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Tarifa do transporte coletivo de Campinas sobe para R$ 3,50

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A tarifa do transporte público coletivo em Campinas, que é de R$ 3,30 há dois anos, passa a custar R$ 3,50 a partir deste sábado, dia 10 de janeiro. O reajuste é de 6,06%. O índice é menos que a metade da inflação medida no período, de 13,60% pelo IPCA/IBGE. Também é menor que a estimativa da inflação para os últimos 12 meses, de 6,42%, também medido pela IPCA/IBGE. É o primeiro aumento de valor da tarifa, em comparação com o início da atual gestão.

Os preços de todos os insumos do sistema subiram acima da inflação nesses dois anos. O combustível ficou 21,49% mais caro. Os salários dos funcionários subiram 17,72%. Os pneus, 13,76%, enquanto que os valores dos veículos aumentaram 13,73%. O Decreto nº 18.619, com a autorização do aumento, foi publicado na edição eletrônica do Diário Oficial do Município (www.campinas.sp.gov.br/diario-oficial) desta sexta-feira, dia 9 de janeiro, na página 3.


Quem possui carga no Bilhete Único ficará com o valor da passagem congelado em R$ 3,30, até o final dos créditos. O Bilhete Único Universitário, anunciado em dezembro pelo prefeito Jonas Donizette, terá o valor de R$ 1,75. O Bilhete Único Escolar passa de R$ 1,32 para R$ 1,40. A tarifa na linha Circular – Centro (5.02) passa de R$ 2,20 para R$ 2,30, para o pagamento com o Bilhete Único Comum ou Vale-Transporte. O uso do Bilhete Único Escolar e do Bilhete Único Universitário, nesta linha, custará R$ 0,92 e R$ 1,15, respectivamente.

Também há alterações no valor dos Bilhetes de Viagens. O Bilhete 1 Viagem, adquirido somente dentro dos ônibus e para uso imediato, custará R$ 5,50, sendo R$ 3,50 da tarifa e R$ 2,00 do casco. O valor do casco é reembolsável. Já o valor do Bilhete 2 Viagens será de R$ 9,00 (R$ 7,00 de duas passagens + R$ 2,00 do casco, que também é reembolsável).

Em 2015, o subsídio da Administração para o transporte coletivo de Campinas será de R$ 12 milhões, média de R$ 1 milhão por mês, revertido, exclusivamente, para o custeio do PAI-Serviço. O valor representa redução de mais de 70% em relação ao subsídio praticado nos dois últimos anos.

Histórico

Em 2 de dezembro de 2012, antes do Governo Jonas Donizette, o valor da tarifa de ônibus foi reajustado para R$ 3,30. O subsídio mensal da Prefeitura para o sistema de transporte público era de cerca de R$ 3 milhões. Em junho de 2013, o prefeito Jonas Donizette reduziu o valor da passagem para R$ 3,00, com subsídio mensal da ordem de R$ 6,6 milhões.

Já em agosto de 2014, após mais de um ano, a tarifa voltou para R$ 3,30, com subsídio mensal de 3,6 milhões. Com a tarifa a R$ 3,50, o subsídio da Prefeitura será de R$ 1 milhão por mês.

Em dois anos do prefeito Jonas Donizette à frente do Paço Municipal, Campinas teve 248 novos ônibus incorporados ao sistema de transporte público. A frota atingiu 71% de acessibilidade. Também nesse período, a frota do PAI-Serviço dobrou o número de vans, que também passaram a ter maior capacidade de transporte.

Também foi instituído o Passe Lazer, com 50% de desconto na tarifa em dois domingos por mês, e o período do Bilhete Único foi ampliado de uma hora e meia para duas horas.

Hoje, o sistema de transporte público coletivo de Campinas possui 1.240 ônibus em operação, sendo 992 do sistema convencional e 248 do sistema alternativo. Deste total, 880 são acessíveis (71%). Já o PAI-Serviço possui 50 vans e dois ônibus acessíveis em operação.

Tabela de valores

Tarifas do transporte público com validade a partir de 10 de janeiro.

BILHETE ÚNICO
TARIFA
LINHA 5.02
COMUM
R$ 3,50
R$ 2,30
VALE TRANSPORTE
R$ 3,50
R$ 2,30
ESCOLAR
R$ 1,40
R$ 0,92
UNIVERSITÁRIO
R$ 1,75
R$ 1,15


BILHETE DE VIAGEM
VALOR COMPRA
REEMBOLSO DO CASCO
1 VIAGEM
R$ 5,50
R$ 2,00
2 VIAGENS
R$ 9,00
R$ 2,00

Informações: Prefeitura de Campinas
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Salvador é a 3ª cidade onde mais se perde tempo para chegar ao trabalho

domingo, 29 de abril de 2012

Se São Paulo há muito tempo é campeã de engarrafamento, Salvador está se empenhando em roubar o posto. Diariamente, 199.306 pessoas que trabalham fora de casa demoram mais de uma hora no trânsito para chegar ao trabalho, de acordo com uma amostra do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número representa 22,03% dos trabalhadores da capital baiana. Salvador perde apenas para São Paulo (31,03%) e Rio de Janeiro (25,34%), que têm cerca do dobro de extensão territorial e têm metrô na rede de transporte público.

“No entanto, essas capitais têm até três vezes o tamanho e a população de Salvador. Na proporção essas metrópoles estão em melhor condições que a nossa”, opina o doutor em planejamento de transportes Juan Pedro Moreno.
Na pele
A verdadeira maratona do garçom Adenilson de Oliveira, 51, é um exemplo entre os 200 mil soteropolitanos que perdem mais de uma hora no trânsito a caminho do trabalho. Tudo começa às 4h30, quando ele acorda em Ilha Amarela, no Subúrbio Ferroviário, para tomar banho e se arrumar. Às 6h tem que estar no ponto de ônibus. Para tornar a jornada ainda mais cansativa, ele anda 20 minutos até chegar ao ponto.

Pronto. Quando consegue entrar no ônibus - porque muitas vezes ele só passa pela catraca já no bairro da Graça -  viaja em pé por duas horas até chegar na Barra, onde trabalha. O que ele faz todo esse tempo? “São 18 anos nessa vida, passando sufoco. Tem dias em que o ônibus é tão cheio que a gente fica na ponta dos pés. Mas, às vezes, leio o CORREIO, que pego quando passa em Plataforma. Lá, por causa da sinaleira do Luso, é o maior engarrafamento", relata.

A publicitária Ana Carolina Miranda, 27, diz que sua vida é na Estação. “De casa, em Águas Claras, até chegar na Estação Pirajá levo entre 30 minutos e uma hora. Eu faria esse percurso em 15 minutos, se não fosse o engarrafamento”, afirma. Da estação até o Comércio, onde trabalha, o trajeto dura mais uma hora e meia. A conta fica difícil de fechar quando se pensa no horário em que Ana Carolina deve bater o ponto: 7h. “Eu tenho que acordar umas 4h”.

Depois de cinco dias nessa luta, Ana Carolina não quer mais ver ônibus no final de semana. “Eu deixo de sair à noite, abro mão do lazer para ficar em casa”, lamenta a jovem, lembrando também o fatídico dia em que desistiu de ir a um compromisso após passar 1h30 esperando um ônibus. Em Águas Claras, a professora Sandra Castro, 37, é mais uma refém do único sistema de transporte público da cidade. Ela tem dia certo para tomar bronca na escola onde trabalha: segundas e sextas-feiras. “As pessoas já sabem do engarrafamento. Na escola tem condução e os meninos chegam atrasados, mas os professores não podem atrasar. Nestes dias específicos chego às 9h, uma hora depois do que deveria chegar", conta.  A volta para casa é ainda pior. "Saindo às 17h, só chego em casa às 19h30. Mesmo quando consigo uma carona, levo pelo menos 1h30. Por mais que a gente saia mais cedo, acaba ficando preso na ladeira de Águas Claras", diz.
Críticas
Para  o especialista Juan Pedro Moreno, o resultado da amostra do Censo não é uma surpresa. Ele diz que Salvador é a única grande metrópole brasileira sem um sistema de integração de transportes públicos diversos e 98% das viagens realizadas dentro da cidade estão condicionadas aos ônibus. “Com isso o sistema fica sobrecarregado e insuficiente para atender a demanda. Além disso, as rotas de ônibus não são bem preparadas e acabam levando mais tempo para serem percorridas. Elas são sinuosas, dão inúmeras voltas na cidade”.

Com o sistema precário, o professor diz que a população acaba optando pelos veículos particulares, o que resulta em mais congestionamentos. "Há pelo menos 30 anos não se faz obras para melhorar as vias da cidade. Salvador cresceu, a demanda e o número de veículos aumentou muito e nada foi feito para se adequar à nova realidade. Nem mesmo intervenções mais simples como rotatórias, faixas exclusivas ou intercâmbios viários não foram feitos. A mais recente obra é a via expressa e ainda assim não está terminada", afirma.

O coordenador de Disseminação de informação do IBGE, Joilson Rodrigues Souza, diz que se o sistema de transporte público em Salvador não sofrer as adequações necessárias em breve o tempo médio que a população precisa para se deslocar para o trabalho crescerá acentuadamente. "Se não houver melhora as pessoas continuarão tendo o veículo particular como prioridade. E quem não puder fazer essa opção enfrentará um transporte público cada dia mais lento, precário e inchado", alerta.

Os resultados em Belo Horizonte e Fortaleza, onde 16,55% e 12,7% das pessoas respectivamente, levam mais tempo para conseguir chegar ao trabalho, revelam, segundo o especialista, a importância de investimento. “Eles planejaram e investiram na qualidade dos meios de transporte, na diversidade de opções e sobretudo na racionalidade das rotas”.
Incertezas do metrô
Se o soteropolitano depender do metrô para diminuir o tempo que gasta para ir ao trabalho vai chegar ao serviço atrasado. Com inúmeros prazos estendidos e mais de 10 anos em construção, o primeiro trecho do metrô, que liga Estação Acesso Norte (Rótula do Abacaxi) até a Estação da Lapa, mais uma vez sofre por causa da falta de recursos.

Em visita a Salvador, a ministra das Cidades, Miriam Belchior, condicionou a liberação de mais verbas à conclusão do metrô da Paralela, cujas obras não foram nem licitadas. Além disso, o próprio governador Jaques Wagner já admitiu que a linha da Paralela não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014.

Para que o tramo 1 do metrô finalmente comece a funcionar, a prefeitura terá de desembolsar R$ 51,8 milhões. Segundo o secretário Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin), José Matos, serão necessários R$ 14 milhões para compra de equipamentos para o pátio de manutenção dos trens, R$ 4,8 milhões para adquirir o sistema de catracas e bilheterias e R$ 33 milhões para custear o funcionamento do metrô, que vai operar gratuitamente nos seis primeiros meses.

 “Acho que houve uma falha de comunicação. Em momento algum, o Ministério das Cidades discordou do que estava sendo executado. Mas, agora, exige o envio de um plano de integração tarifária da linha 1 e 2 (Paralela). Como não podemos mais esperar e isso leva tempo, a prefeitura vai pagar a conta”.

Matos  não diz de onde a prefeitura, que passa por uma grave crise financeira, vai tirar o dinheiro. “O prefeito João Henrique está se reunindo com a Secretaria Municipal da Fazenda para decidir de onde sairão os recursos”, resumiu.
Com a verba, Matos afirma que, até 10 de maio será feita a licitação para escolher a empresa que vai operar o metrô na fase da gratuidade, já a partir de agosto. O estacionamento  também não está pronto, mas ele diz que até junho será licitado.

Já em relação ao tramo 2, que liga o Acesso Norte à Estação Pirajá, o secretário explica  que 27% da obra está concluída. Para o andamento das obras desse tramo, Matos afirma que é necessário um acordo entre governo e prefeitura.
“O consórcio Metrosal reincidiu o contrato por achar que não era mais interessante para a empresa. Como terá que ser feita uma nova licitação será mais proveitoso incorporá-la à licitação do metrô da Paralela”. Até decidirem o que será feito, a obra continua parada.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur) não se manifestou sobre prazos para início das obras do metrô na Paralela  e nem informou se o Estado pretende incorporar a licitação do metrô da Paralela à linha do Acesso Norte à Pirajá, como quer a prefeitura.

Fonte: Correio do Povo


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Ceturb aumenta linhas de ônibus, mas os problemas de mobilidade persistem

sábado, 30 de julho de 2011

Apesar de figurar em 13º lugar no ranking das Regiões Metropolitanas brasileiras, de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, a Grande Vitória enfrenta praticamente os mesmos problemas de mobilidade se comparada a outros conglomerados urbanos. Na última quinta-feira (28), foram anunciadas novas linhas de transporte coletivo, para atender 21 bairros da GV. Os problemas, no entanto, continuam nas vias de acesso e no preço das tarifas.

Coincidência ou não, no mesmo dia em que a Ceturb (Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória) anunciou 12 novas linhas de ônibus, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), realizou o comunicado (n.º 102) sobre “Dinâmica populacional e sistema de mobilidade nas metrópoles brasileiras”, constatando que há transtornos nas cidades, não somente em relação à quantidade de transportes, mas à quantidade de vias que recebem o tráfego.

Segundo o técnico do Ipea Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, o preço das tarifas cobradas no período de 1999 a 2010 aumentou 33%, acima da inflação. O aumento é impactante para as populações de baixa renda, que dependem do transporte. O instituto propõe maior discussão por parte da sociedade e envolvimento das administrações públicas para executar novos sistemas de mobilidade. Atualmente, a tarifa para veículos do Sistema Transcol, que circula na Região Metropolitana de Vitória, é de R$ 2,30. Na Capital, o preço é R$ 2,20 para as linhas comuns e R$ 2,30 para as linhas seletivas. O reajuste, firmado no final de 2010, foi de 6,98%.

Atualmente, as linhas da Ceturb atendem 670 mil usuários por dia. A perspectiva é atender mais 25 mil pessoas com as novas linhas. Mas, mesmo com aumento de ofertas de emprego em Vila Velha, Cariacica e Serra, a concentração maior continua em Vitória. O tempo de espera e a superlotação nos horários de pico, porém, dependem de novas alternativas de mobilidade. Para Carlos Henrique, o problema para proporcionar essas alternativas é de gestão, planejamento e financiamento.

Em todas as regiões, segundo o Ipea, houve um crescimento de 50% para deslocamentos a pé e de bicicleta, uma tentativa que parte do próprio cidadão para justamente resolver seu problema com a congestão nas vias públicas. “O sistema de transporte coletivo é planejado para poucas horas do dia”, afirmou o técnico, lembrando que, em certas horas, há ausência, como madrugada, feriados e finais de semana.

Alternativas à espera de execução

A saturação das vias urbanas é um problema discutido, mas ainda não totalmente solucionado. A Grande Vitória, segundo o IBGE, conta com 1.685.384 habitantes. Em Vitória, os mesmos locais nos horários de pico refletem os mesmos problemas há anos.

Algumas propostas do atual governo do Estado já foram ventiladas, mas ainda não executadas. A implantação de um sistema para o metrô de superfície (Veículo Leve sobre Trilhos), o retorno do Terminal Aquaviário, a construção de túneis e uma quarta ponte são algumas opções. Na Serra, empresários sugerem quatro mergulhões, com acesso a Laranjeiras, Eurico Salles, Fátima e Grande Carapina.

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Capitais não preveem elevar tarifa de ônibus

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Após o cancelamento dos reajustes nas tarifas de ônibus, trem e metrô em 2013, não há neste ano, ao menos por enquanto, previsões para aumento nas passagens de transporte público nas 13 regiões metropolitanas consultadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para apuração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em ano eleitoral, as prefeituras de cidades como São Paulo e Belo Horizonte já afirmaram que não elevarão as tarifas de ônibus urbano, que permanecem congeladas desde meados do ano passado, quando uma onda de manifestações se espalhou pelo país e provocou a revogação de aumentos anteriormente anunciados. Em Fortaleza e Goiânia, a questão deverá ser analisada somente na época de revisão das tarifas. No Rio de Janeiro e Porto Alegre, o reajuste das passagens ainda depende de uma análise dos respectivos Tribunais de Contas.

A partir deste ano, mais duas regiões – Campo Grande e Vitória – vão compor o campo de análise do IBGE para o IPCA, elevando de 11 para 13 as localidades consultadas. Em Campo Grande, a prefeitura informa que não há previsão de reajuste das tarifas de ônibus ao menos até outubro, mês de revisão dos contratos. No ano passado, as tarifas na cidade baixaram 5,3% após as manifestações, voltando ao valor cobrado no início de 2012. Já em Vitória, as tarifas de ônibus ficarão inalteradas neste ano e deverão permanecer assim até que seja implantado o modelo que integrará os sistemas de transporte municipal com o metropolitano.

A ausência de aumentos nas tarifas de ônibus, trem e metrô no ano passado ajudou a moderar a inflação nos transportes, que foi de 3,29% em 2013. Ainda assim, essa taxa foi maior que a de 2012, de 0,48%, puxada principalmente pelo aumento do preço da gasolina e do álcool no fim do ano. Em 2012, as passagens de ônibus haviam subido 5,26%; as de trem, 3,11%; e as de metrô, 3,38%.

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IBGE: Transporte público por ônibus é falho em 16,5% das cidades

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


Os tipos de transportes coletivos mais freqüentes no país são o táxi, presente em 81,5% dos municípios, a van, observada em 59,9% das cidades, e o mototáxi, em 52,7%. Além disso, os barcos estão presentes em 10,5% dos municípios, e os ônibus, em 30%. As informações constam da pesquisa de Informações Básicas Municipais divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O estudo mostra que os ônibus estão disponíveis em todos os municípios com mais de 500 mil habitantes e em 94,9% daqueles com 100 mil a 500 mil habitantes. O levantamento constatou também que em 16,5% das cidades brasileiras não há registro de transporte coletivo por ônibus.De acordo com o estudo, que investigou a gestão pública e as condições do meio ambiente, do transporte e da habitação nos 5.564 brasileiros referentes a 2008, o serviço de van se destaca também em termos de crescimento. Desde 2005, elas saltaram de 52,3% para 59,9%, sendo mais comum nas cidades do Nordeste (86,6%), na condição de atividade informal.No lado oposto, aparecem os serviços de transporte mais raros nos municípios do país: os trens, que em 2005 estavam presentes em 1,9% das cidades e em 2008 recuaram para 1,5%, e o metrô, que passou de 0,2% para 0,3% nesse mesmo período.
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Salvador é a 3ª cidade onde mais se perde tempo para chegar ao trabalho

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Se São Paulo há muito tempo é campeã de engarrafamento, Salvador está se empenhando em roubar o posto. Diariamente, 199.306 pessoas que trabalham fora de casa demoram mais de uma hora no trânsito para chegar ao trabalho, de acordo com uma amostra do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número representa 22,03% dos trabalhadores da capital baiana. Salvador perde apenas para São Paulo (31,03%) e Rio de Janeiro (25,34%), que têm cerca do dobro de extensão territorial e têm metrô na rede de transporte público.

“No entanto, essas capitais têm até três vezes o tamanho e a população de Salvador. Na proporção essas metrópoles estão em melhor condições que a nossa”, opina o doutor em planejamento de transportes Juan Pedro Moreno.
Na pele
A verdadeira maratona do garçom Adenilson de Oliveira, 51, é um exemplo entre os 200 mil soteropolitanos que perdem mais de uma hora no trânsito a caminho do trabalho. Tudo começa às 4h30, quando ele acorda em Ilha Amarela, no Subúrbio Ferroviário, para tomar banho e se arrumar. Às 6h tem que estar no ponto de ônibus. Para tornar a jornada ainda mais cansativa, ele anda 20 minutos até chegar ao ponto.

Pronto. Quando consegue entrar no ônibus - porque muitas vezes ele só passa pela catraca já no bairro da Graça -  viaja em pé por duas horas até chegar na Barra, onde trabalha. O que ele faz todo esse tempo? “São 18 anos nessa vida, passando sufoco. Tem dias em que o ônibus é tão cheio que a gente fica na ponta dos pés. Mas, às vezes, leio o CORREIO, que pego quando passa em Plataforma. Lá, por causa da sinaleira do Luso, é o maior engarrafamento", relata.

A publicitária Ana Carolina Miranda, 27, diz que sua vida é na Estação. “De casa, em Águas Claras, até chegar na Estação Pirajá levo entre 30 minutos e uma hora. Eu faria esse percurso em 15 minutos, se não fosse o engarrafamento”, afirma. Da estação até o Comércio, onde trabalha, o trajeto dura mais uma hora e meia. A conta fica difícil de fechar quando se pensa no horário em que Ana Carolina deve bater o ponto: 7h. “Eu tenho que acordar umas 4h”.

Depois de cinco dias nessa luta, Ana Carolina não quer mais ver ônibus no final de semana. “Eu deixo de sair à noite, abro mão do lazer para ficar em casa”, lamenta a jovem, lembrando também o fatídico dia em que desistiu de ir a um compromisso após passar 1h30 esperando um ônibus. Em Águas Claras, a professora Sandra Castro, 37, é mais uma refém do único sistema de transporte público da cidade. Ela tem dia certo para tomar bronca na escola onde trabalha: segundas e sextas-feiras. “As pessoas já sabem do engarrafamento. Na escola tem condução e os meninos chegam atrasados, mas os professores não podem atrasar. Nestes dias específicos chego às 9h, uma hora depois do que deveria chegar", conta.  A volta para casa é ainda pior. "Saindo às 17h, só chego em casa às 19h30. Mesmo quando consigo uma carona, levo pelo menos 1h30. Por mais que a gente saia mais cedo, acaba ficando preso na ladeira de Águas Claras", diz.
Críticas
Para  o especialista Juan Pedro Moreno, o resultado da amostra do Censo não é uma surpresa. Ele diz que Salvador é a única grande metrópole brasileira sem um sistema de integração de transportes públicos diversos e 98% das viagens realizadas dentro da cidade estão condicionadas aos ônibus. “Com isso o sistema fica sobrecarregado e insuficiente para atender a demanda. Além disso, as rotas de ônibus não são bem preparadas e acabam levando mais tempo para serem percorridas. Elas são sinuosas, dão inúmeras voltas na cidade”.

Com o sistema precário, o professor diz que a população acaba optando pelos veículos particulares, o que resulta em mais congestionamentos. "Há pelo menos 30 anos não se faz obras para melhorar as vias da cidade. Salvador cresceu, a demanda e o número de veículos aumentou muito e nada foi feito para se adequar à nova realidade. Nem mesmo intervenções mais simples como rotatórias, faixas exclusivas ou intercâmbios viários não foram feitos. A mais recente obra é a via expressa e ainda assim não está terminada", afirma.

O coordenador de Disseminação de informação do IBGE, Joilson Rodrigues Souza, diz que se o sistema de transporte público em Salvador não sofrer as adequações necessárias em breve o tempo médio que a população precisa para se deslocar para o trabalho crescerá acentuadamente. "Se não houver melhora as pessoas continuarão tendo o veículo particular como prioridade. E quem não puder fazer essa opção enfrentará um transporte público cada dia mais lento, precário e inchado", alerta.

Os resultados em Belo Horizonte e Fortaleza, onde 16,55% e 12,7% das pessoas respectivamente, levam mais tempo para conseguir chegar ao trabalho, revelam, segundo o especialista, a importância de investimento. “Eles planejaram e investiram na qualidade dos meios de transporte, na diversidade de opções e sobretudo na racionalidade das rotas”.
Incertezas do metrô
Se o soteropolitano depender do metrô para diminuir o tempo que gasta para ir ao trabalho vai chegar ao serviço atrasado. Com inúmeros prazos estendidos e mais de 10 anos em construção, o primeiro trecho do metrô, que liga Estação Acesso Norte (Rótula do Abacaxi) até a Estação da Lapa, mais uma vez sofre por causa da falta de recursos.

Em visita a Salvador, a ministra das Cidades, Miriam Belchior, condicionou a liberação de mais verbas à conclusão do metrô da Paralela, cujas obras não foram nem licitadas. Além disso, o próprio governador Jaques Wagner já admitiu que a linha da Paralela não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014.

Para que o tramo 1 do metrô finalmente comece a funcionar, a prefeitura terá de desembolsar R$ 51,8 milhões. Segundo o secretário Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin), José Matos, serão necessários R$ 14 milhões para compra de equipamentos para o pátio de manutenção dos trens, R$ 4,8 milhões para adquirir o sistema de catracas e bilheterias e R$ 33 milhões para custear o funcionamento do metrô, que vai operar gratuitamente nos seis primeiros meses.

 “Acho que houve uma falha de comunicação. Em momento algum, o Ministério das Cidades discordou do que estava sendo executado. Mas, agora, exige o envio de um plano de integração tarifária da linha 1 e 2 (Paralela). Como não podemos mais esperar e isso leva tempo, a prefeitura vai pagar a conta”.

Matos  não diz de onde a prefeitura, que passa por uma grave crise financeira, vai tirar o dinheiro. “O prefeito João Henrique está se reunindo com a Secretaria Municipal da Fazenda para decidir de onde sairão os recursos”, resumiu.
Com a verba, Matos afirma que, até 10 de maio será feita a licitação para escolher a empresa que vai operar o metrô na fase da gratuidade, já a partir de agosto. O estacionamento  também não está pronto, mas ele diz que até junho será licitado.

Já em relação ao tramo 2, que liga o Acesso Norte à Estação Pirajá, o secretário explica  que 27% da obra está concluída. Para o andamento das obras desse tramo, Matos afirma que é necessário um acordo entre governo e prefeitura.
“O consórcio Metrosal reincidiu o contrato por achar que não era mais interessante para a empresa. Como terá que ser feita uma nova licitação será mais proveitoso incorporá-la à licitação do metrô da Paralela”. Até decidirem o que será feito, a obra continua parada.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur) não se manifestou sobre prazos para início das obras do metrô na Paralela  e nem informou se o Estado pretende incorporar a licitação do metrô da Paralela à linha do Acesso Norte à Pirajá, como quer a prefeitura.

Fonte: Correio do Povo


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Recife é a 8ª pior cidade brasileira para ir ao trabalho

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Duas horas. Tempo suficiente para assistir a um filme, frequentar um curso, arrumar a casa. Mas, segundo dados do Censo 2010 divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses preciosos 120 minutos são jogados fora, diariamente, pelas janelas de vans, trens, ônibus, carros e metrôs que conduzem milhões de trabalhadores nas grandes cidades brasileiras.

O IBGE divulgou recentemente uma pesquisa sobre quanto tempo gasta o brasileiro para ir ao trabalho, a pesquisa foi elaborada nas principais cidades brasileiras e a falta de mobilidade urbana faz com que o recifense perca em média 15 horas por semana no trânsito, ou seja, se formos levar apenas os dias uteis, são dois dias e meio por mês no trânsito.

Falta de corredores de ônibus, baixo investimento em Metrô, além de ônibus superlotados somam as dificuldades que o recifense vem passando todos os dias na cidade.

- É muito carro na rua, diz o operário José Cleiton, já outros estão acostumados chegando muitas vezes a dormirem nas viagens.

- Tenho que sair de casa às 6hs de Olinha para chegar no bairro do Pina, zona sul de Recife as 08hs, são duas horas de viagem, num percurso que deveria ser em menos de 01 hora, absurdo, diz Romero Jorge, servidor público.


O desgaste para o trabalhador é enorme, visto que ao encarar pela manhã este trânsito, faz com que ele já chegue no ambiente de trabalho estressado e muitas vezes influenciando na sua própria produção dentro da empresa.
Na frente da cidade de Recife estão como as piores: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Manaus, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Clayton Leal / Blog Meu Transporte
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Em Jundiaí, Usuários acham tarifa muito cara

quarta-feira, 14 de abril de 2010


Uma semana depois de entrar em vigor, a nova tarifa do ônibus em Jundiaí ainda gera reclamações por parte dos usuários. O preço da passagem do Sistema Integrado de Transportes Urbanos (Situ) subiu de R$ 2,50 para R$ 2,65. Usuários dizem que o valor da passagem é muito alto se comparado com o tempo de espera, as linhas, a condição das vias, a distância percorrida, entre outros. Alguns deles ainda comparam o valor com o preço da passagem em outras cidades, como São José do Rio Preto (onde o preço é R$ 2,30) e Sorocaba (onde é R$ 2,50).

"Meus pais moram em São José do Rio Preto e lá a passagem é bem mais barata, o ônibus não anda tão cheio porque nos horários de pico tem mais coletivos e a qualidade da frota é excelente. Sem contar que as ruas estão bem asfaltadas e a gente não fica pulando dentro do ônibus", ressaltou a bancária Marina Farina Loyola, 27 anos.

Usuária do transporte público diariamente, ela diz que sofre com atrasos e lotação. "Todo dia é a mesma coisa. Tem vezes que é difícil passar pela roleta de tanta gente e preciso esperar chegar em um terminal para que parte dos usuários desembarquem. Acho justo que o preço aumente, porque tem inflação, tem os reajustes salariais, mas no geral a tarifa de Jundiaí é muito alta."

O consultor administrativo Fernando Novaes, 32 anos, também reclama. "Deixei de vir trabalhar de carro porque com o alto preço do estacionamento e do combustível não compensava. Passei a usar o transporte coletivo, mas tem alguns ônibus que estão muito antigos. Sem contar que a qualidade do serviço deixa a desejar. Não há aumento no número de funcionários e de ônibus, mas de tarifa sim", reclama. Ele, que já trabalhou em Sorocaba, compara o transporte das duas cidades e afirma: Jundiaí tem passagem cara. "Em Sorocaba existem os terminais, assim como aqui, mas também tem as áreas de transferência. Além disso, aos domingos e feriados a passagem de ônibus em Sorocaba custa R$ 1 para quem tem o cartão social."

Revoltada, a autônoma Carina Vicente, 37 anos, reclama do preço da passagem. "Vou para São Paulo três vezes por semana e ando muitos quilômetros de ônibus na Capital. Lá o preço é R$ 2,70, mas eu ando a cidade toda. Se a gente comparar com Jundiaí não tem condições. A tarifa daqui é um absurdo."

No site do Situ é possível encontrar linhas que percorrem apenas 2 quilômetros, assim como linhas que percorrem 20 quilômetros. Em São Paulo e em São José do Rio Preto, por exemplo, há linhas que percorrem até 40 quilômetros do ponto inicial ao ponto final.

Justificativa - A Prefeitura informou que a tarifa foi reajustada em 6% após um estudo realizado pela Secretaria de Transportes. Segundo os técnicos responsáveis pelo trabalho, desde novembro de 2008 (último aumento da tarifa), vários itens da planilha que compõe os custos da tarifa ficaram defasados em razão da inflação.

A Secretaria de Transportes informou que alguns destes itens foram aumento do salário dos trabalhadores no transporte público e valor dos investimentos que o município fez na aquisição de novos ônibus e equipamentos.Segundo a Prefeitura, o reajuste assegura a manutenção da gratuidade a 17% dos passageiros na condição de idosos, deficientes físicos e acompanhantes. A Secretaria de Transportes alega, ainda, que o índice de 6% aplicado ficou abaixo de índices que acompanham a inflação no período, como o INPC/IBGE, de 6,47%, e o IPCA/IBGE, de 6,59%.

Fonte: Jornal de Jundiaí
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Curitiba: Crescimento acelerado causa transtornos no trânsito

terça-feira, 7 de setembro de 2010


Os transtornos causados pelo crescimento acelerado da frota brasileira de carros afetam principalmente cidades de porte médio, com menos de 2 milhões de habitantes, localizadas nas regiões metropolitanas mais ricas do Sul e Sudeste do Brasil. Com 1,8 milhão de habitantes, Curitiba, que exportou ao mundo o modelo de transporte coletivo com base em corredores de ônibus, é uma das surpresas do ranking. Ocupa a 2ª colocação.

Já São Paulo, cidade com a maior frota absoluta de carros, fica em um modesto 8º lugar, duas posições abaixo de Valinhos, cidade com 107 mil habitantes. Municípios de Santa Catarina com menos de 500 mil habitantes, como Florianópolis, Blumenau e Brusque, as duas últimas localizadas no Vale do Itajaí, ocupam as outras três posições entre os dez primeiros.

O ranking foi feito do cruzamento dos dados da frota do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) com a população medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A lista das localidades com maior ocorrência de carros por habitantes está diretamente ligada ao poder econômico. Essas são cidades ricas e com grande concentração de empregos", diz o presidente da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Aílton Brasiliense.

Ele aponta que a opção pelo automóvel é resultado de três fatores: status, má qualidade do transporte público e flexibilidade de tempo. "São fatores que levam a pessoa a preferir o veículo individual. Não eram todos que podiam se dar a esse luxo no passado, mas hoje as condições econômicas facilitam."

Tráfego e Violência

Com o incentivo da expansão de crédito e isenção de impostos, já são 35,3 milhões de carros no País — 66% a mais que em 2001. Em 2005, o Brasil ocupava a 10ª colocação entre os principais países vendedores de carro, saltando para o 4º lugar neste ano, quando ultrapassou a Alemanha.

O aumento dos congestionamento em ruas e estradas e o crescimento dos acidentes de trânsito são os principais efeitos do aquecimento das vendas. Levantamento divulgado nesta semana pelo IBGE mostrou que os acidentes de trânsito já matam mais que os homicídios em oito Estados brasileiros. São Paulo, Santa Catarina e Paraná, Estados com cidades em posição de destaque no ranking de carros por mil habitantes, estão entre eles.

O caso de Santa Catarina é o que mais chama a atenção. Com três cidades entre as mais motorizadas, possui a menor taxa de homicídio brasileira (10,4 por 100 mil habitantes) e a segunda maior taxa de mortes em acidentes por transportes (32,7 por 100 mil habitantes). "Se a quantidade de carros já é muito alta, para piorar, as estradas litorâneas de Santa Catarina recebem um número excessivo de turistas. Em Florianópolis, os grandes congestionamentos são um dos fatores que mais aborrecem a população", diz o diretor-geral do Detran no Estado, Vanderlei Russo.

Enquanto nas grandes cidades o trânsito é assunto diário, locais como Valinhos e Indaiatuba, no interior de São Paulo, já apresentam ruas paradas nos horários de pico, algumas com suas peculiaridades. "Nessas cidades, o maior congestionamento acontece nos fins de semana, principalmente aos sábados", explica o professor do departamento de trânsito da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Carlos Alberto Bandeira Guimarães.

Especialistas atribuem o grande crescimento da frota na região de Campinas à construção de condomínios residenciais fechados. "São pessoas que já eram adeptas do automóvel, mas que aumentaram ainda mais o uso porque o transporte coletivo não atende com qualidade a esses condomínios mais afastados", diz Guimarães.



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Aumento da frota desafia o trânsito de BH

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Motoristas e passageiros de Belo Horizonte, a primeira capital planejada da América do Sul, sofrem com os congestionamentos diários. E, dependendo da rua ou avenida, a retenção não se limita mais ao horário de pico. Tanto a prefeitura quanto o governo de Minas Gerais vêm desembolsando pesados investimentos para reverter a situação, com o alargamento de corredores e a construção de viadutos, mas a tarefa do poder público não é nada fácil. Uma combinação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), da Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostra o tamanho do problema: cada quilômetro quadrado da cidade é ocupado, em média, por cerca de 4,6 mil veículos.

Mais do que isso: a frota municipal cresceu num ritmo tão acelerado que, hoje, há um carro, moto, ônibus ou caminhão para cada 1,7 habitante. A média de 4,6 mil veículos por quilômetro quadrado é resultado da divisão da frota de outubro – 1.291.208 veículos, segundo o Denatran – pela chamada área urbana da cidade –, calculada em 280,54 quilômetros quadrados, de acordo com a ANTP. Já a relação de um veículo para cada 1,7 morador é a divisão da frota – novamente 1.291.208 unidades – pela população do município, 2.258.096 pessoas, conforme o Censo 2010, divulgado pelo IBGE quinta-feira.

A explosão da frota na capital criou um problema sério em vários corredores importantes: a baixa velocidade média do fluxo nos horários de pico. A velocidade média na Avenida do Contorno é de 30 km/h no sentido bairro e de 33 km/h na direção Centro. Na Afonso Pena, de 32 km/h e 37km/h, respectivamente. Segundo um estudo da BHTrans, a empresa que gerencia o trânsito de Belo Horizonte, os horários considerados de pico oscilam de região para região, mas, em geral, vão das 6h40 às 9h20, das 11h às 12h50 e das 17h30 às 20h.

Para se ter uma ideia de como os números atuais retratam bem o tamanho dos congestionamentos do trânsito de Belo Horizonte, em 2000, quando a frota somava pouco mais de 655 mil motores, cada quilômetro quadrado da cidade era ocupado por “apenas” 2,3 mil veículos. Naquele ano, a relação era de um veículo para cada 3,4 habitantes – o censo 2000 apurou que o município tinha 2.238.526 de pessoas. Ou seja, em uma década, enquanto o total de moradores cresceu “míseros” 19.570 pessoas, a frota explodiu em quase 636 mil carros, motos, ônibus e caminhões.

A relação veículos por quilômetro quadrado na cidade é maior do que a de quatro das cinco capitais com população superior à de BH. No Rio de Janeiro, por exemplo, a média é de 3 mil carros, motos, ônibus e caminhões. Em Brasília (DF), 4.543. Em Fortaleza (CE), 3.026. Em Salvador (BA), 2.344. Apenas São Paulo (7.296 veículos por quilômetro quadrado), entre as cinco capitais com população acima da de BH, supera a média do município mineiro.

Várias causas justificam o aumento alarmante da frota em BH, como a melhora significativa da economia doméstica, que possibilitou às classes C e D adquirirem o sonhado carro. Algumas concessionárias negociam automóveis em até 80 prestações fixas. O fortalecimento da economia no Brasil também estimulou muita gente a comprar veículos em razão de o automóvel, principalmente, ser sinônimo de status. O universitário Thiago Mafra Lara, de 22 anos, só conseguiu seu primeiro veículo, um Palio ano 2009/2010, em razão do pagamento facilitado.

“Entrei num consórcio, de 70 vezes, que já estava em andamento, mas se não fosse parcelado, não teria como comprá-lo. Moro no Bairro Buritis, na Região Oeste, e trabalho no Bairro Funcionários, diariamente, com o automóvel. Fico meia hora só para sair do meu bairro, mas é melhor do que ir de ônibus, pois o tempo de viagem do transporte coletivo, na capital, é maior que o do carro. Sem falar no conforto”, justifica.

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Tarifa de ônibus no Rio aumenta de R$ 3,40 para R$ 3,80

domingo, 3 de janeiro de 2016

Foi aplicado às 0h deste sábado (2) o reajuste de 11,7% na tarifa dos ônibus municipais no Rio de Janeiro. O valor passou de R$ 3,40 para R$ 3,80. O mesmo valor é cobrado quem utiliza o Bilhete Único Carioca (BUC).

O aumento de R$ 0,40 na passagem foi autorizado pelo prefeiro Eduardo Paes em decreto publicado na edição do dia 31 de dezembro do Diário Oficial do Município.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, além do reajuste anual obrigatório, a nova tarifa inclui a revisão parcial do contrato. O cálculo do reajuste foi feito, segundo o órgão, com base em índices da Fundação Getulio Vargas e do IBGE

Tarifa dos ônibus intermunicipais também aumenta
O valor da passagem dos ônibus intermunicipais também sofrerá aumento. De acordo com o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), a tarifa intermunicipal básica passará de R$ 3,15 para R$ 3,50. As novas tarifas intermunicipais entram em vigor a partir do dia 10 de janeiro.

De acordo com o Detro, o índice de reajuste, determinado pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, é de 10,48%.

Ainda segundo o Detro, o aviso sobre o novo valor dessas tarifas deve ser afixado pelas empresas nos ônibus, guichês e pontos de vendas de passagens.

Bilhete Único Intermunicipal
O governo do estado também informou que autorizou o reajuste do valor do Bilhete Único Intermunicipal, conforme decreto firmado nesta quarta pelo governador Luiz Fernando Pezão, que será publicado do Diário Oficial da quinta-feira (31). A tarifa do Bilhete Único Intermunicipal passará dos atuais R$ 5,90 para R$ 6,50.

O governo explica que, segundo a legislação em vigor, o reajuste foi fixado pelo mesmo índice das tarifas de ônibus intermunicipais que, de acordo com portaria publicada pelo Detro.

Reajuste nas tarifas de trens e barcas
Em fevereiro, entrarão em vigor as novas tarifas de trens e barcas. Na quarta-feira (30), a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) autorizou as concessionárias CCR Barcas e Supervia a aumentarem o valor dos bilhetes. A passagem das barcas passará de R$ 5 para R$ 5,60 e dos trens de R$ 3,30 para R$ 3,70.

De acordo com a  Agetransp, a decisão entra em vigor em 2 de fevereiro para os passageiros dos trens e em 12 de fevereiro para aqueles que utilizam as barcas. Os usuários devem ser informados pelas concessionárias com 30 dias de antecedência.

Ainda segundo a Agetransp, para a base do reajuste da tarifa aquaviária de equilíbrio, foi considerado o valor real de R$ 5,1218 - atualizado em relação ao índice de inflação projetado - referente ao reajuste anterior, sobre o qual foi aplicado o índice referente à variação do IPCA (índice de inflação calculado pelo IBGE) entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016, conforme previsto em contrato.

A Agetransp também analisou o pleito de reajuste tarifário relativo ao ano de 2016 para a linha Charitas do transporte aquaviário. A agência autorizou a concessionária a praticar a tarifa de R$ 15,40, equivalente à variação do IPCA entre novembro de 2014 e novembro de 2015 sobre o valor de R$ 13,90, autorizado no reajuste anterior.

Já para a base do reajuste da tarifa ferroviária de equilíbrio, a Agetransp informou que foi considerado o valor de R$ 3,2948, homologado no reajuste anterior, sobre o qual foi utilizado como base o índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (IGP-M) entre novembro de 2014 e novembro de 2015, conforme previsto em contrato.

Informações: G1 Rio

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