Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta licitação do transporte coletivo de Florianópolis. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta licitação do transporte coletivo de Florianópolis. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Especialista esclarece dúvidas sobre o uso do ônibus na Grande Florianópolis

domingo, 27 de maio de 2012

A apenas um dia para mais uma greve do transporte coletivo da Grande Florianópolis, que irá impactar a vida de mais de 800 mil moradores, o Diário Catarinense ouviu o professor Werner Kraus, um estudioso da área de mobilidade para refletir sobre a atual realidade do sistema na região.

Werner é coordenador da câmara de mobilidade do Fórum da Cidade. Um espaço de articulação formado por representantes de associações de moradores, professores da UFSC, sindicatos e de defensores das questões ligadas ao meio ambiente. O grupo surgiu no ano passado para mobilizar a elaboração participativa do Plano Diretor da Capital.
Florianópolis terá greve de ônibus a partir de segunda

Por que o transporte público é caro na Grande Florianópolis?
Werner Kraus —
Porque não temos uma política de transporte que priorize as necessidades do usuário. Para ter ônibus de boa qualidade e com um custo atrativo ele precisaria ser gerenciado por empresas públicas como já funciona há algum tempo em países desenvolvidos a exemplo da Europa e Estados Unidos. Na Grande Florianópolis as empresas tem forte influência sobre sistema, elas definem seus preços e formas de trabalho. Assim, o usuário não é ouvido, não tem nenhum poder de decisão sobre o serviço que precisa utilizar diariamente e se torna refém de um sistema gerenciado por interesses privados.
DC — Seria possível baixar o valor da tarifa e aumentar a qualidade?
Kraus —
Certamente. Hoje temos várias maneiras de se chegar a isso. Primeiro: criar um fundo para o transporte, aquele previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana, na qual os munícipios estão autorizados a criar um fundo para custear o serviço. Por exemplo: em Florianópolis os valores dos estacionamentos Zona Azul poderiam ser revertidos ao fundo para uso exclusivo da melhoria do transporte público. Segundo: o munícipio pode criar taxas que seriam pagas por quem prefere o carro com o mesmo propósito. Assim se atinge duas metas, melhora o transporte público e motiva as pessoas a deixarem seus veículos em casa.
DC — Como incentivar a população a trocar o uso do carro pelo do ônibus?
Kraus —
O primeiro passo seria promover uma pesquisa de preferência declarada. 100% dos moradores precisariam ser ouvidos. O pesquisador levaria ao entrevistado duas imagens dos ônibus. Um de como está hoje, com ônibus pouco confortáveis e dividindo o mesmo espaço nas ruas com os carros, e a outra de um ônibus confortável que trafega por vias exclusivas. A pergunta seria: por qual motivo você deixaria seu carro para usar o ônibus? Quanto você pagaria por estes dois serviços, pelo pouco confortável e não tão rápido e pelo ligeiro e confortável? Com o resultado da pesquisa em mãos as prefeituras de Florianópolis, Biguaçu e Palhoça _ juntas estas cidades somam quase 800 mil moradores _ poderiam fechar um consórcio metropolitano, apresentar um projeto ao governo federal e conseguir mais de um R$1 bilhão, por exemplo, em recursos. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Mobilidade já prevê isso, tem dinheiro disponível para as cidades e por que nós ficamos fora? Porque o poder público não se organizou para consegui-los.
DC — Por que mesmo com tantos usuários, mais de 100 mil pessoas pagando uma das tarifas de ônibus mais caras do país, o transporte não consegue ser eficiente?
Kraus —
Pelos dois motivos ditos anteriormente. As empresas são privadas, defendem seus interesses. Sendo assim, para formar o preço, as linhas e o estado dos ônibus se leva em conta o que a empresa quer e não o que o usuário precisa. Além disso, os ônibus jamais deveriam dividir o mesmo espaço com os veículos. Somente pelo fato de trafegar em uma canaleta exclusiva _ pista somente para ônibus _ quem usa o transporte coletivo chegaria mais rápido, não ficaria parado no congestionamento, e isso por si só já motivaria muitas pessoas a deixar o carro em casa. Outro aspecto é a pontualidade. Ônibus precisa ser fiel ao usuário. Deve sair todos os dias do mesmo horário em todas as paradas. Mais uma motivação para mudar o pensamento das pessoas. Hoje, como as vontades privadas valem mais, se oferece tarifa alta, veículos desconfortáveis, que trafegam devagar, que se atrasam. Assim está longe de ser eficiente.
DC — Alternativas como táxi ou bicicleta não suprem a deficiência?
Kraus —
Somente a bicicleta. Mas aí vem mais um problema semelhante aos já mencionados. Não se pensa na vontade pública. Faltam ciclovias, faltam iniciativas para motivar as pessoas a saírem seguras de bicicleta seja qual for o trajeto.
DC — Quais as soluções possíveis para o transporte da Grande Florianópolis?
Kraus —
Ouvir o cidadão, enfraquecer a influência das empresas, deixar o serviço nas mãos de estatais, ser realmente público. Com subsídios voltados para a melhorar o transporte e não voltado para o lucro das empresas. Se fosse público não geraria lucro e os interesses estariam focados nas necessidades do usuário.
DC — E quais são os desafios?
Kraus —
Passar pela transferência dos usuários do carro para o ônibus. Se ocorrer, será um período de transtornos, de reclamações, de muita polêmica. Como acontece em todos os países onde há esta troca. Mas passada esta primeira fase de adaptação, vem as recompensas e a população se acostuma com a nova realidade. Quando aqueles que hoje enfrentar filas intermináveis na entrada e saída das pontes, por exemplo, passaram a se descolar rapidamente sem stress, de maneira confortável e pontual os ânimos se acalmam e daí em diante é só aproveitar a nova fase.
DC — A prefeitura acredita que a licitação do transporte público, prevista para ser lançada ainda este ano, será a salvação do sistema. Qual a sua opinião sobre isso? Kraus — Não mudará absolutamente nada. O serviço continuará sendo privado, levando em conta apenas os interesses das empresas. Acredito que pode piorar, pois a vencedora poderá ter ainda mais poder de decisão sobre o sistema.
DC — A população pode reverter este cenário. Teria força para se mobilizar e melhorar o transporte?
Kraus —
Pode, mas não é dever dos moradores trabalhar por isso, é dever do poder público. Eles são os responsáveis por encontrar as melhores soluções, eles devem trilhar caminhos para dar voz às vontades e necessidades do usuário. De qualquer maneira, os movimentos sociais precisam voltar a se motivar. Ir para as ruas e participar das decisões ligadas à mobilidade.
DC — O que você pensa sobre as obras já realizadas com intuito de melhorar a mobilidade de Florianópolis?
Kraus —
Nenhuma soluciona o problema. Obras que priorizam os carros não são eficientes, não consideram os ônibus, não levam em conta os pedestres e os ciclistas. Estamos presos no presente, não pensamos no futuro. Precisamos de ações como reativar o trânsito na Ponte Hercílio Luz, construir uma nova Hercílio e preservar a memória da velha ponte.

 
READ MORE - Especialista esclarece dúvidas sobre o uso do ônibus na Grande Florianópolis

Licitação no transporte coletivo de Florianópolis sem novidades

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O consórcio envolvendo as empresas Transol, Estrela, Emflotur, Insular e Canasvieiras, foi o único que apresentou proposta e se inscreveu no processo licitatório do sistema de transporte coletivo de Florianópolis. A abertura dos envelopes foi realizada na sede da prefeitura, na rua Conselheiro Mafra na manhã desta segunda-feira (3). A abertura do envelope com as propostas financeiras ainda não tem data marcada.

Durante a abertura houve manifestações de pessoas contra o procedimento adotado alegando que faltou discutir o processo com a população causaram tumulto na porta do prédio.

No final da tarde, o consórcio passou pela fase de habilitação. Após ser habilitado por uma comissão de funcionários da prefeitura a sessão foi suspensa. A partir desta terça-feira (4) será realizada a análise da proposta técnica pela mesma comissão. O resultado final do processo será publicado ainda esta semana.

A expectativa é que o processo de licitação do transporte seja finalizado ainda em fevereiro, mas o prazo para que a nova empresa ou consórcio comece a operar é de seis meses. Segundo a secretaria de Transportes, assim que o contrato foi assinado, a redução mínima será de R$ 0,10 - conforme o limite de R$ 2,80 para pagamento em dinheiro e R$ 2,60 no cartão -, mas dependendo da concorrência pode ser ainda maior.

Informações: Portal Tudo Sobre Floripa

READ MORE - Licitação no transporte coletivo de Florianópolis sem novidades

Sistema de ônibus curitibano perdeu 14 milhões de usuários em 4 anos

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Curitiba é a única capital das regiões Sul e Sudeste do país que perde passageiros do sistema de ônibus. Entre 2008 e 2011, a cidade registrou uma redução de 14 milhões de usuários pagantes transportados – o número de passageiros passou de 323,50 milhões para 309,50 milhões. Nas outras capitais a quantidade de pessoas que utilizam o transporte público coletivo aumentou ou, pelo menos, manteve-se estável.

Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, por exemplo, a demanda pelo sistema de transporte permanece a mesma. O vice-prefeito, que também ocupa o cargo de secretário municipal de Transportes, João Batista Nunes, revela que na última década a cidade permaneceu com uma média de 5,3 milhões de passageiros por mês. No ano, são aproximadamente 63,6 milhões de usuários. “A quantidade de passageiros não está caindo. Pelo contrário, há alguns meses temos registrado até um aumento de cerca de 50 mil usuários mensais”, afirma.

Em Porto Alegre, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), são constatados pequenos acréscimos anuais no número de passageiros – a cada ano, há um aumento de 100 mil viagens diárias. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, em 2009, a média era de 1 milhão de passageiros transportados por dia e, atualmente, é de 1,2 milhão. Por mês são 36 milhões de usuários na capital gaúcha.

Explicação
Dois fatores podem explicar a queda de passageiros em Curitiba, na opinião do presidente executivo da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha: o aumento do poder aquisitivo da população e a falta de investimento público no setor. “São fatores presentes em todas as grandes cidades. Nos últimos dez anos houve uma redução de 30% no número de pessoas que usam o sistema de transporte público coletivo nos principais centros urbanos do país”, ressalta.

Cunha defende que os governantes estimulem o uso do transporte coletivo e não o do carro – ao contrário do que ocorre hoje com a redução de impostos sobre veículos novos. O incentivo viria a partir de investimentos. “Caso contrário, haverá uma nova e grande redução na quantidade de passageiros no Brasil todo”, avalia.

De acordo com a Urbs, que gerencia o sistema de ônibus de Curitiba, a tendência de perda de passageiros pode ser revertida com melhorias que já estão sendo implantadas. O diretor de Transportes da Urbs, Antônio Carlos Araújo, afirma que haverá um “desafogamento” na região sul da cidade com algumas obras. “O Terminal do Tatuquara, que começou a ser construído recentemente, é uma solução. O desalinhamento das canaletas no sentido norte-sul, previsto para 2013, também contribuirá para diminuir o tempo de viagem”, diz. Araújo ainda destaca a Central de Controle Operacional (CCO), que começou a funcionar no mês passado e visa a monitorar o trânsito. Em casos de congestionamento e acidentes, por exemplo, os motoristas serão avisados em tempo real, por painéis, sobre as condições do tráfego. “Até o próximo ano, devemos ter todas as informações sobre rotas disponíveis para o usuário”.

Déficit
Valor da passagem não cobre custos do transporte
Quando o assunto é a situação financeira do transporte público municipal, as capitais registram realidades distintas. Florianópolis vive situação parecida com a de Curitiba, em que o preço da passagem é inferior ao valor que seria necessário para cobrir o total de gastos. Em 2012, por exemplo, a tarifa técnica (que equilibra custos e arrecadação) na capital paranaense foi calculada em R$ 2,79, mas a prefeitura decidiu cobrar R$ 2,60 por usuário. O que resulta em um prejuízo de R$ 0,19 por passageiro.

Na capital catarinense, a passagem custa R$ 2,70, mas deveria ser de R$ 2,85 caso a prefeitura não subsidiasse R$ 0,15 por passageiro. “Mesmo assim há um déficit de R$ 0,18 por passagem”, revela o vice-prefeito e secretário de Transportes do município, João Batista Nunes. Segundo ele, está em andamento uma nova licitação para evitar um prejuízo estimado em R$ 1,7 milhão por mês. “A gente está tentando fazer com que uma empresa assuma o transporte de uma forma que a passagem não suba e o prejuízo não ocorra”, diz Nunes.

Em Porto Alegre, segundo a assessoria da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o sistema é elaborado para se autossustentar, pois não é subsidiado. A passagem na capital gaúcha é de R$ 2,85. No entanto, a proposta da EPTC era que o valor fosse para R$ 2,88. Dessa forma, o reajuste, sancionado em janeiro deste ano, pode estar R$ 0,03 abaixo do valor ideal da passagem para custear o transporte.

Equilíbrio
Em São Paulo a situação é diferente da encontrada nas capitais do Sul. Os valores arrecadados são suficientes para custear as despesas. De acordo com a assessoria de imprensa da SPTrans, em março deste ano foram arrecadados R$ 495,8 milhões – mesmo valor das despesas. Em fevereiro, o sistema arrecadou e gastou R$ 420,6 milhões.

Já em Belo Horizonte, desde 2008, com o início dos novos contratos de concessão, a gestão dos custos e das receitas do sistema é de responsabilidade das concessionárias. “A concessionária faz a proposta de operação e a BHTrans avalia a proposta a partir dos requisitos estabelecidos no contrato. Depois ela fiscaliza o serviço – não existe remuneração. O acompanhamento é realizado de quatro em quatro anos para avaliar o equilíbrio econômico”, explica a assessoria de imprensa da BHTrans. Em outras palavras, cabe às empresas contratadas fazer com que a receita cubra as despesas.





Sudeste
Número de passageiros subiu 5% em SP e 2% em Belo Horizonte
Na Região Sudeste, pelo menos duas capitais registram acréscimo no número de usuários de ônibus. Em São Paulo, de 2008 até o ano passado foi registrado aumento de aproximadamente 105 milhões de pessoas que utilizam o transporte coletivo anualmente – passando de 2,835 bilhões para 2,940 bilhões. O que significa um aumento de quase 5% em quatro anos.

A capital mineira, Belo Horizonte, segue a mesma tendência. Em 2009 foram cerca de 443,1 milhões de passageiros e em 2011, 455,8 milhões. A prefeitura do Rio de Janeiro informa que a quantidade de passageiros no transporte público da cidade se manteve estável de 2009 a 2011, registrando uma média de 5 milhões por dia – 150 milhões a cada mês. Já a prefeitura de Vitória (ES) não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento dessa edição.
READ MORE - Sistema de ônibus curitibano perdeu 14 milhões de usuários em 4 anos

Aplicativo é lançado para facilitar vida de usuários do transporte coletivo em Florianópolis

terça-feira, 2 de junho de 2015

Mais uma melhoria do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) entra em ação para facilitar a vida dos usuários do transporte coletivo de Florianópolis – é o aplicativo Fênix. 

O aplicativo reúne os principais dados de cada linha que circula pela Capital, tem download gratuito e está acessível para Android, IOS e Windows Phone. Após a instalação do programa, as informações podem ser consultadas de maneira rápida pelo smartphone, a qualquer momento, mesmo sem conexão à internet.

E como posso baixar o app?

No site do Consórcio Fênix – www.consorciofenix.com.br – estão os links para download. Além disso, QR Codes (espécie de código de barras escaneado pelas câmeras fotográficas dos celulares) espalhados nos terminais possibilitam o acesso direto ao programa. O usuário é notificado em caso de alguma atualização e o serviço é totalmente gratuito.

Durante a pesquisa, ao inserir uma rua, o aplicativo vai achar todas as linhas que passam pelo local. O usuário pode ainda, criar uma lista com as linhas mais utilizadas.

“Toda essa interatividade se tornou possível com a primeira licitação do transporte coletivo na cidade, que prima pelo uso de novas tecnologias, tudo para facilitar a vida dos usuários do sistema”, afirma o secretário de mobilidade urbana - Vinicius Cofferri.

Informações: Portal da Ilha

READ MORE - Aplicativo é lançado para facilitar vida de usuários do transporte coletivo em Florianópolis

Começa neste mês o novo sistema de transporte público em Itajaí

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Inicia neste mês o novo transporte coletivo do Município de Itajaí. Com frota moderna e acessível, maior frequência e viagens mais rápidas, o sistema terá abrangência de 95% da área urbana e linhas com novas nomenclaturas: Troncais, Alimentadoras, Perimetrais, Lazer e Turismo, Circulares e Rurais. Os horários já estão disponíveis para consulta no site www.novotransporte.itajai.sc.gov.br e passam a valer a partir do dia 21 de outubro.

De maneira integrada e dinâmica, haverá ônibus entre os principais pontos da cidade de 15 a 30 minutos. Diferente do sistema antigo, em que a população localizava os ônibus por sequências numéricas, no novo sistema cada linha será identificada pela letra inicial, que indicará o tipo, seguida por um número, rua ou bairro.

Por exemplo: a linha T3A - Contorno Sul | Itaipava ida, significa que é uma linha Troncal que sai do bairro Fazenda e vai até a Itaipava. Esse ônibus passará pelas seguintes localidades: Rua Sete de Setembro, Av. Joca Brandão, R. José Paulo da Silva, Estação Univali, Av. Ver. Abrahão João Francisco, Estação Ressacada, Terminal Ressacada, Rod. Antônio Heil, R. Benjamim Dagnoni, R. Emerson Schneider, R. Doutel de Andrade, R. Arlindo Mafra, R. Crispim Evaristo, R. Benjamim Dagnoni, Rod. Antônio Heil e Av. Itaipava. O ponto final será a Estação Itaipava, que estará localizada em frente ao Museu Etno-Arqueológico de Itajaí.

Outro exemplo, é a linha R1 Limoeiro ida, significa que é uma linha Rural que sai da Estação Itaipava e vai para o bairro Limoeiro. Esse ônibus percorrerá os seguintes locais: Estação Itaipava, Av. Itaipava, Rod. Antônio Heil, Retorno Rod. Antônio Heil, Av. Vereador Germano Luiz Vieira, Retorno no Limoeiro, R. Edmundo Leopoldo Merisio, Estação Limoeiro. Na área rural, o ponto de partida e de chegada de todas as linhas será a Estação Itaipava.

Conheça as novas linhas:

Linhas Troncais - São linhas que realizam os eixos principais da cidade
T1A - Cordeiros / Fazenda - ida
T1A - Cordeiros / Fazenda - volta
T1B - Schmithausen / Santa Regina - ida
T1B - Schmithausen / Santa Regina - volta
T2A - Adolfo Konder / Rio Bonito - ida
T2A - Adolfo Konder / Rio Bonito - volta
T2B - Adolfo Konder / Cidade Nova - ida
T2B - Adolfo Konder / Cidade Nova - volta
T3A - Contorno Sul / Itaipava - ida
T3A - Contorno Sul / Itaipava - volta
T3B - Itaipava / Contorno Sul - ida
T3B - Itaipava / Contorno Sul - volta
T4 - Osvaldo Reis / Praia Brava - ida
T4 - Osvaldo Reis / Praia Brava - volta

Linhas Alimentadoras - Direcionam para as linhas Troncais, ligando a cidade de norte a sul
A1 - Indaial - ida
A1 - Indaial - volta
A2 - Estefano - ida
A2 - Estefano - volta
A3 - Cordeiros / Cidade Nova - ida
A3 - Cordeiros / Cidade Nova - volta

Linhas Perimetrais - São linhas que circulam nas bordas da área urbana
P1 - Salseiros - ida
P1 - Salseiros - volta
P2 - São Roque - ida
P2 - São Roque - volta

Linhas Circulares - Realizarão pequenos trajetos locais
C0 - Centro
C1 - São Judas / Ressacada
C2 - São João / Barra do Rio
C3 - São Vicente
C4 - Cordeiros
C5 - Murta / Mário Uriarte
C6 - Mário Uriarte / Murta
C7 - Portal I e II
C8 - Espinheiros
C9 - Santa Regina

Linhas de Lazer e Turismo - São linhas para os principais pontos turísticos e praias da cidade
L1 - Lazer e turismo / Cabeçudas - ida
L1 - Lazer e turismo / Cabeçudas - volta
L2 - Praias / finais de semana - ida
L2 - Praias / finais de semana - volta

Linhas Rurais - São as linhas que farão na cobertura da área rural do município
R1 - Campeche - ida
R1 - Campeche - volta
R2 - Limoeiro - ida
R2 - Limoeiro - volta
R3 - Paciência - ida
R3 - Paciência - volta
R4 - Canhanduba - ida
R4 - Canhanduba - volta

Estações | Pontos de Ônibus | Terminais

Além dos pontos de ônibus e terminais da cidade, com o novo sistema serão instaladas 27 novas estações em pontos estratégicos, onde acontecem os principais cruzamentos de linhas de ônibus. O projeto está em licitação e a previsão é que em até seis meses a obra esteja concluída. Todas as estações terão acessibilidade, abrigos modernos, sinalização para bicicletários e totens com wi-fi. As estações estão sinalizadas no site www.novotransporte.itajai.sc.gov.br pelos ônibus na cor laranja.

Confira as novas estações:
ESTAÇÃO OSVALDO REIS
ESTAÇÃO PRAIA BRAVA
ESTAÇÃO CABEÇUDAS
ESTAÇÃO FAZENDINHA
ESTAÇÃO FERRY BOAT
ESTAÇÃO 7 DE SETEMBRO
ESTAÇÃO MATRIZ
ESTAÇÃO UNIVALI
ESTAÇÃO PREFEITURA
ESTAÇÃO UMBELINO DAMÁSIO
ESTAÇÃO INDAIAL
ESTAÇÃO ASILO DOM BOSCO
ESTAÇÃO ESTEFANO
ESTAÇÃO ADOLFO KONDER
ESTAÇÃO RESSACADA
ESTAÇÃO CIDADE NOVA
ESTAÇÃO CAMPOS NOVOS
ESTAÇÃO BARRA DO RIO
ESTAÇÃO MÁRIO URIARTE
ESTAÇÃO SEBASTIÃO ROMEU SOARES
ESTAÇÃO SCHMITHAUSEN
ESTAÇÃO VOLTA DE CIMA
ESTAÇÃO SANTA REGINA
ESTAÇÃO PORTAL I
ESTAÇÃO PORTAL II
ESTAÇÃO ITAIPAVA ESTAÇÃO LIMOEIRO

Tarifas acessíveis e pacotes com desconto

O novo sistema de transporte coletivo terá novidades nas tarifas e opções que facilitarão o dia a dia da população. A passagem antecipada terá o custo de R$ 4,30, enquanto a embarcada (direto do veículo) custará R$ 4,50. Haverá ainda a opção da tarifa diária de R$ 6,00 para utilizar o transporte coletivo durante todo dia, com direito a trocas ilimitadas de ônibus em qualquer ponto, estação ou terminal.

Estudantes pagarão R$ 2,15 na tarifa unitária. O Município também ofertará outras opções de descontos em pacotes semanais e mensais, com integrações ilimitadas, por R$ 36,00 e R$ 156,00, respectivamente.

O novo sistema contempla ainda um aplicativo com ferramentas especiais para pessoas com deficiências, permitindo a recarga do cartão. Através do app será possível encontrar a rota mais acessível e o ponto de ônibus mais próximo, de acordo com a localização do usuário.

Tabela de preços das tarifas de ônibus do novo sistema:

Antecipada: R$ 4,30 (uma integração)
Embarcada: R$ 4,50 (sem integração)
Diária: R$ 6,00 (integrações ilimitadas)
Semanal: R$ 36,00 (integrações ilimitadas)
Mensal: R$ 156,00 (integrações ilimitadas)
Estudante: R$ 2,15
Gratuidade: crianças até 5 anos, idosos 60+ e pessoas com deficiência

Informações: Prefeitura de Itajaí
READ MORE - Começa neste mês o novo sistema de transporte público em Itajaí

Novo edital de licitação para o transporte público de Florianópolis é apresentado sob vaias

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A única audiência pública para apresentação do novo edital de licitação do transporte coletivo de Florianópolis encerrou sob vaias da maioria do público que lotou o auditório do Tribunal de Contas do Estado — com capacidade para 150 pessoas , na manhã desta segunda-feira. 

Representantes de entidades, sociedade civil e movimentos sociais, principalmente o Passe Livre (MPL), queriam discutir mais os detalhes do novo sistema, que foi apresentado em slides, por pouco mais de uma hora, pelo autor do plano, o engenheiro-civil Domingos Bonin. O presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Organização dos Advogados do Brasil, Antônio de Arruda Lima, pediu uma cópia do documento para análise jurídica, sugerindo que sejam feitas mais audiências sobre o tema. 


De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Valmir Piacentini, as questões levantadas na audiência serão levadas ao prefeito Cesar Souza Júnior e ao grupo que trabalha desde abril no projeto. Se não houver mudança de planos, como uma nova audiência, o edital de licitação será lançado já na próxima semana. Nele, uma empresa ou um consórcio de empresas terão 20 anos para operar o sistema, sob um controle maior do poder executivo, através do Centro Integrado de Gestão do Transporte Público. 

:: Edital

Com a concorrência pública, está prevista a mudança na forma do cálculo tarifário, que atualmente baseia-se em um manual próprio, em que o fator determinante para se chegar ao valor da tarifa é o custo. Quando houver a mudança o cálculo será feito por fluxo de caixa, que trabalha não somente com despesas, mas com a eficiência do sistema, trazendo a possibilidade de ter uma tarifa mais justa em relação aos serviços prestados.

A licitação prevê também um plano de renovação da frota e modernização do sistema. Os veículos terão GPS, possibilitando a informação em tempo real da localização do ônibus e o tempo de chegada aos pontos de embarque e desembarque.

Informações: HORA DE SANTA CATARINA
READ MORE - Novo edital de licitação para o transporte público de Florianópolis é apresentado sob vaias

Em Porto Alegre, Empresários têm receio das mudanças no sistema de transporte

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

No dia 3 de junho, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) concedeu cautelar para a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) suspendendo a licitação dos ônibus de Porto Alegre. No mesmo dia, após decisão da Justiça, a prefeitura obteve autorização para receber as propostas dos empresários. Entretanto, a concorrência foi deserta, sem nenhum interessado. Atualmente, outro edital está sendo elaborado com o objetivo de sanar os problemas contidos no anterior. A nova licitação, que deve ser lançada em setembro, será a primeira da história do transporte coletivo da Capital desde a década de 1920, quando foi autorizada a operação de ônibus. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o auditor externo do TCE Airton Roberto Rehbein explica quais são as atuais inseguranças dos empresários que podem vir a operar o sistema. 

Jornal do Comércio - Antes da abertura das propostas para a operação do sistema de transporte coletivo, o TCE suspendeu o edital. Quais falhas motivaram essa decisão?

Airton Roberto Rehbein - Essa decisão compete ao relator do processo. O processo do edital é de inspeção especial, que é realizada por um gabinete. O conselheiro recebeu solicitações por parte dos empresários e vereadores para que fosse analisada a possibilidade de medida protetiva e que o processo fosse interrompido. Isso aconteceu bem no prazo para a abertura das propostas. O principal motivo da emissão desta cautelar foi a necessidade de mais informações referentes ao sistema BRT e ao metrô. Com o ingresso desses modais, existirá uma mudança na mobilidade e isso impacta nos operadores. Eles alegaram que estavam entrando em uma situação atual que pode ser bem diferente no futuro. No final, a licitação teve prosseguimento, mas foi deserta. O trabalho do TCE é fiscalizar o contrato. 

JC - O que está sendo feito neste momento para eliminar as dúvidas dos empresários e para que a próxima licitação não seja deserta?

Rehbein - O Ministério Público do Estado, através da vara da fazenda pública, entrou com um pedido no tribunal para que se desse um prazo para ajustar o edital. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já procurou o TCE para tratar da situação. Inclusive, quando houve a cautelar, a EPTC tinha dez dias para prestar esclarecimentos para o conselheiro, e isso deve ter sido feito. Então, se espera que a empresa faça ajustes pontuais no edital, pois eles têm conhecimento dessas dúvidas. Provavelmente, será necessário colocar mais informações sobre o futuro do sistema e isso é feito com premissas que preveem um cenário. Só que essas premissas são possibilidades. A segurança jurídica de proteção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, em tese, o edital concebe pequenas pílulas para isso. Quando entrar o BRT, está previsto que será feita uma revisão da operação e da tarifa. Da mesma forma o metrô, que tem impacto para a zona Norte. Então, a redução da bacia de ônibus será de até 60%. O edital prevê uma revisão. 

JC - O ingresso destes dois novos modais trará déficit aos empresários?

Rehbein - Os empresários precisarão interagir com a prefeitura sobre a realização de uma preparação para estas mudanças. Isso terá que ocorrer de uma forma inteligente e com planejamento, pois dois terços do sistema encolherão. Entretanto, até entrar a operação do metrô, por exemplo, a tarifa estará remunerando aquele ativo e também devolvendo a perda de valor pela depreciação. No momento da transição, será necessário encontrar um local para colocar essa frota excedente. Por exemplo, se trabalha com 500 ônibus na zona Norte e, com a mudança, passará para 200 ônibus em operação. Então, 300 ônibus precisarão ser recolocados. Isso pode acontecer entre as outras bacias, assim como essa frota tem um valor de mercado no Interior ou transporte escolar. O empresário vai procurar alternativas para isso. O edital não fala nesse momento em indenização, mas a história nos ensina que o empresário do setor sabe os meios, muito mais do que a prefeitura.  

JC - A melhora na qualidade do transporte que é proposta no edital deve impactar na tarifa?

Rehbein - O edital está propondo o que tem de melhor na área, que é toda a frota com ar-condicionado, a operação monitorada por GPS, o número de pessoas por metro quadrado foi reduzido, entre outros. Esse é um dos motivos para que o empresariado ache que não consegue operar com a tarifa-teto atual, de R$ 2,95. Está previsto também que, na medida em que o sistema for incorporando esses itens, porque existem metas para serem alcançadas ao longo do tempo, a carga de custos será dosada. Paulatinamente, haverá uma devolução desses custos ao empresário através da tarifa. O que pode ocorrer é que se constate que é impossível operar com todas essas medidas de qualidade mesmo com uma tarifa revisada. Se acontecer de se chegar a uma fronteira dessas, ou o poder público entra com subsídios ou será necessária uma repactuação contratual para manter a operação. Só para se ter uma ideia, se a prefeitura arcasse com todo o sistema, o custo seria de no mínimo R$ 1 bilhão por ano. São Paulo está represando a tarifa há cinco anos, e isso está custando quase R$ 2 bilhões por ano. Contudo, em Florianópolis, onde foi feita a licitação com esses mesmos itens de qualidade, a tarifa foi reduzida. Isso porque encontrou subsídio da prefeitura, que também passou a arcar com as gratuidades, o que é o mais justo com a população.  

JC - A prefeitura está ciente de que talvez essa equação não feche?

Rehbein - A prefeitura sabe disso. Contudo, podemos analisar também que ela já subsidia o transporte, pois a Carris não está se sustentando. Neste ano, serão investidos cerca de R$ 40 milhões na empresa. 

JC - Os atuais empresários levantaram a possibilidade de pedir indenização da prefeitura pelos investimentos feitos ao longo dos anos. Isso é viável?

Rehbein - Todo o status anterior não está amparado por contrato. Contudo, se eles vierem a perder a licitação, o que possuem de ativos principais, que são os ônibus, entra praticamente na mesma lógica do que o edital prevê com a entrada do BRT e do metrô. É lógico que eles farão a defesa deles e a Justiça irá decidir. Nós já ouvimos que a prefeitura entende que não é devida nenhuma indenização. 

JC - As empresas que atuarão após a licitação terão lucro menor que as atuais?

Rehbein - Mesmo sem a existência hoje de contrato com as empresas, o sistema é bem organizado em termos de tarifa. O que o TCE fez, suprimindo R$ 0,25 centavo da tarifa, foi avaliar que a metodologia da revisão tarifária precisava ser modificada. Com essa mudança, a passagem ficou mais justa, mas reduziu a margem de lucro dos empresários. Nesse edital, se manteve uma taxa interna de retorno para o empresário de 7,5% e sempre protegendo isso. O TCE só interfere nessa questão quando existem casos evidentes de lucros exorbitantes. 

Por Jessica Gustafson
READ MORE - Em Porto Alegre, Empresários têm receio das mudanças no sistema de transporte

Prefeitura de Florianópolis fecha parceria com URBS de curitiba para monitorar o trânsito da capital

terça-feira, 3 de novembro de 2009


A Secretaria de Transportes, Mobilidade e Terminais de Florianópolis estabeleceu parceria com a URBS (Urbanização de Curitiba S/A) colocando a disposição da Prefeitura Municipal de Florianópolis equipamentos para aferir a demanda de veículos nas principais vias da cidade.

A parceria foi fruto da visita do secretário de Transportes e vice-prefeito João Batista Nunes às instalações da empresa no começo do mês de outubro, quando esteve na capital paranaense participando do 17° Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito.

Os equipamentos com sensores que irão medir o tráfego em Florianópolis serão colocados em todas as ruas com grande fluxo no Norte, Sul, Leste, Centro e Continente, além das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles. Pela primeira vez será estimado também o número de bicicletas a fim de trabalhar a mobilidade sustentável.

João Batista Nunes alerta como fundamental a medição de tráfego como meta estabelecida pelo Governo que prioriza o transporte coletivo, além dessa pesquisa será providenciado também uma análise de origem/destino de todas as pessoas que se movem na cidade para verificar o deslocamento e os motivos que fazem essas pessoas a realizarem tal deslocamento como: estudo, lazer, trabalho. “Essas ações serão executadas em curto prazo e o diagnóstico priorizará o sistema, principalmente o transporte coletivo na nova licitação”, explica o secretário de Transportes. O engenheiro do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis – IPUF, Carlos Eduardo Medeiros, ressalta que o monitoramento dará subsídios para realizar o planejamento da cidade.

A Urbanização de Curitiba S/A foi criada em 1963 para desenvolver obras de infra-estrutura, programas de equipamentos urbanos, estudos e projetos para o crescimento urbano da cidade. Além disso, a empresa faz o gerenciamento e o planejamento operacional do transporte coletivo, do sistema de táxi e a operacionalização dos sistemas de tráfego e trânsito. A empresa prestará suporte técnico para projetos de transporte e trânsito a serem implantados na capital catarinense a partir da próxima terça-feira, 03.

Segundo o presidente da URBS, Marcos Valente Isfer, a importância da aferição da demanda de veículos em Florianópolis será ajudar o planejamento e mobilidade do trânsito da cidade e consequentemente o melhor planejamento das ações.
READ MORE - Prefeitura de Florianópolis fecha parceria com URBS de curitiba para monitorar o trânsito da capital

Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Em abril de 2015, finda o prazo de três anos para a elaboração do plano de mobilidade urbana nos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, estabelecido pela Lei 12.587/2012, a Lei de Mobilidade Urbana. Nesse período, as cidades deveriam ter incluído nos seus planos diretores as diretrizes de transporte determinadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana. No entanto, a poucos meses da expiração desse prazo, mais de 70% das capitais e cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes, e 95% do total de municípios acima de 50 mil habitantes, não conseguiram finalizá-lo.

Desde 1988, a Constituição Federativa do Brasil já objetivava, na política urbana, a ordenação e o desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar da população. O plano diretor já constava como obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes. No entanto, apenas 13 anos depois, com o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), ocorreu a regulamentação e foram estabelecidos os critérios dessas políticas urbanas, incluindo a obrigação da União em instituir as diretrizes para os transportes urbanos - o que aconteceu somente em 2012.

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que apenas 3,8% do total dos municípios brasileiros possuíam Plano Municipal de Transporte. Nas cidades acima de 500 mil habitantes, 55,3% dos municípios tinham o Plano e 28,9% estavam em processo de elaboração.     

Em recente controle dos Planos de Mobilidade Urbana feito pelo Ministério das Cidades, de 1.317 municípios que responderam a pesquisa (equivalente a 38% dos 3.325 mil municípios acima de 50 mil habitantes), apenas 61 (5%) possuem o plano de mobilidade urbana. O número total de municípios que não têm o plano são 1.256 (95%), dos quais apenas 361 (29%) estão em processo de elaboração.

Às vésperas do encerramento do prazo definido pela Lei de Mobilidade, a Revista NTU Urbano apurou em 46 cidades, incluindo as 27 capitais e as cidades acima de 500 mil habitantes, os principais gargalos sobre a elaboração dos chamados “Plamob” e também de que maneira secretários e técnicos têm encarado a missão de transformar a mobilidade urbana em suas localidades.

No levantamento, foi constatado que 71,8% das cidades não têm o plano. Dentro desse percentual, 91% estão em processo de elaboração e 9% não iniciaram. Das cidades que possuem o plano, 69% são capitais. Das 27 capitais brasileiras, 67% não possuem o Plano de Mobilidade Urbana e 33% possuem ou estão em fase de elaboração (confira os gráficos).

De acordo com a apuração da Revista NTU Urbano, dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios na elaboração dos planos, destacam-se a falta de recursos financeiros e a precária estrutura de pessoal. Esses também foram apontados como os motivos para o atraso na entrega dos projetos.

Segundo o Ministério as Cidades, as razões são variadas. “Pudemos identificar que alguns municípios não conhecem o teor da lei nem as reais sanções para a não-elaboração do Plano de Mobilidade, apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SeMob) para divulgação da Lei nº 12.587, seja através de seminários, cursos e publicações sobre o tema”, explica o órgão em nota oficial.

A SeMob do Ministério das Cidades ressalva que “vem identificando um crescente interesse por parte dos municípios para a capacitação e maior mobilização nos últimos meses para a elaboração de Plano de Mobilidade”.

Em suma, a realidade é que um número muito alto de cidades não conseguirá atender ao prazo da Lei. Essa é a realidade de Cuiabá (MT), que ainda está na fase de contratação de empresa para elaboração do plano. Segundo Anna Regina Feuerharmel, secretaria-adjunta da Secretaria de Mobilidade Urbana da capital, esse processo não foi iniciado antes por falta de recursos humanos e financeiros. “Já foi feito o escopo básico e o termo de referência para licitação. A previsão para a finalização do plano é até 18 meses após o seu início”, revela Anna Regina.

Das cidades que ainda não possuem plano, dois exemplos são Duque de Caxias (RJ) e Goiânia, que ainda não deram início a nenhuma etapa do processo de elaboração. Na capital goiana não há previsão para a construção do PMU. É o que informa Sérgio Wiederhecker, diretor de Planejamento e Gestão Sustentável. “A elaboração do plano está na agenda, mas não sabemos quando será iniciado porque existem outras prioridades (da prefeitura de Goiânia), como saneamento e outras questões”, justifica.

Integrando a cidade

Como previsto na Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade Urbana deve ser integrado ao Plano Diretor do município. Apesar de ser um dos aspectos fundamentais da legislação que as áreas de desenvolvimento urbano estejam em consonância, esse também se tornou um dos motivos para os atrasos dos planos.

Devido a esse fator, alguns municípios precisam aguardar a elaboração ou revisão do Plano Diretor para dar andamento ao Plamob. Um exemplo dessa situação é Palmas (TO). O projeto foi iniciado há dois anos. Mas, como está sendo integrado a todas as outras áreas de planejamento da capital, a finalização do plano de mobilidade urbana e transporte foi adiada. Ainda assim, a previsão é de que o plano seja apresentado ao Ministério das Cidades em abril deste ano.

A diretora de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT), Joseísa Furtado, afirma que todo o plano de mobilidade urbana e transporte da capital tocantinense está em harmonia e totalmente integrado a outras áreas da cidade. “Teremos a implantação de sistemas BRT que caminha junto com calçadas e ciclovias”, garante.

Para Furtado, todas essas mudanças são muito importantes. Ela enxerga de maneira otimista que, embora, esses investimentos tenham demorado a acontecer, são extremamente necessários. “Sem dúvida, nunca investiram tanto em mobilidade urbana. A Copa do Mundo foi um fracasso (na cidade), mas deixou todos esses projetos como um legado para as cidades”, opina.

Há também aquelas cidades que se antecederam à Lei, trabalhando com um planejamento para a mobilidade e transporte antes de 2012, e que agora passam por um momento de revisão desse plano, atendendo melhor aos critérios estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Entre elas, está Curitiba (PR), cidade modelo em implantação de redes multimodais e sistemas mais avançados de transporte coletivo urbano. A capital paranaense possui o plano desde 2008.

“Atualmente, estamos em fase de finalização da revisão do Plano Diretor Municipal. Após a entrada em vigência desta versão atualizada, iniciaremos a revisão do Plano de Mobilidade, já em consonância com a nova política nacional e com o próprio plano diretor atualizado”, explica o supervisor de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Oscar Ricardo Schmeiske.

Em Boa vista (RR), a prefeitura informa que o Projeto de Mobilidade Urbana está de acordo com o Plano Diretor da Cidade, no que se refere à mobilidade. O projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, destina R$ 68 milhões para a  melhoria do sistema de transporte urbano da capital, que inclui a implantação de 44,6 quilômetros de ciclovia. Estão previstas ainda a implantação de 50 bicicletários e a revitalização da sinalização vertical e horizontal. Os processos licitatórios para contratação das empresas já foram iniciados e, depois de seguidos todos os trâmites legais, estima-se que os serviços sejam finalizados no final de 2016.

Em Florianópolis (SC), a participação do BNDES no desenvolvimento dos estudos foi muito além do apoio financeiro, afirma o coordenador técnico do PLAMUS pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros. “A troca de experiências e conhecimentos com a Área de Estruturação de Projetos do BNDES, acostumada a desenvolver e acompanhar diversos projetos estruturados de grande porte e bem sucedidos no Brasil, foi bastante positiva e a participação da equipe técnica do BNDES durante todo o período de desenvolvimento do estudo, muito intensa e direta”, explica.

Segundo Medeiros, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, o BNDES apoiou o desenvolvimento dos estudos com recursos provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). Os recursos aportados pelo banco, no estudo, possuem caráter não reembolsável por parte do Governo de Santa Catarina, sendo este responsável pelo apoio institucional em conjunto com os municípios. “É a primeira vez que um estudo patrocinado pelo FEP possui caráter regional e não nacional, e há uma expectativa por parte do BNDES que o PLAMUS vire uma referência para que outras regiões metropolitanas construam seus planos de mobilidade”, conta o coordenador.

Elaboração do PMU

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), assegurada na Lei n.° 12.587/2012, estabelece os princípios e as diretrizes para o transporte nas cidades e também do Plano de Mobilidade Urbana. Esse, por sua vez, deve ser elaborado pelo poder público municipal em integração com os respectivos planos diretores dos municípios acima de 20 mil habitantes. A sua avaliação, revisão e atualização devem ser feitas, periodicamente, no prazo de até 10 anos. 

Para a composição desses planos, muitas cidades precisaram efetivar a contratação de empresas de consultorias para alguns processos e até mesmo para a elaboração total do plano. Algumas delas contaram com o apoio de entidades parceiras como a Embarq Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público para Todos (MDT) e também do Ministério das Cidades.

Pensando em contribuir com a construção do plano e auxiliar melhor as cidades nesse processo, a Embarq Brasil desenvolveu o guia “Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável”. A publicação traz conceito e exemplos práticos que colaboram para a formulação da política e do plano de mobilidade municipal. O guia apresenta a metodologia que descreve o passo a passo necessário para preparar, gerenciar, elaborar, instituir, implementar e revisar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. É possível fazer o download da publicação no site www.embarqbrasil.org. Outras publicações com orientação para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana podem ser acessadas no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).

Se as cidades não elaborarem os planos, terão como penalidade a falta de recursos financeiros para investir em mobilidade urbana. De acordo com o parágrafo 4° do Artigo 24 da lei, “Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei.”

Virando Lei

Embora não conste na Lei n.º 12.587/2012 que os planos de mobilidade urbana tenham que se transformar em um Projeto de Lei (PL) e posteriormente em uma lei municipal, algumas cidades sinalizaram que isso deva acontecer. Dos planos já elaborados, alguns já possuem PL, como é o caso de Sorocaba (SP).

O PL 198/2014 encontra-se em votação na Câmara Municipal de Sorocaba, segundo Adriano Brasil, gerente de Operação e Transporte Urbano, que informou que a previsão de votação é até o final de março. “O projeto de lei ficou parado na câmara porque está interligado com o Plano Diretor, que teve algumas alterações”, explica.

Já em Belo Horizonte a Câmara Municipal sancionou, em 2011, a Lei n° 31/11, que institui a Política Municipal de Mobilidade originária do Projeto de Lei n° 2.347/09, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos.

Existem também os casos das cidades em que os Projetos de Lei foram arquivados. É o caso de Brasília (DF) e Recife (PE), nos quais os números dos projetos são, respectivamente, PL 796/2012 e PLE 12/2011. 

Informações: Revista NTU Urbano

READ MORE - Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960