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Tortura! No feriadão, Rio de Janeiro e São Paulo registram engarrafamentos recordes

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Nos últimos dias, principalmente no último feriadão, cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, registram congestionamentos recordes. Os números do Detran de São Paulo mostram que, desde 1997, a capital ganhou mais carros do que moradores. São 29 mil motoristas por hora numa avenida. Para mostrar o drama de quem enfrenta este tipo de tráfego, bem como apontar possíveis soluções, o Mais Você foi às ruas e conversou com especialistas.

Rio supera São Paulo em trânsito
O programa mostrou uma pesquisa feita por uma empresa holandesa especializada em serviços de navegação: ela aponta que, no Rio, os percursos demoram 50% a mais do tempo que seriam feitos sem engarrafamento. Num fim de tarde, horário de pico, o tempo perdido no trânsito chega a ser 125% maior. A capital fluminense é apontada como a terceira mais engarrafada do mundo, superando São Paulo e ficando apenas atrás de Moscou, na Rússia, e de Istambul, na Turquia. "Com tantas obras, o trânsito aqui piorou muito, e hoje está muito pior do que o de São Paulo", ressaltou Ana Maria Braga.

O feriadão em São Paulo
No dia 14 de novembro, véspera de feriado, sair de São Paulo não foi uma tarefa fácil. A cidade registrou o pior índice de engarrafamento da história: 309 quilômetros de ruas e avenidas travadas. Daria para formar uma fila de veículos da capital até Ribeirão Preto, no interior. O casal Luis Sérgio e Cláudia, que tem duas filhas, queria aproveitar o fim de semana prolongado e viajar para o litoral, só que eles não imaginavam que enfrentariam tanta dificuldade para chegar ao destino. Eles saíram de São Paulo às 18h e só chegaram em Caraguatatuba às 2h30. 

Qual seria a solução
Especialistas afirmam que a única solução é investir no transporte público e desestimular o uso do carro particular. O engenheiro de tráfego Humberto Pullin acredita que o metrô seria uma boa alternativa. "Porque o metrô não tem interferência nenhuma. Ele é um tipo de transporte que pode estar chovendo que não tem problema de acidentes. Se não tiver falhas, ele funciona perfeitamente. Para você ter uma ideia, a região metropolitana de São Paulo, com 22 milhões de habitantes, tem 71 quilômetros de metrô. Hoje, precisaria ter 300 quilômetros", garantiu o especialista.

Pequim: o exemplo!
Pequim tem 21 milhões de moradores e 442 quilômetros de metrô. A cidade de São Paulo tem 12 milhões de habitantes e 71 quilômetros de metrô, ou seja, a população de São Paulo é pouco mais da metade da de Pequim e o metrô paulista é seis vezes menor que o de lá. Atualmente, a maior rede de todas é a do metrô de Pequim, capital da China. São mais de 442 quilômetros de extensão. É praticamente a distância entre o Rio de Janeiro e São Paulo, distribuída em linhas férreas.Também é da China a segunda maior rede de metrô do mundo. Na cidade de Xangai, a extensão das linhas é de 425 quilômetros. Logo atrás vem Nova York com 418 quilômetros.

Informações: G1 Mais Você

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VLT traz tecnologia de ponta no transporte da Baixada Santista

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Implantado com sucesso em sistemas de transporte de diversas cidades ao redor do mundo, o VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos agora é realidade na Baixada Santista. A população já utiliza diariamente o novo modal em horários gradativamente ampliados desde o primeiro semestre de 2015.
A2/Eduardo Saraiva

Silencioso e não poluente o VLT já mudou o visual de Santos e São Vicente. Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, o empreendimento está a cargo da EMTU/SP, uma empresa vinculada à Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

Grande parte das obras do primeiro trecho de 11km, que liga Barreiros, em São Vicente, à região do Porto de Santos, foram entregues. Estão previstas ainda mais quatro estações em Santos – Bernardino de Campos, Ana Costa, Washington Luis e Conselheiro Nébias -, além do Terminal Barreiros, em São Vicente, a serem concluídas até julho de 2016.

Na área do Terminal Porto, construímos o moderno Centro de Controle Operacional do VLT. Do prédio de três andares é possível controlar a operação dos veículos, sistemas de energia, movimentação do embarque e desembarque de passageiros e segurança das estações e vias.

A segunda etapa, Conselheiro Nébias – Valongo, em Santos, terá obras iniciadas em 2016. Serão 8km de extensão, com a construção do Terminal Valongo e de 13 estações de embarque e desembarque. A extensão Barreiros – Samaritá, em São Vicente, em fase de projeto, contará com 7,5km e quatro estações.

As operações-teste em andamento alcançaram grande sucesso, transportando cerca de 90 mil usuários desde 2015. No início deste ano, o Consórcio BR Mobilidade assumiu a Operação Assistida conjuntamente com a EMTU/SP, e os horários de atendimento à população foram novamente ampliados.

Os veículos começaram a circular diariamente das 9h às 16h, atendendo as estações Mascarenhas de Moraes, São Vicente, Emmerich, Nossa Senhora das Graças, José Monteiro, Itararé, João Ribeiro, Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado. O trecho de 6,8km é percorrido em até 20 minutos, com intervalo de 10 minutos entre as viagens.

A partir de 31 de janeiro está previsto o início da cobrança de tarifa. Em março o horário de atendimento será estendido em 5 horas (das 7h às 19h) e, em setembro, atenderemos das 6h às 23h.

Desde a concepção dos projetos até a operação atual, a população da Baixada Santista foi envolvida em cada etapa, seja participando das audiências públicas realizadas ou visitando a Estação-Modelo montada em São Vicente - onde os futuros usuários puderam ter ideia de como seria o VLT brasileiro.

O sonho de colocar em funcionamento o primeiro VLT do Estado de São Paulo foi inspirado nos modelos de sucesso em funcionamento na Europa. Visitamos a fábrica da Vossloh, em Valencia, na Espanha, e a fábrica da TTrans, em Três Rios, no Rio de Janeiro, acompanhando a produção dos primeiros VLTs da Baixada Santista. A empresa espanhola, ao lado da brasileira TTrans, integra o consórcio TREMVIA que venceu a licitação para a fabricação de 22 veículos. Deste total, 12 já foram entregues e outros dois estão previstos para março.

Os novos condutores receberam treinamento intenso, teórico e prático, ministrado pela EMTU/SP e pela empresa Ferrocarriles de la Generalitat, responsável pela operação do VLT na cidade espanhola de Valência.

E para garantir a adaptação das comunidades a esse novo modal, iniciamos em dezembro de 2015 uma campanha de conscientização. Pedestres, motoristas, ciclistas, motoqueiros e usuários que circulam na região foram orientados sobre cuidados com a segurança, além da instalação de faixas de sinalização nos cruzamentos ao longo do trecho em operação e próximo às estações, distribuição de folhetos informativos e também cartazes nos ônibus e nos VLTs.

As populações de Santos e São Vicente estavam habituadas ao tráfego pontual da antiga linha férrea e agora todos precisam prestar a atenção ao VLT, que passa com mais frequência e é muito mais silencioso do que os antigos trens. Como ocorre nas cidades europeias onde já é parte da rotina dos habitantes, temos certeza de que o VLT conviverá harmoniosamente com carros, ônibus, pedestres e ciclistas também na Baixada Santista.

Além da obra em si, o VLT é um indutor de melhorias urbanísticas. O projeto paisagístico foi pensado de forma a integrar o modal com as características locais, minimizando os conflitos com a arquitetura e o patrimônio histórico da região. O entorno foi revitalizado, especialmente na área portuária.

O VLT é o eixo principal do Sistema Integrado Metropolitano – SIM que o Governo do Estado de São Paulo implementa na região por meio da Parceria Público-Privada com o Consórcio BR Mobilidade Baixada Santista. Contaremos com a reestruturação do sistema de ônibus metropolitano, contribuindo para a melhoria da mobilidade e qualidade de vida da população dos nove municípios.

É crescente entre os moradores da Baixada a satisfação em utilizar o VLT e a confiança na melhoria da mobilidade em toda a região. São impressões que têm sido registradas nas reportagens exibidas pelos veículos de comunicação, o que nos faz acreditar ser cada vez mais possível executar bons planos de governo e fazer política pública com seriedade.

* Joaquim Lopes é presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo – EMTU/SP, empresa vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo.

por Joaquim Lopes, presidente da EMTU/SP 
Informações: Hoje São Paulo

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São Paulo bate a marca de 8 milhões de veículos

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A frota da capital paulista chega a 8 milhões de veículos nesta segunda-feira (25), segundo projeção feita pelo G1 com base no número de novos emplacamentos diários feitos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que é de 723. O último dado oficial do departamento é o balanço de abril, quando a frota da cidade fechou em 7,98 milhões de veículos.

A nova marca evidencia a briga crescente por espaço nos 17 mil kms de vias da cidade e, para especialistas, torna ainda mais importante o investimento maciço em transporte público. Os números do Detran mostram que todos os tipos de veículos seguem crescendo em São Paulo, desde motos, ônibus e caminhões.

O avanço do número de automóveis por pessoa é, porém, um dos quesitos mais alarmantes. Em março de 2011, quando a frota da capital bateu a casa de 7 milhões, a capital tinha aproximadamente um carro para cada 2,19 habitante se levadas em conta as projeções populacionais da Fundação Seade. Hoje, essa relação baixou para 2,03.

Já no Brasil, essa proporção é de 4,1 habitantes para cada carro, segundo os últimos dados disponíveis do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço da frota ao longo dos anos tem impacto direto em problemas como congestionamentos e acidentes. Também em uma comparação com 2011, o trânsito no horário de pico foi nos primeiros quatro meses de 2015 foi 14% maior do que o verificado há quatro anos, chegando a picos de 109 km de lentidão.

Segundo especialistas em transporte, é um problema crescente, apesar da diminuição do trânsito se comparado com o ano passado em 16,3% -fato atribuído à crise econômica. A Prefeitura de São Paulo credita a melhoria no trânsito às obras de mobilidade da gestão Fernando Haddad que estariam contribuindo para a redução do uso do automóvel na cidade. Já em relação aos acidentes, o ano de 2014 teve 1.195 fatais, 7,2% mais do que o ano anterior.

Investimento em transporte público
Para especialistas em transporte ouvidos pelo G1, não há outra solução que não investimento maciço em transporte público. “Gastar com pontes e túneis hoje em São Paulo é jogar dinheiro fora. Em um mês se exaure”, afirma o consultor Horácio Figueira.

Ele cita o exemplo da Marginal Tietê, que teve faixas ampliadas em 2009, canteiros eliminados, e que teve um ganho de velocidade apenas por um período, voltando a ser rapidamente um dos pontos caóticos do trânsito da capital.

Segundo o especialista, não seria possível colocar mais de 1 milhão de veículos ao mesmo tempo nos 17 mil km de vias de São Paulo, segundo cálculos feitos por ele considerando o tamanho médio dos carros e a malha viária da capital.

A opinião é semelhante à do professor área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, que compara a cidade de São Paulo a um baile. "Vai chegando gente e o salão não aumenta de tamanho. O espaço viário para circularem não cresce nessa proporção.”

Para ele, as melhorias trazidas por uma linha de Metrô ou um corredor de ônibus são permanentes. Ele afirma que o investimento em faixas de ônibus na atual gestão Fernando Haddad (PT), quando foram inaugurados 475,4 km de faixas e corredores de ônibus, teve o mérito de melhorar a velocidade dos coletivos, tornando o serviço mais atrativo.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, cita também os investimentos em ciclovias como motivo da recente queda de lentidão no município – hoje são 210 km. Bandeira Guimarães discorda que elas possam ter tido algum efeito significativo no trânsito. "Melhora no trânsito de São Paulo, só se houvesse uma grande melhoria e ampliação do transporte público num projeto de médio prazo. “É preciso investimento em massa em transporte público de qualidade", avalia.

Nesse mesmo sentido, Horácio Figueira lamenta a velocidade de crescimento do Metrô de São Paulo, que é de cerca de dois quilômetros novos por ano, menor do que outras metrópoles como Cidade do México. Para ele, a saída mais rápida é a construção de corredores de ônibus.

Figueira opina também que a mudança precisa ser cultural. “As pessoas já se acostumaram no padrão de conforto do carro, mesmo sofrendo duas horas, a pessoa não vê outra alternativa”, diz.

Informações: Márcio Pinho
Do G1 São Paulo
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Cidade de São Paulo registra 10 milhões de passageiros a menos neste ano de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apesar das ações da Prefeitura de São Paulo para priorizar o transporte público no espaço urbano, com a implantação somente neste ano de 282 quilômetros e 200 metros de faixas exclusivas até agora, os ônibus municipais perderam passageiros.

A queda foi de 9 milhões 496 mil 386 passageiros na comparação entre o acumulado de janeiro a setembro de 2012 com o mesmo período de 2013. Isso representa uma redução de 4,35% na demanda dos ônibus.

Os dados são disponibilizados pela SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos serviços municipais.

No consolidado entre janeiro e setembro de 2012, os ônibus na cidade de São Paulo atenderam 2 bilhões 190 milhões 397 mil 875 passageiros. Em 2013, entre estes meses, passaram pelos ônibus de São Paulo 2 bilhões 180 milhões 901 mil 489 pessoas.

Uma parte dos passageiros migrou para o metrô e outra para o carro.

Os dois cenários são preocupantes do ponto de vista de mobilidade urbana.

O metrô, cuja malha reduzida em São Paulo tem um ritmo de expansão lento diante das necessidades dos passageiros, é um dos mais lotados do mundo. Alguns trechos, em especial da linha 3 Vermelha, estão saturados e as estações sobrecarregadas.

Mais passageiros no metrô no atual quadro do sistema, pode significar comprometimento de conforto. É interessante o aumento do número de pessoas nos modais metroferroviários desde que a oferta da malha e também de viagem nas linhas já existentes acompanhem este ritmo.

As cidades hoje não têm como objetivo principal a transferência de passageiros do transporte público para outro meio de transporte público.

O alvo é diminuir o número de pessoas que se deslocam de carro no cotidiano.

E, até o momento, apesar dos inegáveis ganhos no tempo de viagem, que chegam a cerca de 50% para quem já é passageiro, os ônibus em São Paulo ainda não conseguem atrair quem se desloca por transporte individual em número significativo.

Com as faixas, algumas pessoas deixaram o carro em casa, mas ainda é pouco diante do crescimento acumulado da frota de automóveis em São Paulo.

De acordo com dados do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, referentes a setembro, a frota de veículos na cidade de São Paulo continua crescendo e chegou a 6 milhões 585 mil 559. Deste total, 4 milhões 940 mil 944 são carros de passeio.

O poder público municipal espera que com o aumento de velocidade dos ônibus e mais confiabilidade no sistema com a construção de 150 quilômetros de corredores, que são diferentes de faixas, o transporte público se torne mais atraente.

Corredores do tipo BRT – Bus Rapid Transit – são considerados por especialistas a solução mais adequada para qualificar e tornar os serviços de ônibus mais atraentes.

Os corredores possuem algumas características não comuns nas faixas de ônibus:

- Separação total do tráfego dos demais veículos. Normalmente à esquerda ou no meio das vias, os corredores registram menos invasões e possuem uma quantidade bem menor ou inexistente de gargalos. Nos cruzamento, há sinalizações, como a implantada na Linha Verde em Curitiba, que controlam os semáforos dando prioridade à passagem dos ônibus.

- Acessibilidade e conforto: os corredores do tipo BRT possuem estações e não pontos. Estas estações são dotadas de elevadores e rampas permitindo com que o embarque e o desembarque sejam feitos em plataformas que ficam no mesmo nível do assoalho dos ônibus, dispensando os degraus nos veículos. As estações também oferecem abrigo melhor para a espera do ônibus e podem também contar com painéis que informam as linhas que servem o local, além da previsão da chegada do ônibus, por sistema de GPS na frota. O pré-embarque também é outra característica das estações de BRT. Trata-se do pagamento antecipado da passagem por cartão eletrônico. Isso faz com que a entrada no ônibus seja mais rápida e permite que os veículos não possuam catracas, caso só sirvam o corredor, aumentando o espaço interno para os passageiros.

- uso de veículos maiores e com mais tecnologia: Por serem espaços só para os ônibus, os corredores do tipo BRT permitem a aplicação de ônibus de maior porte, com mais capacidade de transporte, como os articulados de 18 metros de comprimento, superarticulados de 23 metros e biarticulados de 28 metros. Cada veículo deste pode transportar entre 160 e 270 passageiros sem superlotação. Além disso, os corredores contam com pavimento especial para ônibus, veículos de maior peso. Este pavimento desgasta e danifica menos o veículo na comparação com o asfalto comum, onde é comum o surgimento de buracos, ondulações e valetas por onde trafegam os ônibus. Oferecendo melhor estrutura de operação, é possível cobrar do empresário a colocação de veículos melhores, com gerenciamento eletrônico, computadores de bordo e motor traseiro ou central que oferecem mais conforto para os passageiros e motoristas. Câmbio automático ou automatizado, reduzindo os trancos típicos das trocas de marchas, e suspensão pneumática são itens que podem ser usados com mais facilidade em pavimento de melhor qualidade.

por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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São Paulo: Em entrevista, Jaime Lerner fala sobre novos modelos de ocupação urbana

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ele revolucionou o planejamento urbano nas suas três gestões como prefeito de Curitiba. Idealizou o conceito de Bus Rapid Transit - BRT, uma espécie "metronização do ônibus" que passou a ser adotado em várias cidades do mundo. Além disso, consolidou um sistema de parques tornando Curitiba a cidade mais verde do país e foi o primeiro a introduzir um programa de reciclagem de lixo urbano no Brasil. Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, não pára de criar soluções inusitadas, porém factíveis. Recentemente, propôs um parque linear com uma ciclovia sobre o espaço aéreo da linha férrea de São Paulo.

O urbanista defende que a solução para a mobilidade não passa necessariamente pela implantação de um metrô, mas sim pela organização da circulação de ônibus, carros, bicicletas e pedestres na superfície. As soluções em superfície tiveram início em Curitiba na sua primeira gestão (1971-75) quando se antecipou às grandes questões ambientais e de transporte que o mundo viria a travar e implantou um sistema integrado de transporte, criou uma rede de parques e áreas de reciclagem. Nos mandatos seguintes (1979-83) e (1989-93) consolidou uma rede integrada de transporte com pistas exclusivas e introduziu os famosos ligeirinhos e biarticulados.
Na última década, este sistema foi implantado também em Bogotá, na Colômbia. Segundo explica Lerner, a metronização do ônibus cria uma alternativa de qualidade para a população.
- Não é só pista exclusiva. É embarque rápido. Acessibilidade no mesmo nível. É um tempo de espera menor do que um minuto para pegar um ônibus. Isso não é impossível de se fazer. Não se pode é pensar num único sistema. Tem que se pensar numa integração entre vários modais e melhorar a superfície - diz o urbanista.
Nesta semana, Jaime Lerner participou do Fórum Imobiliário do Secovi de São Paulo, evento que faz parte da Semana Imobiliária de São Paulo, que acontece até este domingo. Na ocasião, ele falou sobre novos modelos de ocupação para a capital. Em entrevista ao Morar Bem, fala sobre algumas possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida das cidades e das moradias. Confira.
São Paulo vive um grande problema de transportes com a população gastando mais de duas horas diárias em seus deslocamentos. A extensão da rede de metrô ainda deverá consumir alguns anos. Existem outras soluções?
Jaime Lerner - É impossível imaginar uma rede completa de metrô em São Paulo ou em qualquer outra cidade do mundo. Londres, Moscou e Nova York fizeram isso há 120 anos, quando era mais barato trabalhar no subsolo. Em São Paulo, vamos ter ampliação de algumas linhas de metrô, mas 84% dos deslocamentos acontecem na superfície. A superfície precisa ser melhor operada. O segredo da mobilidade está na complementaridade de metrô, ônibus, táxi, bicicleta, tudo isso tem que se completar. O metrô não vai funcionar se o sistema de superfície não funcionar bem. Temos que metronizar a superfície e garantir ao ônibus a mesma qualidade do metrô.
Poderia descrever seu projeto de aproveitamento do espaço aéreo da linha férrea para construção de uma ciclovia em São Paulo?
Lerner - Acho que o trem de subúrbio deve jogar um papel fundamental nas propostas de ocupação em São Paulo. Temos que ancorar o crescimento de São Paulo, onde existe boa qualidade de transporte com aproveitamento de áreas disponíveis, como o espaço aéreo sobre a linha férrea, criando um parque linear onde as pessoas possam transitar por cima. Um parque acompanhando todo o traçado ferroviário. Com possibilidade para que construções sejam erguidas nas proximidades.
Que conceito deveria nortear os projetos urbanos nas capitais brasileiras que virão a sediar os jogos da Copa do Mundo?
Lerner - As cidades não devem pensar na Copa do Mundo em termos de estádios. O grande problema da Copa do Mundo não são os estádios. Os problemas são as ligações aéreas, que são um desastre. E é preciso melhorar a mobilidade dentro das cidades, evidentemente.


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Em São Paulo, pistas especiais (ciclovias e ciclofaixas) ajudam a vender bicicletas

quinta-feira, 17 de março de 2011

A via de 30 quilômetros que liga, há cerca de um mês, quatro parques na zona sul da capital paulista está ajudando a ampliar as vendas de bicicletas e acessórios para a prática do ciclismo.

No dia 26 de janeiro, quando foi inaugurada a CicloFaixa, 40 mil ciclistas passearam na via entre os parques das Bicicletas, Ibirapuera, do Povo e Villa Lobos, segundo Walter Feldman, secretário municipal de esportes, lazer e recreação.

A diretora de marketing da Caloi, Juliana Grossi, diz que as lojas de bicicleta próximas da CicloFaixa triplicaram as vendas.

A Bike Town, loja localizada no bairro do Campo Belo, chegou à marca de 2 mil bicicletas vendidas em 2010, entre as vendas feitas pela internet e na loja física. Metade desse total é atribuída às campanhas de incentivo ao uso da bicicletas. "A CicloFaixa é fundamental para impulsionar o uso da bicicleta", diz Celso Cardoso do Amaral Filho, sócio da Bike Town, inaugurada em 2008.

O comércio não ligado diretamente ao mundo da bicicleta também fatura com o movimento. A lanchonete Açaí, na avenida Faria Lima, viu sua loja lotar no domingo que antecedeu o aniversário de 457 anos de São Paulo, em 25 de janeiro, com bicicletas estacionadas por todo lado. As vendas crescem cerca de 50% aos domingos, no horário que a ciclo faixa funciona, das 7h às 14h.

A fabricante de bicicletas Caloi vendeu 700 mil bicicletas em 2010, com aumento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2011 o crescimento esperado é de 30%, com expectativa de ultrapassar a marca de um milhão de bicicletas.

O crescimento é mais impactante se comparado com a estabilidade na produção de bicicletas no Brasil no biênio 2009/2010, em 5,3 milhões de unidades por ano, segundo dados da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. Em 2008, a produção chegou a 5,8 milhões de unidades. Para este ano, a previsão é de um pequeno aquecimento para 5,4 milhões de bicicletas produzidas -a estimativa da Houston é maior, de 6,3 milhões para o país.

A Caloi fornece equipes de manutenção de bicicletas e empresta bicicletas para quem quer passear na CicloFaixa. Vendeu a preço de custo as 7 mil bicicletas participantes neste ano do World Bike Tour de São Paulo, no aniversário da cidade. Esse passeio ciclístico também ocorre em cidades como Lisboa, Porto e Madri. E já confirmou seu apoio para a edição de 2012 do evento em São Paulo.

A diretora da Caloi diz que o papel da empresa não é construir ciclovias, mas observa que o melhor plano de marketing que uma fabricante de bicicletas pode ter é apoiar melhorias de infraestrutura para uso desse meio de transporte.

A Bradesco Seguros seguiu mais ou menos o mesmo raciocínio. Patrocinou a CicloFaixa, a World Bike Tour, a competição ciclística Tour do Rio e um bicicletário para os visitantes da Casa Cor de 2010, em São Paulo. Enrique Adan, diretor do grupo Bradesco Seguros, se diz aberto a novos projetos de incentivo à bicicleta que contribuam para a longevidade dos brasileiros.

"Não dá para segurar o que seu tempo chegou. Chegou o tempo da bicicleta", diz Walter Feldman, que estava na inauguração da CicloFaixa há pouco mais de um ano e encabeçou a criação do projeto que já estava no papel há 20 anos e deve ser ampliado.

Feldman já propôs leis, como vereador e deputado por São Paulo, em prol do uso da bicicleta. Uma delas dizia que toda nova avenida construída em São Paulo teria que possuir uma ciclovia. Se esta lei tivesse sido cumprida, a cidade já teria uma malha de ciclovias de 100 km somente por conta das novas avenidas, estima o secretário.

Feldman informou que o site da prefeitura deverá ter neste ano um link chamado Ciclorotas, que mostrará os melhores caminhos para quem quiser usar a bicicleta como meio de transporte. Em alguns países o site de mapas do Google, além de oferecer rotas para carros, ônibus e a pé, oferece caminhos adequados para o uso de bicicleta.

O Grupo Executivo (GE) Pró-Ciclista, criado pela Prefeitura de São Paulo em 2006, é formado por um conjunto de cinco secretarias, além de técnicos da SPTrans e CET. A Secretaria Municipal de Transportes, que encabeça este GE, elaborou os projetos funcionais do Plano de Ciclovias, prevendo a implantação de mais 54,5 km de infra-estrutura cicloviária em São Paulo, a ser iniciada neste ano.

A CET está preparando licitação para implantação de ciclovias no Jardim Helena (Zona Leste da capital paulista), no Jardim Brasil (Zona Norte), e Grajaú/Cocaia (Zona Sul).

O arquiteto e urbanista Ricardo Corrêa, da TC Urbes, empresa privada com foco no planejamento de soluções de transporte não motorizado, já tem 123 quilômetros de ciclovias projetadas para Campo Belo, Santo Amaro e Campo Grande. Desses, 30 quilômetros já foram aprovados pela subprefeitura de Santo Amaro.

De acordo com dados da Abraciclo, 50% das bicicletas no Brasil são de transporte, 32% infantis, 17% de recreação e lazer e 1% competição. E 28,8 milhões de bicicletas circulam pela região Sudeste do País, 44% da frota nacional.

Na cidade de São Paulo, a maioria das bicicletas de recreação e lazer para adultos é do tipo "mountain bike", apesar de grande parte dos ciclistas pedalar sobre o asfalto. Poucos, realmente, fazem trilhas de terra.

Na loja Bike Town, 70% das bicicletas vendidas são "mountain bikes" e menos de 5% são urbanas. Apenas como comparação curiosa, em países como o Canadá os números se invertem: 70% são bicicletas urbanas, segundo o dono da Bike Town. Ricardo Corrêa, da TC Urbes, diz que o Brasil deverá aproximar-se do Canadá em menos de 25 anos.

A Caloi está voltando neste ano com a linha urbana de bicicletas, da série Mobilidade, depois de quatro anos. Essas bicicletas têm um desenho mais adequado para o uso na cidade, com rodas maiores, aro 700 (ou cerca de 28 polegadas), e deixam a postura mais confortável.

Corrêa, da TC Urbes, também pretende entrar no mercado de bicicletas para uso urbano, com pequena produção, de 50 unidades de cada vez. Ele está produzindo um protótipo da bicicleta, com o nome sugestivo de Urbana, que deve começar a ser vendida em maio.

Outros projetos de incentivo ao uso da bicicleta em São Paulo começam a aparecer: ônibus acomodam bicicletas em seu interior; vagões do Metrô abertos para transporte de bicicletas a partir das 20h30 e aos domingos; e bicicletários em estações do Metrô e nos novos terminais de ônibus da SPTrans. Já faz parte do cenário noturno da cidade, os grupos das pedaladas noturnas, ou "night bikers".

Para Thiago Benicchio, diretor geral da Ciclocidade, associação focada no estímulo ao uso da bicicleta no ambiente urbano, as faixas exclusivas para bicicletas têm lados positivos e negativos. Estimulam o uso da bicicleta na cidade, mas, no caso da CicloFaixa, foi montada do lado errado da rua.

Benicchio diz que os ciclistas estão se acostumando a pedalar do lado esquerdo da pista, dificultando o acesso às ruas transversais. E alguns motoristas estão achando que ciclistas só podem trafegar entre cones. "Quem pedala todo dia já foi 'agredido verbalmente' por motoristas que mandaram o ciclista 'ir pedalar no domingo'", diz ele.

É, basicamente, na América Latina que são usadas, segundo Benicchio, as "segregated bike lanes", onde confinam-se os ciclistas do trânsito violento das cidades, por exemplo, com cones. Na Europa e nos Estados Unidos, quase todas as ciclovias são somente pintadas nas ruas, sendo respeitadas pelos motoristas. Afinal, no código de trânsito nacional a bicicleta tem preferência de circulação frente aos transportes motorizados.

No caso da ciclovia da Marginal do rio Pinheiros, a qualidade da pista de 14 km é boa, com piso adequado, aproveitando a característica plana da várzea do rio. O problema é o isolamento do ciclista. Ele é cercado por vias de alta velocidade e conta com apenas dois acessos à ciclovia. Existe um projeto de ampliação dessa pista em seis quilômetros até o parque Villa Lobos ainda neste ano.

O arquiteto Dimitre Gallego, que deixa sua bicicleta dobrável estacionada atrás de sua escrivaninha, faz parte do grupo que pedala da casa para o trabalho. "O que me motivou a comprar uma bicicleta dobrável foi a dificuldade de estacionar a bicicleta no meu novo trabalho. Apesar de o escritório ter duas vagas de carro, o edifício, como norma, não permite o estacionamento de bicicletas. E na rua não existem bicicletários ou paraciclos próximos", diz Gallego. "Agora demoro a metade do tempo que levava de ônibus e paro a bicicleta ao lado da minha mesa de trabalho".

No banco Santander, os funcionários que optam pela bicicleta têm estacionamento especial e vestiário para tomar banho e trocar de roupa.

Cardoso, da Bike Town, diz que os usuários das faixas especiais, assim como os novos ciclistas que vão ao trabalho de bicicleta, estão na mira do setor. Ele vendeu bicicletas recentemente para três funcionários do Santander e para um casal residente no Morumbi, bairro na zona sul da cidade de São Paulo. O casal decidiu comprar bicicletas quando a CicloFaixa chegou perto de sua casa.

Cleber Ricci Anderson, da loja Anderson, aberta em 1992, afirma que estímulos como a CicloFaixa e a educação do consumidor podem ajudar a levar novos clientes para sua loja. Em 2010, as vendas na Anderson cresceram 15%, em relação a 2009.


Fonte: Valor Econômico

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Ônibus movidos a etanol começam a circular em São Paulo

sábado, 28 de maio de 2011

Depois dos automóveis, ônibus vão circular com etanol no Brasil. Cinquenta deles integram a partir desta quinta, dia 26, a frota de transporte coletivo de São Paulo, a maior cidade do país. A mudança representa um ganho para o meio ambiente e um desafio para o setor sucroalcooleiro, que precisa atender a demanda cada vez mais crescente pelo biocombustível.

Não é pra menos que a experiência começou por São Paulo. A cidade tem a maior frota de carros e também de ônibus do país. Juntos, eles são responsáveis por um dos grandes problemas da metrópole, a poluição, que em grande parte é causada pela fumaça que sai dos escapamentos.

Os testes para trocar o diesel pelo etanol, que polui menos, começaram a ser feitos em ônibus há quatro anos. O compromisso de mudar foi assinado pela prefeitura no fim do ano passado. E agora enfim, os primeiros ônibus estão prontos para circular. Serão 50. 10 foram apresentados nesta solenidade na capital.

– Tendência existe de que a frota inteira possa efetivamente ser movida a etanol. Pra isso precisa um pouco mais de pesquisa, um pouco mais de estudo. Tenho a certeza absoluta de que em especial as entidades vinculadas ao setor têm interesses econômicos de que essas pesquisas, sejam realizados pra que a gente possa melhorar ainda mais a performance deste combustível em relação a estes veículos – destacou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os ônibus foram produzidos em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. São do mesmo modelo e tecnologia dos que são usados na cidade de Estocolmo, na Suécia, o primeiro país do mundo a utilizar o etanol em grande escala no transporte público urbano. Lá circulam 700 ônibus com o combustível brasileiro. A fábrica tem capacidade para produzir até quatro mil ônibus com esta tecnologia por ano.
É um etanol diferente dos que a gente utiliza nos nossos automóveis porque leva um aditivo que permite ele funcionar nestes motores. A diferença tecnológica, é que ele utiliza o que a gente chama de ciclo diesel. O mesmo ciclo dos motores convencionais a diesel, com algumas pequenas adaptações pra funcionar no combustível etanol – explica o gerente da Scania, André Oliveira.

Os novos ônibus paulistas vão liberar menos fumaça preta dos escapamentos. A redução deve ser de 90% em relação aos veículos a diesel, segundo os especialistas. Em São Paulo circulam atualmente 15 mil ônibus movidos a diesel. Se fossem a etanol o impacto ambiental seria equivalente a uma frota de apenas três mil ônibus.

A decisão de incluir ônibus movidos a etanol na frota do transporte público de São Paulo foi baseada numa pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Além das vantagens para o meio ambiente e para a saúde, os especialistas defendem que o etanol é a melhor solução entre os combustíveis renováveis pelo custo e para disponibilidade de matéria prima no Brasil. Isso que a demanda pelo combustível cresce a cada dia. No ano passado, 86% dos automóveis registrados no país eram flex.

O crescimento é comemorado pelas indústrias do setor sucroalcooleiro, mas não deixa de ser uma preocupação também.

– A gente vai ter que produzir pelo menos 400 milhões de toneladas a mais de cana ao longo destes próximos dez anos, além daquilo que a gente prevê, o que são em torno de 130 novas usinas – ressalta o presidente Unica, Marcos Jank.

Em SP os ônibus a etanol foram identificados com um selo e fazem parte de um programa que pretende usar a chamada tecnologia limpa em toda a frota. Não há uma previsão de quando todos os ônibus serão substituídos, mas a iniciativa que começou a ser colocada em pratica agora com o etanol, deve ter logo um outro tipo de efeito.

– A gente sabe que na medida em que São Paulo adota esses ônibus, automaticamente outras capitais virão atrás, outras grandes metrópoles – complementa Jank.

Segundo a pesquisadora da USP, Silvia Velazquez, durante o desenvolvimento do projeto já havia solicitações de outras localidades.

– É necessário [para que a expansão aconteça] que haja incentivos e que se desperte a consciência de que reduzindo a emissão de poluentes, certamente vamos melhorar a qualidade do ar, melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.Economia com saúde, pode-se despender outros recursos para melhorar a qualidade do ar da cidade – afirma a pesquisadora.


Fonte: Midia News

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São Paulo irá implantar 400 km de ciclovia ao custo de R$ 80 milhões

terça-feira, 17 de junho de 2014

A Prefeitura de São Paulo pretende implantar 400 km de ciclovias em toda a cidade até dezembro de 2015. O projeto faz parte do Plano de Metas apresentado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para ser executado até 2016, quando termina sua atual gestão.

A Secretaria Municipal de Transportes pretende antecipar a implantação total das ciclovias em um ano para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte do paulistano.

O primeiro trecho dos 400 km de ciclovias foi inaugurado como projeto piloto na semana passada e possui 1,6 km de extensão. O novo trecho começa no Largo do Paissandú, passa pela Rua Antônio de Godói, Rua Cásper Líbero e Rua Mauá, até a Sala São Paulo, no Centro da capital.

Atualmente, a cidade possui 63 km de ciclovias em São Paulo e 21 km de ciclovias municipais em construção.

Segundo estimativas, o custo total das obras é de R$ 80 milhões, ou seja, R$ 200 mil por quilômetro. Parte dos recursos devem ser disponibilizados pelo Fema ( Fundo Municipal do Meio Ambiente) que já possui  R$ 10 milhões do total da obra.

De acordo com a Secretaria, o projeto pretende não eliminar faixas de rolamento para não provocar impactos no trânsito, a não ser em casos específicos. Nesses casos excepcionais serão retirados da faixa esquerda das vias a cobrança da Zona Azul, espaço reservado para o estacionamento de carros e táxis. As calçadas também não devem sofrer interferências, já que é destinada aos pedestres.

As novas ciclofaixas, que irão funcionar 24 horas por dia, devem ser segregadas por tachões, além de balizadores para garantir a segurança do ciclista.

O perfil do usuário que deve utilizar os novos trechos não foi identificado.

Segundo representante da Associação Comercial de São Paulo, alguns comerciantes já demonstram preocupação com a instalação da ocupação de parte do leito carroçáveis para a colocação da ciclovia, pois dificultaria a parada de carros em frente aos estabelecimentos.

Acidentes
Durante o ano de 2013, a cidade de São Paulo registrou 712 acidentes com bicicletas. Desses, 35 resultaram em mortes, isto é, 4,9 % do total.

Informações: G1 SP

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Carro ainda supera uso de transporte coletivo em São Paulo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


O Metrô de São Paulo tem batido recordes de passageiros, o mesmo acontecendo com os trens metropolitanos. Apesar disso, até 600 carros novos são emplacados diariariamente em SP.
Um investimento de R$ 21 bilhões, feito com recursos do Governo do Estado e da Prefeitura, está em curso para expandir e aumentar a qualidade das linhas de Metrô, trens e ônibus urbanos em São Paulo. Os resultados desse esforço de resgate do sistema de transporte coletivo já podem ser medidos. Em novembro, no dia 19, o Metrô bateu seu próprio recorde de passageiros, com 3,71 milhões de pessoas. No mês seguinte, os vagões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) carregaram no dia 10 o total de 2,23 milhões de pessoas, alcançando a melhor marca do sistema.
Essas marcas, porém, ainda não são suficientes para indicar a reversão de décadas de aposta das autoridades no modelo de transporte individual. De acordo com dados oficiais, o volume de viagens dentro da cidade feitas em carros ainda é maior do que o de realizadas em ônibus.
O total de automóveis registrados em São Paulo chegou a 6,7 milhões em dezembro. "O carro sempre foi um privilegiado nessa cidade" , afirma o ex-diretor do Detran-SP Cyro Vidal. Ele lembra que a construção dos Metrôs de São Paulo, Cidade do México e Nova Delí começou quase simultaneamente, no final dos anos 60. Hoje, São Paulo tem 63 quilômetros de linhas versus cerca de 250 quilômetros de Metrô em cada uma das duas outras cidades. "Lá foi prioridade, aqui teve muita encenação" , critica.
Hoje, a única restrição à circulação de veículos se dá pelo rodízio municipal, que vigora por sete horas, durante um dia útil, de acordo com o final da placa do automóvel. Cresce, porém, o número dos que enxergam na instituição de pedágios urbanos uma alternativa complementar ao atual esforço de equalizar o modelo de transporte individual e coletivo.
Em Londres, a implantação dos pedágios urbanos, que apresentam tarifas mais caras à medida que o carro se aproxima do centro da cidade, tem merecido o apoio do público, aferido em pesquisas. "O problema do pedágio é que, em troca, a população merece receber alternativas de transporte público para seus deslocamentos" , lembra o engenheiro Hugo Marques da Rosa. "Aqui, ainda não temos essa alternativa.
"Apesar dos congestionamentos e problemas viários provocados pelas enchentes, não há chance, no curto prazo, de mudança no modelo de transportes urbanos em São Paulo. Ao mesmo tempo em que se constróem novas linhas de Metrô, se amplia a integração com os trens e se busca mais velocidade e eficiência sobre os trilhos, até 600 carros novos chegam a ser emplacados no Departamento de Trânsito nos dias de maior movimento.
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Empresa de ônibus que teve 38 carros queimados não tinha seguro

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Viação Urubupungá, que teve 38 veículos incendiados neste ano, informou que não tinha seguro dos veículos e o prejuízo com os ataques pode passar dos R$ 10 milhões. Na madrugada desta terça-feira (22), 34 veículos da empresa foram destruídos em uma garagem de apoio.

"Historicamente, os empresários do ramo não pensavam em seguro para a frota, mas creio que, por conta dos casos corriqueiros de ataques a ônibus, isso passe a ser a ser levado em conta. Só que os preços são altíssimos, incalculáveis", disse Miguel de Albuquerque, gerente geral da empresa.
Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo
Segundo João Gongora, representante do Sindicatos do Coretores de Seguro de São Paulo, nenhuma apólice prevê cobertura para incêndio ou vandalismo no país. "Há no mercado contratos para incêndio, mas em casos acidentais. Os incêndio provocados intencionalmente ou por vandalismo não são cobertos. É o tipo de sinistro que não é possível prevenir. Economicamente falando, seria inviável. É o mesmo que ter um ônibus e pagar por dois. Imagina isso em uma frota de ônibus."

De acordo com o gerente da Urubupungá, o custo para recuperação das carcaças dos ônibus destruídos pode variar de R$ 6 mil a R$ 200 mil. "Tudo depende da circunstância do evento. Ficamos suscetíveis aos preços de mercado. Sai mais barato montar um ônibus novo do que recuperar o estrago feito", afirmou Albuquerque.

O tempo para concluir a recuperação de um ônibus pode chegar a 150 dias. "Isso se precisarmos colocar motor novo, pintar, mexer no chassis, nos bancos, revestimentos, isolamento térmico. Fazemos tudo isso em nossas oficinas. É mais rápido fazermos assim do que esperarmos o processo todo de uma seguradora, como perícia, análise de apólice, burocracias. Dessa forma também conseguimos recolocar carros nas linhas em menos tempo, além de usarmos a reserva técnica", explicou o gerente da viação.

De acordo com Albuquerque, o seguro que é feito pela maioria das empresas de ônibus são os com "apólice de responsabilidade civil, com relação à vida de pessoas e atendem a casos de pequenos sinistros nos trânsito, para atender a demanda originada por terceiros ou algo que possa colocar a vida de passageiros ou outras pessoas em risco. São apólices com valores altos."

Albuquerque é porta-voz da Viação Urubupungá e de outras três empresas (Santa Brígida, Cidade Caieiras e Urubupungá Transporte e Turismo), que integram o grupo NOS. Ele explica que pensar em seguro para toda a frota do grupo pode inviabilizar a saúde financeira das viações. Nenhuma delas possui apólice de seguro para os ônibus.

"Temos uma frota de 2.239 carros. Imagina o custo para segurar cada um dos ônibus para proteger a empresa em casos de vandalismo e incêndio? Nunca pensamos em segurar ônibus contra roubo e furto, porque seria fácil localizar um ônibus, mas esse tipo de situação, que vem se tornando constante, nunca tínhamos pensando que seria preciso."

Nesta quarta-feira, a Viação Urubupungá colocou em circulação ônibus novos, ainda sem placas, para atender a população prejudicada pelo incêndio, cerca de 20 mil usuários. Dos 38 veículos queimados, 23 ficaram totalmente destruídos.

Histórico de ataques
Albuquerque disse que as empresas do grupo registraram ônibus incendiados desde 2006. Apenas em 2007, 2008 e 2011 que não foram computados casos de ataques.

Segundo levantamento feito pelo grupo NOS, 16 ônibus foram incendiados em 2006, outros oito foram destruídos da mesma maneira em 2009. Em 2010, seis veículos foram incendiados. Em 2012, o grupo registrou quatro ônibus incendiados. No ano passado, duas das empresas registraram oito incêndios. Neste ano, a conta chega a 38 ônibus da Viação Urubupungá incendiados e outros três da Viação Santa Brígida também.

Suspeito do ataque
Segundo a polícia, o fogo foi provocado em protesto contra a morte de um suspeito de tráfico de drogas na segunda-feira. Um jovem de 19 anos, Edilson Almeida Silva, que seria irmão gêmeo do morto, foi detido sob a suspeita de ter participado do ataque.

Silva, que negou a participação no crime, foi reconhecido por testemunhas e através das imagens de câmeras de segurança. Ele será indiciado por incêndio, associação criminosa, dano qualificado ao patrimônio e lesão corporal, de acordo com o delegado Seccional de Osasco, Paulo Afonso Tucci.

A ação
Pelo menos seis homens fortemente armados, entre eles dois adolescentes, invadiram a garagem de apoio da viação, renderam um manobrista e um segurança e atearam fogo aos ônibus. O pátio fica na Rua Águas da Prata, uma travessa da Avenida Presidente Médici.  

Horas antes, dois coletivos da empresa, que opera 21 linhas em Osasco, sofreram tentativas de ataque, mas não chegaram a ficar danificados.

De acordo com Albuquerque, pelo menos um dos funcionários foi obrigado pelos criminosos a ajudar a incendiar os coletivos. “Todos estavam fortemente armados. Eles renderam os funcionários. Dois garotos, que a gente acredita serem menores, foram jogando [o combustível nos ônibus]. Como os menores estavam demorando, eles mandaram dois irem lá jogar também. A ação demorou de três a quatro minutos”, afirmou.

Um funcionário que estava em outra garagem e foi chamado a prestar socorro contou que um dos colegas, obrigado a atear fogo nos coletivos, chegou a ter uma queimadura no braço.

Região metropolitana
Um levantamento feito pela TV Globo mostra que, em 2014, 364 ônibus foram atacados na capital paulista e em municípios da Grande São Paulo, sendo 115 deles incendiados.

Na Grande São Paulo, a EMTU informou que 19 de seus ônibus metropolitanos foram queimados até abril deste ano em nove cidades: Guarulhos (6), São Paulo (4), Sumaré (2), Osasco (1), Embu das Artes (1), São Bernardo (1), Itapecerica da Serra (1), Suzano (1) e Ferraz de Vasconcelos (1).

No ano passado, foram 22 ônibus queimados nas cidades de São Paulo (4), São Vicente (4), Cubatão (3), Guarulhos (3), Osasco (2), Cosmópolis (2), Sumaré (1), Cotia (1), Itapecerica da Serra (1), Taboão da Serra (1).

Ainda de acordo com a EMTU, 91 ônibus foram vandalizados este ano contra 210 no ano passado. A companhia não contabiliza os ônibus municipais incendiados ou vandalizados.

Por Glauco Araújo
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