As mudanças na gama de propulsores foram grandes. Saíram de produção os antigos de 9, 11 e 12 litros para a entrada de dois novos propulsores, com 9 e 13 litros. De acordo com a Scania, diâmetro e curso dos novos motores foram alterados e a cilindrada cresceu. Com isso, houve um aumento de 9% no torque e 5% na potência, 5% no freio motor e 7% na economia de combustível. Como não poderia deixar de ser, os propulsores estão adaptados para o Proconve P7 – Euro 5 –, mas a fabricante também afirma que, por se tratar de uma plataforma mundial, atende até a norma Euro 6.
Apesar de ter uma plataforma nova, a Scania não mexeu na estrutura interna dos motores para facilitar a manutenção, o que reduz o custo do treinamento de pós-venda. Portanto, os propulsores contam com cabeçote individual para cada cilindro, eixo de comando em posição elevada no bloco e engrenagens de sincronização montadas na parte traseira. Entre as inovações mecânicas, está um anel na camisa do pistão, que impede o acúmulo de carbono e material particulado na parte superior da peça, além de dar maior resistência para o motor.
O menor motor agora é um de 9.3 litros e cinco cilindros que tem potências, respectivamente, de 250 e 310 cv e torque de 117,2 e 158 kgfm. Para o maior integrante da linha, o de 12,7 litros e seis cilindros, são três faixas de potências oferecidas: 360, 400 e 440 cv com torque de 188,6, 214,1 e 234,5 kgfm, sempre a mil rpm. As novidades também podem ser acopladas à transmissão automatizada Opticruise, que está em sua terceira geração e faz trocas em sete centésimos de segundo.
A Scania aproveitou também para fazer algumas atualizações no Série F, linha de chassis de ônibus com motor dianteiro, que foca em uso urbano e rodoviários de curtos e médios trajetos. Lançada no Brasil em 2009, a Série F vai receber apenas o novo motor de 9 litros. Os chassis permitem carrocerias de 12,6 a 13,2 metros na configuração 4X2. Além do novo motor, a principal novidade da Série F é a otimização do espaço interno. Segundo a fabricante, o propulsor foi avançado em 16 cm para proporcionar um melhor acesso para o corredor interno do ônibus. A produção será em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Apesar de saber que a tendência do transporte urbano seja para veículos com motor traseiro, adaptados ao sistema BRS (Bus Rapid Service, sistema de corrdores de ônibus), a Scania acredita que as viações continuem a comprar ônibus com motores dianteiros – leia-se mais baratos – para futuros eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Vale lembrar que a marca sueca dispõe da Série K, que usa o propulsor na traseira.
Fonte: Web Motors