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Setor de transporte mostra preocupação com a escalada de preços dos combustíveis

domingo, 24 de outubro de 2021


A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos — NTU se manifestou publicamente, esta semana, contra o novo reajuste do óleo diesel. O setor de transporte coletivo urbano expressou profunda preocupação com a escalada de preços dos combustíveis, em especial do diesel, que move a frota nacional de ônibus urbanos e de caráter urbano e é um insumo fundamental para a prestação desse serviço essencial à população brasileira e à economia do Brasil.

Segundo a Associação, o diesel responde em média por 26,6% do custo total das empresas operadoras e como os reajustes aplicados ao diesel este ano representam uma alta acumulada de 51% no preço do combustível, o impacto direto no custo das empresas operadoras do transporte público por ônibus urbano é de 13,5%, o que deve ser repassado, de imediato, para as tarifas públicas naqueles sistemas de transporte que não têm subvenção pública.

O presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, afirma que a alta do diesel nos níveis atuais compromete de forma irreversível a recuperação do setor de transporte público, que registra prejuízo de mais de R$ 16,7 bilhões acumulado no período de março de 2020 a junho de 2021, em função da queda da demanda de passageiros pagantes, resultado das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia da covid-19.

“A crise já custou mais de 87 mil postos de trabalho no setor e levou à interrupção definitiva das atividades de 36 empresas operadoras”, declara o presidente.

A NTU apela ao governo federal, aos governadores dos estados e à direção da Petrobras no sentido de que haja uma solução compartilhada para essa questão, que conduza à uma nova política de preços, capaz de equacionar o preço do diesel e demais combustíveis de forma efetiva e permanente.

“Só assim será possível evitar altas expressivas e sucessivas, que comprometem a prestação de serviços públicos, geram impactos inflacionários e afetam negativamente todos os brasileiros, em especial os mais vulneráveis”, afirma Otávio Cunha.

Segundo Armando Guerra Júnior, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), o novo reajuste do diesel vem pressionar ainda mais o setor de ônibus, que já vive, no Rio, sob um cenário de esgotamento econômico-financeiro devido ao aumento dos custos de operação nos últimos três anos, e sem que houvesse uma compensação tarifária adequada.

“As seguidas elevações no preço do diesel impossibilitam a recuperação do setor, que somente no estado do Rio de Janeiro já registra prejuízo superior a R$ 2 bilhões desde o início da pandemia. A crise já custou mais de 20 mil postos de trabalho entre rodoviários do Estado e causou a interrupção definitiva das atividades de 16 empresas operadoras, levando outras 13 e mais dois consórcios operacionais à recuperação judicial”, afirma Armando Guerra Júnior.

Informações: NTU

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Frota de Salvador ganha mais 70 ônibus com ar-condicionado

sábado, 9 de outubro de 2021


Mais 70 novos ônibus climatizados vão integrar a frota do transporte coletivo de Salvador a partir desta semana. Os veículos foram apresentados em cerimônia realizada nesta terça-feira (5), na área ao lado do Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio, com as presenças do prefeito Bruno Reis e do secretário de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller.

Do total, 40 unidades serão operadas pela empresa OTTrans e as outras 30 pela Plataforma. Os veículos, que ainda possuem acessibilidade e são equipados com motor Euro 5, que emite menos poluentes na atmosfera, vão atender a chamada Bacia C, englobando a região da Estação Mussurunga e orla e que, anteriormente, era operada pela antiga concessionária CSN. Atualmente, 199 ônibus com ar-condicionado circulam na capital baiana.

A operação desses 70 veículos – de um total de 169 que chegarão à cidade ainda este mês – começará a partir de quinta-feira (7), após realização de todos os ajustes necessários para circulação. Dentre os itens estão padrões de emplacamento, instalação das câmeras de monitoramento, GPS, validador, programação visual de placas de itinerário frontal e lateral, adesivo com valor da tarifa, adesivo de ponto cego e adesivação interna de assentos preferenciais.

O prefeito destacou que, durante o ano de 2020, o maior desafio, além da pandemia, foi o transporte público. “De janeiro para cá, tomamos uma difícil decisão sobre a intervenção na CSN. E, após chegar a um acordo, saímos da intervenção para a execução direta. É difícil uma Prefeitura realizar uma intervenção direta e execução de parte do sistema de transporte. Tivemos que comprar peças para manutenção e combustíveis. Nenhuma empresa tinha interesse em assumir a gestão da Bacia C, devido ao risco de sucessão empresarial e do passivo na ordem de R$400 milhões. Com isso, durante seis meses assumimos a execução direta, até que, na última semana, depois de afastado o risco de sucessão empresarial, distribuímos as linhas para os outros dois consórcios. Precisávamos oferecer condições melhores aos moradores dessa área da cidade, pois foram os mais prejudicados pela crise da CSN”, relatou Bruno Reis.

Renovação e esforço – A entrega dá continuidade à política de renovação da frota de ônibus com ar-condicionado na cidade. Os 169 veículos que, até o fim de outubro, estarão circulando em Salvador vão corresponder a 37% da frota climatizada. O chefe do Executivo municipal ainda ressaltou o esforço realizado por Salvador em comparação a outras cidades do país, que também enfrentam crise no transporte público agravado pela pandemia de Covid-19.

“Fazer a troca de 169 ônibus não é fácil. Nenhuma outra cidade no Brasil adquiriu tantos ônibus como Salvador está fazendo. No Brasil houve mais de 300 movimentos de paralisação e greve de rodoviários por falta de ajustes ou salários. Em linhas gerais, o diesel aumentou 80% este ano, os insumos que compõem a manutenção dos veículos aumentaram de forma exponencial. Até o custo dos próprios ônibus aumentou. Também ocorreu queda no número de passageiros transportados. Até 2020, Salvador transportava 28 milhões de passageiros. Na pandemia foram 10,8 milhões. Agora que a Covid-19 está passando, subimos para 17 milhões de passageiros”, informou Bruno Reis.

Além dos novos ônibus, os consórcios alugaram 150 veículos usados que já estão circulando na cidade, substituindo os ônibus da antiga CSN. As duas empresas estão assumindo de forma emergencial a Bacia C, enquanto é concluída a licitação definitiva, que leva uma média de 6 a 7 meses. Dentre as atribuições, a nova empresa gestora terá que colocar uma frota nova com ar-condicionado.

“Salvador nunca havia colocado um real no transporte público. A tarifa remunerava o sistema e, hoje, não remunera mais. Os R$4,40 da passagem não fecham a conta para o sistema ficar de pé. É uma operação cara. Em todo lugar do mundo tem subsídio para o transporte público. Aqui no Brasil não. Entre 2020 e 2021, colocamos R$206 milhões no serviço, com a intervenção e execução realizada na CSN. No entanto, não temos condições de subsidiar o transporte público. Agora, com a operação das linhas para as outras duas empresas, paramos de custear mensalmente o transporte público na cidade”, ressaltou o prefeito.

“O transporte público mudou sua lógica. Tradicionalmente tínhamos o sistema convencional. Depois veio o Stec (transporte complementar), metrô, está chegando o BRT e o monotrilho. Quem tinha o costume de pegar apenas o ônibus para o destino final, passará a utilizar outros modais com conforto e rapidez. Teremos uma cidade totalmente conectada, do Subúrbio ao centro da cidade”, finalizou Bruno Reis.

Informações: Prefeitura de Salvador

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Niterói prevê substituir 10% da frota de ônibus movidos a óleo diesel por veículos elétricos com zero emissões

domingo, 3 de outubro de 2021


A Prefeitura de Niterói iniciou nesta segunda-feira (20) uma fase de testes operacionais com um ônibus elétrico modelo Caio Millenium, cedido pelo fabricante. O veículo será usado nos próximos 60 dias pelos dois consórcios rodoviários da cidade para uma avaliação mais profunda do uso da tecnologia no dia a dia. A partir desta terça-feira (21), o ônibus já estará em circulação na linha 49. Niterói pretende lançar no primeiro semestre do ano que vem uma licitação para uma compra inicial de 40 ônibus elétricos, o que corresponde a 5% da frota atual de ônibus da cidade, ampliando depois para 10% o uso dos elétricos.

O prefeito Axel Grael, acompanhado dos secretários municipais de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier e de do Clima, Luciano Paez, e do presidente da NitTrans, Gilson Souza, participou de uma primeira viagem do ônibus pelo trajeto do corredor da TransOceânica, partindo da estação de Charitas.

O prefeito disse que a adoção dos ônibus elétricos no transporte de passageiros vai reduzir a emissão de gases do efeito estufa e que a prefeitura pretende testar veículos semelhantes de outros fabricantes para ver qual deles se adapta melhor ao uso nos itinerários da cidade. “Estamos testando as diferentes tecnologias para termos certeza de que a autonomia e os parâmetros técnicos, que são anunciados pelos fabricantes, são os adequados para Niterói. O ônibus elétrico é uma solução muito mais sustentável que os ônibus a diesel, com zero emissão de gases na atmosfera, e uma solução que tem a ver com o nosso compromisso climático para Niterói”, disse Axel Grael.

O secretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, que coordena o processo de aquisição dos ônibus elétricos, disse que o período de testes será fundamental para uma decisão da prefeitura e dos consórcios sobre os investimentos na tecnologia. “Esse primeiro ônibus elétrico a circular em Niterói vai nos oferecer por 60 dias a oportunidade de testar todos os indicadores operacionais de manutenção desse tipo de veículo que é inovador aqui no estado do Rio de Janeiro. Vamos ter a oportunidade de verificar a autonomia, a manutenção, como funciona todo o sistema eletrônico do veículo, dentro das características das linhas de ônibus que Niterói possui, que são linhas curtas em trajetos mais carregados e linhas com percursos mais distantes, que sobem por ladeiras”, disse o secretário.

MENOS EMISSÕES

O secretário municipal do Clima, Luciano Paez, disse que adotar ônibus elétricos no transporte de passageiros vai ajudar Niterói a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Segundo ele, cada veículo deixará de emitir 115 toneladas de gases por ano. “O setor de mobilidade gera muitas emissões de gases do efeito estufa. Por isso, consideramos esse projeto de uso de ônibus elétricos fundamental para a gente reduzir as emissões de gases na cidade. Cada ônibus elétrico deixa de emitir 115 toneladas de carbono por ano. Isso equivale ao plantio de 800 árvores para retirar esse carbono da atmosfera”, comparou o secretário.

Renato Barandier disse que, com esse período de testes, os consórcios vão poder conhecer a tecnologia empregada neste tipo de veículo, fazer avaliações operacionais de custo, de manutenção e entender a sua eficiência. Segundo ele, os empresários vão poder comparar o ônibus elétrico com o ônibus tradicional, movido a óleo diesel. Ele espera que, ao final desta avaliação, já se tenha uma percepção mais clara sobre os benefícios econômicos e de sustentabilidade ambiental que os ônibus elétricos têm a oferecer para Niterói.

Renato Barandier disse ainda que a meta da prefeitura é ter 10% da frota de ônibus da cidade com ônibus elétricos. Segundo ele, no primeiro momento serão comprados 40 ônibus (5% da frota) e depois, em uma nova licitação, outros 5%. “O nosso objetivo é lançar um edital já no primeiro semestre do ano que vem para aquisição de pelo menos 5% da frota de Niterói, ou seja, 40 ônibus. E analisar em quanto tempo a gente consegue alcançar a meta de 10%, com 80 ônibus elétricos em circulação. Todo esse período de testes vai nos trazer por meio do sistema de telemetria informações que vão ser cruciais para a nossa decisão em relação a isso”, completou o secretário de Urbanismo.

ESPECIFICAÇÕES

O veículo em teste possui autonomia para 250 quilômetros, com até 4 horas para recarga das baterias, possui ar-condicionado, carregadores de celular e tem o piso baixo, com acesso mais fácil para os passageiros. A capacidade é de 80 passageiros, sendo 26 sentados e 54 em pé. Veículos do tipo do modelo testado têm vida útil de 16 anos, com uma troca de baterias prevista para quando chegar aos 8 anos de uso.

O ônibus chegou a Niterói na madrugada da última quinta-feira (16), vindo da fábrica São Paulo. Na sexta e no sábado, 20 motoristas foram treinados por técnicos do fabricante. Foram selecionados 12 deles. Seis vão se revezar na condução dos ônibus nos próximos 30 dias e seis poderão entrar na escala para substituir os colegas. O coletivo vai circular nas linhas 49, 61 e 62 nos primeiros 30 dias. Daqui a um mês, o ônibus passará a ser testado nas linhas Oceânica 1, 46, 48 e 33.

A subsecretária de Mobilidade, Ivanice Schutz, explicou que um pesquisador acompanhará as viagens de teste para ouvir a opinião dos usuários sobre o veículo, como facilidade de acesso e conforto. Também será realizada uma pesquisa de satisfação pela plataforma Colab. Ela disse ainda que o fabricante também está cedendo veículos para testes em Volta Redonda, Salvador e Ribeirão Preto e que São Paulo já tem uma frota de 18 ônibus elétricos a bateria em circulação. Para o usuário, o preço da passagem terá o mesmo valor modal cobrado pela passagem, R$ 4,05.

“Como estudioso do transporte há mais 25 anos, presenciar o teste do ônibus elétrico em Niterói, minha cidade, me dá muito orgulho. Priorizamos o transporte público de qualidade em Niterói”, destacou o presidente da Nittrans, Gilson Souza.

Informações: Cidade de Niterói

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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Em Rio Preto, Ônibus com ar-condicionado vão rodar em 1º de agosto

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Dia 1º de agosto. Essa é a data em que o rio-pretense poderá andar nos primeiros ônibus climatizados. A frota de veículos com ar-condicionado, 36 ao todo, sendo 23 da Circular Santa Luzia e 13 da Itamarati, chegou a Rio Preto no último sábado, 20, vinda de uma fábrica de Duque de Caixas, no Rio de Janeiro. E, segundo o secretário do Trânsito, Amaury Hernandes, estarão rodando pelas ruas da cidade no dia 1º de agosto.

"Todos são ônibus midi (médio), de 70 lugares. Teremos o micro e o básico também (no futuro). Além de fazer a documentação, os ônibus novos precisam passar pela instalação de equipamentos, como câmera interna, validador, sensor de passagem e aí estarão prontos para rodar", explicou Hernandes.

Assim como nos ônibus rodoviários, o ar-condicionado sairá das laterais e do teto dos veículos urbanos. A temperatura média será de 24°C. "Teremos uma temperatura agradável e não uma temperatura fria para as pessoas passarem frio", afirmou o secretário.

Os novos ônibus também virão dotados com uma cortina de ar na porta para manter a temperatura ambiente dentro dos veículos, mesmo com o abre e fecha constante para embarque e desembarque. "Isso vai diminuir a troca de calor entre a saída e a entrada dos passageiros no ônibus", disse. "Ter duas portas também contribui para que o ar ambiente interno nos veículos fique permanente e não entre tanto em contato com o calor", explicou o secretário.

O acesso de cadeirantes e de outras pessoas que precisarem de acesso especial será pela porta traseira.

Os novos veículos também serão mais parecidos, tendo a cor cinza como predominante na pintura e detalhes em amarelo, para os ônibus da Circular Santa Luzia, e vermelho, para os ônibus da Itamarati, na frente e na lateral.

Em relação às primeiras linhas que vão receber os veículos com ar-condicionado, a Secretaria de Trânsito e o Consórcio Riopretrans ainda conversam para chegar a uma definição. Em maio, a Prefeitura havia dito que os veículos seriam colocados nas linhas que passam pelos corredores de ônibus - algumas delas com destino aos shoppings.

A frota toda com ar-condicionado será colocada nas ruas de Rio Preto até 2025. Atualmente a frota é composta por 240 veículos. "Na próxima negociação, no final de dezembro, quando vamos definir a nova tarifa, vamos ver a data que os novos veículos vão entrar em operação em 2020", afirmou o secretário de Trânsito.

Além do ar-condicionado e do wi-fi, as empresas estão em fase de testes com televisores e também de porta-livros nos ônibus. De acordo com Hernandes, mais novidades poderão surgir no futuro.

"Hoje não tem nada definido além disso. Mas, por exemplo, tem uma tendência no mundo de passar para veículos híbridos e elétricos. Ainda não é realidade aqui, mas quem sabe um dia", disse o secretário. "Temos que acompanhar o dia a dia e a evolução do sistema. Precisamos melhorar o transporte público para trazer as pessoas novamente para utilizar. Por isso precisamos melhorar a qualidade. Esse é o caminho a ser trilhado", finalizou.

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Informações: Diário da Região


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Mercedes-Benz desponta no BRT do Rio de Janeiro

segunda-feira, 6 de junho de 2016

De olho na crescente demanda do transporte público, a Mercedes-Benz amplia sua participação com a venda de 50 ônibus superarticulados exclusivos para o sistema de BRT do Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Olímpicos que serão realizados em agosto próximo. Somados aos 18 novos ônibus também negociados para a capital fluminense no fim do ano passado, o sistema será acrescido de 68 novos veículos da marca. Além disso, até o fim de julho, o sistema terá 158 novos veículos previstos para operar até as Olimpíadas.

O novo volume chega em momento propício para a montadora, que entre janeiro e maio deste ano acumula fatia de 55,3% do mercado total de chassis, considerando urbanos e rodoviários e modelos a partir de 8 toneladas de PBT. Em 2015, a Mercedes-Benz encerrou o ano com 52,5% de market share, sendo a líder do segmento urbano, com 71,6% das vendas no período.

“Acreditamos que apesar da retração do mercado de ônibus, que caiu 42% no acumulado até maio, nos manteremos neste patamar de participação este ano”, afirma Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Segundo o executivo, as baixas do mercado previstas para este ano no segmento urbano estão concentradas na faixa de micro-ônibus e escolares, incluindo os do programa Caminho da Escola, exatamente os segmentos onde a empresa tem pouca participação.

Com o anúncio da encomenda destes novos 50 veículos, a Mercedes-Benz soma 271 ônibus de grande capacidade rodando em vias do BRT carioca, entre modelos padron, articulados e os superarticulados, o que garante participação de mais de 80% da frota exclusiva para o sistema, que conta com 367 ônibus.

Barbosa defende que este é o resultado do trabalho dedicado ao negócio de ônibus: na cidade do Rio de Janeiro, onde a montadora tem 20 concessionárias de veículos pesados, quatro delas são inteiramente voltadas para o segmento. “Oferecemos não só no Rio de Janeiro mas em todo o Brasil e América Latina uma consultoria especializada em transporte de passageiros fazendo o papel de intermediários entre o produto e a infraestrutura local”, comenta Gustavo Nogueira, gerente de marketing para BRT.

Segundo ele, há 14 projetos de BRT aprovados no Brasil com previsão de serem concluídos em até cinco anos: “Dez deles estão em estágio avançado e a Mercedes-Benz participa de todos eles”, acrescenta.

Para Nogueira, o superarticulado é uma alternativa inteligente para o operador do transporte público urbano: “Prova disso é que em três anos, desde o seu lançamento, já vendemos mais de mil unidades em todo o País”, relembra.

Com seus 23 metros de comprimento, o modelo O 500 MDA de piso alto tem capacidade para transportar entre 200 e 220 passageiros, dependendo da configuração da carroceria. “Um ônibus biarticulado que tem um pouco mais de capacidade, além de não encontrar essa demanda ao longo do dia e ter de ficar parado no fim de semana, tem um custo operacional mais alto, fora o valor da aquisição. Acredito que o sucesso do superarticulado se dá por essas diferenças, pela demanda de transporte e pelo custo operacional mais baixo”, defende. Segundo ele, o preço final do veículo depende da configuração da carroceria: “Em média, o biarticulado custa de 35% a 40% mais caro que o superarticulado”, revela.

Os novos veículos rodarão no terceiro corredor do sistema BRT no Rio de Janeiro, a linha Transolímpica, com previsão de ser inaugurada a tempo das Olimpíadas, informa Alexandre Castro, gerente de infraestrutura do consórcio que opera o sistema. O BRT do Rio já opera com as linhas Transoeste, desde 2012, e com a Transcarioca, desde 2014. Para 2017, está prevista a inauguração do quarto corredor, o Transbrasil.

Informações: Automotive Business
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Justiça do Rio decide que serviço do Uber não pode ser proibido

terça-feira, 5 de abril de 2016

Uma semana após protesto de taxistas que parou o Rio, a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, decidiu nesta terça-feira (5) tornar definitiva a liminar que garante aos motoristas credenciados do aplicativo Uber o direito de exercer a atividade de transporte remunerado individual de passageiros, até que esta venha a ser regulamentada pelo Poder Público. Cabe recurso à decisão.

Com a decisão, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro/RJ) e a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro não poderão aplicar multas, apreender veículos ou praticar quaisquer atos que restrinjam ou impossibilitem a atividade, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada ato.

“A diferença entre as duas modalidades é que o transporte público individual é aberto ao público. Em outros termos, qualquer cidadão pode pegar um táxi na rua, o que não acontece com o Uber, que depende exclusivamente da plataforma tecnológica. Cabe aqui um apontamento: existem várias cooperativas e prestadores de serviços de táxi que se beneficiam da mesma tecnologia para angariar consumidores, como, por exemplo, o Easy Taxi e o 99 Taxis. A diferença para o Uber, como apontado, é que os táxis também dispõem da alternativa de conquistarem os consumidores nas ruas; daí ser aberto ao público”, segundo o que consta do artigo doutrinário transcrito pela juíza.

Na sentença a juíza destaca outro trecho do mesmo artigo sobre a Lei de Mobilidade Urbana: “Essa distinção entre transporte público individual e transporte privado individual nos permite avançar em mais duas conclusões. A primeira é que a circunstância de o táxi ser enquadrado como transporte público individual não implica na sua classificação como serviço público, parecendo mais apropriado o seu enquadramento como serviço de utilidade pública. Não se vislumbram, nos serviços prestados pelos táxis traços de essencialidade, universalidade, continuidade ou de atendimento a necessidades coletivas intrinsecamente conectadas com direitos fundamentais, a qualificá-lo como serviço público, o que, evidentemente, não significa dizer que não devam ser regulados. A segunda conclusão é que essa convivência entre um regime público e outro privado, prevista na Lei de Mobilidade Urbana, não é nenhuma novidade. Ao contrário, é amplamente adotada em vários outros setores. Trata-se da concorrência assimétrica, identificada nos setores de telecomunicações, energia e portos, que admite e estimula a concorrência entre os distintos regimes”.

Protesto de taxistas parou o Rio
A decisão ocorre menos de uma semana depois de uma grande manifestação de taxistas contra o Uber parar o Rio de Janeiro. Na manhã de sexta-feira (1º), centenas de motoristas de táxis rodaram pelo Rio parando o trânsito, em carretas de protesto. À tarde, um grupo chegou a se reunir com uma juíza no Tribunal de Justiça, para questionar a liminar, de março, que mantinha a decisão favórável, em segunda instãncia, aos motoristas do aplicativo.

Informações: G1 Rio
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Exportações de ônibus Volvo já superam vendas no Brasil

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A Volvo registrou redução drástica nas vendas de ônibus na América Latina em 2015. As entregas de chassis diminuíram 45% na comparação com 2014, para apenas 1,7 mil unidades. A queda só não foi mais drástica por causa das exportações. As vendas dos veículos produzidos na fábrica da companhia em Curitiba (PR) a outros mercados responderam por 51% do total de negócios, ou 884 unidades. 

Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus para América Latina, espera manter o mesmo equilíbrio este ano com volume semelhante. Segundo ele, a projeção inicial era de aumento das vendas no mercado brasileiro por causa da proximidade das eleições municipais, o que costuma acelerar licitações para chassis urbanos. O início do ano, no entanto, indicou que o cenário não é tão promissor.

“Enquanto o segmento de caminhões está em crise desde o ano passado, o de ônibus enfrenta dificuldades desde 2014 e não devemos ter retomada em 2016”, avalia. Pimenta lembra que a licitação para a compra de ônibus no município de São Paulo, maior mercado do País, foi adiada e só deve acontecer depois de 2017. Também há atrasos em outras capitais, como Porto Alegre (RS). “A única cidade que vem cumprindo os prazos é o Rio de Janeiro, que está implementando corredores de ônibus que devem gerar demanda por 650 modelos pesados.”

No segmento de veículos rodoviários, a nova legislação para transporte viagens interestaduais frustrou as expectativas do setor e não deve ser incentivo intenso para as compras. “O efeito não será tão imediato. Devemos ter volume adicional de 500 a 600 chassis por ano no mercado”, projeta Pimenta.

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Mercedes-Benz vende 79 ônibus urbanos para capitais do Nordeste

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Empresas de Natal e São Luís adquiriram chassis OF 1721 e OF 1724 visando oferecer maior conforto e qualidade aos usuários

Chassis de ônibus urbanos da Mercedes-Benz consolidam sua presença em renovações de frota no Brasil

Empresa é líder absoluta nas vendas de ônibus no País, com cerca de 70% de participação no segmento urbano em 2015

Assim como vem ocorrendo em diversas capitais brasileiras nos últimos meses, os ônibus Mercedes-Benz também ganharam a preferência dos clientes nas renovações de frota em Natal, no Rio Grande do Norte, e em São Luís do Maranhão.
Em Natal, foram comercializados 50 chassis do modelo OF 1721, destinados às empresas Cidade do Natal, Oceano, Reunidas e Transflor. Na capital do Maranhão, as empresas TransPremium e TransRequinte adquiriram 20 unidades do OF 1724 com suspensão metálica para uso no transporte metropolitano, atendendo linhas novas criadas para oferecer maior velocidade operacional ao sistema. Já a Viação Primor adquiriu nove chassis OF 1724 com suspensão pneumática, destinados para renovação de frota do serviço urbano.

“Os governos municipais estão se mobilizando para oferecer um transporte público de melhor qualidade”, afirma Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “A reorganização do transporte urbano passa pela implantação de novas linhas e de sistemas integrados. Isso também vem acontecendo em Natal e São Luís, capitais onde nossa marca mantém expressiva participação de mercado de 42%, sendo que na capital maranhense somos os líderes locais”.

Ônibus Mercedes-Benz são destaque nas renovações de frota
“Essas vendas demonstram novamente que os nossos produtos, que oferecem um elevado padrão de qualidade, conforto e segurança no transporte coletivo urbano, continuam contando com ampla aprovação dos clientes na hora da renovação de frota”, ressalta Walter. “Além disso, destacam-se pela robustez, resistência, excelente desempenho e reduzido custo operacional, assegurando rentabilidade às empresas operadoras”.

Com a escolha dos ônibus Mercedes-Benz, Natal e São Luís seguem a tendência de outras grandes regiões metropolitanas do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Vitória, Brasília e Florianópolis. Os ônibus da marca atendem a todas as demandas do transporte coletivo urbano, o que inclui sistemas, como BRT, corredores e faixas exclusivas. Dessa forma, contribuem de maneira importante para a mobilidade urbana e a melhoria da prestação de serviços à população.

Mercedes-Benz é líder de vendas em ônibus no Brasil
A expressiva presença da Mercedes-Benz em diversas capitais reafirma a liderança absoluta da Empresa nas vendas de ônibus no Brasil. “Em 2015, nossa marca obteve cerca de 70% de participação no segmento urbano acima de 8 toneladas”, informa Walter.

De acordo com o executivo, considerando o mercado total de ônibus, acima de 8 toneladas, a Mercedes-Benz mantém sua liderança tradicional e destacada, com emplacamento de 8.254 unidades no ano passado, o que resulta numa participação de 52,5%. Este market share significa 2,8 pontos percentuais a mais em relação aos 49,7% do mesmo período de 2014.

Suspensão metálica ou pneumática e caixa automatizada opcional

Os chassis OF 1721 e OF 1724 são indicados para transporte urbano de passageiros, fretamento contínuo, como o transporte de funcionários, e fretamento eventual, em caso de grupos de turistas, além de transporte rodoviário de curtas distâncias. Neste caso, os veículos recebem carroçarias com características de ônibus rodoviários, proporcionando mais conforto e bem estar a bordo.

Além da tradicional configuração com suspensão metálica, o OF 1721 e o OF 1724 são oferecidos também com suspensão pneumática, aumentando a satisfação dos passageiros e do motorista em relação à comodidade do veículo.

A Mercedes-Benz oferece a opção de caixa de mudanças automatizada para o chassi OF 1724. A caixa automatizada “SmartShift” baseia-se numa caixa mecânica convencional, com o sistema eletrônico inteligente fazendo a escolha da melhor marcha para cada situação de operação. Com a troca automática de marchas é dispensado o uso do pedal de embreagem. Isso resulta em maior conforto para o motorista e maior segurança na condução do veículo. Além disso, assegura menor consumo de combustível e maior segurança contra eventuais erros de operação.

Informações: SEGS


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Tarifa de ônibus no Rio aumenta de R$ 3,40 para R$ 3,80

domingo, 3 de janeiro de 2016

Foi aplicado às 0h deste sábado (2) o reajuste de 11,7% na tarifa dos ônibus municipais no Rio de Janeiro. O valor passou de R$ 3,40 para R$ 3,80. O mesmo valor é cobrado quem utiliza o Bilhete Único Carioca (BUC).

O aumento de R$ 0,40 na passagem foi autorizado pelo prefeiro Eduardo Paes em decreto publicado na edição do dia 31 de dezembro do Diário Oficial do Município.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, além do reajuste anual obrigatório, a nova tarifa inclui a revisão parcial do contrato. O cálculo do reajuste foi feito, segundo o órgão, com base em índices da Fundação Getulio Vargas e do IBGE

Tarifa dos ônibus intermunicipais também aumenta
O valor da passagem dos ônibus intermunicipais também sofrerá aumento. De acordo com o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), a tarifa intermunicipal básica passará de R$ 3,15 para R$ 3,50. As novas tarifas intermunicipais entram em vigor a partir do dia 10 de janeiro.

De acordo com o Detro, o índice de reajuste, determinado pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, é de 10,48%.

Ainda segundo o Detro, o aviso sobre o novo valor dessas tarifas deve ser afixado pelas empresas nos ônibus, guichês e pontos de vendas de passagens.

Bilhete Único Intermunicipal
O governo do estado também informou que autorizou o reajuste do valor do Bilhete Único Intermunicipal, conforme decreto firmado nesta quarta pelo governador Luiz Fernando Pezão, que será publicado do Diário Oficial da quinta-feira (31). A tarifa do Bilhete Único Intermunicipal passará dos atuais R$ 5,90 para R$ 6,50.

O governo explica que, segundo a legislação em vigor, o reajuste foi fixado pelo mesmo índice das tarifas de ônibus intermunicipais que, de acordo com portaria publicada pelo Detro.

Reajuste nas tarifas de trens e barcas
Em fevereiro, entrarão em vigor as novas tarifas de trens e barcas. Na quarta-feira (30), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) autorizou as concessionárias CCR Barcas e Supervia a aumentarem o valor dos bilhetes. A passagem das barcas passará de R$ 5 para R$ 5,60 e dos trens de R$ 3,30 para R$ 3,70.

De acordo com a  Agetransp, a decisão entra em vigor em 2 de fevereiro para os passageiros dos trens e em 12 de fevereiro para aqueles que utilizam as barcas. Os usuários devem ser informados pelas concessionárias com 30 dias de antecedência.

Ainda segundo a Agetransp, para a base do reajuste da tarifa aquaviária de equilíbrio, foi considerado o valor real de R$ 5,1218 - atualizado em relação ao índice de inflação projetado - referente ao reajuste anterior, sobre o qual foi aplicado o índice referente à variação do IPCA (índice de inflação calculado pelo IBGE) entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016, conforme previsto em contrato.

A Agetransp também analisou o pleito de reajuste tarifário relativo ao ano de 2016 para a linha Charitas do transporte aquaviário. A agência autorizou a concessionária a praticar a tarifa de R$ 15,40, equivalente à variação do IPCA entre novembro de 2014 e novembro de 2015 sobre o valor de R$ 13,90, autorizado no reajuste anterior.

Já para a base do reajuste da tarifa ferroviária de equilíbrio, a Agetransp informou que foi considerado o valor de R$ 3,2948, homologado no reajuste anterior, sobre o qual foi utilizado como base o índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (IGP-M) entre novembro de 2014 e novembro de 2015, conforme previsto em contrato.

Informações: G1 Rio

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BNDES concede empréstimo de R$ 2 bi para ampliação de metrô na Bahia

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um empréstimo de longo prazo de R$ 2 bilhões para a expansão da linha 1 e a construção da linha 2 do Metrô da Bahia, em Salvador e Lauro de Freitas.

Com 32 km, o metrô baiano fica atrás apenas dos de São Paulo (78 km) e do Rio de Janeiro (42 km). O metrô é uma Parceria Público-Privada (PPP) concedida pelo Estado por meio de licitação à CCR Metrô Bahia em outubro de 2013.

Em março, o banco de fomento havia feito um empréstimo ponte de R$ 406 milhões que será quitado agora com esse novo financiamento. Pelo projeto, informa o BNDES, será ampliada a Linha 1, que vai dobrar em extensão e número de estações. Quando estiver concluída, terá 12 km e oito estações. A concessionária já construiu 3 km e duas estações.

Os recursos serão usados ainda na construção da Linha 2. Com 20 km de extensão, terá 12 estações, ligando pontos como o aeroporto e a rodoviária, ao Centro de Salvador.
"Além dos investimentos na construção das linhas e da compra dos trens e equipamentos necessários, os recursos serão empregados na implantação ou reforma de nove terminais rodoviários de integração de passageiros", diz o banco.

"Esses terminais são importantes para o sucesso do projeto, pois foi firmado convênio de cooperação entre os dois municípios e o Estado para integrar as linhas de ônibus ao metrô. Dessa forma, elas passam a trazer passageiros para o sistema metroviário e não a concorrer com ele", destaca o BNDES.

Segundo a instituição, durante a obra, o consórcio construtor deve gerar 5,8 mil postos diretos e 14,7 mil indiretos. Em operação, o Metrô da Bahia deve empregar 1,4 mil pessoas e criar 4,2 mil empregos indiretos.

O apoio do BNDES a construção de sistemas de transporte de massa foi de R$ 2,4 bilhões em 2013 e, ano passado, R$ 6,5 bilhões. A expectativa é que, neste ano, o banco desembolse cerca de R$ 9 bilhões. Conforme a instituição, até o momento já foram realizados R$ 7,5 bilhões, mas há ainda R$ 1,5 bilhão previsto.

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