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Aeromóvel que liga Aeroporto de Guarulhos ao sistema de trens de SP entra em operação até julho

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Em alguns meses, os passageiros que viajarem pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, poderão chegar até lá por meio de um aeromóvel que viajará a até 11 metros de altura. O transporte, chamado de "people mover", terá dois vagões com capacidade para 200 pessoas, em um trajeto de 2,7 quilômetros.
A obra, que teve início no governo passado, entrou no roteiro de visita de obras paulistas de ministros do presidente Lula, neste sábado, com ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha; ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; e o ministro de Transportes, Renan Filho. A previsão é que o aeromóvel comece a operar até julho deste ano.

— O aeromóvel será fundamental para melhorarmos a mobilidade urbana de Guarulhos — destacou Silvio Costa, que acrescentou que o governo estuda a criação de um novo aeroporto em São Paulo para melhorar "o volume de investimentos no estado".

Orçada inicialmente em R$ 272 milhões, a obra deverá custar pouco mais de R$ 300 milhões, vindos de recursos federais e privados. O projeto foi fruto de um termo aditivo ao contrato de concessão do aeroporto de Guarulhos, firmado quando o agora governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era ministro da Infraestrutura do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Como funciona o "people mover" de Guarulhos
O objetivo do aeromóvel é fornecer uma ligação direta entre os trens da CPTM e o aeroporto, que é o mais movimentado do país. Hoje, a estação de trem mais próxima dos terminais está a 2,5 km de distância. Quem vai ao Aeroporto de transporte público precisa pegar um ônibus operado pela concessionária GRU Airport, o que deixará de ser necessário com o "people mover".

Com capacidade de transportar 2 mil pessoas por hora, o aeromóvel contará com duas composições com capacidade de até 200 passageiros cada uma. O trajeto da CPTM até os três terminais levará seis minutos e será operado pelo AeroGRU – formado pelas empresas AEROM, HTB, FBS, e TS Infraestrutura – pelos próximos dez anos.

O sistema, que irá substituir os ônibus gratuitos que hoje ligam a CPTM aos terminais, é operado de forma automatizada por uma central de comando. Uma das vantagens é o baixo consumo energético, além da não emissão de poluentes, como o CO2.

Tecnologia de propulsão e início gradual
A tecnologia, que foi desenvolvida no Brasil e já opera no Aeroporto de Porto Alegre, faz o transporte dos vagões com um sistema automatizado de propulsão pneumática, que cria uma espécie "colchão de ar" ao longo da via, responsável pelo movimento do trem.

— É um sistema com apelo ambiental, porque do ponto de vista energético é muito eficiente, com gasto de 80% menos de energia.— diz Marcus Coester, CEO da Aerom, que lidera o consórcio.

Coester explica que a construção da infraestrutura do aeromóvel "está praticamente concluída". A próxima etapa do projeto, explica ele, é a de comissionamento, que envolve a integração de oito subsistemas que compõem o transporte, como o de propulsão e o elétrico.

O projeto chegou a ser previsto para o primeiro trimestre deste ano, mas foi adiado para ser entregue até a metade de 2024. A operação, explica Coester, vai começar de forma gradual, primeiro com horário limitado e velocidade menor para, depois, chegar à capacidade total.

Informações: O Globo

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São Paulo 470 anos: os transportes que impulsionaram o progresso da cidade

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Metrópole pulsante e diversificada, a cidade de São Paulo, a maior da América Latina, tem suas raízes entrelaçadas com a evolução da história de seus sistemas de transporte. Desde os primeiros bondes, puxados por tração animal no século 19, às modernas redes de trem, metrô e ônibus, os transportes desempenharam – e ainda desempenham – um papel fundamental no desenvolvimento e na transformação desta megalópole ao longo dos anos.

Com o crescimento exponencial da população metropolitana, as empresas vinculadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) – CPTM, EMTU e Metrô – assumiram um papel crucial no sistema de transporte de toda a região metropolitana de São Paulo, auxiliando os passageiros em seus deslocamentos diários para o trabalho, estudo ou passeio.

“A narrativa de São Paulo está em constante evolução e, à medida que avança, os transportes metropolitanos compõem a espinha dorsal da vibrante tapeçaria urbana da capital. Estamos comprometidos em expandir e investir em soluções inovadoras para tornar o transporte cada vez mais eficiente, inclusivo e sustentável, construindo, assim, um futuro mais acessível e conectado para a cidade”, afirma Marco Antonio Assalve, Secretário dos Transportes Metropolitanos.

Neste 25 de janeiro, data em que São Paulo completa 470 anos, a STM relembra que os transportes fazem parte da jornada histórica da capital e auxiliaram no desenvolvimento, urbanização e modernização da cidade.

Paradas nada óbvias que são a cara da cidade

1) Estação Água Branca – CPTM
Na Zona Oeste da cidade, a estação Água Branca atualmente faz parte da Linha 7-Rubi da CPTM. A parada foi aberta em 1867 na inauguração da ferrovia Santos-Jundiaí pela São Paulo Railway. No começo do século 20, a estação foi fundamental para o processo de industrialização da região, que está localizada próxima a complexos industriais.

2) Estação Vila Mariana – Metrô
A estação Vila Mariana, localizada na Zona Sul da cidade, foi a primeira a ser inaugurada da Linha 1-Azul do Metrô no dia 14 de setembro de 1974. Durante cinco meses, ela foi a primeira linha construída pelo Metrô de São Paulo. Sua inauguração representou uma verdadeira revolução no transporte público, aliviando a pressão sobre as vias congestionadas e conectando bairros de maneira eficiente. Ao longo das décadas, o sistema de trilhos evoluiu, expandiu suas linhas até a região metropolitana – por meio de conexões com a CPTM, por exemplo – e desempenhou um papel crucial na mobilidade urbana.

3) Terminal Jabaquara – EMTU
Também na Zona Sul, o Terminal Metropolitano Jabaquara, administrado pela EMTU, faz parte do Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara (Corredor ABD) e recebe linhas que transportam mensalmente mais de 2 milhões de passageiros da região do ABC para a capital. Um dos principais meios de locomoção para os moradores das cidades do ABC para São Paulo, ele trouxe flexibilidade ao sistema e moldou a dinâmica da cidade, influenciando diretamente a expansão urbana na região metropolitana.

Curiosidades da mobilidade paulistana

Além de estações e terminais que participaram do desenvolvimento da capital paulista, as empresas vinculadas à STM possuem algumas curiosidades ligadas ao aniversário da cidade:

1. Sé: um presente para a cidade
Cartão-postal de São Paulo e estação mais movimentada do sistema, a Sé teve sua inauguração técnica realizada em 25 de janeiro de 1978. Porém, a inauguração oficial da estação, que conecta as linhas 1-Azul e 3-Vermelha, foi no dia 17 fevereiro do mesmo ano – foi só a partir dessa data que os passageiros começaram a utilizá-la.

2. Linha 2-Verde: a linha paulistana
Além de passar pelos principais pontos da Av. Paulista, uma das mais famosas da cidade, a Linha 2-Verde foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1991. Portanto, a linha que liga os passageiros da Zona Leste até a Zona Oeste também faz aniversário nesta quinta-feira (25). Na época em que foi inaugurada, a linha contava com 2,9 quilômetros de extensão e quatro estações. Hoje, ela possui 14,7 quilômetros e 14 estações e segue em expansão.

3. Frases paulistanas
Tanto que o transporte metropolitano faz parte do dia a dia do cidadão, que algumas frases bem típicas dos transportes fazem parte do jargão diário paulistano. Exemplos disso são: “te encontro na catraca”, “já carregou o bilhete (de transporte)?”, “deixe a esquerda (da escada rolante) livre, por favor” e “sabe se o ônibus já passou?”.

Secretaria dos Transportes Metropolitanos
A STM cuida diariamente do transporte de 8,5 milhões de passageiros, na média dos dias úteis. São passageiros que usam os ônibus gerenciados pela EMTU, além dos trens do Metrô, da CPTM e das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, estas quatro últimas concedidas à iniciativa privada. A Estrada de Ferro Campos do Jordão, no interior do Estado, também é responsabilidade da STM.

Informações: Governo de São Paulo

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Trem para terminais de Guarulhos deve ser entregue em junho

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Em uma solução aguardada pelos passageiros que utilizam a Linha 13-Jade, a conexão ferroviária aos terminais do Aeroporto de Guarulhos está prestes a se tornar uma realidade. A previsão é de que o “automated people mover,” uma espécie de monotrilho, seja entregue até o final de junho deste ano.

A ausência da Linha 13 nos terminais sempre foi motivo de debate, com os passageiros enfrentando a inconveniência de depender de ônibus fornecidos pela concessionária para chegar às áreas de embarque e desembarque em Cumbica.

Segundo passageiros entrevistados pelo GWeb, isso não apenas gera desconforto, mas também resulta em aumentos no tempo de viagem.

A controvérsia em torno da última estação surgiu quando a área foi designada à GRU Airport após a concessão do Aeroporto Internacional.

A concessionária tinha planos específicos para o local, como a construção de um hotel ou centro comercial, impedindo a aproximação dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Após intensas negociações entre o governo federal e a GRU Airport, chegou-se a um acordo em que os R$ 272 milhões necessários para a implementação do “people mover” seriam financiados pela própria concessionária, utilizando parte da outorga destinada ao governo pela concessão do aeroporto.

O anúncio do início das obras foi feito em julho de 2022, com a única contribuição do governo estadual, na época sob a gestão do ex-governador João Doria, sendo uma renúncia fiscal de aproximadamente R$ 16 milhões.

Apesar de inicialmente cogitada para ser entregue no primeiro trimestre deste ano, a concessionária indica que a conclusão e a entrada em operação do “people mover” estão programadas para o final de junho.

Como será a operação
Atualmente, o transporte é feito por ônibus gratuitos que partem da Estação Aeroporto-Guarulhos da Linha 13-Jade da CPTM e levam cerca de 10 minutos até o terminal mais próximo, obrigando passageiros a subirem e descerem escadas rolantes, muitas vezes carregando malas.

O monotrilho terá uma estação em cada terminal de embarque do aeroporto e o tempo de viagem deverá cair para cerca de seis minutos ao longo dos 2,7 km do trajeto. O tempo máximo de espera também deverá ser de seis minutos.

Serão dois veículos em operação e um reserva, com capacidade para levar até 200 pessoas por viagem cada um. Ao todo, o “people mover” deverá transportar cerca de 4.000 passageiros por hora — 2.000 em cada sentido de direção.

O monotrilho é totalmente automatizado — não terá condutor, como os trens metropolitanos de São Paulo, por exemplo.

Informações: GuarulhosWeb

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CPTM emite 24 mil cartões de transporte para trabalhadores desempregados em 2023

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

A CPTM registrou um aumento de 9% no número de pessoas beneficiadas com a emissão da Credencial para Trabalhadores Desempregados em 2023, na comparação com os dados de 2022. O benefício, emitido para pessoas desempregadas há mais de 30 dias e no máximo de 180 dias, garante acesso integrado gratuito à CPTM e ao Metrô.

Em 2023, foram emitidas 24.446 mil credenciais, o que equivale a uma média de 2 mil cartões entregues por mês. Neste período, foram registrados 591.887 mil embarques com a gratuidade do desempregado. Ao longo de 2022, foram emitidas 22.376 credenciais e 539.508 embarques com a credencial de gratuidade do trabalhador desempregado.

“Esse é um benefício social para ajudar os profissionais nos deslocamentos de trem e metrô durante a busca por uma nova colocação. Por isso, quem possui a gratuidade da credencial pode utilizar todos os dias para cumprir os compromissos com entrevistas e processos seletivos dentro de um período de 90 dias”, explica Viviane Citroni Vizioni, chefe do Departamento de Relacionamento com Passageiro da CPTM

O serviço de atendimento para solicitar o benefício é realizado somente no posto da CPTM, localizado na Estação Palmeiras-Barra Funda (Linha 7-Rubi), de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, exceto feriados.

Para requerer o benefício, que é pessoal e intransferível, é preciso apresentar no posto os documentos RG, CPF, a rescisão do contrato de trabalho (último emprego) e a carteira de trabalho, física ou digital, constando a baixa no último emprego. As credenciais são válidas por 90 dias não renováveis e são distribuídas aos trabalhadores demitidos há, no mínimo, 30 dias.

Para acessar a CPTM e o Metrô, os passageiros deverão apresentar a credencial e a carteira de trabalho nos bloqueios para os funcionários.

Os passageiros podem obter informações pela Central de Relacionamento (0800 055 0121), WhatsApp (11 99767-7030) e pelo site https://www.cptm.sp.gov.br.

Informações: Governo de São Paulo

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Estudantes protestam contra alta na tarifa do transporte por trilhos

Diversas pessoas se reuniram nesta quinta-feira (4), na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o aumento no preço das tarifas de transporte coletivo sobre trilhos, decretado pelo governador Tarcísio de Freitas.

O ato ocorreu sob forte chuva. Mesmo assim, os manifestantes decidiram caminhar do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, até a Praça Roosevelt, no centro da capital. Desde a última segunda-feira (1º), a população de São Paulo paga mais caro para utilizar o Metrô e os trens metropolitanos. As passagens subiram de R$ 4,40 para R$ 5.


O aumento, no entanto, não ocorreu nos ônibus, que são administrados pela prefeitura de São Paulo. Nos ônibus da capital paulista, o preço das passagens foi mantido em R$ 4,40. A prefeitura também anunciou gratuidade para esse tipo de transporte aos domingos.

“Contra a tarifa eu vou lutar. Sou estudante e São Paulo vai parar”, cantaram os manifestantes, a maior parte formada por estudantes. “Ei, Tarcísio, deixa eu te falar. Ou abaixa a tarifa ou São Paulo vai parar”, gritaram.

Tentativa de privatização
Para os manifestantes, o aumento da tarifa em São Paulo está aliado a uma tentativa do governador de São Paulo de privatizar o transporte público. “O ato de hoje é uma manifestação contra o aumento da tarifa e pelo passe livre”, disse Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Somos também contra a privatização de um espaço que é público. O transporte deve ser público. Ele deve ser acessado por toda a população não só para ir à universidade, mas para ter direito à cidade. A privatização, além de sucatear um serviço de transporte que é público, também faz com que as pessoas não tenham acesso à cidade. E sabemos que, com a privatização, as tarifas vão aumentar”, acrescentou Ferreira, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Sofia Rocha, dirigente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo (DCE Livre Alexandre Vannucchi Leme), o ato de hoje tem também várias outras bandeiras. “Estamos retomando também as pautas de 2013 como o passe livre e a tarifa zero para os trabalhadores”, argumentou.

Segundo os manifestantes, o aumento na tarifa provoca uma série de problemas, entre eles, o crescimento da evasão escolar. “A gente sabe que a evasão hoje está institucionalizada. E nós, da UNE, defendemos o passe livre e entendemos que ele é um avanço nesse processo. A falta de assistência estudantil e de políticas efetivas nesse cenário faz com que se amplie agora a luta pelo passe livre não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. O aumento da tarifa em São Paulo foi significativo. Foi um aumento de R$ 0,60 e isso não é fácil. No final do mês, é ali que iria o seu almoço da semana, é ali que iria o seu lanche no intervalo das aulas. Sabemos que isso vai influenciar e muito [no aumentou da evasão escolar]”, protestou Ferreira.

Para Sofia, os mais prejudicados com esse aumento são os estudantes mais pobres. “Ele prejudica claramente os estudantes mais vulnerabilizados. Um estudante precisa se locomover para ir para a universidade ou para a escola. Esse aumento na tarifa é pesado para o bolso. Então, é fundamental estar nessa luta”, finalizou.

Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não se manifestou sobre o protesto.

Por Kleber Sampaio
Informações: Agencia Brasil EBC

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São Paulo terá nova estação de trem e mais faixa azul em 2024

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Debaixo do solo, a cidade de São Paulo tem três tuneladoras popularmente chamadas de "tatuzões", que constroem os túneis do metrô em atividade simultânea, cavando o trajeto de duas linhas. Na superfície, prioridade para a pintura de novas faixas azuis para motociclistas e uma estagnação nas obras de corredores de ônibus.

O ano de 2024 deve ter inaugurações pontuais no transporte público. Vivendo uma expansão do transporte sobre trilhos, o estado terá uma nova estação de trem, uma nova linha de VLT (veículo leve sobre trilhos), um novo trecho ferroviário e um corredor de ônibus metropolitano.

Além disso, na área de infraestrutura, deve inaugurar uma ligação rodoviária num dos maiores gargalos de trânsito do litoral.

Já a administração municipal, que passará por eleições no próximo ano, mantém o foco no transporte individual. Além de um plano bilionário de recapeamento de ruas e avenidas, a prefeitura pretende mais que dobrar a quilometragem de vias exclusivas para motociclistas, e acelerar a implantação de ciclovias e ciclofaixas.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) já desistiu de entregar quatro terminais de ônibus e dois corredores de BRT neste mandato. Atualmente, apenas um corredor exclusivo para o transporte público está em construção pelo município, entre Itaquera e Cidade Líder, na zona leste (e não ficará pronto até o fim do ano).

Para o engenheiro Sergio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes pela Escola Politécnica da USP, a redução da frota de ônibus na cidade após a pandemia causa um ciclo de piora na mobilidade da cidade, provocando uma preferência por transporte individual, que tem menos fluidez e índice de mortes maior no trânsito.

"O ônibus não está atendendo ao anseio legítimo da população, de esperar um tempo razoável e não encontrar um veículo superlotado, e perde cada vez mais passageiros", diz Ejzenberg. "Esse pessoal vai para onde? Migra para a moto, para a bicicleta, vai para carro. E todos esses modais são muito mais perigosos do que o ônibus, então nós estamos subvertendo a matriz de mobilidade em São Paulo."

Já sobre a perspectiva da abertura de editais para a construção de novas linhas de metrô e trem, como é a intenção do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ejzenberg diz que 2024 pode ser um ano decisivo. "Se ele fizer isso com uma boa regulação, com uma agência reguladora boa, com contratos bem feitos e fiscalizar direito, tem chance de funcionar", diz o engenheiro.

ESTAÇÃO VARGINHA
A linha de trem 9-esmeralda, hoje administrada pela concessionária ViaMobilidade, ganhará um novo ponto de parada no primeiro semestre do ano. A estação Varginha ficará se tornará o ponto mais ao sul do sistema metroferroviário da capital, a cerca de 4,5 quilômetros da estação Grajaú.

Ao lado da estação, está prevista a construção de um terminal de ônibus até 2025. A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) prevê que a estação atenderá 52 mil passageiros por dia. A maioria deve vir a partir da integração com o sistema municipal de ônibus.

Desde que as obras da extensão da linha tiveram início, em 2013, a previsão de inauguração foi atrasada algumas vezes. Inicialmente, a CPTM estimava que a estação estaria pronta em 2022, e postergar a entrega duas vezes ao longo de 2023. O mesmo local já teve uma estação da linha sul da Fepasa, antiga estatal paulista de transporte ferroviário.

VLT DE SANTOS
O VLT de Santos deve ganhar 14 novas estações e oito quilômetros de extensão com a inauguração da sua linha 2. A previsão é que ela seja entregue até julho de 2024.

Inaugurada em 2015, a primeira linha do "bondinho" hoje já conecta o município São Vicente ao centro histórico de Santos. Com sete novos trens, e capacidade para 400 pessoas em cada composição, a expectativa é que a nova linha deve adicionar mais 35 mil passageiros ao sistema.

Além disso, a nova linha passará por locais com grande circulação de pessoas, como o Mercado Municipal e o terminal de ônibus do Valongo.

LINHA 11-CORAL
A mais movimentada das linhas da CPTM, que conecta a região do Alto Tietê à capital através da zona leste, ganhará seu primeiro trecho novo desde que começou a ser operada pela companhia em 1994. A chegada da 11-coral à Barra Funda está prevista para o segundo semestre do ano.

O plano foi anunciado pelo governo estadual em meados de 2023, quando também se soube que o Expresso Aeroporto que conecta o centro de São Paulo a Guarulhos— partiria da Barra Funda. Uma das linhas férreas mais antigas do Brasil, com origem na década de 1890, a 11-coral hoje transporta cerca de 700 mil pessoas diariamente.

CONTORNOS DA TAMOIOS
Uma obra que teve início há dez anos para desafogar um dos maiores gargalos de trânsito do litoral paulista deve ser entregue até novembro de 2024. São os contornos da rodovia dos Tamoios em Caraguatatuba e São Sebastião.

A obra evitará que os motoristas precisem passar por dentro das cidades para seguir caminho em direção ao litoral sul ou a Ubatuba. Um pequeno trecho, no sentido norte, foi aberto em dezembro.

As rodovias de contorno terão 12 quilômetros de túneis —são cinco, sendo que um deles terá mais de 5 quilômetros e mais de 40 obras de pontes e viadutos.

FAIXA AZUL
A prefeitura terá de implantar cerca de 110 quilômetros de faixa azul para motocicletas em 12 meses para cumprir a meta do projeto, principal vitrine da gestão Nunes na área de mobilidade. É mais do que foi feito em quase dois anos.

Para alcançar a metragem prometida de 200 quilômetros no total, porém, a prefeitura depende de mais autorizações da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). A sinalização do corredor exclusivo para motos não está prevista no Código de Trânsito Brasileiro, e por isso precisa de anuência do órgão nacional para cada metro novo de faixa.

A inovação tornou-se bandeira de Nunes pois até agora, segundo a prefeitura, não houve nenhuma morte nesses corredores. A cidade tem pouco menos de 90 quilômetros de faixa azul distribuídos por todas as regiões. Mais da metade foi implantada nos últimos três meses.

A gestão municipal já implantou todas faixas autorizadas e agora aguarda resposta para um pedido para pintar outros 120 quilômetros de faixa azul na cidade.

PLANO CICLOVIÁRIO
A capital paulista tem 722 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, a maior malha do tipo no Brasil. A prefeitura tem como meta ultrapassar os mil quilômetros, o que significa implantar oito vezes mais em relação ao que já foi feito desde o início da gestão Nunes, e na metade do tempo.

A meta está abaixo do que estipulou o Plano Cicloviário da cidade. Um novo planejamento da administração municipal para as bicicletas foi apresentado em agosto deste ano. Desde então, a malha cicloviária permaneceu do mesmo tamanho.

CORREDOR ITAPEVI
No oeste da região metropolitana de São Paulo, uma das maiores obras da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) vai ganhar um pequeno trecho novo. O Corredor Metropolitano Itapevi deve chegar a Carapicuíba e Osasco, numa extensão de 2,2 quilômetros.

As obras do corredor tiveram início há 12 anos e até hoje apenas a ligação entre Jandira e Itapevi foi inaugurada, em 2018. Faltam mais de 17 quilômetros para que o empreendimento seja completo, com custo total estimado em R$ 457 milhões. A estimativa é que, quando chegar a sua extensão total, o corredor atenderá 90 mil passageiros por dia.

ÔNIBUS AQUÁTICO
Em 2024, a prefeitura também pretende inaugurar o primeiro transporte público hidroviário de São Paulo, nas águas da represa Billings. Serão duas embarcações, cada uma com capacidade para 60 passageiros, num trajeto que deve demorar cerca de 25 minutos ao todo, contando o embarque, a travessia e o desembarque.

Após ter anunciado o projeto para outubro de 2023, a gestão municipal agora não confirma mais a data de inauguração da linha aquática. Diz apenas que "o projeto consta no Programa de Metas 2021-2024"

Informações: GazetaSP



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Tarifa de ônibus aumenta e vai a R$ 5,80 no Corredor ABD

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O governo de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (27/12) as novas tarifas para os ônibus intermunicipais da EMTU. O reajuste médio foi de 13,64% e passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2024.


O preço das passagens varia de acordo com o percurso e o serviço oferecido pela EMTU – se é um ônibus do tipo comum ou corredor, por exemplo.

No caso das linhas do chamado Corredor ABD, que passam pela capital paulista e pelos municípios de Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, a tarifa vai aumentar de R$ 5,10 para R$ 5,80.

A lista completa com o preço das passagens em todas as linhas está disponível no site da EMTU (clique neste link para conferir).

Desde 2020, as tarifas das linhas intermunicipais da EMTU não eram reajustadas. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) justifica o aumento com base na elevação de custos como o dos combustíveis, da energia elétrica e da mão de obra do setor.

Inflação
Segundo a EMTU, o percentual de reajuste está abaixo da inflação acumulada para o período.

A subida no preço das passagens acontece ao mesmo tempo do aumento nas tarifas de metrô e trem, que irão para R$ 5 a partir do próximo ano.

Já na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu não acompanhar o governo estadual e manteve as passagens de ônibus municipais em R$ 4,40.

Os aumentos anunciados por Tarcísio incomodaram o emedebista, que tentará a reeleição no próximo ano e tinha acabado de divulgar a gratuidade no transporte municipal aos domingos.

Informações: Metropoles

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