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Semana começa com possibilidade de greve no Metrô de SP

domingo, 26 de novembro de 2023

A greve de trabalhadores e trabalhadoras dos serviços públicos de São Paulo na próxima terça-feira (28), contra os planos de privatização do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai afetar o funcionamento de algumas das principais linhas do transporte sobre trilhos na capital paulista e região metropolitana.

O Metrô terá paralisação na Linha 1 - Azul; na Linha 2 - Verde; na Linha 3 - Vermelha e na Linha 15 - Prata (esta última, do monotrilho). Já a Linha 4 - Amarela e a Linha 5 - Lilás não serão afetadas pela mobilização dos trabalhadores.

Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a greve vai contar com os funcionários da Linha 7 - Rubi; da Linha 10 - Turquesa; da Linha 11 - Coral; da Linha 12 - Safira; e da Linha 13 - Jade. No caso da Linha 8 - Diamante e da Linha 9 - Esmeralda, não haverá paralisação. Porém, vale lembrar que na greve do último dia 3, houve problemas que causaram suspensão de operações na Linha 9.

Se depender dos trabalhadores do Metrô, porém, todas as linhas vão funcionar normalmente, e sem a cobrança de tarifas. Um abaixo-assinado foi lançado na última quarta-feira (22) para pressionar o governo do estado a catraca livre durante a greve do dia 28.

A liberação das catracas, aliás, é uma reivindicação antiga dos trabalhadores metroviários e ferroviários em dias de greve. Em uma das últimas greves dos metroviários, em março deste ano, Tarcísio chegou a anunciar que as catracas estariam liberadas, mas depois recuou e acionou o judiciário, que expediu liminar proibindo a liberação das viagens sem custo para os passageiros.

Além dos trabalhadores do transporte público e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a greve da próxima terça-feira (28) em São Paulo terá adesão de outras categorias, como os professores do ensino público, que questionam o governo por cortes no financiamento da educação.

Edição: Rodrigo Durão Coelho
Informações: Brasil de Fato

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Em assembleia, sindicato encerra greve do Metrô de São Paulo

terça-feira, 3 de outubro de 2023


Em assembleia na noite desta terça-feira, 3, o Sindicato dos Metroviários decidiu por encerrar a greve do Metrô. Além disso, os trabalhadores acordaram que não haverá novas assembleias na próxima semana, proposta feita pela diretoria para organizar uma outra paralisação.

O grupo considerou exitosa a greve unificada desta terça, que contou também com a participação dos ferroviários da CPTM e dos trabalhadores da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).  "A nossa avaliação é de que a população apoiou a nossa luta e apoiou o combate às privatizações", disse Camila, presidente.

Informações: Terra

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Sindicato dos Metroviários de São Paulo decide hoje sobre a continuação da greve


A diretoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu não estender a greve de 24 horas, deflagrada à meia-noite desta terça-feira (3).

A proposta ainda será votada na noite desta terça, assim como a própria manutenção da greve.

A greve, em conjunto com a CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) e com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), foi realizada contra os projetos de privatização do governo paulista.

A proposta de não estender a greve, apenas dos metroviários, foi apresentada pela diretoria do sindicato no início da noite desta terça, na sede da instituição na zona leste de São Paulo.

Segundo a presidente do sindicato, Camila Lisboa, a greve está suspensa ao menos até a próxima segunda-feira (9), quando vai será votada possibilidade de nova paralisação no dia 10.

Houve sugestão de que a assembleia seja realizada no domingo (8) e a greve, na segunda.

Também deve ser votada a manutenção da greve.

De acordo com o sindicato, a nova greve tem a mesma pauta, a privatização do metrô. Também está sendo discutida terceirização de funcionários das estações e do pátio Oratório, da linha 15-prata, do monotrilho.

O governo de São Paulo classificou a greve como ilegal e não pretende recuar nos estudos de concessão do transporte sobre trilhos.

Redação / Folhapress

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Trabalhadores do transporte anunciam greve no Metrô de São Paulo

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Sindicato do segmento de transporte anunciou nesta quinta-feira (28) que quatro linhas do Metrô de São Paulo deverão parar no dia 3 de outubro, em uma greve articulada pelos trabalhadores com outras categorias, para marcar posição contra a privatização de serviços no estado e para reivindicar melhores condições de trabalho.

As linhas que devem aderir à greve são a 1-Azul, a 2-Verde, a 3-Vermelha e a 15-Prata.

Os trabalhadores planejam organizar um ato na véspera do início da greve. O local ainda será confirmado nos próximos dias.

Os ferroviários e trabalhadores da Sabesp também vão aderir à paralisação o dia 3 de outubro.

"É um movimento reivindicatório, mas também de protesto", resumiu a presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, Camila Duarte Lisboa.

Segundo a líder sindical, o movimento não conseguiu adesão total dos trabalhadores do Metrô porque em algumas linhas “há maior pressão dos patrões” e, portanto, maior receio da base quanto a realizar protestos, embora também queiram melhorar o salário e promover mudanças no ambiente laboral.

"As linhas 4 e 5 [do Metrô] não vão parar, pois existe lá um ambiente de organização sindical muito difícil nas linhas privatizadas", explicou Camila.

De acordo com Camila, as privatizações sinalizadas pelo governo de Tarcísio de Freitas, governador do estado, preocupam pela tendência de ocasionarem um aumento no valor das passagens e da tarifa da água.

Como exemplos contra a privatização, os sindicalistas citaram as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda do trem de São Paulo, que passaram a ser geridas pela ViaMobilidade e apresentam, frequentemente, diversas falhas, o que tem como consequência transtornos para os passageiros. Nas duas linhas, já foram registrados atrasos e descarrilamentos. "Até colisão na plataforma aconteceu", lembrou Camila.

As entidades chamam a atenção para a insalubridade de parte dos locais de trabalho e a sobrecarga de tarefas. Camila Duarte Lisboa mencionou, ainda, um processo de terceirização dos funcionários da bilheteria do Metrô, que já está em curso, tendo em vista a abertura de um edital com prazo para o início de outubro, o que deverá se traduzir, segundo ela, como a maioria das terceirizações, em salários menores.

Para os representantes dos trabalhadores, é consenso que o governo visa multiplicar lucro, ao ampliar a quantidade de privatizações. No início deste mês, durante o Grito dos Excluídos, movimentos sociais já haviam se engajado para fazer circular um plebiscito contra as privatizações.

Adesão
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também se juntará aos trabalhadores do transporte. José Faggian, presidente o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), disse que o quadro de funcionários se mobilizará. Ele garante, no entanto, que não haverá colapso do sistema de fornecimento de água.

"As nossas greves sempre têm o compromisso de manter o abastecimento e atender as emergências", disse, acrescentando que o movimento conta com o apoio de petroleiros, dos Correios e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Faggian ressaltou que privatizar o serviço de saneamento básico representa um risco para a população como um todo, já que a proporção de residências que dispõem de água potável e esgoto adequado impacta diretamente a saúde das pessoas. Além disso, disse o diretor sindical, o índice de saneamento é importante até mesmo para se manter baixa a mortalidade infantil.

"O saneamento tem interface direta com a saúde da população. Então, quando a gente traz para esse serviço pouco cuidado, no limite a gente está colocando em risco a saúde da população", argumentou Faggian, elogiando a cobertura do serviço universalizado da Sabesp, que, atualmente, segundo ele, está presente em 310 dos 375 municípios em que a empresa de economia mista opera.

ViaMobilidade
A ViaMobilidade afirmou, em nota, que as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda funcionarão normalmente na próxima semana.

A concessionária disse ainda que vem investindo em melhorias nas duas linhas desde o início da concessão, em janeiro de 2022, e que o total de recursos nos primeiros anos de gestão deve bater os R$ 3,8 bilhões, dos quais cerca de R$ 2,5 bilhões já foram aplicados. "Investimentos adicionais, além do previsto em contrato de concessão válido por 30 anos, foram necessários devido ao nível de degradação das vias e sistemas de sinalização, energia, assim como dos trens recebidos na transição da operação, que não são os mesmos que operavam antes nas linhas 8 e 9", esclareceu a companhia.

"Os investimentos incluem a aquisição de 36 novos trens, com dois deles já em operação e outros dois em estágio avançado de testes. A concessionária investe também na reforma das estações, que são bastante antigas e não foram planejadas no passado com soluções de acessibilidade", acrescentou.

Informações: Agencia Brasil.EBC

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Metroviários de SP marcam greve para o dia 03

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Os metroviários decidiram se unir aos trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na greve marcada para 3 de outubro. As categorias protestam contra os planos de privatizar linhas da rede de transporte sobre trilhos.

A decisão, também tomada em assembleia, foi anunciada na quarta-feira, 20, pela presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, pelas redes sociais.

Se não houver negociação até lá, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata operadas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) também não vão funcionar no mesmo dia.

“Acabamos de aprovar greve no Metrô no dia 3 de outubro. Unificou com a CPTM. Vamos parar porque é um absurdo privatizar o metrô, trem e água (em referência ao plano de conceder a Sabesp à iniciativa privada)”, publicou Camila nas redes sociais.

No dia anterior, na terça-feira, 19, o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo decidiu em assembleia marcar uma greve de 24 horas no dia 3 de outubro. A entidade representa as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa.
A categoria protesta contra a privatização de linhas da CPTM, do Metrô e de área de saneamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O Sindicato da Central do Brasil, que representa as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, apoia o movimento, segundo publicações nas redes sociais, mas não cita, por enquanto, adesão à paralisação.

Procurado, o Metrô ainda não se manifestou. O espaço permanece aberto para manifestação.

Informações: Estadão
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Metroviários de São Paulo suspendem greve, mas mantêm ‘guerra’ contra privatizações

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Os metroviários de São Paulo decidiram suspender a greve que estava prevista para amanhã (15). Com divergências, o sindicato da categoria avaliou que houve certo avanço na tentativa de barrar a terceirização na área de manutenção de trens – a empresa concordou em adiar o edital do chamado POT (Pátio Oratório), na Linha 15-Prata. Mas a mobilização contra a privatização vai prosseguir, não apenas no Metrô, mas na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na Sabesp. Eles pretendem fazer paralisação conjunta em outubro.

O resultado da votação da assembleia foi divulgado pouco antes das 22h desta segunda-feira (14). Foram 1.943 votos (78,8%) pela suspensão da greve, 469 (19%) pela manutenção do movimento e 53 abstenções (2,1%).

Plebiscito sobre privatização
“O o governador tem anunciado sua intenção de privatizar todas as linhas de metrô, todas as linhas de trens da CPTM e também a Sabesp”, afirmou ao final da assembleia a presidenta do sindicato, Camila Lisboa. Ela citou a exagerada martelada de governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em leilão do Rodoanel em março. “Demonstração inútil de masculinidade frágil”, definiu. “Vamos comprar uma guerra contra a privatização.”
O pregão de terceirização no POT estava previsto para o próximo dia 28. Os metroviários, no entanto, chamam a atenção para a continuidade do “projeto privatista” do governo Tarcísio. “Privatização significa aumento de tarifa, piora dos serviços e exploração dos trabalhadores”, disse Camila. Segundo ela, em setembro será realizado um plebiscito sobre a privatização das empresas paulistas. “Desafiamos o governador a ouvir a população”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Metroviários.

“Tarcísio quer entregar a manutenção da Linha 15 para empresários. Isso é uma aventura, uma irresponsabilidade! (…) Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco!”, afirma o sindicato. “A privatização das Linhas 8 e 9 já mostrou que só os empresários ganharam. Os passageiros são prejudicados constantemente, com atrasos, falhas e graves acidentes.”

Informações: Rede Brasil Atual
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Metroviários de São Paulo marcam greve para a próxima terça-feira (15)

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Os metroviários de São Paulo marcaram uma greve para a próxima terça-feira (15). A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metroviários.

Um dos motivos para a greve seria um estudo que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pediu, em abril, para conceder as linhas restantes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) à iniciativa privada, segundo sindicato. A categoria é contra a privatização da CPTM.

Outro argumento dos metroviários para a paralisação seria um pregão, previsto para o dia 28, para a contratação de uma empresa para fazer a manutenção da Linha 15-Prata do monotrilho.

A categoria também alega que três trabalhadores da Linha 15-Prata e outros funcionários foram demitidos recentemente após testemunharem em processos. Os trabalhadores apontam ainda o "sucateamento" da empresa, com a falta de funcionários, desvio de função e sobrecarga de trabalho.

O sindicato suspendeu, em junho, uma greve agendada pela categoria após votação que aceitou a proposta do Metrô para atender as demandas reivindicadas.

Informações: Uol
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Governo confirma que o Metrô de SP passará a atuar na gestão de projetos de expansão e empreendimentos

domingo, 11 de junho de 2023

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou nesta quinta-feira (8) que o Metrô de São Paulo terá um novo papel nos próximos anos. Segundo ele, será uma “revocação”, em suas palavras um redireciomento das funções da companhia.

“A gente está vendo qual vai ser o novo papel do Metrô no sentido de fazer gestão, empreendimentos, projetos”, disse ele durante coletiva de imprensa na cerimônia de início de serviço do trem Série 8900 na Linha 9-Esmeralda (ViaMobilidade).

Embora não tenha confirmado que a companhia deixará de operar os quatro ramais hoje sob sua responsabilidade, o governador afirmou que os funcionários serão “reaproveitados”, porém, sem trazer mais detalhes.
Defensor das concessões, Tarcísio já havia sinalizado que as linhas da CPTM serão oferecidas a operadores privados durante sua gestão.

Sobre o Metrô, há planos concretos de licitar os novos ramais em projeto como a Linha 19-Celeste e a Linha 20-Rosa, mas não estava claro se as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata entrariam nesse pacote de concessões.

O atual governo começou com uma greve dos metroviários em abril motivada pelo pagamento de um bônus aos funcionários. A paralisação acabou estendida por quase dois dias após um impasse com a categoria, quando o Metrô concordou com uma operação ‘catraca livre’ a pedido do Sindicato dos Metroviários, mas que não ocorreu sob a alegação que nem todos os funcionários haviam voltado aos postos.

Os metroviários farão uma assembleia na segunda-feira (12) para decidir se haverá uma nova greve na terça-feira (13). Além de reajustes e benefícios, o sindicato da categoria pleiteia a realização de concurso para recuperar o quadro de funcionários, considerado deficiente.

Informações: Metrô CPTM
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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Greve em SP: Metrô inicia plano de contingência com funcionamento parcial de linhas

sexta-feira, 24 de março de 2023


O Metrô de São Paulo iniciou, às 6h45 desta manhã, um plano emergencial para manter a operação parcial das linhas Azul, Verde e Vermelha.

A ação foi feita porque o Sindicato dos Metroviários decidiu, na última noite, continuar a greve que já dura mais de 24 horas.

Nesta madrugada, o Metrô apresentou uma proposta aos grevistas para tentar encerrar a greve e o retorno de 100% dos funcionários.

A proposta inclui o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 204.

A votação dos metroviários deve ocorrer em assembleia do Sindicato, às 7h, e a expectativa do Metrô é que o serviço possa ser totalmente reestabelecido.

As linhas que estão funcionando sob o plano de contingência são:

Linha 1- Azul: entre as estações Ana Rosa e Luz
Linha 2- Verde: entre as estações Alto do Ipiranga e Clínicas
Linha 3-Vermelha: entre as estações Santa Cecília e Bresser- Mooca
A linha 15-Prata (monotrilho) permanece fechada
Além disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decretaram ponto facultativo para os servidores públicos estaduais e municipais.

Transtornos
Enquanto a greve se estende, a população enfrenta transtornos para tentar chegar ao local de trabalho. Na estação Itaquera, na linha Vermelha, o jardineiro Diogo Forte, de 37 anos, disse que esperava a resolução do impasse nesta manhã. Às 7h15, ele já estava mais de uma hora atrasado para o trabalho.

— Muita achou que a hoje ia estar aberto, que o governo ia entrar em acordo com o Metrô e ia liberar. Mas parece que não, né? Desse jeito fica difícil para a gente trabalhar. Patrão está me esperando — afirmou.

Informações: O Globo
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Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria

quarta-feira, 18 de maio de 2022

A Assembleia dos Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria, que estava prevista para acontecer hoje. O sindicato que representa os trabalhadores já havia aprovado, no dia 12 de maio, uma greve geral e agendado, para esta 3ª feira (17.mai), uma nova assembleia para "preparar e organizar" o ato, que foi adiado após votação virtual. 
Uma nova assembleia foi marcada para o dia 24 de maio, quando deve acontecer uma audiência de conciliação entre lideranças da categoria e representantes do Metrô, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). 

A mobilização dos trabalhadores teve início no mês de maio, com a realização de protestos em estações, "tuitaços" e retirada de uniformes. Em carta aberta à população, o sindicato exigiu uma reunião com o governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), para negociar as exigências da categoria, destacando que "se não houver diálogo, o metrô vai parar".

Dentre as principais reinvindicações da categoria estão o reajuste salarial, a contratação de mais funcionários, por meio de concursos públicos, e chamada "isonomia salarial", que prevê equidade no piso e no teto de pagamento para trabalhadores que exercem a mesma função. Os metroviários também afirmam que, desde 2020, não têm recebido a Participação nos Resultados da empresa.

"Metroviários e metroviárias lutam em defesa do metrô público e estatal, por concurso público para contratação de funcionários em todas as áreas da empresa e salário igual para trabalho igual. São os casos de funcionários que exercem a mesma função, mas recebem salários diferenciados", informou a categoria, no documento, alegando que as contrapropostas apresentadas pelo Metrô teriam sido consideradas "insuficientes" pelo sindicato.

A paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de São Paulo. Por ser administradas pela iniciativa privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás seguem operando normalmente.

Informações: SBT News
READ MORE - Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria

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