Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta ônibus em Natal. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta ônibus em Natal. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

READ MORE - Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

Nova Tarifa de ônibus em Curitiba passa a custar R$ 2,60

quinta-feira, 1 de março de 2012

A tarifa do transporte coletivo em Curitiba passará de R$2,50 para R$ 2,60 a partir da zero hora desta segunda-feira (5). O reajuste foi de 4% - uma variação de apenas 10 centavos – abaixo do INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor) do período, que foi de 5,63%

A Domingueira, tarifa especial aos domingos, continuará a R$ 1,00, valor que vem sendo mantido desde sua criação, em janeiro de 2005. A Domingueira é um instrumento de inclusão social e convivência familiar e permite ao trabalhador fazer passeios e visitas aos domingos com baixo custo. Em 2004, ano anterior à criação da Domingueira, o número de passageiros transportados aos domingos, ao longo do ano, foi de 3,5 milhões. No ano passado esse número foi de 20,1 milhões.

A tarifa da Linha Turismo passa de R$ 25,00 para R$ 27,00 e a linha Circular Centro passa de R$ 1,50 para R$ 1,60.

Mesmo com o reajuste, a tarifa do transporte de Curitiba está abaixo de capitais como São Paulo (R$ 3,00); Porto Alegre (R$ 2,85); Rio de Janeiro (R$ 2,75); Campo Grande, Florianópolis e Cuiabá (2,70) e Belo Horizonte (R$2,65).

Mão de obra - O aumento no custo da mão de obra foi um dos principais fatores de elevação dos custos do transporte coletivo. O reajuste dos salários e benefícios dos motoristas e cobradores, definido em fevereiro em acordo coletivo da categoria que acatou percentuais de reajuste propostos pelo Ministério Público do Trabalho, representou ganhos efetivos de 23% (cobradores) e 18% (motoristas). Além do abono de R$ 300,00 e reajuste da cesta básica – de R$ 105,00 para R$ 200,00, o salário base teve reajuste de 10,5%, o maior percentual dos últimos três anos e acima da inflação que fechou o ano em 5,63%

A tarifa também reflete, entre outros, variação dos custos de peças e acessórios, preço dos ônibus; correção da rentabilidade e despesa administrativa conforme estabelecido em contrato.

Os custos do transporte coletivo estão detalhados no site da Urbs. Para localizá-los acesse
www.urbs.curitiba.pr.gov.br , clicando em Rede Integrada de Transporte, na página inicial, e em seguida em Tarifa.

Rede Integrada de Transporte

Frota
Frota operante 1.915 ônibus
Frota total 2.329 (operante + reserva)

Passageiros média dia útil
1,187 milhão pagantes e 2,285 milhões passageiros transportados. A diferença deve-se à integração (em Curitiba é possível pagar uma tarifa e utilizar mais de um ônibus) e a isenções.

Tarifa
A tarifa do transporte coletivo é a mesma em toda a rede (à exceção da Linha Turismo e Circular Centro e da Domingueira, de R$ 1,00 aos domingos.

Tarifa Social
A tarifa única beneficia principalmente o trabalhador que historicamente se desloca a distâncias maiores.

Cartão Transporte
Atualmente em torno de 52% dos usuários do transporte coletivo utilizam cartão transporte. Outros 48% pagam em dinheiro. Na média, 50% das passagens são vale-transporte.

Integração
O sistema integrado permite a utilização de vários ônibus pagando apenas uma tarifa, sem limite de tempo. O usuário pode percorrer a distância que necessitar, pelo tempo que quiser, sem pagar uma segunda tarifa. Na média, o curitibano usa dois ônibus em seus deslocamentos pagando uma tarifa.

A Rede Integrada atende Curitiba e 13 municípios da Região Metropolitana e é responsável pelo atendimento de 73% da demanda por transporte em toda a RMC.

Isenções
242 mil pessoas são beneficiadas com isenções e gratuidades. Este número inclui cerca de 20 mil estudantes que recebem desconto de 50% na tarifa. No total são quatro mlhões de deslocamentos por ano com isenção ou gratuidade.

Transparência
Todas as informações sobre o transporte coletivo estão no site da Urbs no item Rede Integrada de Transporte.

MELHORIAS NO TRANSPORTE COLETIVO

• Em 2011 Curitiba passou a contar na frota do transporte coletivo com o maior ônibus do mundo: 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, a mesma de um boeing.

• O novo ônibus – mais moderno, mais confortável e mais seguro, entrou nas linhas do Expresso Ligeirão (Boqueirão e Pinherinho Carlos Gomes) com a cor azul, facilitando a identificação pelo usuário.

• Na cor vermelha, o maior ônibus do mundo está operando nas linhas Centenário-Campo Comprido; Boqueirão e Centenário Rui Barbosa. A partir daqui, o maior ônibus do mundo passa a ser padrão em todas as linhas expressas, de biarticulados, seja na cor azul (Ligeirão) ou vermelha (parador).

• A entrada do novo Ligeirão Azul significou uma ampliação de 47% na oferta de vagas nas linhas Ligeirão Boqueirão e Pinheirinho Carlos Gomes, com a substituição de 24 ônibus articulados com capacidadepara 170 passageiros, por 24 biarticulados com capacidade para 250 passageiros.

• A renovação da frota em 2011 foi de 557 ônibus. A idade média da frota hoje é de 4,7 anos.

• Os usuários do transporte também vão ganhar mais segurança com a instalação, neste ano, de câmeras de monitoramento nos ônibus, terminais e estações tubo. O sistema já está em fase de testes.

• Passageiros das linhas São Jão, Tingui e Solar já contam com informação on line do tempo que falta para que o ônibus chegue no ponto, no Terminal do Cabral. Até o fim do ano, o sistema estará instalado em todos os terminais e estações tubo permitindo que o usuário tenha informação em tempo real no próprio ponto do ônibus.

• Cerca de 600 ônibus da RIT já estão sendo monitorados em tempo real. Até o fim toda a frota será monitorada. O sistema permite saber em tempo real se o ônibus está adiantado, atrasado, parado no ponto ou fora dele, se há acidentes ou obras no caminho, o trajeto que está sendo feito, etc. Com estas informações é possível fazer intervenções diárias no transporte, com melhor adequação de horários e itinerários.

• Ainda neste semestre entrará em operação a Central de Controle Operacional criando um núcleo de controle on line do trânsito e transporte garantindo mais agilidade, segurança e conforto a motoristas, pedestres e usuários do transporte coletivo. A CCO faz parte do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares que possibilitará novas ferramentas na gestão do trânsito, do transporte em Curitiba.

• Curitiba vai ganhar, até o ano que vem, mais três linhas do Expresso Ligeirão: O ligeirão Norte, ligando o terminal Santa Cãndida à Praça do Japão; o Ligeirão Atuba-Carlos Gomes, ligando o bairro ao centro, pela Linha Verde; e o Ligeirão Pinheirinho-Atuba, ligando os dois bairros também pela Linha Verde.

• Também em 2012 começarão a circular os primeiros Hibribus, ônibus movidos a eletricidade e, no caso de Curitiba, a Biocombustível. Eles vão operar em linhas convencionais.

• A renovação da frota 2m 2011 representou uma redução na emissão de poluentes de quase 100 toneladas por mês. O índice de emissão de poluentes no ano passado foi 35,7% menor do que o limite estabelecido pela legislação brasileira. É que a média ponderada na emissão de partículas ficou em 1,01m–1, enquanto o limite estabelecido em lei é de 1,57 m –1 . A unidade m – 1 é um valor de referência nas medições de opacidade e indica a quantidade de luz absorvida pela fumaça, no espaço de um metro, entre um ponto emissor e um outro receptor de luz.

• No ano passado, por exemplo, foram feitos 3.153 testes de opacidade, uma média de 12 testes por dia, em todo o sistema. Além destes testes a Urbs faz no mínimo duas inspeções veiculares por ano em cada ônibus do transporte coletivo.

• Nada menos do que 92% dos ônibus do transporte coletivo de Curitiba têm 100% de acessibilidade. É o maior percentual do país, segundo estudo feito pelo portal Mobilize Brasil. O segundo melhor índice é de Belo Horizonte (MG), com 70%; seguido de Rio de Janeiro (RJ) com 60%. O menor índice é de Natal (RN), de 20%.

READ MORE - Nova Tarifa de ônibus em Curitiba passa a custar R$ 2,60

Um em cada quatro brasileiros vai de ônibus ao trabalho

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Um em cada quatro brasileiros se desloca de ônibus para as atividades do cotidiano, como ir ao trabalho ou à escola. Os dados constam de um levantamento sobre transporte público encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e indicam que, diariamente, um quarto dos brasileiros (25%) vai de ônibus para o trabalho ou para a escola. Os que fazem o percurso a pé somam 22%. Já o automóvel da família é o meio de locomoção adotado por 19% da população, seguido pelo uso de motocicletas (10%) e de ônibus ou van fretados (9%). Apenas 7% dos brasileiros se deslocam, no dia a dia, de bicicleta. 

É o caso, por exemplo, do copeiro Edmilson Alves, de 31 anos, que trocou o ônibus pela bicicleta para ir ao trabalho e não se arrepende. Todos os dias, ele sai da Vila São José, em Osasco, município a oeste da Grande São Paulo, rumo à avenida Imperatriz Leopoldina, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. “Eu levava em torno de trinta minutos para chegar aqui e agora são só quinze minutos”, disse.

O Ibope, instituto contratado pela confederação, ouviu 2.002 pessoas, no ano passado, em 142 cidades, e constatou que o brasileiro está mais insatisfeito com as opções de transporte. O percentual de entrevistados que avaliou o transporte como ruim ou péssimo subiu de 26%, em 2011, para 32%, na última sondagem. Já a parcela de brasileiros que avaliou o setor como bom ou ótimo caiu de 39% há quatro anos, para 24%.

Entre os problemas apontados pelos usuários está o tempo gasto para se chegar aos destinos: há quatro anos, 26% das pessoas levavam mais de uma hora para chegar ao destino. O percentual passou para 31%. A maioria (74%) perde até uma hora no trânsito. Em 2011, esse percentual era 69%.

A corretora de imóveis Thais Couri, de 36 anos, mudou-se do Guarujá para São Paulo há seis meses e vai de ônibus para o trabalho. Ela conta que leva uma hora e meia, diariamente, para sair do bairro de Perdizes, na zona oeste, até o Parque D. Pedro, onde trabalha no centro da cidade. "A condução chega a demorar até 45 minutos, às vezes", disse.

No caso dos brasileiros que levam mais de duas horas no trânsito, 22% estão nos ônibus ante 9% em carros. Já no percurso de até uma hora, 51% ocupam assentos de ônibus enquanto 76% estão em carros.

Em um recorte da pesquisa por gênero, as mulheres (28%) usam mais os ônibus do que os homens (19%) para deslocamentos diários. Elas também andam mais a pé do que eles: 26% dos pedestres são mulheres, ante 17% de homens. Quando o meio de transporte é a bicicleta, a proporção se inverte: 9% dos homens optam por pedalarem no dia a adia, ante 4% de ciclistas mulheres. O mesmo ocorre em relação à motocicleta (13% homens e 7% mulheres) e ao carro (23% homens e 16% mulheres). A motocicleta é o meio preferido dos jovens enquanto o carro é apontado como ideal pelos mais velhos.

Baixa renda usa ônibus ou anda a pé
Entre a população com rendimento de até um salário mínimo, 39% seguem a pé para os seus destinos, 20% vão de ônibus e 3% de carro. Já entre os brasileiros com faixa de renda acima de cinco salários mínimos, quase a metade (48%) tem o carro como principal meio de locomoção, 16% usam ônibus e 12% caminham até seus destinos.

De acordo com o levantamento, quanto menor a cidade, maior o percentual de moradores que vai a pé para o trabalho ou escola. Em cidades menores, com até 20 mil habitantes, 44% dos entrevistados cumprem os trajetos a pé. Em municípios que têm entre 20 mil e 100 mil habitantes, o percentual cai para 31% e apenas 12% caminham em cidades com mais de 100 mil habitantes.

O levantamento detectou ainda que a maioria dos que segue a pé faz essa opção por ser a mais rápida, caso de 37% dos entrevistados. Quem escolhe a bicicleta (54%) aponta a agilidade do modal, mesmo motivo indicado pelos que optam por motocicleta (64%) e pelo carro (58%). Já 44% dos entrevistados que usam o ônibus disseram que este é o único meio de transporte disponível.

Ao perguntar aos usuários como melhorar o transporte público no país, a maioria (47%) sugere aumentar o número de linhas e corredores exclusivos de ônibus. Para 28%, o preço da tarifa deveria ser reduzido. Vinte e um porcento consideram que, para ser mais atrativo, o transporte deveria ser mais seguro, e a mesma parcela, defende investimento em conforto.

O operário Lucas David tem 25 anos e trabalha em uma empresa de biscoito, em Vila Anastácio, na mesma região onde mora. Apesar disso, sente que o tempo que gasta do Rio Pequeno, onde mora, até a empresa aumentou. “Antes eu gastava só 40 minutos, agora chega a uma hora e meia. E demora mais ainda quando eu trabalho em dias de feriado, quando a frota é reduzida em mais de 30%”, lamentou.

Para ele, a frota de ônibus não acompanhou o aumento da demanda. Além disso, ele aponta a necessidade de mais fiscalização para não permitir que veículos comuns transitem nos corredores exclusivos. "Tem também o fato que muitos motoristas não respeitam os corredores [de ônibus]. Precisa de mais fiscalização”, disse.

Cidades testam uso de faixas semi-exclusivas
Enquanto o processo de licitação  ainda não acontece, a Prefeitura do Natal elenca a criação das faixas semiexclusivas como uma das ferramentas para dar mais agilidade ao transporte público. Segundo o secretário adjunto de Trânsito de Natal, Walter Pedro da Silva, a velocidade comercial dos ônibus (velocidade entre dois pontos estabelecidos) já tem aumentado nas vias onde a faixa foi implantada. Na avenida Senador Salgado Filho, a média  passou de 14 para 34 quilômetros por hora. Na avenida Prudente de Morais, a velocidade dobrou: de 15 para 30 quilômetros por hora.

O próximo passo da prefeitura é implantar uma faixa semiexclusiva na Coronel Estevam. “A população não precisa andar nas mesmas vias e horários que o transporte coletivo. O condutor de carro tem que procurar vias alternativas”, orientou.

Outro aspecto que poderia melhorar a mobilidade na Grande Natal seria a integração e complementariedade do sistema de capital com o de outras cidades da  região. “Nós continuamos com o fórum de secretários da Região Metropolitana de Natal, mas infelizmente o DER não está acompanhando nossas reuniões, o que é um dificultador porque tratamos da questão intermunicipal”, falou. As reuniões, segundo Walter Pedro, ocorrem uma vez por mês.  

Por Marli Moreira 
Informações: Agência Brasil

Leia também sobre:
READ MORE - Um em cada quatro brasileiros vai de ônibus ao trabalho

Curitiba: Linha de Natal começa a funcionar nesta sexta-feira

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Começa a funcionar às 20h desta sexta-feira (9), a Linha Especial de Natal, servida por ônibus tipo jardineira, que até o próximo dia 23 transportará turistas e demais usuários com passagem por variados pontos com decorações natalinas em toda a cidade. As saídas, das 20h às 21h30, serão a cada  30 minutos, defronte à Catedral Basílica Menor, na praça Tiradentes, onde fica o ponto que durante o dia é usado pela Linha Turismo.

A passagem custa R$ 10,00. Não haverá embarques ao longo do trajeto. Crianças com menos de cinco anos de idade não pagam passagem. Ao longo do trajeto, criado pelo Instituto Municipal de Turismo, os ônibus, fiscalizados pela Urbs – Urbanização de Curitiba S/A, responsável pelo gerenciamento do sistema de transporte urbano, passarão por 17 endereços especialmente decorados para o Natal e que serão pontos de atração para os passageiros.

Pontos de referência - Além da Catedral, que serve como ponto de partida, os pontos de interesse pelos quais os ônibus passarão com velocidade reduzida, para que os passageiros apreciem a decoração natalina, são os seguintes:

• Prédio histórico da Universidade Federal do Paraná – a primeira universidade do país no verdadeiro sentido da palavra, criada em 1912.  Fica defronte à praça Santos Andrade A obra foi entregue em 1919, e três anos depois foram construídos os torrões laterais com colunatas. A fedralziação deu-se em 1951. No ano seguinte, ganhou as escadarias;

• Sede da Associação Comercial do Paraná, que fica na esquina das ruas XV de Novembro e Presidente Faria;

• Galeria de Luz, ao longo de trecho do calçadão da rua XV de Novembro – arcos que feericamente iluminam a via - que poderá ser vista de perto durante a passagem dos ônibus pela rua Barão do Rio Branco;

• Paço Municipal, obra neoclássica erguida em 1914 que abrigou o primeiro endereço oficial da Prefeitura da cidade, na praça Generoso Marques. Passagem diária, exceto dias 13, 14 e 15, quando haverá apresentação natalina no local, o que obriga os ônibus a um desvio do roteiro;

• Praça Dezenove de Dezembro – localizada na rua Barão do Serro Azul, abriga o obelisco comemorativo ao centenário da emancipação política do Paraná, em 1953, além de painel em azulejos, do artista paranaense Poty Lazzarotto, que retrata a evolução da economia paranaense, bem como o homem e a mulher, nus, em concreto, simbolizando a força do trabalho regional;

• Prefeitura de Curitiba – localizada no Centro Cívico, é sede do Poder Executivo municipal desde 1968, quando se inaugurou o prédio projetado pelo arquiteto Rubens Meister;

• Setor Histórico – ônibus passam pela parte antiga e preservada da cidade, com seus casarões, como o Palacete Wolf, antiga sede da Fundação Cultural de Curitiba, a sede da Sociedade Garibaldi, e igrejas como a do Rosário e da Ordem, entre outras;

• Palácio Avenida – construção de 1929 mandada erguer pelo comerciante libanês Feres Merhy, foi endereço comercial e residencial, e de cafés e cinema, no térreo, até sua revitalização, nos anos 1980, e reabertura como endereço institucional de banco comercial. Desde então a fachada é cenário de encenação natalina e espetáculo de luzes e cores. Fica no início da avenida Luís Xavier, esquina com travessa Oliveira Bello. Por causa do calendário de apresentações de Natal, os ônibus deixam de  passar pelo local dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 do corrente;

• Rua 24 Horas – Obra de 1991 e primeira do gênero no país, reabriu em novembro, depois de inteiramente restaurada e endereço para compras e lazer. Totalmente coberta, abrioa comércio e serviços, no trecho entre as ruas Visconde de Nacar e Visconde do Rio Branco;

•  Praça Eufrásio Correia – Antiga Praça da Estaçãom fica defronte à antiga estação ferroviária que, reciclada e revitalizada, transformou-se em moderno shopping. Importante ponto de encontro de diversas linhas integradas do sistema de transporte, a praça, que abriga a estátua “O Semeador”, simboliza dois períodos urbanos: o  do início do século XX, quando o trem é o principal meio de transporte para viagem e quando os viajantes se hospedam nos glamurosos hotéis de arquitetura neoclássica no entorno, em contraste com as modernas estações-tubo, atendidas pelos ônibus expressos biarticulados com até 28 metros de comprimento cada;

• Praça Oswaldo Cruz – É endereço de atividades poliesportivas, dispondo de piscinas, canchas cobertas, pista para caminhadas e atividades afins. Acesso principal pela rua Brigadeiro Franco defronte a um shopping que no passado abrigou unidade militar;

• Edifício-sede da Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel) – o prédio, que fica na rua Coronel Dulcídio, e todo decorado, pode se visto durante a passagem do ônibus pela rua Benjamim Lins, no bairro Batel;

• Praça da Espanha – Homenageia Miguel de Cervantes e conta com rica biblioteca, além de o espaço servir como ponto de encontro, aos sábados, de colecionadores de veículos antigos. Fica no Batel;

• Castelo do Batel – Construído em 1924, inspirado nos palácios franceses do Vale do Loire, pertenceu, até 1947, ao cafeicultor Luís Guimarães, quando passou às mãos do ex-governador paranaense Moysés Lupion – propriedade até hoje da família. De 1972 a 2002 abriga a antiga TV Paranaense, anal 12 – hoje RPCTV, quando o imóvel, tombado desde 1974,  tem pinturas, vitrais e fachada original restaurados. Para, desde 2003, abrigar centro de eventos.

•  Praça do Japão -  Revitalizada em 2010, fica no encontro das avenidas Sete de Setembro e República Argentina, no Batel, e guarda típica construção oriental para visitação em que se serve o tradicional chá. Em virtude de apresentações natalinas no local, os ônibus deixam de passar por ali nos dias 13, 14 e 15.

•  Associação Comercial e Industrial de Santa Felicidade – Ocupa imóvel histórico no bairro de colonização italiana, todo decorado, e motivo de passagem da Linha Natal, já no retorno ao centro da cidade.

Percurso – Com saídas a cada 30 minutos, os ônibus tipo jardineira da Linha Natal fazem o seguinte percurso, a partir desta sexta-feira (9), até o próximo dia 23: a partir da praça Tiradentes, circulação pela rua Tobias de Macedo, travessa Alfredo Bufren, ruas Conselheiro Laurindo (passagem diante do Teatro Guaíra, de onde, olhando à direita, se vê o prédio da Universidade).

Segue pelas ruas XV de Novembro (de onde se avista novamente a fachada da Universidade e, na quadra seguinte, a sede da Associação Comercial), João Negrão, Marechal Deodoro, Barão do Rio Branco, Riachuelo (onde, pouco adiante do cruzamento com a rua XV, está a praça Generoso Marques, onde fica o Paço Municipal) e avenida Cândido de Abreu, até a rótula defronte à Prefeitura, no Centro Cívico, de onde retornam pela pista oposta da avenida.

O roteiro segue pela rua Barão do Serro Azul, travessa Nestor de Castro, alameda Augusto Stellfeld, rua Ébano Pereira, avenida Luís Xavier (quando passa em frente ao Palácio Avenida), rua Ermelino de Leão, alameda Doutor Carlos de Carvalho, ruas Visconde de Nacar, André de Barros e João Negrão.

A partir daí, seguem pela pista lenta da avenida Sete de Setembro, em direção ao Batel, com passagem pela praça Eufrásio Correia e praça Oswaldo Cruz, prosseguindo pelas ruas Brigadeiro Franco, Benjamim Lins e Coronel Dulcídio (de onde pode ser vista a sede da Copel); alameda Carlos de  Carvalho (com vistas para a Praça da Espanha).

Caminho segue pela rua Alferes Ângelo Sampaio, avenida do Batel (onde está o Castelo do Batel), rua Silveira Peixoto, trecho da avenida Visconde de Guarapuava, rua Francisco Rocha, avenida Sete de Setembro (com vista para a Praça do Japão).

Na sequência, tráfego pela rua Desembargador Costa Cavalcxanti, avenida Vicente Machado, ruas Capitão Souza Franco, São Marcelino, por onde chega à avenida Manoel Ribas. A partir dali, as jardineiras vão até Santa Felicidade, onde, através da Via Veneto, iniciam o retorno ao centro pela rua Marcos Mocellin.

Na avenida Manoel Ribas, sentido centro, está o prédio decorado da Associação Comercial e Industrial de Santa Felicidade. A volta é pelas avenidas Manoel Ribas e Jamime Reis, alameda Doutor Muricy e rua Cruz Machado, por onde os ônibus tipo jardineira chegam ao ponto inicial da praça Tiradentes.

Desvios – Em virtude da programação natalina, com apresentações especiais em diversos pontos do centro da cidade, os ônibus tipo jardineira da Linha Natal deixarão de seguir o roteiro normal nos seguintes  dias e trechos:

• de terça a quinta-feira, 13 a 15 – apresentações defronte ao Paço Municipal, na praça Generoso Marques. Os ônibus procedentes da rua XV de Novembro, em vez de seguirem pela rua João Negrão, desviam pela rua Presidente Faria até a praça Dezenove de Dezembro, quando retomam o caminho normal pela avenida Cândido de Abreu;

• de sábado a segunda (9 a 11, e de 16 a 18) – apresentações no Palácio Avenida, na avenida Luís Xavier. As jardineiras procedentes da alameda Augusto Stellfeld, descem pela rua Ébano Pereira apenas até o cruzamento com a alameda Doutor Carlos de Carvalho, onde viram à direita. Por causa da apresentação, deixam de seguir em frente, na Ébano Pereira, passando defronte ao palácio e saindo pela rua Ermelino de Leão.

• de terça a quinta-feira (13 a 15)  - por causa do evento natalino na Praça do Japão,  os ônibus procedentes da rua Alferes Ângelo Sampaio e avenida do Batel, deixam de percorrer as ruas próximas à praça e desviam pela rua Teixeira Coelho, até o cruzamento com a avenida Vicente Machado, a partir de onde retomam o caminho pela rua Capitão Souza Franco.


READ MORE - Curitiba: Linha de Natal começa a funcionar nesta sexta-feira

Tarifa de ônibus em Natal pode ser reduzida

sábado, 23 de janeiro de 2010


O valor da tarifa de ônibus em Natal pode ser reduzido nos próximos meses, caso uma ação do Ministério Público Estadual que pede a volta da passagem ao valor de R$ 1,85 for considerada procedente. Os promotores do caso, José Augusto Peres e Iádya Gama Maio, usam como argumento o fato de, segundo eles, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo Seturn e Prefeitura no ano passado que permitia o aumento da tarifa mediante providências que deveriam ser tomadas pelas empresas de ônibus não ter sido cumprido.
O promotor conversou com a equipe do Nominuto.com sobre o assunto e disse estar esperando a intimação do juiz. “A Promotoria está aguardando a intimação do juiz para entrar com o recurso no Tribunal de Justiça”, destaca.
Apesar de não ter data prevista, José Augusto Peres acredita que a decisão deve sair nos próximos dois meses. “A decisão tem que sair o mais rápido possível, com revogação da liminar de imediato, a favor ou contra o pedido do Ministério Público”, explica.
A ação denuncia o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Seturn) por ter descumprido alguns itens do acordo, como a instalação e adaptação ao sistema Prae (voltado para transportar gratuitamente pacientes com doenças degenerativas para seções de tratamento no SUS) de 20 micro-ônibus em Natal. Se a decisão for sentenciada a favor do Ministério Público a tarifa de ônibus em Natal passa de R$ 2,00 para R$ 1,85.
Fonte: Nominuto.com
READ MORE - Tarifa de ônibus em Natal pode ser reduzida

Curitiba avança rumo à eletromobilidade e nova concessão do transporte coletivo

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Ao completar 330 anos em 2023, Curitiba colocou o pé no acelerador da eletromobilidade, com os primeiros testes com ônibus e táxis elétricos e a preparação para a compra dos primeiros 70 elétricos que passam a integrar a frota do transporte coletivo a partir de 2024. Também ganhou novas linhas de ônibus, lançou um novo cartão pré-pago para utilização fora do horário de pico e iniciou a formatação do novo modelo de concessão do transporte coletivo, que vai valer a partir de 2025.

Os primeiros 70 ônibus, que devem ser adquiridos com recursos de R$ 317 milhões, marcam o início da descarbonização da frota do transporte coletivo, um dos pilares do plano de sustentabilidade do município para as próximas décadas. Prevista no Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), ela traduz o empenho em consolidar uma política climática com ações transformadoras e inclusivas por uma cidade neutra em emissões e resiliente ao clima, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

“O futuro começa agora, com os ônibus elétricos. Iniciamos a eletrificação da frota, vamos deixar para os curitibinhas de hoje e os que ainda vão nascer uma cidade mais sustentável e menos poluente", diz o prefeito Rafael Greca. 

Os primeiros ônibus elétricos devem rodar no transporte coletivo nas linhas Interbairros II, Interbairros I e Ligeirinhos. Pelo cronograma, serão cinco lotes de compras, que têm início em maio. 

“O ano de 2023 foi um marco em termos de transição da matriz energética. Efetuamos testes com ônibus e também táxis elétricos e anunciamos a compra dos primeiros lotes de ônibus elétricos. Curitiba se prepara para o grande salto que o transporte coletivo vai dar nos próximos anos”, resume Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo da cidade.

Dos 70 ônibus, 36 são modelo padron piso alto; 28 articulados de piso alto; e 6 padron piso baixo. "Essa primeira compra será uma oportunidade para que possamos testar estes ônibus na prática, já com vistas ao novo edital de concessão do transporte coletivo, em 2025", acrescenta Maia Neto.

Testes
Curitiba foi a primeira cidade do País a fazer testes estruturados de ônibus elétricos, envolvendo avaliações de sete veículos de quatro marcas - BYD, Eletra, Marcopolo e Volvo -, entre abril e outubro de 2023, nas linhas urbanas da cidade.

Com zero emissões, silencioso, climatizado e confortável, o ônibus elétrico caiu no gosto dos usuários que puderam participar dos testes de ônibus nas linhas.

“Eu já andei de ônibus elétrico várias vezes e gosto porque ele é confortável, é melhor que o tradicional”, elogia José Rosimauro, 41, porteiro.

“O elétrico faz muito menos barulho, e na volta do trabalho para casa isso é ótimo. Sempre fico feliz quando vejo que o ônibus que vou pegar é elétrico”, diz Edvaldo Junior, 28, promotor de vendas, aque também pôde andar em um dos ônibus testados na capital.

O projeto de compra dos veículos, aprovado na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) em dezembro, permitirá, além do subsídio,  que os 70 ônibus voltem para o município com o fim do atual contrato de concessão.

Nova concessão
O atual contrato de concessão, que termina em 2025, não será renovado. A Prefeitura iniciou em 2023 o projeto de formatação do novo modelo de concessão do transporte coletivo, com apoio e consultoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O novo modelo promete ser um marco para o transporte coletivo da cidade, com  modernização do sistema, reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte e descarbonização gradual da frota.  A meta é que 33% da frota seja zero emissões em 2030, percentual que deve chegar a 100% em 2050.

Táxis elétricos
Além de testar ônibus elétricos, a Prefeitura também avaliou o desempenho de um ônibus movido a gás natural e seis táxis elétricos da montadora Renault, que rodaram, com passageiros, durante seis meses. A intenção é que esses testes sejam a base de um projeto de eletrificação da frota de táxi de Curitiba.

“Os resultados foram extremamente promissores, com uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa no período de avaliações”, diz Maia Neto.

Em paralelo, a Prefeitura começou a implantar, para a população em geral,  uma rede de recarga de carros elétricos em pontos estratégicos da cidade, com carregadores instalados na Prefeitura, nos Smart Parks São Francisco, Jardim Botânico e Campina do Siqueira, na Rua da Cidadania da Matriz e na Rodoviária.

Reformas
Além dos avanços rumo à eletromobilidade, o transporte coletivo ganhou melhorias em 2023, com mais linhas, integrações temporais e a reforma de 120 estações-tubo. Em 2023, foram criadas oito novas linhas: 553-Moradias Iguaçu, 722-Complexo Industrial, 832- Posiville/INC, Rio Bonito; Parque Náutico e Emílio Romani, sem contar as linhas temporárias X50 - Natal Barigui e  X51-Natal Parque Náutico. Além disso, a nova linha Ligeirão Norte-Sul, que vai ligar o Santa Cândida ao Pinheirinho, deve ser inaugurada em janeiro de 2024. 

Com investimento recorde de R$ 6,5 milhões, 120 estações-tubo estão passando por reformas, com troca de piso e melhorias de acessibilidade até o fim de janeiro de 2024.  Com a conclusão dessa revitalização, 60% das 338 estações-tubo da cidade terão sido revitalizadas nos últimos dois anos.

Curitiba+
Investindo fortemente em novas tecnologias, Curitiba lançou mais uma inovação no transporte coletivo, o Curitiba+, cartão pré-pago que permite, por um valor fixo, utilizar o transporte de maneira ilimitada fora do horário de pico durante 30 dias. A ideia é gerar economia para o passageiro e incentivar o uso do transporte coletivo fora dos horários de pico, período em que o movimento chega a ter queda de 60%. O Curitiba+ permite uso ilimitado e exclusivo das 8h30 às 16h59 e das 20h às 3h59 nos dias úteis; após 8h30 aos sábados; e de uso livre aos domingos e feriados.  Quanto mais utilizações, mais barato fica em relação ao cartão tradicional. 

A Urbs também implantou novidades na rede de lojas #CuritibaSuaLinda, que completou cinco anos em 2023. A principal delas foi o início das vendas pelo site da rede, que disponibiliza produtos que prestam homenagem à história, à arquitetura e à cultura de Curitiba e também do Paraná. São 680 itens de decoração, literatura, arte, acessórios, vestuário e lembranças. Também estão na programação a inauguração, em breve, de uma loja no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos PInhais, e uma loja-tubo itinerante, que vai ser instalada temporariamente em alguns locais da cidade. 

O ano de 2023 também foi marcado pelos 60 anos da Urbs, que promoveu uma série de eventos comemorativos, como promoções e festivais gastronômicos no Mercado Municipal Capão Raso (MMCR) e na Rua 24 Horas.

A Urbs também lançou editais para escolha de permissionários nos equipamentos urbanos, com destaque para o Parque de Diversões no Parque Barigui, inaugurado em dezembro com 17 atrações em um espaço de 8 mil metros quadrados.

O atendimento à população também foi aprimorado, com a ampliação de funcionalidades dos totens implantados em Ruas da Cidadania, e o pagamento de recarga de cartão-transporte com cartão de débito e crédito em terminais. A Rodoviária de Curitiba, também administrada pela Urbs, ganhou painéis de informação de origem, destino e hora dos ônibus, além de uma ferramenta que permite fazer uma visita virtual ao terminal rodoviário.

Informações: URBS

READ MORE - Curitiba avança rumo à eletromobilidade e nova concessão do transporte coletivo

Ônibus da Zona Sul do Rio circulam com 50% da capacidade em horário de rush, mostra estudo

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Enquanto em outras áreas da cidade os ônibus se arrastam pelas ruas apinhados de gente, na Zona Sul o problema é o oposto: eles andam vazios demais, mesmo na hora do rush. Longe de ser um problema menor, o excesso de ônibus em circulação ajuda a aumentar os congestionamentos e a poluir mais a atmosfera. Uma pesquisa da PUC- Rio sobre planejamento do transporte coletivo, divulgada em agosto, mostra que 80 linhas municipais que circulam hoje entre Zona Sul e Centro costumam rodar com apenas 15% de sua capacidade fora dos horários de pico; e com aproximadamente 50% da capacidade em horas de rush. Isso se dá, principalmente, por causa da sobreposição de muitas dessas linhas, que fazem quase os mesmos trajetos, com uma ou outra ramificação.

A pesquisa indica ainda que, dentro do horário de pico, quando os ônibus chegam ao Centro, atingem sua lotação máxima e passam a ser insuficientes para a demanda. Isto é, são subutilizados na Zona Sul, mas faltam nas áreas centrais da cidade.

O estudo foi feito entre os meses de março e julho pela estudante de Engenharia de Produção Marina Waetge, agora na Alemanha pelo programa Ciências Sem Fronteiras, sob orientação do professor Hugo Repolho. Apresentado na Semana de Iniciação Científica da PUC- Rio, há dois meses, o trabalho foi concluído com a análise exclusivamente das linhas da Zona Sul, uma a uma, a partir do site "Vá de Ônibus”, mantido pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro ( Fetranspor). O método foi o único encontrado pelos pesquisadores, que não obtiveram da Prefeitura um mapa da malha rodoviária da cidade.

— Quando pedimos acesso ao mapa, a prefeitura disse, para minha surpresa, que não tem um. Como é possível controlar a quantidade de linhas e de veículos, se não há um mapa dessa malha? — questiona Hugo Repolho.

O espanto do professor começou muito antes, no início de 2013, quando se mudou de Portugal, sua terra natal, para o Brasil. Em solo português, era hábito diário conferir a tabela com os horários de cada ônibus antes de sair de casa. Mesmo se o coletivo não passasse na hora exata, a margem de erro corriqueira era de cinco minutos, no máximo. Hoje, ele já aprendeu como funciona por aqui: "na hora que passar, passou, não é assim?”, brinca o professor.

— Para quem vem de fora é mais fácil ver que o sistema funciona muito aquém do ideal. A atual estruturação da frota traz dois principais problemas para o usuário: a falta de horários dos ônibus e a falta de legibilidade de cada linha, porque nem pelo número nem pela aparência do veículo é possível saber a que linha ele pertence — reclama o engenheiro.

Para tornar o sistema de transportes mais eficiente, a pesquisa propõe transformar as 80 linhas pesquisadas em cinco grandes linhas, que, interligadas, passariam por terminais na Gávea, em Botafogo e na Central do Brasil. Uma delas seguiria via Jardim Botânico; a segunda iria pelo Túnel Rebouças; a terceira, pelo Túnel Santa Bárbara; a quarta, pelo Aterro do Flamengo; e a última, por Ipanema, cobrindo toda a orla. Ônibus menores poderiam alimentar essas cinco linhas, fazendo rotas não compreendidas por elas. A proposta também prevê zonas, ao longo desses trajetos, em que os usuários possam facilmente fazer integração com o metrô ou pegar bicicletas públicas.

O objetivo é disponibilizar mais ônibus onde eles realmente são necessários, e nos horários em que a demanda é maior. — Hoje, seja em horários de pico ou em outros períodos do dia, a quantidade de ônibus circulando é basicamente a mesma. Não há um redimensionamento de acordo com a demanda. São colocados na rua quantos ônibus a frota tiver, não importa o horário. Isso faz com que vários da mesma linha passem juntos, vazios. Existem cerca de 600 veículos em toda a frota da Zona Sul. Com certeza, dá para atender a população com bem menos — analisa o professor.

Moradora do Jardim Botânico, a estudante que estruturou a pesquisa é habituée do ônibus da linha 410, que a transportava todos os dias para a PUC-Rio. Fora do país por ainda alguns meses, Marina mantém vivo na memória o cenário que encontrava tanto no ponto de ônibus à espera do 410, quanto em seus trabalhos de campo, quando saía para observar o número de passageiros em cada veículo.

— Eu via constantemente pessoas confusas, sem saber qual é a rota dos ônibus e sem ter um mapa das linhas para consultar. Eu mesma, ainda que estivesse acostumada a andar pela cidade de ônibus, muitas vezes precisava pedir informações na rua para descobrir como chegar a algum lugar — contou Marina, por e- mail. — O que mais me motivou no projeto foi a perspectiva de melhorar esse sistema para que a população possa ter vontade de usar ônibus e deixar os carros em casa, podendo assim diminuir o trânsito na cidade.

O tema preocupa muitos pesquisadores, até mesmo de fora da Zona Sul. Alexandre Rojas, doutor em Engenharia de Transportes e professor da Uerj, por exemplo, fez, no início do ano, uma pesquisa de campo na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Lá, ele ficou por algumas horas observando quantos coletivos passavam e com que lotação. O resultado do trabalho faz coro com os principais pontos levantados por Marina e Hugo.

— Quando o BRS ( Bus Rapid System, o corredor exclusivo para ônibus) foi criado, em 2011, a Prefeitura informou que tinha remanejado e até reduzido algumas linhas de ônibus. No entanto, constatei nesse trabalho que ainda existem inúmeras linhas em excesso, com veículos vazios em quase todos os horários. Há uma grande discrepância entre a quantidade de coletivos que atende a Zona Sul e a Zona Norte. Esta última é claramente menos favorecida — afirma Rojas.

Segundo a engenheira de tráfego da Escola Politécnica da UFRJ Eva Vider, há mais de uma solução possível para melhorar a disposição da malha urbana. Ela afirma que, entre o final de 2012 e o início de 2013, um dos estudos que acompanhou chegou a propostas semelhantes às da pesquisa da PUC-Rio. Na ocasião, no entanto, a proposta era criar linhas de ônibus circulares, que se conectavam às linhas alimentadoras. De lá para cá, outra pesquisa, também orientada por Eva, sugeria apenas um corredor de ônibus do Leblon ao Centro, passando pela orla. A ele, seriam ligados coletivos que trariam passageiros de outros bairros da Zona Sul.

— Há várias maneiras de melhorar o sistema, mas o que costuma unir todas elas é a ideia de formar linhas principais, com ônibus compridos e articulados sendo alimentados por coletivos pequenos que circulam por onde não existe tanta demanda — acredita Eva, que é especializada em mobilidade urbana.

Ela ressalta que a maior produtividade do serviço impacta diretamente no preço das passagens, porque diminui o gasto com combustível e manutenção dos veículos.

— Quando não há ônibus ociosos, que transportam pouquíssimos passageiros e servem apenas para congestionar o trânsito, a eficiência do serviço sobe. Há mais produção com menos custo — sintetiza a pesquisadora.

Informações: O Globo e ANTP

READ MORE - Ônibus da Zona Sul do Rio circulam com 50% da capacidade em horário de rush, mostra estudo

Transferência de paradas de ônibus gera reclamações em Natal

quinta-feira, 8 de julho de 2010


No primeiro dia de mudança nas paradas de ônibus do Natal Shopping e Via Direta, na BR-101, Zona Sul de Natal, usuários seguem insatisfeitos com o tempo de integração garantido pelo programa Passe Livre. O tempo de uma hora para trocar de ônibus em qualquer ponto de parada da cidade ainda é considerado curto pela população, principalmente para aqueles que descem no shopping e precisam caminhar até a outra parada de ônibus, que fica distante cerca de 300m.

Segundo Sílvio Medeiros, secretário adjunto de trânsito, o problema está em os usuários ainda não saberem usar corretamente o direito garantido a eles. Sílvio explica que as constantes reclamações de usuários recebidas pela secretaria estão ligadas ao mau uso da integração. "A população não está usando o Passe Livre da forma correta", alega o secretário.

Segundo ele, as pessoas querem continuar fazendo integração onde antes funcionavam as estações e isso não é necessário. Tomando comoexemplo os usuários que moram na Zona Norte da capital e precisam se deslocar até Ponta Negra, Silvio Medeiros explica que a troca de transporte pode ser feita ainda na Zona Norte. "Na Zona Norte existem ônibus que fazem a linha Ponta Negra. Basta fazer a troca ainda lá ou mesmo na avenida Bernardo Vieira", afirma.

O secretário disse ainda que não vê necessidade de aumentar o tempo do benefício. "Até agora não foi constatada nenhuma necessidade de ampliação desse tempo em alguma linha", afirmou. Já os usuários partilham de pensamento totalmente contrário ao da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). "Não tem condições. Isso é um absurdo!" É o que pensa o estudante Paulo Silva, 19. Paulo conta que só nessa semana já perdeu a integração temporal em três oportunidades. Morador da Zona Norte, o estudante tem que pegar dois transportes para chegar a empresa onde estagia pela manhã, em Candelária. Ele conta que a lotação dos ônibus e os congestionamentos em horário de pico contribuem para a perda do direito do usuário.

A segurança na região também é apontada como um fator de preocupação para a população que peg1a ônibus no local. Paulo Silva acredita que as antigas estruturas das estações de transferência ofereciam maior segurança aos usuários de transporte público. "As estações antes ficavam abertas até as 23h. E agora, como as pessoas irão ficar nas paradas nesse horário?"

A indagação do estudante é somada à sensação de insegurança que ele afirma ter ao desembarcar em locais distantes de centros de maior movimento, como o Natal Shopping. Funcionários Os funcionários que foram contratados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Natal (Seturn) para trabalhar nas estações de transferência perderam suas funções. Segundo Sílvio Medeiros, as informações que lhe foram passadas pelo Seturn é que 90% dos funcionários foram reaproveitados e transferidos para funções administrativas dentro do próprio Seturn ou nas empresas.

READ MORE - Transferência de paradas de ônibus gera reclamações em Natal

Passageiros esperam até uma hora por ônibus nas paradas de Natal

terça-feira, 27 de abril de 2010


A rotina de quem depende do transporte público para se locomover nos domingos e feriados é de espera e insatisfação. Durante esses dias, a frota de ônibus que circula em Natal, um total de 641 veículos é reduzida em até 40%, o que em alguns casos gera uma demora de mais de uma hora para que o passageiro consiga embarcar no transporte coletivo na sua parada.

A longa espera pelo ônibus pode causar prejuízos para a população, como quase aconteceu com o estudante Diego de Medeiros, morador do conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte. Ele esperou o ônibus por mais de 40 minutos para ir ao colégio em que prestou concurso público no bairro de Ponta Negra, Zona Sul. "Por pouco não encontrei os portões do colégio fechados, é um absurdo essa falta de ônibus no domingo quando a população precisa sair para o lazer ou para outros compromissos", revelou Diego.

A universitária Aline Tarsis que utilizou o transporte coletivo para ir ao jogo do ABC após esperar pouco mais de 30 minutos, também reclama das dificuldades em conseguir o ônibus no domingo. "Eu já vim bem cedo para parada para chegar na hora do jogo, mas é muito difícil essa situação, já teve vezes que passei mais de uma hora esperando o ônibus. Outro problema é que também quando passa o ônibus vem lotado sendo uma viagem bem desconfortável", relatou Aline.

O operador de máquinas, Aureliano Silva, enfrentou a demora de uma hora para conseguir o ônibus da linha 01 para ir ao conjunto Parque dos Coqueiros, Zona Norte. Ele revela que outro problema gerado pela longa espera é a insegurança das paradas. "Além de ter que esperar o ônibus para voltar pra casa, ficamos expostos por muito tempo a ações de bandidos principalmente à noite. Já tive que esperar por até uma hora e meia, mas consegui chegar seguro em casa", afirmou Aureliano.

Justificativa

De acordo com o diretor do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, a redução da frota é feita por causa da baixa demanda dos serviços no final de semana. "Nós fizemos um estudo junto com a Secretaria de Mobilididade Urbana e o efetivo que colocamos nas ruas nos domingos e feriados é suficiente para atender as demandas, nós priorizamos as linhas que passam por centros comerciais como os shoppings, na BR 101 e Bernardo Vieira", disse Maranhão.

Augusto Maranhão informou que o Seturn e a Semob fazem semanalmente acompanhamento das demandas das linhas de ônibus, mas ainda não identificaram a necessidade de ampliar atualmente o número de ônibus circulando nos domingos e feriados em Natal.

Fonte: Dnonline
READ MORE - Passageiros esperam até uma hora por ônibus nas paradas de Natal

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960