Terminal Ipiranga e Corredor Oeste do BRT Sorocaba são entregues *** No Rio, Passageiro do BRT passou a economizar mais com a nova integração dos modais de transporte *** No Recife, Linha 412 – TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas entra em operação nesse sábado *** Reclamações sobre ônibus urbanos em São Paulo aumentaram em 2023 *** Tarifa Zero em Natal custaria R$ 16 milhões por mês, mostra estudo *** Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades *** Aeroporto do Recife é eleito o melhor do Brasil *** Tarifa zero aumenta número de passageiros, mostra estudo da NTU *** SIGA O BLOG MEU TRANSPORTE
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta bicicletas rio. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta bicicletas rio. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Ônibus de Curitiba permite embarque de bicicletas. Mas só para turistas

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Linha Turismo do sistema de transporte de Curitiba passou a permitir o embarque de bicicletas dentro dos 12 ônibus de dois andares (double deck) que compõem a frota.

A Linha Turismo é uma linha de ônibus especial que percorre os principais atrativos turísticos da cidade. Com uma passagem, que custa R$ 27, o passageiro pode desembarcar e reembarcar em 4 dos 25 pontos atendidos pelo sistema.
Alexandre Costa Nascimento/Ir e Vir de Bike

Agora, com a possibilidade de integração da bicicleta, aumentam as possibilidades de que o turista aproveite mais para conhecer a cidade pedalando no trajeto entre os parques, já que muitos deles são integrados por ciclovias.

A novidade é positiva por incentivar uma modalidade de turismo saudável, mas reforça mais uma vez a visão de que, na capital paranaense, a bicicleta ainda é vista única e exclusivamente como um instrumento de lazer. Na prática, é política de ciclomobilidade para inglês ver.

Falta de informações

Aparentemente, o sistema está operando de forma experimental, já que apenas alguns ônibus estão adesivados com o símbolo da bicicleta na porta traseira.

Consultada no último domingo, a Central 156  da Prefeitura de Curitiba não soube dar informações sobre a possibilidade de embarque de bicicletas nos ônibus turísticos, apesar do sistema já estar em operação. Ao contrário, o atendente informou que "como todos os ônibus da cidade, não é permitido embarcar com bicicletas".

Porém, os motoristas da Linha Turismo -- mesmo dos ônibus sem os adesivos de bicicleta -- confirmaram que a linha já está estruturada para receber passageiros com as magrelas, que são transportadas na parte interna do veículo.

Mobilidade para todos

A possibilidade de integração das bicicletas com o sistema regular de transporte público é uma das grandes reivindicações dos ciclistas de Curitiba.

A construção de bicicletários dentro dos terminais e a possibilidade de embarque e desembarque de bicicletas nos ônibus fora dos horários de pico -- como já ocorre, por exemplo, no metrô de São Paulo --, é um fator determinante que pode incentivar o uso do transporte coletivo e do não motorizado.

Em uma consulta feita pelo blog à Prefeitura sobre a possibilidade de transportar bicicletas no transporte coletivo da cidade, questionando qual lei ou normativa regula a questão, a Urbanização de Curitiba S/A (URBS) informou que "o layout dos ônibus da Rede Integrada de Transporte não estão adaptados para o transporte de bicicletas". Ainda de acordo com a URBS, o regulamento do transporte coletivo (Decreto nº 1.356/08 ) "define volumes máximos que não prejudique os demais usuários dentro dos ônibus".

Uma consulta ao decreto mostra que o Art. 109, que define os deveres do usuário, especifica apenas que não é permitido transportar "produtos que comprometam a segurança e conforto dos demais usuários".

A questão é subjetiva e, como tudo que não é proibido, em tese, é permitido e, uma vez que não há menção expressa à bicicleta, isso daria uma boa discussão jurídica.

Neste caso, caberia à URBS, por exemplo, provar que uma bicicleta dentro de um ônibus coloca em risco a segurança dos usuários comuns mas não oferece esse mesmo risco aos turistas.

Seria o caso, portanto, de regular a integração da bicicleta com o transporte público, instalando equipamentos adequados à segurança dos usuários e liberando seu uso fora dos horários de pico.

Integrar é possível

O II Fórum Internacional da Mobilidade por Bicicleta ( biciRio), que ocorre nesta semana no Rio de Janeiro, terá como tema central justamente a integração da bicicleta aos transportes públicos.

Para o secretário de Meio Ambiente do Rio, Altamirando Fernandes Moraes, o cotidiano das pessoas nas grandes cidades tem sido marcado cada vez mais pelo uso da bicicleta. “No Rio de Janeiro, não é diferente: a questão virou prioridade para as autoridades da área de meio ambiente e de transportes do Rio de Janeiro – cidade que vai sediar alguns dos principais eventos mundiais nos próximos anos”, afirma.

A proposta do biciRio é promover a troca de informações entre cidades com diferentes níveis de experiências na implantação de sistemas cicloviários e modelos de integração com o transporte público.

Hoje, a capital fluminense conta com 285 km de malha cicloviária em operação. Até 2016, a previsão é chegar a 450 km de ciclovias construídas, além do incentivo à instalação de bicicletários, pontos de aluguel de bicicletas e equipamentos de apoio, e da conservação das vias já existentes, de maneira a permitir a integração desse modal aos transportes públicos.

Informações: Gazeta do Povo/Blog

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Ônibus de Curitiba permite embarque de bicicletas. Mas só para turistas

Cidade do Rio de Janeiro volta a contar com sistema público de aluguel de bicicletas

segunda-feira, 22 de março de 2010


A cidade do Rio de Janeiro voltou a contar neste domingo (21/3) com um sistema público de aluguel de bicicletas, em estações de bairros da zona sul. O sistema, que é operado por uma empresa privada sob concessão da prefeitura, havia sido temporariamente suspenso em dezembro, depois de um ano de funcionamento, devido a ocorrência de furto de bicicletas.

As principais novidades do sistema são um maior esquema de segurança com câmeras e travas nas bicicletas, para evitar o furto dos equipamentos, e a ampliação do projeto, que antes só tinha oito estações na área de Copacabana. Agora, o usuário poderá alugar bicicletas em 19 estações dos bairros da Lagoa, do Humaitá, da Gávea, do Leblon, de Ipanema, de Copacabana e do Leme.Há duas formas de usar o sistema. A primeira é alugar a bicicleta pelo período de um dia, por R$ 10.

O usuário pode circular com a bicicleta durante todo o dia, das 6h às 22h, mas sempre fazendo trajetos de, no máximo, uma hora. Ao final de uma hora, a bicicleta terá que ficar estacionada em uma das estações. O ciclista poderá voltar a usar uma das bicicletas depois de 15 minutos, por mais uma hora, e assim sucessivamente.

Outra maneira de usar o sistema é fazer uma assinatura mensal de R$ 20, em que o usuário poderá usar a bicicleta todos os dias, a qualquer hora, também com trajetos máximos de uma hora. Se o ciclista passar desse horário sem estacionar a bicicleta em uma das estações, terá que pagar R$ 5 por hora.

O pagamento poderá ser feito por cartão de crédito ou pelo RioCard, um vale eletrônico usado no transporte público fluminense.Segundo o vice-prefeito e secretário municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Muniz, o sistema de aluguel de bicicletas faz parte de um projeto mais amplo de incentivo desse meio de transporte, que inclui também a ampliação da malha cicloviária do Rio dos 150 quilômetros atuais para cerca de 300 quilômetros.

A ideia é integrar a bicicleta ao sistema de transporte público carioca, tornando-a mais uma opção para o cidadão circular pela cidade e se deslocar até pontos de ônibus ou estações de metrô.“A bicicleta é um [meio de] transporte que melhora a saúde e a qualidade de vida da população e também a qualidade do ar da cidade, porque nós estamos usando um meio de transporte não poluente e extremamente barato”, disse Muniz.

Fonte: Correio Brasiliense
READ MORE - Cidade do Rio de Janeiro volta a contar com sistema público de aluguel de bicicletas

Prefeitura do Rio apresenta novos ônibus de piso baixo no Dia Mundial sem Carro

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pelo terceiro ano consecutivo a Prefeitura do Rio participa do Dia Mundial Sem Carro, nesta quinta-feira, 22, e fará uma série de ações para estimular a população a aderir ainda mais ao evento, entre elas a apresentação do novo padrão de ônibus à população que começa a circular nas vias BRS da cidade.

O Dia Mundial Sem Carro é comemorado simultaneamente em diversas metrópoles do Planeta para conscientizar a população mundial sobre os danos da emissão de gases do efeito estufa (GEE) e ressaltar a importância do uso sustentável dos meios de transporte de massa ou alternativo, priorizando os ecologicamente corretos. Só no ano passado, junto com o Rio de Janeiro, mais 1500 cidades do mundo participaram do evento.

Batizado de Mega BRS, o novo ônibus que circulará nas vias BRS é dotado de piso baixo (tipo low entry), que facilita o acesso de idosos e pessoas com deficiência física; motor traseiro, que oferece melhor condição de trabalho aos motoristas e diminui ruído e temperatura média no interior do ônibus; câmbio automático e suspensão pneumática. Uma frota inicial de 18 ônibus começará, nesta quinta-feira, dia 22, a operar em linhas que circulam pelos corredores BRS dos bairros do Leblon, Ipanema e Copacabana.

A renovação da frota será gradual. A cada ano, começando neste, 20% dos ônibus terão que ser substituídos. Os novos veículos também circularão nos próximos corredores BRS que a prefeitura vai implantar no Centro e em demais regiões da cidade.
O Dia Mundial Sem Carro no Rio será marcado também pela proibição de estacionamento nas principais vias do Centro da Cidade e nos prédios públicos, pela medição da qualidade do ar na região e pela criação da chamada zona de 30 km/h (permanentes) nos bairros Cidade Nova (entorno da Prefeitura), Grajaú, Anchieta, Campo Grande e Santa Cruz. O limite de 30 km permite o tráfego veículos e bicicletas em uma mesma via. O uso do transporte de massa ou alternativo será estimulado nas repartições públicas. No dia 22 o estacionamento nos prédios públicos municipais será proibido.

E a partir do dia 22, a Zona Norte da cidade também ganhará o Circuito Tijuca (3,5km) / Grajaú (6,5km) com a inauguração de faixas compartilhadas e ciclofaixas (total de 10km). Hoje, o Rio conta com uma malha cicloviária em torno de 250 km. A meta é chegar até o fim de 2012 com 300 km.

Esse ano o evento envolveu as secretarias de Meio Ambiente, Transportes, Ordem Pública, Saúde e Defesa Civil, Educação, Seconserva, Fundação Parques e Jardins, Cultura, Esportes e Lazer, e Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida; além da Cet-Rio e da Guarda Municipal. A iniciativa contou ainda com a parceria da Secretaria de Transporte do Estado, Detran, SuperVia, Metrô e das ONGs Transporte Ativo, ITDP e 350o, além do Consulado da Holanda.

Ações:

Estacionamento – Durante todo o dia 22 será proibido estacionar no "Quadrilátero do Centro", que inclui as principais vias do bairro. As vagas do Rio Rotativo e oficiais (destinadas aos órgãos públicos) estarão bloqueadas (exceto para emergências) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, 1º de Março e Rio Branco, e em todas as transversais desde a Rua Santa Luzia (em frente à Cinelândia) até a Candelária. A estimativa é de que cerca de 2.300 veículos deixarão de estacionar e circular no Centro neste dia.

Abaixo as vagas proibidas no Centro:

Rio Rotativo:
283 vagas 2 horas (x6) = 1.698 (rotatividade)
11 vagas 4 horas (x3) = 33 (rotatividade)

Total de vagas Rio Rotativo: 294
1.731 veículos a menos (contando com a rotatividade).

Veículos Oficiais: 252 vagas
Motocicletas: 100 vagas

Órgãos Públicos - De acordo com o decreto 34.316, do dia 19 de agosto, fica proibido o estacionamento nos prédios públicos municipais.

Redução de velocidade - será criada a Zona 30 km nos bairros da Cidade Nova (entorno da Prefeitura do Rio), Grajaú, Anchieta, Campo Grande e Santa Cruz, a fim de estimular o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo e proporcionar uma relação amigável entre motoristas, ciclistas e pedestres. A redução do limite de velocidade já foi implantada em outras vias dos bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Bangu, Anchieta, Del Castilho, Grajaú, Ilha do Governador, Jacarepaguá, Copacabana e Ipanema.

Atividades de cultura e lazer - No Centro, na Praça Mário Lago (Buraco do Lume), haverá um palco para os shows dos MCs, cantando músicas estilo hip hop, rap, entre outras, apresentação dos Corais da Comlurb e do Detran, oficinas de pintura, reciclagem e de educação ambiental para crianças, além das exposições MonitorAR-Rio (Centro) e Mobilidade Sustentável (Espaço Encontro das Águas, no Parque dos Patins/Lagoa Rodrigo de Freitas), com apresentação do projeto “A Caminho da Escola” da CET-Rio.

Concursos - A secretaria de Educação está realizando dois concursos para os alunos das escolas da rede municipal: um de desenhos e outro de frases sobre o Dia Mundial Sem Carro. Como prêmio haverá distribuição de bicicletas nas várias categorias existentes. As bicis foram doadas pelo Consulado Holandês que, em 2011, está comemorando o Ano da Holanda no Brasil.


Infomações da Prefeitura do Rio

READ MORE - Prefeitura do Rio apresenta novos ônibus de piso baixo no Dia Mundial sem Carro

No Rio, Parceria vai doar 2 mil bicicletas para usuários de trens

terça-feira, 26 de junho de 2012


Uma parceria entre o governo do Estado do Rio de Janeiro e a concessionária dos trens, a Supervia, negocia um financiamento junto ao Banco Mundial para adquirir, até o final do ano, 2 mil bicicletas para serem doadas a usuários de trens dos ramais Japeri e Saracuruna, áreas da Baixada Fluminense, onde esse tipo de transporte é mais usual.

A intenção é incentivar os passageiros que pegam trem para vir trabalhar no Rio a usar a bicicleta até a estação e guardá-la em um bicicletário antes de embarcar.

"A mobilidade com bicicleta, que foi tratada como uma brincadeira durante muito tempo, é algo sério e capaz de ter uma participação real e de qualidade no sistema de deslocamento de pessoas. O que estamos mostrando com o programa Rio Estado da Bicicleta é que este veículo não poluente pode ser um elemento integrador com o trem, facilitando o deslocamento dos usuários de casa até a estação e vice-versa", afirmou o secretário de Transportes, Julio Lopes.

De acordo com Lopes, a meta é elevar o índice atual de deslocamento por bicicleta de 5% para 10% até a Olimpíada de 2016. Ele citou que o uso desse meio de transporte está em expansão no mundo, em especial na Europa, chegando a 40% na Holanda e em países da Escandinávia e quase a 20% na França. No Estado do Rio, além de concessionárias de serviço público de transportes de massa, a secretaria trabalha projetos de implantação de ciclovias e bicicletários com muitos municípios fluminenses.

Ontem, Lopes e o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, participaram de um passeio ciclístico em Paracambi, na Baixada Fluminense, com moradores que ganharam 550 bicicletas do programa da concessionária denominado O Trem Passa na Sua Porta. Os usuários do ramal Japeri concorreram às bicicletas respondendo a pergunta: Por que integrar trem mais bicicleta? Quem fez as frases mais criativas levou uma bicicleta. Os ciclistas vencedores saíram com o novo veículo do centro de Paracambi em um percurso de 23 km pela área urbana e rural do município.

Fonte: Terra

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - No Rio, Parceria vai doar 2 mil bicicletas para usuários de trens

Integrar bicicleta à rede de transportes públicos é desafio, diz pesquisa

quarta-feira, 31 de março de 2010


Sonhar com uma malha cicloviária completa é uma utopia e, além disso, a distância entre o trabalho e a residência da maioria dos cariocas não é pequena e nem confortável para quem pedala. A melhor solução para as cidades parece ser fragmentar os trajetos e integrar a bicicleta à rede de transportes públicos.

Essa é uma das conclusões da pesquisadora Flávia de Souza, que trabalha numa tese de doutorado na Universidade de Twente, na Holanda, em parceira com a Coppe, o programa de pós-graduação em engenharia da UFRJ.

Ao examinar o caso do Rio de Janeiro, Flávia concluiu que, além de aumentar o número de vias para ciclistas, é preciso investir em estacionamentos nas estações de trem, metrô e ônibus. Atualmente, segundo a pesquisadora, somente algumas estações do metrô oferecem esses espaços. Nesta sexta-feira (23), ela apresentou os resultados preliminares do documento em um seminário no campus da UFRJ, no Ilha do Fundão, no subúrbio do Rio, que reuniu especialistas internacionais da área de transporte. Os dois locais analisados por Flávia e sua equipe são Santa Cruz, na Zona Oeste, e Colégio, no subúrbio do Rio.

Santa Cruz tem maior número de ciclistas no Rio

De acordo com o estudo, Santa Cruz tem o maior índice de bicicletas da cidade: 12% da população usam o veículo, enquanto que a média no Rio é de 2%, ou seja, são seis vezes mais ciclistas naquela região.
O documento aponta dois estacionamentos privados na região, que, em horário de pico, não dão conta da demanda e recebem cerca de 600 bicicletas em um dia. De acordo com Flávia, a maioria dos usuários de trem da Supervia reclama da falta de segurança, do alto preço do bicicletário pago e da distância do estacionamento para a estação.

Em Colégio, foi constatado que os ciclistas usuários do metrô param os veículos no entorno da estação, já o estacionamento oferecido não suporta a demanda.
A pesquisadora sugere, além de melhoria da malha cicloviária da cidade, que é precária, o financiamento da bicicleta para a população de baixa renda. “Para quem pega dois ônibus por dia, utilizar a bicicleta em um dos trechos gera uma economia de quase R$ 5 por dia, o que chega a R$ 100 no fim do mês”, exemplificou ela. Um dos objetivos da pesquisadora, que pretende terminar o trabalho dentro de um ano e meio, é levar os resultados do documento para autoridades públicas.

  • Conscientização
Flávia acredita que o Rio de Janeiro tem potencial para aumentar o número de ciclistas. “O carioca não tem tanto preconceito, não vê a bicicleta como 'transporte de pobre', como acontece em outras regiões. Acho que podem ser feitas promoções com artistas, por exemplo, para quebrar aqueles que ainda têm o estigma. A bicicleta tem que ser vista como um transporte ‘cool’ e acho que isso já está na veia do carioca, basta incentivo”, diz.

Enquanto a Secretaria de Transporte afirma que o Rio possui o título de ser o estado com a segunda maior rede de ciclovias da América Latina, Flávia ressalta que o que existe são apenas ciclovias.
“O que temos não é malha cicloviária, são ciclovias. Malha é um sistema integrado. Ter a segunda ciclovia da América Latina já é alguma coisa sim, mas você perceba que essas vias estão próximas à praia ou na Lagoa, ou seja, está associado ao lazer, não é para bicicleta como meio de transporte do dia-a-dia”.

Para a ela, o sistema de aluguel de bicicletas, que foi inaugurado no Rio em janeiro de 2009, é uma medida importante, mas ainda é falho.

Fonte: G1

READ MORE - Integrar bicicleta à rede de transportes públicos é desafio, diz pesquisa

No Dia Mundial Sem Carro, Prefeitura do Rio e ONGs firmaram uma parceria para incentivar o uso dos transportes coletivos

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A pé, de bicicleta ou de transporte público, o importante nesta quinta-feira (22) foi usar a criatividade para sair de casa no Dia Mundial Sem Carro, seja para ir trabalhar, estudar ou simplesmente passear. Nesta terceira edição da data na cidade, a prefeitura do Rio e ONGs firmaram uma parceria para incentivar o uso dos transportes coletivos ou alternativos, como a bicicleta, e contribuir para a redução da emissão de gases na atmosfera.

“O ideal seria que a divulgação dos eventos e o Dia Mundial Sem Carro fossem feitos com antecedência. Muita gente que poderia se programar para deixar o carro nesta data, por saber que ela é celebrada hoje acaba saindo de carro sem se dar conta. Mas o importante nesta data é aproveitar a oportunidade e tomar consciência da sua própria responsabilidade na poluição do ar do planeta. É o momento de buscar também saúde e qualidade de vida”, disse José Lobo, o presidente da ONG Transporte Ativo, que incentiva o uso da bicicleta.

Nesta quinta-feira (22), a partir das 9h, as ONGs Transporte Ativo, ITDP e 350º e a prefeitura promovem shows de rap e hip hop com MCs, apresentação dos corais da Comlurb e do Detran, além de uma série de atividades culturais para promover o Dia Mundial Sem Carro. O evento marcado para a Praça Mário Lago (Buraco do Lume), no Centro, também reúne oficinas de pintura, reciclagem e educação ambiental para crianças.

Na tenda montada pela prefeitura no Buraco do Lume também está a exposição “MonitorAr-Rio”, enquanto que no Espaço Encontro das Águas, no Parque dos Patins, na Lagoa, na Zona Sul, o público poderá apreciar a mostra “Mobilidade Sustentável”, com uma apresentação do projeto “A caminho da escola”, da CET-Rio.

Antes mesmo de chegar à idade para conseguir a carteira de habilitação, as crianças já participam dos eventos sobre o tema, através de dois concursos realizados nas escolas da rede municipal: um de desenhos e outro de frases. A premiação ficará a cargo do Consulado da Holanda, que vai distribuir bicicletas aos vencedores das várias categorias dos concursos.

Zona 30 km
À tarde, o secretário municipal de Meio Ambiente e vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, e o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, inauguraram a chamada Zona 30 km – em ruas de menos movimento em que carros compartilham a pista com bicicletas - nos bairros da Cidade Nova (entorno da Prefeitura do Rio), no Centro; Grajaú, na Zona Norte, Anchieta, no subúrbio, e Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.
Estacionamento proibido em ruas do Centro
Por conta do Dia Mundial Sem Carro, algumas ruas do Centro do Rio terão o estacionamento proibido, segundo a prefeitura. Diversas metrópoles do mundo participam da data simultaneamente, com ações para conscientizar a população sobre os danos causados pelos gases de efeito estufa ao meio ambiente e incentivam o uso de transportes alternativos, para reduzir a emissão desses poluentes. É o terceiro ano consecutivo com participação do Rio.

A data foi marcada pela proibição do estacionamento nas principais vias do Centro. O quadrilátero formado pelas avenidas 1º de Março, Presidente Antônio Carlos e Rio Branco, Presidente Vargas, e palas Rua Santa Luzia terá o estacionamento proibido. Fazem parte desta área a Rua da Assembleia e as ruas Almirante Barroso e Araújo Porto Alegre. O uso do transporte de massa ou alternativo também será estimulado nas repartições públicas.
Arte dia mundial sem carro (Foto: Prefeitura do Rio/Divulgação)
Quadrilátero que terá o estacionamento proibido fica no Centro do Rio (Foto: Prefeitura do Rio/Divulgação)

Novo ônibus será inaugurado
A inauguração do primeiro Mega BRS - ônibus com piso rebaixado - também está marcada para esta quinta. O veículo foi elaborado para facilitar o acesso de idosos e deficientes. O motor dos novos ônibus fica na parte de trás, o que, segundo a prefeitura, melhora a condição de trabalho dos motoristas e diminui a temperatura ambiente no veículo, além de reduzir os ruídos. Ao todo, 18 ônibus começarão a circular nas linhas de BRS de Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul.

E a Zona Norte da cidade também ganhará o Circuito Tijuca-Grajaú, com o total de 10 km de faixas compartilhadas e ciclofaixas, para ciclistas.

Metrô Rio também tem ações para Dia Mundial Sem Carro
Dentro das estações e dos vagões do Metrô houve avisos por meio de alto-falantes e cartazes para incentivar o uso do transporte público. Segundo a empresa, cada trem do metrô equivale a 1,2 mil carros a menos nas ruas. Os vagões do metrô irão circular com um adesivo para lembrar a quantidade de carros a menos na rua.

Caso seja necessário, o Metrô Rio vai disponibilizar todos os trens, o que só acontece nos horários de pico.

A empresa vai oferecer mais três bicicletários nas estações de São Francisco Xavier, Catete e Vicente de Carvalho. Além destes três novos, já existem bicicletários em mais oito estações: Cantagalo, Colégio, Estácio, Inhaúma, Ipanema/ General Osório, Irajá, Pavuna e Triagem, disponibilizando cerca de 200 vagas. O bicicletário pode ser utilizado no horário de funcionamento do MetrôRio: das 5h à meia-noite, de segunda a sábado, e das 7h às 23h, aos domingos e feriados.


Informações do G1.com.br

READ MORE - No Dia Mundial Sem Carro, Prefeitura do Rio e ONGs firmaram uma parceria para incentivar o uso dos transportes coletivos

Projeto de compartilhamento de bicicletas é lançado em Belo Horizonte

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mais uma iniciativa que incentiva o uso de transportes sustentáveis e não poluentes foi lançada nesta quinta-feira, dia 5, pela Prefeitura de Belo Horizonte. O Bike BH vai possibilitar o compartilhamento de bicicletas a baixo custo, com valores que variam entre R$ 3 e R$ 60, dependendo da opção de passe escolhida pelo usuário. A partir de deste sábado, dia 7, as bikes já estarão disponíveis para serem retiradas em quatro estações instaladas em locais estratégicos da capital. Inicialmente, 40 bicicletas circularão por BH, mas até o fim do ano esse número crescerá em 10 vezes, chegando a 400 bikes em 40 estações, contemplando, inclusive, a orla da Lagoa da Pampulha.

O programa foi viabilizado pela parceria entre a PBH, por meio da BHTrans, com a Serttel/Samba Transportes Sustentáveis, e conta com o patrocínio do Itaú Unibanco. O evento de lançamento foi realizado na sede da PBH, no Centro, e contou também com a presença do gerente de operações da região Sudeste da Serttel, Vágner da Silva Rosa.

As bicicletas compartilhadas irão promover a integração entre o Move e o metrô, e nesta primeira etapa as estações na área central são na Praça Rui Barbosa, na região próxima ao Mercado Central, na Praça Afonso Arinos e na Praça da Liberdade. O prefeito Marcio Lacerda ressaltou a importância da parceria entre a iniciativa pública e a privada para a concretização do programa e falou sobre o uso desse modal de transporte na capital. “Belo Horizonte tem um potencial de 350 quilômetros de ciclovias, sendo que 60 quilômetros já foram implantados. Até o fim deste ano chegaremos a 100 quilômetros”, disse. “É muito bom lançarmos um projeto como esse, ligado à sustentabilidade, nesta data na qual se comemora o Dia do Meio Ambiente”, completou.

O diretor de Relações Institucionais do Itaú Unibanco, Cícero Araújo, apresentou detalhes do programa e dados comparativos de outras cidades do mundo que já utilizam sistemas similares de compartilhamento. “Atualmente, 50 países usam programas de compartilhamento de bicicletas similares ao que será inaugurado neste fim de semana. No Centro de Amsterdã, hoje, há um déficit de 100 mil vagas de bicicletas”, disse. O tema vandalismo também foi tratado durante a explanação. Ele citou o caso do Rio de Janeiro, primeira cidade a receber o programa no país, onde após início da operação do sistema houve baixa de 100 unidades das 4 mil em circulação. “A mudança cultural é fundamental neste processo. Hoje não temos mais problemas no Rio”, comentou.

Utilização das bicicletas

Para utilizar as bicicletas, é preciso preencher um cadastro pela internet (www.mobilicidade.com.br/bikebh) e pagar um valor diário de R$ 3, mensal de R$ 9 ou anual de R$ 60. As bicicletas estarão à disposição dos usuários todos os dias da semana, das 6h às 23h para retiradas, e até meia-noite para devoluções.

O Sistema de Bicicletas Compartilhadas irá permitir a utilização da bicicleta por até 60 minutos ininterruptos, de segunda-feira a sábado (exceto feriados), e por até 90 minutos ininterruptos, aos domingos e feriados, quantas vezes por dia o usuário desejar. Para isso, basta que, após estes prazos, o ciclista devolva o equipamento em qualquer estação por um intervalo de 15 minutos. Para continuar utilizando a bicicleta, sem fazer a pausa, serão cobrados R$ 3 pelos primeiros 30 minutos excedidos e, depois, R$ 5 para cada novo intervalo de meia hora. Para destravar a bicicleta, o usuário pode usar o aplicativo Bike BH para smartphones ou ligar, do telefone celular, para o telefone 4003-9847 (custo de uma chamada local).

As bicicletas

As bicicletas, que foram desenvolvidas pela empresa Serttel, vencedora da licitação, possuem a cor laranja, pesam em torno de 15 quilos, têm quadro em alumínio com design diferenciado, três marchas, selins com altura regulável, guidão emborrachado, acessórios de sinalização, sistema de identificação e trava eletrônica. Como uma ferramenta de segurança para os ciclistas, as bicicletas do Bike BH têm os pneus largos para reduzir a velocidade e as cores fortes ajudam na visualização.

As estações

As estações funcionarão alimentadas por energia solar e serão interligadas por sistema de comunicação sem fio, via rede GSM e 3G, permitindo que estejam conectadas com a central de controle da empresa por 24 horas. A central irá monitorar, em tempo real, toda a operação do sistema.

Confira os locais das estações:

• Praça Rui Barbosa (Avenida Santos Dumont, em frente ao número 165, na esquina com a Rua da Bahia)
• Mercado Central (Avenida Augusto de Lima, em frente ao número 876, entre a Rua Santa Catarina e a Praça Raul Soares)
• Praça Afonso Arinos (área oposta à Escola de Direito da UFMG, na esquina com a Avenida João Pinheiro).
• Praça da Liberdade (Avenida João Pinheiro, em frente ao número 607, na Lanchonete Xodó, na esquina com a Rua Gonçalves Dias).

Informações: BHTtrans

READ MORE - Projeto de compartilhamento de bicicletas é lançado em Belo Horizonte

Prefeitura do Rio incluirá 37 ruas no mapa de ciclovias de Copacabana

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

RIO — Copacabana promete virar o bairro preferido dos ciclistas, se um novo projeto da prefeitura ganhar o respeito dos motoristas. A Secretaria municipal de Meio Ambiente inicia, nesta segunda-feira, uma série de intervenções para incluir 37 ruas ao mapa cicloviário da região. Atualmente, Copacabana conta com ciclofaixas nas ruas Figueiredo Magalhães e Xavier da Silveira, além da ciclovia na orla. Até o fim deste semestre, no entanto, tachões criarão um novo espaço para as magrelas nas ruas Tonelero (a partir da Figueiredo Magalhães) e Pompeu Loreiro, passando pelo Túnel Major Vaz. Além desse eixo longitudinal, que cortará o bairro por dentro, paralelamente à praia, outras 35 vias secundárias passarão a ser de uso compartilhado entre carros e bicicletas, com preferência para a turma do pedal. Ali, ônibus, motos e automóveis não estão autorizados a ultrapassar os 30 km/h.

— Nessas vias, os carros são tolerados pelos ciclistas, e não o contrário — explica o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes Moraes. — A CET-Rio já havia diminuído a velocidade máxima em algumas dessas vias. Agora, vamos incluir farta sinalização, entre placas e pinturas no chão, dando ênfase para a questão da preferência para quem está sobre a bicicleta.

O projeto inclui ainda uma ação educacional nas vias. Entre elas, Ronald de Carvalho, Belford Roxo, Hilário de Gouvêa, Constante Ramos, Barão de Ipanema e Djalma Urich. A ciclovia da Avenida Atlântica e a ciclofaixa da Rua Xavier da Silveira terão suas pinturas melhoradas. O projeto todo abrange 13,87 km do bairro. Com isso, o Rio saltará dos atuais 346 km de ciclorrotas para quase 360 km, uma das maiores extensões cicloviárias da América Latina, junto com Bogotá. A meta, segundo Moraes, é terminar com ano com 380 km de ciclorrotas e chegar às Olimpíadas com 450 km.

A combinação de congestionamento e falta de vagas faz com que muitas pessoas optem pela bicicleta para fazer pequenos deslocamentos em Copacabana, ressalta o subsecretário, que é morador do bairro e ciclista. Números levantados pela ONG Transporte Ativo confirmam a preferência pelas magrelas. Num período de 12 horas, a entidade contabilizou 700 bicicletas percorrendo vias do bairro. Em outra pesquisa, realizada em 2013, a ONG concluiu que são realizadas 11.500 entregas por meio de magrelas diariamente em Copacabana. Todo tipo de carga — de cachorros banhados e tosados em pet shops a pães franceses — chega às casas dos clientes à base de pedaladas.

— São 33 mil viagens diárias no bairro, sendo que 38% são para entrega de mercadorias — afirma Zé Lobo, diretor-presidente da ONG Transporte Ativo. — Essa mudança nas vias secundárias será muito importante para dar mais segurança aos ciclistas e melhorar a convivência no bairro. Vários moradores reclamam que os entregadores, muitas vezes, usam a calçada, o que deve diminuir bastante.

Para o oceanógrafo Vinícius Pinheiro Palermo, de 35 anos, a novidade pode melhorar a cultura dos motoristas em relação aos ciclistas:
— Muitos não respeitam quem está de bicicleta, e essa mudança ressalta a importância desse tipo de transporte — disse ele ontem, ao retornar para sua casa no Humaitá, vindo de Copacabana.

Fiscalização e maior vigilância da sociedade
Nem sempre demarcar áreas destinadas aos ciclistas resolve o problema daqueles que optam pela magrela para se deslocar. A falta de educação no trânsito continua sendo um obstáculo aos ciclistas, mesmo nas ciclofaixas. Diariamente, é comum ver carros e, principalmente, veículos de carga fingindo não notar os tachões, gelos baianos e as pinturas no chão. Ontem, um caminhão invadiu parte da ciclofaixa da Rua Figueiredo Magalhães para entregar galões de água a um estabelecimento da via. Ao ser abordado, Isaías Santana, responsável pela entrega, deu a seguinte desculpa:
— As vagas de carga e descarga estão ocupadas por carros de passeio e são do outro lado da rua. Como vou atravessar carregando vários galões?

O subsecretário Altamirando Fernandes Moraes reconhece o problema, mas diz que os motoristas estão cada vez mais conscientes. Os avanços seriam fruto de melhorias na fiscalização da Guarda Municipal e da vigilância da própria sociedade, afirmou:
— O aumento no número de bicicletas circulando faz que esse processo educativo caminhe e que as próprias pessoas cobrem mais respeito.
Zé Lobo, da ONG Transporte Ativo, concorda e diz: abusos de carros não são exclusivos do Rio.
— Já vi essa invasão até na Europa. Mas não há como negar que houve uma melhora muito grande.

READ MORE - Prefeitura do Rio incluirá 37 ruas no mapa de ciclovias de Copacabana

Responsável pelo Transmilênio, ex-prefeito de Bogotá acha que BRTs podem ser mais vantajosos do que metrô

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ao restringir a circulação de automóveis para dar prioridade aos coletivos, cuja circulação é garantida por corredores exclusivos de ônibus articulados (BRTs), o ex-prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa melhorou a mobilidade urbana com menos investimentos do que seriam necessários para a implantação de metrô. Formado em economia e história nos EUA, com mestrado em governo, na França, o presidente do Instituto para Políticas de Transportes e Desenvolvimento (ITDP) analisa as mudanças no sistema de transportes do Rio, com a implantação de BRTs e a expansão do metrô. Para ele, no entanto, os ônibus têm vantagens interessantes, além do custo, numa cidade maravilhosa de se ver pelas janelas.

O GLOBO: O Transmilênio (BRT de Bogotá) é eficiente?
ENRIQUE PEÑALOSA: Os resultados são tão extraordinários que muitos especialistas em transporte não acreditam. O Transmilênio movimenta 45 mil passageiros por hora por sentido, mais do que quase todos os metrôs do mundo (o metrô carioca transporta 22 mil passageiros por hora, em cada sentido, na Linha 2, e 19 mil na Linha 1. Entre as estações Central e Botafogo, a capacidade é de 41 mil passageiros, de acordo com a Metrô Rio). Com ajustes, poderia chegar a 60 mil, e com mais conforto. Tudo isso com uma fração do custo de implantação e operação de um metrô.

O GLOBO: Há gargalos que limitam o Transmilênio?
PEÑALOSA: O gargalo é político: o espaço entre os edifícios é o mais valioso de uma cidade. Como distribuí-lo entre ruas de pedestres, ciclistas, transporte público e carros? O primeiro artigo das constituições democráticas diz: "Todos são iguais perante a lei". Se estou certo, um ônibus com cem passageiros tem direito a cem vezes mais espaço do que um carro com um passageiro. A solução de mobilidade não é técnica, mas política.

O GLOBO: O que deve ser melhorado no Transmilênio?
PEÑALOSA: São muitos os desafios: estações maiores; passagens de nível em mais cruzamentos; mais vias exclusivas; oferecer subsídios para o transporte de massa que seja mais econômico e ofereça mais qualidade, preferencialmente com encargos sobre o uso de carros; ampliar a rede de ciclovias e integrá-las ao transporte público, com estacionamentos nas estações. Um desafio será aproveitar a tecnologia das telecomunicações. Por exemplo, enviando mensagens de texto para celulares de passageiros com instruções sobre qual ônibus pegar e informar quando vem o próximo ônibus.

O GLOBO: Quais foram os principais obstáculos em Bogotá?
PEÑALOSA: O Transmilênio começou a operar há dez anos e continua enfrentando obstáculos, sobretudo políticos. Os ônibus hoje são cheios demais. É preciso que viajem mais vazios. Para isso, seria necessário alguns ajustes técnicos, mas o problema também é financeiro. É necessário reduzir custos e assegurar subsídios. De todo modo, seriam subsídios menores do que os dos metrôs.

O GLOBO: O Rio pode aproveitar o modelo dos BRTs?
PEÑALOSA: Acho que sim. Mesmo com algumas linhas de metrô, a imensa maioria do transporte público do Rio seguirá baseada em ônibus. É democrático que uma cidade tão bela como o Rio enterre seus usuários no subsolo, reservando a superfície, com vista para as montanhas verdes, rochas que se elevam ao céu, a arquitetura, a água, para os que vão de carro? Metrôs são maravilhosos, mas os ônibus têm vantagens interessantes, além do custo. É possível desfrutar a vista da cidade sem perder tempo indo ao subsolo. A distância entre as estações pode ser menor. Para transportar o mesmo número de passageiros, é necessário mais ônibus do que trens, mas a frequência pode ser mais alta e a espera, menor.

O GLOBO: Que lições o Rio pode tirar da experiência do Transmilênio?
PEÑALOSA: Construir um BRT é mais barato do que um metrô, mas é mais difícil politicamente e gerencialmente. É muito importante que seja bem feito, que haja, por exemplo, amplo espaço para pedestres, e com qualidade. A compra de imóveis para abrir espaço para o BRT é cara e difícil, mas estamos construindo uma cidade para os próximos mil anos.

O GLOBO: Os ônibus devem ser priorizados? Como conviver com as críticas dos motoristas?
PEÑALOSA: Uma cidade nunca resolve o problema de engarrafamentos dando mais espaço para automóveis, construindo mais vias ou duplicando as já existentes. Mais estradas permitem mais viagens e viagens mais longas, mas não resolvem os engarrafamentos. Além disso, estimula a expansão urbana em áreas de baixa ocupação, o que dificulta o transporte público de baixo custo e alta frequência. Temos que lembrar que existe um conflito entre carros e pessoas. Mais espaço para os carros tende a deteriorar a qualidade humana da cidade. Portanto, precisamos de mais espaço para ruas de pedestres e para bicicletas, para os idosos e para as crianças. Os carros são maravilhosos para passear, inclusive sair à noite, mas é ingênuo pensar que todos os cidadãos poderiam se movimentar em carros. Nas cidades mais bem-sucedidas do mundo, que atraem investidores, pessoas mais criativas e turistas, a maioria da população transita em transporte público: Nova York, Londres, Paris. Devemos compreender que a cidade desejada não é aquela em que os mais pobres transitam em carros, mas as que os mais ricos andam em transporte público.

O GLOBO: O Rio começa dando os passos certos em relação ao BRT?
PEÑALOSA: Parece me que os corredores escolhidos são excelentes. Mas é muito importante que seja feito direito: sem arrocho econômico nem custos políticos. É fundamental investir nos espaços públicos próximos, fazer faixas de ultrapassagem nas estações, etc. Se fizer direito, o Rio será um grande exemplo para o mundo em termos de mobilidade sustentável. O Rio é uma cidade que o mundo observa.

O GLOBO: Os BRTs vão melhorar efetivamente o trânsito?
PEÑALOSA: Mobilidade e tráfego são problemas distintos, com soluções diferentes. A mobilidade se resolve com sistemas de transporte de massa, como metrô e BRT. Mas isso não resolve o congestionamento. Londres tem uma população muito menor que o Rio, 1.800 quilômetros de metrô e ainda assim teve que estabelecer a cobrança pelo uso do carro.

O GLOBO: E quanto ao BRS (faixas preferenciais para ônibus), cuja experiência começa por Copacabana. Funciona?
PEÑALOSA: Não creio que funcione. Mas é importante entender que o BRTs não são simplesmente ônibus em faixas segregadas fisicamente. Precisam de estações com sistema pré-pago, passagens de nível, sistemas de integração e, quem sabe, melhorias radicais no espaço público para pedestres, estacionamento para bicicletas etc.

O GLOBO: O senhor acha que a mobilidade no Rio em 2016 será melhor, igual ou pior do que a de hoje?
PEÑALOSA: Felizmente o Rio não tem espaço para fazer mais estradas e não ouvi qualquer proposta maluca para elevados, que não melhoram a mobilidade e destroem a qualidade humana da cidade. O Rio é a cidade mais bonita do mundo. E pode converter-se numa das melhores cidades do mundo. Eu acredito que conseguirá.

Fonte: O Globo

READ MORE - Responsável pelo Transmilênio, ex-prefeito de Bogotá acha que BRTs podem ser mais vantajosos do que metrô

São Paulo começa operar novo sistema de compartilhamento de bicicletas

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O principal sistema de compartilhamento de bicicletas de São Paulo, o Bike Sampa, patrocinado pelo banco Itaú e operado pela empresa de mobilidade tembici, começa a operar totalmente reformulado a partir do desta terça (30), com a inauguração da primeira nova estação de empréstimo de bikes no Largo da Batata, em Pinheiros

Entre as novidades estão os novos modelos de bicicletas e de estações de retirada e devolução – desenvolvidos pela empresa canadense PBSC, que atua em cidades como Nova Iorque, Londres e Guadalajara. Nas bikes, as principais diferenças em relação às atuais são luzes alimentadas por dínamo, pneus tamanho aro 24 e um bagageiro dianteiro.

As estações apresentam uma reformulação radical: sai a atual estrutura que retém as bicicletas em uma única barra horizontal para dar lugar a módulos individuais que são apenas colocados sobre o pavimento, sem necessidade de obras de fixação.

Entrevista

Luciana Nicola, superintendente de Relações Governamentais e Institucionais do Itaú Unibanco, faz um balanço das operações do sistema e explica as novidades:

Estado – Há seis anos o Itaú patrocina sistemas de bicicletas compartilhadas pelo Brasil. Quais são os principais pontos positivos desses anos de operação?

Luciana Nicola – Vimos de forma consistente o crescimento do uso da bicicleta como modal de transporte. Além disso, por meio das análises de origem e destino dos usuários, percebemos que há uma integração forte com o transporte público. Mapeamos que parte dos usuários realizava trechos da viagem com metrô ou ônibus e depois de bicicleta. Esse era exatamente o nosso propósito: ativar a bicicleta como modal de transporte. O segundo ponto é que vimos um crescimento da quantidade de mulheres utilizando o sistema, semelhante à média mundial: 30%. Normalmente o uso de bicicletas particulares por mulheres é menor, mas no bike sharing o que se mostra no mundo é um crescimento e isso se concretizou também no Brasil. Isso é muito legal, um empoderamento feminino.

Outro ponto positivo foi o poder público implantando políticas complementares ao bike sharing. Em São Paulo, tivemos a implantação de bicicletários e ciclovias. No Rio de Janeiro, houve um olhar da prefeitura para a região central, que não era atrativa para bicicleta, além de um fortalecimento do uso de bicicletas pelos estabelecimentos comerciais. Em Salvador, foi construída uma infraestrutura na orla já aplicada a bicicleta e um posto de atendimento no bairro da Ribeira, que é um bicicletário com outras atividades voltadas pro ciclista. Pernambuco recebeu melhorias na infraestrutura cicloviária e na ciclofaixa de lazer aos domingos, o que resultou em um crescimento da economia no entorno bem interessante. Tudo isso são reflexos positivos, mostram que aos pouquinhos a bicicleta vem chegando como uma política pública de fato.

Estado – E quais foram os pontos negativos? 

Nicola – Há alguns pontos que não são tão legais e que trouxeram um aprendizado importante. Sofremos nos últimos anos um processo de roubo e vandalismo das bicicletas que fez com que ganhássemos muito mais conhecimento sobre as regiões e sobre itens de segurança. Isso mostrou também uma necessidade de nos  engajarmos mais com as comunidades onde estão inseridas as estações das bicicletas, para que elas se apropriassem como política pública. Foram grandes experiências e aprendizados que geraram uma mudança para um sistema mais robusto.

Estado – No ano passado, durante uma coletiva de imprensa, vocês comunicaram que iriam deixar as estações das bicicletas mais próximas, com uma distribuição mais adensada para facilitar as transferências e melhorar o sistema. Que fatores serão levados em conta para definir esse adensamento?

Nicola – Antes de responder, vamos resgatar umas informações. Quando decidimos mudar a tecnologia e tudo mais, pedimos ao nosso novo parceiro que irá operar o sistema, a tembici, que fizesse um benchmarking internacional sobre os melhores sistemas de bicicletas compartilhadas, tanto em tecnologia quanto em utilização. Uma coisa que aprendemos foi a importância do adensamento. Se você tem uma rede muito pulverizada, como é o sistema implantado hoje no Brasil, principalmente em São Paulo, o número de utilização cai muito. Vimos isso na prática. A experiência internacional mostra que o adensamento tem que ter como limite 400 metros de distância entre as estações. Não podemos exceder essa distância para garantir o sucesso do sistema. Quando você olha os sistemas de Nova Iorque, Amsterdam e de cidades chinesas, todas tem um adensamento em torno de 400 metros e o número de viagens por dia é impressionante. Estamos buscando esse marco para o sistema de compartilhamento no Brasil.

Estado – Atualmente, em São Paulo, há estações de bicicletas compartilhadas próximas a estações de metrô, terminais de ônibus e pontos de referência. Vocês vão manter esses parâmetros ou utilizarão outros?

Nicola – A articulação com o transporte público é importantíssima, então as estações de metrô e terminais de ônibus são nossos pontos de partida para pensar o adensamento dos pontos de bikes compartilhadas. A partir dessas estruturas, espalharemos as estações de bicicleta a cada 400 metros para pontos de maior utilização como universidades e regiões de entretenimento. De fato, a intermodalidade é essencial, não dá pra pensar em adensamento sem pensar em como a rede se conecta com o transporte público.

Estado – Então será a partir das estações e terminais de transporte público que a nova rede de bicicletas compartilhadas se ampliará.

Nicola – Exato. Nos concentraremos nessas regiões, evitando a pulverização de antes. Como exemplo negativo dessa pulverização, temos um case aqui em São Paulo que foi a nossa tentativa de levar o sistema para a zona leste. É onde temos o índice mais baixo de utilização, porque a distribuição foi tanta que não resultou em um adensamento adequado. Ali há estações de bicicletas que simplesmente têm utilização zero. O pensamento não deve ser de tentar espalhar as estações para cobrir a maior parte do mapa da cidade, mas sim adensar melhor.

Estado – Conforme vocês apresentaram no ano passado, algumas estações fora do centro expandido serão removidas. Que alternativas vocês darão aos ciclistas que estavam acostumados com elas?

Nicola – Na verdade, vamos tirar de áreas em que a utilização era quase inexistente e vamos reposicionar em regiões em que já entendemos o funcionamento. Por exemplo, a utilização das bicicletas compartilhadas posicionadas próximas às estações Belém e Mooca é zero. Ninguém usa. Porém, no Tatuapé, há uma utilização interessante. Percebemos que ali há uma dinâmica de um centro comercial, no qual as pessoas moram e trabalham. É como uma minicidade, no qual as pessoas concentram seus deslocamentos em vez de irem para outras regiões. 

Nos extremos da cidade, vamos atender uma necessidade de deslocamento entre os locais de transporte público e as residências. É o bike na comunidade, no qual a pessoa irá a um posto nosso, retirará uma bicicleta e poderá devolvê-la no dia seguinte, para assim poder conseguir ir e voltar para o local do transporte público. Serão grandes estações no formato de bicicletário nas quais os ciclistas também poderão guardar suas bicicletas particulares. Estamos inclusive nos aproximando dos grupos de ciclistas dessas regiões para que nos digam o que é melhor e detalhes como a quantidade de bikes necessárias. Estamos conversando com um coletivo de Itaquera, já temos um parceiro de longa data que é o Bike Zona Sul e começaremos um cronograma de implantação em todas as cinco regiões de São Paulo que irá até o meio do ano.

Estado – Agora uma dúvida operacional: no sistema antigo, o bilhete único era obrigatoriamente associado a um cartão de crédito. O novo sistema continuará assim ou o bilhete único poderá ser usado de forma independente?

Nicola – Esta é outra boa notícia do novo sistema: ele é multiuso, você não precisa mais necessariamente ter cartão de crédito para utilizá-lo. Se você for, por exemplo, um turista e quiser usar o cartão de crédito, poderá fazê-lo. Se quiser usar o bilhete único, você vai cadastrá-lo, iremos consultar a base da prefeitura de São Paulo e o bilhete será seu cadastro. Para quem não tem cartões, bastará procurar um de nossos bicicletários ou outros pontos físicos, apresentar comprovante de residência e pagar com dinheiro para ter um cartão do sistema. Ficou extremamente democrático.

Estado – No sistema antigo, os canais de comunicação eram apontados pelos ciclistas como problemáticos, sem formas eficientes de envio de mensagens e os contatos tinham de ser feitos por telefone. Quais as novidades do novo sistema?

Nicola – Agora o ciclista poderá reportar algo no próprio aplicativo. Outra funcionalidade bacana é que o novo sistema será extremamente interativo e irá se comunicar com o usuário durante o empréstimo da bike. O aplicativo também será o canal no qual se poderá fazer uma devolutiva, como reclamar e mandar sugestões. E se houver uma bicicleta com defeito na  estação, bastará apertar um botão vermelho que automaticamente a bike será bloqueada e uma mensagem será enviada a nossa central, que mandará no ato um operador para verificar o problema e também fazer um completo checklist.

Estado – Os usuários poderão também opinar em relação a expansão do sistema, participar do processo de implantação das novas estações?

Nicola – Sim. No passado fizemos eventos em todas as subprefeituras, chamando a população para opinar. Vamos continuar com esse processo, mas a decisão final será sempre da prefeitura, que faz uma análise de segurança do local da estação,  intersecções com transportes públicos e individuais.

Estado – A gestão Doria anunciou que buscaria parcerias com a iniciativa privada para a manutenção ou expansão das ciclovias. O Itaú tem interesse?

Nicola – Não. Temos investido em vários segmentos, como bicicletários e estudos. Porém acreditamos que ciclofaixas e ciclovias são extensões da via e devem ser geridos pela prefeitura. Por exemplo, quando ela vai recapear uma rua, tem que recapear a faixa do ônibus, do carro e a faixa para bicicleta, se não começa a gerar uma diferenciação de solo que não é saudável para o ciclista. Não dá pra ser feita uma gestão segregada. Tivemos uma consulta da prefeitura e colocamos esse nosso posicionamento. Além disso, não temos expertise em contratação de solo e piso, então para nós é bem difícil tecnicamente fazer a gestão.

Estado – A longo prazo, qual a meta do Itaú em relação ao uso das bicicletas na cidade?

Nicola – Ter o melhor uso de viagem por dia de bicicleta como modal de transporte na cidade, e não só as nossas laranjinhas. Que elas sejam uma porta de entrada para incentivar as pessoas a tirarem suas bicicletas da garagem e substituírem o transporte individual motorizado.

Informações: Estadão
READ MORE - São Paulo começa operar novo sistema de compartilhamento de bicicletas

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960