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Trens de alta velocidade deverão ter integração complexa e elaborada com o transporte público das cidades

segunda-feira, 5 de abril de 2010


Os trens de alta velocidade deverão apresentar um nível de integração muito maior e muito mais elaborado com os sistemas de transporte urbano das cidades. “Não devemos pensar em simples pontos de parada dentro das cidades, mas, sim, em conexões muito mais complexas e que necessitarão um diálogo muito maior entre o governo central e os governos locais”, disse Rogerio Belda, diretor da ANTP – um dos especialistas internacionais a participar da sessão conclusiva do Seminário sobre Intermodalidade entre Trem de Alta Velocidade e Transporte Urbano, promovido em São Paulo, no dia 9 de março de 2010 pela Divisão América Latina da União Internacional de Transportes Públicos (DAL/UITP) e pela União Internacional de Ferrovias (UIC).

Belda afirmou ser necessário haver maior descentralização e continuidade administrativa na gestão do transporte urbano, sempre com o apoio do governo central. “Essa descentralização deve vir combinada com a capacitação de pessoal, tanto no setor público como no setor privado. Nós não temos ainda o nível de conhecimento e de organização para esse grande passo que o Brasil terá que dar: ser capaz de efetuar escolhas estratégicas, compatíveis com o desenvolvimento de cada cidade e em combinação com o desenvolvimento da rede urbana nacional”, disse.

Ao longo do dia, o seminário mostrou o revezamento de especialistas brasileiros e do Exterior. A primeira sessão tratou do transporte urbano, incluindo o VLT de Monterrey, México; o crescimento dos sistemas sobre trilhos de média capacidade em cidades espanholas, e uma apresentação do sistema metroferroviário Translohr, que tem a peculiaridade de se elevar sobre pneus. Uma segunda sessão mostrou os estudos governamentais e a modelagem econômica do Trem de Alta Velocidade (TAV) no Brasil – disponíveis no endereço eletrônico www.tavbrasil.gov.br , e projetos de trens alta velocidade no Japão. A terceira e penúltima sessão destacou o tema titulo do seminário, com uma apresentação sobre o planejamento do transporte urbano em São Paulo e aspectos do impacto dos trens de alta velocidade sobre as cidades.

Para o especialista da ANTP, as cidades precisam melhorar em termos de circulação, e isso significa ter redes integradas de transportes, redes eficientes, e que correspondam a todas as modalidades de transporte. “O metrô nunca vai ser o meio de transporte único da cidade; a tarefa, a missão dele, é permitir que os outros sistemas tenham um bom desempenho – especialmente ônibus – uma integração que foi implantada em São Paulo com muita eficiência – e também com os demais modos de transporte”.

Fonte: ANTP
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Metrô deixa de ser melhor transporte de São Paulo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Metrô deixou de ser o meio de transporte mais bem cotado da Grande São Paulo. Pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) divulgada ontem revela que, na percepção dos próprios usuários, esse meio de transporte piorou, assim como os ônibus e os trens. O Metrô, especificamente, alcançou o menor patamar em um período de 12 anos.

Assim, a estatal perdeu uma posição que conquistava anualmente ao menos desde 1999. Agora, o posto de mais bem avaliado pelos passageiros pertence ao Expresso Tiradentes, da Prefeitura, com 81% de aprovação. Em seguida, está o Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara, via exclusiva de ônibus que liga a capital a cidades do ABC, gerida pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) – do governo do Estado, tal qual o Metrô –, com 79%.

Ao todo, 74% dos entrevistados consideraram o sistema metroviário “excelente ou bom”, dez pontos a menos do que dois anos atrás. Por sua vez, os ônibus administrados pela São Paulo Transporte (SPTrans), da Prefeitura, alcançaram somente 40% nessa avaliação – queda expressiva se comparado ao ano retrasado, quando 59% dos entrevistados consideravam o serviço bom ou excelente. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também foi aprovada por menos da metade das pessoas ouvidas: 48%, ante 54% no ano anterior.

O objetivo da pesquisa era obter a imagem e avaliar o transporte coletivo na capital e na Região Metropolitana. Ela foi encomendada à Toledo & Associados e feita em duas etapas, entre outubro e novembro: uma quantitativa, realizada em grupos, e outra qualitativa, com 3.423 entrevistados.

Passageiro diário do Metrô, o operador de logística Henrique Volpe, de 25 anos, destaca a lotação nos horários de pico como um ponto extremamente negativo. “Os trens demoram e, quando chegam, às vezes vêm tão cheios e quentes que parecem uma sauna.” O programador Daniel Oba, de 41, afirma ter notado que as paradas dos trens no meio dos túneis têm sido mais frequentes. “É ainda pior quando estou com o meu filho pequeno.”

A linha que ele usa mais vezes, a 1-Azul, foi a que registrou a maior queda na avaliação dos passageiros, segundo a pesquisa da ANTP, passando de 85% de aprovação para 73%. Apesar disso, a Linha 3-Vermelha segue com a pior avaliação entre as cinco da rede: 68% dos entrevistados a consideram excelente ou boa. A 4-Amarela, cuja primeira fase foi aberta integralmente no ano passado, teve o melhor desempenho, com 89% de aprovação.

No geral, a nota dada pelos usuários ao Metrô caiu de 3,9 para 3,7. Para Rogério Belda, diretor da ANTP, o pior desempenho da imagem da estatal pelos passageiros tem a ver com lotação e conforto. “O Metrô sempre teve uma imagem de excelência, mas está sendo vítima do próprio sucesso. Quando tinha poucas linhas, era avaliado pelo serviço delas. Agora, há um embrião de rede. Mas a cidade demanda mais que isso.” Belda defende a ampliação da rede e mais corredores de ônibus.

Segundo a pesquisa, considerando todo o sistema de transporte público, somente 18% dos passageiros ouvidos consideraram o serviço bom.

Por caio do Vale



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Ribeirão Preto - SP: Ônibus ganham mais usuários

quinta-feira, 2 de abril de 2009


O total de passageiros no transporte público de Ribeirão Preto cresceu 8,3% em quatro anos e passou de 54,3 milhões em 2003 para 58,8 milhões em 2007, segundo o último levantamento do Ministério das Cidades e da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

De acordo com superintendente da ANTP, Marcos Bicalho, o aumento no número de viagens de ônibus urbanos é uma tendência nacional. “Nos últimos anos, assim como ocorreu em Ribeirão, todo o País registrou um crescimento significativo na quantidade de usuários de transporte coletivo”, disse.

O levantamento da ANTP, com informações de 41 cidade brasileiras com mais de 500 mil habitantes, mostra que na capital São Paulo o aumento no fluxo de passageiros foi de 13,7% em quatro anos. Em 2003, foram registradas 1,6 milhão de viagens de ônibus. No ano de 2007, foram 1,8 milhão.


Segundo Bicalho, o principal motivo para a alta no fluxo de usuários do transporte coletivo foi a boa movimentação econômica dos últimos anos, antes da crise financeira internacional. “Em um bom momento da economia tudo melhora, a frota em geral aumenta e os passageiros de ônibus também, pois são mais pessoas que trabalham e se deslocam”, disse.Porém, de acordo com o superintendente, a crise internacional deve desacelerar a utilização do transporte coletivo. “Como houve um aumento nos anos anteriores, agora, a tendência é que haja uma queda no número de usuários”, disse.
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Manaus concorre a prêmio nacional de qualidade em transporte coletivo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Acordo assinado na manhã desta quarta-feira (20), entre a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) e a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), coloca Manaus entre as cidades concorrentes do Prêmio de Qualidade 2011. A certificação é entregue somente às empresas com comprovada excelência na prestação do serviço. A capital tem até setembro do próximo ano para se adequar às exigências da entidade.

A adesão ao Programa de Eficiência da ANTP foi oficializado com a assinatura do documento pelo superintendente da SMTU, Marcos Cavalcante, e o gerente de qualidade da ANTP, Alexandre Rezende. Através do acordo, Manaus se compromete a adotar modelos da Agência para otimizar o serviço do transporte coletivo. Segundo a Superintendência, a ação representa um desafio a ser implantado na capital amazonense.

A avaliação da qualidade do serviço de Manaus vai começar em setembro de 2011. Até lá, serão 13 meses para remodelar o atual sistema de transporte urbano na capital. Entre os pontos cobrados pelo prêmio, estão quesitos que vão da liderança e análise de estratégias, até a satisfação de usuários, fornecedores e trabalhadores do sistema, como motoristas e cobradores.

Equipes avaliadoras virão ao Estado para treinar a formação de avaliadores internos. Através de visitas técnicas, serão elaborados relatórios de acompanhamento o desempenho do transporte em Manaus. A solicitação da Agência é por melhorias contínuas e sistematizadas.

O resultado do prêmio será divulgado em outubro de 2011, durante o 18º Congresso Brasileiro de Transportes Urbanos.

Reformulação do sistema

No início deste mês, o prefeito Amazonino Mendes prometeu 900 novos veículos do transporte coletivo até junho de 2011. A melhoria do atual sistema de transporte coletivo está prevista na licitação que deve ser aberta em dezembro deste ano para captação de novas empresas para o serviço da cidade. Segundo Amazonino, até metade do ano que vem, Manaus terá a frota mais nova do país.

Fonte: Portalamazônia
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Prefeitura de Manaus desiste de prêmio de melhor transporte público no país

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A Prefeitura de Manaus desistiu de concorrer ao prêmio de melhor transporte coletivo do país. Em outubro do ano passado, a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) havia assinado acordo com a Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), onde colocava a capital amazonense entre as candidatas ao Prêmio ANTP de Qualidade 2011. A pesquisa que iria avaliar o sistema deveria ter sido entregue ainda no ano passado, mas sofreu paralisação e deve ser retomada somente em fevereiro.

A análise teve início em setembro de 2010 por uma empresa do Rio de Janeiro. Cerca de cem pesquisadores fariam o levantamento de dados nos cinco terminais de ônibus da capital. Com os resultados da pesquisa, a Prefeitura pretendia diagnosticar os problemas do transporte coletivo de Manaus.

O SMTU, responsável pela análise, informou que, por decisão do prefeito Amazonino Mendes, a pesquisa foi paralisada em dezembro. O órgão não soube informar o motivo da paralisação do levantamento. A pesquisa deve ser retomada em fevereiro. A divulgação do resultado está prevista para o final de março deste ano. O atraso na entrega da pesquisa impede a participação de Manaus no Prêmio de Qualidade 2011.

Ao oficializar a intenção de concorrer ao prêmio, a Prefeitura se comprometeu a adotar modelos da ANTP. Entre os fatores cobrados pela Agência, estão questões que vão da liderança e análise de estratégias, até a satisfação de usuários, fornecedores e trabalhadores do sistema, como motoristas e cobradores.

De acordo com o SMTU, existe a possibilidade de a Prefeitura tentar concorrer no ano de 2012.

A melhoria do atual sistema de transporte coletivo está prevista na licitação de novas empresas para o transporte coletivo da cidade. Na manhã de ontem (20), representantes de 37 empresas interessadas no certame visitaram os terminais de integração da capital. O novo contrato prevê dez lotes, com no máximo 200 ônibus para cada empresa. O início do processo de licitação, anteriormente previsto para dezembro, foi adiado para o dia 4 de fevereiro.

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Ônibus é mais econômico e polui bem menos do que carros e motos, diz relatório

terça-feira, 27 de abril de 2010


O novo relatório do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana (SiMob) da ANTP sobre Custos dos Deslocamentos, com dados de março de 2010, referentes às principais cidades brasileiras (27 capitais e 16 municípios com população acima de 500 mil habitantes), reforça o entendimento de que o transporte urbano por ônibus é muito mais econômico e tem impacto ambiental muito menor do que o transporte por automóveis e motos.

O documento, que pode ser consultado livremente no Po rtal da ANTP, revela que os automóveis e motos têm o consumo energético por passageiro-km bem maior do que os ônibus – respectivamente, 4,5 vezes e 2,5 vezes. O custo de um acidente com motos é 19 vezes maior do que o custo de um acidente com ônibus; o acidente com automóvel custa 2,7 vezes mais que o acidente com ônibus.

Ainda em comparação com os ônibus, as motos poluem 14,8 vezes mais e os automóveis 11,5 vezes mais, considerada a relação passageiro-km. Igualmente considerada a relação passageiro-km, os automóveis ocupam 7,8 vezes mais espaço viário do que os ônibus, e as motos, quatro vezes mais.

Fonte: ANTP
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Política tarifária no transporte coletivo é tema de encontro nacional em Curitiba

quinta-feira, 27 de março de 2014

A 83ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito será realizada em Curitiba nesta quinta e sexta-feira (dias 27 e 28) com cerca de 100 participantes, entre eles prefeitos, secretários e dirigentes públicos de diferentes cidades brasileiras. Em pauta, temas como política tarifária, dissídios e desonerações no transporte coletivo; transporte sobre trilhos; serviço de ônibus padrão, táxi e bicicleta.

Promovida pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), a reunião acontece em Curitiba como uma homenagem à cidade que, no sábado vai completar 321 anos. O encontro, no Instituto de Engenharia do Paraná, será aberto as 9 horas desta quinta-feira (27) e vai contar com a presença, entre outros, do prefeito de Porto Alegre e Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati; do presidente da Urbanização de Sorocaba S/A (Urbes), Renato Gianolla; do Secretário Nacional de Transporte e Mobilidade, do Ministério das Cidades, Julio Eduardo dos Santos; do diretor da Associação Latino Americana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT), André Jacobsen; e do presidente da ANTP, Ailton Brasiliense.

Entre as cidades representadas, estão Aracaju (SE), Manaus (AM) Porto Alegre (RS), Sorocaba, Guarulhos, Indaiatuba, São Bernardo do Campo e São Paulo (SP); Belo Horizonte (MG), Joinville (SC); Praia Grande (RJ) e as paranaenses Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Telêmaco Borba e Quatro Barras, além da capital.

Criado em 1990, o Fórum é um espaço não institucional, formado por secretários e dirigentes de empresas públicas de transporte e/ou de trânsito, que se reúnem periodicamente para compartilhar dúvidas e experiências, propor estudos e projetos e recomendar alterações na legislação para melhoria da qualidade da mobilidade urbana, dos transportes e do trânsito.

Um dos temas em discussão atualmente no Fórum é a necessidade de adoção de parâmetros que permitam a comparação efetiva entre os diferentes sistemas de transporte do país. Projeto nesse sentido, desenvolvido pela área técnica da Urbs, foi apresentado na 82ª reunião do Fórum, realizada no ano passado em Maceió.

A proposta é reunir num mesmo quadro todas as informações relativas ao transporte coletivo, como valores, custos, isenções, planilhas tarifárias,  encargos sociais, características das diferentes linhas de ônibus, custos de insumos, preços dos ônibus, distância dos pontos de parada, salários e benefícios de operadores, das diferentes cidades brasileiras. Um formulário modelo já foi apresentado pela Urbs e agora está em elaboração pelas demais cidades filiadas à ANTP.

Informações: Urbs

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Transporte individual já supera viagens em coletivos 2,4 vezes

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A cada pessoa que faz um deslocamento em transporte coletivo, outras 2,4 usam o transporte individual (motocicleta, bicicleta, automóvel ou mesmo a pé).
De 2003 a 2010, o transporte individual teve uma ampliação no número de deslocamentos de 21,32%, contra 17,56% do coletivo. No período, houve um au­­mento de 12% no número de viagens em ônibus municipais. Por outro lado, moto, bicicleta e carro cresceram 111%, 58% e 21%, respectivamente. O transporte coletivo só não ficou mais abalado porque o modal sobre trilhos aumentou 57% no país.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fábio Duarte, explica que o aumento dos usuários de ônibus (12%) reflete apenas a evolução da população brasileira. “Pode se imaginar que os passageiros aumentaram na mesma proporção do crescimento populacional. A diferença está no número de carros”, diz.

Para os especialistas, a migração do coletivo para o individual é clara. “As pessoas preferem ter um carro ou uma moto do que estarem condenadas a um transporte coletivo ruim”, afirma o superintendente da ANTP, Marcos Bicalho. Para a professora de Gestão Pública da Isae/FGV Denise Basgal, o momento econômico brasileiro favoreceu a ascensão da classe C e abriu a possibilidade de escolha para outros modais. “As pessoas não precisam mais do ônibus, que antes era o único meio de transporte.”

A falta de prioridade aos ônibus em muitas cidades é apontada como uma das causa para essa troca. “Em geral, a viagem média de ônibus custa mais caro e é mais lenta do que o automóvel. Só quem não pode, usa o transporte coletivo”, diz Bicalho.

Pamela conta os dias até janeiro, quando vai migrar do ônibus para a motocicleta. “Já havia trocado o ônibus pela bicicleta em trajetos curtos. Nos mais longos, ela é inviável. Por isso, preciso de uma moto”, afirma. Sem uma rotina estabelecida, dividida entre eventos e ensaios, a atriz conta levar de 1hora a 1h30 minutos em cada deslocamento de ônibus. “Como os trajetos são muito variados, não posso perder esse tempo todos os dias”, afirma.

Há um ano e meio, Priscila trocou o ônibus pela bicicleta, meio de transporte individual mais barato e ecológico do que carros e motos. E ela diz que não se arrependeu: “Moro no São Francisco e trabalho no Alto da XV. Levo 15 minutos de bicicleta todos os dias, pedalando em um ritmo tranquilo. Antes, precisava pegar dois ônibus e levava cerca de 50 minutos”, relata.

É possível afirmar que, com um mês e meio de uso, a magrela de R$ 350 foi paga com a economia em vale-transporte. “A bicicleta só me trouxe vantagens. Faz bem para o corpo e para a alma. Gasto menos por mês”, conta Priscila.

Meio Ambiente
Escolha reflete consciência
Usar o transporte coletivo não é só questão de mobilidade, mas também de consciência ambiental. De acordo com a Associção Nacional de Transportes Públicos (ANTP), os transportes coletivos tiveram queda de 16% no índice de emissão poluentes, enquanto os individuais cresceram 14%.

Na avaliação do professor do departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Nelson Luís Dias, o fato de os ônibus terem diminuído o total de poluentes descartados é fruto da tecnologia. “Isso é possível com veículos mais modernos, mesmo com aumento da frota”, diz. “Por outro lado, há muitos carros velhos em funcionamento, que não passam por manutenções cuidadosas, e são muito poluentes”.

Como não há uma especificação sobre o índice de cada poluente, nem dados sobre a concentração de cada um deles na atmosfera, porém, não se pode afirmar que a poluição cause danos à saúde, segundo Dias. “O que é consenso é o fato de os combustíveis fósseis causarem o aquecimento global. Toda vez que é queimado, o gás vai para a atmosfera, o que afeta o clima e pode gerar eventos severos”, afirma.

Falta saber priorizar políticas
Do governo federal aos municípios, o transporte individual é a prioridade. Para especialistas, porém, haveria melhoria na mobilidade das cidades, caso o transporte coletivo fosse melhor e mais utilizado. “Salvo exceções, os três níveis de governo brasileiro praticam uma série de políticas favoráveis ao uso de automóveis”, critica o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Bicalho.

Ele usa o exemplo das isenções de impostos na compra de automóveis e o aumento do crédito para a aquisição de motocicletas. “É preciso alterar essas políticas para mudar o quadro. A prioridade precisa ser o transporte coletivo. Os automóveis devem ter restrições, como rodízio, pedágio urbano”, opina.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Uni­versidade Católica do Paraná (PUCPR), Fábio Duarte, também defende que as motos deveriam ter um tratamento diferenciado. “É necessária a criação de legislações específicas. A moto deve ser enxergada de maneira diferente ao carro. Seu uso do espaço urbano é diferente”, afirma. Em razão dessa divergência, lembra ele, os motociclistas acabam sendo as maiores vítimas da violência nas ruas. “O conflito veio dessas discrepâncias”, diz.

Além de políticas favorecedoras, é preciso incentivar o uso do transporte coletivo de outras maneiras também, afirmam os especialistas. “A comunicação social deve ser usada a favor das boas práticas, motivando e incentivando o retorno ao ônibus e a carona solidária”, defende a professora da Isae/FGV Denise Basgal.

Só o marketing, contudo, não resolve. As prefeituras precisam criar um “fato novo” na mobilidade urbana: “O que se busca é agilidade, conforto e fazer com que as pessoas se sintam motivadas a deixar o veículo e ir de ônibus. Por isso, estudar com profundidade o sistema viário é fundamental”, diz a professora.

Para Duarte, entretanto, a propaganda institucional apenas não é capaz de quebrar a discriminação. “A única possibilidade é a mídia espontânea. Não adianta estar em um ônibus lotado e olhar um outdoor dizendo que esse veículo polui menos. Há necessidade de buscar eficiência”, afirma.

Opção - Bicicletas têm uso ampliado
Em todo o país, as bicicletas estão galgando seu espaço. O crescimento das bikes (58% em oito anos) foi o segundo maior do período entre os transportes individuais. E elas, que antes eram vistas apenas como meio de lazer, começam a ser levadas a sério. Ao contrário de outros meios de transportes individuais, como carro ou moto, o uso de bicicleta é incentivada por estudiosos de mobilidade urbana.

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que cria o Estatuto dos Sistemas Cicloviários. De autoria do deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), o projeto estabelece o papel das três esferas da administração pública na criação da infraestrutura urbana voltada às bikes. Diz o projeto: “Novas vias públicas, incluindo pontes, viadutos e túneis, devem prever espaços destinados ao acesso e circulação de bicicletas”.


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Para presidente da ANTP, oferta de transporte público precisa ser duplicada ou mesmo triplicada na RMSP até o final desta década

domingo, 28 de março de 2010


A oferta de transporte público na Região Metropolitana de São Paulo – considerando corredores de ônibus, metrô e trens metropolitanos – precisa ser duplicada ou mesmo triplicada até o final desta década, disse o presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires, ao conceder, recentemente, entrevista ao vivo a repórteres da rádio Jovem Pan de São Paulo. Na ocasião, ele respondeu a perguntas sobre a real necessidade de investimentos na ampliação da Avenida Marginal do Tietê e o que seria necessário fazer para melhorar o transporte público e resolver o problema do trânsito na capital paulista e nos municípios próximos. Veja o teor dessa entrevista.

Jovem Pan - A ampliação da Marginal Tietê, que deverá ser concluída em março deste ano, vai criar uma nova pista em cada sentido da via. A obra causa discussão, pois há quem acredite que não seja essa a melhor solução para melhorar o há muito tempo saturado trânsito de São Paulo. O que o senhor pensa disso?

Ailton Brasiliense Pires - Bem, nós, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), entendemos que o caminho principal para que a cidade possa andar com tranquilidade, com confiabilidade, seja a realização de investimentos maciços em transporte público. Mas isso não significa que não se façam obras viárias localizadas. São Paulo, como não teve planejamento urbano desde quando tinha 200 mil habitantes – de 1900 até muito recentemente –, é uma cidade que cresceu de qualquer jeito, apostando que, no fim, tudo daria certo, e a gente viu que, no fim, não só tudo deu errado como tudo custou muito caro. Entendemos o seguinte: primeiro, é fundamental continuar investindo na qualificação e expansão do metrô. Além disso, é fundamental continuar insistindo na recapacitação da CPTM, que tem 130 quilômetros de trens somente na cidade de São Paulo, com 55 estações, e tem ainda 130 quilômetros de linhas e mais 40 estações em outros 21 municípios da Região Metropolitana. Metrô e CPTM compõem um sistema metroferroviário que permite a ligação na Região Metropolitana de São Paulo, atendendo a menos de 22 dos 39 municípios da região. É preciso ver também que os municípios – não só São Paulo, mas os principais municípios que estão no entorno da capital, como Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Guarulhos e outros – têm que desenvolver os seus corredores municipais. O Estado de São Paulo, juntamente com alguns desses municípios, tem que construir os seus corredores de ônibus intermunicipais. A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP), assim como as empresas e os órgãos municipais que cuidam do trânsito, precisam investir pesadamente em equipamentos e em recursos humanos. Essa é uma parte. O outro aspecto é que os municípios têm que investir no Plano Urbano ou no Plano Diretor. Não dá para continuar tendo pessoas morando cada vez mais longe, o que é hoje uma tendência da Região Metropolitana de São Paulo: a população está crescendo mais na periferia, em áreas que estão a 20, 25 ou 30 quilômetros da Praça da Sé. Essa tendência faz com que o tempo de viagem aumente e o número de veículos de transporte público em circulação tenha que ser ampliado e, consequentemente, vai aumentar os custos da operação do transporte, fazendo com que a tarifa suba. Então, é um conjunto muito grande de ações, que começa no Plano Diretor, passa por investimentos no metrô, na CPTM, em corredores municipais, corredores intermunicipais, e também em obras viárias. Há quem acredite que a solução do transporte é impossível, mas isso não é verdade. A solução é possível. O problema é que nós ficamos por muito tempo ocupando os espaços urbanos de ‘qualquer jeito’, o que é muito caro e demorado.

Jovem Pan - Será preciso priorizar o trânsito ou se deve priorizar o transporte público? Ou tudo pode estar dentro de um mesmo pacote, com ações mais ordenadas?

Ailton Brasiliense Pires - Trânsito e transporte são coisas complementares. Existe uma máxima com a qual se trabalha, que é a seguinte: ‘a solução do transporte está no trânsito e a solução do trânsito está no transporte’. E o que isso quer dizer? Se eu conseguir que um número maior de pessoas, que agora estão usando automóveis, passe a usar transporte público – ônibus ou trem –, fatalmente a cidade estará circulando melhor. E o inverso é verdadeiro, na medida em que se tem questões harmonicamente equilibradas. Se eu não fizer isso e continuar deixando que a população mais pobre more cada vez mais longe, e que se crie ao longo dessa ocupação espaços vazios – ou seja, áreas sem moradias, empregos, escolas e comércio –, vamos fazer não apenas com que as viagens fiquem mais longas como também que sejam mais demoradas e mais caras. A solução passa pelo menos por este tripé: o equilíbrio do uso do solo, e as questões do transporte e do trânsito. Com o exemplo do metrô, é mais fácil entender do que eu estou falando, porque a cidade, de alguma forma, está se acomodando no entorno do metrô. Ser pegarmos a Linha 1 – Azul do Metrô, que corre no sentido Norte-Sul, percebemos que saindo do Tucuruvi, em seis estações já teremos passado por um importante terminal rodoviário, o centro comercial do bairro de Santana, centros comerciais das Ruas São Caetano, José Paulino, 25 de Março e da região do Largo de São Bento ou Praça da Sé. Uma linha como essa está perfeitamente casada com os diversos interesses econômicos que a cidade produz. Por outro lado, na Linha 3 – Vermelha, no sentido Leste-Oeste – e tanto faz pegar uma linha do metrô como da CPTM –, o que se observa é que as estações que atraem viagens, com escolas, comércio etc., já são muito mais raras. Ao sair da ponta Leste só vamos encontrar dois grandes centros no Tatuapé e no Brás. E olha que o passageiro percorre 20 quilômetros antes de chegar ao Brás. Então, essa distribuição ruim – por que São Paulo não cuidou dela, fez de ‘qualquer jeito’ – é que torna as coisas na cidade mais demoradas e mais caras. E demoradas, inclusive, em termos de construir. E se diz, ‘bem, São Paulo tem metrô’, mas, na verdade, São Paulo tem apenas uma parte do projeto do metrô. Apenas uma parte! Espero que este investimento que está sendo feito no sistema de transporte público realmente prossiga por várias administrações. E que essa gestão, concertada, acertada, entre governo do Estado, Prefeitura de São Paulo e as outras prefeituras, permita que possamos ter uma cidade que, entre outras coisas, seja mais saudável, mais econômica. Uma cidade que, ao contrário do que ocorre hoje – em que os congestionamentos afastam as pessoas e a economia –, atraia cada vez mais pessoas que queiram montar negócios aqui, permitindo que a cidade se torne mais rica e mais atraente no número de empregos.

Jovem Pan - Vamos aproveitar para falar sobre essa expansão do metrô na cidade de São Paulo. Qual é o limite dessa possibilidade de transporte?

Ailton Brasiliense Pires - O Metrô de São Paulo e a CPTM, juntos, fazem mais ou menos 6 milhões de viagens por dia. E essa é apenas uma parte do número de viagens que são realizadas na cidade de São Paulo. O metrô tem uma rede em expansão: tem a Linha 4, que vai ser inaugurada em breve; a Linha 5, que está em expansão; a Linha 2, também em expansão, e há outras linhas previstas. Há o próprio projeto da prefeitura e a revitalização da CPTM. Isso tudo somado, se acontecer em quatro, seis ou oito anos, deverá permitir praticamente dobrar a oferta de lugares. Mas isso não é tudo. Essa é a condição necessária, mas não suficiente. A Prefeitura de São Paulo e as prefeituras no entorno da capital devem priorizar igualmente o seu transporte público, e também ter o cuidado de amarrar o transporte com a diversificação do uso do solo urbano; não ter moradia aqui e emprego a 30 quilômetros de distância. E no percurso do transporte público deve haver vários pontos de interesse, como escolas, unidades de atendimento de saúde, compras etc. Isso precisa ser feito porque, caso contrário, estaremos repetindo o mesmo modelo eternamente. Então, nós temos um grande espaço para crescer em termos de transporte público. Nos próximos oito anos, teremos que duplicar ou triplicar a oferta de corredores de ônibus e de vagas no metrô e na CPTM.

Fonte: ANTP
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CPTM, METRÔ e EMTU crescem na avaliação da pesquisa de imagem da ANTP

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


As três empresas vinculadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, CPTM, Metrô e EMTU, subiram na avaliação positiva da pesquisa "Imagem dos Transportes Públicos na Região Metropolitana de São Paulo", divulgada nesta quarta-feira, dia 2/2, pela Associação Nacional de Transportes Públicos [ANTP]. O levantamento avalia a percepção dos usuários sobre os serviços prestados, melhorias, prioridades e a importância do setor.

O Metrô de São Paulo continua sendo o mais bem avaliado entre os seguintes sistemas de transporte coletivo: micro-ônibus, ônibus e corredores municipais, ônibus intermunicipais, trens, além dos corredores São Mateus-Jabaquara e Expresso Tiradentes. Após o Metrô, com 68% de melhorias percebidas pelos entrevistados, a CPTM foi o meio de transporte que mais evoluiu nos últimos anos, com 39%.

Para 75% dos entrevistados o transporte coletivo melhorou. Entre as razões citadas para a melhora estão: aumento de linhas [50%] e da frota [44%], economia de tempo [29%], renovação da frota [21%] e conforto [16%]. Além disso, 70% acreditam que o transporte coletivo continuará melhorando nos próximos anos.

Nesta edição da pesquisa, o uso da bicicleta aparece com destaque entre os meios de locomoção. Para 6% dos entrevistados, a bicicleta vem ganhando importância à frente de opções como ônibus metropolitanos e táxi. Além disso, a construção de ciclovias é citada por 13% dos pesquisados como uma das medidas para ajudar a melhorar o trânsito.

Metrô

O levantamento de 2010 mostra que a Companhia do Metrô obteve dos usuários índice de satisfação [excelente/bom] de 84%, indicativo de melhora em comparação com 2009, cuja aprovação era de 82%. Como não houve variação da opinião negativa [ruim/péssimo] dos entrevistados, o indicador ficou estável em 5%, resultando num aumento do saldo [diferença entre as percepções positivas e as negativas] de 77% para 79%.

A linha que teve melhor desempenho na avaliação foi a 5-Lilás, que registrou crescimento de 86% para 90%. Com a redução da insatisfação dos usuários de 5% para 3%, o saldo foi elevado de 81% para 87%.

A Linha 2-Verde foi avaliada como excelente/boa por 84% dos entrevistados, contra 88% na edição passada. O índice de insatisfação subiu de 4% para 6%, o que reduziu o saldo para 78% face aos 84% registrados em 2009. Cabe esclarecer que a entrada em operação das estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente, bem como de 16 trens novos, atraíram mais usuários para esta linha, cuja demanda foi ampliada em 12,6%.

Em 2010, 85% dos entrevistados consideraram a Linha 1-Azul excelente/boa, mesmo percentual de 2009. Como o índice de insatisfação reduziu de 6% para 5%, o saldo subiu de 79% para 80%. Já a Linha 3-Vermelha registrou percentual de excelente/bom de 73%, menor que o índice de 74% computado em 2009. No entanto, como o índice de insatisfação caiu de 14% para 11%, o saldo subiu de 60% para 62% entre um ano e outro.

CPTM

A CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] registrou aumento de 50% para 54% na avaliação positiva dos serviços prestados, enquanto a índice de insatisfação caiu de 26% para 18%. Com isso, o saldo subiu de 24% para 35%. Entre os sete serviços oferecidos pelas seis linhas, uma vez que a linha 11-Coral [Luz-Estudantes] foi divida em dois trechos, cinco apresentaram melhora na avaliação.

A Linha 7-Rubi [Luz-Francisco Morato] foi a que registrou maior crescimento no número de avaliações positivas, de 43% para 50%, e de redução das percepções negativas, de 40% para 27%. Com isso, tornou-se a linha que mais melhorou seu saldo: saltando de 3% para 22%.

Embora continue com boa avaliação na CPTM, a Linha 9-Esmeralda [Osasco-Grajaú] teve queda, de 67% para 62% no quesito excelente/bom. O índice de insatisfação subiu de 21% para 22%, resultando no saldo de 40% face aos 46% computado no ano anterior. Uma das principais razões para esse desempenho é o crescimento da demanda em cerca de 20% entre 2009 e 2010, impulsionada pelas melhorias implementadas, como novas estações, modernização das existentes e incorporação de novos trens à frota.

A Linha 8-Diamante [Júlio Prestes-Itapevi] computou crescimento positivo de 47% para 51% e redução de 38% para 28% das percepções negativas, elevando o saldo de 9% para 24%. Na Linha 10-Turquesa [Luz-Rio Grande da Serra] - a mais bem avaliada neste levantamento - o índice excelente/bom subiu de 63% para 64%, entre 2009 e 2010, enquanto que o de insatisfação caiu de 24% para 15%, resultando na elevação do saldo de 39% para 49%.

O serviço Expresso Leste [Luz-Guaianazes], na Linha 11-Coral, teve reduções de 57% para 53% na avaliação positiva e de 24% para 22% na percepção negativa, com saldo de 31% face aos 33% registrado em 2009. Já o trecho Guaianazes-Estudantes, na mesma linha, ampliou o índice excelente/bom de 51% para 55% e a percepção negativa caiu de 32% para 19%, elevando o saldo de 19% para 37% entre 2009 e 2010.

Por fim, a Linha 12-Safira [Brás-Calmon Viana] registrou avaliação positiva de 51% contra 47% em 2009 e queda do índice negativo de 36% para 27%, aumentando o saldo de 11% para 24%.

EMTU

A imagem positiva dos ônibus metropolitanos gerenciados pela EMTU/SP [Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos] subiu 4%, apresentando tendência de melhora expressiva nos últimos anos. A classificação dos usuários para "excelente/bom" evoluiu de 55% para 59%, entre 2009 e 2010. A avaliação de "ruim/péssimo" apresentou queda de 21% para 18%.

Das cinco áreas que operam em regime de concessão, quatro apresentaram boa evolução de imagem perante os usuários do serviço, em 2010. A exceção foi a Área 5, no ABC, cuja variação da imagem positiva caiu de57% para 44%.

A área 1, que serve municípios como Cotia e Itapecerica da Serra, registrou melhoria da imagem de 54% frente aos 43% de 2009. Já na Área 2, que atende Osasco e Barueri, entre outros, o item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 58% para 57%, entre 2009 e 2010.

A Área 3, que abrange os municípios de Guarulhos e Mairiporã, entre outros, apresentou valiação positiva de 66%, ante 48% em 2009. A Área 4, que envolve municípios como Suzano e Mogi das Cruzes, evoluiu de 53% para 65%.

Já o Corredor Metropolitano ABD [São Mateus-Jabaquara] continua apresentando bons resultados. O item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 72% para 70%, e a percepção negativa caiu de 12% para 9%, entre 2009 e 2010.

Sobre a pesquisa

Realizada desde 1985, a avaliação da ANTP tem como objetivo o acompanhamento anual da percepção da população da Região Metropolitana de São Paulo em relação ao transporte coletivo público.

A avaliação de 2010 foi realizada em duas etapas, incluindo pesquisas qualitativas, entre agosto e setembro, e quantitativas, em novembro. No total, 2.340 pessoas foram ouvidas em seus domicílios [1.306 na capital e 1.034 na RMSP]. Além disso, foram ouvidos mais 1.023 usuários nos trens e corredores de ônibus, entre outros. A margem de erro foi de 2%.

Perfil da Amostra

Os entrevistados do gênero feminino somaram 51%. A idade média foi de 41 anos. Os casados chegaram a 55% e os solteiros, 31%. Quanto à escolaridade, 14% dos entrevistados têm primário incompleto, 20% básico incompleto, 22% médio incompleto, 36% superior incompleto e 8% superior completo.

A classe C representa 50% do universo pesquisado, a classe A/B, 39% e a D/E, 12%. A renda familiar média foi de R$ 1.712,00, enquanto a renda pessoal média, de R$ 849,00. No quesito posse de bens, 74% possuem imóvel, 47% carro e 32% bicicleta. Cinquenta por cento têm computador em casa, dos quais 93% com acesso à internet.

Fonte: CPTM

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Curitiba: Primeira ciclofaixa da cidade, na Marechal Floriano, terá 4 km

quinta-feira, 22 de julho de 2010


A Prefeitura de Curitiba assinou nesta segunda-feira (19) convênio de cooperação técnica para implantar a primeira ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto. O projeto faz parte da proposta de Curitiba para o STAQ (Sustainable Transport and Air Quality), projeto regional financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
O presidente da Associação, Ailton Brasiliense, veio a Curitiba para formalizar o convênio, que foi feito apenas com mais duas cidades brasileiras, São Paulo e Belo Horizonte. Para Curitiba, serão doados US$ 2,1 milhões. O objetivo do projeto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de intervenções em meios de transporte sustentáveis e mais eficientes. A ANTP acompanhará a utilização dos recursos nos projetos solicitados pela cidade.
"Sozinha, Curitiba já é uma referência. Queremos mostrar para as demais cidades como é possível fazer. Queremos estimular que outras cidades possam promover mudanças necessárias para a busca de meios de transporte não motorizados e com a valorização do transporte coletivo", disse Brasiliense ao informar que entre 2005 e 2009, a frota de automóveis no Brasil cresceu 50%.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Cléver Almeida, informou que a ciclofaixa será implantada, numa primeira etapa, do viaduto da Linha Verde até o Terminal do Carmo, numa extensão de aproximadamente 4km. Mas antes das obras necessárias à implantação da primeira ciclofaixa de Curitiba, as pistas lentas da avenida Marechal Floriano Peixoto serão totalmente revitalizadas.
Esta obra será licitada e paga pela Prefeitura de Curitiba. Só depois disso, em 2011, será implantada a ciclofaixa, que será feita com recursos da doação do GEF. Numa segunda fase, a Marechal Floriano terá infraestrutura cicloviária do Terminal do Carmo até a divisa com São José dos Pinhais, numa extensão de 3,7km. Além da ciclofaixa, os recursos serão investidos na contratação de consultoria para o Plano Diretor Cicloviário de Curitiba.
Como será - A ciclofaixa deverá retirar da canaleta de ônibus os ciclistas que a utilizam em seus deslocamentos. Paralela à canaleta da Marechal Floriano Peixoto, do lado esquerdo da pista, ela oferecerá mais segurança no trânsito, já que serão evitados os conflitos causados pelas conversões à esquerda (que serão proibidas) e pelas guias rebaixadas, que estão do lado direito.
Com a ocupação do lado esquerdo, o estacionamento existente hoje ficará do lado direito, junto ao alinhamento predial. Feita com emulsão asfáltica de alta resistência na cor vermelha, motoristas, pedestres e ciclistas facilmente reconhecerão o espaço reservado aos ciclistas. A ciclofaixa também terá tachões, pictogramas no asfalto e placas indicativas.
A implantação da primeira ciclofaixa na Marechal Floriano Peixoto se deve às características da via e à proximidade com outros trechos da infraestrutura cicloviária existente - a ciclovia da Linha Verde e a da Aluízio Finzetto, formando uma rede, conceito que será aplicado na cidade sempre que uma nova facilidade para incentivar o uso da bicicleta for adotada.
"A partir desta experiência, outras ciclofaixas poderão ser implantadas", disse o presidente do Instituto. Atualmente, a infraestrutura cicloviária da cidade possui 100km de ciclovias e calçadas compartilhadas. "Nossa meta para médio prazo é saltar dos atuais 100km para 300km de infraestrutura cicloviária, o que abrangerá várias facilidades, e não apenas ciclovias", disse Almeida. Ele informou que o Plano Diretor Cicloviário, que estava previsto no Plano de Mobilidade, estuda ainda a localização de para-ciclos e bicicletários.

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Para especialistas, aumento da passagem em São Paulo, afasta a população do transporte público e coletivo

terça-feira, 22 de dezembro de 2009


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem, ao participar da Parada Disney, que o aumento da tarifa de ônibus para R$ 2,70, a partir do dia 4 de janeiro, está embasado em estudo e é compatível com a inflação. Ele afirmou que espera a compreensão da população sobre o reajuste.
O superintendente da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Marcos Bicalho, disse, porém, que a medida afasta a população do transporte público e coletivo. "Passa a ser mais vantajoso comprar um carro ou uma moto." Quem faz duas viagens de ônibus por dia gasta R$ 92 por mês. Em janeiro, serão R$ 108 - pouco menos do que a prestação de uma moto. Bicalho critica o valor. "Não conhecemos as variáveis, mas é possível dizer que R$ 2,70 é um valor alto para a população brasileira", disse.
Entre janeiro e fevereiro, as tarifas do Metrô, da CPTM e da EMTU, hoje em R$ 2,55, também serão reajustadas. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, para que os passageiros programem seus gastos, basta um cálculo com base no Índice de Preço ao Consumidor (IPC): tarifa entre R$ 2,60 e R$ 2,70.
Depois de três anos sem reajustes, a tarifa de ônibus em São Paulo passará de R$ 2,30 para R$ 2,70 a partir do dia 4 de janeiro. Os R$ 0,40 a mais representam aumento de 17,4%. De acordo com a tabela da ANTP, atualizada em outubro, São Paulo passa a ter uma das tarifas mais caras do País. Em outras capitais, o valor não supera R$ 2,50. Na sexta-feira à noite, o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, enviou ofício ao presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PR), com informações sobre o aumento. O comunicado é uma formalidade, porque a decisão não precisa de aprovação.
A Secretaria Municipal de Transportes informou ontem, em nota, que o preço da integração entre ônibus e transporte sobre trilhos vai subir dos atuais R$ 3,65 para R$ 4,00, também a partir do dia 4 de janeiro. No entanto, o texto não explica se esse novo valor considera os reajustes das passagens de metrô e trens, previstos para os meses de janeiro ou fevereiro.
Hoje, a tarifa do transporte sobre trilho custa R$ 2,55 e deve subir a R$ 2,60 ou R$ 2,70. A nota da Secretaria de Transportes explica que o período de viagem do bilhete único passa de duas para três horas, mas o passageiro só pode fazer uma viagem de trem ou metrô e outras quatro em ônibus municipais.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
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Piora avaliação dos corredores de ônibus em São Paulo

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A imagem dos corredores de ônibus na capital paulista piorou entre os anos de 2009 e 2010. O percentual de moradores da região metropolitana de São Paulo que avaliavam de forma ruim o transporte subiu de 21% para 23%, enquanto o índice dos que achavam os corredores excelentes ou bons caiu de 58% para 53%.

A constatação foi feita por uma pesquisa encomendada pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e divulgada na manhã desta quarta-feira (2) durante entrevista na sede Setpesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo), na avenida Paulista.

O objetivo do levantamento é mostrar qual é a imagem de cada meio de transporte para a população que o usa. A pesquisa foi feita no mês de novembro com 1.036 pessoas que vivem na capital e 1.034 que moram nas cidades que compõem a região metropolitana. Cada entrevistado deveria ter idade mínima de 16 anos e ter usado ônibus, metrô ou trens ao menos uma vez nos três meses anteriores ao levantamento.

Em relação a corredores específicos como o Expresso Tiradentes e Jabaquara/São Mateus, houve uma pequena queda nas avaliações boas, mas que ficaram dentro da margem de erro da pesquisa que é de dois pontos percentuais. Apesar da variação, os dois meios de transporte têm boa imagem perante mais de 70% dos entrevistados.

Metrô
A pesquisa mostrou também que o metrô continua sendo o meio de transporte com a melhor avaliação. Sendo que a população constatou melhorias em três das quatro linhas analisadas: Azul, Vermelha e Lilás.

Em relação aos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), houve também maior número de avaliações positivas e menor número de posições negativas.

Nesses dois casos, Maria Aparecida Toledo, diretora de pesquisa da Toledo & Associados, empresa que executou o levantamento, admite que a exaustiva propaganda da expansão das linhas durante o ano eleitoral de 2010 podem ter influenciado na avaliação da população.

Ônibus
Já com relação aos ônibus da capital, houve também um grande aumento das avaliações positivas, passado de 50% para 59%. Como neste caso não houve muita propaganda por parte da Prefeitura de São Paulo, o presidente da ANTP, Ailton Brasiliense, diz que esse resultado pode ser reflexo do aumento do número de passageiros atraídos pelos benefícios do bilhete único e melhora da situação econômica da região.

- Se a pessoa que andava a pé passa a andar de ônibus, ela vai achar o ônibus melhor.

A mesma melhora da imagem ocorreu em relação aos micro-ônibus municipais e também, de maneira geral, com os coletivos metropolitanos.

Lotação
Os entrevistados também foram questionado sobre os aspectos ruins e bons dos meios de transportes, sendo que 46% disseram que a lotação é o maior problema. Já ponto positivo, citado por 45%, foi a rapidez.

A conclusão da pesquisa é de que a população vê os esforços que estão sendo feitos para melhorar os transportes na região metropolitana, mas nota que ainda precisa funcionar melhor, ter mais conforto e disponibilidade.

Fonte: R7.com

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Presidente da ANTP critica modelo de transporte do Brasil

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"A velocidade média dos ônibus nas grandes capitais é menor do que a de uma carroça". Esta é a afirmação do presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense Pires, que estará em Salvador para participar do 'Fórum Mobilidade Urbana: desafios e soluções', no próximo dia 20 de novembro, no Hotel Fiesta. Em entrevista ao iBahia, o gestor defende urgência na mudança das políticas públicas de transporte no Brasil e fará palestra sobre reorganização das cidades.

Podemos dizer que há uma opção das grandes cidades pelo transporte individual em detrimento do transporte púbico? 
Tem sido prática dos governantes do executivo brasileiro - seja em esfera federal, estadual ou municipal - favorecer a implantação do automóvel no país. Seja pelo controle do preço do combustível, redução de impostos para compra de novos carros, criação de novas vias e locais para estacionamento. Um dado que exemplifica isso é a redução da malha ferroviária brasileira em 40% em apenas 50 anos, uma mudança implementada já desde o século XX.  Essa política está diretamente ligada "à cultura do status de se ter um carro", uma idéia divulgada até mesmo pelos meios de comunicação.

O transporte individual, em suas palavras, é antieconômico. Por quê? 
Andar de carro é de quatro a cinco vezes mais caro do que o custo que temos simplesmente com o combustível, mas na hora de escolher não levamos em conta custos como estacionamento, seguro, IPVA. Claro que isso não é muito relevante para classes A e B, mas o que vemos são pessoas das classes C e D comprometendo boa parte da renda com o carro e deixando de pagar, por exemplo, um plano de saúde ou escolas melhores. Temos que pensar em pelo menos reduzir o uso do carro. 

Quais os prejuízos de se priorizar o transporte particular motorizado?
É importante lembrar que a baixa velocidade do ônibus é uma das responsáveis pelas altas tarifas praticadas. Então, se temos um sistema que prioriza o transporte individual, isso aumentará o valor da passagem, com certeza. Hoje, a velocidade média do ônibus nas capitais brasileiras é de 14 km/ h, ou seja, uma carroça vai mais rápido. Precisamos elevar essa velocidade para, pelo menos, 20 km/ h para ter um sistema viável. Não sou contra o carro, mas o transporte público tem que ter prioridade pelo simples motivo de que ele tem maior capacidade de transportar pessoas.

Informações: iBahia.com

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Entrevista com o presidente da ANTP, Ailton Pires: ''Transporte público oferecido hoje é lixo''

terça-feira, 21 de abril de 2009


Para o presidente da ANTP, Ailton Pires, a solução para os problemas de trânsito enfrentados hoje pelas grandes cidades passa por uma mudança cultural e também pela melhoria do transporte público. ´O desafio é transportar mais pessoas no mesmo espaço´, diz

Quais os principais desafios dos gestores de trânsito no Brasil?
A característica geral das questões que envolvem os problemas do trânsito passam pelo fato de que somos uma sociedade com uma cultura insuficiente. Isso não tem nos permitido trabalhar com o planejamento urbano. Temos, evidentemente, algumas cidades brasileiras que tiveram planejamento, como é o caso de Londrina, Goiânia, Belo Horizonte, Maringá e Palmas. Nestas poucas cidades, se fez um projeto dentro de um limite.

Mas há muito tempo esse limite foi ultrapassado, não?

Belo Horizonte foi feita para cem mil habitantes. Por enquanto, eles erraram em 25 vezes, pelo menos. Houve um planejamento e se imaginou uma obediência às poucas regras que havia, mas tivemos um crescimento populacional muito grande e não tivemos a cultura do respeito ao planejamento. Você tem cidades que, entre outras coisas, são caras. À medida em que a cidade vai inchando, eu continuo construindo na área central empreendimentos de todos os tipos: escolas, comércio, serviços, lazer, saúde. E, ao mesmo tempo em que eu vou valorizando esta parte da cidade, eu vou expulsando os mais pobres. É a nossa periferia, quanto mais longe mais pobre. O transporte público, desta forma, acaba sendo um dos aspectos mais penalizados. Você acaba fazendo com que o cidadão mais pobre more mais longe. Como a cidade não cresceu, ela inchou, você não tem um sistema viário amarrado para que haja uma mobilidade adequada. Com isso, você tem viagens mais longas e um trânsito ruim, sem priorizar o transporte coletivo, uma velocidade menor, um tempo de viagem maior e um custo maior. Ou seja, o mais pobre paga mais. Basta comparar a São Paulo de 1950 com a de hoje: a tarifa é três vezes mais alta. Um dos motivos é que as distâncias estão seis vezes maiores que antes.

A que se deve essa mania de importar soluções?

Primeiro, porque quem traz essas idéias são as classes mais altas. Essas pessoas odeiam ficar no transporte público, odeia congestionamento. Elas querem privilégios. Mas eu quero saber se elas topam pagar por esses privilégios. Não, elas querem que o Estado e todos os demais paguem pelos privilégios delas. É uma atitude ao mesmo temo ingênua e sacana. Vai ser implantado o pedágio urbano no Brasil? Talvez um dia e em pouquíssimas cidades. Primeiro porque é caríssimo e segundo porque a cidade não tem nenhum planejamento urbano. E quais são as alternativas? Primeiro, as classes A e B jamais utilizarão o transporte público. Pode cobrar o que quiser delas. Então, estamos discutindo uma coisa que é para as classes C, D e E. Esses todos podem vir para o transporte público. Só que sem conforto, confiabilidade, regularidade, ele não virá. Depois que um cidadão compra um automóvel, a probabilidade dele voltar para o transporte coletivo é muito pequena. Portanto, as classes A e B vão continuar usando (carro). Estaremos apenas encarecendo o deslocamento das outras classes, não estamos trabalhando a questão do uso do solo, continuamos deixando pólos geradores de tráfego serem construídos em locais saturados e não fazemos a mínima análise do que representam determinadas incorporações imobiliárias em alguns lugares. Resultado mágico é uma coisa que não existe.
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