna no local. Wagner anunciou para a Operação Verão em todo o estado a mobilização de todo o efetivo de 12 mil policiais civis e militares mediante pagamento de horas extras.

Outro tema comentado por Wagner foi a queda do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), que protagoniza a saída do sétimo chefe de pasta na Esplanada dos Ministérios neste primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Sobre a possibilidade de interligação entre os ministros que já saíram do governo, especulada pela imprensa nacional, Wagner minimizou e afirmou também que é descartada a hipótese de má condução do governo e/ou de crise na gestão de sua correligionária. “Houve uma coincidência neste primeiro ano dela (da presidente Dilma Rousseff). Carlos Lupi (ex-ministro do Trabalho) é o sétimo, mas o Nelson Jobim (ex-ministro da Defesa) foi desentendimento”.

Os outros cinco ex-ministros - Antônio Palocci (Casa Civil), Wagner Rossi (Agricultura), Alfredo Nascimento (Transporte), Orlando Silva (Esporte) e Pedro Novais (Turismo) - deixaram o cargo após denúncias de corrupção. Para o governador da Bahia, o afastamento do cargo ajuda na condução das investigações das denúncias. “Se tem uma denúncia e não consegue esclarecer, o cidadão não consegue trabalhar, fica praticamente respondendo a acusação”.





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Sistema cicloviário de Salvador não sai do papel

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Apresentado na Câmara Municipal de Salvador no último mês de julho, o projeto do sistema cicloviário da capital baiana segue na Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) a espera de recursos para finalmente sair do papel. Orçadas em R$ 40 milhões, a obra tem início previsto para 2012 e duração de dois anos.

O projeto, que prevê a instalação dos 188 quilômetros de malha cicloviária em Salvador, foi dividido em três etapas. A primeira contempla a orla da cidade e integra a capital baiana com Lauro de Freitas, onde serão construídos outros 60 quilômetros de ciclovia. Nessa etapa inicial, toda a estrutura voltada para os ciclistas, que já existe na região de borda da capital baiana será requalificada, incluindo ainda a construção de ciclofaixas e bicicletários.

A segunda etapa engloba o Centro Histórico de Salvador, onde se estuda a implantação de um plano piloto de bicicletas públicas, assim como ocorre em Paris, na França, e em Santiago, no Chile. Nessas localidades, os habitantes pagarão uma taxa e terão o direito de trafegar com bicicletas cedidas pelo Governo do Estado. A prática é considerada uma solução viável para aqueles que não possuem meio de transporte próprio e também não podem arcar com a passagem cobrada pelos veículos de transporte coletivo.

A terceira e última parte do projeto segue da Avenida Luis Viana Filho (Paralela) em direção ao centro da cidade. As principais estações de transbordo da capital baiana, como Iguatemi, Lapa, Pirajá e Mussurunga, bem como os pontos de acesso ao metrô e terminal náutico, serão interligadas às ciclovias como parte de um plano de integração entre transportes.

Além de apresentado na Câmara Municipal, o projeto que prevê a construção de ciclovias em Salvador também conta com uma lei de autoria do vereador Gilmar Santiago (PT) e já sancionada pelo prefeito João Henrique. A legislação institui diretrizes para a implantação de ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, rotas operacionais de ciclismo e locais específicos para estacionamento como parte de um esquema de transporte voltado à mobilidade urbana sustentável, normatizando o plano de construção do sistema cicloviário confeccionado pela Conder.

A medida determina também que os terminais e estações de transportes de passageiros, edifícios públicos, escolas, shoppings e outros locais de grande concentração de pessoas se adéquem implantando meios que facilitem o acesso dos ciclistas, grande reivindicação de quem costuma se locomover pela cidade com uma bicicleta.

Perfil - Encomendada pela Coder, uma pesquisa piloto revelou o perfil dos ciclistas de Salvador. Conforme o estudo, existe a predominância do sexo masculino entre os que utilizam a bicicleta como meio de transporte (a maioria com idade entre 18 e 35 anos). Boa parte dos ciclistas está empregada nas áreas do comércio, serviços e construção civil, com renda de até um salário mínimo.

Ainda segundo a pesquisa, entre as motivações para a utilização da bicicleta nas vias urbanas da capital baiana, destacam-se o preço elevado das passagens de ônibus, a insuficiência das linhas existentes e ainda o fato das viagens serem mais curtas e rápidas. Os que não utilizam a bicicleta justificaram o perigo no trânsito e a pavimentação inadequada das vias de tráfego.





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Serviço de mototáxi explode em Salvador

quarta-feira, 16 de março de 2011

O mototáxi foi um dos meios de transporte mais procurados durante o último carnaval de Salvador. Imagens de foliões rumo aos circuitos da festa na garupa de motos foram comuns, bem como as de infrações de trânsito cometidas pelos condutores.

Embora avance na cidade a um ritmo médio de 25% por ano, segundo estimativas do sindicato, o serviço de mototáxi é ilegal em Salvador, pois ainda não foi regulamentado pela prefeitura. Isso significa, por exemplo, que os mototaxistas não são cadastrados nem submetem os veículos a inspeções obrigatórias.

Uma lei federal de 2009 regulamentou as profissões de mototaxista e motoboy. Fixou exigências para exercício da atividade, como idade mínima de 21 anos e de dois anos de habilitação, mas deixou a criação de normas específicas a cargo das prefeituras.

O resultado é o avanço da clandestinidade em municípios que ainda não criaram legislação para esse tipo de transporte, como Salvador. Estimativa de 2009 do sindicato das empresas de ônibus apontou 2.000 a 3.000 mototaxistas em atividade na cidade, número que hoje supera 4.000, segundo o sindicato dos condutores.

“É uma quantidade imensa de mototaxistas rodando. É impossível proibir”, afirma Henrique Balthazar, presidente do Sindmoto-Bahia, que representa motoboys e mototaxistas no Estado. A frota de motos da capital baiana é de 84.685 unidades. O serviço de mototáxi se concentra em bairros populares, e cada condutor chega a fazer até 30 corridas por dia, a uma tarifa média de R$ 2 a R$ 3 por viagem.

O vácuo legal motivou, no mês passado, uma ação do Ministério Público da Bahia contra a Prefeitura de Salvador. A Promotoria cita dados como 3.693 vitimas de acidentes de moto na cidade em 2009 para pedir à Justiça que obrigue a prefeitura a fiscalizar o serviço. “O que não pode existir é o estado de absoluta clandestinidade que existe hoje”, afirmou a promotora Railda Suzart.

Durante o Carnaval, uma operação da prefeitura apreendeu 115 motocicletas. Segundo a Transalvador, órgão de trânsito municipal responsável pela ação, as apreensões foram motivadas por infrações de trânsito. A operação resultou em um protesto de mototaxistas na última sexta-feira (11). A categoria reclamava de arbitrariedade nas apreensões.

A Transalvador informou, por meio de assessoria de imprensa, que a regulamentação do serviço de mototáxi na cidade ainda está em estudo. A prioridade, afirma o órgão, é garantir a segurança de condutores e usuários.

O tema motivou também um projeto de lei de regulamentação da atividade proposto nesta semana na Assembleia do Estado pelo deputado Sargento Isidório (PSC). O próprio prefeito de Salvador, João Henrique(PP), defendeu a regularização ao afirmar à imprensa do Estado que os mototaxistas “tiveram grande utilidade” durante o carnaval na cidade.

Situação se repete em outras capitais
A expansão clandestina do serviço de mototáxi é um problema nacional. Segundo a Fenamoto (Federação dos Mototaxistas e Motofretistas do Brasil), a maior parte das capitais ainda não regulamentou a atividade. Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Goiânia (GO) e São Luís (MA) são exceções onde os mototaxistas já circulam regularmente.

“A demora [na regulamentação] é normal, porque a lei é nova e todos estão se adaptando”, afirma o presidente da Fenamoto, Robson Alves. No entanto, uma ação direta de inconstitucionalidade movida no final de 2010 pela Procuradoria Geral da República (PGR) pode atrasar ainda mais ou até impedir a regularização da atividade. Para a PGR, que pede ao Supremo Tribunal Federal o fim da regulamentação da profissão de mototaxista, a lei federal que liberou a atividade trouxe um problema de saúde pública, ao estimular um serviço suscetível a acidentes.



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Salvador pode se tornar a cidade com mais quilômetros de ciclovias do Brasil

sábado, 3 de setembro de 2011

O zigue-zague dos ciclistas entre carros, ônibus e pedestres é cena natural na cidade de Salvador, que atualmente resume a malha cicloviária a 20 km, composta por aproximadamente 17,5 km de ciclovia e 2,5 km de ciclofaixas. Nenhum bicicletário e nenhum vestiário municipal dão suporte ao cotidiano dos adeptos do veículo, que também são impedidos se deslocar por meio do transporte convencional, como o ônibus, ou através dos típicos Elevador Lacerda e Plano Inclinado, que ligam a cidade alta à baixa. 

Há 15 anos, o pedreiro Carlos de Jesus, de 47 anos, usa a bicicleta como único meio de transporte. Morador do bairro de Mussurunga, em Salvador, ele pedala mais de 20 km até o trabalho, no bairro de Ondina, todos os dias. “Quando penso em pegar um ônibus é uma tristeza, mas quando eu apanho a bicicleta, eu vou embora e esqueço do mundo”, conta. Para chegar ao destino final, Carlos evita o percurso que seria menor, a Avenida Paralela, por medo de acidentes – prefere ir pedalando partindo de Itapuã. “Não aconselho que nenhum ciclista transite pela Paralela, lá os ônibus têm a linha expressa e eles não respeitam a bicicleta”, afirma.

O arquiteto Reinaldo Cezimbra, 30 anos, poderia fazer o mesmo todos os dias. Mas, ao contrário do pedreiro, o arquiteto prefere circular do trabalho para casa em seu carro por medo de acidente.

“Pedalo há 14 anos e até hoje não tive coragem de ir ao trabalho de bicicleta. Moro na Pituba e trabalho na Barra, justamente um trecho que não tem ciclovia”, pontua. Para poder usufruir o hobby de andar de biclicleta, Cezimbra participa do grupo Mural de Aventuras, que percorre canteiros urbanos e promove viagens.
Entre os principais projetos de mobilidade urbana de Salvador para a Copa 2014, está o intitulado ‘Cidade Bicicleta – Mobilidade para Todos’, sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - Conder e que tem sido agenciado pela Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo Fifa 2014 - Secopa.

A Reportagem convidou Ney Campello, gestor da Secopa, para experimentar o drama de quem se aventura pelas ruas soteropolitanas por algumas horas. No dia 6 agosto, o secretário visitou, sobre duas rodas, três trechos da cidade: do Porto até o Farol da Barra (sem ciclovia), da Amaralina até a Pituba (com ciclovia) e Piatã (com ciclofaixa). (Confira passeio no vídeo ao lado).

“Realmente há uma diferença muito grande entre enfrentar os percalços da rua e andar em vias com faixas sinalizadas, que dá muito mais conforto. A gente viu material de construção no meio da ciclovia, trechos que se interrompem, que podiam ser interligados. São dificuldades que precisam ser superadas”, reflete Campello.

O único projeto no âmbito estadual voltado para o ciclista começou a ser pensado em 2008, e agora ganha força com vistas à Copa do Mundo 2014, com custo estimado de R$ 41 milhões. O ‘Cidade Bicicleta – Mobilidade para Todos’ prevê a implantação de 217 km de malha cicloviária em Salvador e Lauro de Freitas. O coordenador do projeto, Itamar Mussi, da Companhia de Desenvolvimento Urbanístico da Bahia (Conder), conta que serão beneficiadas todas as principais avenidas expressas como a Avenida Luis Viana Filho, mais conhecida como Paralela, Av. Vasco da Gama, Av. Anita Garibaldi, Av. Mário Leal Ferreira, também conhecida como Bonocô, além do centro da cidade.

“A intenção é que seja implantado em todo o mapa viário, incluindo a qualificação e recuperação da estrutura que já existe, que não chega a 20 km. Uma grande parte da classe média não utiliza por falta de infraestrutura e por ter oportunidade de andar de carro. Potencialmente é o público, nosso interesse é que eles passem a aderir, que mude o hábito cultural, que as crianças sejam instruídas ao uso da bicicleta”, conta.

Cerca de 4 mil questionários foram aplicados durante o ano de 2009 para entender a cultura da bicicleta na cidade e fundamentar a execução do projeto. Com base no levantamento, a Conder constatou que há uso intensivo do equipamento por parte da classe trabalhadora. “Do total, 80% dos entrevistados recebem até três salários mínimos, têm mais de 18 anos e são homens”, relata Mussi.

Sobre os principais entraves da mobilidade, o coordenador expõe que 80% apontaram o perigo do tráfego e apenas 4% indicaram as ladeiras como dificuldades, o que, de acordo com Mussi, derruba o mito da inviabilidade topográfica. “O uso para deslocamento até o trabalho foi a principal motivação acusada pelas pessoas. A partir desse estudo, começamos a iniciar o planejamento cicloviário para Salvador e Lauro de Freitas, como também para mais quatro cidades: Cruz das Almas, Itamaraju, Prado e Porto Seguro”, indica.

A nova órbita

De acordo com Itamar Mussi, 70 km do percurso cicloviário estarão acoplados ao modelo de transporte que será implantado entre o Aeroporto e a Rótula do Abacaxi.

Os cerca de 140 km restantes serão aplicados em pontos distintos da cidade, que ainda passa por avaliação de prioridade, em prazo que se estende até 2014. Um dos pré-requisitos, no entanto, é a integração com todos os tipos de transporte, seja metrô, BRT ou os trens do Subúrbio Ferroviário da capital. Outra premissa é a menor interferência no trânsito diário.

“Estamos pensando a possibilidade de criar estruturas nas vias de modo que não sejam prejudicadas a pista e a calçada. Assim, se temos uma via com três faixas, a largura de cada uma delas pode ser diminuída. Será um redimensionamento, combinação da demanda com a malha que já tem”, diz.

Bicicletários estão contemplados no projeto – o estágio atual do ‘Cidade Bicicleta’ propõe a instalação de 53 espaços dedicados à acomodação do equipamento ao longo dos 217 km da malha infraviária. “Eu acho que nós teríamos que oferecer, no início do funcionamento da Arena da Fonte Nova, que quem for de bicicleta e estacionar no bicicletário vai pagar meio ingresso na Copa”, revela Ney Campello. Por outro lado, vestiários não foram incluídos na concepção do projeto e, na prática, segundo Mussi, só existirão por livre iniciativa dos terminais de transporte coletivo, de responsabilidade da prefeitura.

Se todos os 217 km do projeto ‘Cidade Bicicleta’ forem concretizados, o secretário Ney Campello afirma que a Bahia ultrapassará os 200 km do Rio de Janeiro, hoje recorde brasileiro. “Salvador será a segunda cidade com maior oferta desse tipo de mobilidade na América Latina, só menor que o Bogotá [Colômbia]. Vai ser uma revolução”, defende.
tabela de preços de construção de vias bahia (Foto: Arte/G1)
Legislação

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) se refere à bicicleta como “veículo de propulsão humana, dotado de suas rodas, não sendo similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor”.

Para o uso da bicicleta, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece a obrigatoriedade de equipamentos como campainha, a sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de retrovisor no lado esquerdo.
Entre as infrações firmadas no Código, o condutor de um veículo motorizado pode sofrer sanção caso não mantenha distância mínima lateral do ciclista de um metro e meio (infração média e multa) ou não reduzir a velocidade quando ultrapassar a bicicleta (infração grave e multa).

Fonte: G1.com.br

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Entenda como obra do VLT de Salvador passou a custar R$ 5,2 bilhões

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Em fevereiro de 2019, o governo da Bahia assinou contrato com o Consórcio Skyrail, formado pela chinesa Build Your Dreams (BYD) e Metrogreen, para a construção do VLT do Subúrbio de Salvador. O novo modal substituiria o sistema de trens que atendia 10 estações e ligava os bairros da Calçada a Paripe, na capital baiana.

Na ocasião, todos os órgãos do governo estadual envolvidos na ação anunciaram, através de publicações nos sites oficiais, que o valor estimado do investimento para a obra seria de R$ 1,5 bilhão, com prazo para conclusão em 36 meses a partir da assinatura do contrato. No mesmo ano, a obra teve ordem de serviço autorizada.

O governo chegou a divulgar a previsão de que o projeto estaria 100% concluído no segundo semestre de 2024. A promessa era de que, no primeiro semestre de 2023, haveria um trecho de pouco mais de quatro quilômetros que chegaria até a parada Lobato.

Porém, quatro anos depois a realidade é muito diferente. Com contrato assinado, a obra sofreu sucessivas alterações de prazos de entrega, de traçado e principalmente de valores. Dos iniciais R$ 1,5 bi para a conclusão do VLT, o valor atual já passa de R$ 5,2 bilhões, um aumento de 246%.

Estava previsto para esta quinta-feira (13) o julgamento de quatro processos que analisam o contrato para a construção do VLT do Subúrbio no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). No entanto, por conta de alteração na pauta, o processo foi reagendado, na manhã desta quinta-feira, para o dia 25 deste mês.

Causas do desequilíbrio financeiro
Um relatório de análise feito pelo próprio Governo do Estado, e concluído em janeiro de 2020, já apontava causas do desequilíbrio financeiro do projeto.

De acordo com o documento, alterações nos marcos operacionais, com impactos no cronograma de implantação, no fluxo de aporte público e na programação de pagamentos das contraprestações públicas anuais foram uma das razões.

O documento aponta como causas desse desequilíbrio os atrasos nos processos de licenciamento do projeto e necessidade de ritos de licenciamentos não previstos.
O relatório aponta ainda como fator de desequilíbrio alterações no traçado original com supressão de investimentos e custos operacionais pela redução da extensão originalmente prevista e o número de paradas a partir de apontamentos e exigências feitas pelo IPHAN para aprovação do projeto, o que alterou o traçado da via.

E por fim, o relatório aponta também a inclusão do novo trecho (Fase 2) entre São Joaquim e o Acesso Norte, o que, apesar de ser considerado fator de desequilíbrio, era uma condição prevista em contrato.

Reequilíbrio financeiro é motivo de embate
E são justamente as questões ligadas ao reequilíbrio financeiro da obra que têm causado embates. Antes mesmo da assinatura do contrato, a questão financeira foi um entrave entre BYD e governo do Bahia. Ao longo dos anos, ocorreram sucessivas reuniões entre as partes com clima de animosidade em relação a atualização de valores e aditivos.

Em ao menos duas ocasiões, o governo precisou negar publicamente o rompimento do contrato do VLT. No entanto, em uma das negativas, deixou evidente a insatisfação com os rumos do negócio.

Informações: G1 Bahia
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Bahia vai substituir trens de subúrbio por VLT

domingo, 8 de março de 2015

Ainda em 2015 deve ser aberta uma licitação para a aquisição de novos Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT) que devem substituir antigas composições do sistema de trens do Subúrbio da Bahia, de acordo com a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB).

Atualmente rodam 2 trens Kawasaki/Toshiba – Série 5900, e outras 5 composições “AFC” General Electric.

Existem ainda planos para ampliar o serviço. “Dos atuais 13,5 km e 10 estações, o sistema, quando transformado em VLT, terá 18,5 km e 21 estações, sendo ampliado para chegar ao bairro do Comércio, na região do Terminal da França, e à região de São Luís, no bairro de Paripe”, diz a nota endereçada ao jornal “A Tarde“.

Outro fator de melhoria será a redução do intervalo entre as composições, além da redução do tempo de viagem.

O sistema de trens do Subúrbio foi transferido da Prefeitura de Salvador para o Governo do Estado em abril de 2013. Neste ano, a linha transportava 19 mil passageiros por dia.

Informações: ViaTrolebus


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Projeto pretende criar 217km de ciclovias em Salvador

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Conder) lançou no ano de 2012, o Plano de Mobilidade Urbana para Salvador e o Projeto Cidade Bicicleta – apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, com estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte. As obras devem começar no 1º semestre de 2013.

Com um investimento de cerca de R$ 41 milhões, o Projeto promete implantar um sistema cicloviário na cidade ao ampliar a malha cicloviária para 217 Km. Números não oficiais dizem que a capital baiana tem, hoje, aproximadamente 20km de ciclovias.

“Este projeto pretende dotar as cidades da Bahia, em especial Salvador e sua macrorregião, de sistemas cicloviários completos que permitam o pleno circuito do trabalhador, da população nas atividades sociais e esportivas e do turista”, diz descrição encontrada no site da Secretaria de Planejamento.

Em andamento

A primeira fase do Cidade Bicicleta já está em curso, com a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas, somando aproximadamente 64 km de ciclovias situadas basicamente em pontos de interesse para o mundial: entorno da Arena Fonte Nova (palco dos jogos na capital baiana) e no percurso do Centro até a orla, incluindo pontos turísticos da Cidade Baixa e Centro Antigo.

Para o Superintendente da Conder, Antônio Brito, o sistema cicloviário do Projeto Cidade Bicicleta é uma alternativa para solucionar a mobilidade urbana em Salvador e em mais 41 municípios baianos. “Esse modelo é uma tendência mundial e é totalmente adaptável à cidade, além de ser sustentável”, afirmou durante reunião com os membros do Grupo Executivo de Trabalho de Infraestrutura, em novembro.

Promessas não cumpridas

Apesar da iniciativa positiva, a população de Salvador continua desconfiada sobre qualquer proposta de mobilidade para a cidade. Isso por conta da quantidade de promessas não cumpridas, em especial o atraso histórico do Metrô, que teve sua construção iniciada em 2000 e até hoje não foi concluído. ”Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador.

Segundo o Jornal A Tarde, uma pesquisa feita pela Conder em 2009 apurou que 60% dos usuários de bicicletas na capital baiana não tem renda ou ganham até um salário mínimo. Para Antônio Brito, o projeto Cidade Bicicleta foi focado principalmente nas classes mais baixas.

“A Copa só veio a ajudar o início da sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas, etc. Estas pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não terem dinheiro para outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que tenham sua segurança comprometida devido aos [demais] veículos”, diz Brito.

Além de uma questão social, a bicicleta deve ser entendida como um meio de integração entre as pessoas, promoção da saúde e mais uma alternativa viável de transporte a qualquer cidadão. Não adianta pensar nas ciclovias apenas como uma maneira prática de tirar “o pobre do caminho dos carros”, para que não atrapalhem a fluidez. A bicicleta é uma solução real, para todas as classes sociais, gostos e motivações. Segregá-la da via apenas com a justificativa da segurança é empurrar para debaixo do tapete um problema que causa desgaste político e que, por isso, ninguém quer encarar de frente.

As cidades que vão receber as Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações 2013 (considerado evento-teste que antecede o mundial) sofrem, em geral, com os problemas do excesso de automóveis – e já sentem a necessidade de procurar soluções menos pontuais e paliativas para garantir o deslocamento de moradores e turistas.

O ideal é que os eventos esportivos deixem legados após as competições, melhorando a qualidade de vida das pessoas, com obras de infraestrutura urbana eficientes e, claro, que continuem estimulando a prática esportiva.

Por isso os investimentos em meios de transporte mais humanos e não motorizados devem ser vistos com bons olhos e cobrados das autoridades, especialmente considerando as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, legislação sancionada no início de 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Por Aline Cavalcante
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Linha 2 do metrô de Salvador terá 13 estações e 23 km

segunda-feira, 16 de março de 2015

Serão 13 estações, cinco terminais de integração com ônibus e 23 quilômetros de extensão percorridos em 31 minutos em qualquer hora do dia. Este é o projeto da Linha 2 do metrô de Salvador, que está em construção e envolve, atualmente, 755 trabalhadores, dos 7 mil previstos nos momentos de maior volume.

Em contato com a CCR e Governo do Estado, responsáveis pela gerência do metrô, o G1 detalha como está a situação desta linha, prevista para operar somente em 2017 e que irá ligar a Estação Acesso Norte, na capital baiana, a Lauro de Freitas, na região metropolitana.

Salvador já conta com a operação de parte da Linha 1, que tem 7,3 quilômetros de extensão e cinco estações já inauguradas - Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. A Linha 1 foi inaugurada em 2014: 14 anos após iniciar as obras.

No dia 9 de abril de 2015, o governo deverá liberar a Estação de Bom Juá e o sistema da Linha 1 passará a ter, ao todo, 8,7 quilômetros. Em junho, será a vez da Estação Pirajá ser entregue. Também está em obra a Estação Bonocô, localizada entre as estações Brotas e Acesso Norte. As intervenções de ampliação da Linha 1 devem ser finalizadas até julho deste ano, segundo previsão do presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).

"Hoje, até o Retiro, estamos transportando em torno de 26.270 mil pessoas por dia útil. Na última segunda-feira (9), tivemos o recorde de acessos por dia, que foi 31.134 pessoas em um único dia. O metrô, desde o início da operação, já carregou, aproximadamente, 3,9 milhões de passageiros", afirma o presidente da CTB Eduardo Copello. O sistema ainda realiza operação assistida, sem cobrança de tarifa.

As treze estações previstas para a Linha 2 são: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas. Segundo a CCR Bahia, atualmente, a Linha 2 passa por intervenções de infraestrutura como terraplanagem, drenagem e pavimentação, além de obras na região da alça de acesso da BR-324 à Avenida Antônio Carlos Magalhães.

O trajeto do metrô na Linha 2 não será subterrâneo, mas em superfície. Quando ficar pronto, o transporte irá sair da Estação Acesso Norte e seguirá sob as alças da BR-324 e da Avenida Bonocô. A partir deste ponto, no sentido Salvador Shopping, a linha avançará ora pelo canteiro central, ora pela marginal da Avenida ACM, parte na superfície e parte em nível elevado, chegando à futura Estação Detran.

A partir da Estação Detran, o metrô seguirá em via elevada por cerca de 200 metros, acompanhando a margem esquerda do Rio Camurujipe, até chegar à Estação Rodoviária. A partir desta, o sistema segue em superfície passando sob o elevado dos Rodoviários e Nelson Dahia, até a Estação Pernambués, que será localizada em frente ao Supermercado Macro. Já na Avenida Paralela, o metrô seguirá na superfície pelo canteiro central indo até a Estação Aeroporto. Posteriormente, os trens chegarão à Estação Lauro de Freitas.

Informações: Ruan Melo
Do G1 BA


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Metrô de Salvador completa dez anos e se consolida como a maior obra de mobilidade da capital

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Uma obra de mobilidade que tem transformado a vida de milhares de soteropolitanos, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas completa 10 anos de operação neste mês. E para celebrar esta data especial, passageiros que utilizam diariamente o modal, contaram as suas experiências diárias. 

Desde o início da operação, em 11 de junho de 2014, foram investidos mais de R$ 6,7 bilhões na operação do modal, que já atendeu cerca de 620 milhões de pessoas, em 34 milhões de quilômetros rodados. O metrô é um sistema de transporte urbano que se consolidou na capital por oferecer eficiência, comodidade e segurança. 

A estagiária do setor ambiental, Larissa Nascimento, 23 anos, moradora da cidade de Dias D'ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), precisava acordar bem cedo para chegar ao estágio no Caminho das Árvores. O trajeto era realizado todo de ônibus, e durava mais de 2h. Com o modal, esse tempo foi reduzido em 30 minutos. "Chegava sempre atrasada no trabalho por causa do trânsito intenso e agora diminuiu bastante. Após o trabalho sigo para a faculdade, em Ondina. A volta pra casa tem sido mais rápida e mais confortável também", contou.

A autônoma Maria Lúcia Santos vivia uma situação semelhante: levava uma manhã inteira para chegar à capital baiana de ônibus. "A gente saía da Ceasa, em Simões Filho, pegava essa BR toda, para chegar na Estação Pirajá, e outro ônibus. Era uma viagem. Agora, não, o metrô facilita", pontuou.

São 38 quilômetros de extensão e 22 estações, que compõem a Linha 1 (Estação Lapa, Estação Campo da Pólvora, Brotas, Bonocô, Retiro, Bom Juá, Pirajá, Campinas e Águas Claras) e a Linha 2 (Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto). O metrô faz ainda integração com dez terminais de ônibus e tem mais de 2 mil câmeras de monitoramento.

"São dez anos de uma história de desafios e 400 mil pessoas transportadas por dia. Sentimos de perto o resultado na vida das pessoas, que se traduz em mais qualidade de vida quando elas conseguem chegar mais cedo ao trabalho, em casa, quando tem segurança e pontualidade. Com o metrô, é possível programar os deslocamentos", comentou a presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Ana Claudia Nascimento. 

Entregue há menos de um ano, o Tramo 3, que liga Pirajá ao bairro de Águas Claras tem contemplado áreas populosas. A advogada Márcia Guedes mora na região e vai trabalhar todos os dias de metrô, no Centro da cidade. Mesmo sendo proprietária de um veículo, prefere fazer o percurso no modal. “Economizo tempo, em torno de duas horas. Levantava 5h30, 6h, para eu sair; agora, às 7h. Dá tempo de fazer tudo e eu consigo sair por volta de 8h30, 9h", explicou. 

Para o estudante de administração Marcos Nunes, 22, a experiência tem sido bastante positiva e se configura como uma mudança ímpar em sua vida. "Pego o metrô em Pirajá e desço em Brotas para assistir às aulas. Para chegar ao trabalho, após o curso, uso as linhas 1 e 2. Faço todo o trajeto de metrô. Antes era bastante demorado, agora consigo realizar todo esse percurso em pouco tempo. Tem melhorado muito a minha vida". 

Ampliação do modal

O Governo da Bahia segue trabalhando para a ampliação da Linha 1. Serão criadas duas novas estações: no Campo Grande e na Barra. "Em dezembro inauguramos cinco quilômetros do Tramo 3. O anteprojeto já está pronto e inscrito no PAC Seleções para adotarmos as providências necessárias. Dez mil passageiros deverão ser atendidos por dia. A obra ainda vai promover uma maior valorização da área, onde está localizado o Teatro Castro Alves", reiterou a presidente da CTB, que prevê para este ano ainda o início dos trabalhos ampliar o metrô até essa região.

Mobilidade sustentável

Outro ponto positivo do sistema metroviário diz respeito à sustentabilidade ambiental. Por serem movidos à energia elétrica, evitou-se a emissão de mais de 45 mil toneladas de CO2 (gás carbônico) em sete anos. A CCR Metrô Bahia, empresa que opera os trens, também investiu em outras inovações que racionalizam os recursos energéticos naturais. Como exemplo, a telemetria nos hidrômetros que evita desperdício com vazamentos, o reaproveitamento de água na lavagem de trens e a presença de sensores nas escadas rolantes para reduzir a velocidade na ausência de clientes.

De acordo com Júlio Freitas, diretor da Unidade de Negócios da CCR, essa redução de emissão de poluentes é bastante significativa. "Retiramos o equivalente a 22 mil veículos todos os anos das ruas. Isso impacta diretamente na vida das pessoas. Temos um compromisso com a sustentabilidade e a mobilidade. Enquanto reduzimos drasticamente o tempo de viagem, utilizamos uma energia limpa”. 

Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os sistemas de transporte ferroviário de massa seriam os principais protagonistas da descarbonização do transporte urbano. No Brasil, o setor de transporte, em 2021, foi responsável por 8,39% das emissões, sendo que as emissões do transporte rodoviário, em específico, corresponderam a 7,79%.

Informações: Governo da Bahia

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Empresa promete que o metrô de Salvador terá tecnologia de ponta

sábado, 16 de novembro de 2013

Quando o assunto é “projeto de mobilidade urbana em Salvador” a população da capital baiana já fica desconfiada. Mas um contrato firmado em 15 de outubro está dando esperanças ao soteropolitano. Na busca de soluções, o Governo do Estado da Bahia assinou contrato de concessão do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) que assumiu compromisso contratual que prevê inauguração comercial da Linha 1 (Lapa-Retiro) em até 15 de setembro de 2014, dois meses após o Mundial. Mas, antes da inauguração, baianos já poderão desfrutar da fase de teste a partir de junho de 2014, quando ocorrerá a operação assistida, com viagens gratuitas para verificar toda a obra durante 3 meses.

A tecnologia do metrô de Salvador será semelhante à Linha 4 – Amarela de São Paulo que chega a ter 745 mil passageiros por dia. “A primeira coisa que nós iremos levar do metrô de São Paulo para Salvador é a competência prévia e garantia de segurança. Temos sete anos de experiência em São Paulo, na operação de um metrô com a tecnologia mais moderna do mundo”, informa Luiz Valença, presidente da Via Quatro, empresa responsável pela operação e manutenção da linha.

A partir da próxima segunda-feira (13) serão iniciados os trabalhos de fundação no trecho que é continuação do Acesso Norte até o Retiro. Segundo informações do diretor-presidente do Grupo CCR, responsável pela obra, Harald Peter Zwetkoff, já há equipes trabalhando na limpeza do Acesso Norte.

 “Ainda nem comemoramos um mês de assinatura do contrato e, hoje, já temos equipes trabalhando na limpeza do terreno, remoção de vegetal. Já há topógrafos fazendo a marcação das principais obras, sondagens de terrenos e uma série de serviços que não se vê. Só irão ver gente de capacete na obra a partir da semana que vem, quando começam as fundações” explicou Harald Peter. A previsão para julho do ano que vem é que gere emprego para cerca de 3.400 pessoas, sem considerar os empregos indiretos.

As duas linhas serão inauguradas aos poucos. Após ser entregue o trecho Lapa-Retiro, em janeiro de 2015, segundo a concessionária, entrará em funcionamento a ligação Lapa-Pirajá, completando o primeiro ramal. O cronograma prevê mais cinco fases, que serão inauguradas entre 2015 e 2017. O empreendimento inteiro, com as duas linhas e todas as estações, tem prazo de entrega para abril de 2017, quando deve funcionar o trecho Lapa-Aeroporto/Lauro de Freitas.

Harold afirma que o antigo projeto da Linha 1 receberá pequenas alterações para atender as normas de acessibilidade, além de também serem alterados a estrutura dos trilhos. “As condições que encontramos os equipamentos são boas, apenas precisam de reparos e de manutenção, o que é comum quando algo fica muito tempo parado. O projeto anterior prevê um trilho tradicional de lastro de brita, mas em todas as obras que formos fazer a partir de agora, iremos usar uma tecnologia que se chama LVT (LandingVehicleTracked), que reduz o impacto de vibrações e não incomoda quem vive nos arredores”.

Os parâmetros de qualidade dos serviços que serão prestados em Salvador serão iguais à qualidade do serviço que é prestada em São Paulo e já tem tempo previsto para a espera de um trem e outro.  “O contrato que firmamos já prevê os índices de confiabilidade e qualidade do sistema. No horário de maior demanda, o intervalo será de 6 minutos e no horário de pouca demanda será de 10 minutos. O tempo diminui conforme o tamanho da demanda” disse Harold.

O Grupo CCR vê o metrô de Salvador como um crescimento para a própria empresa privada e garante que não será o único projeto que fará no estado. “É o nosso primeiro projeto no Nordeste, e isso tem nos motivado muito a conhecer melhor a Bahia e as características dos usuários baianos. Isso ajuda a nos qualificarmos para futuramente trazer mais projetos, como por exemplo, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Nós dependemos de pegar os passageiros e transportá-los de um lugar para o outro. O nosso objetivo principal não é só a construção. A construção é de apenas três anos e o contrato é de 30 anos. Então construímos ao longo de três anos e operamos o contrato durante 30 anos. Quanto mais o usuário estiver satisfeito com o sistema, mais ele irá usar”, esclarece o presidente da CCR.

Ainda de acordo com ele, da Lapa ao Aeroporto o usuário gastará 36 minutos de viagem. “O metrô dá previsibilidade, o tempo e o tamanho da viagem já são pré-programados e não há problemas com congestionamentos, o que é uma vantagem para o usuário.”

Transportes interligados na capital
Salvador tem cerca de 20 mil ciclistas, e a inclusão de bicicletários nas Estações é um dos objetivos da CCR. “Pretendemos colocar bicicletários não só nas estações como também nas ciclovias ao longo do trem em torno na Avenida Paralela. Entendemos que a bicicleta terá cada vez mais um papel preponderante nas grandes cidades. Então se a pessoa pode sair de casa, ir até o metrô e ter um bicicletário onde possa guardar a bicicleta, esse será um modelo ideal, um modelo de atração de passageiros para o metrô” afirma Harold.

Ainda de acordo com informações de Harold, responsável pela obra, algumas mudanças estão sendo feitas nas linhas de ônibus na capital baiana já para servir como alimentadores do metrô, ajudando o usuário a se deslocar mais rapidamente. “O metrô funciona interligado aos outros sistemas de transportes, ele não pode ser encarado como um ente separado de todo esquema de mobilidade da cidade.A integração do sistema já esta em curso, o que é essencial para o sucesso” disse. A Tarifa única, para quem utilizar apenas o metrô, a tarifa prevista é de R$ 3,10, já a passagem integrada está prevista para R$ 3,90, dando direito ao passageiro pegar um metrô e dois ônibus.

Todo o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas terá um total de 42 km e para todos os projetos serão investidos 3,550 bilhões. Sendo 2,283 bilhões do Estado e R$ 1,267 bilhões de aporte privado.

Por Raylanna Lima
Informações: Tribuna da Bahia

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Em Salvador, Acordo unificará tarifas de metrô e ônibus

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A integração dos ônibus de Salvador e da Região Metropolitana com o metrô da capital - acertada na última sexta-feira entre governo estadual, prefeitura e concessionárias - vai provocar a unificação das tarifas desses três sistemas.
Joá Souza l Ag. A TARDE
A divulgação oficial do modelo está inicialmente prevista para esta segunda-feira, 30, mas pode ser alterada, para que esteja assegurada a clareza dos termos   e não sejam gerados eventuais ruídos de comunicação.

Fontes ouvidas pela  reportagem de A TARDE garantem que ainda esta semana os detalhes definidos serão publicados. O acordo, segundo apuração de A TARDE, foi aprovado tanto pela CCR Metrô Bahia quanto pelo Sindicato de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps). Outra ideia ventilada anteriormente, da criação de um sistema de ônibus exclusivo para alimentação do metrô, que circularia em um raio de 5 km no entorno das estações, foi descartada pelas partes.

Essa proposta, que excluiria a integração dos trens com as linhas que atualmente já existem na cidade, havia sido definida no contrato que transferiu a responsabilidade das obras e da operação do metrô da prefeitura para o governo do estado da Bahia. 

Até o começo da semana,   esta era considerada a mais viável por gestores municipais. Porém, o governo do estado e os empresários de ônibus da capital baiana discordavam dessa posição.

Detalhes
As secretarias de Comunicação Social (Secom) e de Desenvolvimento Urbano (Sedur) confirmam que a divulgação do acordo depende apenas dos últimos ajustes. Já o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, preferiu não comentar o assunto. Diz que a responsabilidade pela divulgação ficou com o governo.

O prefeito  ACM Neto também evitou divulgar mais informações sobre o acordo. Ele disse que prefere "esperar o governador decidir de que maneira quer fazer esse anúncio".
"O assunto está resolvido, agora vamos esperar o momento de o governo  anunciar. Já fechou o valor, haverá integração total dos ônibus com o metrô. Ontem, ao fim do dia, foi fechado um acordo que envolve todas as partes: o transporte metropolitano, o transporte urbano e o  metrô", afirmou o líder do Executivo municipal.

Até o fechamento desta edição, o valor da tarifa também não havia sido divulgado, mas, em modelos de integração tarifária desse tipo, um único sistema de bilhetagem tem que ser criado. Caso Salvador siga a mesma lógica, o Salvador Card e o Metropasse da Região Metropolitana darão lugar a um cartão que poderá ser usado em qualquer modal de transporte.

O contrato que transferiu o modal para o governo estadual previa uma tarifa de integração fixada de R$ 1,10. Nesse caso, o passageiro pagaria esse valor ao pegar um ônibus ou metrô duas horas após ter embarcado em um dos dois modais, não tendo que pagar duas tarifas.

Por Luan Santos
Informações: A Tarde Online


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