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No Dist. Federal, Governo derruba liminar que impedia a licitação do transporte público

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Após ter sido suspensa novamente por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região e do Tribunal de Contas do DF (TCDF), a licitação do transporte coletivo do Distrito Federal vai acontecer na manhã desta sexta-feira (14/9). Ontem, o GDF conseguiu derrubar, no Tribunal Superior do Trabalho, a liminar que impedia o início do processo.

O TRT cobrava a previsão, no processo licitatório, de itens para proteger a saúde de motoristas e cobradores, como motor traseiro, câmbio automático e ar-condiconado. A Procuradoria do Distrito Federal conseguiu derrubar essa liminar nesta manhã, segundo a assessoria da secretaria de Trabalho.

O TCDF alegou ter recebido, nos últimos dias, várias contestações por parte das empresas que atualmente operam o sistema. Elas querem regras mais claras para indenizações. A Procuradoria também conseguiu contornar essa decisão.

Nove empresas entregaram propostas à Secretaria do Transporte para concorrerem à licitação do transporte coletivo no Distrito Federal. De acordo com a secretaria, uma comissão vai analisar todos os processos e não há prazo definido para a escolha das empresas que irão operar a nova frota de ônibus.

Segundo a secretaria, 80% dos 3,8 mil veículos de transporte público que circulam no Distrito Federal serão trocados até maio de 2013.

Confira as empresas que participam da licitação:

1 - Viação Cidade Brasília LTDA
2 - Viação Pioneira LTDA
3 - Consórcio Brasília Empresa - Empresa Líder: Rota do Sol Transportes e Turismo LTDA
4 - Consórcio Distrito Federal e Transportes Urbanos - Empresa Líder: Transkuba Transportes Gerais LTDA
5 - Viação Planalto LTDA
6 - Santos & Pradela Negócios e Transportes LTDA
7 - Planalto Rio Preto Transporte Coletivo LTDA
8 - Expresso São José LTDA
9 - Empresa de Transporte Vera Cruz LTDA

Fonte: Correio Braziliense

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BNDES inicia estudo de Mobilidade e Goiânia tem duas propostas

domingo, 9 de junho de 2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), em parceria com o Ministério das Cidades, anunciou um estudo para identificar projetos de mobilidade urbana em 21 metrópoles brasileiras. O foco é detectar os projetos de média e alta capacidade em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transportes, buscar novas alternativas de financiamento do sistema e a gestão coordenadas entre os entes federativos.

Goiânia, Luziânia, Águas Lindas e Valparaíso fazem parte do grupo de cidades que terão seus projetos avalizados por uma consultoria especializada em mobilidade urbana. A Capital tem dois projetos que serão foco do estudo, já a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) conta com três propostas.

Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte do Governo de Goiás e presidente do Fórum de Mobilidade (Mova-se), Miguel Ângelo Pricinote adiantou ao Jornal Opção que a primeira reunião do Grupo de Trabalho da Ride ocorreu na semana passada. “Na Ride nós temos hoje os projetos do BRT de Luziânia/Santa Maria, que estão no PAC, temos uma iniciativa da CBTU que é o VLT ligando Valparaíso até a o metrô de Brasília, temos um projeto que estamos apoiando no município de Águas Lindas ao plano piloto no Distrito Federal”, diz.

Já para Goiânia, o estudo deve focar no BRT Norte/Sul e a reforma do Eixo Anhanguera e a integração dos dois sistemas. “A questão de Goiânia é mais tranquila pois já estamos implementando o Novo Plano Operacional para adequar esse sistema. O BNDES vem para apoiar esses projetos e pensamos também em ampliar essas ligações como a do Eixo Anhanguera que chega em Goianira e Trindade”, diz.
Segundo o especialista em mobilidade urbana, por Goiânia possuir um órgão responsável pelo planejamento, gerenciamento, controle e fiscalização operacional do transporte coletivo, toda operação é facilitada. “O grande desafio é no Distrito Federal e na Região do Entorno. Lá, teremos que buscar um ente como a CMTC para coordenar todas essas questões”, aponta.

Apesar da operação já facilitada pelo avanço das medidas em Goiânia, Pricinote aponta que a proposta do BNDES poderá auxiliar a cidade a pensar e melhorar a infraestrutura já existente. “O Eixo já chegou a carregar 30 mil passageiros no pico e Goiânia já validou, em um único dia, mais de 1,2 milhão de usuários no transporte coletivo. A demanda caiu muito e a infraestrutura tem espaço para melhorias. Por exemplo, nosso BRT ainda é lento por questões semafóricas e de trânsito. Com esse apoio a gente vai conseguir avançar nessas discussões”, garante.

De acordo com Pricinote, o Eixo Anhanguera e o BRT Norte/Sul tem capacidade para atender a demanda por transporte coletivo na Região Metropolitana, mas ele estima que com a conclusão do anel viário, novas propostas de modais de transporte devem ser pensados e iniciados. “Quem sabe em um futuro mais longínquo conseguimos interligar Goiânia, Anápolis e Brasília por meio de uma solução ferroviária. Nós temos essa demanda por expansão da mobilidade, não só na região de Goiânia, mas também com outras cidades”, projeta.

Estudo pensado para o longo prazo
A perspectiva do BNDES e das empresas e consultorias contratadas é que o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana será pensado para os próximos 30 anos. Ele deverá identificar projetos de média e alta capacidades em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transporte, alternativas para financiamento do sistema e a gestão coordenada entre os entes federativos.

A pesquisa terá duração de 12 meses e servirá como base para a elaboração da Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana. A intenção é promover a parceria da União com as regiões metropolitanas para viabilizar projetos, além de impulsionar investimentos em mobilidade urbana nas cidades. O resultado também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC.

As localidades contempladas pelo estudo abrangem as seguintes cidades-sede: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.

“O estudo será essencial para mapear os projetos de alta e média capacidades (trens, metrôs, VLTs e BRTs) nas maiores regiões metropolitanas do país, contribuindo para a redução do déficit histórico de investimentos no setor”, afirmou o superintendente da Área de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim.

“Este estudo em parceria com o BNDES é uma grande oportunidade para o Governo Federal apoiar as regiões metropolitanas na construção de soluções integradas para o transporte público coletivo no curto, médio e longo prazo. Temos neste estudo a retomada do papel da União da coordenação das ações estratégicas do setor de mobilidade urbana, com a promoção do diálogo interfederativo, da cultura dos dados abertos e das boas práticas de planejamento governamental”, disse Marcos Daniel Souza dos Santos, Diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano da SEMOB do Ministério das Cidades.

Plano operacional tem investimento de R$ 1,6 bilhão
O Novo Plano Operacional (NPO) começou a ser implementado pelo Governo de Goiás em abril deste ano e deverá promover a melhoria do conforto e reduzir a super lotação e o tempo de espera dos passageiros do transporte público na Região Metropolitana de Goiânia.

O NPO integra uma das fases de execução da Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivos, cujo investimentos chegam a R$ 1,6 bilhão e contempla a reforma dos terminais e plataformas de embarque e desembarque da linha do Eixo Anhanguera, além da conservação e construção de pontos de ônibus, renovação da frota de veículos e aquisição de modelos elétricos.

Os investimentos são fruto de subsídio mantido pelo Governo de Goiás e as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. Esses recursos também custeiam a manutenção do congelamento da tarifa do transporte coletivo desde 2019 em R$ 4,30.

Informações: Jornal Opção

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Tarifa Zero entra em discussão como solução para transporte no Entorno

domingo, 16 de julho de 2023

O desafio do transporte coletivo continua sendo um dos principais obstáculos das políticas sociais direcionadas ao Entorno de Brasília. Uma das ideias que vem ganhando destaque nas discussões sobre transporte público é a implantação da tarifa zero, que propõe isentar os usuários do pagamento da passagem. O tema está sendo debatido na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e tem gerado discussões sobre viabilidade e impactos econômicos.

Um estudo coordenado pelo deputado distrital Fábio Félix (PSol) revela que as empresas de transporte público dependem de repasses anuais do governo para operarem. Segundo o documento, os empresários estimam que, sem o auxílio do governo, as tarifas, que atualmente têm uma média de R$ 3,86, poderiam chegar a cerca de R$ 10.

A Região Metropolitana do Entorno engloba onze municípios, mas os projetos terão impacto em toda a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), que abrange 33 municípios, sendo 29 em Goiás e quatro em Minas Gerais.

Solução pode vir do Governo Federal

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado do Entorno do Distrito Federal (Sedfgo), apresentou dois projetos para inclusão no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal que beneficiam o transporte coletivo na região. Eles precisam ser aprovados em votação popular, que termina nesta sexta-feira,14. O governador Ronaldo Caiado pediu apoio aos goianos. “Uma votação simples pode garantir mais recursos federais para essa demanda tão importante, que é a mobilidade no Entorno. Contamos com o apoio de todos”.

A Sedfgo também tem mobilizado a população pela aprovação das propostas. A primeira (5969) é para criação do Consórcio Interfederativo da Região do Entorno do DF. Ele vai integrar os governos de Goiás e DF com a União para melhorar o transporte coletivo da Região Metropolitana do Entorno (RME), com plataformas multimodais que trarão eficiência, conforto e segurança aos passageiros.
O Consórcio também vai atender a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), composta por 33 cidades, sendo 29 goianas, em áreas como saúde, segurança pública, transporte, desenvolvimento econômico e social.  

“A formação do Consórcio é nosso carro chefe, porque a partir dele teremos possibilidade de trazer recursos para a mobilidade urbana na região e outras áreas através da responsabilidade tripartite entre Governo do DF, União e Governo de Goiás”, explicou a titular da Sedfgo, Caroline Fleury.

Informações: Jornal Opção
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Governo do Distrito Federal vai licitar 34 km de ciclovias

sábado, 4 de agosto de 2012

O Governo do Distrito Federal dá continuidade à concorrência pública para a construção de aproximadamente 34km de ciclovias em rodovias. As obras serão executadas com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que concedeu financiamento ao GDF para o custeio do Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal (PTU/DF). O aviso de licitação dos serviços está na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial do DF.

As obras serão divididas em três lotes. O primeiro englobará serviços na DF-001, da DF-480 ao 3° Distrito e na DF-480, do balão do Gama ao km 4,6 – com extensão total de 12.150m. O segundo abrange obras em dois trechos: um na DF-087, da DF-095 à DF-085, com extensão de 2.486m; e o outro na DF-290, no trecho entre a BR-040 e o acesso ao Gama, com 7.192m. Já o terceiro lote compreende obras na DF-001, no trecho de 3.670m entre a interseção com a DF-025 (Estrada Parque Dom Bosco) e o acesso ao Condomínio Ville de Montaigne, no km 22,9 da DF-001 (EPTC); na DF-015, da interseção com a DF-005 (Estrada Parque Paranoá) e a DF-250 (DF-001/EPTC), e mais 8.464m entre a DF-025 e o km 12,2.

O aviso de licitação e edital estarão disponíveis no site da Secretaria de Transportes do Distrito Federal: www.st.df.gov.br, ou http://www.st.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=21706, no link: Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal (PTU-UEGP-LICITAÇÕES 2012), a partir de hoje.

Requisitos - Os interessados podem pedir esclarecimentos por meio do e-mail: cpl.ptu@gmail.com. As respostas serão exclusivamente por e-mail. Uma mídia digital com os projetos e as especificações técnicas poderá ser obtida junto a Comissão Permanente de Licitação do PTU/DF, mediante recibo. Os requisitos de qualificação incluem: comprovações de faturamento anual com obras civis e de experiência em construção, declaração de disponibilidade de equipamentos, indicação de pessoal técnico qualificado para as obras, comprovação de possuir capital de giro líquido, de solidez de situação financeira e de não incorrência em descumprimento de contratos.

As propostas, acompanhadas de uma garantia de manutenção da proposta nos valores constantes dos documentos de licitação, devem ser entregues na Secretaria de Transportes do Distrito Federal - Anexo do Palácio do Buriti, 15º Andar, Sala 1507, até 9h30 do dia 14 de setembro de 2012.

Informações: Agência Brasília

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No DF, Saldo expirado de cartões de transporte evitará aumento da tarifa de ônibus

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Os saldos dos cartões de transporte público do Distrito Federal com mais de 12 meses sem uso serão investidos pelo governo para evitar o aumento das passagens de ônibus. Os créditos já expirados do vale-transporte (VT) e do cartão mobilidade do período entre 2011 e 2022 já correspondem a quase R$ 75 milhões.

Deste valor, a maior parte refere-se ao vale-transporte repassado por empresas aos trabalhadores, e apenas 6% correspondem aos valores do cartão mobilidade. São R$ 22.585.144,06 em saldos expirados do VT e R$ 44.960.251,63 de créditos do VT que sequer foram transferidos para o cartão de usuários. No caso do cartão mobilidade, são R$ 2.658.992,96, e o restante – R$ 4.644.478,28 – vem de outros tipos de cartões, como cedidos pelo governo durante o período da Copa do Mundo no Brasil.

“Hoje já poderíamos reverter esse crédito para a complementação tarifária. Em vez de usar dinheiro do governo para poder fazer a compatibilização, eu usaria parte deste dinheiro para contribuir com uma tarifa menor para o usuário”, explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.

Para acompanhar a inflação, a tarifa dos coletivos deveria ser aumentada anualmente. No entanto, o Governo do Distrito Federal (GDF) não reajusta os preços dos ônibus da capital federal desde 2020. “Essa é uma medida que estamos adotando para que a gente possa mudar a vida do usuário sem ter que penalizá-lo com o aumento de passagem”, complementa.

Validade dos cartões

Os saldos dos cartões perdem a validade apenas após 12 meses de inatividade, como determina a Portaria nº 35, de 23 de janeiro de 2023, que regulamenta o Decreto nº 43.899/2022, dispondo sobre o prazo de validade dos créditos armazenados na forma de valores monetários do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA/DF) do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPC/DF).
A norma apenas atualiza o Decreto nº 39.508/2018, que já previa o prazo de validade dos créditos em um ano após determinação do Ministério Público no mesmo ano para coibir fraudes no sistema de bilhetagem depois de denúncias envolvendo o extinto DFTrans.

“Estamos com foco na economia dos recursos públicos. Um cartão que fica 12 meses sem uso, com certeza, esse dinheiro poderia ser reaplicado pelo próprio transporte. O que está acontecendo é que as pessoas vendem esse crédito no mercado paralelo”, avalia a governadora em exercício Celina Leão.

“O Governo do Distrito Federal está aberto a dialogar, mas seremos firmes. O cartão não foi feito para câmbio negro. Não para que fique valendo como crédito financeiro”, classificou Celina Leão.

Desde 2019, o processamento do sistema de bilhetagem é de responsabilidade do Banco de Brasília (BRB). A transferência possibilitou a eliminação de fraudes e um ganho de eficiência operacional. Em quatro anos, o BRB Mobilidade reduziu os golpes em R$ 300 milhões.

Informações: Agência Brasília
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Nova frota de ônibus do DF terá assentos estofados

segunda-feira, 4 de março de 2013

Os ônibus que circularão no Distrito Federal a partir de julho deste ano, após a licitação do novo sistema de transporte urbano, darão mais conforto aos usuários, com assentos estofados e pisos antiderrapantes. Alguns terão ar-condicionado. A realidade da frota atual, no entanto é bem diferente da que se espera ter. Hoje, os ônibus que circulam no DF têm idade média além do permitido pela legislação e não tem itens que já são realidade em outras capitais brasileiras desde o fim da década de 1990, como os assentos estofados.

Outra mudança será na emissão de poluentes. Quando estiverem em circulação, os veículos da capital federal serão os menos poluentes do Brasil. De acordo com a Secretaria de Transportes, todos os veículos terão tecnologia Euro 5, que polui 30 vezes menos do que a tecnologia Euro 3, que circula nas grandes capitais brasileiras.

De acordo com o DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal), a idade média dos 3.953 veículos que circulam no DF é de oito anos. Desse total, pelo menos 10% estão nas ruas há mais de 15 anos. Mais do que o dobro da idade permitida por lei, de sete anos. Só para se ter uma ideia, na cidade de São Paulo, a idade média dos coletivos é de 5 anos e 4 meses para os veículos das concessões e de 3 anos e 4 meses para os permissionados.

Outro problema enfrentado pelos passageiros brasilienses é a precariedade da parte interna dos coletivos. Boa parte deles tem bancos quebrados, sem estofamento e não tem piso antiderrapante, o que aumenta o risco de acidentes.

Segundo o diretor do DFTrans, Marco Antônio Campanella, boa parte dos transtornos no transporte do DF serão eliminados com a implantação da nova frota. Além de ecológicos, os ônibus obedecerão a padrões internacionais de qualidade.

— O novo sistema, além ecologicamente correto, dará mais conforto e segurança ao passageiro. Esperamos que até o fim do ano mais de 90% da frota esteja renovada dentro dos padrões de qualidades exigidos pelo edital.

Após décadas de precariedade no transporte urbano do DF, o governo lançou no ano passado um edital para renovar o setor. No documento, um anexo determina as normas que as empresas vencedoras do certame devem obedecer para as definições dos ônibus. O Manual dos Padrões Técnicos dos Veículos do STPC/DF (Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal) determina que os ônibus devem ter os seguintes itens:

Acessibilidade: todos os veículos deverão ser acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, através de piso baixo ou piso normal equipado de plataforma elevatória veicular ou, ainda, piso normal com plataforma de embarque/desembarque.
Sistema de Direção: deve possuir assistência hidráulica, elétrica ou outro dispositivo de redução de esforço.

Sistema de Transmissão: os veículos que circulam no corredor exclusivo de ônibus deverão ter câmbio automático.

Largura das portas: os ônibus que circulam no corredor terão portas com largura mínima de 1,10m e os ônibus das linhas alimentadoras terão portas com largura mínima de 0,95m (hoje, todos têm portas com largura de 0,80m).

Bancos dos Passageiros: os bancos e os encostos de cabeça devem ser estofados (antes eram de fibra de vidro). A parte traseira dos bancos deve ser totalmente fechada, evitando rebites ou outras formas de fixação salientes.
Piso interno: o piso deve ser recoberto com manta de borracha antiderrapante e não pode apresentar tiras metálicas, exceto para acabamento. (hoje são de alumínio).

Revestimento Interno: deve proporcionar isolamento térmico e acústico, sendo os materiais empregados com características de retardamento de propagação de fogo.

Cestos de lixo: deverá ter um cesto de lixo ao lado de cada porta dos ônibus.

Comunicação externa ao usuário: o destino e número da linha deverão ser indicados por letreiros na parte frontal superior do veículo e (agora também) na lateral do veículo, ao lado da porta principal de acesso.

Acessórios da carroceria: os novos veículos a integrar o STPC/DF devem prever a instalação de Sistema de Rastreamento de Veículos (GPS), Sistema de Comunicação ao Usuário (transmissão de informações audiovisuais) e Sistema de Monitoramento Interno.

Comparativo
Em outras cidades essas exigências já existem há décadas. Em São Paulo, por exemplo, a frota de 15 mil ônibus oferece bancos estofados, piso antiderrapante e avisos de segurança. Dependendo do trecho, os veículos têm ar-condicionado, portas com elevador automático para deficientes e tamanhos diferentes para atender a demanda da região onde circulam.

Mas o grande diferencial do sistema de transporte urbano de São Paulo é o sistema integrado de bilhetagem. No período de duas horas, o passageiro pode fazer quatro embarques pagando uma única passagem de até R$ 3 com bilhetes vale transporte e estudante. Para bilhetes comuns unitários, o usuário pode fazer quatro embarques no período de três horas com uma única tarifa. E aos domingos e feriados o passageiro pode embarcar quatro vezes no período de oito horas pagando apenas uma tarifa.

No Distrito Federal, o DFTrans apresentou o sistema de integração apenas entre Ceilândia – Taguatinga – Guará ao Plano Piloto. Para a maioria dos passageiros, o sistema dificultou a vida dos usuários e não diminui o tempo de viagem e nem de espera dos ônibus.

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Renovação do transporte público no Distrito Federal sem reajustes nas tarifas

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Uma importante etapa do processo licitatório para o novo modelo do Sistema de Transporte Público Coletivo (STPC) foi divulgada na última quinta-feira (25) pelo Governo do Distrito Federal. Três das nove empresas concorrentes foram habilitadas a operar no futuro sistema. A expectativa é de que, até maio de 2013, o novo transporte público seja utilizado pela população. Não haverá reajuste nas tarifas.

“Esperamos, com o novo modelo, uma maior fluidez dos ônibus, pontualidade e total integração das linhas, com menor custo para população. Desde 2009 há uma ordem judicial para fazer essa licitação e renovar  o sistema, e nenhum outro governo teve a coragem de fazer isso, até agora”, declarou o secretário de Transportes, José Walter Vazquez.

O governador Agnelo Queiroz destacou o rigor do processo. “Até o meio do próximo ano, estaremos com ônibus novos e um sistema completamente modernizado”, disse.

A previsão do GDF é que, até dezembro deste ano, pelo menos três contratos estejam finalizados, para que três bacias sejam licitadas no novo sistema. A primeira será a Bacia 2, que abrange as cidades do Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, parte do Park Way, Jardim Botânico e Itapoã. A frota prevista é de 640 ônibus. O edital divide o DF em cinco bacias e estabelece que cada concorrente deve controlar apenas uma delas.
A partir deste 26 de outubro, as empresas concorrentes terão até cinco dias úteis para apresentarem recursos ou questionamentos à Comissão de Licitação, com mais cinco dias úteis para levarem suas contra-argumentações. Depois da publicação do resultado dos recursos, outros cinco dias são previstos para as empresas apelarem diretamente ao secretário de Transportes.

Caso não haja novos concorrentes vencedores para alguma das duas bacias restantes, será aberto um novo prazo de 30 dias para apresentação de propostas, não sendo necessário reiniciar todo o processo. “É a maior licitação da história. Vai gerar, considerando a renovação por mais 10 anos dos contratos, R$ 16 bilhões”, afirmou o secretário.

Habilitadas
As empresas Cidade Brasília, Pioneira e São José foram as concorrentes habilitadas para continuar no processo, por serem as únicas a apresentarem todas as documentações exigidas e não terem qualquer restrição judicial ou administrativa. As três concorrem por todas as cinco bacias.
Até a Viplan, uma das maiores empresas do Distrito Federal, ficou de fora da licitação

O Consórcio Brasília, Viplan, Consórcio DF, Santos&Pradela, Rio Preto e Vera Cruz foram inabilitadas do processo respectivamente por: ter a certidão de débitos cancelada pela Receita Federal; não apresentar todas as certidões exigidas; estar com o balanço em desacordo com edital; não ter o atestado técnico homologado (Santos&Pradela e Rio Preto); e estar fora das exigências do processo licitatório.

DFTrans

Durante a divulgação da recente etapa do processo licitatório, o diretor-geral do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Marco Antônio Campanella, afirmou que foi aberta uma sindicância para identificar a responsabilidade pelos vários ônibus que, há dois meses, não circulam de maneira adequada no DF. 

“Não descartamos tomar medidas administrativas e judiciais para apurar os fatos”, informou Campanella. A sindicância tem previsão de durar até 30 dias.

Informações: Clica Brasília

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O transporte público em Brasília é malfeito, mal planejado e mal operado

domingo, 31 de julho de 2011

Uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, Brasília enfrenta problemas estruturais no trânsito. Segundo o pesquisador de Transportes da Universidade de Brasília Artur Morais, o aeroporto da cidade está saturado e obras, como a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), podem não estar concluídas até lá.

“O transporte público em Brasília é malfeito, mal planejado e mal operado”, disse. “Quando você analisa os dados, percebe que a maioria das pessoas vai usar o VLT para fazer integração com outros transportes. É mais fácil fazer um corredor de ônibus direto entre as cidades [do Distrito Federal] e o plano piloto”, acrescentou.


Os quatro mil ônibus do DF transportam diariamente 1,2 milhão de passageiros. Ao todo, são cem linhas que ligam Brasília às demais cidades. O secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, concorda que há problemas. E diz que é preciso haver mais investimento e presença do Estado no setor.



“Há falta de planejamento, de previsão, da presença do Estado”, disse acrescentando que a meta, agora, é fazer a racionalização das linhas. “Em agosto, vamos abrir licitação para contratar um sistema de GPS para controlar a frota”, comentou.



No Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal e Entorno (PDTU), aprovado em abril pela Câmara Legislativa do DF, há a previsão de investimento de R$ 7,8 bilhões nos próximos dez anos para melhorias no transporte público. Uma das obras previstas é o VLT, estruturado, inicialmente, para ser um meio de transporte expresso do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek à W3 Sul e Norte, uma das principais avenidas da cidade.


O VLT teve as obras iniciadas, mas foram interrompidas por determinação da Justiça. A licitação começou a ser feita em 2007 e o cronograma previa a entrega de parte da obra este ano. Entretanto, em janeiro, a obra foi suspensa a pedido do Ministério Público. Além disso, há cerca de dois meses, a Justiça determinou o cancelamento da licitação feita com o consórcio Brastram e o reinício do processo por causa de irregularidades na licitação do projeto básico.

O governador Agnelo Queiroz anunciou a retomada da licitação ainda este ano. Enquanto isso, motoristas e pedestres terão de conviver com o canteiro de obras montado no final da W3 Sul e o desvio do trânsito no local.

O secretário de Transportes, no entanto, admite que o VLT não estará completamente pronto até a Copa de 2014. “Entendemos que o VLT é uma saída porque pode ser usado, inclusive, em área tombada. Mas a conclusão das obras até a Copa está descartada. Pretendemos entregar até lá somente o trecho do Aeroporto ao terminal sul para fazer a integração com o metrô”, disse.

Outra obra que está pendente no Distrito Federal é a do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), que vai ter dois trechos: o primeiro, ligando as cidades do Gama e de Santa Maria à Rodoviária do Plano Piloto e o segundo, ligando a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) ao terminal de metrô da Asa Sul. A obra está orçada inicialmente em R$ 587 milhões e está parada.

No início de agosto, o Tribunal de Contas do Distrito Federal deverá julgar processo que trata de pendências técnicas para liberar a obra. O prazo para entrega é 18 meses a partir do início das obras. O responsável é o consórcio BRT Sul.

Já mais adiantado, o Projeto Linha Verde pretende ligar Ceilândia e Taguatinga à Rodoviária do Plano Piloto e tem, até agora, apenas a parte que corta a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) relativamente pronta, com a duplicação da pista concluída. Mas, falta sinalização, implantação da ciclovia prevista no projeto e a licitação de 300 ônibus articulados que vão fazer o transporte público no corredor exclusivo. Esse trecho da obra foi orçado em R$ 306 milhões.


Informações da Agência Brasil - Priscilla Mazenotti


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DF estuda adotar tarifa zero no transporte público

domingo, 7 de maio de 2023

Usar o transporte público sem pagar tarifa na catraca. Esta é uma realidade estudada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) . Segundo a pasta, "estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise".

No Brasil, de acordo com o pesquisador Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, 69 cidades – pequenas e médias – já adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público (saiba mais abaixo).

A tarifa zero universal, é o uso do transporte público sem o pagamento pelo usuário final. O assunto também é pauta na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa (CMTU) discutiu o tema em reuniões técnicas com especialistas da área e lançou, na quarta-feira (3), a Subcomissão da Tarifa Zero.

O deputado distrital Max Maciel (Psol), presidente da CMTU e um dos integrantes da subcomissão, destacou que há cinco projetos de lei em discussão na Câmara Legislativa que tratam da gratuidade para diferentes categorias de usuários como pessoas em situação de vulnerabilidade e enfermeiros. No entanto, a subcomissão, composta também pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Pedro Paulo de Oliveira, o Pepa (PP), pretende desenvolver uma proposta de tarifa zero que englobe todos os usuários do transporte público.
"Temos um sistema de mobilidade que não pensa nas mulheres, nos novos territórios que foram construídos. [...] A nossa política de mobilidade deixa a desejar no atendimento ao usuário. [...] Se o tarifa zero entra, traz para dentro do sistema um público que começa a acessar esporte, educação, emprego e renda e um público que não consegue acessar porque a tarifa é cara", diz Max Maciel.

De acordo com o deputado, a tarifa zero pode garantir a inclusão de pessoas no acesso à cidade, mas deve ser feita de forma gradual.

Por que a tarifa zero ainda não foi adotada no DF?
Segundo Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a adoção da tarifa zero é viável e possível no DF. Ele lembra que o benefício já foi concedido de forma parcial no Distrito Federal em quatro momentos:

Na implementação do Metrô; no aniversário de Brasília; nos ônibus do CCBB e da Câmara dos Deputados; no início do sistema de BRT (Gama - Santa Maria).

"Não é algo alienígena no DF, temos também a conquista histórica do movimento Passe Livre Estudantil. Essas experiências têm que ser olhadas com cuidado para que não seja dito que tarifa zero é inviável ou impossível no DF", afirma o pesquisador. Para Santarém, impostos para lanchas e taxação sobre automóvel podem ser fontes de recursos para promoção da tarifa zero.

No entanto, mesmo com as experiências passadas, Santarém ressalta que o transporte ainda não é visto como política pública e que as empresas de mobilidade do DF têm pouco interesse em adotar um novo modelo de tarifa, para calcular o custo por km rodado e não por passageiro.

As empresas de ônibus Viação Piracicabana, TCB, Viação Pioneira, Viação HP-ITA (URBI) e Viação Marechal afirmaram ao g1, por meio das assessorias, que se a proposta da tarifa zero for aprovada pela Semob, as companhias vão acatar.

No Distrito Federal, o sistema de transporte público coletivo é custeado em parte pelo GDF e em parte pela população, por meio do pagamento da passagem. Em 2022, o subsídio pago pelo governo foi de R$ 890 milhões. Já o valor de 2023, de acordo com a Semob, será reajustado "de acordo com critérios previstos em contrato".
"Ou teremos um novo aumento de tarifas ou teremos um aumento de subsídios", diz Paíque Duques Santarém.
Desde 2013, foram 9 reajustes anuais concedidos na tarifa do transporte público do DF. Confira na tabela abaixo:

Reajustes anuais concedidos em tarifas do transporte público do DF.

Mês do reajuste Valor em % do reajuste
14/09/2013 6,65%
14/09/2014 12.58%
14/09/2015 8,04%
14/09/2016 10,60%
14/09/2017 3,43%
14/09/2018 6,99%
14/09/2019 4,98%
14/09/2020 0.00%
14/09/2021 21,25%
14/09/2022 19,51%
Fonte: Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF)

Atualmente, o valor das tarifas no DF são de

R$ 2,70 (curta distância)
R$ 3,80 (média distância)
R$ 5,50 (longa distância)

De acordo com a Semob, o passageiro pode fazer até três embarques, no período de 3 horas, em um único sentido, com a integração no cartão Mobilidade, pelo valor máximo de R$ 5,50.

Em abril, foram registrados 27.765.328 acessos no sistema de transporte público do DF. Em março, foram 31.078.082.

No entanto, a Semob ressalta que o acesso não é o mesmo que a quantidade de passageiros, pois uma pessoa pode realizar mais de uma viagem por dia.

O pesquisador Paíque Duques Santarém afirma que a tarifa zero pode aumentar o número de usuários no transporte público e diminuir a utilização de carros e motos, contribuindo para a diminuição de gases poluentes.

No país, um total de 69 cidades adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público. Segundo Santarém, nos últimos dez anos, houve a adesão de 59 municípios, uma média de quase seis cidades por ano.

O pesquisador ainda destaca que cerca de 3 milhões de pessoas foram atendidas.

“De forma muito sucinta, estamos em um momento que defino como um ciclo virtuoso da tarifa zero no Brasil. Passamos de menos de dez cidades com tarifa zero em 2013, para cerca de 14 cidades em 2018 para, em 2023, 69 cidades com tarifa zero no Brasil", diz Santarém.

De acordo com o mapa Cidades com Passe Livre em 2023 (veja acima), a maioria dos municípios que adotam a tarifa zero universal estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul. O mapeamento é organizado pelo pesquisador Daniel Santini, mestrando em Planejamento Urbano e Regional na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Além das pequenas e médias cidades, capitais estão testando ou estudando a implementação do sistema de tarifa zero. Além de Brasília, Cuiabá, Palmas, Florianópolis, Teresina, Porto Alegre, São Paulo e São Luís são algumas das grandes cidades interessadas, de acordo com os pesquisadores

Confira aqui a lista completa das cidades que adotaram a tarifa zero

O aumento da adesão de tarifa zero entre cidades pequenas e médias e a consideração da proposta por cidades maiores é consequência do ciclo vicioso do aumento das tarifas, que, de acordo com Paíque Duques Santarém, ocorre no Brasil desde a década de 1990 até 2013.

"O financiamento do transporte pela tarifa entrou no ciclo vicioso de aumento de tarifas. Transporte é sustentado basicamente pela tarifa paga pelo usuário, empresas aumentam a tarifa, o número de usuários do sistema cai, o transporte precariza e fica mais caro, e isso afasta passageiros, seja pela inclusão ou pela impossibilidade", afirma Santarém.

Além disso, segundo o pesquisador, nos últimos quatro anos, houve quatro fatores que motivaram o aumento das adesões à tarifa zero. São eles: custo político do aumento da tarifa do transporte, precarização e empobrecimento da população, migração para o automóvel ou moto e "uberização".

Santarém destaca que os empresários do transporte continuam ganhando dinheiro, mas diz que o setor está lucrando menos, o que fez com que muitas empresas abandonassem o serviço e outras começassem a lutar por subsídios.

" É incontornável debater tarifa zero para tratar do transporte coletivo. É uma solução racional. Temos uma dimensão social e uma economia dependente da circulação de pessoas na cidade”, diz Santarém.

O que diz a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
"A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que os estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que o DF adota o sistema de tarifa técnica, que é um benefício para os usuários do transporte coletivo, pois impede que o custo do sistema seja pago integralmente pelo passageiro. Parte deste custo é pago pelo usuário (por meio da passagem) e o restante pelo complemento tarifário que é pago pelo governo. Assim, o preço da passagem (tarifa de ônibus e metrô) é uma decisão de política pública do GDF.

Por fim, a Semob informa que, em 2022, o subsídio pago referente à manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema foi de cerca de R$ R$ 890 milhões. O valor para 2023 será de acordo com as variações das tarifas técnicas, que são periodicamente revisados e ajustados (para mais ou para menos), seguindo os critérios previstos em contrato."

Informações: G1 DF
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No Dist. Federal, A partir desta quinta-feira (15), a W3 Sul terá um corredor exclusivo para ônibus

quarta-feira, 14 de março de 2012

A partir desta quinta-feira (15), a W3 Sul terá um corredor exclusivo para ônibus, a exemplo da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e da Estrada Parque Taguatinga (EPTG). A faixa da direita, ao longo dos sete quilômetros e nos dois sentidos da via, será utilizada apenas pelos ônibus.

Com a medida, que faz parte da reestruturação do sistema de transporte público promovida desde o início da atual gestão, o Governo do Distrito Federal pretende incentivar o uso do transporte coletivo, tornando as viagens de ônibus mais rápidas.

A expectativa é que a faixa exclusiva da W3 Sul tenha desempenho semelhante às da EPNB e da EPTG. Até o momento, os corredores para ônibus já instalados têm produzido resultados satisfatórios. Os usuários do transporte público estão economizando, em média, 20 minutos por dia nos trajetos de ida e volta até a Rodoviária do Plano Piloto.

A faixa exclusiva para ônibus está em funcionamento na EPNB desde 27 de dezembro de 2011. A da EPTG, desde 31 de janeiro de 2012. A autarquia Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), órgão responsável pela implantação dos corredores exclusivos, tem feito ajustes constantes para que o tempo de viagem dos usuários possa ser reduzido ainda mais.

Campanha
Nas primeiras semanas, a fiscalização na W3 Sul será apenas educativa. Amanhã (15), o Departamento de Trânsito do DF (Detran) fará uma ação entre 15h e 17h para conscientização dos motoristas. Serão distribuídos folders e a equipe de educadores dará informações sobre o funcionamento das faixas.

Após o período de adaptação, os condutores que trafegarem pela faixa exclusiva terão de pagar multa no valor de R$ 53,23. A infração será considerada leve, com perda de três pontos na carteira. A fiscalização será feita por equipes do Detran e do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran).

Em breve, outras cinco vias ganharão corredores exclusivos. O próximo, previsto para entrar em funcionamento em meados de abril, será na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga e Ceilândia. Também serão contemplados a Avenida Elmo Serejo, o Eixo Monumental, a Via Estrutural e a BR-020, entre Sobradinho I e a entrada da Ponte do Bragueto.

Licitação de ônibus
A criação das faixas exclusiva faz parte do novo modelo de transporte público que está sendo implantado pela atual gestão. Uma das principais medidas para melhorar a mobilidade urbana no DF é a licitação para renovar a frota e as linhas de ônibus da capital, aberta em 2 de março. Além de trocar veículos velhos por novos, a licitação permitirá que o serviço seja mais eficiente, com planejamento e racionalização das linhas oferecidas. A mudança trará mais segurança, conforto, acessibilidade e pontualidade para o usuário, a um preço justo. Para organizar o sistema, o Distrito Federal foi dividido em cinco regiões ou bacias. Cada região será licitada para uma empresa ou um consórcio de empresas diferente, que vai operar as linhas.

O Expresso DF, que ligará Gama, Santa Maria, Park Way e o Entorno Sul ao Plano Piloto, é outra importante medida para a melhoria da mobilidade urbana no Distrito Federal. O sistema, também conhecido como Veículo Leve sobre Pneus (VLP), terá ônibus modernos, confortáveis e eficientes que trafegarão em corredores específicos. Os veículos são divididos em duas categorias: articulados, com capacidade de transportar 160 passageiros, e biarticulados, que transportam até 200 pessoas. A estimativa é que cerca de 220 mil pessoas usem diariamente o novo transporte, que será entregue à população em junho de 2013.


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Governo do DF faz intervenção nas empresas de ônibus do Grupo Amaral

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um decreto publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (25/2) institui uma situação inédita na capital do país: a intervenção em parte do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal. A partir desta manhã, o governo do DF assumirá o controle, a administração e a operação das empresas Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília, integrantes do Grupo Amaral, do ex-senador Valmir Amaral (PTB-DF).

Para promover a medida, o governo preparou uma operação diretamente coordenada pelo governador Agnelo Queiroz (PT) e pelo vice Tadeu Filippelli (PMDB). Acompanhados por policiais, técnicos e analistas do DFTrans e técnicos da Secretaria de Transportes vão assumir a administração das empresas que transportam 100 mil passageiros por dia. São mais de 2,2 milhões por mês. A operação das linhas ficará a cargo da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), sob a supervisão do presidente da empresa pública, Carlos Alberto Koch, com o aproveitamento da frota, estrutura e pessoal das três permissionárias privadas. Cobradores e motoristas serão mantidos, mas o governo terá o controle do fluxo de caixa, da arrecadação e da parte administrativa.

Reequilíbrio
O mecanismo é denominado na Lei Orgânica do DF como “assunção” dos serviços. O objetivo do governo é o reequilíbrio para manter a operação e fazer valer as obrigações das três permissionárias que vêm sendo sistematicamente descumpridas há meses tornando-as campeãs em reclamações de passageiros de ônibus principalmente na saída Norte do DF. As empresas têm a concessão de linhas em Planaltina, Sobradinho, São Sebastião, Paranoá e Itapoã em ligação com o Plano Piloto. Para atender a necessidades diárias e manter o sistema em operação, o GDF abriu uma linha de crédito para custear despesas emergenciais, com um limite de R$ 15 milhões.

A avaliação do governo é de que pela rotina de atrasos, superlotação e uso de veículos com idade avançada provocando desconforto, riscos e prejuízos diários para quem precisa do transporte público, as empresas de Valmir Amaral podem provocar um colapso no sistema. Com a obrigação de manter pelo menos 350 ônibus em operação, as permissionárias têm se valido de menos de 200, muitos em condições precárias. O resultado é uma péssima qualidade dos serviços. “O governo não vai permitir que a população seja penalizada, ficando sem transporte diário. Agimos agora, de forma firme, com respaldo jurídico, para assegurar a operação das linhas que estavam sob a responsabilidade dessas empresas, da mesma forma que agimos no início do governo para retomar o controle da bilhetagem eletrônica”, afirmou o governador Agnelo Queiroz ao Correio.

Acordo descumprido
A decisão foi amadurecida nos últimos meses. Em julho do ano passado, o Grupo Amaral firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o DFTrans, intermediado pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e pela Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O acordo foi totalmente descumprido. Por isso, segundo o vice-governador, o Executivo não teve outra opção a não ser assumir os serviços. “Essa decisão é fruto de mais de oito meses de trabalho. O governo adota tal medida para evitar o colapso. Busca a manutenção do sistema de transporte. Nossa meta é perseguir a melhoria da qualidade dos serviços para a população”, diz Filippelli.

Entre as cláusulas ignoradas, estão os compromissos de manter 300 ônibus nas ruas e fazer um aporte de investimentos de R$ 880 mil por mês. O DFTrans criou uma comissão de fiscalização para acompanhar o cumprimento do TAC, como foi determinado pelo Ministério Público. Esse trabalho detectou que apesar da palavra dada pelo Grupo Amaral, as falhas persistem.

A "assunção" dos serviços é a primeira na história do DF, mas já ocorreu em municípios do Rio de Janeiro e São Paulo. Técnicos da Secretaria de Transportes estudaram experiências, como a ocorrida em Petropólis (RJ) recentemente. Nos últimos meses, houve um intenso trabalho de bastidores. Até mesmo representantes do Sindicato dos Rodoviários foram procurados com a promessa de que não haverá demissões. Pelo contrário, a medida poderá facilitar o pagamento dos empregados.

Irregularidades
Não há previsão de conclusão dos trabalhos do GDF no Grupo Amaral. Num segundo passo, a Secretaria de Transparência e Controle do DF deverá realizar auditorias para detectar eventuais irregularidades, fraudes e sabotagens. O trabalho foi discutido em reuniões sigilosas durante toda a semana passada. No sábado e domingo, os detalhes operacionais foram tratados pelos técnicos.

A decisão de assumir o controle das empresas foi analisada também pelo corpo jurídico do governo, segundo o qual há previsão na Lei Orgânica do DF para medida drástica, uma vez que cabe ao Poder Público fiscalizar a qualidade dos serviços de transporte coletivo e garantir que o sistema funcione sem risco de colapso. “Agiremos sempre, dentro da mais absoluta legalidade, para resguardar os direitos da população do Distrito Federal, em especial o direito ao transporte público de qualidade. É por isso que estamos licitando todo o sistema e fazendo mudanças profundas nessa área. Tiraremos o DF do último lugar, entre as 17 maiores cidades da América Latina, em qualidade de transporte público”, disse o governador.

A situação do Grupo Amaral, que já reuniu um conglomerado de empresas na área de transporte público, aéreo e concessionária de veículos, vem se deteriorando nos últimos anos. Uma disputa familiar dividiu o poderio de Valmir Amaral, suplente que exerceu o mandato no Senado durante sete anos, entre 2000 e 2007, com a cassação do titular, Luiz Estevão. Nos tempos de poder político e econômico, Amaral conseguiu em 1999 até mesmo indicar um funcionário de suas empresas como diretor do antigo DMTU (Departamento Metropolitano de Transportes Urbanos), hoje DFTrans, o órgão responsável pela fiscalização e controle do sistema de transporte público coletivo do DF. Com a licitação em curso que vai dividir o DF em cinco bacias, as empresas do Grupo Amaral ainda não conseguiram vencer nenhum trecho. Devem ficar fora da operação.

No ano passado, Amaral teve parte dos bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça do DF em decorrência de uma briga pela dissolução societária de 11 empresas do Grupo. Entre os bens tornados indisponíveis estavam uma Ferrari Califórnia, um Porsche Panamera S, um helicóptero Eurocopter EC-120 Colibri, um Lamborghini Gallardo e um apartamento de 160 metros quadrados no Setor Sudoeste.

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