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Em SP, Obras de terminais e corredores de ônibus começam em setembro

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O início das obras dos terminais do Jardim Zaíra, Itapeva e Itapark e do corredor de ônibus na Avenida Itapark, em Mauá, está previsto para setembro. A expectativa é de que os trabalhos, que serão executados pela empresa Oestevalle Pavimentações e Construções Ltda, durem 18 meses e demandem R$ 33 milhões em investimento oriundo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.

Conforme o secretário de Mobilidade Urbana Azor Albuquerque, a previsão é a de que o contrato com a empresa seja assinado na próxima semana. Todas as obras vão começar simultaneamente, segundo ele. “Apesar de ser o maior terminal, a obra do Itapark provavelmente vai ser a mais rápida, porque será iniciada onde hoje é um estacionamento. Já no Zaíra e no Itapeva, os antigos terminais serão praticamente demolidos e reconstruídos. De qualquer forma, pretendemos entregar tudo à população no fim de 2017 ou início de 2018.”

Atualmente, a cidade tem uma média de 120 mil usuários no transporte coletivo por dia. Conforme Albuquerque, desse total, 40% passam pelo eixo Barão de Mauá e utilizam o Terminal Itapeva e 30% passam pela Castelo Branco e utilizam o Zaíra. A estimativa é a de que 80% dos usuários sejam beneficiados.

Segundo o secretário, um dos principais objetivos é desafogar o Centro, que concentra grande fluxo de passageiros. “Temos estudos que mostram que no Centro, onde estão as estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o Terminal Central, também está a maior concentração de pessoas. Com as estações de bairro você diminui esse fluxo. Por exemplo, nós teremos linhas diretamente desses terminais para a estação do Guapituba”, diz.

O corredor de ônibus vai contar com aproximadamente 12 quilômetros de extensão, desde o cruzamento com a Avenida Rio Branco até o fim da Itapark, finalizando no novo terminal. Esta é a primeira parte do projeto de Mobilidade Urbana, que vai ter uma segunda fase divulgada em breve. No total o investimento é de R$ 79,5 milhões.

O prefeito Donisete Braga (PT) destacou que nos próximos passos vão estar incluídos investimentos na outra parte da cidade. “É muito importante que nós possamos atender o eixo Vila Mercedes e o Parque São Vicente. Achamos importante um terminal lá naquela parte, já que as pessoas que utilizam o transporte coletivo acabam atravessando toda a cidade. A geografia de Mauá tem essa irregularidade e é nosso dever oferecer alternativas e meios para a mobilidade e transferência dos passageiros”, explica.

Prefeitura vai contratar empresa para informar rotas alternativas

A Secretaria de Mobilidade Urbana estima que a realização das obras, durante os 18 meses previstos, traga grandes impactos para os usuários do transporte público. Por isso, já está em processo licitatório a contratação de empresa que forneça funcionários para informar os munícipes sobre as alternativas durante esse tempo. O valor do contrato é de R$ 3 milhões.

Estamos finalizando essa parte, que chamamos de técnico-social. São pessoas qualificadas para conversar com os cidadãos e explicar as modificações durante esse tempo. É um cuidado para que a população fique bem informada”, disse o secretário Azor Albuquerque.

Para estimar quais as mudanças necessárias nos bairros, a Pasta montou um grupo de trabalho. Os profissionais estão estudando o projeto e as linhas de ônibus para informar as alterações. “Estão sendo analisadas as vias paralelas, as linhas que irão direto para o bairro e outras questões. Na semana que vem teremos essas alternativas”, promete. 

Por Yara Ferraz
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CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

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Cidade de Mauá terá nova faixa de ônibus em março

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A partir de março, entrará em operação faixa de ônibus na Avenida Presidente Castelo Branco, principal ligação entre o Centro de Mauá e o Jardim Zaíra. Será o segundo espaço do tipo na cidade: há um ano está em funcionamento via exclusiva na Avenida Barão de Mauá, onde a pista da direita é reservada para os coletivos nos dias úteis das 5h às 8h no sentido Centro e das 17h às 20h em direção ao bairro.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, os horários devem ser os mesmos da faixa da Barão de Mauá. Para proporcionar mais espaço, a Prefeitura deverá proibir o estacionamento. Atualmente, a permissão varia entre dias pares e ímpares. “Vamos melhorar a Zona Azul e utilizar as transversais como opções de parada. Temos de escolher: ou a gente faz o transporte coletivo chegar mais rápido ou deixa a via, que é para circulação, para que as pessoas estacionem.”

Albuquerque estima que, com o novo dispositivo, o tempo de viagem dos coletivos caia pela metade, chegando a 20 minutos em cada sentido. “É inadmissível que um trecho de quatro quilômetros entre os terminais do Centro e do Zaíra seja feito em 40 minutos.” Segundo o titular da Pasta, na Barão de Mauá também foi registrada redução de 50%. Hoje, diz o secretário, o percurso de seis quilômetros entre a estação central e a do Itapeva é feito em meia hora.

Inicialmente, será feito período de adaptação, sem aplicação de multas. Passado esse tempo, os fiscais iniciarão as autuações. Quem for flagrado trafegando pela faixa no horário restrito é multado em R$ 53,20 e perde três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Desde janeiro do ano passado, 11.687 motoristas foram notificados pela infração na faixa da Barão de Mauá, o que equivale a 32 por dia. Desse total, 9.586 foram feitas por radares eletrônicos e 2.101 por agentes de Trânsito. Segundo a Prefeitura, os dispositivos recebem, em média, 50 ônibus por hora.

APLICATIVO

Até o fim do semestre, a Pasta quer criar aplicativo para smartphones no qual o usuário poderá consultar, em tempo real, a localização e o tempo de chegada do ônibus. Programas semelhantes estão disponíveis em Santo André, São Caetano e Diadema. Toda a frota que está sendo colocada em operação pela empresa Suzantur é equipada com GPS, o que permite o funcionamento da ferramenta. 

Por Fabio Munhoz
Informações: Diário do Grande ABC

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Faixa de ônibus em São Paulo reduz tempo de viagem em 50%

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

As faixas exclusivas para ônibus na área central de Santo André, que estão completando um ano de operação neste mês, reduziram o tempo médio de viagem do transporte público em quase 50%. As vias reservadas para os coletivos no Centro somam cerca de cinco quilômetros e fazem parte do itinerário diário de quase 350 mil pessoas.

Segundo cálculos da Prefeitura, o circuito de faixas restritas, que é formado pelas avenidas Firestone, Queirós dos Santos, Artur de Queirós e Perimetral e pelas ruas General Glicério, Luís Pinto Fláquer e Siqueira Campos, fez com que o tempo gasto pelos ônibus para percorrer a área central caísse de 19 para 10 minutos, em média. Na região, a pista da direita das vias é reservada para o transporte público entre segunda e sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h. Os equipamentos registram a passagem de 188 ônibus por hora de pico.

Na avaliação do secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, os espaços contribuíram para o aumento no número de passageiros do sistema municipal. Antes, a média mensal de embarques era de aproximadamente 4,9 milhões, número que chegou a 5,3 milhões – alta de 8,2%. “Desde o ano passado, passamos a oferecer novos atrativos para o usuário, como o Bilhete Único Andreense, o aplicativo que mostra a localização dos ônibus em tempo real e os novos abrigos espalhados pela cidade. Tudo isso proporcionou uma migração, fazendo com que muitas pessoas voltassem a utilizar o transporte público”, considera.

Em janeiro, os dispositivos entraram em funcionamento na Avenida Dom Pedro I e no eixo formado pelas ruas Carijós e Coronel Seabra. No primeiro trecho, que registra a passagem de 49 veículos em hora de pico, a redução do tempo médio de viagem caiu de 9,1 para 4,8 minutos. No outro caminho, o percurso passou de 8,1 para 6,5 minutos na Carijós e de nove para três minutos na Coronel Seabra.

A Prefeitura tem projeto para construção de 13 corredores de ônibus em toda a cidade. A obra depende da assinatura de contrato no valor de US$ 250 milhões (o equivalente a aproximadamente R$ 660 milhões) com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Multas por invasão chegam a 15 por dia

No primeiro ano de funcionamento, a Prefeitura de Santo André aplicou 5.585 multas por invasões às faixas de ônibus da região central, o equivalente a pouco mais de 15 por dia. No mesmo período foram registradas 1.065 autuações por estacionamento no espaço restrito ao transporte público.

O índice de multas é ainda maior na Rua Coronel Seabra, cuja via reservada para os coletivos começou a funcionar em janeiro. Lá, foram contabilizadas 6.078 punições. As autuações por estacionamento somaram 777 na Avenida Dom Pedro I e 70 na Rua Carijós.

Apesar de os números serem expressivos, o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, avalia que o desrespeito às faixas vêm diminuindo ao longo dos meses. “Quanto mais o tempo foi avançando, o total de multas foi caindo. A população já está se acostumando”, opina.

O motorista flagrado trafegando na faixa exclusiva para ônibus durante o horário de restrição é multado em R$ 53,20 e perde três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

A punição por estacionamento “em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização” tem o mesmo valor, mas o veículo pode ser removido do local. 

Informações: Fábio Munhoz 
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ABC Paulista receberá investimentos para mobilidade urbana

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Nesta quarta-feira (2), a presidenta Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto, em Brasília, autoridades políticas da região do ABC (SP) para formalizar a liberação de recursos previstos pelo programa de infraestrutura do governo. As verbas federais serão empregadas para execução de obras de mobilidade urbana na região.

Os projetos de transporte urbano foram anunciados em agosto de 2013 durante visita da presidenta a São Bernardo do Campo. O acordo inclui a implementação de corredores de ônibus nos seguintes trechos: Guido Aliberti/Lauro Gomes/ Taioca, Alvarenga/Roberto Kennedy/Couros, Leste-Oeste, Sudeste, Centro de Controle Operacional e sistemas. Os municípios beneficiados são: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Mobilidade Urbana

O programa de infraestrutura do governo federal visa a fomentar a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos de transporte coletivo e das ações estruturantes para o sistema de transporte coletivo urbano, apoiando a qualificação e ampliação de infraestrutura de mobilidade urbana.

Há projetos de melhoria, ampliação e implantação de sistemas de transporte público coletivo em execução nas cidades brasileiras, incluindo as cidades sede da Copa do Mundo. Estão sendo investidos recursos em metrôs, Bus Rapid Transit (BRTs), corredores de ônibus, veículos leves sobre trilhos, aeromóvel, entre outros.

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Rio Branco receberá R$ 70 milhões para obras de mobilidade urbana

Uma ponte ligando os bairros Aeroporto Velho e 15, além da construção de seis corredores de ônibus, um deles na Avenida Ceará, são alguns dos investimentos anunciados pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, após a assinatura do Pacto pela Mobilidade Urbana, nesta quarta-feira (2). De acordo com a Prefeitura, Rio Branco foi uma das três cidades brasileiras escolhidas para participar do pacto e deverá receber um investimento de R$ 70 milhões.

Atualmente, a capital acreana possui apenas um corredor de ônibus, localizado na Avenida Brasil. Segundo o prefeito, a construção de outros seis corredores e de dois novos terminais de integração deverão ajudar a desafogar o trânsito, principalmente no Centro da cidade, onde ele acredita ser necessário dar mais "fluidez ao trânsito". "São recursos que vêm na hora certa para nos ajudar a enfrentar o grande desafio da mobilidade urbana", comenta.
A capital terá ainda mais dois terminais de integração, um deles na Avenida Ceará, em frente ao Estádio José de Melo que será integrado a um corredor de ônibus de 1,6 km na via.

Outro projeto que, para o prefeito, deve auxiliar a desafogar o fluxo de trânsito é a construção da 5ª ponte sobre o Rio Acre ligando o 1º e o 2º Distrito da capital. A ponte deverá ter 320 metros, de acordo com a Prefeitura. 

Além de Rio Branco, a cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC também receberão recursos, que serão retirados do Orçamento Geral da União.

De acordo com Marcus Alexandre, a expectativa é que as obras comecem a ser feitas no final de 2014 e que sejam concluídas até 2016.

Por: Yuri Marcel
Informações: G1 AC
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Cidade de Mauá ampliará, em agosto, faixa exclusiva de ônibus para a Avenida Castelo Branco

O governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), vai ampliar o projeto de faixa exclusiva de ônibus, estendendo o modelo para a Avenida Castelo Branco em agosto. A garantia foi dada pelo secretário de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, que visitou ontem o Diário. A via, com extensão aproximada de quatro quilômetros, liga a região central ao Jardim Zaíra. Até agora, a cidade conta com a proposta na Avenida Barão de Mauá, primeiro espaço reservado a receber a intervenção.

A avaliação do Paço é de que a experiência foi bem-sucedida no período de seis meses de efetividade, no sentido de dar mais fluidez ao transporte público na via, considerada uma das mais congestionadas da cidade. “Nesse primeiro momento, o estudo de impacto aponta que a viagem de 60 minutos (ida e volta) diminuiu pela metade, para 30 minutos. Balanço é positivo”, analisou o secretário.

O próximo passo é implantar o sistema na Avenida Itapark, porém, ainda sem prazo. O plano das faixas exclusivas antecede o projeto de inauguração dos três corredores de ônibus, que englobará investimento de R$ 21 milhões. “Com a (futura) chegada do corredor toma o lugar da faixa, que conseguimos fazer muito mais rápido do que o corredor, pois ele acarreta em obra civil”, explicou Azor.

Diferentemente das faixas compartilhadas, com os corredores as vias são segregadas e ficam reservadas ao transporte público durante todo o dia. No projeto de faixa exclusiva, a administração revitaliza e sinaliza o espaço físico do viário, impondo circulação restrita nos horários de pico. 
A fiscalização ao limitar o uso da extensão, segundo o titular da Pasta, será eletrônica em no máximo em 20 dias. “Colocaremos radares fixos, assim como a cidade de São Paulo, em cerca de 15 pontos, visando educar”, acrescentou.

INTEGRAÇÃO
Azor prometeu que a integração do sistema de ônibus municipais e a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) se consolidará em setembro. Por indicação do governo do Estado, a Prefeitura faz ajustes na tecnologia do cartão que servirá para implementar a interligação.

Por Fábio Martins
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Radares irão flagrar invasão a faixa de ônibus em Mauá

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Até o meio do ano, a Prefeitura de Mauá deverá instalar radares para flagrar invasões à faixa exclusiva para ônibus na Avenida Barão de Mauá. A fiscalização, que é feita manualmente por agentes de trânsito, já resultou na autuação de cerca de 1.200 motoristas, o que equivale a quase 14 multas por dia. Pelo corredor, passam 30 mil passageiros diariamente. A quantidade corresponde a 30% da demanda total.

Apesar de o número de punições parecer alto, o desrespeito à restrição é muito mais frequente. A equipe do Diário esteve na avenida na tarde de ontem e, em dez minutos de observação, flagrou 23 automóveis, motocicletas e caminhões utilizando a faixa da direita da pista sentido bairro. No mesmo período, 16 ônibus percorreram o espaço, sendo que cinco eram de fretamento. Foi vista uma viatura do departamento de Trânsito do município.

Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, a fiscalização é feita somente por duas viaturas, sendo que dois agentes ficam a bordo de cada uma. Eventualmente, motocicletas prestam apoio à operação.

Com a implantação dos radares, a previsão é de que o número aumente significativamente. Devem ser instalados entre oito e dez equipamentos em cada sentido. “Isso irá otimizar a operação do departamento de Trânsito em toda a cidade, pois os agentes não precisarão ficar parados na avenida e poderão atuar em outros pontos”, comenta Albuquerque. A expectativa é que os aparelhos possam ser colocados até junho, já que o contrato com a atual prestação de serviços na área de fiscalização eletrônica já prevê o aumento no número de unidades em funcionamento.

Apesar do alto número de flagrantes feitos pelo Diário, o secretário afirma que o desrespeito às faixas está diminuindo. “Em fevereiro, foram bastante autuações, mas em março já deu uma caída”, garante. Albuquerque informa que o tempo de viagem de ida e volta entre os terminais Itapeva e Centro caiu pela metade, passando de 50 para 25 minutos, aproximadamente.

A garçonete Adriana Torres, 42 anos, reconhece melhoria na fluidez, mas cobra o aumento na frota disponível. “Não adianta o ônibus andar mais rápido se temos de esperar meia hora no ponto”, protesta. Já a auxiliar administrativa Daniele Barbosa, 28, diz não ter visto mudanças positivas. “Piorou o trânsito na cidade como um todo. Não tem espaço para isso.”

Cidade terá outro corredor até junho

A Prefeitura deverá implantar até junho a segunda faixa exclusiva para ônibus em Mauá. Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, o projeto para expandir a medida para a Avenida Presidente Castelo Branco ainda está em fase de elaboração. “Estamos medindo o impacto nas vias paralelas”, explica. A via é a principal ligação entre o Centro e o Jardim Zaíra.

Como a Castelo Branco é estreita, parte do tráfego terá de ser desviada para vias do entorno, como a Avenida Luís Gonzaga do Amaral.

Albuquerque salienta que, após o início da operação, as duas faixas de ônibus irão atender à metade dos passageiros do sistema municipal de Transporte, o que equivale a aproximadamente 50 mil pessoas diariamente.

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) define como infração leve a invasão às faixas exclusivas para ônibus. O motorista flagrado tem de pagar multa de R$ 53,20 e recebe três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Em Santo André, funcionam desde o ano passado corredores na região central na Vila Luzita. 

Fábio Munhoz 
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