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domingo, 2 de junho de 2024Postado por Meu Transporte às 21:04 0 comentários
Marcadores: Sergipe
Transporte urbano no Brasil à beira do caos
domingo, 28 de fevereiro de 2010
A fatura para o cidadão engloba perda de tempo e de dinheiro. Em horários de pico, um deslocamento de cerca de 20 km até o centro do Rio dura, no mínimo, uma hora e meia. Em dias de chuva ou quando qualquer retenção impede o fluxo normal de veículos, pode levar de três a cinco horas. Além de mal atendido, o brasileiro médio ainda compromete diretamente 20,49% do seu orçamento com transporte, contra 14,06 % na Argentina e 13,31% no Chile.
Até 1995, o Brasil possuía, segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), uma população de 152 milhões de pessoas, das quais 120 milhões (79%) moravam em áreas urbanas. Em 2010, estima-se que esta proporção alcance 90%. Nas cidades, o percurso a pé e o uso do ônibus são as formas predominantes de deslocamento. Diariamente, cerca de 90 mil ônibus transportam 50 milhões de passageiros no país.
Entretanto, existem apenas 12 sistemas de metrô/ferrovias que transportam somente 5 milhões de passageiros ao dia. No Sul e no Sudeste, regiões que possuem renda per capita mais elevada, o automóvel particular atende grande parte das viagens motorizadas (na Região Metropolitana de São Paulo, o percentual chega a 50%).
A falta de investimentos em transportes de massa e o aumento do número de veículos em circulação agravaram continuamente as condições de trânsito nas cidades. Somente de 1950 para 1995, o número de veículos no País saltou de 430 mil para 25 milhões.
O descontrole sobre o trânsito, a idade da frota e o péssimo estado do sistema viário estimularam situações crônicas de congestionamentos, com elevação dos tempos de viagem e redução da produtividade.
De olho nestes números, os especialistas em planejamento de transporte público vêem a uma retomada da economia com mais preocupação do que alívio. Há cerca de 1 milhão de desempregados na cidade de São Paulo. Do ponto de vista da engenharia de tráfego, a hipótese de uma rápida recuperação deste mercado de trabalho, significaria o caos.
Em agosto, a ANTP estará realizando o 15º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Que as discussões tragam sugestões efetivas para melhoria da qualidade de vida nas grandes cidades.
Postado por Meu Transporte às 09:00 0 comentários
Marcadores: Brasil
O que seria preciso para ter tarifa zero de ônibus em SP
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
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Postado por Meu Transporte às 07:23 0 comentários
Marcadores: Reportagem especial, São Paulo
Especialistas sugerem corredores de ônibus de SP com ultrapassagem
terça-feira, 2 de abril de 2013
Silva Junior/Folhapress |
Postado por Meu Transporte às 01:48 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, Especialistas, Reportagem especial, São Paulo
São Paulo: Ônibus no Corredor ABD tem avaliação melhor que o Metrô
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Foto: Adamo Bazani |
As impressões negativas aumentaram em relação à mesma pesquisa divulgada referente a 2010, quando 41% consideravam o serviços regulares, ruins ou péssimos e 59% achavam como bons ou excelentes. Praticamente o quadro se inverteu.
Quando a avaliação dos passageiros é sobre os serviços de ônibus em corredores, a percepção em relação a qualidade dos serviços tem um cenário bem diferente e a maioria aprova os serviços de ônibus.
De acordo com a pesquisa da ANTP, 54% dos entrevistados consideram os ônibus em corredores excelentes ou bons contra 45% de ruins, regulares ou péssimos.
A explicação desta diferença de resultados se dá pelo melhor desempenho, velocidade maior e mais conforto que um sistema de corredores proporciona.
Em corredores, os ônibus não ficam presos no trânsito e por isso conseguem oferecer mais confiabilidade em relação a cumprimento de horários e trajeto total da viagem. Além disso, apesar de existir, a lotação pode ser mais facilmente revertida em ônibus de corredores pela maior flexibilidade dos horários e disponibilidade dos veículos em operação de fato. O tempo que o ônibus fica fora da garagem é melhor aproveitado, já que sem enfrentar trânsito, os veículos de transportes coletivo conseguem fazer mais viagens.
É um recado claro para os responsáveis pelas políticas de mobilidade que a priorização dos transportes, inclusive com a construção de corredores de ônibus, deixou de ser um discurso de especialista e se tornou anseio da população.
CORREDOR ABD TEM MELHOR AVALIÇÃO QUE O METRÔ
Um exemplo de que os corredores de ônibus têm a preferência da população é o sistema operado pela Metra, o Corredor ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, a Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, com extensão entre Diadema (ABC Paulista) e a região do Brooklin, na zona Sul de São Paulo.De acordo com a pesquisa realizada em 2011, 79% das pessoas aprovam os serviços da Metra, o que indica melhoria em relação ao ano de 2010, quando 70% das pessoas aprovaram os serviços dos ônibus e trolebus do ABC Paulista.
O índice é superior ao da aprovação do Metrô, que conseguiu 74% de avaliações positivas. Em relação ao ano passado, o Metrô teve uma queda na aprovação de 10%. No ano passado, o metrô teve 84% de aprovação.
O melhor índice de aprovação do metrô foi em 1999, quando 96% das pessoas consideravam o sistema ótimo ou bom.
Mesmo com a expansão do metrô, a lotação das composições, problemas operacionais e rede ainda insuficiente colaboram para a queda no índice de satisfação.
Os ônibus intermunicipais da Região Metropolitana tiveram aprovação de 51% em 2011 contra 59% no ano de 2010.
Os trens da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também tiveram queda na avaliação positiva. Em 2011, 48% aprovaram os serviços contra 54% em 2010. Lotação e intervalo entre as composições foram as principais queixas dos passageiros.
Os ônibus municipais, fora da Capital Paulista, que incluem o ABC e outras regiões tiveram a pior avaliação entre todos os modais: apenas 36% de aprovação em 2011. Uma expressiva queda em relação a 2010, quando foram aprovados por 55% dos entrevistados.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Postado por Meu Transporte às 06:53 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, São Paulo
Em Minas, Sete Munícipios tem uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A passagem mais cara de Minas Gerais é de Contagem, R$ 2,55. A Transcon justifica o preço em função dos investimentos no quadro de funcionários, aumento da frota, criação de novas linhas e adaptação dos ônibus para portadores de deficiência física.
Já Belo Horizonte e Betim reajustaram a tarifa, recentemente, para R$ 2,45. Em BH, a sétima tarifa mais cara entre as capitais do Brasil, a BHTrans argumenta que a passagem de ônibus teve um índice de reajuste médio de 6,5%, valor acumulado nos últimos dois anos. Neste mesmo período, a variação do INPC foi de 10,5%, e o salário mínimo teve um aumento de 22,9%, índices superiores ao reajuste das tarifas.
Conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (STTRBH), os reajustes em BH são feitos com base em índices da Fundação Getúlio Vargas. A passagem não foi reajustada no ano passado, pois não houve alteração dos custos. Para reduzir os preços seria necessário desonerar as tarifas.
A Prefeitura de Betim justifica o valor alto da tarifa pelo fato de o índice de passageiros por quilômetro (IPK), usado como referência no cálculo de reajustes, é próximo de um, o que encarece os custos operacionais.
No Vale do Aço, as três principais cidades da região, Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, cobram tarifa de R$ 2,40. Conforme a assessoria de Imprensa da Saritur, proprietária da Autotrans, empresa que tem a concessão nos três municípios, o preço da passagem é alto em função do alto custo de vida local, do alto índice de gratuidade e da carga tributária elevada.
Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, de acordo com o secretário de Trânsito e Transportes, Paulo Sérgio Ferreira, o valor da passagem é de R$ 2,40, porem, é uma tarifa integrada. “O usuário pode pegar muitos ônibus pagando somente um bilhete.
Além disso, temos uma das frotas mais novas do Brasil, com média de 1,5 ano, e todos os veículos são adaptados para deficientes físicos. Mesmo com o reajuste deste ano e de 2010, o percentual ficou abaixo da taxa inflacionária. Se for comparar esses pontos e o serviço prestado, nossa tarifa é muito barata”, garante.
O superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Pimentel Bicalho, diz que o valor da tarifa varia de cidade para cidade, pois diversos fatores influenciam o preço final da passagem. “São particularidades de cada região. Custo, manutenção e idade da frota, salários dos funcionários, custo de vida, impostos, entre outros.
Corte de tributos é alternativa
Segundo o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondin, para evitar os reajustes, as negociações foram direcionadas para a redução dos tributos. “Antes, os aumentos eram praticamente anuais. Decidimos, então, reduzir os valores do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) de 4% para 2% e zerar a taxa de gerenciamento, que era de 3%. Em nova negociação, conseguimos reduzir em 50% o ICMS sobre o óleo diesel”.
Com a queda das taxas tributárias, o passageiro do transporte público de Fortaleza ainda ganhou a redução da tarifa para R$ 1,20 em todos os domingos do ano, aniversário da cidade, comemorado dia 13 de abril, e dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. Atualmente, Fortaleza tem uma frota de 1.755 veículos. O preço pago por quilômetro rodado é de R$ 3.
Ademar lembra que a redução tributária trouxe benefícios. “Percebemos que o transporte é um meio para a economia e não um fim. O transporte público é um serviço social. Não se gera renda durante o trajeto, e sim no destino final do usuário. Com a redução, aumentamos em 20% o número de pessoas transportadas, atualmente, em 1,3 milhão de pessoas por dia”, enfatiza.
O presidente da Etufor garante que ainda há uma grande parcela da população que não tem acesso ao transporte público. “Estamos buscando a isenção de tributos federais para ampliar os serviços existentes e manter o preço atual, ou, quem sabe, até reduzir. Em função desta experiência, recebemos visitas de representantes de várias empresas operadoras e de cidades para ver como funciona nosso projeto. Mesmo com preços baixos, estamos renovando nossa frota”.
Reajuste sem melhorias
Os aumentos das tarifas de ônibus deixaram muitos passageiros descontentes. Em Belo Horizonte, a medida desencadeou até um protesto de estudantes, no último dia 3 de fevereiro, na Praça 7, Centro da cidade.
Segundo o presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames), Gladson Reis, o objetivo da manifestação era pedir uma auditoria nas empresas de ônibus para analisar seus faturamentos.
Os manifestantes também cobraram a sanção da lei que concede o pagamento de meia passagem aos estudantes. “Consideramos esse aumento inconstitucional. Queremos conscientizar a população e mostrar nossa luta pela regulamentação da meia passagem”, pontua.
Em Belo Horizonte, com o valor da passagem em R$ 2,45, um trabalhador que utiliza o ônibus duas vezes por dia terá que desembolsar em um mês, considerando-se 22 dias úteis, R$ 107,80 para o transporte.
O valor é ainda maior para aqueles que necessitam pegar mais de um ônibus. É o caso da comerciária Márcia Alexandrino, 45 anos, que usa três coletivos para chegar até o serviço, totalizando seis ônibus todos os dias. “Está muito cara a passagem. Se o serviço fosse melhor, até justificaria o preço. Gasto por mês cerca de R$ 240 somente com passagens. Passo muito tempo em um único ônibus e só consigo pegar uma integração. Para mim, o preço justo da passagem deveria ser R$ 2”.
A funcionária pública Rosimere Miranda Santos, 24 anos, também não concorda com o aumento do preço da passagem. “Preciso de três ônibus todos os dias para ir para o trabalho e para a faculdade. Achei um absurdo o aumento da tarifa. Os ônibus continuam lotados e sempre demoram”, ressalta a servidora.
Postado por Meu Transporte às 17:51 1 comentários
Marcadores: Minas Gerais
São Paulo: Promessa de novos corredores de ônibus
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O reajuste das tarifas, segundo o prefeito, permitirá também reduzir os subsídios às viações e cooperativas, de R$ 743 milhões para R$ 520 milhões. O pacote para o transporte disporá de R$ 409 milhões e sua meta é o aumento de 15% na velocidade dos ônibus. Isso equivaleria à inclusão de 2.250 ônibus na frota atual.
Desde a apresentação do programa, o secretário municipal dos Transportes, Marcelo Branco, vem anunciando a construção de novos corredores de ônibus: na Avenida Radial Leste, para ligar a zona leste ao centro, entre a Avenida Aricanduva e o Parque D. Pedro II, num total de 9 quilômetros; outro para ligar estações da Linha 5-Lilás do Metrô (Capão Redondo) e da Linha 4-Amarela (Vila Sônia); mais um entre o terminal de ônibus da Casa Verde até o centro; e, finalmente, um de 3 quilômetros na Avenida Luís Carlos Berrini.
O conjunto de obras e uma rótula, formada por vias que circundarão a região central, exigem investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões. Até o ano que vem, a Prefeitura promete entregar 66 quilômetros de novos corredores.
Assinale-se que 2012 é ano eleitoral e o transporte público é um dos maiores problemas da população paulistana. A pesquisa Imagem dos Transportes na Região Metropolitana, apresentada na quarta-feira pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), mostrou o descontentamento dos moradores da capital, principalmente com os corredores de ônibus. A aprovação dos passageiros caiu de 58% para 53%, o que é significativo, tendo em vista que, quando foram instaladas, durante o governo de Marta Suplicy, as faixas exclusivas atingiram índices de aprovação recordes e serviram de bandeira eleitoral.
Em 2010, um total de R$ 70,4 milhões, que haviam sido reservados para a construção de corredores, e outros R$ 26 milhões, orçados para a requalificação de terminais, foram remanejados para pagamento de subsídios às empresas de ônibus e cooperativas de vans. Essa prática foi frequente nos últimos anos. Além da falta de manutenção e da paralisação dos projetos de ampliação da rede de corredores, a Prefeitura também errou ao permitir interferências nas faixas exclusivas, como a circulação de táxi e de motos, o que prejudica a velocidade dos ônibus.
Como bem lembra o presidente da ANTP, Ailton Brasiliense, os passageiros têm grande expectativa com relação aos corredores, porque eles foram projetados para possibilitar maior velocidade aos ônibus.
É preciso, ainda, avaliar com cuidado a qualidade de cada novo traçado. O corredor planejado para a Avenida Luís Carlos Berrini, por exemplo, causa preocupação em passageiros de ônibus e motoristas de carros que circulam por essa via permanentemente congestionada. Suas três ou quatro estreitas faixas - dependendo do trecho - serão redivididas para a construção do corredor central. A ideia é retirar os ônibus que circulam junto das calçadas e têm o desempenho comprometido pelas entradas e saídas de garagens.
Além dos veículos do sistema formal, circulam por essa avenida comboios de ônibus fretados que formam filas imensas - duplas, em alguns trechos -, paralisando a Berrini e suas transversais.
Tanto quanto investir em novas obras, é preciso organizar o entorno dos corredores ou os resultados ficarão muito aquém do esperado.
Postado por Meu Transporte às 07:14 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, São Paulo
Estado de São Paulo têm 07 cidades entre as 10 tarifas de ônibus mais caras do Brasil
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Tarifa em São Paulo Custa R$ 3,00 |
Postado por Meu Transporte às 18:29 0 comentários
Marcadores: Brasil, Reportagem especial, São Paulo
Redução do IPI complica ainda mais problema do transporte nas principais cidades do País
sábado, 2 de janeiro de 2010
O fato é que o aumento da renda da população, associado a um crescimento desordenado nas metrópoles, pode travar ainda mais a mobilidade nas cidades. Com dinheiro no bolso e incentivos à compra de automóveis, certamente a frota nas ruas aumentará. “O carro tem um atrativo forte, não é apenas um meio de locomoção. O carro representa o sucesso profissional, é uma questão de status, de individualidade”, diz o professor Carlos Alberto Guimarães, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.
Números do Denatran revelam esse crescimento. Até outubro de 2009, circulavam no País 58,5 milhões de veículos. Em 1999, a frota existente era de 27,1 milhões. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em setembro, último mês de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de veículos tiveram recorde mensal, com 308.713 unidades.
"Com esse estímulo dado à indústria automobilística, o número de carros cadastrados a mais por dia é da ordem de mil, apenas em São Paulo. Deste total, ¼ anda todo dia pelas ruas. Ou seja, são 250 carros a mais todo dia, em média. Se colocar esses carros em fila, em um ano, para os 600 mil veículos precisariam ser construídas 125 avenidas Paulistas. Isso para os carros parados. Andando precisaria ainda mais. Não tem como atender essa demanda”, enfatiza Campos Filho.
Culpar, porém, o crescimento do País ou a indústria automobilística pelo caos seria o mesmo que atribuir à natureza a responsabilidade pela enchente. Pensar em restringir a venda de carros seria abraçar o fracasso. Mas o aumento e o uso da frota dão a clareza da urgência em levar a população para o transporte coletivo. “Restringir a economia não seria inteligente, mas é preciso atuar na restrição do uso de automóveis e garantir um transporte de qualidade e confiável”, afirma Guimarães.
A urgência se dá pela série de consequências vindas com o transporte urbano público ineficiente. Além dos congestionamentos, que já atingem cidades de médio porte como Campinas, Guarulhos e Uberlândia, as condições desfavoráveis no trânsito levam a pelo menos quatro “deseconomias”: diminuição na produtividade, consumo excessivo de combustível, aumento na emissão de monóxido de carbono (que provoca o crescimento do efeito estufa), impactos negativos na saúde e na qualidade de vida das pessoas.
Por conta dos gastos e tempo, a região do ABC, na Grande São Paulo, já tem uma área de desindustrialização. “Os custos de logística são muito altos e as empresas estão preferindo se instalar no caminho de rodovia ou em cidades no interior. Uma transportadora que precisa cortar São Paulo, por exemplo, certamente aumentará o preço do frete”, avalia o professor Guimarães.
O primeiro desafio para reverter essa situação e suprir as deficiências existentes é a integração dos governos municipais, estaduais e federal na solução do problema. “Os políticos brasileiros têm uma deficiência cultural de enxergar em curto prazo. Eles enxergam apenas por um mandato”, afirma Guimarães.
O superintendente da ANTP, Marcos Bicalho, concorda e diz ainda que é preciso que os governos corrijam a falha de anos de se privilegiar o transporte individual. “O país ficou muito tempo com investimentos à míngua. Hoje, temos um modelo suicida, que privilegia o individual”, destacou.
O segundo desafio é justamente colocar as grandes cidades sobre trilhos. Especialistas ouvidos pela reportagem do iG concordam que em metrópoles onde a demanda é superior a 40 mil passageiros por hora é preciso investir no metrô. Eles destacam que, apesar do alto custo (1 quilômetro de metrô custa aproximadamente US$ 100 milhões), esta é a principal solução.
Mas nesse aspecto, o País ainda tem muito a explorar, como mostra a comparação da malha metroviária de São Paulo com a da Cidade do México. As duas começaram a ser construídas na mesma época, cerca de 40 anos atrás. Hoje a capital paulista tem 61,3 km de extensão contra 201 km na Cidade do México.
Em 2007, o governo de São Paulo deu início ao chamado Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, o Expansão São Paulo. Com o maior investimento em transporte público já realizado no País, serão R$ 20 bilhões até 2010, o governador José Serra, possível candidato à presidência pelo PSDB nas eleições do próximo ano, quer quadruplicar a rede sobre trilhos na capital paulista, que passaria a ter 240 km de trilhos, sendo 160 km em forma de metrô de superfície.
Postado por Meu Transporte às 09:59 2 comentários
Investimentos em transporte estão 50 anos atrasados
segunda-feira, 19 de março de 2012
Postado por Meu Transporte às 18:41 0 comentários
Marcadores: Brasil, Corredores de Ônibus, Especialistas, Reportagem especial, São Paulo, trem/metrô
Carroça e maratonista são mais rápidos que ônibus em corredores de São Paulo
segunda-feira, 17 de maio de 2010
E não são só os atletas que venceriam os coletivos: carroças puxadas por dois cavalos andam a 26 km/h, velocidade superior às verificadas nos corredores. As comparações são do consultor de trânsito e planejamento urbano Sérgio Gollnick. Especialistas ouvidos pelo R7 definem como "baixa" a velocidade dos ônibus na cidade. Para Gollnick, o ideal seria entre 23 km/h e 25 km/h. Já o também consultor de trânsito Horácio Figueira fala em 20 km/h.
Em alguns corredores, como o Pirituba - Lapa - Centro e o Vereador José Diniz - Ibirapuera - Santa Cruz (ambos com média de 12 km/h), se não fosse o trânsito, a carroça desenvolveria o dobro da velocidade. Bem humorado, Sérgio Gollnick vai além: nessas duas pistas exclusivas, os ônibus são tão rápidos quanto um camelo no deserto, cuja velocidade média também é de 12 km/h.
Em nota, a prefeitura diz que o corredor da avenida Vereador José Diniz, inaugurado em 2008, melhorou o fluxo da região. A SPTrans diz, por meio de nota, considerar a velocidade de 19 km/h um "desempenho bom". Entretanto, só o corredor da Paes de Barros, na zona leste, chega a essa velocidade. A prefeitura considera a pista elevada do Expresso Tiradentes - que não enfrenta o trânsito da capital, só parando nas estações - como um corredor de ônibus, que chega a 36 km/h, velocidade média adequada para os critérios de especialistas.
A SPTrans disse, por meio de nota, reconhecer os problemas citados pelos especialistas ouvidos pela reportagem. O órgão afirma que desenvolve projetos em corredores para melhorar o transporte coletivo na cidade:
* Monotrilho da zona sul, entre Santo Amaro e Piraporinha, que segue traçado alternativo ao do atual corredor de ônibus da estrada do M'Boi Mirim. O trem deverá futuramente ser integrado à linha 9 (Esmeralda) da CPTM, na estação Socorro, e à linha 5 (Lilás) do Metrô, na estação Santo Amaro. Previsão de entrega da primeira etapa: 2012.* Novo corredor Capão Redondo - Vila Sônia, que vai ligar o corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro pelas avenidas estrada do Campo Limpo até a região do Capão Redondo.
* Reforma da parada Juscelino Kubitschek do corredor Santo Amaro no cruzamento com a avenida Santo Amaro, que deve mudar de lugar para facilitar o fluxo.* Reforma da parada Vital Brasil do corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro na altura da praça Jorge de Lima (Butantã), com o desmembramento da parada no sentido centro e reinstalação da parada no sentido bairro.
Postado por Meu Transporte às 01:29 0 comentários
Marcadores: Corredores de Ônibus, São Paulo
Grande Recife: Itamaracá Transportes Apresentou Novos Ônibus no Fórum de Clientes
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Itamaracá Transportes foi eleita em 2011 pela ANTP uma das cinco melhores empresas do Brasil |
Postado por Meu Transporte às 00:47 1 comentários
Marcadores: Pernambuco
Pesquisa: qualidade do transporte público piora na Grande SP
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
A qualidade do transporte público piorou, na avaliação dos passageiros, em oito de nove sistemas analisados na Grande São Paulo. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Segundo o levantamento, a satisfação com os ônibus que circulam na capital caiu de 42% no ano passado para 40% em 2008. Já a aprovação aos coletivos que circulam exclusivamente pelos corredores de ônibus registrou queda de 11 pontos, passando de 64% para 53%. A exceção é o corredor São Mateus-Jabaquara, na zona sul, que subiu de 66% para 79%. "A avaliação dos corredores de ônibus segregados, caso do São Mateus-Jabaquara, costuma ser melhor do que a dos outros modais, porque aqueles não competem com os carros", diz Rogério Belda, um dos diretores da ANTP.
Postado por Meu Transporte às 23:05 0 comentários
Marcadores: São Paulo
Ônibus é mais econômico que moto, revela estudo
quinta-feira, 3 de março de 2011
De acordo com dados coletados pela ANTP em de março de 2010, são levados em consideração o custo social, que mistura as despesas de acidentes de trânsito e emissões de poluentes, além de impostos, taxas, manutenção e depreciação. Que se somam também às passagens no caso de ônibus, combustível para as motos e para os carros, e despesa com estacionamento.
As motos perdem para ônibus: são R$ 2,37 gastos com o coletivo para se rodar sete quilômetros em cidades, valor que sobe para R$ 3,45 sobre duas rodas. Ainda assim, é mais barato do que o carro, que sai por R$ 5,55 com gasolina e R$ 5,83 com etanol. O trânsito também agradece: um único ônibus tira até 70 carros da rua.
Fonte: Estado de Minas
Postado por Meu Transporte às 07:24 0 comentários
Marcadores: Brasil