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BRT/Move em BH está operando com superlotação

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Desde o início da operação do Move, as opiniões sobre o transporte rápido por ônibus (BRT) se dividem entre os usuários. Se, por um lado, há quem reconheça benefícios – como embarque com pagamento antecipado e em nível, diferentes possibilidades de integração entre linhas, além de ônibus maiores, com ar-condicionado –, por outro, quem encara o desafio diário de pegar um coletivo se queixa de pelo menos três pontos que desafiam os responsáveis pela operação do novo sistema: gargalos no trânsito na Área Central, superlotação nos horários de pico e demora na espera das linhas alimentadoras nas quatro estações de integração – São Gabriel, Pampulha, Vilarinho e Venda Nova. 

Embora a BHTrans recomende embarque sem filas no BRT, como ocorre no metrô, a maioria dos passageiros ainda recorre à prática de aguardar o embarque um atrás do outro. A medida, contudo, cai por terra nos horários de pico, quando as estações do Move se tornam uma terra sem lei, com discussões, usuários furando fila e chegando ao extremo, com casos de agressões físicas. 

Utilizando a pista exclusiva do corredor da Avenida Antônio Carlos, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro Direta) leva 10 minutos no trajeto entre o Centro e o terminal. Mas, na volta para casa, entre 17h30 e 19h30, quem pega o coletivo na Estação Tupinambás enfrenta pelo menos 15 minutos num trânsito travado, até que o ônibus articulado consiga circular livremente, mesma realidade da linha troncal 61 (Estação Venda Nova/Centro Direta), que percorre a Avenida Cristiano Machado.

“Pela manhã, a entrada na Área Central é lenta, assim como a saída à noite. Na volta para casa, toda a agilidade que se consegue no percurso da Antônio Carlos se perde em engarrafamentos. E quando se chega à estação, aí o difícil é conseguir embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras. É de 30 a 40 minutos. Antes, pegava o ônibus da linha 2210 C e, mesmo com as paradas no meio do caminho, chegava mais rápido”, protesta o representante de vendas Isaac Balbino, de 42 anos. A doméstica Eliane Santos, de 50, compartilha da opinião. “Penso que aumentou o tempo de deslocamento quando uso o BRT nos horários de movimento. Durante o dia até que ele chega rápido. Mas é no sábado que a viagem no Move vale a pena, pois além da rapidez, não viajo em pé. Como tenho problema de coluna, essa rotina de ônibus cheio é complicada”, aponta.

CONFORTO NÃO ATRAI - Mesmo contanto com uma frota de 450 ônibus do tipo padron e articulado, com ar-condicionado, suspensão a ar e maior espaço interno, o conforto não é reconhecido como atrativo pelos usuários. O motivo é a superlotação, principalmente das linhas troncais diretas. “Já não sei o que é viajar sentada no ônibus, a não ser quando há um degrau entre o piso e as cadeiras mais altas, onde fica o motor”, ironizou a escriturária Carmem Lúcia, de 61. Com o espaço reservado a duas bicicletas em lugar de dois assentos em cada coletivo – apesar da BHTrans autorizá-las apenas em horários específicos – muitos usuários viajam sentados entre as estruturas de fixação das magrelas. O mesmo ocorre nos espaços livres não ocupados por assentos. “Já vi mulher com criança sentada no chão porque ninguém quis dar lugar. Tem gente que depreda os ônibus”, denuncia a dona de casa Natália Silva, de 22. Moradora do Ribeiro de Abreu, ela leva cerca de 1h40 para chegar ao Centro, usando as linhas alimentadora do bairro e a troncal 83D, a partir da Estação São Gabriel.

O eletricista Jadir Oliveira, de 37, acrescenta que a falta de educação dos usuários é outro problema. Ele conta que diariamente encontra ônibus e estações superlotadas durante o horário da manhã, levando a situações inusitadas no BRT. “Os motoristas mal estão encostando os ônibus nas plataformas e as pessoas já entram empurrando. Muita gente fura a fila. Direto tem pessoas brigando dentro do Move”, conta.

Para o encarregado de depósito e usuário da linha 61, Jeferson Macedo, de 23, morador de Venda Nova, a situação seria ainda muito pior sem as filas organizadas pelos passageiros. “Se não fizer fila vira uma confusão maior. Ninguém respeita. Às 5h30 já tem uma fila dos infernos para vir ao Centro Não tem jeito. Quem está na ponta da fila (nas estações) não escolhe se vai sentado ou em pé. É entrar ou entrar”, ironiza Jeferson.

A desorganização das filas também confunde quem acaba de chegar para o transbordo nas linhas alimentadoras. “Na hora de embarcar nos ônibus das linhas alimentadoras o que se vê é um grande número de pessoas, em mais de uma fila para cada ponto. Algumas filas são verdadeiros caracóis. Não há ninguém para orientar ou mesmo grades separando as pessoas”, acrescenta a contadora Rosali Souza, de 46.

Avanço no transporte coletivo 

Apesar dos problemas, há quem reconheça os avanços do Move. “Os ônibus estão cheios nos horários de pico, mas acho que é uma questão de ajuste para melhorar. No meu caso, desço na Estação Pampulha e não dependo de linhas alimentadoras. E a vantagem é que algumas linhas do BRT passam próximo de onde moro, no Funcionários”, diz o estudante de medicina Gustavo Pizzano, de 21.

A escriturária Carmem Lúcia, 61, não se beneficia da integração do sistema, mas admite que a filha – que estuda na Savassi –, hoje paga uma única tarifa ao pegar três linhas de ônibus. Outro usuário do Move ouvido pela reportagem, que não se identificou, também concorda que quem mora em bairros da Pampulha e Venda Nova passou a ter melhor acesso à Região Centro-Sul. “A integração é boa do ponto de vista financeiro. Mas o sobe e desce nas estações torna o trajeto demorado”. Já a vigilante Soraia Leite, de 43, disse que está experimentando as opções do BRT para se deslocar de Venda Nova ao Centro. “O sistema parece bom e, com mais informações, vai dar para aproveitar melhor”.

A estrutura das estações, recém concluídas, é outro motivo de insatisfação. Grávida de seis meses, a recepcionista Daise Braga, de 25, encara na pele a dificuldade de chegar ao local de embarque, além de um assento livre – embora tenha prioridade. “Defeitos na escada rolante e nos elevadores são comuns. Não é fácil subir a escada lotada de pessoas, como único acesso à área de embarque das linhas alimentadoras. Uma rampa seria uma alternativa”, sugere.

Para o representante comercial Sandro Guimarães, outro problema é a falta de segurança. Ele aponta o risco aos quais os usuários estão expostos no embarque e desembarque entre as diferentes linhas. Dentre eles o fato de alguns motoristas não respeitarem a distância máxima de atracagem de 13cm, no vão livre entre os ônibus e as plataformas. “Quando se chega na estação, não há policiais. Quanto mais tarde, maior o risco de assaltos”, diz Sandro.

A opinião geral dos usuários do Move é reconhecida pelos motoristas e fiscais que trabalham no sistema. Na Estação Pampulha, falta estrutura de apoio aos profissionais. “Não há segurança para quem trabalha, o banheiro não é individual nem mesmo temos um local para fazer as refeições. As marmitas são esquentadas nos motores dos ônibus. Não só os passageiros que enfrentam problemas aqui”, desabafou um dos condutores. Sinal de que ainda é preciso ajustar muitos detalhes para o recém implantado transporte rápido por ônibus (BRT) entrar nos eixos e cair nas graças do belo-horizontino.

Landercy Hemerson
Bruno Freitas - Estado de Minas

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Passageiros do BRT de Belo Horizonte enfrentam problemas de informações sobre ônibus

domingo, 24 de agosto de 2014

Próximo de completar seis meses de inauguração em Belo Horizonte, o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) ainda apresenta algumas armadilhas que testam a paciência dos passageiros. Uma que tem sido recorrente está relacionada ao Sistema Inteligente de Transporte Coletivo (Sitbus), tecnologia implantada para gerir e monitorar as informações dos ônibus da cidade. Atualmente, BH conta com 515 painéis que exibem aos usuários quanto tempo falta para o coletivo passar em determinado ponto ou estação, mas, na prática, pelo menos três situações confundem a cabeça dos usuários, apesar de o conceito ser elogiado: o monitor indica que o veículo está se aproximando, mas o ônibus não aparece; o coletivo chega, mas ele não está previsto no sistema; e os tempos apresentados não correspondem ao período de espera. Além disso, monitores no interior dos ônibus não informam as paradas, o sistema de áudio também não dá sinais de onde os passageiros estão e as portas de estações de transferência ficam sempre abertas, trazendo risco para quem usufrui do sistema.

A reportagem percorreu pontos convencionais e estações de transferência de passageiros em todos os corredores do BRT na cidade para testar o sistema que informa aos usuários o tempo que falta para cada linha chegar até o local de parada. Na Rua Professor Morais, entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Cláudio Manoel, o painel de LED traz informações sobre as linhas 62 (Estação Venda Nova/Savassi Via Hospitais), 82 (Estação São Gabriel/Savassi Via Hospitais) e 3030 (Pilar-Olhos D’água/Centro). “Eu estou esperando o 62. Estava mostrando dois minutos e depois passou para seis. Porém, logo em seguida, ele passou”, diz a empregada doméstica Ozanda Dias Pereira, de 39 anos. 

Já para a linha 82, a previsão era de um coletivo em 12 minutos e outro em 15, logo depois de Ozanda embarcar na 62. Quando o letreiro reduziu a espera para 9 e 13 minutos, o ônibus da linha passou, mesmo sem estar previsto no painel. A situação gerou surpresa entre os passageiros que esperavam, pois eles não imaginavam que naquele momento o coletivo estaria na Rua Professor Morais. Mais uma passageira da linha 62, a aposentada Cibele Borges, de 50, chegou no ponto com o letreiro indicando quatro minutos de espera. “Já passaram 10 minutos e continua mostrando que faltam quatro”, afirma. Ela diz que o sistema é muito interessante, pois acaba com a angústia de esperar um ônibus indefinidamente, mas ainda precisa de ajustes. “As vezes, quando os ônibus estão próximos, as informações ficam embaralhadas e a gente não sabe o que vale”, diz ela.

a Estação Minas Shopping do corredor Cristiano Machado, a reportagem acabou enganada por uma armadilha. A tela mostrava que dois ônibus da linha 66 (Estação Vilarinho/Centro/Hospitais Via Cristiano Machado) chegariam em 11 e 13 minutos. De repente, um coletivo parou bem antes disso, mas o repórter e o fotógrafo só perceberam quando ele já tinha arrancado. A assistente administrativa Suzana Orione, de 37, apontou outro problema. Ela já foi surpreendida por um aviso de que o ônibus estava se aproximando, mas ele não passou. “Foi semana passada, quando eu estava em uma das estações da Avenida Vilarinho. Eu aguardava a linha 63 (Estação Venda Nova/Lagoinha) e, por três vezes, apareceu que o ônibus estava chegando. Ele não apareceu em nenhuma”, afirma.

Interferências
Nilton Rodrigues da Silva, de 34, está acostumado a pegar ônibus na Estação Minas Shopping. “Já aconteceu de aparecer que o ônibus estava chegando e ele ainda demorou uns dois minutos. É comum, as pessoas têm que ter paciência”, diz ele. No mesmo terminal, ontem, a tela mostrava que a próxima saída da linha 85 (Estação São Gabriel/Centro Via Floresta) era às 14h. Mesmo assim, um coletivo passou em direção ao Centro às 13h45, sem nenhuma previsão do sistema de monitoramento. “Ontem (quarta-feira) faltavam 14 minutos para meu ônibus passar, mas na prática demorou 23”, reclama a cobradora Elisângela Rodrigues, de 38, que diz não confiar muito na tecnologia. “O trânsito interfere muito nesse tempo”, diz ela. “Costuma fica muito tempo parado no mesmo minuto. 

Na Estação Monte Castelo do corredor Pedro I, a babá Soraia Aparecida Martins, de 49, disse que chegou ao terminal com o monitor apontando dois minutos para a chegada da linha 63. “De repente, mudou para 21”, conta. Na Estação Tamoios do corredor Paraná, o agente de bordo André Luiz dos Santos, de 21, elogiou os painéis de informação com o tempo. “Funciona muito bem. Pode marcar se você quiser. O que está falando acontece mesmo”, afirma. O cobrador 

Mário de Oliveira, 44, é outro que também aprova a tecnologia. “É muito importante para se situar. No meu caso, acabou de passar um ônibus da linha 66. Mas, como achei que ainda está muito cedo e vi que está previsto outro em oito minutos, resolvi esperar. Do contrário, eu embarcaria no primeiro, pois não saberia até quando teria que esperar por outro”, completa.

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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BH inaugura novas estações do sistema de ônibus rápido

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A partir do próximo sábado (16), os usuários de transporte coletivo de Belo Horizonte (BH) terão acesso a duas novas estações do sistema de ônibus rápido da capital mineira, o BRT Move: Vilarinho e Venda Nova, ambas na região Norte.

Com as novas paradas, os usuários do sistema contarão com uma opção de deslocamento entre a Estação de Integração Vilarinho e o centro da cidade. Poderão ainda acessar pontos tais como a Avenida Carlos Luz, a Praça Raul Soares e o bairro Santo Agostinho com mais rapidez.

BRT

O sistema BRT oferece veículos modernos, confortáveis, com ar condicionado, que trafegam em pistas exclusivas, dando mais agilidade e melhorando o tráfego misto com a saída dos ônibus convencionais. Todos os ônibus contam com GPS e são monitorados por uma central, que controla a velocidade dos veículos, os horários de partida e o tempo de chegada nas estações.

Informações: PAC

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BRT de Belo Horizonte faz 5 meses bem avaliado, mas reclamações aumentam

domingo, 10 de agosto de 2014

O Move de Belo Horizonte completa nesta sexta cinco meses bem avaliado pelos usuários, mas com um número crescente de reclamações. Dos entrevistados, 52% fizeram uma avaliação positiva, 31%, negativa, e 17%, regular (veja os dados e entenda o levantamento no quadro abaixo). No primeiro dia de funcionamento do Move, a mesma enquete foi feita, com o mesmo número de usuários: 77% das avaliações foram positivas, 8% foram negativas e 15%, regulares.

A estrutura dos veículos e o conforto são os itens mais apreciados por quem usa o serviço – assim como na enquete feita na estreia. Nos dois levantamentos, o tempo de espera nas estações foi o ponto mais criticado. No início, a falta de informações era também um problema. No quinto mês de funcionamento, figuram como pontos negativos as longas filas e a baldeação.

Atualmente. As opiniões dos usuários variam de acordo com a estação. No centro, onde não há mais obras e não existem linhas alimentadoras (que ligam os bairros às estações de integração), as impressões são mais positivas. Já nas estações Pampulha e São Gabriel, os problemas aparecem mais, principalmente de quem vem dos bairros. Com a troca de ônibus, os usuários dizem que o tempo gasto é maior que antigamente.

“Antes eu demorava cerca de 45 minutos do centro até em casa. Agora, eu demoro uma hora e 20 minutos. O maior problema desse sistema são as linhas alimentadoras. As pessoas correm feito loucas para tentar ficar na frente e entrar antes no ônibus. Esse Move dificultou a vida de todos”, contou a doméstica Maria da Conceição, 42, que mora na região Norte de Belo Horizonte.

Estrutura. O sistema já conta com cinco estações de integração (Vilarinho, São Gabriel, José Cândido da Silveira, Venda Nova e Pampulha), 35 estações de transferência ao longo do trajeto e mais seis no centro. Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), 333 veículos operam em toda a capital. Haverá a implantação de novos trechos, mas a autarquia ainda não divulga detalhes.

A BHTrans informou, em nota, que os principais ganhos dos usuários foram no conforto, no tempo de viagem e nas novas possibilidades de integração sem pagar outras passagens. A autarquia disse ainda que há um acompanhamento contínuo da operação e que novas mudanças podem ser feitas.

Por Bárbara Ferreira
Informações: O Tempo

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Maioria das ocorrências do Move BH envolve falhas mecânicas

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Como todo novo sistema de transporte em implantação, o que requer ajustes, o Move tem apresentado problemas desde o início de operação, em 8 de março – na Estação São Gabriel. A maioria das ocorrências, entretanto, envolve falhas mecânicas de carroceria ou chassi dos ônibus, conforme levantamento elaborado pelo blog com o auxílio do colega Landercy Hemerson. O que confirma eficiência da BHTrans na implantação do transporte rápido por ônibus em fases, com o objetivo de reduzir o tempo de viagem em 50% entre a Região Norte e o Hipercentro, beneficiando cerca de 700 mil usuários. Não foram registradas ocorrências graves envolvendo a transição entre as antigas e novas linhas, situação diferente à implantação do Move metropolitano, marcada pela desorganização. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte tem, por outro lado, um grande desafio pela frente: reduzir os acidentes na região central por invasão da faixa exclusiva, o que já levou a pelo menos uma morte por atropelamento. 

As falhas na frota acendem o alerta para os fabricantes dos ônibus, em especial a Mercedes-Benz. O principal fornecedor dos quatro consórcios operadores do transporte coletivo de Belo Horizonte soma dois casos graves com o modelo articulado Mercedes-Benz O-500 MA: um incêndio e uma perda de freios, além de outras ocorrências. 

O O-500 MA é o mesmo modelo que levou à paralisação de parte da frota do Transoeste, no Rio de Janeiro, por superaquecimento na parte traseira. O episódio levou, inclusive, a um teste de refrigeração da Marcopolo para o Move, embora a Mercedes-Benz tenha alegado que as razões foram a contaminação do motor pelo corte da grama ao longo da pista exclusiva do Transoeste (corrigida com a aplicação de uma chapa lateral) e o compressor do ar-condicionado. 

Ônibus Marcopolo equipado com o chassi Mercedes-Benz O-500 MA 

Todos os fornecedores do BRT de BH tiveram prazo curto para iniciar a entrega da nova frota de 428 coletivos. O primeiro lote de ônibus, articulados (o que inclui o Move que pegou fogo na Pedro I), foi entregue em fevereiro, semanas antes do início da operação. Os consórcios só fecharam a encomenda dos ônibus no fim do ano passado, por incertezas com o prazo de conclusão dos corredores Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I/Vilarinho, adiado sucessivas vezes. 

Fotos: Marcos Michelin/EM/D.A Press 
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Em BH, Faixa preferencial da avenida Amazonas vai virar exclusiva

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A faixa preferencial para ônibus da avenida Amazonas foi a primeira a ser implantada na capital, há cerca de 30 anos. Hoje, com o aumento do fluxo de veículos na via, a preferência para os coletivos não é respeitada. Para minimizar o problema, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) está finalizando um projeto para transformar a faixa preferencial em exclusiva, seguindo a tendência de outras avenidas da cidade, como a Pedro II, que teve o sistema implantado há um mês.

A reportagem de O TEMPO percorreu a avenida no fim da tarde dessa quarta e constatou que o espaço dos coletivos é tomado por carros quando há congestionamento. Por dia, 91 mil veículos circulam na Amazonas e, por hora, no pico, são 475 ônibus na via.

O fato da pista ser apenas preferencial – o motorista não é multado se estiver nela – faz com que muitos optem por trafegar nas faixas da direita junto com os ônibus, onde o trânsito, muitas vezes, flui melhor. Quando o sistema de exclusividade for implantado, a via, que já tem nove radares de controle de velocidade, deve ganhar detectores de invasão de pista exclusiva, que vão multar quem invade a pista dos ônibus.

Em alguns trechos da avenida, há duas pistas preferenciais e em outros apenas uma faixa mais larga. Para os demais veículos, há duas faixas de cada lado. O diretor de Ação Regional e Operação da BHTrans, Edson Amorim, não diz quando haverá a mudança, mas afirma que o projeto está perto da conclusão. Ele explica que a faixa preferencial é a primeira medida tomada para separar os veículos enquanto a quantidade de carros não atrapalha o transporte coletivo.

“Antes, as faixas eram respeitadas. Só quem realmente estava precisando usava, porque ficar no meio dos ônibus era prejuízo. Como o nível de congestionamento aumentou, o ônibus começou a não ter preferência e disputar espaço com os carros. Por isso, precisamos ter a faixa exclusiva”, afirmou Amorim.

Medo. Assim como na avenida Pedro II, a Amazonas é tomada por comércio, muitos com estacionamento. Como aconteceu na via que liga a Pampulha ao centro, os comerciantes da Amazonas temem que as faixas à direita deixem clientes receosos. “Sem dúvida vai nos prejudicar muito. O cliente não vai conseguir entrar na loja se estiver na faixa do meio em horário de pico. E, se entrar antes na faixa, vai ficar com medo de ser multado”, disse Cassiano de Castro, gerente de uma loja de veículos.

A adaptação na Pedro II teve que ser maior porque lá antes se podia estacionar na avenida e não havia nem faixa preferencial, além de ser mais estreita. Mas, de qualquer maneira, as faixas à direita sofrem interferência a todo momento com entrada de veículos nos estabelecimentos, conversões à direita e carros parando para embarque e desembarque de passageiros – é proibido estacionar em toda a Amazonas. Quem vem das ruas transversais só consegue entrar na via pela faixa de ônibus, demorando a fazer a transferência quando o trânsito é intenso.

Para o engenheiro Márcio José de Aguiar, a mudança não vai melhorar a circulação na via. “O sistema não vai funcionar direito por causa das interferências na faixa. Mais uma vez, será uma pista, toda ocupada, sendo adaptada. Vai melhorar no curto prazo, depois o trânsito só vai piorar”.

Radares
Fiscalização. Na avenida Augusto de Lima, dois radares foram instalados na nova pista exclusiva. Um deles foi homologado nessa quarta. A BHTrans ainda vai informar o início da operação de ambos.

Faixas de ônibus na capital
Corredor do Move da avenida Cristiano Machado: 7,36 km de extensão

Corredor do Move nas avenidas Antônio Carlos/ Pedro I/Vilarinho: 14,7 km

Corredor do Move na Santos Dumont e Paraná: 1,34 km

Faixas exclusivas na área hospitalar, nas avenidas Augusto de Lima e Alfredo Balena, ruas Curitiba, Padre Belchior, Goiás e dos Timbiras: 5,73 km

Pista exclusiva da avenida Pedro II: 6 km

Faixa exclusiva na avenida Nossa Senhora do Carmo: 900 metros

Pistas exclusiva do Move no Complexo da Lagoinha (a BHTrans não informou a extensão)

Faixa exclusiva na Cristiano Machado, entre
as avenidas Vilarinho e Sebastião de Brito: 11 km

Faixas preferenciais de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 16h às 20h: rua Tupis, entre Paraná e Rio Grande do Sul; avenida Amazonas; avenida dos Andradas e rua Araguari

Projeto para implantar Move no corredor está em estudo

A BHTrans estuda implantar um corredor exclusivo do Move na avenida Amazonas. Hoje, algumas linhas circulam na via, mas a ideia é ter pista de concreto e estações para embarque em nível. Mas o projeto da faixa exclusiva tem sido tocado em paralelo. “O projeto do BRT é outro estudo, que se caracteriza por transporte de alta capacidade circulando”, explicou o diretor Edson Amorim.

Quando o BRT foi planejado, há quatro anos, a primeira opção era usar a Amazonas, na altura do Mercado Central até a praça da Estação. Depois, simulações de trânsito mostraram que o impacto na mobilidade do hipercentro seria muito grande e se optou pelas avenidas Paraná e Santos Dumont. “Acredito que a avenida é muito estreita para implantar corredor no centro dela.

Precisamos de transporte de massa que não interfira no trânsito”, avaliou o engenheiro Márcio Aguiar.

Por Joana Suarez
Informações: O Tempo

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Após incêndio, Ônibus articulados do BRT/Move podem passar por recall

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Uma perícia que vai apontar as causas do primeiro incêndio de um coletivo do Move pode motivar um pedido de recall às empresas Mercedes-Benz e Marcopolo, principais fornecedoras de ônibus do BRT em Belo Horizonte. A BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) admitiram que, caso fique comprovado algum problema que pode se estender a outros veículos, irão requisitar um reparo preventivo em toda frota. Proprietário do BRT queimado, o grupo Saritur confirmou a perícia para determinar a causa do incêndio, iniciado na articulação – parte sanfonada que une as duas composições do ônibus –, na noite dessa segunda-feira, na Avenida Pedro I. 

O exemplar de prefixo 10701 que pegou fogo tem carroceria Marcopolo Viale BRT, chassi Mercedes-Benz O-500 MA e estava nas ruas desde o primeiro dia de operação do Move, em 8 de março. Desde então, rodou em diversas linhas, como a 82 (Estação São Gabriel/Savassi via Hospitais), 83D (São Gabriel/Centro - Direta) e 83P (São Gabriel/Centro - Paradora), sendo utilizado, depois da inauguração das estações Pampulha e Vilarinho, na linha 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais) e, por último, na 61 (Estação Venda Nova/Centro - Direta). Marcopolo e Mercedes-Benz disseram que só irão se posicionar a respeito depois da conclusão de laudo técnico.

Embora o incêndio tenha começado no centro da carroceria, o ônibus sofreu perda total, segundo a Saritur. A BHTrans apontou a obrigatoriedade de vistoria em toda a frota e a exigência de pelo menos um extintor de incêndio com fácil acesso a motorista e passageiros. O órgão ressaltou que aguarda a perícia para analisar se se tratar de uma ocorrência pontual, e, caso seja necessário, no papel de gestora e fiscalizadora do sistema, irá cobrar das concessionárias a realização do recall.

Fabricante do chassi do coletivo, a Mercedes-Benz informou que uma equipe técnica da fábrica foi enviada para Belo Horizonte para entender o ocorrido. “Uma análise já foi iniciada para ser apurado o que de fato ocorreu. Só iremos nos manifestar sobre o caso após a conclusão dessa análise técnica”, disse, em nota. Já a Marcopolo garantiu que não há histórico de casos semelhantes envolvendo BRTs da marca, sediada em Caxias do Sul (RS). 

O incêndio no BRT da Viação Jardins, empresa do Grupo Saritur, aconteceu por volta das 18h de segunda-feira, na Avenida Pedro I, próximo ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, Bairro Planalto, Região Norte da capital. O motorista Maurício Ferreira de Lima contou que percebeu uma fumaça estranha e parou o ônibus. Sete passageiros desceram e embarcaram em outro coletivo da linha 61. O motorista foi até a sanfona e observou que havia chamas na parte de baixo. Funcionários de um posto de gasolina ficaram assustados com o fogo. “Dava para sentir o calor aqui no posto, a 35 metros de distância. O fogo apagou antes que os bombeiros chegassem. Explodiu o que tinha que explodir e com cinco minutos o ônibus já estava todo queimado”, afirmou o frentista Flávio Vieira da Silva. 

TESTES Em 7 de março – um dia antes do início da operação do BRT da capital –, o Estado de Minas apontou a realização de testes de refrigeração em um ônibus articulado Mercedes-Benz O-500 MA do Move, ainda na fábrica da Marcopolo, para evitar casos de superaquecimento. A falha paralisou parte da frota do Transoeste, primeiro corredor do Rio de Janeiro. A explicação dada pelo fabricante de chassi na época foi de que o corte da grama ao longo da margem do BRT e o compressor do ar-condicionado levavam ao aquecimento do radiador e do compartimento do motor, respectivamente. 

Dos 428 ônibus previstos até a implantação total do novo sistema –192 articulados e 236 do tipo padron (com motor dianteiro e também usado em linhas mistas) –, 248 já estão em operação. A frota presente nas ruas é distribuída entre 145 ônibus articulados e 103 padrons. (colaborou Pedro Ferreira)

Guilherme Paranaiba e Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas


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Trânsito é alterado na Avenida Pedro I após desabamento de viaduto em BH

Por causa do desabamento de um viaduto na Avenida Dom Pedro I, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (3), o trânsito foi alterado na região do Parque Lagoa do Nado. Segundo a BHTrans – empresa que gerencia o tráfego na cidade – a via em que ocorreu o incidente está interditada entre as avenidas Portugal e Cristiano Guimarães.
Foto: Raquel Freitas/G1
Agentes e estão no local operando e indicando os desvios aos motoristas. A BHTrans orienta que condutores evitem a região e deem preferência a caminhos alternativos, como as Avenidas Cristiano Machado, Portugal, Olímpio Mourão Filho e Vilarinho.

Quem segue no sentido bairro deve passar pela barragem da Pampulha, Avenida Portugal, Avenida Cristiano Guimarães, Avenida Pedro I, Avenida Waldomiro Lobo e Cristiano Machado. Motoristas que trafegam nesta direção podem também passar pelo  Viaduto João Samaha, Avenida 12 de Outubro, Avenida João Samaha e Avenida Vilarinho.

Já no sentido Centro, o desvio deve ser feito pela Rua Padre Pedro Pinto, Hospital Risoleta Neves e Avenida Cristiano Machado.

Transporte coletivo
Linhas do transporte coletivo de Belo Horizonte e metropolitanas também tiveram o itinerário alterado. As estações do Move Lagoa do Nado, São João Batista, Planalto e Cristiano Guimarães estão com funcionamento suspenso.

De acordo com a BHTrans, os ônibus diretos das estações Vilarinho e Venda Nova que passam pela Avenida Pedro I serão desviadas para a Avenida Cristiano Machado.

As linhas paradoras de Belo Horizonte das duas estações que passam pela Avenida Pedro I serão desviadas para vias internas. No sentido Centro, saindo de Venda Nova, elas seguirão pela Rua Alfredo Santos Neves, Avenida Vilarinho, Rua Dr. Álvaro Camargos, São Pedro do Avaí, Pedro I. A partir daí, o itinerário é o mesmo. No sentido Bairro, as linhas seguem o itinerário normal até a Estação Montese e depois entram no viaduto João Samaha, Rua João Samaha, seguem pela Rua Álvaro Camargos e Avenida Vilarinho.

Já a Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop) informou que bloqueio da Pedro I atinge todas as linhas do transporte coletivo metropolitano que têm itinerário nestes locais.

Informações: G1 MG


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Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960