Usuários da VB Transportes têm reclamado dos atrasos nos horários dos ônibus que fazem a linha Paulínia - Campinas e da falta de acessibilidade nos coletivos para deficientes físicos. Apesar disso, houve aumento de 3,8%, em média, nas tarifas intermunicipais na Região Metropolitana de Campinas (RMC), desde segunda-feira, 09. “O custo de vida subiu, as passagens subiram, deveriam acontecer melhorias. Nunca sabemos qual horário ônibus vai passar, as vezes passa antes, outras vezes passa depois do horário. Ainda têm os motoristas que veem a gente chegando no ponto e não param. Uma vez bati na porta do ônibus e mesmo assim o motorista não abriu”, diz a empregada doméstica Noêmia Maria da Silva, 49.
Para a estagiária de Recursos Humanos, Karina Foresti, 25, a empresa deveria disponibilizar mais horários. “Uma reestruturação dos horários ajudaria muito. Pego o ônibus em Barão Geraldo para Paulínia pela manhã, caso o ônibus passe antes só tem outro uma hora e meia depois. Conheço gente que chega atrasado no trabalho porque os horários são pouco flexíveis. Eles deveriam dar mais atenção para a necessidade dos usuários, e não às prioridades da empresa”.
Um cobrador da VB Transportes, que pediu para não ser identificado, explicou que os atrasos acontecem em razão de acidentes, tráfego intenso, em dias de chuva e com motoristas recém contratados, que não conhecem o percurso. O cobrador admitiu que alguns atrasos acontecem por “descuido” de motoristas. Ele ainda comentou que “tem como resolver o problema, mas cabe a direção buscar soluções".
Outra reclamação, dos usuários portadores de deficiência física, é a falta de adaptação nos ônibus para transportar cadeirantes, obesos e cegos . “Toda vez que preciso ir até Campinas gasto oitenta reais com táxi, os coletivos da VB não oferecem a mínima condição. Conheço outros cadeirantes e deficientes que enfrentam a mesma situação. Quem não pode gastar essa quantia é obrigado a ficar em casa”, desabafa o morador de Paulínia Ademir Augusto de Campo, 35.
Fonte: Paulinia News