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Transporte de Curitiba entre as melhores práticas na América Latina

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O transporte coletivo de Curitiba foi tema, na tarde desta quarta-feira (25), do II Congresso sobre As Melhores Práticas de Sistemas Integrados e BRT (Bus Rapid Transit) na América Latina. O Congresso, na cidade de Leon, no México, reúne 29 agências gestoras de transporte coletivo que, juntas, atendem 19 milhões de passageiros por dia. O encontro é promovido pela SIBRT, a Associação de Sistema Integrados e Bus Rapid Transit.

O sistema curitibano foi apresentado pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, que mostrou a trajetória da Rede Integrada de Transporte (RIT) até a operação do Ligeirão, ônibus expresso que faz menor número de paradas reduzindo o tempo de viagem no deslocamento entre bairro e centro.

Para implantar o Ligeirão, contou Isfer durante a apresentação, Curitiba apenas alterou em alguns metros a disposição das estações ao longo dos eixos, criando espaço para implantação de uma faixa de ultrapassagem nas canaletas. Uma medida, explicou, que reforça a tradição da cidade de buscar soluções soluções simples e eficazes. A ultrapassagem nas canaletas, afirmou, permitiu ampliar a capacidade dos eixos, implantar linhas diretas entre o centro e os bairros e agregar à frota o maior ônibus em operação no mundo – biarticulados com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Isfer apresentou de forma detalhada os cálculos e itens que compõem a tarifa do transporte curitibano e o funcionamento do sistema integrado que permite ao cidadão usar quantos ônibus forem necessários, sem limite de tempo, pagando apenas uma passagem.

Boas práticas - O presidente da Urbs destacou, entre as boas práticas da cidade a integração na operação do trânsito e do transporte na cidade. Ele mostrou o funcionamento, iniciado no mês passado do Centro de Controle Operacional (CCO) que reúne no mesmo espaço agentes, técnicos, engenheiros e fiscais do transporte e do trânsito, com monitoramento em tempo real dos ônibus e das ruas.

O CCO está operando atualmente com cinco câmeras, número que subirá para 21 até junho, instaladas em ruas do anel viário – sistema que permite deslocamento entre bairros sem passar pelo centro – e com monitoramento em tempo real dos ônibus Expresso. Até o fim do ano toda a frota de ônibus será incluída no monitoramento on line e, até 2014, a cidade terá 711 câmeras instaladas em pontos estratégicos das principais ruas e avenidas.

RIT - Ao apresentar a Rede Integrada de Transporte, Isfer destacou que a cidade se prepara para implantar seu primeiro trecho de metrô que, no caso curitibano, será mais um modal do mesmo sistema integrado.

O Congresso sobre as melhores práticas no transporte coletivo da América Latina também conta com participação de cidades da Colômbia, Chile, Peru, Equador, Paraguai e do México, que sedia o encontro. Também participam representantes do Banco Mundial e especialistas em transporte coletivo dos Estados Unidos e Europa. Do Brasil também participa a empresa que gerencia o transporte coletivo de Belo Horizonte (MG), a BHTrans que também implantou o BRT. O Bus Rapid Transit é, na prática, o Expresso curitibano – ônibus que trafegam em vias segregadas, no caso de Curitiba, as canaletas, desde 1974.

Canaletas exclusivas - Curitiba tem atualmente 81 quilômetros de canaletas por onde trafegam os ônisbus do sistema Expresso – na cor vermelha, o Expresso convencional que pára em todas as estações tubo do eixo e, na cor azul, o Expresso Ligeirão que faz a ligação mais rápida entre os bairros e o centro.

Implantado em 2010, com ônibus articulados (170 passageiros) o Ligeirão ganhou a cor azul e biarticulados modernos (250 passageiros) em março do ano passado. Nestes dois anos, Curitiba já ganhou duas linhas de Ligeirão, fazendo a ligação com o centro dos bairros Boqueirão e Pinheirinho. No mês passado foram iniciadas as obras para implantação de mais um Ligeirão, desta vez fazendo a ligação do bairro Santa Cândida com a Praça do Japão.

A Rede Integrada de Curitiba atende, além da capital, 13 municípios da Região Metropolitana, com uma tarifa única. São 1915 ônibus na frota operante que percorrem por dia 490 mil quilômetros em 21 mil viagens. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros transportados.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Ministro diz que o projeto do Metrô de Curitiba está bem montado e deverá ser realizado

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Em visita ao gabinete do prefeito Luciano Ducci, na última segunda-feira, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, elogiou o projeto do metrô da cidade, inscrito no PAC das Grandes Cidades para obtenção de recursos federais. "Acho que vai sair, o projeto está bem montado", afirmou ele, que disse estar apoiando o projeto curitibano em Brasília. "Virei um lobista do prefeito Luciano Ducci", ironizou o ministro. Curitiba pleiteia R$ 2,25 bilhões para a implantação da primeira fase do metrô, ainda neste ano. Na primeira etapa serão instalados 14,2 quilômetros de trilhos e 13 estações entre a estação CIC-Sul, próximo da Ceasa, e a Rua das Flores, no centro da cidade. "É uma obra de grande impacto e estamos confiantes que o governo federal aprove os recursos necessários para sua execução", disse Luciano Ducci. Ao dar entrada com o projeto na Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (Semob), vinculada ao Ministério das Cidades, a Prefeitura se antecipou ao prazo estabelecido pelo governo federal para as inscrições dos projetos que concorrem aos R$ 18 bilhões disponíveis no PAC da Mobilidade. Do total de recursos R$ 6 bilhões são a fundo perdido e R$ 12 bilhões vão para o financiamentos de projetos que podem incluir sistemas de transporte sobre pneus, como corredores de ônibus exclusivos e de veículos leves sobre pneus e também sistemas sobre trilhos, como trens urbanos, metrôs e veículos leves sobre trilhos. O governo federal irá anunciar os projetos aprovados no próximo dia 12 de junho.

Ainda de acordo com Ducci, o custo total do metrô de Curitiba é estimado em R$ 3,25 bilhões. “A Linha Azul terá 22,4 quilômetros em toda a sua extensão, desde o Terminal CIC Sul (no cruzamento do Contorno Sul com a BR 116) ao Terminal Santa Cândida, no Norte da cidade. Serão 21 estações para veículos compostos por cinco carros e capacidade para 1.450 passageiros”, explicou ele.



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Modelo curitibano de ônibus rápido poderia solucionar problemas do transporte urbano

terça-feira, 27 de julho de 2010


Nem Metrô de superfície nem em túneis subterrâneos. Corredores de ônibus com estações que cobrem passagem antes do embarque e alta freqüência de veículos seriam a alternativa mais viável para os turistas que visitarem as cidades-sedes do país na Copa do Mundo de 2014.
Dois dos maiores especialistas em mobilidade urbana defenderam em evento em São Paulo o chamado modelo curitibano, adotado também em Bogotá, México e na China como solução viária de transporte público.
"Eu defendo o Bus Rapid Transit (BRT) porque é o que pode acontecer mais rapidamente, com mais baixo custo e excelente qualidade", diz o arquiteto e ex-governador Paraná, Jaime Lerner. Segundo ele, os corredores de ônibus foram mal aplicados em São Paulo e Porto Alegre, pois a passagem ainda é cobrada no interior dos veículos e não nas estações.
Ele afirma que os corredores da capital paranaense são capazes de transportar até 2,3 milhões de pessoas por dia, mais que o sistema de metrô e trem de subúrbio do Rio de Janeiro. "Com um projeto bem feito, é possível colocar veículos que circulem a intervalos de até 30 segundos", diz Lerner.
Ele afirma que, em alguns casos, pode se avançar com linhas de metrô, mas diz que o BRT é indispensável. "Você sempre vai precisar de um BRT de qualquer maneira", diz.
Segundo o engenheiro Wagner Colombini Martins, responsável por um programa de implantação do sistema BRT na África do Sul em 2010, a cobrança da passagem antes do embarque é fundamental para a melhor mobilidade dos ônibus. "A passagem cobrada na catraca dentro do ônibus acaba formando filas, gerando congestionamentos e poluição atmosférica", diz.
Para ele, que diz ter encontrado dificuldades em relação aos detentores das linhas de ônibus na África do Sul, o maior entrave para implantar o sistema no Brasil é a desapropriação dos espaços. "Precisamos resolver o transporte de superfície com o mínimo de desapropriações possível", defende.

Fonte: Terra
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Curitiba: Cândido de Abreu terá Ligeirão e calçadão para pedestres

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


A avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, será revitalizada para receber a passagem do novo ônibus Ligeirão Boqueirão/Centro Cívico e ganhará um calçadão para pedestres. Os recursos para o projeto, R$ 4,9 milhões, estão no PAC da Copa e foram garantidos nesta semana após encontro do prefeito Beto Richa com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

As pistas preferenciais para os ônibus serão instaladas ao lado do calçadão que será construído na Cândido de Abreu. O calçadão irá da praça Dezenove de Dezembro à praça Nossa Senhora de Salete, numa extensão de 930 metros, equivalente ao calçadão da Rua XV de Novembro.

A largura dos calçadões poderá variar de 9,4 metros (nos locais onde houver estações-tubo) a 15 metros (onde houver apenas calçadão).O calçadão e as calçadas laterais da avenida, que também serão revitalizadas, terão pista tátil para facilitar a acessibilidade de pessoas com deficiência visual.

O calçadão também terá espaços para convivência e instalação de quiosques para café.Ao longo do boulevard da Cândido de Abreu, os cruzamentos terão pistas elevadas, melhorando a segurança e facilitando a mobilidade de pedestres. Nestes pontos, obrigatoriamente, os veículos deverão reduzir a velocidade para passar pelo cruzamento.

O Ligeirão terá uma estação em frente ao Shopping Mueller e outra em perto da Prefeitura. A nova linha Ligeirão Boqueirão/Centro Cívico terá menos pontos de parada, diminuindo o tempo do percurso do bairro ao Centro.

Paralelas ao calçadão, estarão as pistas exclusivas para os ônibus articulados. Curitiba garantiu nesta semana pelo menos R$ 152,9 milhões do PAC da Copa para obras de mobilidade, visando a melhorar a infraestrutura da cidade para a Copa do Mundo de 2014. O Governo Federal ainda avalia a inclusão do Metrô Curitibano no PAC da Copa, com investimento de R$ 1,44 bilhão.
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Curitiba é referência no transporte público para as Olimpíadas Rio 2016

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A revolução do Rio rumo à Olimpíada de 2016 começa pelos escritórios de Jaime Lerner, o homem que transformou o sistema de transportes de Curitiba num dos mais modernos do Mundo. De acordo com Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), já está nas mãos do prefeito Eduardo Paes o projeto que promete acabar com o drama de quem passa horas dentro de um ônibus para ir ao trabalho ou voltar para casa por conta dos enormes engarrafamentos que atormentam o trânsito carioca – um dos gargalos da cidade para a aprovação final do COI.
A mudança, que vai acabar com a sobreposição de linhas, prevê o reordenamento e integração dos transportes coletivos da cidade a partir da criação de corredores exclusivos, o famoso BRT (Bus Rapid Transit), mudando a prioridade do transporte individual para o coletivo.
Pelo projeto, encomendado pela Fetranspor e descartado por Cesar Maia, segundo Lélis, no final da última gestão, serão criados pelo menos três corredores expressos: Avenida Brasil, Linha Amarela e Zona Sul-Barra, este último utilizando o metrô como integração. A ideia é acaba com as linhas que saem diretas de um bairro a outro, levando os passageiros a fazerem conexões nos corredores expressos. Por mais incrível que pareça, a criação destes corredores vai retirar cerca de 40% dos ônibus das ruas já que os novos caros serão biarticulados, ou seja, ônibus duplos, com maior capacidade de passageiros. O projeto adapta o sistema Rede Integrada de Transporte (RIT) de Curitiba.

Estações tubulares

O desenho de Lerner, encomendado pelos empresários do transporte urbano da cidade, prevê ainda a construção de estações tubulares, onde os usuários pagarão a passagem antes de subir nos coletivos, acabando com a figura do tocador dentro dos carros e, assim, agilizando o embarque e desembarque. Os ônibus biarticulados terão pelo menos cinco portas para embarque e desembarque, o que decreta o fim das filas. O jeitinho carioca também está com os dias contados. Como os pontos serão fixos, será impossível saltar ou entrar nos coletivos fora das estações, que podem ser refrigeradas.
– O projeto é muito bom e tem algumas joias, como a estação de integração vertical no entroncamento entre a Linha Amarela e a Avenida Brasil. O sujeito toma um ônibus de seu bairro numa linha chamada alimentadora, desce nesta estação vertical, e lá pega outro ônibus no corredor para a Barra – detalha o presidente da Fetranspor, que não vê problemas no financiamento do sistema por conta da eleição da cidade para ser a sede dos Jogos de 2016. – Com um quilômetro de metrô, o Estado gastaria o mesmo para construir 10km de BRT.
Lélis defende o sistema rodoviário e acredita no bilhete único integrando todo o sistema (metrô, trens, barcas e ônibus), mas admite que o modelo curitibano – onde o município centraliza o caixa da arrecadação e depois repassa o dinheiro às empresas por quilômetro rodado – não é visto com bons olhos pelo empresariado.
– Entendemos que o sistema deve ser autossustentável, não queremos subsídios. São Paulo tem subsídios na ordem de $ 1,8 bilhão por ano.
Para o presidente da Fetranspor, o prefeito Eduardo Paes quer modificar a situação de abandono do sistema. O prefeito já se encontrou com representantes da Fetranspor e com o próprio Lener, de acordo com as palavras de Lélis.
–- O Eduardo encontrou a secretaria de Transportes totalmente desmontada. Na Zona Oeste está tudo o que há de pior no Rio. Por isso a prioridade dele, no momento, é lá – defende.
O presidente da Fetranspor cita ainda a questão da poluição do ar, causada em grande parte pelos ônibus, como outra grande vantagem advinda da mudança: primeiro, com a redução do número de carros no sistema, já que com a criação de linhas exclusivas e ônibus biarticulados, a capacidade dos coletivos aumentaria e, assim, seria menor a emissão de gases; segundo por conta do uso de biocombustível que, de acordo com Lélis, já vem sendo adotado experimentalmente pela Rio Ônibus.
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Número de veículos no Paraná equivale à metade da população

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um levantamento feito pelo governo do Paraná mostra que já existem 5,3 milhões de veículos registrados no estado. Em 2001, a frota era de 2,5 milhões de veículos. O número atual equivale à metade da população paranaense que, segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), é de 10,4 milhões de pessoas. De acordo com o governo, cerca de 30 mil veículos são emplacados por mês.

Esse fenômeno aparece em todo o Brasil. Recentemente, a presidente Dilma Roussef falou sobre o tema no programa de rádio Café com a Presidenta, no qual tratou também da implantação do metrô curitibano. Segundo Dilma, a possibilidade de os cidadãos terem acesso à compra de veículos é uma conquista dos brasileiros.

Todavia, isso se torna um problema nas grandes cidades. Engarrafamentos são observados principalmente nos centros urbanos das capitais. É o que acontece em Curitiba, por exemplo. Como aponta Pedro Akishiro, professor de Engenharia de Tráfego, para cruzar a cidade, as pessoas precisam sempre passar pelas mesmas avenidas principais, havendo poucas alternativas aos motoristas.

Akishiro acredita que os motoristas têm buscado os carros como alternativa ao transporte coletivo. “Hoje o indivíduo tem pressa para chegar aos lugares. Às vezes é preciso pegar dois, três ônibus, fazer baldeação, andar para chegar ao ponto de ônibus, depender de horário. Com o carro, isso acaba. Você sai de casa e chega ao destino na hora em que quer.

Problema não é falta de espaço
Além disso, segundo ele, o problema não está só na quantidade de veículos, mas na concentração de pessoas em um mesmo lugar. “Se pegarmos o número de carros e multiplicarmos por seis metros [que seria o equivalente à média do tamanho dos veículos em circulação], veremos que esse número é muito inferior ao que temos de estradas pavimentadas. O problema é que todas as pessoas precisam se deslocar para os mesmos lugares”, avalia Akishiro.

Para o professor, a alternativa seria acabar com os “centros” e investir na urbanização das áreas periféricas. “O indivíduo mora em um lugar e precisa cruzar a cidade para trabalhar em outro”, diz. Ele acredita que é um absurdo que exista um centro em uma cidade.

Para resolver o problema, a saída é o investimento contínuo em planejamento de tráfego. "É preciso que se saiba quantas pessoas se deslocam de um ponto a outro da cidade e o motivo", diz Akishiro. De acordo com ele, só assim é possível traçar melhorias para o trânsito e evitar os congestionamentos constantes nas grandes cidades.


Fonte: G1.com.br

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Curitiba terá Secretaria Municipal de Trânsito

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O prefeito Luciano Ducci anunciou nesta segunda-feira (10) a criação da Secretaria Municipal do Trânsito. "A criação da Secretaria faz parte do projeto de evolução na gestão do trânsito para fazer frente às demandas de Curitiba", disse o prefeito, que encaminhou para a Câmara Municipal mensagem do Executivo para a criação da Secretaria.

Após aprovação dos vereadores, a nova Secretaria assumirá as questões de gerenciamento e planejamento de trânsito na cidade, com foco especial na mobilidade urbana.

"Curitiba recebe 1.140 carros novos por semana e tem a maior frota de veículos do País, proporcionalmente ao número de habitantes. Há um conjunto de necessidades, fatores e soluções nesta área que justificam uma secretaria exclusiva", disse Luciano Ducci.

O prefeito citou as 10 grandes obras viárias em execução e as novas ações no setor de transporte. "Temos ainda as obras de mobilidade urbana do PAC da Copa, com o Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), e o lançamento do Metrô Curitibano. Ou seja, há uma atenção especial ao transporte e ao trânsito na parte operacional. Com a nova Secretaria, adequamos e melhoramos a estrutura de gestão."

Na prática, os trabalhos de gestão, engenharia de tráfego, fiscalização e educação para o trânsito, hoje feitos por uma diretoria de trânsito da Urbs, passam a ser gerenciados pela administração direta da Prefeitura. "Informei aos agentes de trânsito da Diretran, em encontro na manhã desta segunda-feira, que eles serão integrados à nova Secretaria. Eles são capacitados e são os responsáveis pela orientação, educação e a segurança dos motoristas e pedestres em Curitiba", disse o prefeito.

Os agentes da Diretran receberam com aprovação o anúncio de criação da nova Secretaria de Trânsito. No encontro, que contou com a participação do presidente da Urbs, Marcos Isfer, e demais diretores da empresa, o prefeito Luciano Ducci destacou o excelente trabalho realizado pelos agentes de trânsito. "O trabalho que vocês fazem tem uma importância muito grande para nossa cidade. A nova secretaria irá atender à necessidade da cidade sem prejuízo aos funcionários", disse o prefeito aos agentes de trânsito.

A Secretaria Municipal de Trânsito vai ter o poder de fiscalizar, orientar e educar os motoristas e pedestres. Sob a responsabilidade da nova pasta estarão as Jaris (Juntas Administrativas de Recursos de Infrações). A nova pasta terá quatro diretorias: Engenharia, Educação, Fiscalização e Informações, além da Superintendência e Gabinete do Secretário.

Os agentes de trânsito que hoje integram os quadros da Diretran - servidores públicos concursados sob o regime celetista - passam a integrar os quadros da nova secretaria. Os quadros serão ampliados quando necessário, com a realização de concursos públicos.



Fonte: Jornale

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As cidades, o trânsito e o transporte

domingo, 27 de setembro de 2009

Quem usa o transporte coletivo ou dirige um carro nas cidades do Paraná já comprovou: a cada dia, o trânsito parece mais difícil. As razões vão do impressionante aumento na venda de automóveis ao comportamento dos motoristas, mais e mais estressados. Como conseqüência, temos prejuízos para a economia, para o meio ambiente e, claro, para nossa qualidade de vida. Na capital paranaense a situação não é diferente. Mesmo com um sistema de transporte coletivo eficiente, copiado em outros estados e países, Curitiba é a cidade brasileira com a maior proporção de veículos nas ruas: um para cada 1,63 habitante. E já se prevê a duplicação do número de automóveis em dez anos.

O que fazer? A solução deve ser buscada, paralelamente, em três áreas: investimento no transporte coletivo, modernização da infraestrutura de tráfego e educação dos motoristas. É o que estamos fazendo. Depois de 20 anos, voltamos a construir corredores exclusivos para ônibus. Os primeiros 9,4 km estão na Linha Verde, a maior avenida da cidade, que substituiu o trecho urbano da BR 116. Os ônibus que circulam na Linha Verde rodam com diesel feito à base de óleo de soja. E já começamos a trabalhar na primeira linha do Metrô Curitibano, que terá 22 km.

Para dar mais fluidez ao trânsito, implantamos dez novos sistemas binários, que são ruas paralelas com tráfego em sentido contrário, e pavimentamos mais de 500 km de ruas e avenidas, com preferência para aquelas por onde passam ônibus. Motoristas e pedestres não são esquecidos. Nos últimos anos, os curitibanos se acostumaram a ver nas ruas campanhas educativas como a que estendeu tapetes vermelhos para pedestres nos cruzamentos mais movimentados. Rapazes e moças vestidos de anjos circularam nos semáforos, distribuindo orientações para um trânsito mais humano.

Os números mostram que esse é o caminho correto. O total de passagens vendidas por ano no transporte coletivo aumentou de 294 milhões para 324 milhões de 2005 para 2008. Os radares, que antes eram instrumentos usados exclusivamente para punição, foram todos sinalizados, iniciativa que inspirou o Conselho Nacional de Trânsito a determinar a sinalização também em todo o País. Resultado? Redução de 57% no número de atropelamentos nas ruas com radares na capital.Acredito que nossas soluções podem ser adaptadas também a diferentes realidades, em cidades de pequeno e médio porte, até mesmo antecipando problemas futuros.


''No trânsito, as soluções não podem ser deixadas para amanhã''.
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Ônibus em corredores exclusivos é tão bom quanto o metrô

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O professor universitário Luis Antonio Lindau conseguiu uma façanha. Ele reuniu no final de 2012, em Brasília, prefeitos, secretários de Trânsito e técnicos de 39 municípios brasileiros para discutir um tema comum a todos – motivo de dores de cabeça e discussões infindáveis: o esgotamento do trânsito nas cidades. O workshop, que procurou orientar os gestores e trazer referências nacionais e internacionais para as administrações municipais na área de mobilidade urbana, foi promovido pela Embarq Brasil, organização especializada em auxiliar governos e empresas no desenvolvimento e implantação de soluções sustentáveis para os problemas de transporte. Durante o evento, Lindau, que é diretor-presidente da Embarq no Brasil e PhD em Transportes, falou com a Gazeta do Povo sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos municípios brasileiros na área de mobilidade e as alternativas que devem ser buscadas por Curitiba para atrair mais passageiros para o transporte coletivo.

Curitiba foi pioneira na instalação do sistema BRT (sistema de transporte rápido) com a criação dos corredores exclusivos de ônibus, em 1974. Nos últimos anos, o número de passageiros estagnou e, hoje, o sistema é deficitário. Como reverter esse quadro?

Está faltando Curitiba fazer uma pesquisa de origem e destino [dos deslocamentos dos passageiros], que Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro fazem. Todas essas cidades preparam uma pesquisa dessas no mínimo a cada dez anos e aí se revela um padrão de mobilidade. Eu adoraria saber se o curitibano usa ou não o BRT, qual a taxa de motorização das famílias, por exemplo. Mas não há essas informações.

Esse tipo de informação poderia qualificar as ações do poder público voltadas à melhoria do transporte coletivo?

Curitiba é uma das poucas capitais, entre cidades do mesmo porte, que não tem essa pesquisa, estranhamente. Uma das contribuições da Embarq para Curitiba foi a elaboração de um termo de referência para a cidade fazer sua pesquisa de origem e destino. Entregamos o documento em 2005 para o Ippuc. Isto tem que ser colocado em campo.

Falando em BRT, pesquisas da própria Embarq mostram que houve uma explosão do uso desta alternativa de transporte em todo o mundo na última década. Os prefeitos brasileiros estão atentos a essa tendência?

O grande diferencial agora é que o governo federal está liberando recursos, colocando para os gestores a exata dimensão do que é um corredor de ônibus, o que é um BRT. Em muitos municípios, sempre havia aquele sonho do prefeito de fazer um VLT [veículo leve sobre trilhos] ou um metrô, sem ter a noção da dimensão do que estava falando. O importante é que esses gestores entendam que o BRT é tão bom quanto o VLT ou o metrô.

Os municípios estão preparados tecnicamente para fazer projetos nessa área? Como a histórica falta de um corpo técnico qualificado afeta esse planejamento?

É um impedimento. E isso é resultado dos 30 anos de falta de investimentos públicos nesse setor. Imagine toda a geração de pessoas formadas nesse período. O que atrairia esses profissionais a trabalhar nessas cidades, se elas não tinham acesso a nenhum recurso pra investir em transporte? Hoje, ainda é absolutamente incomum encontrar um corpo técnico qualificado mesmo nas cidades de médio porte no Brasil.

Qual o futuro do carro nas cidades? No exterior, principalmente na Europa, já se fala em um movimento de derrocada dos automóveis, que estariam sendo deixados de lado pelos jovens.

Estive em 2011 na Europa em um encontro da indústria automobilística e a discussão é essa: é o carro que vai marcar o desenvolvimento das cidades ou é o desenvolvimento das cidades que vai afetar o mercado do carro? A grande preocupação para a indústria de lá é que o jovem europeu quer morar no centro das cidades, caminhar pelas ruas, circular com os amigos, voltar a pé ou de bicicleta para casa. Esses jovens estão se livrando de um custo brutal que é o carro. Se colocar na ponta do papel, o carro te custa uma fortuna por ano. Em vez de gastar nele, você poderia educar melhor o seu filho, contratar um plano de saúde... Quem está fazendo as contas já percebeu isso.

Por Rafael Waltrick
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Rio desponta e supera Curitiba como modelo de transporte

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A ideia de que Curitiba é a cidade brasileira referência em transporte coletivo parece estar ficando de vez para trás. No 18.º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado em outubro, os holofotes saíram de Curitiba e se dirigiram para o Rio de Janeiro. Pela primeira vez, ao invés de ser alvo de elogios e ser citada como modelo para outras cidades, como é comum em eventos desse tipo, a capital paranaense passou a ser referenciada como sinônimo de problemas.

Themys Cabral/Gazeta do Povo
“Curitiba está num patamar desatualizado”, afirma o diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Ur­­banos, Marcos Bicalho dos Santos. Some-se a isso o fato de o Rio ter sido apon­­tada recentemente como a cidade brasileira com o melhor indicador de mobilidade sustentável, desbancando justamente... Curitiba.

O estudo divulgado recentemente pelo portal Mobilize Brasil mostra que, numa escala de 0 a 10, o Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar, com um indicador 7,9 em mobilidade, seguido de Curitiba, com 7. A pesquisa analisou índices relacionados ao uso de transporte coletivo, acessibilidade, violência no trânsito, ciclovias e tarifa de ônibus.

Curitiba obteve nota máxima em dois dos cinco índices analisados (veja ao lado), mas perdeu feio quanto à quantidade de deslocamentos feitos por transporte individual. Neste, que é um dos índices mais importantes quando se fala em mobilidade urbana, Cu­­ritiba ficou em 6.º lugar, na frente apenas de Cuiabá e São Paulo. Enquanto no Rio apenas 13% do total de deslocamentos são feitos por meio de transporte individual, como carro e motocicleta, em Curitiba esse porcentual é de 27%.

De acordo com os especialistas, esses números revelam algo que, no dia a dia, o curitibano está careca de saber: o transporte coletivo da cidade deixou de ser atrativo. Isso significa dizer que se houver opção, o curitibano não pensa duas vezes: usa carro ou moto, em vez de ônibus. Ao contrário do que a pesquisa parece mostrar em relação ao Rio.

Para a gestora do programa de mobilidade urbana da Urbs (em­­presa que administra o transporte na capital paranaense), Olga Prestes, o transporte individual acaba sendo mais usado em Cu­­ri­tiba do que no Rio porque aqui ainda há possibilidade de circular mais facilmente de carro e moto. “No Rio, as pessoas não usam carro porque não querem ficar paradas no trânsito”, pondera.

Já para Santos, o problema na capital paranaense é que o sistema de transporte coletivo anda dando mostras de saturação e, por isso, acaba afugentando usuários. Seria possível uma sobrevida, segundo ele, se a cidade apostasse em medidas simples, como a implantação de pista de ultrapassagem em todos os eixos do biarticulado e de sistemas de ITS (sigla em inglês para Sistemas Inteligentes de Transporte).

A Urbs responde dizendo que é justamente essa a proposta para a cidade. Além de expandir o sistema de ultrapassagem nos eixos de transporte, cerca de R$ 70 milhões serão investidos em ITS. Com a ajuda de câmeras espalhadas pela cidade e um centro de operações, painéis nas vias, nas estações-tubo e em terminais vão trazer informações em tempo real sobre o sistema de trânsito e transporte para o usuário. A primeira fase deste projeto, focado no Anel Central, será inaugurado dia 29 de março de 2012, data do aniversário de Curitiba.

Olímpíada e Copa ajudam capital carioca

Não que o transporte do Rio de Janeiro ande às mil maravilhas. Mas, enquanto Curitiba ensaia um declínio, o Rio parece estar em ascensão. A pesquisa do portal Mobilize Brasil mostrou esse fenômeno e afirma que Curitiba, outrora referência mundial, agora anda “tropeçando”. Já o Rio, de acordo com o estudo, “tem um dos planos mais ambiciosos do país para recuperar a mobilidade”.

Na abertura do 18.º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, no mês passado, o diretor da regional Rio da Associação Nacional de Transporte Público, Wiliam Alberto Pereira, fez questão de lembrar: “O Rio está em obras”. E está mesmo. Os investimentos do governo federal, estadual e municipal em mobilidade na cidade que sediará a conferência Rio+20, a final da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 são estimados em R$ 11 bilhões.

Pudera. Incrustado entre o mar e as montanhas, o Rio sofre com congestionamentos que roubam até cinco horas diárias de seus moradores. A ideia é mudar isso a partir de uma única receita: investimento em transporte coletivo. Segundo o secretário municipal de transporte e trânsito do Rio, Ale­xandre Sansão, a intenção é aumentar a capacidade de transporte coletivo carioca de 1,5 milhão de passageiros/dia para 4 milhões.

O Rio, entretanto, não só fez a opção de investir em transporte coletivo como também na integração de diversos modais, o que é aplaudido de perto por especialistas da área. Em uma só tacada, a cidade pretende construir quatro eixos de Bus Rapid Transit (BRT), dois deles já em obras, sistema inspirado no modelo curitibano de ônibus em faixa segregada, com embarque e pagamento de passagem antecipados.

Estão no planejamento, ainda, 20 Bus Rapid System (BRS), sistema inspirado no BRT, mas mais simplificado, já que prevê apenas faixa de ônibus preferencial – parte dos BRS do Rio, como os de Copacabana, Lebron e Ipanema, já está em funcionamento. Há ainda a ampliação do metrô, o projeto de uma linha turística em Veículo Leve sobre Trilhos, melhoria das vias férreas de trens urbanos, adaptação de ônibus, a ampliação da malha cicloviária para 300 quilômetros até 2012 (Curitiba pretende chegar a 400 quilômetros, mas ainda não há previsão de data) e um algo a mais, que parece estar colocando os cariocas na vanguarda.

É que além de investir nisso tudo, o Rio tem buscado soluções criativas para resolver problemas bem locais. Exemplo disso é a integração do sistema de transporte às barcas, ao teleférico do Complexo do Alemão e ao elevador urbano de alta capacidade do Morro do Cantagalo.







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Campeã de veículos por habitante, Curitiba tenta alternativas para garantir transporte coletivo para a Copa

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Prefeitura de Curitiba começou a testar na segunda-feira (27) um ônibus menos poluente, com motor elétrico, com vistas à Copa do Mundo de 2014. A iniciativa da capital paranaense é mais uma tentativa para enfrentar uma contradição: seu sistema de transporte coletivo é considerado o mais eficiente do país, porém a cidade é dona do maior número de veículos por habitantes entre as capitais brasileiras: 0,63 veículos/habitante, o triplo de Salvador (0,19) e superior à média nacional de 0,27, conforme dados do IBGE.
Em 2010, mesmo ano em que recebeu as premiações consideradas o Oscar das categorias “sustentabilidade” e “transporte público” -- Sustainable Transport Award, nos Estados Unidos, em janeiro, e Globe Award Sustainable City, na Suécia, em abril -- Curitiba registra um aumento acumulado nos últimos quatros anos de 29,33% em sua frota de veículos, que chegou a 1.177.065 unidades em 2009.
Mas, se o transporte público é tão bom, por que tanta gente usa veículo particular em Curitiba? Para alguns especialistas ouvidos pelo UOL Notícias, o aumento de veículos na capital paranaense vem do seu bom desempenho socioeconômico, que confere maior poder de compra aos seus habitantes.
Curitiba apresenta, segundo dados do IBGE, taxa de crescimento populacional anual de 1,8%, enquanto o Brasil conta com 1,4%. Mesmo sendo a sétima capital em tamanho, ela está em quinto no ranking de PIB (Produto Interno Bruto), com R$ 40 bilhões em 2009. No ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Curitiba é a segunda capital do país, atrás apenas de Brasília (DF). Com uma renda per capita de R$ 21,7 mil/ano, Curitiba é ainda a segunda cidade com maior taxa de Classe A do país e é onde a Classe C mais cresceu (56% de aumento contra 43% da média nacional apontado estudo do Instituto Ethos, divulgado em 2009).

Sonho de consumo
Traços culturais também explicam a atração do curitibano por veículos particulares. Desde a abertura do mercado da era Collor, no final da década de 1980, a cidade vem ostentando a maior média de venda de carros de luxo e importados per capita do país -- só perde para São Paulo (SP) em venda de Mercedez Benz. Desde que abriu sua loja em 2008, a Porsche vende, em média, 120 unidades por mês. A marca Mini, por sua vez, comercializou 138 carros de agosto em dezembro do ano passado, quando começou a operar.
“Por melhor que seja o sistema de transporte coletivo, o automóvel vai continuar competindo, porque ele é um sonho de consumo, fácil de comprar e garante liberdade de mobilidade”, justifica Luiz Filla, gerente de operações de transporte coletivo da Urbs (Urbanização de Curitiba SA), empresa pública responsável pelo planejamento, operação e fiscalização de transporte e trânsito na capital do estado.
“Comprar carro e moto é fácil hoje em dia. Com o veículo na garagem, o usuário não quer se submeter ao horário de ônibus, por melhor que seja o sistema de Curitiba”, concorda José Mário de Andrade, diretor de negócios internacionais da Perkons, empresa paranaense especializada em tecnologia para segurança e gestão de trânsito, que inventou a lombada eletrônica. “O sistema curitibano é bom do ponto de vista das pessoas que planejam, mas o usuário sempre terá queixas a fazer porque exige tempo e às vezes, mais de um ônibus para chegar ao destino” emenda, ponderando que a situação de circulação ainda não é extremamente crítica. “São Paulo tem em torno de 6 milhões de veículos ou 300 carros por dia. Curitiba tem 1, 8 milhão de veículos e uma circulação média em torno de 20 a 30 por dia”, afirma.

Transporte público para a Copa
Aplicado com sucesso em Curitiba pela primeira vez em 1973, o sistema BRT (Bus Rapid Transit), composto por ônibus integrados, é a base do transporte público que transformou a cidade em modelo para cidades brasileiras e estrangeiras.
No total, são 465 linhas urbanas e metropolitanas operadas por 28 empresas privadas. “O principal atributo do BRT é que ele incorpora características do metrô por um custo cerca de 20 vezes menor por quilômetro”, explica Luís Antônio Lindau, pós-doutor em engenharia de tráfego e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Nove das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 receberão uma injeção de R$ 22 bilhões para a compra de ônibus articulados para implantação ou ampliação do sistema BRT. Curitiba será uma delas, e o teste do “hibribrus” (ônibus híbrido) da Volvo faz parte das análises preliminares da prefeitura municipal.
A despeito das premiações internacionais, o transporte coletivo curitibano está longe do ideal, admite Ricardo Antônio Almeida Bindo, supervisor de planejamento do Instituto de Planejamento e Pesquisa de Curitiba (IPPUC), entidade ligada à prefeitura. “O nosso sistema de transporte não é excelente, mas funciona razoavelmente bem comparativamente com outras cidades brasileiras. Está bem estruturado, tem tarifa única, é integrado, eficiente do sistema de transporte na canaleta (via especial, onde trafegam alguns tipos de ônibus)”, observa.
Mesmo assim, segundo Bindo, o número de usuários do transporte coletivo já é muito alto. Hoje há cerca de 2,3 milhões de passageiros/dia em Curitiba e mais 13 municípios da região metropolitana. No horário de pico, os ônibus da cidade circulam com 35 mil pessoas/hora.
Bindo não revela a base de cálculo adotado para mensurar a distribuição de ônibus pelas linhas. “Não existe número mágico em que dizemos para tantas pessoas, precisamos de tantos ônibus. Mas estamos permanentemente tentando aperfeiçoar o sistema."
A prefeitura, entretanto, vem aumentando suas medidas restritivas de tráfego nas áreas de maior movimento na cidade, diminuindo a possibilidade de estacionar em várias regiões. “A cidade cresceu, e as ruas, não. Ainda assim, os congestionamento são pequenos e pontuais em determinados horários. É diferente de São Paulo ou Porto Alegre, em que a cidade para”, explica Bindo, do IPPUC, que descarta a adoção de rodízio como solução imediata.
Além dos ônibus, a prefeitura de Curitiba, na campanha para ser uma das sedes para a Copa de 2014, prometeu a construção de metrô. Segundo a prefeitura municipal, o projeto está em fase de “estudos de engenharia”.

Fonte: Uol Notícias

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Em Porto Alegre, Transporte coletivo passará por licitação

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O sistema de transporte coletivo de Porto Alegre deve ganhar nova cara a partir de 2013. Conforme informou o prefeito José Fortunati, até meados do ano que vem será aberto processo de licitação para contratação de empresas de ônibus.

Esta é a primeira vez que há uma concorrência no setor na Capital.

O prazo foi estipulado depois que a prefeitura obteve confirmações a respeito do metrô, já que a presença do trem oferece previsões de detalhes importantes que precisavam constar no edital. Entre elas, a necessidade de prever reforço nas linhas que atenderão a Zona Norte.

Coordenador do grupo que montará o edital, o diretor da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, diz que modelos licitatórios de outras cidades estão sendo estudados. O que ganha força é o de Curitiba, no Paraná, que ocorreu em 2010.

— Estamos na metade do estudo. Até o final do ano já devemos ter bem definidas as exigências para as empresas que devem assumir o transporte público de Porto Alegre. Dessa forma, a partir do ano que vem a cidade já pode ter um sistema de transporte público remodelado — disse Cappellari.

O presidente da URBS — Urbanização de Curitiba, Marcos Isfer, afirma que desde que o novo sistema curitibano foi implantado, no final de 2010, a qualidade do transporte público melhorou significativamente.

— Conseguimos expor mais claramente o que esperamos das empresas. Nós as fiscalizamos de perto e somos nós quem determinamos quando deve ser feita reposição de equipamentos em más condições, por exemplo. Também trabalhamos com índices de qualidade que precisam ser atingidos, sob pena de multa quando descumpridos — detalha Isfer.

Entre os entraves para a conclusão do edital porto-alegrense, estão as definições ainda em aberto sobre alguns detalhes da modelagem do metrô e sistema integrado de ônibus BRT.

Estão previstos três principais motes de linhas: um para a Zona Leste, outro para a Zona Norte e um terceiro para a Zona Sul. Conforme Cappellari, a intenção é que cada vencedora assuma apenas um mote.

Por ser pública, a Carris, que detém cerca de 22% do mercado, não deve ter alteração em sua participação. A proposta é de que siga com as linhas transversais, que cortam a cidade. As demais terão que participar da licitação.

O grupo para tratar do assunto foi formado no meio do ano passado, e uma equipe técnica foi formada em setembro. O trabalho é acompanhado pelo Ministério Público.

Fonte: Zero Hora


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Transporte curitibano é modelo Johannesburgo

quinta-feira, 10 de junho de 2010


A libertação do Soweto vem sendo feita de biarticulado. Mas não tem sido fácil. Diferentemente de Guadalajara, no México, Ahmedabad, na Índia, ou Cali, na Colômbia, onde é exaltado, em Johannesburgo, maior cidade da África do Sul, o sistema made in Curitiba enfrenta resistência para cumprir a inédita função social de integrar brancos e negros.

Por décadas, o bairro mais populoso da cidade, com estimados 3 milhões de habitantes, se locomoveu até o centro por meio de vans velhas e sem sinalização. Desde o começo do ano, os BRT (ônibus de trânsito rápido), inventados na capital paranaense, tentam tornar a integração mais rápida.

“Se você não tem transporte é como se fosse um prisioneiro. E nós temos muita experiência no assunto. Nelson Mandela ficou na prisão por 27 anos, eu fiquei por 12. Transporte significa igualdade e liberdade”, declarou o ministro dos Transportes, Joel Sibusiso Ndebele, há pouco mais de dois meses.

Foi a primeira vez que, apesar de metaforicamente, se explicitou o motivo pelo qual nunca houve uma linha que ligasse o principal bairro negro à zona central. Mesmo após o fim do apartheid, o regime de segregação, em 1994, foram necessários mais 16 anos para isso ocorrer. “Pela primeira vez o governo pensou nos pobres”, afirmou ontem Thembce Nhomo, 20 anos, que estava na estação Marumbi, em direção ao Soweto.

Contudo, o novo sistema seria impensável se não fosse a Copa. Em uma cidade de tráfego caótico, sem trem ou metrô, a linha é imprescindível para o acesso aos estádios Soccer City e Ellis Park. Juntos, os dois serão palco de 15 partidas, ou seja, 25% do torneio. Entre elas, a abertura e a final.

Por enquanto, a Copa, aliada às poucas linhas e à frequência dos Rea Vaya, que passam de 20 em 20 minutos, garantem a continuidade das vans quase sem prejuízos. Mas a ideia do governo é expandir o sistema, tornando a concorrência desleal. “[O ônibus] é melhor. Mais bonito, limpo e confortável. Além disso, tem mais segurança”, analisou outro usuário, Thulane Macebe, 30 anos.

Mas a filial deixa um pouco a desejar em relação à matriz. Embora os ônibus sejam importados do Brasil, as estações são diferentes, mais parecem terminais. Grandes e abertas, por isso frias no inverno. Os tubos ainda não chegaram à África do Sul.

Fonte: Gazeta do Povo
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Sistema curitibano de transporte coletivo é copiado em outras cidades, porém, é preciso ouvir o usuário do ônibus

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não basta ter um bom transporte público, que faça deslocamentos de forma rápida, eficiente, com frequência regular de carros e que utilize veículos bonitos e bem conservados. Os que vivem nas grandes cidades precisam entender o sistema e serem ouvidos constantemente para informar aos planejadores e gestores o que está dando certo na prática.

Esse foi o conceito de transporte coletivo apresentado por seis cidades estrangeiras e brasileiras, em evento, semana passada, no Rio de Janeiro. As cidades participantes tinham em comum ter copiado o sistema de BRT (Bus Rapid Transit) de Curitiba – ônibus em canaletas, cobrança antecipada da passagem e embarque em nível. Porém, deram um passo a mais e modernizaram a comunicação com a população para aumentar o número de usuários.

A discussão é importante para a capital paranaense, que convive com a esquizofrenia de ser referência em transporte público, ambicionando sistemas rápidos como o metrô, mas que convive com congestionamentos cada vez maiores. Além de ser a cidade mais motorizada do país em relação à população: Curitiba tem dois veículos para cada três pessoas, uma proporção de 0,72 veículo por habitante, o dobro da média brasileira de 0,35 carro por pessoa.

As experiências de interação com o público foram apresentadas durante dois dias de workshop por administradores e planejadores de transporte público. Representantes da Urbanização de Curitiba (Urbs), que administra o sistema de ônibus de Curitiba, estavam presentes, mas não apresentaram nenhuma experiência bem-sucedida de comunicação.

“A gente teve dificuldades de investimentos, mas tivemos evolução, como é o caso do Ligeirão. Com certeza vamos ter de trabalhar a questão da comunicação com o usuário e desenvolver projetos”, admitiu a diretora de Relacionamento e Informações Corporativas da Urbs, Regina Neves Sorgenfrei, presente no encontro.

A capital paranaense, por exemplo, nunca fez uma pesquisa de Origem e Destino, a principal técnica usada há décadas por planejadores de transporte público em todo mundo para entender que tipo de transporte, os horários mais carregados e quais os principais deslocamentos que a população faz diariamente. Se os arquitetos, engenheiros e técnicos da Urbs e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) ouvirem os usuários eles poderão descobrir informações que nem imaginam, apesar da cidade ser referência desde a década de 70 em transporte de massa.

“É muito comum as cidades não terem planejamento e dinheiro para fazer marketing do transporte público. E a gente está desperdiçando uma oportunidade”, resume Ethan Arpi, gerente de comunicação e marketing da Embarq, uma organização internacional que pretende incentivar a implantação de metrôs e e BRTs como meios de transportes menos poluentes. A Embarq organizou o encontro.

Segundo Arpi, é importante ouvir os usuários para melhorar o que não está funcionando bem, mas principalmente saber o que está dando certo e destacar os pontos positivos e com isso garantir o financiamento de novos projetos de transporte. “Se os governos não acreditarem que o sistema é bom, não colocam dinheiro.”

Custo e “cases”
Parte das discussões aconteceram em torno dos custos de planos de marketing para as empresas que gerenciam os transportes públicos. Porém, grande parte das ações apresentadas dependem mais de iniciativa dos gestores do que dinheiro para fazer publicidade.

Na cidade de Pereira, 480 mil habitantes, capital da província de Risaralda, no Oeste da Colômbia, os administradores do MegaBus – um sistema de BRT – participam frequentemente de ações de marketing junto à população. “Não dá para ficar só no escritório e imaginar o que as pessoas pensam e como o sistema funciona”, relata a gerente-geral do MegaBus, Mónica Vanegas Betancourt. “É preciso ter um bom desenho técnico (do sistema de ônibus), mas não é o único fator (para atrair usuários)”, afirmou.

A coordenadora de comunicação da diretoria geral de mobilidade da cidade de Leon no México, Elda Flores Arias, salientou a importância de bons mapas para orientar os passageiros cotidianos e eventuais do sistema de ônibus. “Temos milhares de usuários e temos que ouvi-los. Cada linha tinha de ter um mapa”, resumiu.



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