Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Coppe/UFRJ. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Coppe/UFRJ. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Projeto de expansão da malha de transporte do Rio de Janeiro

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

BRT Rio promete revolucionar o sistema de transporte
No projeto de expansão da malha de transporte do Rio de Janeiro para os eventos esportivos de 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Jogos Olímpicos), um aspecto importante não parece constar da lista de prioridades: a integração entre os diferentes meios de transportes. A afirmação é de Ronaldo Balassiano, professor do programa de Engenharia de Transporte da Coppe-UFRJ, com quem conversei ontem.
A reformulação da infraestrutura inclui a criação de corredores exclusivos para os novíssimos BRTs (Bus Rapid Transit) e ônibus articulados, expansão das linhas de metrô e replanejamento dos itinerários dos ônibus que circulam pela cidade. Se não houver um plano de integração eficiente entre eles corre-se o risco, segundo o engenheiro, de assistirmos a criação de novos nós no sistema de transporte público da cidade.
_ Não vi até o momento um debate sobre como essa estrutura se integrará para facilidar a mobilidade. Hoje temos oito mil ônibus circulando, uma malha metroviária e ferroviária significativa e os novos projetos de criação de corredores expressos. É fundamental que se aproveite e melhore a infraestrutura que já existe, mas tão importante quanto é pensar nos pontos de integração entre os diferentes meios de modo a encurtar as viagens e oferecer conforto a população. Não é possível chegarmos a 2014 e a população continuar, por exemplo, a fazer as viagens no mesmo tempo que em 2011.  _ disse Balassiano.
Para o engenheiro, integrar o sistema de transporte não se trata apenas de pensar em transbordo, mas em criar pontos de integração que ofereçam a população também serviços de utilidade pública e atividades de lazer.
_ Se em cada ponto de baldeação houver um posto de saúde para tirar a pressão ou um posto para emissão de carteira de identidade ou motorista, entre outros serviços, evita-se congestionamenos e a sobrecarga de gente no sistema de transporte. As pessoas terão que se deslocar menos para poder usar os serviços. Uma pessoa em Jacarepagua não precisaria ir ao centro para tirar carteira de identidade, mas até o primeiro posto de integração do sistema de transporte. Não precisaria também ir de carro, o que reduz os congestionamentos _ observa o engenheiro.
Um outro aspecto que ele considera importante é informar a população sobre os novos meios de transporte que a cidade ganhará. O BRT é um deles. Trata-se de um sistema de ônibus mais rápido que os convencionais. Eles circulam em uma via expressa e contam com estações próprias onde o pagamento é antecipado. A maior parte das pessoas não sabem o que é ainda. Para Balassiano, é fundamental que os cidadãos sejam informados com antecedência sobre o serviço por meio de campanhas.
Especialista na área de planejamento de transporte, ele acredita que se houver um investimento na qualidade do serviço de modo a encurtar as viagens e torná-las mais confortáveis, os moradores sentirão mais prazer em circular pela cidade. Ele diz isso porque tem convicção que a pouca eficiência do sistema de transporte público da cidade acaba deixando a população irritada e sem vontade de transitar por ela. Faz sentido.

Fonte: O Globo
READ MORE - Projeto de expansão da malha de transporte do Rio de Janeiro

O bom exemplo das cidades: bicicletas e rampas da integração

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

“Quem não quer chegar mais rápido em casa ou ao trabalho?”, pergunta Claudio Barbieri da Cunha, coordenador da pós-graduação do Programa de Engenharia de Transporte, da USP. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a locomoção não é tarefa fácil: 32% das pessoas levam mais de uma hora para ir de casa até a escola ou ao trabalho. Nessas regiões, o transporte público é usado por 79% da população. E, para 37% dos entrevistados, o tempo de locomoção é o principal fator na escolha do meio de transporte.
Incentivo ao uso da bicicleta vem acontecendo em muitas capitais. Em Brasília, a placa de ciclovia no Paranoá indica o cruzamento. Foto: Iano Andrade/CB/D.A. Press
"Se o cidadão vai gastar de ônibus quase o mesmo tempo que gasta de carro, ele opta pelo conforto. Para o transporte público competir com o carro, o usuário tem que ganhar tempo", explica Barbieiri.

Ainda que não seja fácil diminuir o tempo gasto nas viagens ou oferecer transporte público de qualidade, alguns municípios vêm conseguindo torná-lo atrativo. Depois das boas experiências em Saúde, Educação e Segurança, O GLOBO publica hoje ideias na área de Transportes que, segundo especialistas, podem ser replicadas em cidades como o Rio, de 6 milhões de habitantes.

"Para replicar boas práticas, é preciso levar alguns pontos em conta, entre eles, as condições físicas e socioeconômicas da cidade. Temos que olhar as tecnologias que cada município tem, como as pessoas estão distribuídas e os aspectos culturais. Em Fortaleza, muitos andam de bicicleta. Um projeto incentivando o uso seria natural", explica Orlando Fontes Lima Jr., professor do departamento de Geotecnia e Transporte da Unicamp.

Incentivo ao uso da bicicleta foi o que aconteceu em Sorocaba, município no estado de São Paulo com 586 mil habitantes. Por lá, a prefeitura criou um sistema que integra ônibus e bicicleta: o IntegraBike começou a funcionar em maio, é gratuito e as primeiras estações foram colocadas na área central, onde estão agências bancárias e o comércio. Ao todo, são 120 bicicletas, e já foram feitos mais de 26 mil empréstimos, que correspondem a mais de 250 viagens por dia útil.

"Criamos o projeto como complementação da viagem de ônibus. Contamos com 15 estações, e já ampliamos a oferta para o eixo Norte da cidade, onde está a Casa do Cidadão, local para resolver qualquer problema relacionado à prefeitura", conta Renato Gianolla, secretário de Transportes e diretor-presidente da Urbes. "Quando o programa fizer seis meses, faremos um estudo para entender como podemos ir adiante".

Por mês, a prefeitura paga R$ 59 mil para a empresa que venceu a licitação. O contrato é de um ano, podendo ser renovado por mais quatro, e até dezembro a meta é ter 19 estações e 152 bicicletas.

"Fiscalizamos se a empresa cumpre o contrato, que prevê manutenção e ampliação das estações e bicicletas. E temos guardas municipais nas ruas acompanhando os ciclistas e os motoristas de carro e ônibus", diz Gianolla, lembrando que o sistema de transporte funciona desde 1992 com cartão eletrônico: "É esse cartão que o usuário precisa ter para usar a bicicleta, e que dá direito a até quatro viagens de ônibus em uma hora por R$ 2,95".

Coordenador do Programa de Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ, Márcio D’Agosto diz que, com adaptações, o IntegraBike pode funcionar em cidades como o Rio. As bicicletas seriam úteis em áreas como Deodoro, Anchieta, Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste:

"Com vias pavimentadas e sinalizadas, tendo segurança, as pessoas que moram e trabalham nessas regiões podiam ir de bicicleta. Também acredito que seria útil em Madureira, Cascadura, Irajá... Mesmo na Zona Sul, ligando Copacabana, Leblon e Ipanema até Botafogo, pode ser interessante."

"Na Cidade Universitária da USP, temos uma estação de metrô a uns 15 minutos. Se esse sistema funcionasse, as pessoas usariam as bicicletas para ir até o metrô e não seus carros", diz Barbieri.

Com 600 mil habitantes, Uberlândia (MG) implantou uma medida que beneficiou os usuários: tornou-se a primeira cidade brasileira com transporte público 100% acessível. Deficientes visuais têm sinais sonoros nas ruas, ônibus são equipados com elevadores para cadeirantes e as calçadas têm travessias elevadas.

"Além dos ônibus, atendemos, com 50 vans integradas, 2.200 pessoas com deficiências, que são levadas à escola e ao médico. E acabamos de inaugurar táxis acessíveis", conta o prefeito Odelmo Leão (PP), lembrando que fiscalização é fundamental: "Colocamos 130 fiscais nas ruas em três turnos, e os ônibus e os pontos de parada têm GPS. Além disso, exigimos que as empresas treinem condutores e trocadores."

Segundo o secretário de Transportes, Divonei Gonçalves dos Santos, Uberlândia tem oito mil portadores de deficiência cadastrados:

"Para que o projeto de acessibilidade fosse completo, vimos a necessidade de criar rampas nos lugares com maior concentração de gente. Temos o terminal central com informações em braile, sinal sonoro e elevadores, e outros cinco terminais e dois corredores completamente acessíveis."

"O que existe em Uberlândia pode ser replicado com planejamento, fiscalização e treinamento adequado para quem opera o sistema", diz Lima Jr., que acredita ser “preciso ter em mente que o que dá certo numa cidade, se for apenas copiado, não necessariamente vai ser sucesso em outra”: "Mesmo a experiência do BRT em Curitiba tem que ser analisada. Lá, a cidade é plana, os bairros cresceram em torno no BRT, e não tem metrô".

Exemplo lembrado por especialistas e usuários quando o assunto é transporte, o BRT de Curitiba foi inaugurado em 1974. Hoje, estão integradas, além do município, 13 cidades da Região Metropolitana. Por dia útil, 2,3 milhões de passageiros são transportados.

"O sistema permite que os ônibus fiquem parados o mínimo possível. Quem mora perto das canaletas (pontos) chega mais rápido indo de ônibus que de carro", diz Antonio Carlos Araújo, diretor de Transporte da Urbs: "Quando surgiu, o BRT já tinha visão de futuro, planejava o crescimento da cidade. Transporte público tem que ser pensado assim".

Informações: Agência O Globo


READ MORE - O bom exemplo das cidades: bicicletas e rampas da integração

Trem-bala ainda deve sofrer com burocracia, diz especialista

sexta-feira, 29 de março de 2013

São Paulo – Fazer o percurso entre São Paulo e Rio de Janeiro por terra a uma velocidade de até 350km/h é uma ideia que agrada a muitos brasileiros. Os trens de alta velocidade (TAV) são comuns na Europa, Estados Unidos e Ásia. Por aqui, o projeto que inicialmente deveria estar pronto para a Copa do Mundo só terá o edital lançado em setembro deste ano.

Nesta semana, mais um entrave para o primeiro trem bala brasileiro: o Ministério Público Federal entrou com duas ações na Justiça para rever o edital. Segundo o MP, as ações visam a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários”.

Em entrevista a EXAME.com, o professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, Hostilio Ratton, defende que o trem-bala trará benefícios econômicos ao país, o que não significa que seja "viável financeiramente". As responsanbilidades, segundo ele, deverão ser compartilhadas pelo poder público e privado.

O engenheiro critica, porém, a falta de detalhamento do projeto executivo do governo, além de sugerir que copiemos o modelo espanhol de TAV.

EXAME.com - O senhor vê vantagens em transferir a construção da infraestrutura do empreendimento para o poder público? Ou é melhor privatizar as obras inteiramente?
Hostilio Ratton - Costumo dizer que um empreendimento da envergadura de um sistema de trens de alta velocidade não tem como ser encarado como um projeto empresarial. A perspectiva empresarial se concentraria no negócio em si, no caso a prestação do transporte por trens rápidos, e como esse negócio permitiria aos investidores o retorno do capital aplicado. Conseguir essa viabilidade em tais projetos é muito difícil, porque o investimento inicial é muito grande e o retorno é crescente com o tempo, isto é, o número de pessoas que usará os trens e pagará as passagens cresce com o passar do tempo.

EXAME.com - E qual deve ser o raciocínio governamental?
Ratton - O poder público considera o retorno econômico. Na análise econômica, são considerados os benefícios (e problemas também) que ele traria para a sociedade como um todo. No caso dos TAVs, o resultado econômico é sempre positivo, mas o financeiro nunca é. Em nenhum outro lugar do mundo há trens de alta velocidade construídos apenas com recursos privados. O equívoco inicial com o nosso TAV foi a pretensão de que ele seria viável financeiramente. Como isso não acontece, ele tem que assumir seu caráter econômico e estratégico, comportando a entrada de recursos públicos e o seu retorno por conta dos benefícios advindos desse enfoque.

EXAME.com - Quais seriam suas principais críticas em relação aos estudos realizados e em relação ao projeto em si? 
Ratton - No caso do TAV brasileiro, o nível dos estudos teve a finalidade de orientar o processo licitatório da concessão do serviço. Todos os estudos para detalhamento do projeto executivo ficarão por conta do vencedor desse processo, inclusive a opção tecnológica, se vai ser trem bala, se vai ser trem de levitação, isso está em aberto. Foi feito um estudo de viabilidade e um ensaio do traçado para servir de referência a esse processo, mas tudo pode ser completamente revisto em função da proposta vencedora. Se, por acaso, vencer uma proposta de trem magnético, toda estrutura viária terá que ser suspensa, em viadutos, e isso pode mudar tudo em relação ao que já se fez.

READ MORE - Trem-bala ainda deve sofrer com burocracia, diz especialista

BRT é opção de transporte mais limpo, dizem especialistas

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O 1º seminário sobre tecnologias sustentáveis no transporte, realizado pela Federação das Empresas de Transportes de passageiros (Fetranspor), que aconteceu no Rio de Janeiro, entre os dias 26 e 27 de julho, levantou questões sobre a matriz energética e tecnológica do setor de transportes brasileiro.

Um dos assuntos em pauta foi o ganho ambiental com os BRTs (corredores expressos de ônibus articulados) nas cidades da Copa. De acordo com o presidente da Embarq no Brasil, rede que reúne especialistas em transportes de diversos países, Luís Antonio Lindau, 118 km dos 480 km planejados para os BRTs já estão em andamento, sendo 179 km no Rio.

"O BRT nasceu no Brasil, depois foi implementado em diversas cidades do mundo e agora está voltando para cá", disse. 

Para Lindau, a redução de emissões de gases poluentes é um dos benefícios do sistema de BRTs, apesar de achar que ainda não há estimativas sobre o tamanho da redução. “As tecnologias a serem usadas ainda não foram totalmente definidas”.

Para o Gerente de Planejamento e Operações da Fetranspor, Guilherme Wilson, 50% da poluição global vinda do transporte rodoviário poderia ser eliminada se houvesse ainda mais quilômetros implantados de BRTs.

Ele calcula que 554 km, projetando os dois BRTs cariocas Transoeste e Transcarioca, seria suficiente para fechar a conta. Wilson acredita que a redução do número de ônibus nas ruas e de quilômetros rodados, além do aumento da velocidade média dos veículos, levando em conta os sistemas de BRTs, trazem benefícios à população.

“Nossos estudos não são científicos, mas nos permitem deduzir e fazer projeções para a melhoria da qualidade de vida e a diminuição de emissão de gases nocivos”, concluiu.

Combustível mais limpo
Os combustíveis alternativos são outra saída encontrada para a redução do gás carbônico (CO²), um dos responsáveis pelo efeito estufa.

Segundo estudo da Coppe/UFRJ, divulgada pelo vice-Coordenador do Programa de Engenharia de Transportes, Márcio D’Agosto, tecnologias que atendem aos limites estabelecidos pelo P7 (fase do Programa Nacional de Controle de Emissões de Veículos –Proconve ), que vigorará a partir de janeiro do ano que vem, podem ser a principal ação para amenizar os impactos causados pela emissão de poluentes nocivos.

Combustíveis alternativos testados no estudo, como gás natural, etanol, biodiesel de cana e biodiesel de óleos vegetais, são a saída para reduzir as emissões de gás carbônico. Segundo D’Agosto, os principais ganhos virão pelos novos motores e veículos, adaptados a critérios mais rígidos impostos pelo P7.

“O benefício mais palpável, que é tornar nula ou próxima de zero a emissão de gás carbônico, se obtém com a combinação de dois fatores: investimento em combustíveis e em tecnologias de motorização. Vai ser possível, ainda, reduzir os poluentes locais (particulados e hidrocarbonetos) contidos na fumaça dos escapamentos.”





READ MORE - BRT é opção de transporte mais limpo, dizem especialistas

No Rio, Fetranspor quer tecnologia sustentável como combustíveis verdes para os ônibus

sábado, 24 de março de 2012

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) divulgará na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, os resultados preliminares do projeto “Diesel de Cana – Rumo a 2016″, que usa tecnologia sustentável desenvolvida pela empresa Amyris Brasil.

Lançado em julho de 2011, o projeto iniciou, em janeiro deste ano, os testes relativos à adição, ao diesel fóssil, de 30% de diesel obtido a partir da cana-de-açúcar. Os testes foram feitos em 20 ônibus, que já estão rodando nas ruas da capital fluminense. A ideia é elevar esse número para 30 ônibus em 2012.

As avaliações iniciais do projeto serão feitas até a Rio+20 por pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ). “Tem análise de combustível, de quilometragem, de consumo, de manutenção, de percepção de performance, de emissões. Tudo isso está sendo olhado”, disse o gerente da Fetranspor, Guilherme Wilson.

A perspectiva é diminuir a emissão de gases de efeito estufa até 90%, porque o combustível é feito a partir de biomassa renovável, no caso a cana-de-açúcar. Os testes determinarão também se haverá redução de custos para as empresas de ônibus. Segundo a Fetranspor, a utilização do diesel de cana não implicará em alteração mecânica nos motores dos ônibus, o que elimina a necessidade de investimentos adicionais para fazer a substituição do diesel fóssil.

As informações são da Agência Brasil

READ MORE - No Rio, Fetranspor quer tecnologia sustentável como combustíveis verdes para os ônibus

No Rio, Embora aprovado pela população, BRT Transoeste tem sérios riscos de atropelamentos

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Isoladas no meio do canteiro central da Avenida das Américas e distantes das faixas de pedestres dos sinais de trânsito, algumas estações do BRT Transoeste (Barra-Santa Cruz) passaram a ser um convite ao risco de atravessar a perigosa avenida em qualquer ponto.

A equipe de reportagem percorreu todo o corredor expresso, inaugurado há pouco mais de um mês, e constatou que pelo menos quatro estações - Guignard, Gelson Fonseca, Pedra de Itaúna e Santa Mônica, todas no trecho entre a Barra e o Recreio - estão mais distantes dos sinais do que as demais. Da estação Santa Mônica até a faixa de pedestres mais próxima, por exemplo, o passageiro dos "ligeirões" tem que caminhar 120 metros.

A reportagem flagrou não só pedestres arriscando a travessia fora das faixas como ciclistas pedalando no corredor exclusivo dos ônibus, também por falta de opção: não há ciclovias. A empregada doméstica Marilene Coelho, que trabalha próximo à estação Nova Barra, admite que, quando está com pressa, atravessa fora da faixa: "Os pontos de ônibus tinham que ser mais perto da faixa. Essa distância acaba incentivando as pessoas a atravessarem longe do sinal", declarou.

Desde a sua implantação, o sistema de ônibus articulados registrou nove acidentes, sendo três atropelamentos. No dia 6 de julho, o jardineiro Paulo Sérgio de Macedo foi atropelado quando caminhava na faixa exclusiva do BRT, no sentido Recreio. Atingido por um ônibus próximo à estação Novo Leblon, chegou a ser levado para o Hospital municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. No dia 26 de junho, Marlon Martins Barbosa, de 23 anos, caminhava sobre a divisória da pista exclusiva, também na altura da estação Novo Leblon, no sentido Alvorada, quando foi atingido por um dos ônibus articulados. O rapaz foi levado para o Lourenço Jorge com ferimentos leves. No dia seguinte, um operador da CET-Rio que estava numa motocicleta foi atingido por um coletivo em Mato Alto, em Guaratiba. Ele orientava motoristas no momento do acidente.

A svenida das Américas ocupa o primeiro lugar no ranking das vias da cidade com mais acidentes. Só entre 17 de maio e 12 de julho, ela registrou 232 casos, com cinco mortes.

Para o professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ Paulo Cézar Ribeiro, o ideal seria que as faixas de pedestres ficassem o mais próximo possível das estações do BRT, de modo a não encorajar as pessoas a atravessarem fora delas: "O sujeito dificilmente vai andar cem metros, o que é quase um quarteirão, até o sinal de trânsito"

Para o corretor Raul Cardoso, os atropelamentos são uma questão de educação no trânsito, mas alguma medida deveria ser tomada para minimizá-los. "O acesso a todas as estações poderia ser por uma passagem subterrânea, igual à da estação Novo Leblon", sugere.

Para a Secretaria Municipal de Transportes, as distâncias de caminhada entre as faixas de pedestres e os acessos às estações estão dentro das normas de conforto e acessibilidade.
"Não há registro de atropelamento no acesso às estações, ou seja, as vítimas não são usuárias do BRT. Vale dizer que ninguém foi atropelado acessando ou saindo dos ligeirões", alega o secretário Alexandre Sansão.

Ele explicou que não é permitida a instalação de passarelas em vias arteriais com cruzamentos, como a Avenida das Américas. O Plano Lúcio Costa não permite passarelas na via. Além disso, Sansão acredita que passarelas não eliminariam o problema da travessia irregular. Ele destacou que não houve variação no número de acidentes na via, incluindo atropelamentos, após a implantação do BRT.

Em vez de gradis, plantas espinhosas
A secretaria, no entanto, informou que serão plantadas mudas de coroa-de-Cristo, com espinhos, nos canteiros centrais da avenida, para impedir a travessia irregular. A vegetação formaria uma cerca viva, alternativa melhor do que a instalação de gradis, que costumam ser depredados. A medida já está em fase de execução pela Fundação Parques e Jardins.

A CET-Rio informou que intensificará a campanha de esclarecimento ao público lançada antes da implantação do BRT. O objetivo é fazer com que as normas de trânsito sejam respeitadas também por pedestres e ciclistas.

Com relação à ausência de ciclovia no trecho, o secretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, disse que a prefeitura não tem planos de instalar um sistema paralelo ao BRT para não concorrer com ele. A ideia é incentivar o tráfego de bicicletas nas áreas internas do bairro, alimentando o BRT. Ele adiantou que o serviço Bike Rio para a Barra e o Recreio já está em fase de licitação e será implantado até o fim do ano.
"Há ciclovia no trecho da Grota Funda porque ali é uma região mais rural. Não vamos instalar na Avenida das Américas, antes do túnel, porque vamos fazer ciclovias nas ruas transversais, para que haja conexão entre os dois sistemas", explicou.

Na falta de uma ciclovia na avenida, muitas pessoas preferem correr o risco de usar a faixa exclusiva dos ônibus articulados a encarar o tráfego pesado nas pistas laterais. Apesar de pedalar corretamente pelo meio-fio da pista comum, Sandro Conceição, escapou por pouco de um atropelamento: "Eu tenho medo, mas não vou me arriscar e andar na faixa do BRT. Ali, com certeza, é mais perigoso".

Rafaella Barros |  Fonte: O Globo


READ MORE - No Rio, Embora aprovado pela população, BRT Transoeste tem sérios riscos de atropelamentos

Superlotação constante irrita usuários do metrô no Rio

segunda-feira, 8 de setembro de 2008


RIO - A superlotação nas estações do metrô já está virando rotina na vida dos usuários, que constantemente precisam enfrentar a multidão, o forte calor e até a falta de educação de outros passageiros para conseguir chegar aos seus destinos. O contador Sergio Paulo Pereira, usuário da linha 1 desde 1993, conta que de um ano para cá tem visto de tudo no metrô, desde pessoas sendo jogadas para fora dos carros lotados, até alguns embarcando no sentido contrário para pegar uma composição mais vazia. Tudo para evitar o empurra-empurra nas viagens. (Leia aqui o diário de uma usuária da linha 2)
" Às vezes, espero até quatro composições do metrô passarem antes de conseguir entrar num e seguir da Central até a estação da Glória "
- Há cerca de um ano venho reparando que as estações estão inchadas. Às vezes, nas horas de rush da manhã e da noite, eu preciso esperar até quatro composições do metrô passarem antes de conseguir entrar num e seguir da Central até a estação da Glória. Já vi a porta não conseguir fechar, e os seguranças da estação tendo que chutar para ela fechar - afirmou o contador.
O administrador de empresa Ângelo Mascia, que mora em Irajá, onde existe uma estação, precisou dar o seu jeitinho para conseguir usar o transporte: ele vai todos os dias de carro até o Engenho da Rainha para pegar um trem extra, que, segundo ele, sai mais vazio.
- O problema é quando eles colocam o 'trem curto' saindo de lá, porque fica lotado. É um absurdo, mas se eu fosse pegar o metrô na estação de Irajá, eu esperaria até oito carros antes de conseguir entrar em algum, e ainda me estressaria. Uma vez uma pessoa se jogou em cima de mim e quase machucou um casal de idosos só para não perder o metrô - afirmou o administrador, que salta no Estácio e ainda pega a linha 1 para a Carioca.
O Metrô Rio transporta atualmente 550 mil pessoas por dia, cerca de 6% maior que 2007, que já havia registrado um aumento de 10% em relação ao número de usuários em 2006. De acordo com a concessionária o motivo desse aumento de passageiros, que tem deixado as estações lotadas principalmente nos horários de rush, foi a falta de renovação da frota, ou seja, apesar do aumento no número de estações, não houve um aumento no número de carros.
Para o professor Rômulo Orrico, do departamento de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, no entanto, além do número de carros, a falta de priorização do transporte público também pode explicar em parte o problema.
- Todo o sistema viário da cidade foi pensado para carros particulares. Um exemplo são as construções de garagens públicas recentes, que passam a seguinte mensagem: 'venha para o trabalho de carro'. Sem um investimento ou uma rede pensada para o transporte público, o número de carros nas ruas aumenta e, conseqüentemente, o trânsito piora. Não é o transporte público que causa congestionamento, mas são os carros. Ou seja, o usuário acaba pagando pelo engarrafamento que não causou - afirmou.
Além disso, o professor ressaltou ainda a falta de um planejamento dos corredores viários da cidade, que continuam da mesma forma que eram quando o coração administrativo e financeiro da cidade ficava quase que exclusivamente no Centro.
- A cidade se desenvolveu, mas a rede de transporte público não acompanhou. Antigamente, a cidade era monocêntrica, ou seja, a tendência era que o deslocamento fosse todo para o Centro, onde tudo ficava. Hoje em dia, isso mudou, ela é policêntrica. As coisas estão muito mais espalhadas. Um exemplo disso é o volume de usuários de trem, que diminuiu. Isso porque mudou a relação do transporte com a cidade. O problema é que os corredores viários não foram mudados - disse, lembrando que o Rio está num bom momento para começar a fazer essa discussão:
- Muitas concessões estão começando a vencer. Ou seja, é hora de começar a debater sobre esses contratos e repensar essas rotas.
Alívio só começa a partir do final do ano que vem.
" Eu moro em Irajá, mas prefiro pegar o metrô da estação do Engenho da Rainha durante a manhã, pois sempre sai um extra. O problema é quando eles colocam o 'trem curto' saindo de lá, porque fica lotado "
A direção do Metrô Rio reconhece que o problema da superlotação nas estações é crítico. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores, no entanto, a vida dos passageiros só deve começar a melhorar no fim do ano que vem, quando ficar pronta a obra que vai criar duas novas estações, o que vai acabar com a transferência da linha 1 para a linha 2 no Estácio.
- Quando assumimos o metrô, há dez anos, nosso contrato previa apenas a operação dos carros. O investimento em novas composições era contrapartida do governo. Apesar disso, não foi exatamente o que aconteceu. Para cada estação que era inaugurada, o governo deveria comprar novos carros, mas até hoje não recebemos os carros novos para as estações Siqueira Campos e do Cantagalo. Com o aumento do número de usuários, a gente percebeu a necessidade desse investimento em mais carros, mas só a partir do fim do ano passado que nós assumimos esse papel, com a renovação do nosso contrato de concessão - afirmou Joubert, que lembrou que a compra de novos carros já está prevista:
- Estamos comprando 114 novos carros, o que vai aumentar a nossa frota em 66%, acabando com os trens curtos. Além disso, com a construção das novas estações, só quem precisa ir para Copacabana ou para a Tijuca vai fazer a transferência no Estácio, o que vai diminuir muito o fluxo de passageiros, que vai ficar mais bem distribuído. O problema é que nada disso é rápido. A ligação Pavuna-Botafogo, que vai diminuir a viagem em até 13 minutos, só deve ficar pronta no fim do ano que vem. A instalação dos novos carros também só deve ser concluída em três anos.
" Para cada estação que era inaugurada, o governo deveria comprar novos carros, mas até hoje não recebemos os carros novos para as estações Siqueira Campos e do Cantagalo "
Em nota, a secretaria de Transportes afirmou que a responsabilidade de comprar novos trens para as estações de Siqueira Campos e do Cantagalo, que foi inaugurada em 2007, durante o governo Sérgio Cabral, seria das administrações anteriores, e afirmou que prefere não se pronunciar sobre o assunto. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a solução adotada pelo governo atual para ampliar o sistema metroviário, considerando as restrições orçamentária, foi buscar um acordo com a concessionária visando investimentos privados que englobam não só um aumento de 60% na frota de carros, mas também a construção de duas novas estações, além de melhorias nos sistemas elétrico, de sinalização e segurança, entre outros pontos.
Depois que as obras estiverem prontas, a previsão é que o metrô possa receber o dobro de passageiros que transporta por dia, que atualmente chega a 550 mil. Por enquanto, a concessionária afirma que está reformando os carros antigos, além de investir em campanhas educacionais, como a que orienta os passageiros a não ficar na frente da porta.
A falta de educação, aliás, é uma das principais reclamações de uma usuária do carro das mulheres, que preferiu não se identificar:
- O vagão das mulheres deveria funcionar o dia inteiro. Já vi uma mulher prender o braço na porta por causa da superlotação do carro, que estava com homens dentro. Ela deu um grito, e depois a porta abriu e ela saiu. Nem sei como ficou o braço dela - disse.
Outra leitora, que não quis se identificar, relatou que já viu até desmaios dentro do metrô por causa do forte calor:
" Graças a Deus eu nunca tive problemas com o excesso de calor, mas é muito freqüente, nos horários de grande movimento (manhã e noite), uma ou outra pessoa desmaiar "
- O ar-condicionado pára de funcionar quando o vagão está superlotado, e não mantém a temperatura agradável como deveria. Graças a Deus eu nunca tive problemas com o excesso de calor, mas é muito freqüente, nos horários de grande movimento (manhã e noite), uma ou outra pessoa desmaiar. Quando isso acontece, os passageiros acionam o alarme de emergência e na estação mais próxima os seguranças retiram a pessoa para que seja atendida fora do vagão - relatou.
Segundo o diretor de relações institucionais do metrô, com a reforma dos carros, a idéia é que o problema com o ar condicionado melhore. Segundo ele, o problema, que afeta principalmente os passageiros da linha 2, acontece porque os carros têm um sistema de ar condicionado planejado para funcionar em uma área subterrânea. O problema, de acordo com ele, é que parte do trajeto da linha 2 é feito ao ar livre, sob o sol.
- Os novos carros terão um sistema de ar condicionado projetado para isso. Enquanto isso estamos mexendo no sistema dos carros antigos, que estão sendo reformados.
READ MORE - Superlotação constante irrita usuários do metrô no Rio

Rio de Janeiro: Prefeitura promete melhoria com novo sistema de ônibus

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A licitação dos ônibus é apontada pela Secretaria municipal de Transportes como um marco da melhoria da mobilidade no Rio. O transporte público passa a ser operado por apenas quatro consórcios, cada um responsável por uma região. Sem a disputa das empresas por passageiros, a expectativa é que as linhas (hoje são 453) sejam racionalizadas, possibilitando redução do número de ônibus em regiões saturadas, como a Zona Sul, e o aumento da oferta em áreas mal atendidas, como a Zona Oeste. Com isso, estima-se que seja possível reduzir a frota em pelo menos 10% (atualmente são oito mil ônibus).
Caberá também aos consórcios operar os BRTs, que terão 600 ônibus articulados, como anunciou o presidente do Rio Ônibus (sindicato das empresas), Lélis Teixeira. Segundo ele, com a infraestrutura dada pelo município, será finalmente possível melhorar o serviço prestado. A prefeitura, por sua vez, garante fiscalização firme sobre as operadoras, com base no novo Código Disciplinar dos Ônibus, e direcionada às linhas com mais reclamações. O secretário de Transportes, Alexandre Sansão, diz que as mudanças começarão a ser notadas em 30 de outubro, com o início do bilhete único municipal, e em janeiro, com a implantação de corredores de ônibus em Copacabana e Santa Cruz.
- Projetos largados na gaveta por governos anteriores e outros preparados por nós estão sendo postos em prática. Eles causarão uma transformação no Rio, que terá um sistema inteligente de trânsito - promete Sansão.
Professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, Ronaldo Balassiano diz que a reordenação do transporte pela prefeitura é bem-vinda. Ele considera o BRT uma alternativa eficiente, mas faz uma ressalva: de nada adiantará o investimento, se não houver mudança de comportamento da população:
- É preciso um trabalho de conscientização. As pessoas têm que ser convencidas de que será vantajoso deixar o carro em casa e usar o transporte público. Do contrário, ocorrerá como na África do Sul. Lá, inauguraram um BRT para a Copa, mas não houve divulgação e faltaram passageiros. Nem a população, nem os turistas sabiam usá-lo - diz Balassiano, alertando ainda para a importância da integração dos BRTs com os demais meios de transporte e outros serviços, como o comércio.
Outros projetos para melhorar o transporte público antes das Olimpíadas dependem da inauguração, prevista para dezembro de 2015, da Linha 4 do metrô (Zona Sul-Barra). Já as linhas 1 e 2 receberão, entre 2011 e 2012, os 19 novos trens comprados da China. E a SuperVia aguarda a chegada, a partir do ano que vem, do primeiro lote do total de 30 trens encomendados também da China. Mais 60 serão licitados.
Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil e conselheiro do Rio Como Vamos, o urbanista Sérgio Magalhães afirma que a revitalização do sistema de trens é fundamental para o transporte de massa na Região Metropolitana. Ele diz que é necessário investir na melhoria das estações e na transformação do trem em metrô de superfície.

Fonte: O Globo

Share |
READ MORE - Rio de Janeiro: Prefeitura promete melhoria com novo sistema de ônibus

No Rio, Metrô adapta estações para receber novos trens chineses

domingo, 15 de julho de 2012

Uma polêmica da China. O Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio (Simerj) vai pedir ao Ministério Público que investigue uma situação inusitada: de acordo com a entidade, a concessionária Metrô Rio está sendo obrigada a reduzir, “a toque de caixa”, a largura de plataformas em algumas estações e a aparar pilastras e paredes de túneis das Linhas 1, 1A e 2, em até 20 centímetros.

Teria havido uma falha na avaliação do gabarito aerodinâmico dos novos trens chineses, ou seja, nos cálculos que projetam como o trem se movimenta nos trilhos. Especialista confirma o problema, mas a concessionária MetrôRio nega com veemência.

De acordo com o vice-presidente do sindicato, Ariston Siqueira dos Santos, as obras ocorrem à noite. “Trata-se de um erro de avaliação grotesco.

Os técnicos não levaram em consideração que, por não terem motores nos vagões, só nas locomotivas, ao contrário dos atuais, o balanço nas laterais dos comboios comprados na China é bem mais acentuado, o que levaria os vagões a colidir com estruturas de concreto”, explicou Ariston.

Gabarito
Especialista em Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, Fernando MacDowell endossa a denúncia. “Esse absurdo está realmente ocorrendo. Cansei de alertar em audiências públicas, conforme registros em atas e gravações, que isso iria acontecer porque, simplesmente, não observaram o gabarito aerodinâmico”, afirmou MacDowell, ressaltando que o problema interfere em boa parte das 35 estações.

Metrô Rio: obras só de padronização
A direção do sindicato ressalta que a adaptação deixará o vão entre o trem e a plataforma maior, o que pode representar um perigo no momento de embarque e desembarque dos passageiros.

A assessoria de imprensa do Metrô Rio negou que haja problemas com os trens chineses e informou que as obras fazem parte de um projeto de “padronização das estações”.

A assessoria assegurou que o cronograma para a estreia dos trens chineses, em agosto, está mantido. A concessionária já foi multada em R$ 374 mil por atraso na entrega dos novos vagões, prevista, inicialmente, para agosto de 2010.

O investimento no novos trens chineses foi de R$ 320 milhões. A previsão é que, até o início do ano que vem, todas as 19 composições estejam circulando no trajeto Pavuna-Botafogo. A promessa é que a temperatura média nos vagões seja de 23 graus.

Fonte: O Dia Online

READ MORE - No Rio, Metrô adapta estações para receber novos trens chineses

No Rio, Obras do corredor expresso Transoeste só estão adiantadas no trecho entre Barra e Recreio

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A os olhos dos motoristas que circulam pela Avenida das Américas entre a Barra e o Recreio, a inauguração do Bus Rapid Transit (BRT) Transoeste - que promete encurtar o tempo de viagem entre Barra e Santa Cruz - é uma questão de dias. No trecho, as estações estão em fase de conclusão, as faixas exclusivas dos ônibus, pintadas, e até mesmo o paisagismo foi finalizado. No entanto, atravessando o recém-construído Túnel da Grota Funda, a situação muda. Do outro lado, como em Santa Cruz e em Campo Grande, há trechos que ainda não foram duplicados e plataformas inacabadas. Apesar do prazo apertado, a prefeitura promete inaugurar a obra em 13 de junho, quando começa a Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.

Antes mesmo da inauguração, problemas já começam a aparecer no trecho mais adiantado. As fortes chuvas inundaram o trecho recém-duplicado da Avenida das Américas, no Recreio. O ponto que virou um piscinão fica perto do Recreio Shopping. Não foi necessário interditar a via, mas o grande bolsão que se formou anteontem complicou a passagem dos carros e, apenas às 13h de ontem, foi removido por um caminhão de sucção.
A secretaria municipal de Obras informou que, após vistorias no trecho inundado, técnicos identificaram obras feitas em imóveis particulares fechando a rede de drenagem. Alguns proprietários já foram notificados pela Rio Águas. A secretaria argumentou ainda que o corredor Transoeste ainda não foi finalizado e que, antes da conclusão da obra, será necessário abrir uma nova vala, paralela à pista, para desaguar no Canal do Rio Morto.

Obra custará R$ 900 milhões
Ao custo de R$ 900 milhões, o BRT Transoeste terá 56km de extensão e promete reduzir pela metade o tempo de viagem entre Barra e Santa Cruz. Na segunda-feira, O GLOBO percorreu toda a extensão do corredor e observou que trabalhos de duplicação de vias e construção de plataformas estão longe da conclusão, apesar de a Secretaria de Obras garantir que até 13 de junho o corredor expresso e as 35 estações estarão prontos.
Diferentemente do cenário encontrado no trecho da Barra ao Recreio, a duplicação da Avenida das Américas entre a Avenida Alceu de Carvalho e Estrada do Pontal (de onde parte o Túnel da Grota Funda) nem recebeu asfalto ainda. As manilhas aguardam no acostamento para serem instaladas.
Postes de iluminação tampouco chegaram.
Cenário igual foi encontrado no trecho da Avenida das Américas até a Estrada da Matriz. Os operários também vão ter que correr contra o relógio para concluir o trecho que vai ligar Santa Cruz a Campo Grande. O Transoeste deverá ser prolongado, a partir da Estrada da Pedra, por mais 7km na Rua Felipe Cardoso. O fato é que, até agora, o trecho ainda não recebeu asfalto e as plataformas nem base de sustentação ganharam. A secretaria também limitou-se a responder que essas etapas estarão concluídas até 13 de junho.
Para o fim de julho, o órgão prometeu concluir uma via de 11km que será construída na Avenida Cesário de Melo até a estação de Campo Grande. O projeto prevê ainda o compartilhamento entre os ônibus articulados do BRT e os demais veículos em 4km da Estrada da Pedra. O Transoeste terá, inicialmente, seis linhas (serviços). A maior parte delas (60%) vai trafegar exclusivamente na canaleta (via segregada do tráfego normal). O restante circulará por cerca de 33km em canaletas e 4km em pistas compartilhadas naquela estrada. A Secretaria municipal de Transportes garantiu que o volume de tráfego na Estrada da Pedra, de aproximadamente mil veículos/hora por sentido, não será empecilho à circulação dos ônibus do BRT Transoeste. Caso o sistema se torne sobrecarregado no futuro, a secretaria diz que poderá fazer a pista segregada também nesse trecho.
Preocupação com ônibus enguiçados
Na opinião do professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ Paulo Cezar Ribeiro, se de fato o volume de carros limitar-se a mil veículos/hora não haverá problema no compartilhamento da via.


Fonte: O Globo, Isabel de Araújo e Natália Boere

READ MORE - No Rio, Obras do corredor expresso Transoeste só estão adiantadas no trecho entre Barra e Recreio

Transporte Público no Rio: O desafio diário de ir e vir

quinta-feira, 25 de março de 2010


Se quiser ganhar a corrida para resolver os seus problemas de transporte, o Rio precisa tirar o pé do freio. Numa perspectiva geral do que acontece em outros países da América Latina e do Caribe, saltam aos olhos que as soluções apontam para a integração viária e a criação de modelos alternativos de deslocamento. Ninguém parece discutir a direção. Mas, enquanto os outros se apressam, o Rio segue em ritmo lento ou, em alguns casos, desacelera.

  • Os corredores expressos para ônibus e o metrô são a prova disso. Ao passo que a Cidade Maravilhosa ainda planeja sua primeira via exclusiva para ônibus e contabiliza 34 estações de metrô, Bogotá já opera um sistema de bus rapid transit com 114 estações, que transportou, em janeiro último, 2,7 bilhões de passageiros. Já Santiago do Chile, que também inaugurou seu sistema subterrâneo na década de 70, se orgulha de ter 101 estações de metrô.
A velocidade é um diferencial importante diante do crescimento da demanda de passageiros. Santiago inaugurou 26 novas estações de metrô em cinco anos - quase 5,2 a cada ano. No mesmo período, o Rio ganhou apenas duas, Cantagalo, em Copacabana, e General Osório, em Ipanema. São dois milhões de chilenos transportados por dia contra 550 mil pelo metrô no Rio. Metrô, alvo de queixas
O tempo pesou para o metrô fluminense, que perdeu excelência. De rápido, eficiente e confortável, tornou-se alvo de reclamações constantes, de superlotação a falhas operacionais. Para Ronaldo Balassiano, professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, o Rio sofre com a falta de continuidade e planejamento.
  • - Hoje, o metrô está vivendo um caos. Um planejamento inteligente e interessante começou a ser feito, mas descarrilou no meio do caminho. É preciso aumentar a frequência de trens ou, eventualmente, inaugurar uma estação, como Ipanema. O segundo problema foi o projeto fracassado da Linha 1A (ligação direta Pavuna-Botafogo). Como um novo serviço foi implantado sem informação, sem preparar os funcionários? - pergunta Balassiano.
Na comparação, o metrô do Rio leva menos gente, é menor e mais caro do que os sistemas em funcionamento em Buenos Aires, Caracas e Cidade do México. Bogotá ainda projeta sua rede, mas a cidade está lá na frente numa modalidade de transporte com DNA brasileiro: o bus rapid transit. Há tempos o Rio namora o sistema de corredores expressos de ônibus de Curitiba, obra do arquiteto Jaime Lerner, mas foram os colombianos que o implantaram antes. E mais: em 2008, a Colômbia deu início à construção de mais três troncos de corredores do TransMilenio, com previsão de conclusão ainda este ano.
  • A presidente da ONG Rio Como Vamos, Rosiska Darcy de Oliveira, observa que, além de racionalização, o sistema de transporte carece de informações para a realização de um diagnóstico preciso.- Cidades grandes, como o Rio, precisam de um transporte de massa eficiente e integrado. Os ônibus deveriam alimentar e complementar os ramais metroviário e ferroviário, o que reduziria os engarrafamentos. Infelizmente, estamos longe disso - afirma.

Segundo a ONG, a rede como um todo é desconhecida. O Plano Diretor da cidade previa que, em 2005, havia 5,274 milhões de deslocamentos diários na Região Metropolitana do Rio, 74% deles realizados por meio de transporte público. Os dados atualizados sobre como se dividem os passageiros são fornecidos por setor ou concessionária. São eles: ônibus, 2,511 milhões de pessoas por dia; trens, 500 mil por dia; metrô, 550 mil por dia; barcas, 90 a cem mil por dia, totalizando 3,6 milhões de pessoas.

  • Investimento insuficiente
    Em razão dos parcos investimentos do passado, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, reconhece que, faltando seis anos para as Olimpíadas de 2016, o Rio corre atrás do prejuízo:
    - A verdade é que a frota do metrô, de 30 anos, é antiga e com grau de intensidade de uso tremendo. O acordo da renovação (da concessão) envolve a melhora de sistemas abandonados há anos. Os investimentos em infraestrutura, de passivos trabalhistas a obras de ventilação dos trens, são de R$ 1,2 bilhão.
Enquanto isso, Buenos Aires, além de sete novas estações de metrô, investe numa rede múltipla: um corredor exclusivo de ônibus entre Palermo e Liniers e 50 quilômetros de ciclovias. O México aposta em linhas de metrobus - ônibus expressos que circulam numa pista exclusiva - para aumentar a capacidade de seu metrô. E San José, na Costa Rica, discute aplicar US$ 345 milhões num trem elétrico para ligar a capital à província de Heredia, distante apenas 12 quilômetros.

Fonte: O Globo

READ MORE - Transporte Público no Rio: O desafio diário de ir e vir

No Rio, Especialistas cobram ousadia nos projetos de transporte para a Olimpíada

sexta-feira, 5 de março de 2010

Um acalorado debate entre especialistas de transporte e acadêmicos tomou conta hoje do centro de convenções do Sistema FIRJAN. Nota técnica divulgada pela Federação sobre transporte na cidade do Rio de Janeiro para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016 foi o motivo: segundo o estudo, os investimentos até 2016 são insuficientes para deixar um legado definitivo para a infraestrutura da cidade. Na defesa da proposta apresentada ao Comitê Olímpico Internacional (COI) estavam os secretários de transporte estadual e municipal do Rio de Janeiro, Júlio Lopes e Alexandre Sansão. Já os acadêmicos da Coppe/UFRJ Fernando MacDowell e Ronaldo Balassiano pediram mais ousadia e expansão dos projetos alternativos para o transporte do município.
Para o secretário municipal de transportes, Alexandre Sansão, o estudo apresentado pela FIRJAN poderá gerar confusão, pois trata do transporte urbano da cidade para as Olimpíadas. Para ele não podemos confundir o projeto de transporte feito para o evento olímpico com o projeto de governo, para expansão da moblidade urbana. "O projeto olímpico é vitorioso e foi avaliado por um comitê, tem credibilidade. Mas estamos tomando outras medidas, uma vez que 80% da população carioca utilizam o transporte público. Uma delas é a reestruturação e integração entre as linhas de ônibus e ordenamento do transporte alternativo da cidade. A Zona Oeste , por exemplo, possui uma carência em transporte e estamos reativando várias linhas de ônibus para a região. O município também está fazendo licitações de vans, Kombis e transportes complementares", adiantou.
Em sintonia com o governo municipal o subsecretário de transporte estadual, Delmo Pinho que ocupou a mesa de debates antes da chegada do secretário Julio Lopes, que estava em audiência com o governador disse que a pesquisa apresentada " é injusta ”. Para ele o Rio tem de parar de se maltratar já que o Comitê Olímpico Brasileiro fez um trabalho de ponta. " Ganhamos porque nosso projeto é viável. Governo do estado, prefeitura e o Ministério das Cidades são a favor do sistema BRT (Bus rapid transit) já que é um meio de transporte criado no Brasil e que está sendo adotado em todo o mundo", afirmou. O secretário estadual de Transporte, Júlio Lopes, participou da segunda metade do painel, que contou com a presença do urbanista Jaime Lerner. Lopes afirmou que o BRT foi uma proposta estratégica, " pois se não fosse adotada provavelmente a nota de transporte não aumentaria e novamente o Rio de Janeiro não se tornaria sede dos Jogos Olímpicos ".
"Mantida a atual infraestrutura de mobilidade, as perdas geradas por engarrafamentos na cidade podem chegar a R$ 34 bilhões, o equivalente a um quarto do PIB fluminense. Sabemos que os projetos propostos atenderão apenas parcialmente as necessidades de mobilidade. O motivo deste debate público é justamente saber no que podemos avançar. A ideia é somar esforços para ter um Rio de Janeiro com qualidade de vida para sua população", disse o presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
Fonte: FIRJAN
READ MORE - No Rio, Especialistas cobram ousadia nos projetos de transporte para a Olimpíada

Metrô Rio terá que explicar obra para trem chinês

terça-feira, 17 de julho de 2012

O promotor Carlos Andresano, da Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MP), vai pedir esclarecimentos à concessionária MetrôRio sobre denúncias feitas pelo Sindicato dos Metroviários do Estado (Simerj).
 
A empresa estaria reduzindo, às pressas, a largura de plataformas em algumas estações e aparando pilastras e paredes de túneis das Linhas 1, 1A e 2, em até 20 centímetros, para se adequar aos trens chineses.
 
Foto: Gisele Domingues / Agência O Dia

Como O DIA publicou com exclusividade, sábado, o sindicato alega que, devido a suposta falha na análise aerodinâmica dos novos trens, a trepidação das comboios em movimento poderia levá-los a colidir com estruturas de concreto. “Já tomei conhecimento disso e vou cobrar explicações”, adiantou Andresano.

Além do MP, a Agência Reguladora de Transportes Públicos (Agetransp) também está investigando o assunto. “A agência está realizando uma verificação criteriosa dessas informações”, garantiu o órgão em nota oficial, frisando ainda que “a aceitação dos trens e do projeto foge” de sua competência. A Secretaria Estadual da Casa Civil não comentou o assunto.
 
Segundo o diretor do sindicato, Ariston dos Santos, os técnicos não levaram em consideração que só há motor no primeiro carro do trem chinês, e não em todos os vagões, como no modelo atual.
 
Isso provocaria balanço mais acentuado, que poderia levá-lo a esbarrar na plataforma e pilastras. O especialista em Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ Fernando MacDowell garante que fez alertas sobre o problema em audiências públicas. “Não me ouviram”, lamentou.
 
Sistema de portas passa por ajustes

O MetrôRio nega a existência do problema e informa que as obras nas plataformas e túneis são para padronizar as estações. A concessionária admite, apenas, que há ajustes a serem feitos nas portas. O sistema está passando por “verificação de adaptação à operação .
 
É um processo natural da etapa de testes e ajustes. Todo o processo é feito dentro dos requisitos de segurança”, garantiu, em nota, a empresa que administra o metrô.
 
O primeiro dos 19 trens comprados da China, por R$ 320 milhões, vai entrar em operação na Linha 2 mês que vem. Inicialmente, a estreia era prevista para agosto de 2010. O atraso gerou uma multa de R$ 374 mil. A promessa é a de que todos os 114 novos vagões (63% a mais que a frota atual) estarão funcionando plenamente a partir de março do ano que vem.

Fonte: O Dia Online

READ MORE - Metrô Rio terá que explicar obra para trem chinês

Brasil deve pensar trem bala para outros trechos além de Rio e São Paulo

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Projeto de Lei aprovado pelo Congresso, em abril último, que autorizou a criação da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade, Etav, e dispõe sobre a autorização para garantia do financiamento do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, é visto de forma positiva pelo professor do Programa de Engenharia de Transporte da COPPE-UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Hostílio Xaiver Ratton Neto.

“O Brasil precisa pensar seu futuro e decidir estrategicamente as opções para um mundo no qual a mobilidade das pessoas será maior e no qual a energia será um condicionante crucial para todas as atividades humanas. No Brasil, a matriz energética dos deslocamentos motorizados de pessoas é de mais de 95%, assegurada por modos de transporte que queimam combustível fóssil: automóveis, motocicletas, ônibus, barcos e aviões”.

Para ele, começar por esse trecho se deve a um retorno maior do investimento inicial, porque o custo da primeira vez que se faz algo novo é sempre maior do que o das vezes seguintes. Depois estende para todo o País: São Paulo a Belo Horizonte, São Paulo a Goiânia, Goiânia a Brasília, Rio a Belo Horizonte, Belo Horizonte a Brasília, São Paulo a Curitiba, acredita o especialista em Engenharia de Transportes.

Ele não concorda com os críticos do projeto que se limitam a enxergar, e mal, o projeto em licitação no trecho Rio-São Paulo-Campinas. “Batem na superestimação da demanda e que os recursos seriam mais bem aplicados em outros empreendimentos, como aumentar a capacidade do metrô de São Paulo, que nos horários de pico fica mais do que superlotado, e de outras cidades”.

Neto observa que a escolha da aplicação de recursos públicos é o dilema do tomador de decisão: qual alternativa escolher face à escassez de recursos?  Ele responde que não há falta de recurso, lembrando dos recordes anuais de arrecadação de impostos. É preciso saber o volume de recursos, argumenta, para depois se falar em projetos excludentes.

“Não acho que se deva tirar dinheiro do trem bala para ampliar metrôs ou construir escolas e hospitais, mas sim dos gastos que os poderes Legislativo e Judiciário têm com a própria gestão, se assegurando altos salários, benefícios adicionais e reajustes muito acima dos níveis que têm as outras atividades econômicas. A questão é se estabelecer critérios razoáveis de prioridades na alocação dos recursos públicos”.



READ MORE - Brasil deve pensar trem bala para outros trechos além de Rio e São Paulo

Ônibus nacional que não polui usa hidrogênio como combustível

quarta-feira, 26 de maio de 2010


Com tecnologia 100% brasileira, veículo também é carregado na eletricidade.Ele começa a circular em linha convencional já no 2º semestre deste ano.

Pesquisadores do Rio de Janeiro apresentaram nesta terça-feira (25) um ônibus que não polui o meio ambiente. Com tecnologia 100% brasileira, o veículo por dentro parece um ônibus comum. A diferença está no teto, onde ficam as baterias e os cilindros de hidrogênio.
O ônibus é carregado na eletricidade, e usa também o hidrogênio combustível. Assim, ele pode rodar até 300 km sem parar para abastecer. O veículo tem uma espécie de pilha que faz o motor funcionar. Nela entram o hidrogênio e o oxigênio da atmosfera. Do processo, resultam energia elétrica e vapor d’água.
“O hidrogênio é um combustível não poluente e que pode ser produzido a partir de várias fontes. Ao contrário do petróleo que utilizamos hoje”, disse Paulo Miranda, professor da Coordenação de Programas de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Cinco países, além do Brasil, pesquisam esta mistura de fontes de energia para o transporte. Os veículos estrangeiros soltam vapor pelo escapamento. No modelo criado com tecnologia brasileira, o vapor é aproveitado. Vira água e contribui para o funcionamento do sistema.
Circulação no segundo semestre de 2010O ônibus faz parte de um projeto para criar no Rio de Janeiro um transporte coletivo que não polua até a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Já no segundo semestre deste ano, ele começa a circular numa linha convencional da cidade. E os passageiros vão notar outra vantagem: uma viagem com menos barulho.
“Ele é mais silencioso, não dá aqueles trancos que o ônibus normal dá”, disse a estudante Mariana Lima.

Fonte: G1
READ MORE - Ônibus nacional que não polui usa hidrogênio como combustível

Investimento em transporte público e restrição da circulação de carros são alternativas para aliviar os congestionamentos na cidade do Rio de Janeiro

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Investimento em transporte público e restrição da circulação de carros são alternativas para aliviar os congestionamentos na cidade do Rio de Janeiro, que será sede da Olimpíada de 2016. A pedido do R7, consultores de trânsito listaram dez diretrizes que podem ajudar a ordenar o fluxo de carros na capital com vistas à Copa de 2014 e aos jogos olímpicos.

Especialistas são unânimes quanto à necessidade de se restringir a circulação de automóveis e de se implantar políticas mais rigorosas para disciplinar o trânsito - medidas consideras impopulares pela população.

Também é preciso investir na interligação dos modais. Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP (Universidade de São Paulo) e perito em acidentes, critica o fato de linhas de metrô e de trem que ligam o centro à zona norte correrem lado a lado.

- Temos de ampliar a rede pensando na população da periferia, não apenas do centro. Para isso, as autoridades têm de investir em estações [de metrô] em todos os bairros. O Rio de Janeiro está defasado. Não me intimido em dizer que está pelo menos 30 anos atrasado.

O resultado disso é: com a falta de opção de transportes, milhões de carros inundaram as ruas cariocas, aumentando os congestionamentos. Apoiados na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada, os governos do Estado e do município lançaram um pacote de obras que totaliza R$ 10,8 bilhões para melhorar o transporte público.

Consultores apontam uma longa lista de medidas para (tentar) desatar o nó do trânsito da capital antes que o sistema entre em colapso. Não há dúvida de que há sugestões impopulares. Quando a doença fica grave, o remédio tende a ser amargo.

Dez soluções para desatar o nó do trânsito no Rio

Integrar os meios de transporte
Para diminuir a lotação do metrô, ônibus e dos trens, além de retirar veículos das ruas, é fundamental planejar o sistema de forma integrada. Atualmente, metrô e trem têm muitos trechos concorrentes entre si. O grande número de ônibus e táxis também atrapalham.
Um planejamento de zoneamento urbano com base nos planos de expansão do sistema de transporte seria uma das saídas, segundo Alexandre Rojas, engenheiro de transportes da UERJ(Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
-  A melhor solução é pensar em meios de interligar as redes, criando uma malha de transporte de massa eficaz. A expansão das linhas de metrô com a expansão das redes de transporte, e não é isso que está acontecendo.
Restringir a circulação de veículos
Muitas são as formas de restringir a circulação de veículos nos centros das grandes sidades, mas as que dão resultados imediatos são o rodízio e o pedágio urbano.
Os benefícios ao desafogar as ruas são inegáveis, basta verificar a experiência de outras metrópoles. Quando o rodízio chegou a Saõ Paulo, 24 horas após a implantação, 20% da frota parou de circular no município.
Por sua vez, Londres retirou 60 mil veículos do centro da cidade, depois que implantou pedágio urbano. Cingapura, Oslo e Estocolmo seguiram modelo, mas já contavam com invejável sistema de transporte.
Vale dizer que pedágio urbano já existe na linha amarela desde sua inauguração em 1997. No momento, dez anos depois, não inibe mais os motoristas, já que o fluxo de veículos chega a 100 mil por dia.
 Criar Corredores de ônibus Expressos
Para aumentar os deslocamentos, a prefeitura e o governo do Rio se comprometeram a construir em tempo para a olimpíada de 2016 os famosos BRT’s, que já haviam sido prometidos para os jogos Pan-Americanos de 2007, mas que não ficaram prontos. O mais famoso deles é a Transcarioca (Corredor T5), que deve reduzir à metade o tempo do trajeto da penha – Barra da Tijuca, que hoje dura 1h36.
Esses sistemas vão chegar em 2016 já no seu limite. Quando falamos em legado, falamos em algo para além, para o futuro. A cidade precisa ter elementos que permitam a locomoção das pessoas melhor que dessa forma.
Até a olimpíada de 2016, o setor de transportes públicos no Rio receberá R$ 30 Bilhões para desenvolvimento, segundo a secretária de transportes.
Expandir as linhas de metrô para toda cidade
Ao mesmo tempo em que as ruas do rio receberam 43% mais carros em dez anos e quase 200 mil novos habitantes, o sistema metroviário cresceu menos de 3 km. Paralelamente, mais de 12 milhões de viagens são feitas com ônibus, automóveis e outros veículos, segundo o especialista Sérgio Ejzenberg, enquanto apenas 600 mil passageiros utilizam o metrô diariamente.
- A única solução possível é o transporte de massa. É possível e é economicamente e ecologicamente viável. É muito mais barato transportar muita gente por metrô do que qualquer outro tipo de transporte.
Planos para crescer existem. A linha 3, que ligará a Praça Quinze a São Gonçalo, está orçada em mais de R$ 3 bilhões, passando sob a baía de Guanabara e cortando Niterói com uma linha terrestre. “Barato não é, mas existe rede integrada sem metrô eficiente”, aponta Ejzenberg.
Melhorar a qualidade dos trens
A promessa da SuperVia é investir R$ 2 bilhões até a Olimpiada. Se concretizada, será uma vitória para o carioca, já que um trem com quatro composições comporta até mil pessoas, o equivalente a 15 ônibus. O engenheiro de transportes da Coppe/UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro critica as longas viagens de ônibus.
- O sistema de transporte por trem tem que melhorar para atender à população da zona oeste. É bem mais rápido e mais eficiente, além de levar mais gente. Não é possível colocar um ônibus para fazer uma viagem de Santa Cruz ao centro. É uma volta de mais de 60 km.
Nos anos 80, o sistema ferroviário transportava mais de 1 milhão de passageiros, mas a falta de investimentos fez o número cair para 145 mil em 1998. Atualmente o número de usuários já é próximo a 450 mil por dia.
Modernizar o controle de tráfego
Se nenhum carro enguiçar, se nenhum farol parar e se não tiver nenhuma consessionária fazendo reparos, na hora do rush, a velocidade média da Rua São Clemente, em Botafogo, não passará de 13 km/h, segundo a CET-Rio.
Quase 200 câmeras da companhia estão 24 horas de olho no trânsito da cidade e outros 2.200 sinais são responsáveis pelo fluxo de veículos na capital fluminense. Parece muito, mas não é, já que apenas metade dos semáforos é programada por computadores, podendo aumentar ou diminuir o tempo de abertura a distância.
“O ideal é que toda a rede pudesse ser programada a distância”, diz Alexandre rojas. No entanto, o investimento vai doer no bolso da prefeitura: um sinal inteligente custa de R$ 50 mil a R$ 110 mil.
Regulamentar o transporte alternativo
Regulamentar o transporte alternativo na região metropolitana não vai solucionar apenas o trânsito, mas também vai evitar crimes. De acordo com o Detro(Departamento de Transportes Rodoviários), só em Niterói e São Gonçalo, já ocorreram mais de cem homicídios relacionados à exploração do transporte alternativo.
O número de vans e kombis piratas que dominam as ruas do Rio e das cidades vizinhas chegam a 25 mil. Estima-se que para cada van ou Kombi (6.000), existam outras três irregulares. “ A falta de planejamento do sistema faz com que surjam os transportes alternativos e irregulares”, salienta Alexandre Rojas. Se fosse integrado à rede, ajudaria a chegar a bairros de difícil acesso, como Santa Teresa e outros morros da cidade.
Tirar das ruas os carros em más condições e irregulares
Uma medida de essencial importância para manter a fluidez do trânsito é retirar os carros velhos das ruas. Isso significaria diminuir gastos com veículos enguiçados em vias importantes, além de evitar engarrafamentos desnecessários.
A maneira mais fácil de forçar a renovação é a vistoria obrigatória. Mesmo assim, mais de 52% dos motoristas não se apresentam.
Estima-se que 35% da frota(600 mil veículos) rode de maneira irregular – não pagaram IPVA, multas e licenciamento. Se a fiscalização for mais rígida, o número de carros nas vias certamente diminuiria.
Fazer campanhas educativas
Educar motoristas é trabalhoso e lento, mas não há dúvidas de que é mais eficaz e mais barato para o estado. Para o ano de 2011, segundo o Detran-RJ, a verba para programas de educação chega a R$ 2,5 milhões. Esse dinheiro vem das multas aplicadas na cidade do Rio, mas é insuficiente para colocar uma campanha completa em pé, o que pode ultrapassar os R$ 11 milhões. Uma boa alternativa é buscar parcerias na iniciativa privada.
Educar tem como prioridade diminuir drasticamente o número de acidentes e infrações. Comparada com a frota, o Rio tem uma taxa de acidentes de trânsito com vitimas (cerca de 943 para 100 mil) superior a São Paulo que é de 822 para 100 mil.
Nos sete primeiros meses, mais de 1 milhão de motoristas foram multados na cidade do Rio, aponta o CET-Rio.
Melhorar a fiscalização
Quando a educação não funciona, não resta outra alternativa senão ser rígido com o infrator. No Brasil e no resto do mundo, quando’’dói no bloso’’ o respeito à lei aumenta. Quando os motoristas respeitam as sinalizações, o número de acidentes cai e a velocidade média nas vias aumenta.
Segundo o BID(Banco interamericano de Desenvolvimento). O Brasil tem a maior e mais bem-sucedida rede urbana de fiscalização eletrônica do mundo. E os governantes sabe, usá-la. A prefeitura do Rio assumiu em 1998 a função permanente de multar e punir quem comete infrações de trãnsito, o que garante anualmente receita superior a R$ 75 milhões.
Nesse período, já foram lançadas no sistema mais de 8,5 milhões de multas. As infrações campeãs são excesso de velocidade, avançar o sinal vermelho e estacionamento irregular.

Informações do Portal R7.com

READ MORE - Investimento em transporte público e restrição da circulação de carros são alternativas para aliviar os congestionamentos na cidade do Rio de Janeiro

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960