Terminal Ipiranga e Corredor Oeste do BRT Sorocaba são entregues *** No Rio, Passageiro do BRT passou a economizar mais com a nova integração dos modais de transporte *** No Recife, Linha 412 – TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas entra em operação nesse sábado *** Reclamações sobre ônibus urbanos em São Paulo aumentaram em 2023 *** Tarifa Zero em Natal custaria R$ 16 milhões por mês, mostra estudo *** Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades *** Aeroporto do Recife é eleito o melhor do Brasil *** Tarifa zero aumenta número de passageiros, mostra estudo da NTU *** SIGA O BLOG MEU TRANSPORTE

Ônibus voltam a circular normalmente em Florianópolis

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O sistema de transporte urbano de Florianópolis voltou a adotar os horários normais na noite desta quinta-feira, mas as escoltas realizadas pela Polícia Militar devem continuar pelos próximos dias. Depois de duas semanas com ônibus escoltados, viagens reduzidas e muita polêmica, o morador da capital catarinense conseguiu voltar para casa com mais tranquilidade. 

Desde o início da onda de ataques, no dia 30 de janeiro, a cidade passou a contar com escoltas e horários mínimos no serviço. Nesta quinta, o movimento nos terminais de transporte era intenso. Filas maiores se formaram em linhas mais movimentadas como a que leva ao bairro de Canasvieiras, no norte da cidade e ao rio Tavares, na região sul. Mesmo assim, usuários comemoraram a volta ao normal do sistema. 

"Parece que está funcionando e tomara que volte tudo ao normal. Os horários hoje (segunda) não foram cumpridos como era antes, mas, pelo menos, a espera pelo jeito vai ser só de meia hora. Fiquei duas horas esperando para poder entrar em um ôibus e tentar voltar para casa na semana passada", disse Verônica Puerari, 24 anos, que trabalha como programadora de internet na região central e mora no bairro de Ingleses. "Mesmo assim, meu marido vai me buscar no terminal do norte da ilha. A gente ainda está com medo de novos ataques".

O retorno do serviço ocorreu após reunião entre Polícia Militar, representantes do governo estadual, da prefeitura e do Sindicato dos Trabalhadores do transporte urbano de Florianópolis (Sintraturb). O serviço funcionou por duas semanas - inclusive no Carnaval - com horários restritos às 20h nos bairros. O sistema gerou muita revolta dos usuários, que protestaram e fecharam o Ticen, o principal terminal de Florianópolis, na noite da segunda-feira.

Caso as empresas não normalizem as linhas, a prefeitura informou que vai fazer valer as penalidades previstas nos contratos de serviço de transporte público, que vão de advertência e multa até a cassação das concessões. De acordo com Vinícius Cofferi, diretor de transportes da prefeitura, apenas os "madrugadões", que são os ônibus que circulam de meia-noite até as 5h, continuam suspensos. "Eles devem voltar a partir de segunda-feira."

O sistema de escolta em áreas consideradas "de risco" continua por, pelo menos, mais uma semana, de acordo com as informações da Polícia Militar. Santa Catarina registrou 111 atentados em 36 cidades desde o fim de janeiro, o que gerou a presença da Força Nacional de Segurança e a prisão de mais de 145 suspeitos. Nas últimas 48 horas, não foram registradas maiores ocorrências.

READ MORE - Ônibus voltam a circular normalmente em Florianópolis

Sistemas de Integração de João Pessoa facilitam a vida da população e reduzem custos

Nos últimos sete anos, a capital paraibana passou por diversas transformações no campo do transporte público por ônibus. Nesse período, um dos grandes avanços sentidos pela população foi a implantação do sistema de bilhetagem que trouxe mais agilidade e eficiência nas operações e que, posteriormente, com a integração física, temporal e metropolitana, permitiu ao usuário o direito de usar dois ônibus pagando por apenas uma viagem. No início, estima-se que o sistema de transporte coletivo de João Pessoa integrou cerca de 100 mil passageiros ao dia.

Com o sistema de bilhetagem eletrônica substituindo os meios de pagamentos tradicionais da passagem e a implantação da chamada Integração Metropolitana, criada em 2009 e que consentiu também a integração dos passageiros de municípios vizinhos, o sistema chega a beneficiar muito mais pessoas.

Com a Integração, que também é um benefício extensivo aos estudantes (que já pagam 50% da passagem), os custos mensais ficam ainda menores para os usuários, já que esse sistema permite que o passageiro pegue um segundo ônibus pagando apenas a passagem do primeiro, neste caso, R$ 2,30 ou R$ 1,15. Além de estudantes e moradores de João Pessoa, o benefício também desonera bastante o bolso da população que reside ou trabalha no município de Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, Conde e Alhandra, que também pode integrar no Sistema de Integração Metropolitana.

Vale lembrar que para integrar de uma cidade para outra, o usuário precisa adquirir, no Terminal Rodoviário de João Pessoa ou em Cabedelo (próximo à Cia Docas da Paraíba), qualquer um dos cartões eletrônicos do Integra Bem: Estudante, Cidadão ou Vale Transporte.

Esse conjunto de facilidades, para o diretor institucional da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho, foi determinante para que o usuário do transporte coletivo alcançasse um equilíbrio muito almejado por qualquer cidadão em seu deslocamento: maior satisfação (mobilidade) a um menor custo (apenas uma passagem).

“A finalidade de todo esse investimento é garantir o deslocamento das pessoas com a maior rapidez e ao menor custo possível”, disse Mário Tourinho.

O dirigente da AETC-JP afirmou ainda que os avanços fizeram do sistema de transporte local um dos melhores serviços da cidade e que a tendência é que ele melhore ainda mais.

“Apesar dos investimentos em integração dos passageiros, ainda não temos corredores exclusivos para ônibus. Acredito que quando isto acontecer, João Pessoa sentirá outra mudança extremamente positiva no transporte coletivo”, salientou Mário Tourinho, lembrando que em meio a todos esses projetos, os empresários do segmento de transporte coletivo também mantém diversas ações para a melhoria do sistema.

Mário Tourinho explicou que os empresários estão sempre realizando a renovação anual da frota. “João Pessoa tem uma idade média de apenas 3,8 anos, enquanto a média nacional fica acima de 5 anos”, ressaltou o dirigente da AETC-JP.

Ele disse que nesses últimos anos as empresas também adquiriram ônibus articulados (aqueles tipo sanfona) que são maiores que os veículos convencionais (a capital já tem 10 veículos desse tipo); e fizeram a renovação da frota com a aquisição de ônibus com plataformas elevatórias (hoje a frota possui 158 veículos desse tipo). A frota da capital paraibana possui 517 ônibus, sendo que 458 ficam em operação e 59 ficam nas garagens como reserva técnica.

READ MORE - Sistemas de Integração de João Pessoa facilitam a vida da população e reduzem custos

Greve de ônibus deixa 160 mil usuários prejudicados em Londrina

Pelos menos 160 mil pessoas foram prejudicadas com a greve no transporte coletivo de Londrina (388 km de Curitiba), iniciada na manhã desta sexta-feira (dia 22.02). Representantes dos sindicatos dos trabalhadores e das empresas de tentam um acordo para tentar liberar 417 ônibus parados nas garagens.

A greve foi aprovada em assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol). Foram 485 votos favoráveis contra 122 contrários.

As negociações ocorrem há duas semanas, mas a tensão entre as categorias aumentou depois que a prefeitura anunciou, na última quarta-feira (dia 20), aumento da tarifa abaixo da previsão dos empresários.

Em Londrina, a passagem subirá de R$ 2,20 para R$ 2,45 no próximo domingo. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) esperava um valor em torno de R$ 2,70.

O Metrolon divulgou que só poderia repassar 6% de reajuste salarial aos trabalhadores. O sindicato patronal informou ainda que pagaria o PPR (Programa de Participação de Resultados) de 9,5% em janeiro para tentar minimizar a possibilidade de greve, mas os funcionários rejeitaram.

"Dentro do possível"
Entre as principais reivindicações de cobradores e motoristas estão aumento de 13% no salário e aprovação de vale-refeição no valor de R$ 200,00 mensais. "O vale-refeição incidiria em mais 6% (de custo) na planilha. Não é possível oferecer mais", afirmou o diretor do Metrolon, Paulo Bongiovanni, que tentou negociar pessoalmente com os grevistas durante a manhã.

O diretor informou ainda que durante nove anos seguidos os salários foram reajustados e que apenas cinco aumentos de passagem foram autorizados no mesmo período. "Nós estamos honrando os compromissos com os funcionários dentro do possível", disse.

"O sindicato atende à vontade dos representantes. Os motoristas não querem dirigir, e os cobradores não querem cobrar passagens", disse o vice-presidente do Sinttrol, José Faleiros, reforçando que uma comissão segue em negociação com as empresas de transporte público, principalmente a maior delas, a Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), responsável por 90% da frota.

Durante um piquete organizado em frente à TCGL, cinco ônibus conseguiram furar a greve, mas integrantes do movimento bloquearam a entrada da garagem. Houve empurrões e discussão, mas não houve necessidade de intervenção da polícia.

50% da frota
Londrina possui 417 ônibus que fazem 124 linhas centro-bairros e bairros-bairros. A greve sem aviso pegou trabalhadores e estudantes de surpresa. Muitas aulas, inclusive na Universidade Estadual de Londrina, foram canceladas porque menos de 20% dos alunos chegaram. Alguns moradores criticaram as empresas de moto-táxis, que chegaram a cobrar entre R$ 25 e R$ 30 por corrida. O preço médio cobrado por mototaxistas na cidade é de R$ 8.

O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo (CMTU), Carlos Alberto Geirinhas, disse que está tentando mediar a negociação e também exigir que pelo menos 50% da frota seja colocada nas ruas para atender à população. A CMTU, que  também é responsável pela elaboração da planilha que calcula o aumento da tarifa, informou ainda que não haverá mudanças no reajuste.

READ MORE - Greve de ônibus deixa 160 mil usuários prejudicados em Londrina

Ônibus retornam à tabela horária normal na próxima segunda-feira

A partir desta segunda-feira, 25, a frota de ônibus da Capital começa a circular com sua tabela horária normal. A retomada se dá após a implantação da tabela de verão, que reduziu a frequência de viagens em 7,4%. Outras informações sobre transporte coletivo podem ser obtidas no FalaPoa, fone 156, 24 horas, e no site PoaTransporte.

READ MORE - Ônibus retornam à tabela horária normal na próxima segunda-feira

Em Santo André, Bilhete Único no transporte público será implantado em 90 dias

Santo André implantará sistema de Bilhete Único no transporte público em 90 dias. A decisão ocorreu ontem, durante reunião entre o prefeito, Carlos Grana (PT), e os empresários das concessionárias de ônibus que atuam na cidade.

Os donos das empresas pediram três meses ao chefe do Executivo para adequarem o sistema de bilhetagem atual para, assim, colocarem o projeto em prática no mês de maio. A integração tarifária foi promessa de campanha do petista durante a eleição municipal.

"Existem alguns ajustes técnicos que precisam ser equacionados. Por isso, não vão conseguir realizar essa operação de imediato", disse o prefeito.

O modelo de Bilhete Único escolhido para o município é similar ao utilizado em São Bernardo, onde os munícipes podem embarcar em até três ônibus dentro do período de 90 minutos, pagando apenas uma passagem. "A ideia é fazer algo semelhante, mas ainda definiremos algumas particularidades do sistema em nossa cidade", comentou Grana.

Cada linha terá um período específico para valer a integração, por exemplo, mas os usuários poderão fazer quantos embarques forem necessários nesse tempo.

Carlos Grana garantiu que a implementação de integração no transporte público municipal não irá acarretar em aumento na tarifa. Em dezembro, o município subiu a passagem de R$ 2,90 para R$ 3,30. "A Prefeitura vai buscar solução para a gratuidade (no valor das passagens, que muitas vezes não é repassada às empresas) na transferência pelo Bilhete Único e, em contrapartida, os empresários vão implementar o sistema.", afirmou o petista.

É uma das primeiras promessas de campanha do chefe do Executivo que está sendo colocada em prática. Grana festeja a previsão para o projeto sair do papel. "Estou comemorando o compromisso que as empresas assumiram. Para aqueles que acreditavam que não seria possível ter Bilhete Único em Santo André, estamos mostrando que conseguiremos fazer. Por mim, em um mês, já estaria em funcionamento, mas os empresários pediram mais tempo. O mais importante é que haverá a integração. Isso está garantido."

O prefeito ainda prometeu outras melhorias aos usuários de ônibus da cidade. "Não vamos parar nisso. Além do Bilhete Único, vamos buscar alternativas para melhorar qualidade do transporte público. É apenas o primeiro passo. Temos várias ações a serem realizadas nessa área", disse o prefeito.

O presidente da Aesa (Associação das Empresas de Transporte de Santo André), Ronan Maria Pinto, discorreu sobre a importância da modernização do transporte público, "Entendemos a necessidade de atender essa demanda solicitada pelo prefeito. Quem precisa de ônibus no dia a dia será o maior beneficiado. Isso nos deixa orgulhosos", salientou.

Além da integração tarifária, as empresas planejam colocar em prática outras melhorias, como GPS nos carros, informações via SMS nos celulares e painéis de LED nos pontos.

OBRA GRANDIOSA
O prefeito Carlos Grana aguarda agenda com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (PT), em Brasília, para detalhar o "projeto grandioso" para a Mobilidade Urbana da cidade, o qual divulgou no mês passado. "É algo que irá beneficiar as sete cidades da região, mas ainda está passando por seleção no ministério", disse, sem pormenorizar a iniciativa.

O petista também afirmou que busca reunião com Estado e governo federal para discutir a viabilidade da linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que prevê ligar Santo André a Guarulhos. "É tema prioritário para a cidade." A intenção é que o ponto inicial do trecho seja na antiga Estação Pirelli, na Vila Homero Thon, fechada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) desde 2006.

Por Beto Silva e Cadu Proieti
READ MORE - Em Santo André, Bilhete Único no transporte público será implantado em 90 dias

No Rio, Estações Cantagalo e Ipanema/General Osório fecham dia 23/02 para obras

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As estações Cantagalo, em Copacabana, e Ipanema/General Osório, em Ipanema, serão fechadas a partir do dia 23 de fevereiro para as obras de interligação da nova plataforma da estação General Osório ao túnel das Linhas 1 e 2 do metrô, sob a responsabilidade do consórcio Linha 4.

Esta nova plataforma irá aumentar a capacidade da estação e garantir a conexão entre as linhas 1 e 4 sem transbordo (troca de trens). Para isso, os dois terminais precisarão ser interditados temporariamente. A estação Cantagalo ficará fechada por 15 dias e a General Osório, por aproximadamente dez meses.

A Concessionária MetrôRio, operadora das linhas 1 e 2, criou um plano especial de operação para o período de obras. A Linha de Extensão Metrô na Superfície, que atualmente sai da Estação Ipanema/General Osório em direção à Gávea, e a linha de ônibus 525 (Barra Expresso) vão partir da Estação Siqueira Campos. Os pontos de parada das linhas não serão alterados. Não haverá alteração na extensão Botafogo-Gávea.

A estação Cantagalo será reaberta, após uma fase de testes, em março com um trem fazendo o trajeto Cantagalo – Siqueira Campos – Cantagalo. Os passageiros que embarcarem na Cantagalo e desejarem seguir viagem sentido Zona Norte deverão desembarcar na plataforma da Siqueira Campos e trocar de trem. A operação deverá se manter desta forma até a conclusão das obras e a reabertura da Estação General Osório.

Devido à transferência dos ônibus de Extensão do Metrô e da Linha de Integração 525 (Barra Expresso) da General Osório para a Siqueira Campos, será necessário mudar a ciclovia do lado direito para o lado esquerdo da Rua Figueiredo de Magalhães, entre as ruas Tonelero e Capelão Álvares da Silva. Além disso, a partir do dia 23, se torna proibido o estacionamento na Rua Siqueira Campos, entre as ruas Joseph Bloch e Tonelero.

Linha 4 do metrô vai transportar mais de 300 mil passageiros por dia a partir de 2016
A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro - que ligará a Barra da Tijuca a Ipanema – vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa.

Serão seis estações (Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico) e aproximadamente 16 quilômetros de extensão. A Linha 4 do Metrô entra em operação no segundo semestre de 2016, após passar por uma fase de testes.

Com a nova linha, o passageiro poderá seguir, sem baldeação, do Jardim Oceânico, na Barra, à Estação Uruguai, na Tijuca. O trajeto Barra-Ipanema será feito em 15 minutos e o Barra-Tijuca em 50 minutos.

READ MORE - No Rio, Estações Cantagalo e Ipanema/General Osório fecham dia 23/02 para obras

Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

As obras para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) em Porto Alegre começam a evoluir, e as melhorias esperadas pelas alterações na estrutura do transporte coletivo porto-alegrense devem ser sentidas gradualmente. No total, onze projetos estão em andamento para qualificar a mobilidade urbana e o sistema viário da cidade, sendo que três deles contemplam as necessidades para a operação dos BRTs. “Cada etapa terminada irá proporcionar algum benefício, tanto para o usuário do transporte coletivo quanto para o trânsito em si”, indica Luiz Cláudio Ribeiro, engenheiro da EPTC e coordenador do projeto.

Mesmo que o cronograma para conclusão das obras aponte para maio de 2014 o prazo para as adequações – a tempo de melhorar os serviços antes do início da Copa do Mundo –, a prefeitura espera terminar a troca do piso dos corredores de ônibus, o que é essencial ao sistema, até o final de 2013. O asfalto antigo está sendo substituído por placas de concreto, mesmo material utilizado na Terceira Perimetral e na freeway, que liga Porto Alegre ao Litoral Norte do Estado. Em um primeiro momento, enquanto os cinco terminais integrados do sistema BRT não estiverem finalizados, os ônibus regulares trafegarão pelos novos corredores. 

Atualmente, são 400 linhas em operação na Capital. Esse número cairá drasticamente, uma vez que diversas delas deverão desaparecer ou ter seu trajeto diminuído.  Os serviços transversais devem permanecer, integrando-se ao novo sistema. Mas as linhas que saem do bairro e vão ao Centro, chamadas radiais, passarão a funcionar como alimentadoras dos novos terminais de ônibus BRT, onde os passageiros devem escolher a linha do seu interesse. “Hoje temos cerca de 30 mil viagens que vão ao Centro da cidade. Vamos diminuir muito o volume de ônibus nesse trajeto”, sinaliza Vanderlei Cappellari, secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre.

As facilidades do novo sistema devem garantir uma viagem mais rápida, confortável e segura para os passageiros das onze linhas BRT que serão criadas. Dependendo do horário, a viagem pode levar metade do tempo na comparação com um ônibus comum, pela estimativa da EPTC. Tudo por causa da priorização que os ônibus especiais terão em cruzamentos e pela rapidez no embarque de passageiros nos terminais. O BRT chega à estação ao mesmo nível do solo, não há escadas, o que facilita o acesso de cadeirantes e idosos, principalmente. O serviço segue os moldes do sistema de metrô, quando a passagem é paga nos terminais, e, quando a condução chega, o passageiro deve apenas entrar, sem precisar formar fila para pagamentos.

“Hoje, quando um ônibus vai coletar passageiros, ele pode levar até quatro minutos parado para que todas as pessoas entrem. Com o BRT, vai demorar 15 ou 20 segundos, no máximo, o que reflete em uma agilidade muito maior. Esse é principal benefício, além de conforto, segurança, acessibilidade, qualidade e tecnologia”, exalta Luiz Cláudio Ribeiro.

Cinco estações de integração fazem parte do projeto

As obras para construção dos terminais ainda não começaram, está sendo realizada apenas a troca da pista dos corredores. Mas os locais onde a integração entre o sistema atual e as novas linhas BRT serão possíveis já são conhecidos: Av. Protásio Alves com a Av. Manoel Eilas (terminal Manoel Elias), Av. Bento Gonçalves com a Av. Antônio de Carvalho, Av. Icaraí, beirando a futura Av. Tronco, Av. Voluntários da Pátria (Estação São Pedro) e no corredor da Av. João Pessoa (Terminal Azenha). 

Atualmente, Porto Alegre conta com 55 km de corredores de ônibus, sendo apenas 11 km, na Terceira Perimetral, com piso de concreto. Após as obras para a Copa do Mundo, a cidade passará a ter 78 km de vias segregadas para o transporte coletivo, e os novos 23 km também serão feitos com concreto, material mais adequado para o conforto do passageiro por se desgastar menos com o uso. A partir da implementação dos terminais e da finalização dos corredores, será possível iniciar a operação do sistema BRT.

“No terminal, o usuário não vai esperar mais do que um minuto na parada, a todo o momento vai ter um ônibus BRT passando. Assim, temos um sistema de dimensionamento de frota conforme demanda, tudo é calculado matematicamente”, explica Cappellari. “O usuário terá várias alternativas para se deslocar para diversos pontos da cidade, sem custo adicional se já tiver utilizado algum ônibus para se chegar ao terminal”, completa. A tabela horária que determinará a frequência das linhas BRTs será elaborada a partir de um estudo realizado pela EPTC que vai projetar o aumento do número de passageiros até 2035.

As estações de integração serão fechadas e climatizadas, com informações sore o itinerário das linhas em painéis eletrônicos. Os novos veículos são maiores, com capacidade para transportar até 140 passageiros, se forem articulados, terão 18 metros de comprimento, se forem biarticulados, 23 metros. No princípio da operação, devem ser utilizados entre 150 e 200 ônibus nesses moldes.

Conceito adaptado às características da Capital

Para ser considerada uma operação de Bus Rapid Transit (BRT) completa, são exigidas algumas características do sistema, como corredores exclusivos ou preferenciais, embarques e desembarques rápidos, sistema de pré-pagamento e veículos modernos e de alta capacidade. Estas recomendações estão previstas no projeto preparado para Porto Alegre. Porém, algumas peculiaridades da cidade devem dificultar o serviço em determinados pontos. Na Av. Protásio Alves,  por exemplo, não haverá pontos de ultrapassagem nos corredores. Como as linhas regulares também terão acesso à mesma pista, o BRT terá que esperar para poder seguir sua rota. “Para colocarmos uma faixa a mais na Protásio Alves quantos prédios teriam que ser derrubados, quantas desapropriações teríamos que fazer”, reflete o secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.

Nesses pontos, a velocidade do serviço será prejudicada. “Desapropriar áreas quase iguala o valor despendido para a montagem da infraestrutura do BRT. Em Belo Horizonte, o valor de um corredor foi orçado em R$ 600 milhões, e as desapropriações necessárias ficaram em volta de R$ 500 milhões”, exemplifica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU).

Como os financiamentos da Caixa Econômica Federal para os projetos da Copa de 2014 não preveem recursos para cobrir desapropriações de áreas, as prefeituras estariam responsabilizadas por esse gasto. Em Belo Horizonte, a prefeitura assumiu a conta. “O BRT é um serviço muito eficiente que precisa ser operado como tal, senão vira um corredor comum e não traz o resultado que se espera dele”, adverte Cunha Filho. 

Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, organização internacional não governamental voltada para o auxílio aos governos no planejamento de mobilidade urabana, o saldo final com as adequações deverá ser positivo. “Se tu consegues transportar pessoas de forma mais rápida e eficiente, já será um sistema melhor. É preciso formatar o projeto de acordo com a realidade de cada cidade e de cada corredor”, salienta.

Outras 14 cidades brasileiras investem no sistema BRT

Depois de aproximadamente 20 anos sem realizar grandes investimentos para a melhoria da infraestrutura urbana para os transportes coletivos por ônibus, o governo federal reaparece em cena, motivado pelos eventos esportivos que serão realizados no Brasil, a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Porto Alegre deverá receber aproximadamente R$ 560 milhões para os projetos de mobilidade urbana, sendo R$ 484 milhões com financiamento federal garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, serão 30 projetos de BRT em 15 cidades.

Segundo a Embarq, organização voltada à mobilidade urbana, atualmente 160 sistemas de BRT estão em operação ou construção no mundo. “Os projetos estão explodindo por todos os lados. O Rio de Janeiro está preparando mais de 150 km de prioridade para o transporte coletivo. O corredor da Avenida Brasil vai carregar um milhão de pessoas por dia”, ressalta Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, que presta consultoria para os projetos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

Inaugurado há menos de quatro meses, o Transoeste, no Rio de Janeiro, já conta com a aprovação de 90% dos usuários. “Estamos falando em dobrar a velocidade comercial, reduzir pela metade o tempo de percurso”, empolga-se Cunha Filho. A previsão é de que os benefícios proporcionados pelo sistema BRT acabem por induzir que aproximadamente 10% da população que utiliza veículos próprios migre para o sistema público. “As pessoas vão notar que estão paradas no trânsito enquanto poderiam se deslocar muito mais rápido ao seu destino”, indica Daniela.  

Desde que começou a operar, o Transoeste já teve seis acidentes. Isso aconteceu, segundo Daniela Facchini, porque os usuários no Rio de Janeiro não estavam acostumados com vias segregadas para o transporte público, e a adaptação pode levar algum tempo. “Estamos adicionando aspectos de qualidade e segurança ao corredor. Fizemos uma inspeção para evitar acidentes e estamos cuidando dos detalhes para que o serviço seja o mais seguro para o passageiro”, defende.

Licitação apontará empresa encarregada de operar o sistema

Até o começo de 2014, será conhecida a empresa vencedora da licitação para operar as linhas BRT em Porto Alegre. “Um grupo dentro da prefeitura já está preparando um edital de licitação para o transporte coletivo da cidade. No início do ano que vem já estaremos sabendo quem vai operar”, conta o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. O processo para a escolha da empresa deve ser semelhante ao utilizado na eleição da operadora em outras cidades, como o Rio de Janeiro.

“Normalmente as licitações são abertas. Evidentemente que como são corredores de alta capacidade, que exigem investimentos de certa envergadura, exige-se alguma experiência anterior. Isso normalmente é suficiente para que haja uma seleção natural”, explica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU). Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro as licitações foram feitas antes mesmo que os corredores existissem. O modelo foi realizado por áreas e a empresa vencedora passaria a ter a responsabilidade de operar também os possíveis projetos de expansão da linha, na área em que foi vencedora. “Como tinham muitas empresas atuando no serviço de transporte coletivo, bastante fragmentado, eles se uniram e constituíram um consórcio”, relata Cunha Filho. 

Se as empresas que operam o sistema de transporte coletivo atualmente em Porto Alegre conseguirem renovar o direito, as linhas alimentadoras do sistema BRT deverão receber um reforço de frota, tendo em vista que diversas linhas deverão ser canceladas ou ter o trajeto diminuído para que os ônibus adaptados comecem a ser utilizados.  “Temos cerca de 1.600 ônibus atualmente. Essa frota deve permanecer, mas será aproveitada no itinerário entre os bairros e os terminais, o que vai garantir um aumento da frequência do serviço”, aponta Vanderlei Cappellari. 

READ MORE - Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

Ciclovias no Recife pedem socorro devido a falta de manutenção

Uma guerra entre bicicletas, carros e pedestres se transformou em cena comum no Recife. Na Avenida Boa Viagem, Zona Sul, qualquer chuva provoca poças d’água na ciclovia local, deixando os ciclistas sem saber o que fazer. Muitos ignoram a proibição de andar no calçadão e circulam entre pedestres, evitando a água acumulada na via, que não possui drenagem. Outros pedalam nas poças, arriscados a um acidente. Na Zona Oeste, o problema não é a drenagem. Mas a falta de sinalização. O que um dia foi uma ciclofaixa, em Afogados, simplesmente desapareceu.

A ciclofaixa da Avenida 21 de Abril, em Afogados, e a ciclovia da Avenida Boa Viagem, não são os únicos casos de abandono e falta de manutenção das vias, que deveriam servir para facilitar a vida dos ciclistas. Consequentemente ajudando o trânsito da cidade. Falta manutenção também em locais como a Avenida do Forte, no Bongi, ou a falta de continuidade da ciclovia da Rua da Aurora, em Santo Amaro.

- Mais notícias de ciclovias em Recife

Após o cruzamento da Aurora com a Avenida Norte, não há continuidade das faixas exclusivas para ciclistas em direção à Avenida Artur de Lima Cavalcante, que da acesso à Avenida Cruz Cabugá.

Na Avenida 21 de Abril, a ciclofaixa batizada de Tiradentes, criada em 2005, sumiu. Restaram apenas poucas placas de sinalização nos postes e muitas infrações promovidas por motoristas. A maioria contra ciclistas.

“Ajudaria muito se os responsáveis dessem um jeito nessa bagunça”, diz o comerciante Gil Jerônimo. Todos os dias ele circula pela avenida, saindo de Afogados e indo até San Martin, também na Zona Oeste. “A bicicleta ajuda muito. Tanto para quem não tem carro, como para quem quer economizar com transporte público”, citou.

Muita gente que pedala pela via, diz que já viu muitos acidentes acontecerem no local. São carros, ônibus e caminhões que simplesmente ignoram as placas de circulação de bicicletas. Alguns usam a faixa exclusiva para ciclistas como estacionamento.

“O que posso fazer? Nada aqui no chão indica que é apenas para quem anda de bicicleta”, diz o dono de uma pequena loja do bairro. “De três anos para cá, todas as marcações sumiram. Nunca pintaram de novo”, lembrou.

Na Zona Sul, a ciclovia que segue por toda a Avenida Boa Viagem simplesmente para no Pina. O acesso a Brasília Teimosa perdeu o caminho exclusivo para ciclistas. Cerca de 600 metros entre a entrada do Pina e a Avenida Brasília Formosa não existe.

A chuva é um problema para quem circula pela Avenida Boa Viagem, na faixa exclusiva. “A falta de manutenção, drenagem, deixa a gente corendo riscos por aqui”, disse o comerciante Edivaldo Ramos. Todos os dias ele usa a avenida entre Piedade e Boa Viagem. “Em dias assim, quando a água acumula, muita gente evita usar a faixa. Acaba andando pela calçada e sempre tem confusão com alguns policiais militares que circulam por aqui”, lembrou.

Na Avenida do Forte a sinalização tenta resistir. Alguns tachões não existem mais. O que resta da pintura para facilitar a circulação das bicicletas está se apagando. “Ruim para todo mundo. O tempo todo somos surpreendidos por carros que cruzam nossa faixa”, disse o autônomo José Borges.

PROJETOS - A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife informou que existem projetos para a construção de 76 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas nos próximos quatro anos.
A secretaria explicou também que as ciclovias com problemas serão recuperadas. Mas não há prazo para isso. Esses projetos podem ser colocados em prática simultaneamente à criação de ciclovias móveis em Boa Viagem e na Jaqueira, ligando ao Bairro do Recife.

Por João Carvalho
READ MORE - Ciclovias no Recife pedem socorro devido a falta de manutenção

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960