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BRT Move oferece conforto e rapidez, mas ainda há filas e superlotação

segunda-feira, 2 de março de 2015

Viagens bem mais rápidas e seguras em veículos confortáveis e com ar-condicionado para muitos passageiros. No sentido oposto, longas filas, baldeações, grandes intervalos entre as viagens e estações superlotadas para outros tantos usuários. Maior aposta da prefeitura para melhorar o transporte público em Belo Horizonte, o sistema BRT/Move (bus rapid transit em inglês transporte rápido por ônibus), com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, completará um ano de operação no domingo. Para avaliar o desempenho do sistema, o Estado de Minas inicia hoje uma série de reportagens sobre a satisfação dos passageiros, a rotina das viagens e a estrutura oferecida.

Depois de três anos de obras e sete datas para inauguração, o Move começou a funcionar em 8 de março de 2014, com ônibus articulados e inicialmente com 23 quilômetros de malha viária em três corredores exclusivos nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I, Santos Dumont e Paraná. Chegar ao primeiro embarque, no entanto, não foi fácil. Quando o corredor Cristiano Machado estava praticamente pronto, em 2013, várias estações de transferência precisaram ser mudadas de lugar,  por causa de erros de projeto. Em plena Copa do Mundo, a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes matou duas pessoas e atrasou o cronograma da Avenida Pedro I. De lá pra cá, o Move avançou. São 450 veículos e 3,6 mil viagens feitas por dia por 500 mil passageiros em 19 linhas troncais – que partem das estações de integração em direção ao Centro – e em 73 que alimentam esses terminais, vindas dos bairros.

Uma viagem feita em corredor exclusivo e em ônibus com ar-condicionado que nem de longe lembra a penúria de ficar horas parado em irritantes congestionamentos. Andar de Move em Belo Horizonte apresentou o lado bom do transporte coletivo aos passageiros, que sempre conviveram com veículos convencionais, de motor dianteiro e desconfortáveis. Na lista de vantagens há ainda redução no tempo das viagens. A BHTrans, que gerencia o transporte e o trânsito na capital, afirma ter havido diminuição de 47% no corredor Antônio Carlos e de 43% na Avenida Cristiano Machado, resultado do aumento da velocidade média nas duas pistas.

Enquanto nas pistas mistas coletivos circulam a 17km/h, na cidade, as linhas diretas chegam a 44km/h e as paradoras, 30km/h. O velocímetro mostra que trafegar com a mínima interferência das longas filas de carros, motos, caminhões e outros coletivos do sistema de transporte público ganhou a simpatia dos passageiros dos novos e modernos ônibus. Mas o sonho dourado do transporte público não dura toda a viagem. Andar no Move em BH é conviver ainda com estações lotadas, longas filas de espera para embarque, baldeações que atrasam deslocamentos e insegurança, já que não há presença policial, da Guarda Municipal ou de agentes particulares nos terminais.
Passageiros estão divididos entre os benefícios e as dificuldades. Há quem diga que o conforto dos novos coletivos supera qualquer problema, que na avaliação do empresário Pascoal Pimenta da Silva, de 60 anos, eram muitos antes da nova frota. “Só de ter ar-condicionado nesse calor estarrecedor de BH já está ótimo. As viagens no meu caso, que vou de Venda Nova ao Centro, também ficaram mais rápidas por causa dos corredores exclusivos.”

O recepcionista Cléber Inácio de Oliveira, de 51, fala em redução de até 50% no tempo de viagem na Cristiano Machado. Ele mora no Bairro Tupi, Região Norte, e elogia a rapidez do sistema. “Da minha casa até o Centro, gastava cerca de uma hora. Agora, mesmo tendo que fazer uma baldeação na Estação São Gabriel, gasto metade do tempo”, garante.

Vizinha da Avenida Cristiano Machado, a dona de casa Geovana Silva, de 33, que mora no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste, também diz que não tem nada a reclamar. “Sempre que ia ao Centro, ficava presa em congestionamentos, a qualquer hora do dia. Hoje, mesmo no horário de pico, quando as outras pistas estão paradas, faço o percurso em tempo mínimo. É muito bom”, afirma.

Para o militar Ronaldo Fernandes dos Santos, de 46, as vantagens do Move ainda não superam a lotação do sistema. “Todos os dias as estações do Centro estão supercheias. A gente vive se espremendo nas filas de embarque e quem chega nos outros ônibus não tem espaço para sair. É uma situação terrível. Todo mundo apertado, mulher, criança, idoso, doente, deficiente, grávida. É um caos toda hora. O tempo de deslocamento também piorou demais. Tenho de pegar quatro ônibus para ir do Mantiqueira ao Centro, em uma hora e 30 minutos. Antes, pegava o 61 e eram 40 minutos”, lamenta. 

O confeiteiro Fabiano Campos de Souza, de 25, também está insatisfeito: “Tenho de esperar sentado na base dos pilares da Estação Pampulha até o meu ônibus, da linha 64, para a Estação Vilarinho, chegar. São mais de 30 minutos e não tem bancos nem cadeiras. Minha vida piorou demais” Ele completa dizendo que antes resolvia tudo com um ônibus e agora precisa pegar três, dependendo do lugar para aonde vai. “E o pior é que se estou em Venda Nova e quero ir para outro lugar da região, preciso pegar um ônibus do bairro para a estação e voltar para Venda Nova.  A gente anda para trás.”

Por Mateus Parreiras e Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas

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Em BH, “Frescão” da Cidade Administrativa será substituído por novas linhas do Move

domingo, 10 de julho de 2016

Implantado em setembro de 2012 como opção de comodidade aos usuários de automóveis, o serviço de ônibus executivo de Belo Horizonte tende a dar passagem para o Move. Uma das duas únicas linhas da frota de pouco mais de 10 coletivos que oferece dentre outros itens de conforto bancos estofados com apoio de braço, bagageiro, janelas escurecidas e televisão a bordo – além do ar-condicionado já presente no BRT –, a SE01, que liga a Cidade Administrativa à Savassi, teve aviso da extinção publicado no Diário Oficial do Município da última terça-feira (5). O documento do poder executivo municipal dá prazo de dois dias para pedidos de impugnação contra o assunto e cita ainda a transformação de uma linha convencional já existente, a 6030, e a criação de uma segunda linha, 6031, ambas operando nos corredores do Move, como substitutas para o “frescão” que hoje atende à sede do governo mineiro.

Além da SE01, a SE02 (Buritis/Savassi), é a outra linha executiva da capital. A baixa demanda de passageiros é um dos principais entraves para a operação do serviço: enquanto a SE01 transportava, em média, 770 passageiros/dia e mais de 15 mil/mês, a SE02 transportava em média 1.028/dia e mais de 20 mil/mês até o ano passado – a BHTrans não informou dados atualizados. O valor da passagem em ambas (R$ 6,90 e R$ 5,55 respectivamente) não ajuda – no BRT/Move, a tarifa custa R$ 3,70.

Em fevereiro do ano passado, a demanda reduzida já havia inviabilizado a única linha turística da capital. Implantada em junho de 2014 e readequada no mesmo ano, concentrando o atendimento nos fins de semana, a ST01 (Circuito Turístico Centro-Sul) utilizava o mesmo modelo de ônibus das SEs, percorrendo pontos como o Mercado Central e a Praça da Liberdade. A média de passageiros da ST01 era irrisória: dois por viagem.

NOVAS LINHAS Ambas as linhas que substituirão a SE01 serão semidiretas, ligando a Cidade Administrativa ao Hipercentro de BH pelas Av. Cristiano Machado e Antônio Carlos, com pontos finais na Savassi e na Av. Augusto de Lima, na região do Barro Preto. A 6030 (Cidade Administrativa/Savassi via Hospitais) seguirá pela Av. Cristiano Machado, com parada dentro da pista exclusiva apenas na Estação Minas Shopping e ponto final na Rua Professor Moraes, 139 – mesmo local onde hoje para com ônibus convencionais –, atendendo a Região Hospitalar. Fora da pista do BRT/Move em direção à Savassi, a 6030 começa a embarcar e desembarcar na Av. Francisco Sales, seguindo pelas Av. Brasil, Carandaí, Rua Rio Grande do Norte, Afonso Pena e Getúlio Vargas, até chegar na Rua Professor Moraes. No trajeto inverso utilizará as Av. Afonso Pena, Professor Alfredo Balena e Bernardo Monteiro, com trecho direto a partir da Av. Cristiano Machado, conforme as informações especificadas no DOM.

Já a linha 6031 (Cidade Administrativa/Centro) seguirá pela Av. Antônio Carlos com paradas dentro do corredor apenas na Estação Pampulha e Senai. As paradas nos pontos de ônibus em direção ao Centro começam na Rua Rio de Janeiro, seguindo pela Av. Santos Dumont, Praça Rio Branco, Av. Paraná, Rua Padre Belchior e Rua Curitiba, até o ponto final na Av. Augusto de Lima. O retorno será pela Av. Paraná, Praça Rio Branco, Av. Santos Dumont (inicia trecho direta), Rua Espírito Santo e Av. do Contorno.

FROTA DA 62 e 66 Para operar as linhas 6030 e 6031 com veículos do Move, o Consórcio Pampulha pretende concluir alterações nas linhas 62 (Estação Venda Nova/Savassi via Hospitais) e 66 (Estação Vilarinho/Centro/Hospitais via Cristiano Machado), com a criação de sublinhas. Haverá realocação de coletivos de ambas as linhas para atendimento às novas linhas da Cidade Administrativa nos horários de pico da manhã e tarde.

Informações: Portal Uai
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Belo Horizonte ganha 25 novos radares nesta terça-feira

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Belo Horizonte terá mais de 20 novos radares a partir desta terça-feira (1º). Dois deles vão atuar de forma conjunta na fiscalização de invasão de faixa exclusiva para ônibus e no excesso de velocidade na Praça Rio Branco, entre a rua da Bahia e a avenida Amazonas.

Outro equipamento foi instalado na avenida Presidente Antônio Carlos, 6627, e vai atuar no controle do excesso de velocidade. Segundo a BHTrans, outros 23 equipamentos foram instalados para fiscalizar o avanço de semáforo em diversos pontos da cidade. 

Ainda de acordo com a empresa, a fiscalização "é um mecanismo que reduz consideravelmente o número de vítimas no trânsito."

Veja os locais que ganharão radares a partir desta terça-feira:

Avanço de semáforo

-Av. Barbacena esquina com Av. Amazonas, no sentido Sto. Agostinho / BarroPreto
-Av. Francisco Sá esquina com Av. Amazonas, no sentido Prado / Gutierrez 
-Av. Amazonas esquina com Av. Barbacena, sentido Centro / Bairro -Av. Barbacena esquina com Av. Amazonas, no sentido Barro Preto / Sto.Agostinho  
-Av. Waldomiro Lobo esquina com Av. Cristiano Machado, no sentido Heliópolis / Guarani (Alça Direita)  
-Av. Waldomiro Lobo esquina com Av. Cristiano Machado, no sentido Guarani / Heliópolis
-Av. Waldomiro Lobo esquina com Av. Cristiano Machado, no sentido Heliópolis Guarani 
-Av. Cristiano Machado esquina com Av. Waldomiro Lobo Centro / Bairro 
-Av. Francisco Sá esquina com Av. Amazonas, no sentido Gutierrez / Prado 
-Av. Cristiano Machado esquina com Av. Waldomiro Lobo, no sentido  Bairro / Centro
-Av. Dom Pedro I, nº 1.220 , no sentido Centro / Bairro 
-Av. Dom Pedro I, oposto ao nº 1.220 – Pista Exclusiva, no sentido Bairro/Centro 
-Av. Dom Pedro I, nº 1.220 – Pista Exclusiva , no sentido Centro/Bairro 
-Av. Pres. Antônio Carlos, nº 8.151 – Pista Exclusiva, no sentido Bairro/Centro
-Av. Pres. Antônio Carlos, oposto ao nº 8.151 – Pista Exclusiva, no sentido Centro/Bairro   
-Av. Pres. Antônio Carlos, oposto ao nº 3.520 – Pista Exclusiva, no sentido Bairro/Centro     
-Av. Pres. Antônio Carlos, nº 3.520 – Pista Exclusiva, no sentido Centro/Bairro   
-Av. Pres. Antônio Carlos, oposto ao nº 2.678 – Pista Exclusiva, no sentido Bairro/Centro    
-Av. Pres. Antônio Carlos, nº 2.678 – Pista Exclusiva, no sentido Centro/Bairro   
-Av. Pres. Antônio Carlos, nº 1.089 – Pista Exclusiva, no sentido  Bairro/Centro  
-Av. Pres. Antônio Carlos, oposto ao nº 1.089 – Pista Exclusiva, no sentido Centro/Bairro     
-Av. Pres. Antônio Carlos, nº 521 – Pista Exclusiva, no sentido Bairro/Centro   
-Av. Pres. Antônio Carlos, oposto ao nº 521 – Pista Exclusiva, no sentido Centro/Bairro 

Excesso de velocidade e invasão de faixa exclusiva

-Praça Rio Branco entre R. Curitiba e R. dos Caetés -Praça Rio Branco entre R. dos Caetés e R. Curitiba

Excesso de velocidade

-Av. Presidente Antônio Carlos,6627, no sentido Bairro/Centro 

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Governo federal libera R$ 1 bi para Transporte Rápido por Ônibus em BH

terça-feira, 13 de abril de 2010


Agilidade e ônibus estão prestes a deixar de ser antônimos. Será assinado, no mês que vem, o contrato bilionário do projeto que promete transformar as tartarugas do trânsito em sinônimo de rapidez. A equação para que o Transporte Rápido por Ônibus, o BRT (da sigla Bus Rapid Transit), saia do papel estará praticamente montada, com a assinatura pela Prefeitura de Belo Horizonte, a 116 quilômetros de Itabira,do financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF).

A partir de uma linha de crédito criada pelo governo federal para obras de mobilidade nas 12 cidades sedes da Copa do Mundo’2014, o banco vai liberar R$ 1 bilhão para a implantação em BH de três corredores do BRT (Antônio Carlos – Pedro I, Cristiano Machado e Pedro II – Carlos Luz) e adaptação de vias no Centro. A exemplo das capitais Bogotá (Colômbia) e Curitiba, a aposta belo-horizontina é na criação de um sistema de ônibus nos moldes do metrô, com pistas exclusivas, instalação de estações com plataformas em nível e pagamento da tarifa antes do embarque.

A liberação do trânsito da Avenida Antônio Carlos, que passa a contar com uma busway (pista com duas faixas somente para ônibus) e sete viadutos (eliminando cruzamentos), é um importante passo para o projeto. Mas, para que a equação do BRT dê certo, com a implantação de 38 quilômetros de corredores rápidos de ônibus até 2012, como prevê a BHTrans, empresa que administra o trânsito na capital, será necessário resolver ainda um problema: as desapropriações. Na Avenida Dom Pedro I, que corta as regiões da Pampulha e de Venda Nova, todos os imóveis no sentido bairro/Centro darão lugar a novas pistas. A solução da prefeitura é, sob o rótulo de uma operação urbana consorciada, abaixar o potencial construtivo da região, contribuindo para reduzir o preço dos imóveis. A ideia é facilitar a desapropriação, mas já causa polêmica entre os proprietários.
De acordo com o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, apesar de o contrato com a Caixa não ter sido assinado, os trabalhos estão em andamento, com a licitação de projetos executivos dos corredores. Além de oferecer transporte de qualidade no campeonato mundial de futebol, ligando diversos pontos da cidade ao Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, o desafio é reverter uma estatística preocupante. “Atualmente, 60% dos veículos motorizados são ônibus e 40% carros e motos. Em 2020, a estimativa é de uma inversão para 50% de cada tipo. Com esse sistema, queremos reverter a curva, recuperar o espaço do ônibus e até aumentá-lo para 68% dos veículos”, afirma Freitas.
Outra intenção é reduzir o tempo das viagens. Segundo o diretor, com o BRT será possível aumentar de 10km/h para 20 km/h a velocidade média dos ônibus no hipercentro e de 17km/h para 30km/h nos corredores viários. “Se elimino cruzamentos, faço o embarque em nível e deixo o trânsito livre, diminuo o tempo das viagens. Queremos atrair o usuário do automóvel para o transporte coletivo”, afirma. Uma central SitBus, que vai administrar por satélite itinerários e tempo de viagem, também faz parte do projeto e fornecerá informações sobre os coletivos aos usuários em tempo real.
Se a promessa for cumprida, a dona de casa Kátia Lage Maria, de 26 anos, é uma das que topa largar o carro em casa. “Com certeza usaria ônibus, seria bem mais prático. Na cidade não tem lugar para estacionar direito. Mas hoje o ônibus é precário, demorado e cheio”, diz a moradora do Bairro São João Batista, em Venda Nova, futura usuária do corredor Antônio Carlos-Pedro I. A empregada doméstica Terezinha Antônia, de 58, também torce para que a proposta do BRT dê certo, já que não tem outra alternativa de transporte senão o coletivo. Todos os dias ela enfrenta uma via-crúcis na Avenida Pedro II e semana passada não foi diferente. “Vim correndo para pegar o ônibus das 16h. São quase 17h e até agora nada. E, muitas vezes, quando passa, o ônibus está lotado”, reclama.

Projeto

Os três corredores viários de BRT atenderão um público de 850 mil passageiros por dia, aproximadamente. O mais adiantado é o das avenidas Antônio Carlos – Pedro I. Apesar de o prazo de conclusão dos corredores ser no segundo semestre de 2012, o projeto executivo da Antônio Carlos é o único em elaboração, devendo ficar pronto em setembro. Depois disso já podem começar as obras para a criação do corredor de 16 quilômetros, do Complexo da Lagoinha, na Região Nordeste, até a Avenida Vilarinho, em Venda Nova, projetado para transportar 25 mil passageiros por hora por sentido.

Orçada em R$ 700 milhões, a obra inclui a duplicação da Pedro I para a criação de pista exclusiva com duas faixas por sentido, assim como há hoje na Antônio Carlos. Um ramal, pela Avenida Portugal, até o Céu Azul, em Venda Nova, também está previsto. (As informações são do jornal Estado de Minas)
Segundo o diretor da BHTrans Célio Freitas, o projeto mais simples é o da Avenida Cristiano Machado com cinco quilômetros. Nas intervenções para a construção da Linha Verde, a via recebeu uma busway. Para implantar o transporte rápido, serão necessários R$ 50 milhões apenas para adaptações.

A licitação para contratar projeto executivo fica aberta até esta semana. Nesta primeira fase, o BRT irá do Complexo da Lagoinha até a Estação São Gabriel, no bairro de mesmo nome, na Região Nordeste, com capacidade para carregar 17 mil pessoas por sentido por hora. A ideia, entretanto, é levá-lo, numa segunda etapa, até a Avenida José Cândido da Silveira, no Bairro Cidade Nova, também na Nordeste, e, depois, da Estação São Gabriel à Estação Vilarinho, em Venda Nova.
Diferentemente da Cristiano Machado, o corredor rápido Pedro II-Carlos Luz, que abrangerá os 12 quilômetros das duas avenidas, vai demandar grandes mudanças nas vias, num custo de R$ 230 milhões, cuja licitação para o projeto executivo está em andamento. Para eliminar cruzamentos, um viaduto será erguido na interseção das duas avenidas. Será preciso alargar as vias onde forem construídas as estações. Nesse corredor não haverá pistas exclusivas para os ônibus, mas faixas junto aos canteiros centrais.

O projeto do BRT também cria corredores estratégicos no Centro da cidade, nas avenidas Paraná, Amazonas e Santos Dumont.

Fonte: Via Comercial
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Prefeitura de BH prevê expansão do BRT na capital

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A maior aposta de Belo Horizonte no transporte coletivo sobre rodas ainda não passou pelo teste de fogo do dia a dia, mas, antes mesmo do fim das obras nas avenidas Antônio Carlos/Pedro I, Cristiano Machado e área central, já há projetos para estender o BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) a pelo menos mais três grandes percursos. O primeiro deles já está em estudo, com a finalidade de levar o sistema à Avenida Amazonas, beneficiando principalmente moradores da região metropolitana. A obra, com custo estimado em R$ 300 milhões, deve começar só em 2015. A prefeitura pretende também aplicar o conceito, em uma próxima fase, ao Anel Rodoviário e a um circuito ligando a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul.

O BRT Amazonas, segundo o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio de Freitas, é tão importante quanto os que já estão sendo executados, mas ficou para depois em função das limitações de orçamento. Pelo corredor devem ser transportados 340 mil passageiros por dia, mediante parceria entre o município e o governo do estado, que deverá construir uma estação em Contagem, na Grande BH, provavelmente próximo à Praça da Cemig. A estimativa é de que 121 linhas passem pela faixa exclusiva para coletivos – 33 delas da capital e 88 da região metropolitana. Nos nove quilômetros da Amazonas estão previstas cerca de 20 estações no canteiro central, em locais de grande movimento, como em frente ao Expominas e ao Centro de Educação Tecnológica (Cefet-MG).

O diretor da BHTrans afirma que o projeto é fundamental para o planejamento do trânsito e transporte em BH. “Os outros corredores ganharam prioridade por causa da janela de oportunidade, em função do orçamento que se tinha para a Copa do Mundo, mas o BRT Amazonas também é fundamental, porque o sistema vai disciplinar a via. As estações no canteiro central evitarão que os ônibus façam conversões para embarque e desembarque de passageiros, justamente o que causa redução da velocidade. Vai melhorar até para os carros”, afirma.
Célio de Freitas acrescenta que os moradores da região metropolitana terão benefício maior na redução de tempo de viagem. “A expectativa é atender principalmente os usuários de Contagem, Betim, Ibirité, Sarzedo, e por isso haverá pelo menos uma estação em Contagem. Já no Bairro Salgado Filho (Região Oeste de BH), a ideia é fazer um terminal similar aos do Barreiro e de Venda Nova, com comércio farto e prestação de serviços”, afirma, lembrando que os ônibus do novo BRT terão ar-condicionado e, dependendo da linha, serão articulados. 

Especialista em trânsito, o consultor Silvestre Andrade Puty avalia que a Amazonas também merece tratamento especial, mas lembra que a via é uma das mais antigas do país a ter faixa exclusiva para transporte coletivo. “Funcionava muito bem para a época, 30 anos atrás. A Amazonas é tão importante quanto as outras. A questão é inverter a lógica da mobilidade da cidade e parar de olhar para os veículos, pensando no movimento das pessoas, em dar fluidez a quem precisa”, diz Silvestre. 

Estudos vão indicar a localização das estações e definir as mudanças no trânsito na Amazonas. “Não dá para alargar a via, porque a desapropriação inviabilizaria o projeto. Haverá uma faixa exclusiva, mas não segregada, com tachão no asfalto e dispositivos eletrônicos para impedir a entrada de veículos particulares e multá-los, se for o caso. Também teremos que ligar de alguma forma a Avenida Tereza Cristina com a Amazonas”, avalia Célio de Freitas. Segundo ele, como nos demais corredores, a passagem será paga antecipadamente e o embarque será no mesmo nível do piso do ônibus.

Anel Rodoviário

Já o projeto do BRT para o Anel vai depender da revitalização da via, prevista para 2017. A ideia é destinar faixa exclusiva aos coletivos, assim como será feito para veículos de carga, além da instalação  de  pontos de conexão com os corredores de BRT já existentes. De acordo com o diretor da BHTrans, uma sugestão é colocar elevadores ou escadas rolantes para que o usuário desça do Anel até a Amazonas ou a Antônio Carlos, por exemplo. “Quem vai hoje da Universidade Federal de Minas Gerais até a Amazonas precisa ir ao Centro e trocar de ônibus. Com o BRT do Anel, esse usuário vai ganhar tempo e ter um gasto menor, usando a conexão.” 

Outro projeto é o corredor que liga a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul. O trajeto passaria pela nova Via 710 (ligando Andradas e Avenida Cristiano Machado), avenidas Bernardo Vasconcelos, Américo Vespúcio, Tereza Cristina e Barão Homem de Melo. “Temos percebido o interesse de bancos de fomento no financiamento do sistema BRT. Nossa prioridade no transporte público é investir em uma rede estruturante de 220 quilômetros entre BRTs e metrô. Com conforto, confiabilidade e velocidade nesses corredores, queremos convidar os motoristas a deixarem seus carros em casa”, afirma o diretor da BHTrans.

Para o consultor Silvestre Andrade, essa última proposta cria articulações para ligar bairros sem passar pelo Centro. “Seria um anel intermediário, de contorno da cidade. Mas é uma obra complexa, porque depende da construção de dois viadutos, além de um túnel sob o Bairro Padre Eustáquio (Região Noroeste de BH). É uma obra cara, por causa das desapropriações, mas seria um eixo alternativo”, explica. “O Anel Rodoviário hoje tem muito movimento por ser a única grande via, além da Avenida do Contorno, que circula a cidade sem passar pelo Centro.”

Expectativa nos pontos de ônibus

Enquanto a Prefeitura de BH projeta a ampliação do BRT, motoristas e pedestres que transitam pela capital estão ansiosos para saber quando as obras já em andamento se transformarão em um sistema mais ágil de transporte. A previsão mais recente dá conta de que as operações começariam em dezembro, nos corredores Antônio Carlos/Pedro I e Cristiano Machado. No entanto, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) só deve terminar as obras na região Central em janeiro do ano que vem. Isso pode atrasar o início da operação dos outros corredores.

Depois de sete meses de obras na Avenida Santos Dumont, no Centro de BH, a via foi reaberta para equilibrar a interdição na Avenida Paraná. De acordo com a Sudecap, o quebra-quebra na avenida segue pelo menos até o fim do ano. A prefeitura já admite atrasos porque em dezembro, como de costume, os trabalhos ficarão suspensos. Em janeiro de 2014, a  Santos Dumont voltará a ser interditada para obras, entre as ruas Curitiba e São Paulo, sem prazo para conclusão. O canteiro central da via, inclusive, ainda passará por intervenções para conclusão das estações de transferência.

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Em BH, Antes mesmo de inaugurada, estação do BRT na Av. Cristiano Machado é demolida

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Um erro grosseiro de engenharia resultou na demolição de uma estação de transferência de passageiros  na avenida Cristiano Machado, onde é implantado o BRT (transporte rápido por ônibus). De acordo com operários, a plataforma teria sido construída com uma altura inferior à ideal.
Samuel Costa/Hoje em Dia
Ou seja, as portas dos ônibus articulados que atenderão ao sistema ficariam desniveladas com a estação.

O BRT, que é implantado também nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos e na área central, tem previsão de inauguração em janeiro próximo, a um custo de R$ 588 milhões.

A reportagem do Hoje em Dia encaminhou uma série de questionamentos à assessoria de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte, inclusive sobre a possibilidade de novos atrasos no cronograma do empreendimento, mas não obteve resposta.


Uma assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, afirmou, no início da noite, que não estava mais trabalhando. Alterada, alegou que a demanda já havia sido encaminhada à gerência responsável, mas que na última quinta-feira (8) seria “impossível” um retorno.

A empresa Constran, que forma o consórcio ganhador da licitação para a construção das estações, informou que não iria se posicionar sobre o assunto. Apenas na Cristiano Machado, serão instalados 12 equipamentos.

Não é a primeira vez que a falta de planejamento acaba por atrasar o BRT na avenida. Em fevereiro, um relatório do consórcio Constran-Convap apontou como entraves no empreendimento a falta de estudo prévio, o desconhecimento da rede subterrânea da Copasa e a remoção tardia de postes da Cemig. Por causa dos problemas, a obra sofreu acréscimo de R$ 8 milhões.

Hipótese

A especialista em direito administrativo Paula Figueiredo, advogada associada da Grebler Advogados, disse que, no caso específico da estação de transferência, pode ser que a prefeitura tenha fiscalizado, notado o erro e mandado destruir e fazer de novo.

“Quem vai, portanto, incorrer nesses custos, com certeza, é a empreiteira, mas quando se fala em obra pública, há um limite de razoabilidade. Uma ponte não pode ser construída inteira errada e depois ser refeita”, afirma Fernanda. Para ela, esse tipo de problema acontece quando a fiscalização do poder público não ocorre de forma eficiente.

O BRT é propagandeado pela Prefeitura de Belo Horizonte como uma das soluções para o transporte coletivo na capital, visando a Copa do Mundo, no ano que vem.

Informações: Hoje em Dia
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Sistema BRT vai beneficiar 700 mil por dia em Belo Horizonte

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Corredores de BRT, implantação de ciclovias, modernização do controle de tráfego e atividades de paisagismo. Cidade-sede tanto da Copa do Mundo da FIFA 2014 quanto da Copa das Confederações de 2013, Belo Horizonte pretende estar "repaginada" para os megaeventos esportivos. A capital mineira foi a primeira a assinar a linha de financiamento do governo federal para mobilidade urbana, em junho de 2010. Ao todo, de acordo com a Matriz de Responsabilidade da Copa de 2014, serão investidos R$ 1,38 bilhão. Desse valor, o financiamento federal compreende R$ 1,02 bilhão e a contrapartida municipal, R$ 365,5 milhões.

A maioria das obras já está licitada ou em processo licitatório. As intervenções de infraestrutura urbana têm a intenção de oferecer transporte público mais ágil e com aumento significativo da capacidade de usuários. "A cidade vai ganhar três novos corredores para trânsito exclusivo dos ônibus de trânsito rápido, o BRT. Serão 51 estações de embarque e desembarque com modelo pré-pago de passagem. Hoje, o metrô de Belo Horizonte transporta 150 mil passageiros por dia. Os BRT transportarão 750 mil por dia", diz Flávia Rohlfs, coordenadora do Comitê Executivo da Copa do Mundo da FIFA 2014 em Belo Horizonte.

Em detalhes

O corredor das avenidas Antônio Carlos e Pedro I ligará o aeroporto de Confins à região hoteleira e ao centro. Passará próximo ao complexo do Mineirão. Esse trecho terá 16 quilômetros, com duas faixas exclusivas para ônibus em cada direção e 25 estações.

O BRT Cristiano Machado prevê 16 terminais de embarque e desembarque. O sistema terá 6,25 quilômetros e ligará o centro à região nordeste, com integração ao metrô. A melhoria vai contribuir para a redução do tráfego no corredor Antônio Carlos. As obras foram iniciadas em setembro de 2011 e têm previsão de término em março de 2013.

Duas das mais importantes vias de acesso ao Mineirão, as avenidas Pedro II e Carlos Luz (Catalão) receberão outra das linhas de BRT, num trecho de 12 quilômetros. O projeto irá beneficiar 300 mil pessoas e está em processo de licitação, aberto em setembro de 2011. A previsão é que o conjunto da obra termine em novembro de 2013.

Intervenções urbanas

Em algumas das vias da região central, como as avenidas Boulevard Arrudas e Tereza Cristina, haverá intervenções urbanísticas e paisagistas, com tratamento de travessias e calçadas e sistemas informatizados para controle do tráfego e implantação de ciclovias.

As intervenções também preveem a possibilidade de acesso à cidade sem passar pelo centro. Para tanto, um corredor de ônibus com extensão 4 km na Via 710 integrará os bairros da região nordeste e o BRT Cristiano Machado. A previsão é de que a obra tenha início em junho de 2012 e termine em novembro de 2013.

Desapropriações

Em função das obras de mobilidade, alguns terrenos deverão ser desapropriados para alargamento de avenidas, construções de corredores para ônibus e expansão de metrô. "A mudança é para permitir essa nova configuração das avenidas, que estão sendo revitalizadas, assim como o seu entorno, num ganho para todos os que frequentam esses corredores. A postura da prefeitura é de respeito irrestrito aos direitos de moradores do entorno, com desapropriações sempre abalizadas pelos valores de mercado e da própria Justiça", diz Flávia Rohlfs, coordenadora do Comitê Executivo da Copa 2014.


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Em BH, Sistema BRT traz mudanças radicais

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Belo Horizonte não se prepara para receber apenas um novo meio de transporte. Mudanças drásticas estão previstas para acomodar o Bus Rapid Transit (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês), o BRT. O Hipercentro ganhará nova roupagem. Para começar, os cerca de 3,3 mil ônibus que hoje entram nessa área, por hora, no pico da manhã, serão reduzidos para 2,5 mil – diminuição de 24,25% no tráfego da região. Parte desse ganho está explicado na contenção do número de ônibus nos corredores do BRT, que, ao todo, terão 192 coletivos articulados.

A Secretaria de Estado Transportes e Obras Públicas informou, por meio da assessoria, que o sistema metropolitano também implantará o BRT para 2014. Quando isso ocorrer, os coletivos ocuparão os mesmos corredores destinados aos ônibus articulados de BH. A verba para a construção das estações metropolitanas virá do governo federal. Depois dessa integração, o passo seguinte será a integração de tarifa. Também há previsão de ampliação do sistema.


Na Antônio Carlos/Pedro I, o número de linhas cairá das atuais 137 para 33. No pico da manhã, circularão, por hora, 323 ônibus (169 a menos que o número de hoje), dos quais apenas 126 entrarão no Hipercentro. Na Cristiano Machado também passarão a circular 33 linhas, quantidade bem menor que as 106 atualmente. De 458 ônibus por hora no período mais movimentado do início do dia, haverá 281 e, desses, 171 poderão chegar ao Centro. O restante das linhas terá como destino final o Complexo da Lagoinha. “Não haverá menos ônibus, pois toda a rede alimentadora, que levará os passageiros dos bairros às estações e vice-versa, será adequada”, informa o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.


Os 22 quilômetros do modal nas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado terão uma zona de confluência: outros cinco quilômetros distribuídos pelas avenidas Paraná e Santos Dumont. São essas duas vias que receberão quem chegará dos corredores do BRT ou estará de partida rumo às regiões Norte e Nordeste da cidade. Os ônibus vão sair dos corredores, entrar na Área Central, descer a Avenida Paraná até a Praça 1º de Maio (onde haverá modificações, pois atualmente o retorno não é permitido), retornar pela mesma avenida, seguir pela Santos Dumont até a Rua da Bahia e continuar viagem para seus destinos. Seis estações de embarque e desembarque estarão distribuídas ao longo desse itinerário.


Aos motoristas, fica o recado: é bom se acostumar, pois trafegar em determinadas áreas ficará bem mais difícil, uma vez que a ideia é dar prioridade ao transporte coletivo. De acordo com a BHTrans, na Paraná e na Santos Dumont o trânsito de veículos será proibido. Será permitido apenas o tráfego de carros de pequeno porte de comerciantes e moradores. Todo o fluxo dessas vias será transferido para as demais do Hipercentro, que passarão por readequação para receber a demanda. A previsão é de que haja obras em 41 quilômetros de vias em toda a cidade para atender as novas necessidades do tráfego.


Cobrança O engenheiro de transporte e consultor em trânsito Paulo Monteiro considera o BRT uma grande melhoria em relação ao sistema atual, mas faz ressalvas: “O fato de termos o BRT hoje não tira a necessidade do metrô amanhã. Enquanto não investirmos maciçamente em transporte coletivo, haverá mais carros. É importante também que se aproveite toda a capacidade. Não basta fazer boa obra, tem que fazer o que foi planejado”.


Monteiro cobra ainda articulação entre o sistema de BH e o metropolitano. Para ele, é possível acabar com linhas convencionais nos corredores destinados ao BRT, desde que haja planejamento e gestão. Uma boa solução, na opinião do consultor, é fazer integração dos ônibus que saem de cidades da Grande BH nas estações do BRT, como a Vilarinho e Venda Nova. “Quando se tem um ganho na mudança de ônibus, vale a pena. Não dá é para fazer troca pagando mais e gastando mais tempo. O conjunto pode ser prejudicado se houver concorrência entre sistemas. Eles devem ser parceiros e se complementar”, ressalta.



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Em BH, Apenas uma de 8 obras de mobilidade estará concluída para copa das confederações

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Tiago Lacerda, reconhece que "a Copa das Confederações é acima de tudo um evento-teste para a Copa do Mundo". Poucas estruturas de mobilidade urbana, no entanto, poderão ser testadas durante a competição.

De oito principais empreendimentos nessa área, apenas um estará, de fato, pronto no próximo mês. O Boulevard Arrudas deve ser o único concluído e em funcionamento na Copa das Confederações.
BRT Cristiano Machado é uma das obras que não vão estar prontas para teste (Foto: Pedro Cunha/G1)
A intervenção foi realizada na Avenida Tereza Cristina, com o objetivo de melhorar as condições de mobilidade, priorizar o transporte coletivo e criar espaços de circulação de pedestres. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a obra inclui a recuperação estrutural da laje de fundo, paredes e estrutura de recobrimento do Ribeirão Arrudas e a criação de novas pistas para o transporte coletivo. Serão implantados, ainda, elementos paisagísticos, ciclovia e viaduto de transposição da linha férrea.
Ao G1, Lacerda garantiu que intervenções pela cidade não serão obstáculo à acessibilidade de torcedores. "Não é um empecilho. Se fosse, Belo Horizonte não seria mais sede. Se pegar as outras 11 [cidades-sede da Copa do Mundo], Belo Horizonte está disparada na frente em relação às obras de mobilidade urbana", avaliou.

Em novembro de 2011, a prefeitura de Belo Horizonte prometia entregar grande parte das obras de mobilidade urbana até a Copa das Confederações, a exceção do Corredor Pedro II e da Via 710. Em outubro de 2012, no entanto, a administração pública já dizia que os prazos haviam sido adiados.

De acordo com o secretário Municipal Extraordinário da Copa do Mundo, Camilo Fraga, a maioria das mudanças no prazo se deve a "processos de desapropriação mais demorados ou por adequações nos projetos, devido à grandiosidade dessas obras".

Questionado sobre o prolongamento no cronograma, Tiago Lacerda também justifica dizendo que são obras de alta complexidade. "Se estivesse tudo pronto, seria ótimo, mas a complexidade de se implantar um sistema como BRT é alta. E não são obras que são apenas para a Copa do Mundo. As vias 210 e a 710, por exemplo, não vão para o Mineirão. As obras vão melhorar, de fato, o dia a dia da população", ressaltou.

De acordo com a Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo (SMCOPA), as intervenções viárias para o Transporte Rápido por Ônibus (BRT, sigla em inglês) Antônio Carlos/Pedro I também devem estar finalizadas antes do campeonato. Apesar disso, o novo sistema de locomoção não estará funcionando para atender o público da Copa das Confederações, porque somente deverá entrar em operação no início de 2014. Lacerda ressalta como positivo o fato das pistas da Avenida Antônio Carlos, que dá acesso ao Mineirão, estarem liberadas durante o evento.

Além do Boulevard Arrudas, do BRT Antônio Carlos/Pedro I, estão em execução as obras do do BRT Cristiano Machado, do BRT Área Central, do Centro de Controle da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), da Via 210, da Via 710 e do Corredor Pedro II.

Plano operacional
O plano de mobilidade urbana para a Copa das Confederações está em fase final de elaboração. Segundo a Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo, o primeiro grande teste para o trânsito foi o jogo Brasil x Chile, no dia 24 de abril, quando foram postas em prática as exigências da Fifa em relação ao setor. Na ocasião, torcedores enfrentam muito congestionamento até o estádio, e moradores da área da Pampulha enfrentaram transtornos para chegar em casa.

De acordo com Tiago Lacerda, na visão do governo, a área de restrição a veículos não credenciados pode ser menor nos dias de jogos. "Até porque não temos histórico de atentados", justifica o secretário. Segundo ele, este ponto já estaria sendo revisto pela organização da Copa das Confederações.

Entre as ações planejadas para garantir o acesso de torcedores ao Mineirão, está o reforço do transporte coletivo de ônibus para o estádio, em linhas convencionais e executivas; a criação de um plano de comunicação para turistas e população sobre possíveis alterações no trânsito e nos sistemas de transporte público; e treinamentos para as equipes que vão trabalhar na operacionalização do trânsito.

De acordo com a administração pública municipal, o metrô será um sistema complementar às linhas de ônibus que chegam ao Mineirão ou a locais próximos ao estádio. 

Em entrevista ao G1, o secretário Tiago Lacerda garantiu que voluntários que trabalharão na competição e torcedores que estiverem portando o ingresso do jogo terão direito à gratuidade nos ônibus. Segundo ele, a forma como o serviço vai funcionar ainda está sendo detalhada pela BHTrans.

Por Raquel Freitas e Sara Antunes
Informações: G1 Minas

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BRT/Move melhora a vida dos usuários mas não reduz engarrafamentos

terça-feira, 19 de maio de 2015

Prometida como um dos benefícios da implantação do BRT/Move, a melhora do trânsito de Belo Horizonte foi tímida depois de um ano de funcionamento do sistema na comparação com os 12 meses anteriores. De acordo com dados do sistema de mapeamento on-line do site Maplink feito a pedido do Estado de Minas, a média de engarrafamentos nos horários de pico, entre 7h e 9h e entre 17h e 19h, caiu apenas 3,4% no período de funcionamento do BRT/Move, baixando de uma média de 89 quilômetros para 86. Um resultado modesto frente ao volume investido, da ordem de R$ 1 bilhão. Mais ainda, se for considerado que antes do Move muitas vias de BH estavam em obras para implantação do sistema e os poucos corredores exclusivos de ônibus tinham sido ocupados pelos canteiros, direcionando os ônibus para as vias de circulação comum.

Várias vezes a empresa de transporte e trânsito de BH indicou que a simples implantação do Move melhoraria o tráfego. No site da BHTrans sobre o BRT/Move, está destacada a informação de que a “retirada dos ônibus metropolitanos e municipais das pistas mistas” fará com que “a circulação de veículos melhore bastante e possibilite mais fluidez ao tráfego”. A empresa chegou a declarar que “na área central houve uma concentração dos ônibus na região da Paraná e Santos Dumont, aliviando, por exemplo, outras áreas do Centro que recebiam um grande volume de linhas”.

A redução de fato ocorreu, mas sem o desafogo previsto. De acordo com a BHTrans, no trecho entre a Avenida Portugal e o Anel Rodoviário, por exemplo, o número de ônibus que circulam durante o horário de pico pela manhã antes do Move caiu de 290 para 14. Entre o Anel Rodoviário e a Lagoinha, de 354 para 78. Já nas pistas mistas da Avenida Cristiano Machado o volume de ônibus municipais era de 293 e agora é de 135.

Na Avenida Antônio Carlos, por exemplo, a redução de ônibus por hora nos momentos de pico chegou a mais de 90%, e, na Cristiano Machado, a mais de 50%. A organização em corredores exclusivos e a alimentação das estações teria feito cair o tempo das viagens na Avenida Antônio Carlos de 75 minutos para 40 (– 46,7%) e, na Avenida Cristiano Machado, de 35 minutos para 20 (– 42,9%). O Move transporta cerca de 500 mil usuários por dia e conta hoje com uma frota de 450 veículos, entre ônibus articulados e os do tipo padron.

Para o doutor em Engenharia de Transportes e diretor da consultoria Imtraff, Frederico Rodrigues, o pequeno impacto na redução do tráfego era esperado. “O Move não necessariamente melhoraria o trânsito, pois sua implantação não pressupõe que os usuários de carros vão migrar para os ônibus. Isso leva tempo e amadurecimento de uma cultura. Além disso, o sistema não é tão capilar. Não leva a toda cidade”, afirma. 

Segundo Rodrigues, acabar com engarrafamentos é uma tarefa dificílima. Para fazer um comparativo, ele cita Belo Horizonte, onde 55% das pessoas utilizam o transporte coletivo, e Nova York, onde o índice é de 91%. “Nas duas cidades o que vemos nas vias durante o horário de pico? Engarrafamentos. A diferença, então, é que em Nova York você tem opções públicas de chegar mais rápido aos seus destinos, seja pelo metrô ou outros sistemas”, exemplifica. Esse fenômeno se explica pelo equilíbrio dinâmico da oferta e demanda, de acordo com o especialista. “Se você migra em grande quantidade para o sistema público, as ruas ficam mais vazias e se torna mais interessante usar o carro do que um metrô lotado. Com isso, em pouco tempo as vias urbanas voltam a ficar congestionadas. A tendência é sempre ter um equilíbrio”.

A BHTrans informou, por meio de nota, que não comentaria o estudo da Maplink por não ter conhecimento dos detalhes do levantamento, mas também não apresentou informações sobre o impacto do Move na fluidez do tráfego desde a sua implantação. A nota diz ainda que a principal missão do Move é “incentivar o uso do transporte coletivo. O objetivo é garantir um serviço de maior qualidade e aumentar a atratividade do sistema para o usuário do veículo privado e assim melhorar a mobilidade urbana na capital, priorizando o transporte coletivo e garantindo uma cidade melhor e mais sustentável”.

Por Mateus Parreiras
Informações: Estado de Minas

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