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Prefeitura de BH prevê expansão do BRT na capital

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A maior aposta de Belo Horizonte no transporte coletivo sobre rodas ainda não passou pelo teste de fogo do dia a dia, mas, antes mesmo do fim das obras nas avenidas Antônio Carlos/Pedro I, Cristiano Machado e área central, já há projetos para estender o BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) a pelo menos mais três grandes percursos. O primeiro deles já está em estudo, com a finalidade de levar o sistema à Avenida Amazonas, beneficiando principalmente moradores da região metropolitana. A obra, com custo estimado em R$ 300 milhões, deve começar só em 2015. A prefeitura pretende também aplicar o conceito, em uma próxima fase, ao Anel Rodoviário e a um circuito ligando a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul.

O BRT Amazonas, segundo o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio de Freitas, é tão importante quanto os que já estão sendo executados, mas ficou para depois em função das limitações de orçamento. Pelo corredor devem ser transportados 340 mil passageiros por dia, mediante parceria entre o município e o governo do estado, que deverá construir uma estação em Contagem, na Grande BH, provavelmente próximo à Praça da Cemig. A estimativa é de que 121 linhas passem pela faixa exclusiva para coletivos – 33 delas da capital e 88 da região metropolitana. Nos nove quilômetros da Amazonas estão previstas cerca de 20 estações no canteiro central, em locais de grande movimento, como em frente ao Expominas e ao Centro de Educação Tecnológica (Cefet-MG).

O diretor da BHTrans afirma que o projeto é fundamental para o planejamento do trânsito e transporte em BH. “Os outros corredores ganharam prioridade por causa da janela de oportunidade, em função do orçamento que se tinha para a Copa do Mundo, mas o BRT Amazonas também é fundamental, porque o sistema vai disciplinar a via. As estações no canteiro central evitarão que os ônibus façam conversões para embarque e desembarque de passageiros, justamente o que causa redução da velocidade. Vai melhorar até para os carros”, afirma.
Célio de Freitas acrescenta que os moradores da região metropolitana terão benefício maior na redução de tempo de viagem. “A expectativa é atender principalmente os usuários de Contagem, Betim, Ibirité, Sarzedo, e por isso haverá pelo menos uma estação em Contagem. Já no Bairro Salgado Filho (Região Oeste de BH), a ideia é fazer um terminal similar aos do Barreiro e de Venda Nova, com comércio farto e prestação de serviços”, afirma, lembrando que os ônibus do novo BRT terão ar-condicionado e, dependendo da linha, serão articulados. 

Especialista em trânsito, o consultor Silvestre Andrade Puty avalia que a Amazonas também merece tratamento especial, mas lembra que a via é uma das mais antigas do país a ter faixa exclusiva para transporte coletivo. “Funcionava muito bem para a época, 30 anos atrás. A Amazonas é tão importante quanto as outras. A questão é inverter a lógica da mobilidade da cidade e parar de olhar para os veículos, pensando no movimento das pessoas, em dar fluidez a quem precisa”, diz Silvestre. 

Estudos vão indicar a localização das estações e definir as mudanças no trânsito na Amazonas. “Não dá para alargar a via, porque a desapropriação inviabilizaria o projeto. Haverá uma faixa exclusiva, mas não segregada, com tachão no asfalto e dispositivos eletrônicos para impedir a entrada de veículos particulares e multá-los, se for o caso. Também teremos que ligar de alguma forma a Avenida Tereza Cristina com a Amazonas”, avalia Célio de Freitas. Segundo ele, como nos demais corredores, a passagem será paga antecipadamente e o embarque será no mesmo nível do piso do ônibus.

Anel Rodoviário

Já o projeto do BRT para o Anel vai depender da revitalização da via, prevista para 2017. A ideia é destinar faixa exclusiva aos coletivos, assim como será feito para veículos de carga, além da instalação  de  pontos de conexão com os corredores de BRT já existentes. De acordo com o diretor da BHTrans, uma sugestão é colocar elevadores ou escadas rolantes para que o usuário desça do Anel até a Amazonas ou a Antônio Carlos, por exemplo. “Quem vai hoje da Universidade Federal de Minas Gerais até a Amazonas precisa ir ao Centro e trocar de ônibus. Com o BRT do Anel, esse usuário vai ganhar tempo e ter um gasto menor, usando a conexão.” 

Outro projeto é o corredor que liga a Avenida dos Andradas ao Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul. O trajeto passaria pela nova Via 710 (ligando Andradas e Avenida Cristiano Machado), avenidas Bernardo Vasconcelos, Américo Vespúcio, Tereza Cristina e Barão Homem de Melo. “Temos percebido o interesse de bancos de fomento no financiamento do sistema BRT. Nossa prioridade no transporte público é investir em uma rede estruturante de 220 quilômetros entre BRTs e metrô. Com conforto, confiabilidade e velocidade nesses corredores, queremos convidar os motoristas a deixarem seus carros em casa”, afirma o diretor da BHTrans.

Para o consultor Silvestre Andrade, essa última proposta cria articulações para ligar bairros sem passar pelo Centro. “Seria um anel intermediário, de contorno da cidade. Mas é uma obra complexa, porque depende da construção de dois viadutos, além de um túnel sob o Bairro Padre Eustáquio (Região Noroeste de BH). É uma obra cara, por causa das desapropriações, mas seria um eixo alternativo”, explica. “O Anel Rodoviário hoje tem muito movimento por ser a única grande via, além da Avenida do Contorno, que circula a cidade sem passar pelo Centro.”

Expectativa nos pontos de ônibus

Enquanto a Prefeitura de BH projeta a ampliação do BRT, motoristas e pedestres que transitam pela capital estão ansiosos para saber quando as obras já em andamento se transformarão em um sistema mais ágil de transporte. A previsão mais recente dá conta de que as operações começariam em dezembro, nos corredores Antônio Carlos/Pedro I e Cristiano Machado. No entanto, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) só deve terminar as obras na região Central em janeiro do ano que vem. Isso pode atrasar o início da operação dos outros corredores.

Depois de sete meses de obras na Avenida Santos Dumont, no Centro de BH, a via foi reaberta para equilibrar a interdição na Avenida Paraná. De acordo com a Sudecap, o quebra-quebra na avenida segue pelo menos até o fim do ano. A prefeitura já admite atrasos porque em dezembro, como de costume, os trabalhos ficarão suspensos. Em janeiro de 2014, a  Santos Dumont voltará a ser interditada para obras, entre as ruas Curitiba e São Paulo, sem prazo para conclusão. O canteiro central da via, inclusive, ainda passará por intervenções para conclusão das estações de transferência.

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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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BRT: Um sistema de transporte desconhecido da população

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A dona de casa Valéria Oliveira, de 44 anos, sempre utiliza o ônibus do transporte coletivo para se locomover em Belo Horizonte. Ela já notou como as obras do BRT (Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus) nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro I causam atrasos em suas viagens. No entanto, assim como boa parte da população, Valéria não faz ideia para qual fim são as intervenções que prometem mudar o transporte público e reduzir em até 50% o tempo das viagens de ônibus.

Em uma pesquisa informal feita pelo Hoje em Dia em pontos de ônibus na Avenida Cristiano Machado e na Área Hospitalar, das 50 pessoas questionadas, 41 não souberam explicar o que é o BRT ou o propósito das intervenções. "Só tinha ouvido algo a respeito, mas não sei do que se trata. Acho que vai melhorar, pois piorar mais não tem jeito", afirma o serralheiro Alvair Teixeira, de 49 anos.

Segundo o gerente de coordenação de mobilidade da BHTrans, Rogério Carvalho, as ações para apresentar o BRT à população já começaram. Porém, as estratégias de comunicação que serão usadas para informar os belo-horizontinos sobre o sistema estão sendo elaboradas, pois haverá uma reorganização das linhas nas regiões do Vetor Norte.

Neste ano, as ações estão focadas em reuniões e seminários internos na BHTrans e também em encontros com a comunidade e entidades de classe, além da produção de folders, folhetos, banners, campanhas publicitárias e informativos em mídias digitais.

Para o próximo ano, a estratégia será manter os informativos, além de investir em comunicação por meio da imprensa, portal na internet, visitas itinerantes e a criação de dois centros de referências sobre o BRT.

A cidade pretende inaugurar, no primeiro semestre de 2013, dois corredores de ônibus para o BRT: o da Cristiano Machado e o da Antônio Carlos/Pedro I.

O modelo que será implantado foi inspirado no existente em Curitiba, na Região Sul do país, o que sugere que Belo Horizonte também adote a tarifa única integrada para todo o sistema. Na Capital do Paraná, o BRT transporta 560 mil passageiros por dia. Quase 45% da população usa o transporte público e somente 22% se locomovem de carro, conforme a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs).

Segundo a BHTrans, o BRT em Belo Horizonte vai funcionar da seguinte forma: linhas de ônibus convencionais (que serão chamadas de alimentadoras) irão levar os passageiros até as cinco estações de integração (Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e José Cândido). O usuário pagará a passagem, no mesmo valor atual, na entrada da estação.

Como não haverá cobrador nos veículos, como funciona hoje, esses profissionais serão aproveitados como bilheteiros e fiscais. Os novos ônibus terão quatro portas, distribuídas nos 18 metros de comprimento, e 2,60 metros de largura. Os veículos poderão transportar entre 120 e 150 passageiros, sendo 40 a 50 sentados.

Os corredores de ônibus, com duas faixas exclusivas em cada sentido, terão mini-estações elevadas pré-fabricadas em módulos, nos canteiros centrais, a cada 500 metros. Esses locais vão disponibilizar informações em painéis sobre a localização e a hora de chegada dos veículos, monitorados por uma nova central de operação.

"Algumas linhas continuarão seguindo pela pista exclusiva e outras serão alteradas", diz Rogério.

 

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Em Belo Horizonte, Projeto de Mobilidade da Copa de 2014 muda avenidas na Região da Pampulha

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O projeto de mobilidade para a Copa de 2014 começa a dar novos ares na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), 20% das intervenções previstas já começaram, e três obras do projeto estão em andamento. Quarenta e seis imóveis já foram desapropriados e 43, demolidos paras as reestruturações
Segundo a Sudecap, na Avenida Pedro I, duas pistas centrais vão ser exclusivas para o Transporte Rápido por ônibus (BRT), um sistema com transportes maiores e mais rápidos. O canteiro central ampliado é para receber as plataformas da estação de integração do BRT Antônio Carlos/ Pedro I. Ela vai ficar onde hoje tem uma área verde, perto da barragem da Pampulha.


A Avenida Santa Rosa também passa por uma reforma na pavimentação, por causa do novo modelo de transporte. Já na Avenida Abraão Caram, a reestruturação é para construir dois viadutos e uma trincheira que facilitem o acesso ao Mineirão, informou a Superintendência.
De acordo com a BHTRANS, 45 mil veículos passam todos os dias só na Avenida Pedro I. Ainda segundo a Sudecap, a previsão é que as obras na interseção das Avenidas Antônio Carlos e Abraão Caram sejam concluídas até o mês que vem.



Fonte: G1 Minas


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BRT Move de Belo Horizonte com buracos e poeira

domingo, 21 de dezembro de 2014

Ao observar os ônibus do Move que transitam pelas faixas exclusivas da Avenida Vilarinho, na Região de Venda Nova, em BH, os mais desavisados podem pensar que os coletivos estão fazendo uma trilha por uma estrada de terra. É exatamente essa a sensação dos passageiros desses ônibus no momento em que os veículos pesados passam pelas crateras espalhadas ao longo das duas faixas da Vilarinho, uma em cada sentido. Depois das chuvas que aumentaram a frequência e a intensidade desde novembro, o asfalto da avenida cedeu em vários pontos e há mais de um mês permanece esburacado. O que mais chama a atenção é que as novas pistas destinadas ao transporte rápido por ônibus (BRT, da sigla em inglês) começaram a funcionar a pleno vapor há menos de seis meses, quando a BHTrans inaugurou o novo formato das estações Venda Nova e Vilarinho do BRT.

A situação é bem complicada em vários pontos da Vilarinho, entre as estações UPA Venda Nova e Candelária, os dois terminais posicionados nos extremos do trecho de tráfego do Move municipal. Porém, diferente daqueles buracos comuns que aparecem depois das chuvas, nesta avenida entram em cena grandes abatimentos nas pistas. Em alguns pontos, como o dano ao pavimento é muito grande, os ônibus saem do local exclusivo e disputam espaços com os carros pequenos, nada simpáticos à companhia dos coletivos. “Nessa hora que nossa vida fica complicada. Os carros não deixam a gente entrar e os passageiros ficam nervosos quando entramos nos buracos”, diz Ales Ribeiro, de 40 anos, motorista da linha 64 (Estação Venda Nova/Assembleia Via Carlos Luz). 

Já o condutor de ônibus da linha 62 (Estação Venda Nova/Savassi Via Hospitais), Emerson Silva, de 44, diz que algumas crateras estão testando os motoristas há mais de um mês. “A impressão que temos é que a Avenida Vilarinho não foi projetada para receber o tráfego de ônibus do BRT. O asfalto não é suficiente, provavelmente seria melhor se as faixas exclusivas fossem reforçadas com concreto, igual nos corredores da Pedro I, Antônio Carlos e Cristiano Machado”, diz ele. Usuário da linha 61 (Estação Venda Nova/Centro Direta), o mecânico José Maria Vieira, de 39, diz que o impacto do problema para os passageiros é o tanto que os ônibus balançam. “Os modelos do BRT são bem confortáveis, mas o fato de sacudirem muito nesses buracos é um desconforto para quem usa o sistema”, afirma. 

VISTORIA Além disso, o auxiliar de escritório Alírio Gonçalves, de 38, chama a atenção para o fato de que muita terra foi colocada nos buracos para tentar minimizar os impactos das crateras. “Quando um ônibus passa, sobe aquele poeirão em toda a Vilarinho. Dependendo do coletivo, essa poeira chega a invadir a parte de dentro e fica uma sensação terrível, já que os ônibus são lacrados e com ar-acondicionado”, afirma. Segundo a BHTrans, em 26 de junho foram inauguradas as estações Venda Nova e Vilarinho do BRT com o formato atual. A partir daí as duas faixas da Vilarinho, uma em direção ao Centro e outra sentido Venda Nova, passaram a operar recebendo as quatro linhas que atualmente circulam na região, todas com partidas e chegadas na Estação Venda Nova.

Apesar do tamanho do problema, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que ainda está avaliando por meio de estudos e vistorias se vai incluir esse trecho da Avenida Vilarinho no plano de recapeamento, que só vai começar quando pararem as chuvas. A Sudecap também foi questionada se há alguma possibilidade de implantar a faixa de ônibus com concreto, mesma configuração das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado, mas o órgão não respondeu à reportagem..

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas

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BH: Sem desistir do metrô, capital mineira aposta nos corredores de ônibus para melhorar transporte

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pode-se dizer que todo belorizontino sonha com a expansão do metrô. Mas a capital mineira tem um plano mais modesto e mais em conta para melhorar a qualidade do transporte público na cidade, visando à Copa de 2014. Trata-se do BRT (Bus rapid transit), ou transporte rápido por ônibus.

As obras do viaduto que ligará as avenidas Antônio Carlos (principal corredor urbano de BH) e Abrahão Caram (via de acesso ao Mineirão), já iniciadas, têm vistas ao futuro sistema. As intervenções para ligação direta entre os corredores vão consumir parte do terreno do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais. Em contrapartida, a universidade receberá área equivalente atrás do estádio e que deve ser usada para solucionar seu problema de estacionamento.

Inspirado no modelo adotado por Bogotá (Colômbia), o BRT de BH será um sistema articulado em pistas exclusivas, aumentando a capacidade e a velocidade do transporte coletivo. Algumas ações de implantação já começaram.

“A duplicação da Antônio Carlos já é uma ação. Algumas coisas estão em fase de projeto, mas ate o início de 2011 outras obras devem começar”, afirma Rogério Carvalho, gerente da Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTrans.

O BRT será implantado inicialmente em três corredores (Cristiano Machado; Antônio Carlos-Pedro I; e Pedro II-Carlos Luz). Cada intervenção terá prazo diferente de conclusão, mas devem estar prontas em maio de 2013, antes da Copa das Confederações. “É um sistema para atender à cidade, não à Copa. O Mundial é consequência e oportunidade para melhorar o sistema de mobilidade”, diz Carvalho.

Segundo projeções da BHTrans, órgão que gerencia o trânsito na capital, com o BRT a velocidade operacional passará de 14 km/h para 25 km/h em média, diminuindo o tempo gasto nas viagens.

Metrô
Segundo Carvalho, a opção pelo BRT não exclui a construção do metrô. Foi uma opção para a atender com rapidez às demandas do Mundial. Além disso, o custo da construção por quilômetro do BRT é 10% menor que o do metrô. “Metrô atende 80 mil pessoas por hora, mas não temos essa demanda hoje. Nos trechos em que caberia o metrô, temos a demanda de 40 mil a 45 mil passageiro/hora”, diz Carvalho.

Existem, de fato, diretrizes para completar a rede de metrô de BH. Uma ligaria a região do Barreiro à área hospitalar central, e outra cortaria a cidade no sentido norte-sul, ligando a Savassi à Pampulha. São propostas que aguardam um resultado do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. Mesmo assim, nenhuma delas têm condições de sair antes da Copa, afirma Carvalho.

Fonte: Portal 2014

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Sistema BRT vai tirar 800 ônibus do Centro de Belo Horizonte

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sistema que chega a BH com a promessa de fechar as portas do Centro para 800 ônibus apenas no horário de pico, convencer o motorista a trocar o carro por coletivos e suprir a carência de um metrô insuficiente ainda é ilustre desconhecido para maior parte da população. EM antecipa como será o aspecto das estações e a lógica de funcionamento do projeto na área central.

Um novo sistema está perto de mudar o aspecto de algumas das principais vias de Belo Horizonte, e chega com a ambiciosa tarefa de suprir as lacunas deixadas por um metrô incipiente, além de transformar a lógica de um dos aspectos críticos da cidade: a mobilidade urbana. Se as linhas arquitetônicas das novas estações são novidade e as propostas de mudança ainda soam estranhas aos ouvidos de muita gente, pela capital elas já mostram seus reflexos. Mal deu tempo de trafegar pela nova Avenida Antônio Carlos e aproveitar as melhorias na Avenida Cristiano Machado e estão de volta o barulho ensurdecedor das máquinas, retenções no trânsito, concreto quebrado e ferragens expostas. Desta vez, a requalificação viária lança as bases do BRT, ou Bus Rapid Transit (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês).

O projeto está sendo preparado com a difícil missão de dar mais conforto aos passageiros, convencer motoristas a deixar o carro na garagem e desafogar o Hipercentro de Belo Horizonte. Nessa região, o BRT vai fechar as portas para cerca de 800 ônibus apenas no horário de pico da manhã, uma redução de 24,25% no tráfego local. Mais que isso: vai simplesmente proibir o tráfego de veículos de passeio em vias onde hoje o trânsito é frenético, como as avenidas Santos Dumont e Paraná.

O Estado de Minas mostra hoje, com exclusividade, o traçado do projeto na área central e o desenho das estações. E revela como essa sigla e o nome estrangeiro ainda soam estranhos aos ouvidos do belo-horizontino, que já ouviu falar, mas não tem a menor ideia do que será esse tal de BRT.

Principal aposta da capital em termos de mobilidade para a Copa’2014, o BRT terá nome e sobrenome em português, para facilitar entendimento e comunicação. A ideia é que o público dê sugestões e vote para batizá-lo. Inicialmente, dois corredores serão contemplados: o percurso das avenidas Antônio Carlos/Pedro I e o da Cristiano Machado, não por coincidência as duas opções de ligação do aeroporto de Confins com o Centro da cidade. Serão 27 quilômetros de linha distribuídas nas duas avenidas e no Hipercentro (avenidas Paraná e Santos Dumont). Para que se tenha uma ideia do que representa isso, a distância equivale a cruzar duas vezes BH de leste a oeste ou a atravessar a capital do Barreiro até Venda Nova. O sistema tem entre seus trunfos um ônibus articulado (sanfonado) que pode transportar quase três vezes mais passageiros que os convencionais.

As vias serão totalmente modificadas e terão pistas exclusivas para o BRT, ao longo das quais haverá 41 estações de embarque e desembarque. Na Área Central, as intervenções estão sendo licitadas. As propostas de obra viária e construção das estações foram entregues à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) semana passada.

Os ônibus terão portas à esquerda ou dos dois lados e vão dispor de piso nivelado com as plataformas das estações. O pagamento da passagem ocorrerá antes, na área externa, o que facilitará o acesso aos coletivos, feito em tempo menor. Ao entrar na estação, basta pegar o primeiro ônibus. Todo o sistema será integrado às linhas municipais e metropolitanas. Será criado um conjunto de linhas alimentadoras que sairá dos bairros para levar os passageiros até as estações do BRT.

A partir dessas estações, haverá duas categorias de linhas: a expressa partirá direto ao Centro, com parada apenas nas avenidas Paraná e Santos Dumont. A segunda terá pontos ao longo do trajeto. Na volta, vale a mesma regra e nas estações haverá ônibus para levar os passageiros aos bairros, como ocorre atualmente no sistema BHBus de Venda Nova, São Gabriel e Barreiro: ônibus partindo rumo ao Centro e, a partir das estações, uma rede interligando os bairros.

O Plano de Mobilidade Urbana de BH prevê uma rede de transporte estruturada por ônibus convencionais, articulados e o metrô. De acordo com o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a médio e longo prazo a rede de BRTs será ampliada para toda a cidade. Há previsão para implantação nas avenidas Amazonas e Andradas. No Eixo Sul, em direção ao Bairro Belvedere, há estudos em andamento para verificar se o modal é a melhor opção. O projeto das avenidas Pedro II/Carlos Luz ficou para trás, sob a justificativa do alto custo das desapropriações, apesar de se tratar do segundo mais importante corredor para o palco principal da Copa: o Mineirão.

Para a via, restou a proposta de faixas exclusivas para ônibus, nos moldes das adotadas na Nossa Senhora do Carmo. Será construída ainda a estação de integração São José, no bairro homônimo, nas proximidades do Anel Rodoviário. “A Antônio Carlos e a Cristiano Machado foram escolhidas porque ocorreu uma coincidência, que é Copa do Mundo, e esses corredores são caminho para estádio e aeroporto. Foi uma janela de oportunidades”, justifica o presidente da BHTrans, garantindo que o novo modelo não vai afetar os custos da passagem.

PELO MUNDO
Esse sistema de transporte coletivo vem sendo implantado em vários países, como Colômbia, Chile, México, África do Sul, China, Estados Unidos, Canadá, além de nações da Europa. Na Colômbia, há cinco cidades operando o BRT e em outras duas o sistema está em construção. A engenheira civil Monica Vanegas Betancourt, em workshop promovido em Belo Horizonte sobre o tema, disse que 20% dos motoristas colombianos deixaram de usar o carro depois da implementação do projeto. Em Los Angeles (EUA), o público do transporte coletivo aumentou em 25% depois do BRT, segundo Ethan Arpi, da rede Embarq (grupo internacional de consultoria a governos e empresas sobre transporte e mobilidade).



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Em BH, Expansão do BRT atingirá mais bairros e estações do metrô

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O novo sistema de transporte por ônibus de Belo Horizonte, previsto para ser inaugurado no dia 15, segundo anúncio da BHTrans, será expandido pelas principais vias da capital mineira até 2020, fazendo conexões com estações do metrô e conectando bairros esquecidos pela primeira fase do projeto, como os da Região do Barreiro. A reportagem do Estado de Minas teve acesso ao plano de expansão do Move, o BRT de BH, no qual constam pelo menos mais 81,5 quilômetros de linhas do sistema. Um planejamento amplo que contempla uma expansão duas vezes e meia maior se comparada ao conceito original da primeira fase, já que os corredores inaugurais, das avenidas Santos Dumont/Paraná (1,3 km), Presidente Antônio Carlos (14,6 km) e Cristiano Machado (7,1 km) se estendem por um total de 23,1 quilômetros. O investimento para o metrô de BH será de R$ 3,1 bilhões. As obras da linha 3 (Savassi-Lagoinha) têm previsão de começar em setembro e durar quatro anos. A licitação deve ser lançada em maio. A revitalização da linha um e construção da linha 2 devem durar dois anos cada uma.

 Até a entrada em operação do BRT serão feitas mais 13 alterações em ruas e avenidas de BH
Nesse novo planejamento, o Move se ramifica por outras 10 grandes vias, mas ainda não há definição sobre se serão implantadas faixas de tráfego exclusivo, as vias demarcadas onde só ônibus trafegam, como ocorre hoje na Avenida Amazonas, ou se corredores onde apenas BRTs circulam, como ocorrerá na Cristiano Machado, Antônio Carlos e Dom Pedro I. A BHTrans adiantou que as próximas vias a receber linhas do Move serão a Avenida Amazonas e o Anel Rodoviário. Pelo plano de expansão ainda serão contempladas as avenidas Dom Pedro II, Nossa Senhora do Carmo, Raja Gabaglia, Carlos Luz, Américo Vespúcio, dos Andradas, Tereza Cristina, Waldir Soleiro Emrich, Mem de Sá e a Rua Patagônia.

A conexão com as linhas de metrô futuramente implantadas se dará por vias importantes e complexos de transferência de passageiros que comportarão maior fluxo, como a Estação Lagoinha, que receberá ônibus das avenidas Dom Pedro II e Antônio Carlos, e as estações Vista Alegre, Salgado Filho, Silva Lobo, Rio Negro, do Contorno, Barbacena, Raul Soares e Praça 7, que seguem contíguas à Avenida Amazonas. A maior extensão circulada pelo BRT será no Anel Rodoviário, onde os ônibus terão de rodar até 22,5 quilômetros, do acesso à BR-356, no Bairro Olhos D’Água, à Estação São Gabriel, na Região Noroeste de BH. O Anel Rodoviário comportará principalmente os ônibus vindos do Barreiro, que nesta primeira fase terá duas linhas do Move, a 6350 e a 8350, que são baseadas na Estação Barreiro. 

Trajeto
Os quatro corredores mais extensos a serem abertos na última fase do Move serão o da Avenida Presidente Carlos Luz, que se estende por 16 quilômetros da Estação Calafate da linha 2 do metrô até a Estação de Integração Pampulha do BRT; o da Avenida Nossa Senhora do Carmo/BR-356, que terá 12 quilômetros e vai do Olhos D'Água, no Barreiro, até a Estação Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, e Avenida Afonso Pena, no Centro; o da Avenida dos Andradas até a Avenida Silviano Brandão; e da Avenida Tereza Cristina até a Avenida Amazonas, ambos com 10 quilômetros.

O projeto prevê que, além das estações de Integração Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e Santos Dumont/Paraná, serão ampliadas as estações José Cândido da Silveira (Cidade Nova), Barreiro (Átila de Paiva) e Diamante, e construída a do São José (Jardim Inconfidência), entre as avenidas João XXIII e Dom Pedro II.


Para o mestre em engenharia de transportes e professor da Universidade Fumec Márcio Aguiar, o grande desafio do plano da BHTrans é a implantação das vias para a circulação do Move. “Para criar as canaletas de tráfego exclusivo seria preciso desapropriar grandes extensões. No caso de faixas exclusivas, o problema é a interferência com comércios e residências, além do conflito com o tráfego no momento de ultrapassagens”, disse. Ele cita o monotrilho como uma alternativa mais barata e reforça a necessidade de expandir o metrô. 

A BHTrans informou que trabalha inicialmente com os recursos já previstos pelo governo federal no valor de R$ 377 milhões. Entre as obras acertadas está o programa Pró-ônibus, de R$ 166 milhões, o Expresso Amazonas, de R$ 149 milhões, e o Complexo do Vilarinho, de R$ 50 milhões. Além dessas, os recursos serão utilizados para a elaboração do projeto do BRT do Anel Viário, que tem custo de R$ 12 milhões. Do total, R$ 194,5 milhões são do Orçamento Geral da União e R$ 182,5 milhões de financiamentos. No dia 17, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Caixa Econômica Federal assinaram um contrato de financiamento público do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Grandes Cidades no valor de R$ 140,4 milhões para obras de mobilidade urbana, encostas, pavimentação e drenagem. Esses recursos também poderão financiar parte da expansão do Move até 2020.


Informações: Estado de Minas
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Em BH, Várias etapas das obras do BRT Cristiano Machado já estão concluídas

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

As obras do BRT na avenida Cristiano Machado seguem a todo vapor e já tem 60% das intervenções concluídas. Várias etapas foram concluídas, como a pavimentação do concreto de passeio, a instalação de gradil verde, a demarcação topográfica do muro de arrimo e armação das peças de aço, a colocação de terra para plantio de grama no passeio central da pista de concreto e a desobstrução da rede pluvial no encontro das avenidas Cristiano Machado e Silviano Brandão. No momento, estão em andamento obras de rebaixamento e execução de meio-fio, adequações nos passeios e o levantamento topográfico das bases para a construção de nove passarelas. Com investimento de aproximadamente R$ 36 milhões e previsão de término para agosto deste ano, o projeto compreende o trecho entre o Túnel da Lagoinha e a Estação São Gabriel, visando à instalação de dez estações do Sistema BRT.

Esse sistema de corredor exclusivo atenderá aos principais bairros da região Nordeste, como Graça, Concórdia, Floresta, Sagrada Família, Nova Floresta, Silveira, Cidade Nova, União, Fernão Dias, Ipiranga, Palmares, São Paulo e São Gabriel, entre outros. Além da implantação do sistema na avenida Cristiano Machado, o BRT em Belo Horizonte irá circular em corredores exclusivos nas avenidas Paraná, Santos Dumont e Antônio Carlos/ Pedro I/ Vilarinho. Através da implantação do BRT Área Central, o novo sistema de transporte dos corredores será integrado no hipercentro, melhorando a mobilidade urbana na capital, priorizando o transporte coletivo e garantindo, assim, uma cidade melhor e mais sustentável. 

Benefícios do BRT

O sistema BRT possui estações de transferência ao longo do itinerário de forma a permitir a cobrança externa da tarifa e o embarque em nível, o que agiliza os tempos de embarque e desembarque. Além disso, o BRT possui sistema de controle informatizado, o que permite o acompanhamento da operação e os sistemas de informação ao usuário em tempo real, além de circulação em vias exclusivas, minimizando as interferências com o tráfego geral. 

As vantagens do BRT incluem a redução nos tempos de espera, mais conforto, confiabilidade e segurança, facilidade de acesso e menor custo de implantação por quilômetro. O BRT tem como objetivo atender cerca de 750 mil passageiros por dia e reduzir o tempo de viagem do usuário em quase 50% no percurso casa/trabalho/casa. 

Os números do BRT 

Avenida Antônio Carlos
- Redução de 492 para 323 viagens diárias
- Demanda BRT (dia útil) - 400 mil passageiros

Avenida Cristiano Machado
- Redução de 458 para 281 viagens diárias
- Demanda BRT (dia útil) - 300 mil passageiros

BRT Área Central – Avenidas Paraná e Santos Dumont
- Redução de 937 para 510 viagens no Hipercentro e, na Área Hospitalar, de 297 para 203 viagens nos horários de pico
- Demanda BRT (dia útil) – 200 mil passageiros

Informações: Prefeitura de BH

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Em BH, Corredores do Move em BH terão 93 radares para coibir infrações

sábado, 16 de novembro de 2013

Os corredores do Move (nome dado ao BRT, sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) em Belo Horizonte vão ganhar 93 pontos de fiscalização por radares para vigiar a invasão da faixa exclusiva por automóveis, além de excesso de velocidade e avanço de semáforo cometidos pelos próprios condutores dos coletivos. A medida está em edital de licitação para aquisição dos radares publicado ontem no “Diário Oficial do Município”.

No total, 185 faixas das avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro I, Santos Dumont e Paraná serão monitoradas, dificultando que motoristas consigam burlar o sistema e usar o carro particular nos corredores do Move para fugir de engarrafamentos. Isso porque, para possibilitar que as linhas alimentadoras cheguem até a estação, as pistas exclusivas terão entradas junto à pista mista – sem barreira física entre as duas pistas.
Infrações cometidas pelos motoristas dos coletivos também serão combatidas, com 50 pontos com fiscalização de avanço de semáforos e 37 de excesso de velocidade.

Crítica. Não é comum essa fiscalização em outros sistema de BRT, o que pode indicar uma falha da central de controle do sistema. Para o engenheiro civil Berilo Torres, especialista em trânsito, os radares não fazem muito sentido e podem apontar uma falha no controle do sistema.

“A ideia do BRT é justamente ser sincronizado com os sinais de trânsito, para que o veículo não pare muito. Não conheço nenhum lugar que use radares. Em algumas cidades, o próprio condutor do BRT controla os semáforos”, disse Torres.

O número de equipamentos implantados vai depender da licitação, já que o edital prevê que a proposta seja apresentada tendo como base o número de faixas a serem fiscalizadas. Como há radares que conseguem monitorar apenas uma faixa, e outros que fiscalizam até quatro, ficará a cargo da empresa participante da concorrência escolher com quantos equipamentos pretende fazer a fiscalização.

Em 36 pontos haverá vigilância dupla, tanto de invasão da faixa exclusiva, quanto do avanço de velocidade. Outros 85 locais vão contar com estrutura pronta para receber a implantação do equipamento, o que vai possibilitar o rodízio da fiscalização.

Pista Mista. No último mês, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) publicou edital para instalação de radares em outros 153 pontos das pistas mistas dos corredores onde vai passar o Move e nos locais que receberão faixas exclusivas para ônibus.

Saiba mais sobre o sistema

- Cronograma. A maioria das obras do Move devem ser concluídas em dezembro deste ano. O início da operação do sistema está marcado para 15 de fevereiro de 2014. Em 15 de abril, todo o sistema deve estar em funcionamento.

- Capacidade. A expectativa é que o Move tenha capacidade para transportar até 700 mil pessoas por dia, levando em consideração os dois principais corredores que integram o sistema – Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I.

- Faixas exclusivas. A BHTrans prepara a implantação de faixas exclusivas para ônibus em outras avenidas da capital. Entre as vias contempladas, estão as avenidas Raja Gabaglia e Tereza Cristina, e a rua Padre Eustáquio.

Por Bernardo Miranda / Joana Suarez
Informações: O Tempo
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