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DF: Almanaque de problema do transporte público

segunda-feira, 15 de março de 2010


Trinta milhões de passageiros insatisfeitos mês a mês. Ônibus lotados, atrasados, quebrados e sujos. Quem pode, compra carro ou moto. Mas uma parcela considerável da população não tem outra opção a não ser submeter-se à rotina exaustiva de um sistema de transporte público ineficiente. Quem se debruça a estudar o caos aponta basicamente duas causas: incompetência do poder público para garantir o bom funcionamento do sistema e a falta de infraestrutura que privilegie o transporte coletivo de passageiros.

Na última semana, o Correio levantou os números do sistema do DF e de outras quatro capitais. Entre elas, Curitiba (PR), considerada modelo na gestão do transporte público no país. Apesar de contar com uma frota de ônibus 67,8% maior do que a de Curitiba e de ter um número de linhas quase três vezes maior, o número de passageiros transportados no DF é 29,6% menor do que na capital paranaense. Os números não são os únicos indicadores para medir a qualidade do sistema. Se a linha é muito extensa, exige mais veículos, por exemplo, e o intervalo entre eles tende a ser maior. Se os ônibus são articulados ou biarticulados, têm maior capacidade e, portanto, podem ser em número menor.

Mas o grande problema do DF não está na quantidade de ônibus ou de linhas. O que falta é gestão do sistema, aponta o professor Joaquim Aragão, doutor em Engenharia de Transportes e coordenador de pesquisa do Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru), da Universidade de Brasília (UnB). “Aqui temos o inchaço de ônibus e de linhas, mas o governo não tem controle sobre a operação. Não sabe o horário que os ônibus passam nem se cumprem o itinerário. O usuário sabe menos ainda. Vai na Rodoviária e veja se tem tabela com o horário, se está atualizada e se é cumprida”, desafiou Aragão.

O especialista tem razão. No início da tarde de quinta-feira, os painéis luminosos (leia Memória) do terminal de embarque da Rodoviária do Plano Piloto deveriam informar o horário e o itinerário, mas estavam fora de operação. Só a parte superior do equipamento, destinada à publicidade, apresentava-se em perfeito estado de conservação. Passando-se por usuário, a reportagem dirigiu-se a um dos quiosques dos funcionários das empresas e pediu a tabela de horário dos ônibus que seguem para Planaltina. O homem apontou na direção oposta, para outro quiosque onde teria a informação. Lá uma mulher orientou que procurássemos o DFTrans, órgão responsável pela gestão e fiscalização dos ônibus. “É só você subir aquela escada”, disse.

Volte amanhã

Não há qualquer placa indicando os caminhos para se chegar ao DFTrans. A porta é recuada pelo menos três metros em relação às lojas e restaurantes, o que dificulta ainda mais a localização. Perguntada sobre a tabela de horários das linhas de Planaltina e Sobradinho, a servidora pega uma pasta preta com plástico. “Acho que não tenho aqui. Essas são as que mais saem”, avisou. Depois de folhear duas vezes a pasta, ela constata que não tem os horários de Planaltina e pede que retorne no dia seguinte.

Foram 10 minutos entre o primeiro pedido de informação até a resposta negativa do DFTrans. Enquanto isso, no mesmo balcão, um usuário irritado entregava uma reclamação por escrito a outro servidor do DFTrans. “Se vocês não tomarem providências, eu vou procurar o Ministério Público e vou denunciá-los por omissão”, avisou o funcionário público Salomão Sousa, 57 anos. “Os motoristas de dois ônibus que fazem o trajeto Núcleo Bandeirante-UnB transformaram o ônibus em uma boate ambulante. Não sou obrigado a ficar ouvindo bailão (música sertaneja), especialmente num volume alto”, destacou.

Salomão contou à reportagem que era a segunda vez, em 15 dias, que ele oficializava a mesma queixa. No mesmo dia, um funcionário do DFTrans ligou para Salomão. “Ele alegou que não daria andamento ao meu pedido se eu não apresentasse os números dos ônibus que vem trafegando com o som ambiente alto. Falou que não tem como deslocar um dos 89 fiscais para fazer a fiscalização no local”, disse Salomão. “Dá a impressão de que a fiscalização do DFTrans é de gabinete ou então aliada às empresas. Que eles só apuram as irregularidades quando não é mais impossível desconhecer o problema”, desabafou.

“Liga no 156”

O Correio também esteve no terminal do Setor O, de Ceilândia, e no de Samambaia, para tentar obter a lista com os horários dos ônibus. No primeiro terminal, conseguiu a tabela dos micro-ônibus, mas não o detalhamento do itinerário. Como faço para saber onde o ônibus passa? “Você vai ter que pegar um deles e ir anotando”, indicou um funcionário. No balcão das empresas de ônibus convencionais, a funcionária disse que apenas o DFTrans tinha a lista. Mas lá também não tinha. “Você liga no 156, opção seis e pergunta. Ou então, acessa o site do DFTrans na internet”, orientou. Em Samambaia, os funcionários do terminal também não tinham a lista para fornecer.

Para Joaquim Aragão, falta vontade política do governo.

Ele defende que, se quisesse, o governo já teria feito a integração do sistema. “Não precisa esperar as grandes obras como corredores exclusivos ou linhas verdes. É só mapear a cidade e integrar as linhas”, afirmou. Mas o governo, sempre que questionado sobre os problemas de trânsito e transportes do DF, aposta que todas as soluções virão com o Brasília Integrada (veja Para saber mais).

Fiasco dos painéis

Os painéis luminosos foram instalados na Rodoviária do Plano Piloto em 1998, quando foi concluída a reforma. O Departamento Metropolitano de Transportes (DMTU), hoje DFTrans, anunciou que eles poriam fim aos atrasos dos ônibus e das longas filas de espera nos pátios da Rodoviária. Logo no primeiro dia, o sistema se mostrou um fiasco e não funcionou. Todo o sistema de automação só foi concluído um mês depois. Os 69 painéis e 12 câmeras instalados na época custaram R$ 3 milhões. Em 2000, os usuários reclamavam que as placas estavam constantemente quebradas. No ano seguinte, eles começaram a exibir palavras e frases desconexas, inclusive em inglês (foto). Dois engenheiros com especialização nos Estados Unidos foram chamados para consertar o equipamento, mas encontraram dificuldade. O governo decidiu desligá-los para evitar ainda mais confusão.

Sem nenhum conforto

As incoerências do sistema de transporte no Distrito Federal também aparecem na quantidade passageiros transportados mensalmente em cada ônibus. Em média, são 10,6 mil por mês ou menos de 15 usuários por dia em cada veículo. Teoricamente era para o passageiro ter o mínimo de conforto, como fazer as viagens sentados. Mas não é isso que ocorre. As cenas de ônibus abarrotados de gente são comuns. E sobram relatos de pessoas obrigadas a esperar pelo próximo veículo por falta de espaço.

Nos horários de entre picos, dezenas de veículos ficam ociosos em diversos pontos da cidade. A maioria deles fica estacionado lado a lado no Mané Garrincha, no fim da Asa Norte e ao lado dos terminais de ônibus. Enquanto isso, a população que precisa se locomover fora dos horários de pico espera por até duas horas no ponto de ônibus.

Para o presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Âmbito Nacional (Autcan) Miguel Fernandes da Silva, o problema é de gestão no Distrito Federal. “Falta o poder público tomar conta. Hoje o sistema está nas mãos das empresas. Elas definem os itinerários e horários, e descumprem depois”, critica Silva. A Autcan representa 83 mil usuários em todo o país.

O Correio fez contato com o DFTrans para entrevistar o responsável sobre o assunto e para levantar os dados relativos ao sistema na última terça-feira. A assessoria de imprensa informou que ele estava muito ocupado resolvendo os problemas do Sistema Fácil (que ficou fora do ar durante a semana passada para recarga do passe livre aos estudantes), mas tentaria agendar um horário, o que não ocorreu até as 18h30 de sexta-feira.

A pedido do Correio, o órgão informou que conta com 84 fiscais. No último ano, foram emitidas 5.566 notificações e 1.306 ônibus piratas acabaram apreendidos. De janeiro a março deste ano, são 680 autuações e 65 retenções de veículos piratas. A principal queixa dos usuários é em relação ao descumprimento da tabela horária e do itinerário. Problemas que o órgão combate fiscalizando e multando as empresas que cometem as irregularidades. Já os horários, são divulgados na internet.

Descaso

A estudante Lígia Carolina Santana Catunda, 22 anos, critica a falta de informação e superlotação dos veículos. “Acho um absurdo colocarem os horários só na internet. E as pessoas que não têm acesso? Os horários deviam ficar nas paradas, mas não colocam porque aí teríamos como cobrar”, comentou.Em Curitiba, a relação passageiros por ônibus/mês é a mais alta entre as cinco capitais: 25.372 por mês ou 35 pessoas por dia por veículo. Ainda assim o transporte da capital paranaense é considerado modelo no país. Gestor de operação de trânsito de Curitiba, Luiz Filla conta que na capital paranaense a qualidade do sistema é definida da seguinte forma: nos horários de pico, um ônibus comum, com 12m, deve transportar 44 passageiros sentados mais seis passageiros por metro quadrado em pé. Isso dá uma média de 80 pessoas por veículo. Os articulados circulam com no máximo 160 pessoas e o biarticulados, com 230.O sistema é reavaliado semestralmente. Se a demanda ultrapassa o limite fixado, as empresas têm de colocar mais ônibus na linha. Se o número de passageiros pagantes aumenta — avaliação diária —, a reavaliação do sistema é antecipada. Para fazer cumprir as metas, horários e itinerários fixados pelo governo, 250 fiscais acompanham a prestação de serviço das empresas. “Quando observam qualquer anormalidade, atuam imediamente para sanar o problema. Nosso usuário é bastante exigente”, ressaltou Filla.Em Curitiba, as principais infrações cometidas por ônibus são adiantamento do horário sem justificativa, dirigir de forma inadequada e ônibus em estado de conservação inadequada. “Aqui não temos problema de descumprimento da linha ou de viagens. Quando ocorre, nós multamos as empresas”, diz. A eficiência do transporte de Curitiba se deve também ao sistema de infraestrutura. Lá existem corredores exclusivos, terminais de integração e cobrança antecipada nos terminais. O sistema funciona como uma rede e parte do princípio que o usuário paga o valor de uma passagem para chegar ao destino, ainda que precise usar mais de um ônibus.

Fiscalização eletrônica
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Em Belo Horizonte, o segredo para manter as empresas na linha é a fiscalização eletrônica. Por meio de dois softwares, o governo controla o cumprimento dos horários e se tem superlotação. O governo ainda fiscaliza qualquer sinal de anormalidade por meio da leitura do disco de tacógrafo. O número de fiscais é pequeno, 22 para todo o sistema.

“A nossa fiscalização pesada é eletrônica. Temos o controle de 100% dos veículos e ainda vamos implementar um sistema de GPS”, explica Jussara Bellavinha, diretora de desenvolvimento e implementação de projetos.Mas não é só a fiscalização eficiente que garante a qualidade do transporte público.

O diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NUT), Marcos Bicalho dos Santos, explica que a falta de infraestrutura que dê preferência ao transporte coletivo em detrimento do individual tem relação direta com a qualidade do serviço prestado. “Se o ônibus tem que disputar espaço na via com os carros, a qualidade do serviço vai cair. O trânsito está cada dia mais congestionado”, lembra.

O sindicato das empresas de ônibus do DF foi procurado, com as perguntas encaminhadas por e-mail, conforme orientação da assessoria de imprensa da entidade. Mas, até o fechamento da edição, não houve retorno. (AB)

Video exibido em 2009.


Fonte: Correio Brasiliense
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Greve de ônibus em Curitiba afeta cerca de 2,3 milhões de pessoas

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Decisão dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da Curitiba e da Rede Integrada de Transporte (RIT), da noite de terça-feira (25), deixa a capital sem ônibus nesta quarta-feira (26). A paralisação afeta cerca de 2,30 milhões de pessoas que dependem do uso diário dos ônibus.

Reunido nas garagens, motoristas e cobradores afirmam que não há linha alguma em circulação na cidade. Segundo a Secretaria de Trânsito, além dos ônibus convencionais, também estão sem operar as linhas Turismo, Hospitais e Aeroporto - tanto a convencional (ligeirinho), como a linha executiva.

Para os grevistas, a orientação do sindicato da categoria (Sindimoc) é manter os braços cruzados até que as empresas façam uma proposta que agrade aos trabalhadores, o que não havia ocorrido até às 10 horas desta quarta. Para impedir saída de ônibus das garagens, algumas delas bloquearam o portão de acesso. Na garagem do Parolin, onde ficam os veículos da Auto Viação São José, que opera 15 linhas da região metropolitana, um ônibus foi atravessado no portão e teve seus pneus esvaziados para impedir a remoção.

Apesar do ato, o clima é tranquilo nesses locais, sem maiores mobilizações.

O resultado da greve pôde ser percebido desde cedo: várias estações-tubo e pontos sem passageiros, nenhum veículo do transporte coletivo circulando na Rui Barbosa, no Terminal Guadalupe, na Avenida Getúlio Vargas, Rua Alferes Poli e outras vias importantes da capital. Por volta das 6h15, também não havia cobradores nos tubos Água Verde, Sete de Setembro e Alferes Poli e no Guadalupe - pelos quais a reportagem passou entre 6 e 6h30.

Táxis

Pouco antes das 7 horas, na região central, havia táxis em pelo menos dois pontos - nas praças Rui Barbosa e Tiradentes -, porém, não havia passageiros.

Nas centrais telefônicas de táxi, foi possível completar ligação em apenas uma das quatro empresas contatadas pela reportagem. Para ter acesso à telefonista, foram necessários aproximadamente cinco minutos de espera. De acordo com a empresa, por volta das 7h15, todos os 240 carros que fazem parte da frota estavam circulando no período, e, apesar dos contatos, não havia previsão de tempo para que as pessoas fossem buscadas em casa. Na mesma empresa, a fila de espera começou por volta das 5h30.

Para economizar e agilizar o transporte, uma alternativa para quem precisa chegar ao trabalho é dividir uma viagem de táxi com colegas e vizinhos. É o que fez a auxiliar de serviços gerais Lenir Batista, de 49 anos. Moradora do Sítio Cercado, ela e mais três amigas dividiram o valor de uma corrida até o centro, de onde elas seguiram a pé para seus locais de trabalho para economizar. "Agora vou a pé até perto do [Hospital] Evangélico para economizar um pouco porque não tenho dinheiro", declarou Lenir, que ficou no telefone para conseguir um táxi das 5h30 até as 7 horas.

Transporte alternativo

Sem ônibus, a Urbanização de Curitiba S.A. autoriza desde as 6h desta quarta-feira o cadastro de veículos particulares para circular transportando passageiros. Os interessados devem se dirigir à Rodoferroviária de Curitiba.

Até às 9 horas, 40 veículos alternativos já estavam circulando na capital - 25 carros a mais do que os registros das 7h30. Segundo a Urbs, a indicação é de que os automóveis sigam itinerários semelhantes a linhas que rodam diariamente.

Funcionários da Urbs fazem a vistoria dos veículos e checam a documentação. Após a liberação, vans e automóveis recebem os cartazes de identificação. A tarifa máxima que pode ser cobrada por pessoa é de R$ 6,00.

Segundo a Urbs, as vans e carros cadastrados, assim como táxis, têm direito de circular pelas canaletas. A empresa informou que estes carros atendem a vários pontos da capital e da região metropolitana. Até as 10 horas, no entanto, não havia informações de quais as regiões que não contavam com o serviço.

Mesmo com a circulação das vans, o transporte é insuficiente para transportar os curitibanos. Na Praça Rui Barbosa, por exemplo, em meia hora, apenas dois veículos de transporte alternativo passaram pelo local. Além da pouca quantidade, a reclamação também é de que não existem pontos específicos para a parada destes carros.

O segurança Christopher Lee de Carvalho Rodio, de 21 anos, passou a noite toda em seu trabalho, na região central de Curitiba. Sem ter como voltar até sua casa, no bairro Xaxim, ele esperava por uma condução no terminal da Rui Barbosa desde que encerrou o expediente, às 5h30. Neste período, passaram por ali apenas três conduções, mas nenhuma delas com o destino necessário para o segurança. "Falaram que 70% dos ônibus estariam circulando, mas até agora não vi nenhum passando por aqui. Se fosse na sexta-feira até dava para desconto", disse. Sem alternativa, ele teve que ligar para o avô, que dirige um caminhão de transporte de gás, para conseguir uma carona de volta pra casa.

Além do aumento de carros e táxis em circulação , também é visível a maior quantidade bicicletas nas ruas de Curitiba.

Decisão da Justiça

O diretor de Transportes da Urbs, Rodrigo Grevetti, afirmou nesta manhã que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana foi notificado da decisão judicial que determinava que 70% dos veículos do transporte coletivo teriam de circular nos horários de pico. A determinação foi expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região (TRT-9ª) nesta terça-feira.

Segundo Grevetti, a Urbs estuda como irá proceder, já que a decisão não está sendo cumprida nesta quarta.

Advogado do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e região metropolitana (Sindimoc), Elias Mattar Assad declarou que a entidade não foi notificada sobre a decisão, e que isto deveria ocorrer ainda nesta manhã.

Contudo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) disse à reportagem que a a notificação da decisão foi entregue ao diretor do Sindimoc Adão Faria às 17h15 de ontem. Até as 10h15, ninguém do sindicato foi procurado para falar sobre o comunicado oficial.

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Em Curitiba, Uso do cartão transporte chega a 62% e índice de assaltos cai 30% no sistema

domingo, 7 de junho de 2015

A utilização do cartão transporte para pagamento de passagem de ônibus passou de 56,1% dos usuários para 61,8% entre janeiro e maio deste ano. É o maior índice de participação desde a implantação da bilhetagem eletrônica há mais de uma década. O crescimento de mais de cinco pontos porcentuais na utilização do cartão transporte significa que nesses cinco meses quase R$ 6 milhões deixaram de circular em dinheiro vivo no sistema.

Paralelamente ao crescimento do uso do cartão, o índice de assaltos no sistema de transporte coletivo teve uma queda significativa, de quase 30%, nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

De janeiro a abril do ano passado foram registrados 1.157 assaltos no sistema urbano, número que caiu, no mesmo período deste ano, para 825. A média diária que foi de 9,7 de janeiro a abril de 2014, caiu neste ano para 6,8. Por dia, os 1.368 ônibus da Rede Integrada de Transporte de Curitiba fazem 15,5 mil viagens.

Essa melhoria do sistema é resultado de medidas integradas da Prefeitura de Curitiba, que vão do incentivo ao uso do cartão à intensificação da presença da Guarda Municipal em terminais e estações-tubo e rondas feitas por viaturas exclusivas para patrulhamento dos eixos. É a Operação Presença, lançada em agosto de 2014. Neste ano já foram realizadas 12 edições, atingindo todas as regionais da cidade e beneficiando usuários e pessoas que trabalham em mais de 100 terminais e estações-tubo.

Medidas tomadas pela Prefeitura aumentam segurança no transporte coletivo
Incentivo ao uso do cartão

Em julho do ano passado, a Urbs lançou uma campanha de incentivo à emissão do cartão transporte, abrindo três pontos volantes e horários especiais de atendimento ao público. Em três semanas foram emitidos quase 20 mil cartões transporte usuário, bem acima da média mensal, de 7,5 mil cartões registrada até então.

Em agosto foi a vez a ampliação dos pontos de recarga do cartão que, até então, só era feita na Urbs. A partir daí, bancas de revistas no Centro da cidade e lojas em terminais passaram a fazer a recarga, ao custo de R$ 1,00 por operação. Também em agosto foi lançado o cartão avulso recarregável, disponível nos mesmos endereços, e foi implantada a exclusividade do cartão nas 66 linhas de ônibus que não tinham cobrador.

O resultado foi um crescimento de 61% na aquisição de passagens no cartão por pessoas físicas, passando da média de 1,7 milhão para 2,8 milhões de passagens. A utilização do cartão transporte que de janeiro a julho do ano passado vinha se mantendo em torno 53%, passou para 56,7% em agosto mantendo um aumento gradativo mês a mês.

O maior crescimento, de 56% para 59% ocorreu de janeiro para fevereiro, quando entrou em vigor o desconto de 15 centavos para pagamento da passagem no cartão. O desconto vigora até esta sexta-feira (5).

Mesmo sem o desconto, a utilização do cartão transporte traz benefícios para os usuários e operadores. Em primeiro lugar porque aumenta a segurança, pois reduz o volume de dinheiro vivo em ônibus, estações e terminais.

O uso do cartão também agiliza a operação do ônibus porque a fila na catraca anda mais depressa e o ônibus demora menos tempo para sair do ponto. Outra vantagem é que o usuário pode manter o cartão à mão, sem necessidade de abrir bolsa ou carteira, o que reduz o risco de ser assaltado.

O saldo do cartão transporte da Urbs, em caso de roubo ou perda, é bloqueado e o saldo existente fique no sistema para ser liberado quando do desbloqueio do cartão ou emissão de 2ª via. Para isso, basta comunicar o roubo pelo telefone 156.

Como obter seu cartão

O cartão transporte Usuário é feito na hora, em poucos minutos, bastando apresentar documento de identidade com foto e informar o endereço. Para fazer o cartão não é necessário morar em Curitiba. A emissão da 1ª via é gratuita.

O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h na Urbs, na Rodoferroviária e nas Ruas da Cidadania da Matriz, Santa Felicidade, Boa Vista, Boqueirão, Pinheirinho e Portão e, também no posto avançado no Tatuquara (Rua Pero Vaz de Caminha, 560).

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Curitiba vive novo capítulo da mobilidade urbana sustentável

domingo, 30 de junho de 2024

Os novos ônibus elétricos na frota do transporte coletivo de Curitiba é uma das iniciativas da atual administração da Prefeitura para antecipar o futuro da mobilidade urbana. O planejamento – e as ações – da gestão de Rafael Greca prezam pela construção de uma estratégia que combina diferentes modais de transporte, com qualidade no deslocamento urbano para o usuário e reflexos positivos para o meio ambiente.

Os dois maiores projetos do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba focam melhorias e inovações do itinerário de grandes linhas de transporte de passageiros: os novos Inter 2 e BRT Leste-Oeste.

"Curitiba propõe, quando o tema é mobilidade urbana sustentável, uma cidade com menos carros, consumo consciente de energia, ar mais puro, trânsito sob controle e valorização do transporte público", resume o prefeito Rafael Greca.

Ele lembra ainda que são projetos alinhados ao Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), em 2018.

“Reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 2050 para cerca de 20% está entre os principais aspectos do Plano e, para isso, são apontadas soluções para a redução dos deslocamentos por automóveis na cidade, valorizando a mobilidade ativa do cidadão e o uso do transporte coletivo como prioridade do cidadão”, completa Greca.

Inter 2
O Novo Inter 2, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem três lotes de obras em andamento – Xaxim/Novo Mundo, Tarumã/Capão da Imbuia e Mercês - e outros em início de execução (Seminário/Campina do Siqueira). Estão previstas faixas exclusivas e/ou preferenciais no itinerário do Inter 2, além de um novo miniterminal no Santa Quitéria, que vai promover conexões com as linhas paradoras dos bairros em direção ao Centro.

A estação modelo Agrárias, entregue em maio de 2024, consolida um novo conceito de paradas de ônibus, com conforto térmico sustentado na geração de energia fotovoltaica. Após o período de testes de operação, serão licitadas outras 11 estações Prismas Solares, que serão exclusivas para a Linha Inter 2.

Leste/Oeste
O Ligeirão Leste/Oeste, com recursos do New Development Bank (NDB), terá concluído, em breve, o binário Olga Balster/Nivaldo Braga e segue com as obras de desalinhamento das estações na continuidade da Avenida Maurício Fruet, além de reformas nos terminais Centenário e Vila Oficinas.

Quando concluído, o trajeto do Ligeirão entre o Terminal de Pinhais e o CIC Norte será 23 minutos mais rápido, com apenas 11 paradas no percurso.

Norte/Sul
Entregue em janeiro de 2024, a nova linha Ligeirão Norte/Sul, que liga os terminais do Santa Cândida ao Pinheirinho, trouxe uma redução de tempo de deslocamento de 15 minutos para os passageiros que fazem o trajeto de ida e volta, que poderá ser realizado em até 100 minutos, 15% menos do que as linhas paradoras.

Estruturas renovadas
A infraestrutura e as facilidades para o usuário também fazem parte das entregas no segmento do transporte coletivo. Foram investidos R$ 6,5 milhões em reformas, troca de piso e melhorias de acessibilidade em 120 estações-tubo. Com a conclusão dessa revitalização, 60% das 338 estações-tubo da cidade terão sido revitalizadas nos últimos dois anos.

Terminais também foram adaptados e reformados.

Os terminais Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho receberam painéis fotovoltaicos. A reforma do Terminal Cabral focou a recuperação das duas plataformas de embarque e desembarque do biarticulado, nos dois sentidos (bairro/centro e centro/bairro). Na região Sul de Curitiba, houve ainda a inauguração do Terminal Tatuquara.

Novas linhas de transporte trouxeram mais opções para os passageiros. A implantação do Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho estabeleceu ligação entre o Norte e Sul da cidade pela Linha Verde. Só em 2023, foram outras oito linhas de ônibus: Moradias Iguaçu, Complexo Industrial, Posiville/INC, Rio Bonito, Parque Náutico e Emílio Romani, sem contar as linhas temporárias Natal Barigui e Natal Parque Náutico.
Nas facilidades, novos meios de pagamento foram implantados no sistema, como o uso dos cartões de débito e crédito para compra de passagens e o Curitiba+, um cartão pré-pago que permite, por um valor fixo, utilizar o transporte de maneira ilimitada fora do horário de pico durante 30 dias.

Pedestre como prioridade
Essa infraestrutura está sendo preparada para a mudança da matriz energética para a eletromobilidade na nova concessão do transporte, prevista para ocorrer 2025. Mas as ações também incluem outras iniciativas que se completam e forma a teia da mobilidade sustentável, com os chamados modais verdes, como bicicletas e o caminhar, por toda a capital, além de projetos e intervenções com priorização do pedestre.

O projeto Caminhar Melhor prevê a requalificação de calçadas na cidade no entorno de equipamentos públicos e locais de grande movimento de pessoas e reafirma a prioridade dada ao pedestre.

Desde 2017, a Prefeitura está recuperando passeios no Centro e bairros da capital. Exemplos de locais que já estão contemplados com o projeto Caminhar Melhor são as ruas Kellers, Bley Zornig, Antônio Krainiski, Davi Xavier da Silva, Lea Moreira de Souza Moura, Adolpho Bertoldi. A região do Mercado Municipal e a revitalização da Alameda Prudente de Morais também fazem parte dessa estratégia de valorização do espaço urbano e a conexão intermodais.

Outros espaços receberam intervenções de projetos baseados na mobilidade ativa, com as áreas em que as vias são compartilhadas entre veículos e pedestres. Os entornos das estações na Silva Jardim e Carlos Dietzsch, na República Argentina e a Rua Voluntários da Pátria receberam novos pavimentos, iluminação, paisagismo e integração dos espaços, estimulando a cultura da priorização do pedestre.

O estímulo ao uso da bicicleta em Curitiba está contemplado no Plano Cicloviário, que prevê até o fim de 2025, mais de 400 km de ciclovias espalhada pelos bairros. Atualmente, Curitiba já conta com uma malha cicloviária de 281,4 km, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas.

Bikes compartilhadas
No ano passado, a capital recebeu o sistema de bicicletas compartilhadas com estações fixas, que fortalece a ciclomobilidade como componente relevante da intermodalidade do transporte público curitibano. Com a parceria do município com a empresa Tembici, curitibanos e turistas passaram a contar com 500 bicicletas compartilhadas, entre mecânicas e elétricas, disponíveis para locação por meio de aplicativo. Todas as bicicletas têm GPS para evitar furtos ou vandalismo.

Informações: URBS

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Em Curitiba, Manutenção da estrutura do transporte coletivo custa R$ 30 milhões por ano

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A manutenção da estrutura do transporte coletivo em Curitiba – equipamentos e custeio – vai representar, neste ano, uma despesa de R$ 30 milhões para o Município. São gastos com a manutenção de terminais, estações, pontos de parada de ônibus, reposição de equipamentos vandalizados, despesas de água, luz, vigilância, manutenção de software, manutenção de núcleos de atendimento ao usuário em Ruas da Cidadania e compra de cartões transporte, entre outros.

A despesa de manutenção não está contemplada na planilha de custos da tarifa sendo, portanto, bancada com recursos do Município. A conta não inclui investimentos na estrutura viária, em que o transporte coletivo é prioritário, tampouco na iluminação de pontos de ônibus e na manutenção, reparos e melhorias da pavimentação das canaletas do sistema Expresso.

Se levado em conta o custo de pessoal de operação, engenharia e fiscalização, que é custeado com a taxa de administração de 4% do Fundo de Urbanização de Curitiba, esse valor sobe para algo em torno de R$ 60 milhões.

Só a manutenção dos 21 terminais localizados em Curitiba, o que inclui o Guadalupe, que é metropolitano, representa uma despesa anual de R$ 12 milhões. Mais R$ 11 milhões são gastos na manutenção das 357 estações tubo e 6,5 mil pontos de parada de ônibus.

A compra de cartão transporte representa em torno de R$ 500 mil por ano. O cartão é gratuito para o usuário, que só vai pagar uma taxa equivalente a cinco passagens (atualmente R$ 13,50) para fazer a segunda via, em caso de extravio, roubo ou mau uso que danifica o cartão.

A manutenção do Centro de Controle Operacional (CCO) representa em torno de R$ 240 mil por ano, o que não inclui o pagamento de parcelas de contrapartida a financiamentos para implantação do Sistema Integrado de  Mobilidade (R$ 62 milhões). O custo de manutenção dos terminais também não inclui o pagamento da contrapartida na reforma e ampliação do terminal Santa Cândida (R$ 11,5 milhões).

Vandalismo

Os custos do transporte coletivo incluem gastos significativos com a reposição de materiais e conserto de equipamentos vandalizados. São, por ano, em torno de R$ 300 mil em consertos de estações tubo – elevadores, portas, mecanismos elétricos. Esse valor não inclui gastos com a troca de vidros, que é feita pela Clear Channel, em troca da exploração de espaços publicitários. São, em média, por mês, em torno de 50 vidros.

Ao contrário do que ocorre em estações e terminais, o vandalismo nos ônibus acaba pesando na tarifa, uma vez que as empresas são remuneradas por gastos com peças e acessórios. De janeiro a setembro deste ano, 880 ônibus foram alvo de vandalismo, o que representou um prejuízo de R$ 206 mil.

O vandalismo também é responsável por uma despesa extra (e nesse caso não incluída na tarifa do transporte coletivo) de R$ 1,5 milhão em gastos previstos para este ano com conserto ou reposição de cabos de conectividade, câmeras e painéis em terminais e estações tubo.

Além do monitoramento do sistema através de câmeras e GPS, a Urbs iniciou neste ano um programa voltado a envolver a comunidade na melhoria do transporte coletivo, passando também pela prevenção e combate ao vandalismo.

Todos os meses, grupos de diferentes setores são convidados para uma palestra sobre o funcionamento, a logística e o custo do transporte coletivo. Já foram feitos encontros com integrantes, por exemplo, com integrantes do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e Associação Comercial do Paraná (ACP). Na sequência serão convidados membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. Em linguagem apropriada para a faixa etária, também são promovidos encontros mensais com estudantes do 5º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino.

Informações: Urbs

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Curitiba projeta transporte com nova bilhetagem, ônibus elétricos e multimodal

domingo, 2 de junho de 2019

A eletromobilidade, a multimodalidade e um novo sistema de bilhetagem são os próximos passos de Curitiba para a modernização da Rede Integrada de Transporte (RIT). Os planos da cidade neste campo foram destacados pelo prefeito Rafael Greca, na tarde desta quinta-feira (30/5), em palestra no 7º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana, no Salão de Atos do Parque Barigui.

À platéia formada por técnicos em mobilidade de todo o estado, vereadores e secretários municipais, Greca destacou a aprovação, pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), de um crédito de R$ 739 milhões para projetos socioambientais e de transporte.

O prefeito também destacou o credenciamento, pela Urbs, de empresas para a venda de créditos do sistema de transporte coletivo de Curitiba para o novo sistema de bilhetagem. “A tecnologia nos permite retirar o dinheiro de circulação no sistema de transporte. Quanto menos dinheiro houver disponível em estações e nos veículos, mais rapidamente nos livraremos da microcriminalidade motivada pelo uso de drogas”, disse.

Segundo Greca, as ações de mobilidade em Curitiba seguem o princípio da valorização do que é projetado e produzido pela cidade. Ele citou como exemplo o êxito do BRT e as possibilidades de avanços a partir da estrutura da Rede Integrada. “Sustentável dentro da nossa realidade é aquilo que a gente consegue pagar. O custo do quilômetro do BRT é mil vezes menor que o de um metrô e cem vezes menor que de um VLT”, observou.

Ele citou a importância da renovação da frota de transporte. Nesta sexta-feira (31/5) foram entregues mais 14 novos ônibus. “Quando entrei a frota estava sucateada, hoje está renovada. Amanhã chegaremos a 262 novos veículos e serão 450 até 2020.”

Inter 2

Parte dos recursos externos garantidos por Curitiba são para o financiamento do projeto Inter 2, de reestruturação viária, implantação de novos corredores para os ônibus e de um novo modelo de estações, climatizadas e auto-sustentáveis. A linha, que é a mais carregada entre as que circulam fora das canaletas exclusivas, deverá ser a primeira da cidade a contar com veículos movidos a energia limpa.

“Fixamos 2025 como o horizonte para a eletromobilidade e o Inter 2 integra este processo. São ações convergentes aos projetos de Curitiba contra o aquecimento global, que constam também nas prioridades do Grupo de Cidades do C40,  do qual fazemos parte.”

O avanço da micromobilidade, com patinetes e bicicletas compartilhadas, e do plano de estrutura cicloviária como componentes multimodais do transporte foram destacados. “A ideia é acoplar estações de micromobilidade aos terminais de transporte, de forma que pelo próprio sistema de bilhetagem seja possível acessar esses veículos”, disse Greca.

Na opinião dele, o tempo dos governos é o tempo de fazer. “A burocracia é um conjunto de redes tricotadas por pessoas sem imaginação que querem infelicitar as cidades, os estados e o país para que não se exerça a inteligência e para que a criatividade não flua. O segredo de Curitiba, quando desenhou o sistema de transporte no Ippuc, foi o de usufrur da alegria de fazer.”

Nova bilhetagem

A ampliação da rede de venda e carregamento de créditos em cartão-transporte facilita a vida dos usuários e deve reduzir significativamente a circulação de dinheiro nos ônibus, nas estações-tubo e nos terminais.  

As empresas RecargaPay e Qiwi já apresentaram a documentação exigida no edital da Urbs. Outras empresas poderão se credenciar até 20 de junho de 2021 e ampliar ainda mais as opções de compra e recarga para quem utiliza o transporte público na cidade.

Com o início da operação das empresas credenciadas, os usuários poderão fazer o carregamento do cartão-transporte por meio de venda assistida (com operador), máquina de auto-atendimento, aplicativos móveis, websites, totens, garantindo mais praticidade, conforto e segurança ao sistema de transporte.

De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Maia, a bilhetagem representa uma modernização da cobrança. "É uma medida com tripla finalidade: possibilitar o avanço tecnológico, aumentar a segurança de profissionais e passageiros com a retirada de dinheiro vivo de circulação e dar sustentabilidade financeira ao transporte público".

Hoje, a venda de créditos ocorre na própria Urbs, que tem sede na Rodoferroviária, no site da empresa e em locais credenciados, como bancas de jornal. 

Fórum de mobilidade

Na tarde desta quinta, foi eleita a direção do Fórum Paranaense de Mobilidade. Na presidência está Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs; na vice-presidência de Transportes, Arielly Dantas, de Campina Grande do Sul; e o vice-presidente de Trânsito é Samir Moussa, de Campo Largo.

Nas coordenações regionais estão Leônidas Martins Jr., de Paranaguá; Jair Gonçalves da Rocha, de Pato Branco; Antonio Carlos Lopes Mendes, de Apucarana; e Cristiane Coelho, de Palmas.

Para a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, o fórum é importante para a troca de experiências entre as cidades. “O que deu certo para uma cidade pode ser multiplicado para outras, fazendo as devidas customizações.”

O evento segue nesta sexta-feira com palestras e debates e a presença do secretário nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos Pejo.

Informações: URBS


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Curitiba: Renovação da frota melhora a qualidade do ar

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A renovação da frota, com 557 ônibus zero quilômetro no ano passado, representou uma redução na emissão de poluentes de quase 100 toneladas por mês, uma  economia que vai representar a emissão de 1.185 toneladas a menos de poluentes por ano.

A política de renovação constante da frota, adotada pela Urbs e pela Prefeitura,  é um dos principais pontos de redução do impacto ambiental do transporte coletivo de Curitiba.

Levando em conta toda a frota em operação – 1.915 ônibus, com idade média de 4,6 anos – o índice de emissão de poluentes no ano passado, foi 35,7% menor do que o limite estabelecido pela legislação brasileira.
A média ponderada na emissão de partículas ficou em 1,01m–1, enquanto o  limite estabelecido em lei é de 1,57 m –1 . A unidade m – 1 é um valor de referência nas medições de opacidade e indica a quantidade de luz  absorvida pela fumaça, no  espaço de um metro, entre um ponto emissor e um outro receptor de luz.

Para ter uma idéia, no ano passado, a média obtida nos testes de opacidade dos veículos com motor Euro III foi de 0,72 m –1 , enquanto ônibus com motor Euro II foi de 1,45 m –1 (limite 2,28m-¹), e os Euro I chegam a 2,80 m – 1. Desde janeiro de 2005 só entram na frota do transporte coletivo de Curitiba ônibus com motor Euro III que fazem queima mais completa de combustível.

Nestes seis anos, a renovação da frota garantiu a entrada de 1,7 mil ônibus com motor Euro III. A frota operante tem 1.915 ônibus.
O monitoramento das emissões de poluentes no transporte coletivo é uma ação de rotina na Urbs e faz parte da política do município . No ano passado, por exemplo, foram feitos 3.153 testes de opacidade, uma média de 12 testes por dia, em todo o sistema. Além destes testes a Urbs faz no mínimo duas inspeções veiculares por ano em cada ônibus do transporte coletivo.

Sustentabilidade – A redução de impactos e a conservação ambiental são princípios que norteiam a política de transporte coletivo. Há dois anos, Curitiba passou a ser a primeira cidade de que se tem notícia a ter uma frota de ônibus em operação regular, movida apenas por biocombustível, sem adição de óleo diesel ou qualquer outro combustível mineral. 

O projeto 100% Biocombustível começou em agosto de 2009 com seis ônibus na Linha Verde. Hoje, são 30 ônibus – os 24 biarticulados das linhas Ligeirão e seis articulados da linha Circular-Sul. A meta é chegar a 140 ônibus movidos a biocombustível até o fim deste ano.

Na Linha Verde, onde o projeto começou, também fica evidente a preocupação ambiental no transporte coletivo. Sexto eixo de transporte da cidade,a Linha Verde tem um projeto diferenciado que prevê a formação de bosques no entorno das estações tubo, locais de frenagem e arranque. Ao longo de todo o eixo foram plantadas 2,5 mil mudas de árvores.

Outra medida importante nesta área é a entrada em operação do Hibribus - ônibus híbrido, movido a eletricidade e, no caso de Curitiba, a biocombustível. A bateria é recarregada pelas freadas do veículo e, enquanto ele está parado, o motor fica deslgado.  O Hibribus, que será fabricado pela Volvo em Curitiba foi anunciado no ano passado pelo prefeito e a previsão é de que os primeiros 30 veículos entrem em operação até o início do ano que vem.

Fonte: Prefeitura de Curitiba



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Curitiba: Operações da Guarda Municipal reforçam segurança no transporte coletivo

domingo, 6 de dezembro de 2015

A Guarda Municipal de Curitiba vem realizando operações frequentes no transporte coletivo e neste fim de semana abordou 785 pessoas em 18 ônibus do transporte coletivo da cidade. Por meio de operação presença e das operações de prevenção e segurança aos usuários e trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba, a Guarda Municipal vem reforçando medidas para coibir assaltos, roubos e furtos em vários pontos da cidade e nas linhas e itinerários mais visados para a prática desses tipos de crime.

As operações acontecem em todas as regionais de Curitiba e, de forma integrada, a Guarda conta com a parceria da Polícia Militar do Paraná, da Polícia Civil e da Urbs. Durante as abordagens, os agentes entram nos ônibus, informam sobre a ação e procedem uma revista procurando especialmente de armas de fogo que possam ser utilizadas em roubos e agressões contra passageiros e trabalhadores das empresas de ônibus. Cães farejadores do Grupo de Operações com Cães (GOC) também participam das operações. Em seguida, os ônibus são liberados para prosseguir viagem.

Dados

De acordo com as estatísticas de atendimentos da Guarda Municipal de Curitiba este ano, das 3.728 ocorrências de diversas naturezas no transporte coletivo até o dia 17 de novembro na cidade, 1.365 foram registradas por motivo de roubo e outros 56 atendimentos constam como sendo por furto, além de 29 tentativas de roubos e furtos. Em 13 desses acionamentos a Guarda constatou o emprego de armas de fogo na prática dos crimes.

Em pouco mais de 34% dos 162 flagrantes de ocorrências no transporte coletivo em 2015 atendidos pela Guarda Municipal de Curitiba, 59 casos foram apontados como sendo por roubos e furtos. Dentre estes, a maior incidência de flagrantes se deu por roubo (50 casos).

Paz no Futebol

No último domingo (29), a Guarda Municipal conteve duas confusões envolvendo torcedores da partida Clube Atlético Paranaense e Clube de Regatas do Flamengo, que aconteceu na Arena da Baixada pela penúltima rodada do campeonato brasileiro deste ano. A ocorrência mais grave foi a de um confronto com cerca de 200 torcedores na rua Brigadeiro Franco, em frente ao Shopping Curitiba. Parte deles iniciou a confusão com desordens e brigas no interior de um ônibus da linha Santa Cândida – Capão Raso. Agentes da Guarda foram acionados de outros pontos da cidade para reforçar a operação. Não houve relato de feridos e uma pessoa foi encaminhada ao 1º Distrito de Polícia, no centro da cidade, por ameaça e desacato à Guarda Municipal.

No Terminal do Sítio Cercado, a Guarda conteve uma briga entre duas divisões de torcedores do Clube Atlético Paranaense. No total, 60 torcedores se envolveram em confronto, colocando em risco a segurança dos demais usuários do transporte coletivo no terminal.

Informações: URBS

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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