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Nove ônibus novos vão integrar frota de S.André

domingo, 22 de agosto de 2010


A partir desta semana, nove ônibus novos adaptados passam a integrar a frota de transporte público de Santo André. Os veículos atendem à lei federal que prevê acessibilidade para cadeirantes, idosos, deficientes físicos e cegos.

Do total que passa a circular, cinco coletivos serão utilizados nas linhas da empresa Expresso Guarará e quatro no Consórcio União Santo André. “Essa é uma maneira de atendermos à lei e mantermos a vida útil dos veículos”, destacou o superintendente da Santo André Transportes (S.A. Trans), Alberto Rodrigues Casalinho.

Atualmente, a cidade conta com frota de 401 veículos com idade média de três anos, sendo que 81 já estão adaptados para atender passageiros com necessidades especiais. “Temos um dos transportes públicos mais novos da região”, salientou Casalinho.

Quanto à possibilidade do município adotar a sistema de Bilhete Único, o superintendente afirmou que esse é um assunto que deve ser discutido no Consórcio Intermunicipal do ABC. “Para que a ação tenha sucesso é necessário que o ABC se mobilize.”

Corredor exclusivo
A cidade possui corredor exclusivo para ônibus, que está localizado ao longo da avenida Capitão Mário Toledo de Camargo. Casalinho disse que não deve haver outros na cidade, “pois seria necessário investimento muito alto em desapropriações”, explicou. Para o superintendente, a resposta para o transporte público está em linhas de metrô na região. (VR)

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Em Santo André, Passageiros reclamam de superlotação

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Superlotação e longo tempo de espera são as principais reclamações dos usuários do terminal de ônibus da Vila Luzita, em Santo André. A estação tem apenas duas plataformas de embarque e desembarque, o que aumenta a concentração de passageiros, principalmente nos horários de pico. O equipamento entrou em funcionamento em setembro de 2001 e é administrado pela concessionária Expresso Guarará, que também opera as 16 linhas municipais que atendem o local.

“A população da Vila Luzita cresceu muito nos últimos anos. O bairro virou praticamente um segundo Centro. Este terminal ficou pequeno e já não dá mais conta de atender a toda demanda”, opina a fotógrafa Jaqueline Silva dos Reis, 24 anos, que mora na região desde 1997.

A passageira relata que o aperto não ocorre somente nas plataformas, mas também no interior dos coletivos. “Nós vamos prensados dentro do ônibus. Principalmente de manhã.” A moradora observa também que há falhas na sinalização. “Em São Paulo, os terminais têm painéis eletrônicos que mostram o tempo de espera. Aqui, os funcionários sempre dizem que está chegando, mas é comum termos de aguardar mais meia hora, pelo menos”, lamenta.

Além da superlotação, a balconista Célia Ferraz da Silva, 27, classifica como desconfortável a área para espera dos veículos. “Não tem onde sentar. Os idosos são os que mais sofrem com isso, ainda mais que, quando tem algum lugar vago, ninguém respeita”, critica. Pelas duas plataformas estão espalhados 11 bancos, cada um com capacidade para quatro pessoas, totalizando 44 espaços.

A porteira Roseli Aparecida de Oliveira, 45, avalia que os sanitários foram colocados em posição que prejudica os usuários. “Os banheiros estão antes das catracas. Se alguém que já embarcou precisar usar o toalete, terá de sair e pagar outra passagem para retornar”, denuncia.

A equipe do Diário esteve no terminal no fim da tarde de ontem. O espaço de maneira geral é bem conservado, mas apresenta problemas. Um deles é a passagem em nível de uma plataforma para a outra. O acesso, que deveria ser utilizado apenas por idosos e deficientes, estava liberado para todos os passageiros, gerando risco de atropelamento ao atravessar a pista. A travessia deveria ser feita por um dos túneis disponíveis.

Empresa admite excesso de demanda

Responsável pela administração do Terminal da Vila Luzita, a Expresso Guarará reconhece o excesso de demanda na estação. O diretor da empresa, Francesco Tripicchio, afirma, entretanto, que qualquer mudança na quantidade de veículos destinada a atender à demanda da região necessita de autorização da SATrans, autarquia que gerencia o Transporte em Santo André.

“Nós trabalhamos com base na ordem de serviço operacional. A frota é definida de acordo com a mudança. É necessário estudo para que as alterações possam ser feitas”, explica o diretor. Ele afirma, no entanto, que o intervalo entre os veículos no horário de pico da manhã chega a quatro minutos nas linhas troncais – os itinerários que vão do bairro até o Centro.

Tripicchio salienta que a melhoria no sistema depende da fluidez nas faixas exclusivas para ônibus na região central, pois, sem congestionamento nesses espaços, os coletivos retornariam para o terminal em tempo menor, gerando menos transtornos. 

por Fábio Munhoz

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Tarifas de ônibus intermunicipais no Vale do Paraíba terão reajuste médio de 7,88%

domingo, 3 de janeiro de 2016

As tarifas das linhas de ônibus intermunicipais vão ficar, em média, 7,88% mais caras no Vale do Paraíba. Segundo a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o reajuste passa a valer a partir do dia 9 de janeiro para todas as 77 linhas da região metropolitana.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) informou que o aumento fica abaixo da inflação medida pelo IPC-Fipe, de 10,49%. A empresa informou ainda que o valor do reajuste leva em consideração a inflação mais a extensão percorrida e gastos como mão de obra e combustível.

Apesar de ter informado o percentual médio de reajuste, a EMTU ainda não divulgou os valores das tarifas com o reajuste. Os novos valores devem ser disponibilizados até a próxima semana no site da EMTU.

Se aplicado o percentual médio de reajuste na linha entre Taubaté e São José dos Campos, o aumento será de cerca de 0,70 na passagem. O valor saltaria dos atuais R$ 9 para R$ 9,70, por exemplo.

As empresas que aplicarão o reajuste são a ABC Transportes, Breda, Cinter, Expresso Gardência, Litorânea, Pássaro Marron, Redenção, Viação São José, Santa Branca Transportes e Viação Jacareí. O último reajuste havia sido no início de 2015.

Informações: G1 Vale do Paraíba e Região

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São Paulo terá 7 bilhões para mobilidade urbana

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

São Paulo vai poder contratar R$ 7 bilhões em novas operações de empréstimo, após acordo assinado hoje no Palácio do Planalto. O governador do Estado, Geraldo Alckmin, disse que os novos recursos serão utilizados principalmente em projetos de mobilidade urbana, como o prolongamento de linhas de trens e ampliação da rede de metrôs.

Ele citou como exemplos a ligação férrea de Grajaú a Parelheiros e o Expresso Guarulhos. Os novos empréstimos deverão atender também a obras de saneamento básico e estradas no interior do Estado. "Estamos colhendo os frutos da responsabilidade fiscal", disse Alckmin.

Ele disse que a dívida paulista correspondia a 2,2 vezes a arrecadação anual do Estado, e hoje a relação já caiu para 1,4 vez. No total, o governo federal autorizou os Estados a contratarem novos empréstimos no valor de R$ 37 bilhões. Os novos investimentos deverão fortalecer a estratégia de manter a economia brasileira aquecida e evitar queda na taxa de crescimento.



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Governo de São Paulo decide congelar obras de monotrilho

domingo, 30 de agosto de 2015

O governo de São Paulo, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu congelar a construção de 17 das 36 estações de monotrilho previstas para as linhas 17-Ouro, que está sendo construída na Zona Sul de São Paulo, e da Linha 15-Prata, na Zona Leste. Com isso, o monotrilho não vai mais atender extremos da cidade, como a ligação Aeroporto de Congonhas a Estação Jabaquara ou o trecho até a futura estação São Paulo-Morumbi da Linha 4 do Metrô.

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, “a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”. Diz ainda que, nas áreas que não serão atendidas agora, estão sendo equacionadas questões como ampliações viárias, reassentamentos e desapropriações.

Questionada, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos não informou quantos dos 44,3 km anunciados ficam comprometidos com essa decisão.

Na Linha 17-Ouro, anunciada como serviço que atenderia o bairro de Paraisópolis, mas que não vai mais cruzar o Rio Pinheiros, são pelo menos 9,9 km congelados, segundo informações disponíveis no site do Metrô. A obra terá agora 7,7 km dos cerca de 17,7 km prometidos e ficará restrita ao trecho entre o Aeroporto de Congonhas e a Marginal Pinheiros.

A linha também vai perder o trecho que ligaria o aeroporto até a Estação Jabaquara, onde faria conexão com a Linha 1-Azul do Metrô.

A linha foi anunciada quando ainda se discutia o uso do Estádio do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. Ela chegou a ser prometida para 2013, mas só deve ficar pronta em 2017 e com extensão menor que a prevista.

Ficam de fora até segunda ordem as estações Panamby, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio do Morumbi, São Paulo-Morumbi, Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia e Vila Paulista.

Zona Leste
Já a Linha 15-Prata seria a substituição do antigo Expresso Tiradentes. O chamado “Fura Fila”, projetado nos anos 90 para ir até o extremo leste, foi redesenhado depois para ser um serviço de ônibus elevado ligando o Centro à Vila Prudente. De lá, seguiria em sistema de monotrilho até Cidade Tiradentes.

Em 2013, o G1 mostrou que já havia um impasse na obra em razão de o trajeto prever a construção dos pilares do monotrilho na Avenida Ragueb Chohfi, via comercial e estreita e que é um dos principais acessos à região de Cidade Tiradentes. O impasse se dava em relação às inúmeras desapropriações previstas para a área.

Agora, a Secretaria de Transportes Metropolitanos decidiu congelar sete estações da linha 15:  Jequiriçá, Jacu-Pêssego, Érico Semer, Marcio Beck, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes. Além dessas, a conexão com a Estação Ipiranga, da Linha 10-Turquesa, de 2,2 km, na outra ponta da linha.

A quilometragem total que não será priorizada neste momento não foi informada pela secretaria. A previsão inicial era que o monotrilho tivesse, no total, 26,6 km.

Nota da Secretaria
"A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que, sobre os projetos dos monotrilhos das linhas 15- Prata e 17-Ouro, a prioridade é concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho. Os trechos prioritários são a ligação do Aeroporto de Congonhas até o Morumbi (integração com a Linha 9 da CPTM) na Linha 17 e Vila Prudente a Iguatemi na Linha 15.

Nos demais trechos, estão sendo equacionadas as questões referentes às ampliações viárias com a Prefeitura de São Paulo, levantamento de reassentamentos e desapropriações necessárias para o prosseguimento das obras, licenciamentos ambientais e novas fontes de financiamento."

Linha Bronze 
Há exatamente um ano o governo do estado assinou o contrato para construir a Linha Bronze do monotrilho, que vai ligar o ABC à Zona Leste da Capital. Mas, até agora, não tem nem sinal de obra. O governo diz que ainda espera pelo dinheiro do governo federal para iniciar a construção.

Márcio Pinho
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Detro tira mais de 20 ônibus de circulação em Niterói e São Gonçalo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) retirou 23 ônibus intermunicipais de circulação em Niterói e São Gonçalo. De acordo com o órgão, entre os principais motivos para o recolhimento dos veículos estão a alteração de características, como a substituição do banco do trocador pelo de passageiros, obrigando o motorista à dupla função ou a falta de registro no Detro para operar o transporte intermunicipal e falhas na documentação.
"Não adianta os empresários insistirem em oferecer um serviço sem qualidade à população, pois não me canso de repetir que 'pau que dá em Chico, dá em Francisco'. O Detro está nas ruas fiscalizando o transporte complementar, mas sem deixar de lado os ônibus das linhas regulares. Não adianta os proprietários dessas empresas correrem atrás do lucro sem a contrapartida do atendimento à população. Lembrando um outro ditado popular, 'quem não tem competência, não se estabelece'. Sendo assim, aquele que não está preparado para operar com qualidade o transporte público não deve insistir, é melhor mudar de ramo", diz em nota Rogério Onofre, presidente do Detro.
Equipes de fiscais do Detro estiveram, na manhã desta quarta-feira, nos terminais rodoviários João Goulart, em Niterói, e do Alcântara, em São Gonçalo, para fiscalizar as condições de tráfego dos ônibus da frota regular do transporte intermunicipal.
A fiscalização do Detro teve início logo cedo, no Terminal João Goulart, em Niterói, onde foram tirados de circulação 14 veículos e aplicadas 15 infrações. Tiveram ônibus apreendidos as empresas ABC, Rio Ita, Rio Minho, 1001, Nossa Senhora do Amparo e Viação Mauá. A Viação Estrela teve um veículo infracionado. Já no Terminal do Alcântara, em São Gonçalo, foram recolhidos seis ônibus da Fagundes, dois da Viação Mauá e um da Expresso Rio de Janeiro.


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Mercedes aposta em sistema de trilhos

sexta-feira, 21 de maio de 2010


A Copa do Mundo de 2014 exige do Brasil urgência na realização de melhorias não apenas nos estádios, mas também na infraestrutura de transporte público urbano, segundo especialistas. Com o foco no potencial de negócios nessa última área, a Mercedes-Benz realizou ontem, em sua unidade de Campinas (SP), seminário sobre o tema BRT (em inglês, trânsito rápido de ônibus). A atividade faz parte do Show Bus, grande evento de relacionamento com parceiros e clientes da montadora, que reuniu empresários, consultores e representantes do setor público.
Um dos presentes ao seminário foi o ministro das Cidades, Márcio Fortes, que afirmou que o
  • BRT - sistema de transporte por meio de corredores exclusivos de ônibus como o Expresso Tiradentes, de São Paulo ou a estrutura de transporte de Curitiba (PR) - é prioridade para a Copa do Mundo devido à rapidez em sua implementação e também pelo custo menor em relação ao metrô nas cidades que sediarão os jogos.

INVESTIMENTO - O ministério tem R$ 7,7 bilhões de recursos compromissados para obras de infraestrutura de transporte para o Mundial. A maior parte desse montante vai para projetos de BRTs, em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife e Manaus. O valor não inclui gastos com a aquisição dos veículos, que ficarão a cargo das operadoras, mas com a construção dos corredores, estações para embarque e desembarque e a integração com outros sistemas.
As perspectivas são promissoras para a Mercedes, segundo o vice-presidente de vendas da companhia, Joachim Maier. A empresa, que atualmente detém mais de 50% do mercado de ônibus no País, projeta que o potencial é de 3.000 a 4.000 veículos comercializados em função apenas dos investimentos nessa opção de transporte.
  • EXPECTATIVA - A companhia, que já é o maior fornecedor de veículos para sistemas desse tipo na América Latina e exporta chassis de ônibus para mais de 30 países, espera abocanhar parte importante dessas vendas. "Podemos oferecer gama ampla, de articulados até microônibus para operar nas linhas alimentadoras (que levam as pessoas até as redes principais)", afirma o executivo da montadora.

VALORES - Como idéia de valores, o novo chassi de ônibus articulado O500 RSDD 8x2, lançado durante a Show Bus, custa R$ 305 mil, sem incluir o encarroçamento.
Maier cita ainda que o BRT representa hoje 10% dos negócios da companhia e destaca que a empresa, que produz atualmente 30 mil ônibus ao ano, também se prepara para o aumento da demanda futura.
A montadora investe R$ 1,5 bilhão até 2012 ampliar em 25% a capacidade produtiva da fábrica de São Bernardo.

  • Preço e tempo de instalação estão entre as vantagens
    Também presente ao evento, o ex-governador do Paraná Jaime Lerner, que é arquiteto, enumerou as desvantagens de outros sistemas. "O metrô é 100 vezes mais caro por quilômetro e o VLT (veículo leve sob trilhos) é dez vezes mais caro. E o tempo de implantação é de menos de três anos; não leva 20 anos. Também não precisa de subsídio, normalmente se sustenta", afirma. Ele acrescenta que os corredores exclusivos estimulam as pessoas a deixarem seus carros em casa, e estes são os principais fatores de emissão de poluentes no transporte.
    Para o presidente da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público), Ailton Brasiliense, essa é uma solução que chega a ser "óbvia". "Não é só de transporte, mas de qualificação urbana, para repensar a cidade olhando os próximos dez, 15, 20 anos, com um plano urbano", diz.
    O dirigente acrescenta que é importante pensar a integração de sistemas, "se possível com bilhete único", já que os ônibus não resolvem tudo. Ele cita que, para fluxo de 5.000 a 10 mil pessoas por hora em uma direção, compensa o BRT, mas, para 50 mil a 60 mil pessoas/hora, é mais vantajoso a implantação do metrô. "É preciso um plano diretor", assinala Brasiliense.

África do Sul optou pelo BRT para atender às necessidades da Copa
Como parte dos preparativos da Copa deste ano, que começa no dia 11 de junho e termina no dia 11 de julho, a África do Sul optou por implantar o sistema BRT, como alternativa de infraestrutura de transporte. Uma das cidades que recebe investimentos desse tipo é Joanesburgo.
Parte dessa operação na cidade já está em funcionamento e deverá facilitar o acesso dos turistas para os jogos. O engenheiro Wagner Colombini Martins, autor do projeto de implantação, destaca que o custo estimado ficou em US$ 5 milhões por quilômetro, contra US$ 100 milhões por quilômetro do metrô.
Para as cidades brasileiras, deficientes em transporte público, que receberão jogos na próxima edição do Mundial, em 2014, a diferença de preço pode se tornar fator importante na escolha do projeto a ser implantado.
A Mercedes informa que fez vendas para atender esse projeto.

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Transporte público em São Paulo melhorou, diz pesquisa da ANTP

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ônibus Hibrido já está em teste na cidade
Pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) divulgada na quarta-feira diz que o tranporte coletivo melhorou em São Paulo, na avaliação dos usuários. Segundo o levantamento "Imagem dos transportes públicos na região metropolitana de São Paulo", 75% dos entrevistados avaliaram para melhor os serviços.
Entre as razões citadas pelos pesquisados estão: o aumento de linhas (50%) e da frota (44%), a economia de tempo (29%), a renovação da frota (21%) e o conforto (16%). Além disso, 70% acreditam que o transporte coletivo continuará melhorando nos próximos anos.
 
Entre as alternativas de transporte, o Metrô de São Paulo continua sendo o mais bem avaliado em relação aos micro-ônibus, com 68% de melhorias percebidas pelos entrevistados, ônibus e corredores municipais, ônibus intermunicipais, trens, além dos corredores ABD (São Mateus-Jabaquara) e Expresso Tiradentes. A linha que teve melhor desempenho na avaliação foi a 5-Lilás, que registrou crescimento de 86% para 90%. A linha 2-Verde foi avaliada como excelente/boa por 84% dos entrevistados, contra 88% na edição passada.
 
Na linha 1 - Azul, do Metrô, não houve mudanças: 85% dos entrevistados consideraram o trecho excelente/bom. Já a Linha 3-Vermelha registrou percentual de excelente/bom de 73%, menor que o índice de 74% computado em 2009.
Depois do metrô, a pesquisa informou que a CPTM aparece como o meio de transporte que mais evoluiu nos últimos anos, com 39%.

Ônibus melhores
A imagem positiva dos ônibus metropolitanos gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) subiu 4%, apresentando tendência de melhora expressiva nos últimos anos. A classificação dos usuários para "excelente/bom" evoluiu de 55% para 59%, entre 2009 e 2010. A avaliação de "ruim/péssimo" apresentou queda de 21% para 18%.
 
Das cinco áreas que operam em regime de concessão, quatro apresentaram boa evolução de imagem perante os usuários do serviço, em 2010. A exceção foi a área 5, no ABC, cuja variação da imagem positiva caiu de57% para 44%. A área 1, que serve municípios como Cotia e Itapecerica da Serra, registrou melhoria da imagem de 54% frente aos 43% de 2009. Já na área 2, que atende Osasco e Barueri, entre outros, o item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 58% para 57%, entre 2009 e 2010.
A área 3, que abrange os municípios de Guarulhos e Mairiporã, entre outros, apresentou valiação positiva de 66%, ante 48% em 2009. A área 4, que envolve municípios como Suzano e Mogi das Cruzes, evoluiu de 53% para 65%.
 
Já o corredor metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara) continua apresentando bons resultados. O item "excelente e bom" se manteve dentro da margem de erro, de 72% para 70%, e a percepção negativa caiu de 12% para 9%, entre 2009 e 2010.
Para 6%, a bicicleta vem ganhando importância à frente de opções como ônibus metropolitanos e táxi. Além disso, a construção de ciclovias é citada por 13% dos pesquisados como uma das medidas para ajudar a melhorar o trânsito.

Realizada desde 1985, a avaliação da ANTP tem como objetivo o acompanhamento anual da percepção da população da região metropolitana de São Paulo em relação ao transporte coletivo público. A avaliação de 2010 foi realizada em duas etapas, incluindo pesquisas qualitativas, entre agosto e setembro, e quantitativas, em novembro, antes do aumento da tarifa nos ônibus. No total, 2.340 pessoas foram ouvidas em seus domicílios (1.306 na capital e 1.034 na região metropolitana). Além disso, foram ouvidos mais 1.023 usuários nos trens e corredores de ônibus, entre outros. A margem de erro foi de 2%.


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CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

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São Paulo: Corredor Brooklin-Diadema completa 1 ano com estado "sofrível", Faixa destinada aos ônibus é constatemente invadida por carros

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Foto: Lalo de Almeida
O corredor de ônibus Brooklin-Diadema, ligação do shopping Morumbi ao ABC paulista, já havia entrado para a história de São Paulo pela demora de mais de duas décadas para ser construído.
Agora, prestes a completar um ano de funcionamento, com trajetos municipais e intermunicipais, já virou um símbolo de como não deve funcionar uma faixa exclusiva de ônibus: ruim tanto para quem anda de transporte coletivo como de automóvel.
A construção custou R$ 28,5 milhões. Na época, fazia mais de três anos que a capital não recebia uma nova pista exclusiva de ônibus -a última, do Expresso Tiradentes, ex-Fura-Fila, tinha sido inaugurada em 2007.


Fonte: Folha.com

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No Rio, Detro tira de circulação mais 45 ônibus

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Os fiscais do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) tiraram de circulação, na manhã desta terça-feira (22), 45 ônibus da frota regular intermunicipal, que não apresentavam condições de tráfego no Rio de Janeiro. Entre as principais irregularidades encontradas em vários terminais rodoviários do Estado, figuram vidros trincados, pneus lisos, descumprimento do quadro de horários, falhas na documentação e alteração de características. A fiscalização do Detro esteve em terminais da região metropolitana e do interior do estado, entre 6h e 10h.

Fonte: R7.com


No total, foram mobilizados 46 fiscais para atuarem na operação conhecida como “Legal tem que ser Legal”, que visa  checar as condições de tráfego dos ônibus que integram a frota do transporte intermunicipal, hoje mais de cinco mil veículos. A fiscalização esteve na Rodoviária Novo Rio e nos terminais Américo Fontenelle, Mariano Procópio (Praça Mauá), Menezes Cortes e Misericórdia, no Rio; além dos terminais João Goulart (Niterói), Alcântara (São Gonçalo), Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Barra do Piraí, Macaé, Volta Redonda, Cabo Frio, Petrópolis, Angra dos Reis, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes, Resende e Barra Mansa.

No Rio, foram recolhidos dois ônibus da Caravelle, dois da Trans1000, um da União, um da Master e um da Tinguá, todos no Terminal Américo Fontenelle na Central, centro do Rio. No Terminal Menezes Cortes, houve um ônibus recolhido da Nossa Senhora do Amparo e um outro, da empresa Evanil, foi retirado de circulação no Terminal Misericórdia na Praça 15. Em Niterói, no Terminal João Goulart, saíram de circulação um ônibus da Rio Minho, um da Viação 1001, três da Rio Ita, um da Nossa Senhora do Amparo, dois da ABC e um veículo da Fagundes foi infracionado.

Em São Gonçalo, no Terminal do Alcântara, foram recolhidos dois ônibus da Fagundes, cinco da Viação Mauá e um da Rio Ita. Na Baixada Fluminense, no Terminal de Nova Iguaçu, a Nilopolitana teve um veículo tirado de circulação. Em Duque de Caxias, tiveram veículos apreendidos as empresas Rio Minho e Expresso Mangaratiba, sendo um ônibus cada.

A fiscalização no interior do estado registrou veículos com irregularidades em Barra do Piraí, onde um ônibus da Viação Aparecida foi recolhido, empresa que teve outros dois veículos retirados de circulação no Terminal de Volta Redonda no qual, a Viação São João Batista também teve um ônibus mandado para a garagem. Em Barra Mansa, tiveram veículos recolhidos a Viação Sul-fluminense (dois) e a Viação Falcão (um).

Em Campos dos Goytacazes, para não prejudicar os passageiros, os fiscais do Detro autuaram e deram ordem de recolhimento dos veículos ao final da viagem para as empresas 1001 (três) e Brasil (um). Este mesmo procedimento foi adotado na Rodoviária de Itaperuna, onde foram flagrados em irregularidades dois ônibus da Brasil, dois da Viação São Cistóvão e dois da Viação 1001.
Nos terminais rodoviários de Angra dos Reis e Nova Friburgo não houve recolhimento de veículos, mas aplicação de oito infrações, sendo três na Costa Verde, dois na Brasil, dois na Viação 1001 e uma na Carmense.

Transporte complementar 
Além dos terminais, a fiscaliação do Detro manteve suas ações de rotina no combate ao transporte complementar irregular e, na manhã desta terça-feira, foram apreendidos 10 veículos entre vans e kombis. As apreensões foram registradas em pontos de Magé (2), Niterói (um), Honório Gurgel (um), zona sul do Rio (um), Campo Grande (3) e Olaria (dois).
Estas dez apreensões se somam a outras 27 registradas em operação especial realizada na noite de segunda-feira (normalmente as ações do Detro são encerradas às 20h), quando foram flagrados 27 veículos irregulares em bairros da zona sul do Rio, em Santa Cruz, Bangu, Bonsucesso, Magé e Cabo Frio.
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