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Em Porto Alegre, Pista apenas para ônibus no viaduto da Bento é liberada

terça-feira, 2 de junho de 2015

A segunda etapa das obras do viaduto São Jorge, da avenida Bento Gonçalves, foi entregue nesta manhã. O corredor de ônibus para as cinco linhas de transporte coletivo que passam pelo local (T2, T4, T11, T11A e 280.2) está disponível para o trânsito de coletivos. A pista fica um nível abaixo do pavimento no qual circulam os demais veículos, inaugurado no dia do aniversário de Porto Alegre, 26 de março.

Além da liberação da pista para ônibus, a circulação de veículos também foi autorizada, a partir das 6h de hoje, na alça lateral da Terceira Perimetral junto ao viaduto, no sentido Sul/Leste, que serve como acesso àqueles que trafegam pela avenida Bento Gonçalves e pretendem seguir em direção a Viamão. Também foi aberto o acesso ao lado do quartel, para quem dirige pela Bento no sentido bairro/Centro, em direção à avenida Ipiranga.

Iniciado em 2012, o viaduto completo foi entregue com um ano de atraso. Entre as oito intervenções previstas pelo município visando à Copa do Mundo de 2014, essa foi a que teve andamento mais acelerado, com maior número de operários e menos entraves pelo caminho.

Com 540 metros de extensão e seis faixas de tráfego, o viaduto São Jorge garante maior fluidez aos 90 mil veículos que fazem o trajeto entre as zonas Norte e Sul diariamente, bem como as linhas de transporte coletivo. Segundo cálculos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), os automóveis estão demorando 15 minutos a menos para fazer o trajeto da zona Sul para a zona Norte, e vice-versa, do que gastavam antes da construção da obra de arte.

O viaduto interliga as avenidas Salvador França e Aparício Borges passando por cima da avenida Bento Gonçalves, sem interrupções, e possui três níveis - o do asfalto, o superior, para carros, e o intermediário, na parte central, específico para ônibus. A obra, executada pelo consórcio Nova Bento (Construtora Cidade Ltda. e Sultepa Comércio e Construções Ltda.), teve custo de R$ 79,4 milhões.

Informações: Prefeitura de Porto Alegre


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No Rio Grande do Sul, Obras do BRT da Bento Gonçalves começam nesta terça-feira

quarta-feira, 21 de março de 2012

Foi assinado nesta terça-feira (20) o documento para a ordem de inicio ds obras do BRT - Bus Rapid Transit, que será construído na avenida Bento Gonçalves. O projeto, conforme a prefeitura, prevê a qualificação de 5,9 quilômetros (Km) de corredores de ônibus, no trecho entre as avenidas Antônio de Carvalho e Princesa Isabel, no total de 12 estações.

O sistema prevê veículos modernos de grande capacidade e baixas emissões, estações fechadas e seguras, passagem pré-paga, informação aos usuários e controle de tráfego em tempo real, sinal de trânsito prioritário nos cruzamentos, corredores exclusivos para ônibus, acessibilidade e passagem única e livre transferência de passageiros entre linhas de ônibus.

A partir de hoje, começa a etapa de troca do asfalto. De acordo com o secretário de Obras e Viação (Smov), Cássio Trogildo, todo o asfalto existente será substituído por placas de concreto de 25 centímetros, material resistente à circulação dos ônibus do sistema BRT. O prazo de execução é de 18 meses, com conclusão prevista para agosto de 2013.

Após, seguem as etapas de adaptação das estações ao padrão BRT e a última fase do projeto será a readequação do terminal de ônibus na Antônio de Carvalho. O investimento total da obra será de R$ 24,2 milhões (R$ 23 milhões financiados pela Caixa e R$ 1,2 milhão de contrapartida do município). Conforme o diretor da EPTC, o inicio operacional do sistema da Bento está previsto para dezembro de 2013.

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Em Porto Alegre, Novo corredor da Bento Gonçalves já funciona nesta quarta-feira

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A partir desta quarta-feira, 16, entra em funcionamento o novo corredor de ônibus localizado na avenida Bento Gonçalves. A faixa prioritária terá 1,1 quilômetro de extensão, com início no limite com Viamão até a estrada João de Oliveira Remião, onde as linhas de ônibus fazem a transição para o corredor já existente. O horário de operação será das 6h às 9h, de segunda a sexta-feira, somente no sentido bairro-Centro da avenida. 

A medida, elaborada e implantada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), objetiva qualificar o serviço de transporte coletivo da região. As faixas horárias de operação foram definidas levando em conta a velocidade dos ônibus, demanda de passageiros e volumes de tráfego. Às 8h, o prefeito José Fortunati e o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, estarão presentes na rótula da avenida Bento Gonçalves com a João de Oliveira Remião.

O corredor fica à direita da via, com sinalização horizontal específica na cor azul e placas regulamentares. Ao longo do trecho do novo corredor há quatro pontos de parada e circulam 72 linhas metropolitanas, oito urbanas e uma lotação. Somente as linhas urbanas realizam 113 viagens, transportando mais de 8 mil passageiros no pico da manhã. Já as linhas metropolitanas totalizam 173 viagens no horário de operação do corredor.  O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, salienta que, com o crescimento do número de veículos particulares ao longo dos anos, houve um aumento nos tempos de deslocamento, principalmente dos ônibus. “Com o novo corredor, nossa ideia é priorizar o transporte coletivo, como já fizemos com sucesso no eixo da Cavalhada. Lá, a redução média nos tempos de viagem dos passageiros foi de 15 minutos. É isso que buscamos na  Bento”, afirma.

No Brasil, os carros particulares realizam apenas 30% dos deslocamentos urbanos, ocupando 70% das vias públicas, segundo estudo realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Veja como serão as regras de circulação para cada tipo de veículo (funcionamento do corredor é das 6h às 9h):


Ônibus e Lotações - Devem trafegar somente na faixa da direita, demarcada como corredor preferencial e caracterizada com a pintura azul.

Carros, táxis e outros veículos motorizados - Devem trafegar fora do novo corredor de ônibus, rodando somente nas faixas do centro e à esquerda. Podem acessar o corredor prioritário sempre que forem realizar uma conversão à direita, bem como se o destino for acessar algum estabelecimento comercial ou particular, localizado próximo à nova faixa prioritária. Carros e táxis não podem, em hipótese alguma, permanecer parados ou estacionados no corredor.

Bicicletas - Devem trafegar no corredor, que é a faixa mais à direita da via, junto ao meio-fio. Todos os veículos devem sempre respeitar o ciclista e seu tempo de deslocamento, guardando uma distância mínima de 1,5 metros, conforme normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 

  Objetivos do novo corredor:

• Garantir prioridade no sistema viário ao transporte coletivo
• Aumentar a velocidade operacional
• Diminuir o tempo dos passageiros dentro do veículo
• Permitir maior fluidez na circulação viária para os ônibus
• Racionalizar a operação e otimização da frota
• Reduzir os custos do transporte público e, consequentemente, contribuir para a modicidade tarifária
• Facilitar a integração com os outros modos de transporte
• Permitir o compartilhamento de espaços na cidade, de forma justa e racional
• Contribuir para a redução das emissões urbanas que afetam a saúde e o clima
• Maior regularidade e cumprimento de viagem

Informações: EPTC


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Em Porto Alegre, Obras dos terminais dos BRTs devem começar somente em 2017

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A qualificação do transporte coletivo da Capital, com a implantação do Sistema BRT (Bus Rapid Transit) era prevista para maio de 2014, em tempo para a Copa do Mundo. Desde o início das obras dos corredores, que ainda não estão concluídas, o projeto sofreu algumas alterações para se adaptar às características da cidade, e o início de funcionamento segue sem horizonte.
Foto: Antônio Paz
De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, as obras dos terminais só devem ser licitadas pela futura administração de Porto Alegre, em 2017. "Não temos prazo para o início da operação, pois precisamos resolver os projetos dos cinco terminais. Depois, precisaremos licitá-los. Neste ano, provavelmente, terminaremos somente os projetos. Infelizmente, vimos que a implantação do sistema não era tão simples. O grande volume de obras dificultou ainda mais", admite.

Se as obras não avançaram como o esperado, pelo menos uma importante etapa de qualificação do transporte foi feita no ano passado: a licitação das empresas de ônibus. Os novos consórcios, formados pelas mesmas empresas que operam hoje, devem iniciar a operação até o mês de abril e estão cientes dos investimentos necessários para a futura compra dos BRTs, que têm custo de cerca de R$ 900 mil cada, com capacidade para 193 passageiros sentados. Nos ônibus normais, a capacidade é de 85 pessoas e nos articulados, 120.

A transição foi prevista no edital, e os vencedores de cada uma das bacias serão os operadores dos BRTs na região que lhes compete. A reformulação do transporte prevê que todas as 428 linhas existentes hoje migrem para o novo sistema. Nos terminais, os passageiros farão as integrações para os seus bairros, pois nos corredores que estão sendo pavimentados nas avenidas Protásio Alves, Bento Gonçalves e João Pessoa só circularão os BRTs. A mesma coisa acontecerá na estrutura feita na Padre Cacique. Os ônibus metropolitanos terão que trafegar fora desses locais ou se adaptar ao sistema.

A construção dos corredores dos BRTs teve início em 2012. Após diversos problemas, como o aparecimento de fissuras no concreto, que demandaram correções por parte das empresas construtoras, a finalização deve acontecer neste ano. De acordo com o engenheiro Rogério Baú, coordenador técnico das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Gestão, o primeiro a ser concluído será o da Protásio Alves, em fevereiro. Já para o da Bento Gonçalves, a previsão de término é no primeiro semestre deste ano. "O da João Pessoa está com 60% da obra executada e deve ser finalizado em dezembro. Esta é uma via com muitos cruzamentos, e também tivemos problemas com as placas de concretos", explica o engenheiro.

Transição para o novo modelo ainda será planejada

O modelo de transição do sistema atual para o BRT só será definido quando todas as obras estiverem prontas. Com a licitação, entrarão em circulação 293 ônibus novos das empresas privadas, mas ainda no modelo antigo. Pelo edital, foi criado um calendário de renovação, que é de 10% ao ano, o que representa 175 ônibus novos anualmente. A diluição de compras facilitará o investimento das empresas, diminuindo o impacto na tarifa. A compra dos BRTs deve ser alinhada desta mesma forma, organizando quantos veículos irão sair e como o investimento ficará dentro da programação financeira de renovação. Os ônibus mais caros que circulam hoje custam até R$ 700 mil e têm impacto de 29% na passagem.

Outra modificação diz respeito ao Centro da cidade. "Não vai ter terminal no Centro, mas um ponto de embarque e desembarque da linha BRT, que volta para o terminal na outra ponta. Ele ficará rodando de minuto em minuto. Inclusive, pode passar a cada 30 segundos. Nos bairros, com os ônibus convencionais, a tabela será diferenciada, mas com menor espaço de tempo que hoje", explica Vanderlei Cappellari.

De acordo com o diretor-presidente, as mudanças diminuirão o custo do sistema, pois muitas viagens acabavam com poucos passageiros. Terá também redução no tempo de viagem, pois haverá priorização de semáforos. "É um metrô sobre pneus. O metrô por si só tem poucos passageiros. Se não tiver uma integração com o sistema rodoviário, só terá passageiros próximo às estações. O BRT funciona com a mesma ideia, sem cobrança interna para garantir velocidade, as passagens serão compradas nas estações", destaca.

Informações: Jornal do Comércio


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Em Porto Alegre, BRT na avenida João Pessoa ficará pronto só em 2015

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A construção dos corredores do sistema BRT na Capital está quase concluída nas avenidas Protásio Alves e Bento Gonçalves. A previsão de finalização da substituição do pavimento asfáltico destas duas vias é no final deste ano. Já o corredor da avenida João Pessoa deve ser concluído somente em junho de 2015. Atualmente, a obra está parada devido à análise de um aditivo no contrato que envolve a necessidade de mais itens de sinalização. O total de investimentos no sistema BRT nas três avenidas soma R$ 246,7 milhões. A intervenção, que começou em 2012, tinha previsão inicial de ser finalizada no ano passado. 

Em junho deste ano, a reportagem do Jornal do Comércio percorreu todas estas obras para observar o andamento e comparar a execução com os cronogramas apresentados pela prefeitura. Quatro meses depois, a visita foi repetida. Em relação aos BRTs, só não foi observada evolução no corredor da João Pessoa, que está com a execução parada desde a primeira matéria, publicada na edição do dia 16 de junho. 

De acordo com o engenheiro Rogério Baú, coordenador técnico das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Gestão, apenas 55% da obra foi feita até o momento, sendo a mais atrasada. As intervenções ainda precisam ser feitas na elevada da João Pessoa e entre as avenidas Venâncio Aires e Ipiranga. O corredor da avenida terá aproximadamente 3,2 km de extensão e 29 estações de embarque.

A pavimentação mais avançada é a da avenida Bento Gonçalves, que apresenta 97% de obra concluída. De acordo com Baú, faltam apenas alguns pontos próximos aos canteiros das vias e a execução embaixo do viaduto da Perimetral. A conclusão destes trechos deve estar ocorrer até o final do ano. A intervenção inclui a qualificação de 5,9 km de corredores de ônibus, no trecho entre as avenidas Antônio de Carvalho e Princesa Isabel, com um total de 12 estações. A previsão inicial de conclusão deste trecho era junho de 2013. Entretanto, após fechar o contrato com as empresas construtoras, foi ampliado para junho deste ano. O custo da obra é de R$ 13,9 milhões.

Na Protásio Alves, a empresa construtora está atualmente realizando reparos no corredor, que apresentou fissuras no pavimento. “Temos 92% de obra executada. Após os reparos feitos pela empresa, concluiremos os cruzamentos, que são os pontos que foram deixados para o final justamente porque impactam no fluxo de trânsito da região”, explica o engenheiro. Segundo ele, o trabalho será feito de maneira intercalada, com o auxílio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A conclusão também deve acontecer até o final de 2014. A obra se refere à construção de 7 km de corredores de pavimento de concreto e mais a implantação do terminal na avenida Manoel Elias. A construção fica entre as ruas Saturnino de Brito e Sarmento Leite.

Por Jessica Gustafson
Informações: Jornal do Comércio


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Em Porto Alegre, Corredor BRT em obras vira área para estacionamento irregular de veículos

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Enquanto o Sistema de Ônibus Rápidos (BRT) é concluído, motoristas deram outra finalidade ao corredor ainda em obras na Avenida João Pessoa, em Porto Alegre: o local tem servido de estacionamento irregular de veículos.

Na noite de domingo, carros furavam o bloqueio delimitado por cones de sinalização da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e ocupavam a via de maneira irregular, em frente a uma cervejaria.
Foto: Diogo Zanatta / Especial
E esta não foi a única vez. No início de dezembro, Zero Hora também flagrou a irregularidade na mesma avenida. Na ocasião, em pleno horário de expediente, havia mais veículos estacionados no canteiro de obras do que funcionários trabalhando no local. A conduta é considerada infração grave, e o motorista pode ser penalizado com cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

Não adianta dizer que não havia placas indicando que no local não é permitido estacionar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, é proibido transpor bloqueios viários, independentemente de a proibição estar ou não acompanhada de placas de sinalização. Em nota, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que seus agentes já foram acionados para intensificar o monitoramento na região.

O BRT João Pessoa ligará o Corredor Bento Gonçalves ao centro da cidade através da Rua Desembargador André da Rocha. O sistema contará com oito estações ao longo do percurso de 3,2 km que sairá do Terminal de Integração Azenha e passará pela Estação Especial Salgado Filho, Avenida Borges de Medeiros até o Viaduto dos Açorianos. As obras estarão concluídas até março de 2014, mas o sistema só entrará em funcionamento em 2015 — ainda não há nem edital para se iniciar a tão prometida licitação do transporte público em Porto Alegre.

— Esta é uma obra de pavimento relativamente complexa. O avanço está muito atrelado à questão do impacto no trânsito, porque temos alguns cruzamentos com muito movimento. Tem que saber administrar e não congelar a cidade. Essa é a complexidade — afirma o engenheiro Rogério Baú, coordenador técnico das obras de mobilidade urbana da Secretaria Municipal de Gestão.

O Sistema BRT em Porto Alegre

- Quando o BRT estiver em pleno funcionamento na Capital, a expectativa é reduzir em até 40% a circulação diária de ônibus

- Atualmente, cerca de 33 mil ônibus que trafegam pelo centro da cidade

- Os BRT's são maiores e comportam até 170 passageiros, o dobro da capacidade dos veículos convencionais

- Serão quase 70 mil usuários beneficiados nos horários de pico

- A tarifa ainda não foi definida, mas será integrada com os ônibus normais e com o futuro metrô, via cartão TRI.

- As obras, orçadas em R$ 246,7 milhões, incluem a construção de 23 quilômetros de corredores, além de terminais e estações de integração.

- Apesar de ser uma das 11 obras de mobilidade urbana previstas para a Copa de 2014, o BRT sofreu atrasos e não ficará pronto até o Mundial.

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As razões para o atraso na obra do BRT de Porto Alegre

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Uma casa de obras abandonada e três montes de areia e terra sobre o que deveria ser um trecho do corredor da estação Jaime Telles, na Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre, demonstram que o futuro sistema BRT (ônibus de trânsito rápido, na sigla em inglês) já está desconvocado para a Copa de 2014.

Mesma situação vivem as avenidas João Pessoa e Protásio Alves. Tudo deveria estar pronto em maio próximo. Mas, segundo admitiu a prefeitura na sexta-feira, a solução que deveria melhorar a mobilidade de 64 mil passageiros só deverá operar em 2015. O investimento é de R$ 195 milhões. Só o corredor da Padre Cacique está andando.


A explicação para a demora tem três pontas: a principal é o apontamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de sobrepreço superior a R$ 1 milhão na execução dos corredores, o que fez as obras paralisarem. Também não há data prevista para abertura das licitações para construção das estações. A terceira seria a compra dos veículos coincidindo com a licitação que sairá até dezembro.

- Estamos esgotando todas as possibilidades antes de pensarmos até em nova licitação, o que poderia atrasar ainda mais a obra - disse o coordenador técnico da Secretaria Municipal de Gestão, Rogério Baú.

Só pavimentação e olhe lá

Na previsão mais otimista, apenas a pavimentação dos corredores deverá ser entregue até maio de 2014. O restante depende do Ministério das Cidades, já que as BRTs foram incluídas no Pac da Mobilidade Urbana. Entre eles, estão paradas climatizadas e com altura elevada, permitindo acesso sem subir escadas.

"Duvido que a obra será concluída"

Entre os dias 24 e 25 de setembro, o Diário Gaúcho percorreu sete dos principais canteiros instalados pela prefeitura na Capital. Apenas os BRTs estavam paralisados, o que gera transtorno para a população.

Na estação Jaime Telles, na Avenida Bento Gonçalves, a parada de ônibus improvisada na calçada é uma das principais reclamações de quem depende do transporte público na região. É o caso do controlador de pragas Maurício Santos, 25 anos, do Bairro Partenon, que reclama dos dias de chuva.

- Não há espaço para todos na proteção da parada. Sempre acabo sobrando e me molhando. Mas as crianças são as que mais sofrem - disse ele.

Já a doméstica Leda Garcia, que usa a mesma parada há três anos, destaca o atraso dos ônibus desde o início das obras.

- A espera aumentou em pelo menos 15 minutos, pois há mais congestionamento na avenida. Sinceramente, duvido que esta obra vai ser concluída - desabafou a doméstica.

Disputa dos BRTs está na Justiça

O prefeito José Fortunati atribuiu a interrupção a questões judiciais. Assim tem se manifestado no twitter: "A prefeitura somente aguarda a decisão das instâncias fiscalizadoras para prosseguir com as obras".

O TCE, porém, diz ter alertado, duas vezes, a prefeitura do sobrepreço nos processos de fresagem (retirada do asfalto) e de sinalização noturna. A área de fresagem (prevista na licitação) era o dobro do pavimento existente.

- Briga de liminares

Após aviso do TCE, a prefeitura repassou às empresas só os valores identificados como corretos pelo tribunal. Ou seja, reduziu o pagamento. O consórcio formado por Sultepa e Conpasul, encarregado dos trechos da Bento e da Protásio, entrou na Justiça em busca dos valores integrais. Obteve liminar, mas a prefeitura manteve a posição. Por isso, as empresas interromperam as obras.

Diante do impasse, Fortunati procurou o TCE e pediu antecipação da decisão sobre o caso. Enquanto isso não acontece, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tenta cassar a liminar obtida pelas construtoras.

Segundo a prefeitura, a parada não deve prejudicar o trabalho já feito. O que ocorre é a troca do asfalto por placa de concreto.

Como estão as obras

*Cada veículo tem capacidade prevista de 170 passageiros, contra os 85 dos normais. Com isso, a circulação no Centro seria reduzida em até 40%, aliviando o fluxo.


ONDE O BRT* TRAVOU: 

1) Avenida Bento Gonçalves

- Extensão - 6,5 km, orçados em R$ 52,7 milhões

- Capacidade - 20 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Junho/2013 e maio/2014

2) Avenida João Pessoa

- Extensão - 3,2 km, orçados em R$ 64,5 milhões

- Capacidade - 25,6 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Dezembro/2013 e maio/2014

3) Avenida Protásio Alves

- Extensão - 7,5 km, orçados em R$ 77,9 milhões

- Capacidade - 18,4 mil usuários no pico (manhã)

- Previsões furadas - Junho/2011 e maio/2014

O que anda, mas sem datas de entrega estipuladas pela prefeitura:

Duplicação da Avenida Tronco

- Orçamento - R$ 156 milhões

- Como está - Avança em três frentes: nas avenidas Cruzeiro do Sul e Moab Caldas; na Avenida Gastão Haslocher Mazeron e na Avenida Teresópolis.

Duplicação da Voluntários da Pátria

- Orçamento - R$ 95,3 milhões

- Como está - Andando entre as ruas da Conceição e Ramiro Barcelos. As demolições do lado esquerdo, no sentido Centro-Bairro, iniciam em outubro. Entre a Rua Ramiro Barcelos e a Avenida Sertório, obras devem começar na segunda-feira.

Prolongamento da Avenida Severo Dullius

- Orçamento - R$ 83 milhões

- Como está - Estão em execução duas pontes sobre o arroio da Dique e a Rua Dona Alzira que fará a ligação com a Avenida Severo Dullius.

Viaduto na Rodoviária

- Orçamento - R$ 31,5 milhões

- Como está - O viaduto deverá ser entregue até o final do ano. A nova parada de ônibus (no canteiro central) terá edital publicado em outubro, com previsão de finalização em dez meses.


Avenida Beira-Rio e Padre Cacique

- Orçamento - R$ 119,2 milhões

- Como está - Todas as obras do entorno do Estádio da Copa têm conclusão prevista para maio de 2014.

Obras da Terceira Perimetral

- Orçamento - R$ 194,1 milhões

- Como está - Trincheira da Avenida Anita Garibaldi depende do desmonte de uma rocha. Nos demais locais, obram avançam, sem previsão de conclusão.

Por Aline Custódio e Carlos Guilherme Ferreira
Informações: Diário Gaúcho e Zero Hora
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Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As obras para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) em Porto Alegre começam a evoluir, e as melhorias esperadas pelas alterações na estrutura do transporte coletivo porto-alegrense devem ser sentidas gradualmente. No total, onze projetos estão em andamento para qualificar a mobilidade urbana e o sistema viário da cidade, sendo que três deles contemplam as necessidades para a operação dos BRTs. “Cada etapa terminada irá proporcionar algum benefício, tanto para o usuário do transporte coletivo quanto para o trânsito em si”, indica Luiz Cláudio Ribeiro, engenheiro da EPTC e coordenador do projeto.

Mesmo que o cronograma para conclusão das obras aponte para maio de 2014 o prazo para as adequações – a tempo de melhorar os serviços antes do início da Copa do Mundo –, a prefeitura espera terminar a troca do piso dos corredores de ônibus, o que é essencial ao sistema, até o final de 2013. O asfalto antigo está sendo substituído por placas de concreto, mesmo material utilizado na Terceira Perimetral e na freeway, que liga Porto Alegre ao Litoral Norte do Estado. Em um primeiro momento, enquanto os cinco terminais integrados do sistema BRT não estiverem finalizados, os ônibus regulares trafegarão pelos novos corredores. 

Atualmente, são 400 linhas em operação na Capital. Esse número cairá drasticamente, uma vez que diversas delas deverão desaparecer ou ter seu trajeto diminuído.  Os serviços transversais devem permanecer, integrando-se ao novo sistema. Mas as linhas que saem do bairro e vão ao Centro, chamadas radiais, passarão a funcionar como alimentadoras dos novos terminais de ônibus BRT, onde os passageiros devem escolher a linha do seu interesse. “Hoje temos cerca de 30 mil viagens que vão ao Centro da cidade. Vamos diminuir muito o volume de ônibus nesse trajeto”, sinaliza Vanderlei Cappellari, secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre.

As facilidades do novo sistema devem garantir uma viagem mais rápida, confortável e segura para os passageiros das onze linhas BRT que serão criadas. Dependendo do horário, a viagem pode levar metade do tempo na comparação com um ônibus comum, pela estimativa da EPTC. Tudo por causa da priorização que os ônibus especiais terão em cruzamentos e pela rapidez no embarque de passageiros nos terminais. O BRT chega à estação ao mesmo nível do solo, não há escadas, o que facilita o acesso de cadeirantes e idosos, principalmente. O serviço segue os moldes do sistema de metrô, quando a passagem é paga nos terminais, e, quando a condução chega, o passageiro deve apenas entrar, sem precisar formar fila para pagamentos.

“Hoje, quando um ônibus vai coletar passageiros, ele pode levar até quatro minutos parado para que todas as pessoas entrem. Com o BRT, vai demorar 15 ou 20 segundos, no máximo, o que reflete em uma agilidade muito maior. Esse é principal benefício, além de conforto, segurança, acessibilidade, qualidade e tecnologia”, exalta Luiz Cláudio Ribeiro.

Cinco estações de integração fazem parte do projeto

As obras para construção dos terminais ainda não começaram, está sendo realizada apenas a troca da pista dos corredores. Mas os locais onde a integração entre o sistema atual e as novas linhas BRT serão possíveis já são conhecidos: Av. Protásio Alves com a Av. Manoel Eilas (terminal Manoel Elias), Av. Bento Gonçalves com a Av. Antônio de Carvalho, Av. Icaraí, beirando a futura Av. Tronco, Av. Voluntários da Pátria (Estação São Pedro) e no corredor da Av. João Pessoa (Terminal Azenha). 

Atualmente, Porto Alegre conta com 55 km de corredores de ônibus, sendo apenas 11 km, na Terceira Perimetral, com piso de concreto. Após as obras para a Copa do Mundo, a cidade passará a ter 78 km de vias segregadas para o transporte coletivo, e os novos 23 km também serão feitos com concreto, material mais adequado para o conforto do passageiro por se desgastar menos com o uso. A partir da implementação dos terminais e da finalização dos corredores, será possível iniciar a operação do sistema BRT.

“No terminal, o usuário não vai esperar mais do que um minuto na parada, a todo o momento vai ter um ônibus BRT passando. Assim, temos um sistema de dimensionamento de frota conforme demanda, tudo é calculado matematicamente”, explica Cappellari. “O usuário terá várias alternativas para se deslocar para diversos pontos da cidade, sem custo adicional se já tiver utilizado algum ônibus para se chegar ao terminal”, completa. A tabela horária que determinará a frequência das linhas BRTs será elaborada a partir de um estudo realizado pela EPTC que vai projetar o aumento do número de passageiros até 2035.

As estações de integração serão fechadas e climatizadas, com informações sore o itinerário das linhas em painéis eletrônicos. Os novos veículos são maiores, com capacidade para transportar até 140 passageiros, se forem articulados, terão 18 metros de comprimento, se forem biarticulados, 23 metros. No princípio da operação, devem ser utilizados entre 150 e 200 ônibus nesses moldes.

Conceito adaptado às características da Capital

Para ser considerada uma operação de Bus Rapid Transit (BRT) completa, são exigidas algumas características do sistema, como corredores exclusivos ou preferenciais, embarques e desembarques rápidos, sistema de pré-pagamento e veículos modernos e de alta capacidade. Estas recomendações estão previstas no projeto preparado para Porto Alegre. Porém, algumas peculiaridades da cidade devem dificultar o serviço em determinados pontos. Na Av. Protásio Alves,  por exemplo, não haverá pontos de ultrapassagem nos corredores. Como as linhas regulares também terão acesso à mesma pista, o BRT terá que esperar para poder seguir sua rota. “Para colocarmos uma faixa a mais na Protásio Alves quantos prédios teriam que ser derrubados, quantas desapropriações teríamos que fazer”, reflete o secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.

Nesses pontos, a velocidade do serviço será prejudicada. “Desapropriar áreas quase iguala o valor despendido para a montagem da infraestrutura do BRT. Em Belo Horizonte, o valor de um corredor foi orçado em R$ 600 milhões, e as desapropriações necessárias ficaram em volta de R$ 500 milhões”, exemplifica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU).

Como os financiamentos da Caixa Econômica Federal para os projetos da Copa de 2014 não preveem recursos para cobrir desapropriações de áreas, as prefeituras estariam responsabilizadas por esse gasto. Em Belo Horizonte, a prefeitura assumiu a conta. “O BRT é um serviço muito eficiente que precisa ser operado como tal, senão vira um corredor comum e não traz o resultado que se espera dele”, adverte Cunha Filho. 

Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, organização internacional não governamental voltada para o auxílio aos governos no planejamento de mobilidade urabana, o saldo final com as adequações deverá ser positivo. “Se tu consegues transportar pessoas de forma mais rápida e eficiente, já será um sistema melhor. É preciso formatar o projeto de acordo com a realidade de cada cidade e de cada corredor”, salienta.

Outras 14 cidades brasileiras investem no sistema BRT

Depois de aproximadamente 20 anos sem realizar grandes investimentos para a melhoria da infraestrutura urbana para os transportes coletivos por ônibus, o governo federal reaparece em cena, motivado pelos eventos esportivos que serão realizados no Brasil, a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Porto Alegre deverá receber aproximadamente R$ 560 milhões para os projetos de mobilidade urbana, sendo R$ 484 milhões com financiamento federal garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, serão 30 projetos de BRT em 15 cidades.

Segundo a Embarq, organização voltada à mobilidade urbana, atualmente 160 sistemas de BRT estão em operação ou construção no mundo. “Os projetos estão explodindo por todos os lados. O Rio de Janeiro está preparando mais de 150 km de prioridade para o transporte coletivo. O corredor da Avenida Brasil vai carregar um milhão de pessoas por dia”, ressalta Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, que presta consultoria para os projetos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

Inaugurado há menos de quatro meses, o Transoeste, no Rio de Janeiro, já conta com a aprovação de 90% dos usuários. “Estamos falando em dobrar a velocidade comercial, reduzir pela metade o tempo de percurso”, empolga-se Cunha Filho. A previsão é de que os benefícios proporcionados pelo sistema BRT acabem por induzir que aproximadamente 10% da população que utiliza veículos próprios migre para o sistema público. “As pessoas vão notar que estão paradas no trânsito enquanto poderiam se deslocar muito mais rápido ao seu destino”, indica Daniela.  

Desde que começou a operar, o Transoeste já teve seis acidentes. Isso aconteceu, segundo Daniela Facchini, porque os usuários no Rio de Janeiro não estavam acostumados com vias segregadas para o transporte público, e a adaptação pode levar algum tempo. “Estamos adicionando aspectos de qualidade e segurança ao corredor. Fizemos uma inspeção para evitar acidentes e estamos cuidando dos detalhes para que o serviço seja o mais seguro para o passageiro”, defende.

Licitação apontará empresa encarregada de operar o sistema

Até o começo de 2014, será conhecida a empresa vencedora da licitação para operar as linhas BRT em Porto Alegre. “Um grupo dentro da prefeitura já está preparando um edital de licitação para o transporte coletivo da cidade. No início do ano que vem já estaremos sabendo quem vai operar”, conta o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. O processo para a escolha da empresa deve ser semelhante ao utilizado na eleição da operadora em outras cidades, como o Rio de Janeiro.

“Normalmente as licitações são abertas. Evidentemente que como são corredores de alta capacidade, que exigem investimentos de certa envergadura, exige-se alguma experiência anterior. Isso normalmente é suficiente para que haja uma seleção natural”, explica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU). Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro as licitações foram feitas antes mesmo que os corredores existissem. O modelo foi realizado por áreas e a empresa vencedora passaria a ter a responsabilidade de operar também os possíveis projetos de expansão da linha, na área em que foi vencedora. “Como tinham muitas empresas atuando no serviço de transporte coletivo, bastante fragmentado, eles se uniram e constituíram um consórcio”, relata Cunha Filho. 

Se as empresas que operam o sistema de transporte coletivo atualmente em Porto Alegre conseguirem renovar o direito, as linhas alimentadoras do sistema BRT deverão receber um reforço de frota, tendo em vista que diversas linhas deverão ser canceladas ou ter o trajeto diminuído para que os ônibus adaptados comecem a ser utilizados.  “Temos cerca de 1.600 ônibus atualmente. Essa frota deve permanecer, mas será aproveitada no itinerário entre os bairros e os terminais, o que vai garantir um aumento da frequência do serviço”, aponta Vanderlei Cappellari. 

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Porto Alegre: Com obras adiadas, atual projeto do BRT não solucionaria transporte público, diz engenheiro

domingo, 18 de agosto de 2013

O sistema BRT (Bus Rapid Transit), previsto inicialmente para ser uma das novidades de Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014, só deverá funcionar após o término do Mundial – a primeira etapa da obra, que consiste na pavimentação dos corredores com placas de concreto, teve o prazo de conclusão adiado pela Prefeitura para dezembro de 2013. A construção de terminais e estações ainda depende do término de processos de licitação.

As obras estão em andamento nas avenidas João Pessoa, Bento Gonçalves e Protásio Alves, nas quais serão erguidos, respectivamente, os terminais Azenha, Antônio de Carvalho e Manoel Elias. Em vídeo oficial divulgado pela Prefeitura de Porto Alegre em julho, o sistema é descrito como a “solução para agilizar o trânsito na Copa do Mundo”, e que ficará como um legado para a cidade. A narrativa explica que, com o novo modelo, o transporte público ganhará “em velocidade”, além de gerar menos poluição.


Segundo o site Transparência na Copa, mantido pela Prefeitura para atualizar o andamento das obras para a competição, a pavimentação nas três avenidas estaria finalizada entre agosto e setembro de 2013. No entanto, por meio da sua assessoria, a Secretaria de Gestão da Capital afirmou que as reformas devem atrasar. A nova data para a finalização da primeira parte está fixada para dezembro.

A Secretaria justificou a demora por dois motivos: o problema na extração de areia, que teria prejudicado diversos empreendimentos em Porto Alegre, e as dificuldades de acelerar os trabalhos nos trechos mais centrais, que avançaram de forma mais lenta em relação ao que ocorreu nos bairros. Apesar de reconhecer a modificação no prazo de entrega, o poder público ainda não atualizou as informações no portal.

No início de agosto, em entrevista ao Sul21, o secretário Urbano Schmitt afirmou que os projetos para a construção dos terminais e estações ainda estavam sendo produzidos. No portal da Transparência, a definição do atual estágio do processo licitatório para ambos os trechos é a mesma: “em elaboração”. Como forma de garantir os recursos para o sistema BRT, a Prefeitura buscou adequar a obra ao PAC Mobilidade do governo federal, que prevê o financiamento mesmo após o início da Copa.

“BRT não pode substituir metrô”, afirma engenheiro
Para o engenheiro Mauri Panitz, o sistema BRT pode ser importante para a mobilidade urbana da cidade, mas não pode ser visto como “a solução do transporte público”. Panitz, que por anos foi professor da PUC-RS, defende que Porto Alegre invista no projeto de um metrô: “é preciso continuar com a ideia do metrô, o BRT precisa ser complementar a outras formas de transporte, se conectar com as estações do metrô, quando e se ele for construído”.

Panitz disse que o sistema BRT, já utilizado em cidades como Curitiba, pioneira nesta forma de transporte, “por vezes é acompanhado de um grande marketing”, mas ressalta a importância da nova pavimentação dos corredores. “Esta modificação é positiva, deve oferecer mais segurança e conforto para os usuários, e também reduzir os custos de manutenção dos veículos”, opina.

Na visão do especialista, se isso de fato acontecer, as modificações poderiam gerar reduções no preço da tarifa geral. “Se os custos de manutenção diminuem, é reduzido também o custo operacional como um todo – o que pode modificar para baixo o preço da passagem”, diz. Mauri Panitz acrescenta que “com menos dinheiro, mas com outro projeto” seria possível obter um maior impacto no trânsito da cidade.

O engenheiro defende um novo sistema de estacionamento, para que o espaço próximo ao meio-fio das vias públicas seja destinado também à circulação. Para tanto, seria necessária a construção de garagens, tanto acima como abaixo do solo. “O prefeito (José Fortunati) e os seus secretários acreditam que apenas com obras vai se resolver o problema do transporte, mas não é verdade”, finalizou.

Por Iuri Müller
Informações: Sul21.com.br
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