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Brasília entra oficialmente no itinerário do Veículo Leve sobre Trilhos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Brasília é a primeira cidade da América Latina a aderir ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A autorização para o início imediato das obras foi assinado nesta segunda-feira (7) pelo governador José Roberto Arruda, com a preseça do presidente da França, Nicolas Sarkozy. O chefe de Estado do país europeu esteve na quadra 6 do Setor Comercial Sul, em frente ao shopping Pátio Brasil, durante o lançamento da exposição de um dos trens que circularão pela W-3."Quero que no dia 7 de setembro de 2010, o primeiro trecho da obra esteja inaugurado", agendou Arruda, durante um pronunciamento, ao lado de Nicolas Sarkozy, parceiro da capital do país no processo de modernização do transporte público.Durante a apresentação do VLT, o presidente francês não discursou, mas surpreendeu os próprios seguranças ao apontar para baixo e quebrar o protocolo. Ele desceu do palanque ao lado do governador e cumprimentou a população. Antes de ir embora, Sarkozy recebeu das mãos de Arruda uma placa com o símbolo aos 50 anos de Brasília.Na primeira fase das obras, será construída a linha que liga o terminal da Asa Sul até a 502 Norte, prevista para ser inaugurada em setembro de 2010. O custo desta etapa é estimado em R$ 775,8 milhões. Outros dois trechos fazem parte da linha. Um deles liga o Aeroporto Internacional JK ao Terminal da Asa Sul, com uma extensão de 6,5km. O outro estágio começa no Brasília Shopping e chega ao fim no Terminal da Asa Norte, uma distância de 7,4 km.
O novo sistema de transporte contará com 39 trens. Destes, 16 veículos vêm da França. “Depois os trens serão fabricados em São Paulo”, explicou o presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza. Arruda reforçou que o VLT trará benefícios para os usuários de transporte público e os moradores do Plano Piloto. “À medida em que o sistema é construído a população vai entendendo as suas vantagens. Não tenho dúvidas em afirmar que o VLT vai modernizar a vida do Plano Piloto”, vislumbra Arruda.
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Sistemas de metrô só chegam a 12 das 27 capitais

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

O sistema de transporte urbano de passageiros sobre trilhos está em apenas 12 das 27 capitais no Brasil. Existe também outros 3 sistemas de VLT (veículo leve sobre trilhos) em cidades do interior. O país deve fechar 2023 com uma malha metroferroviária de 1.145 quilômetros, concentrada em 15 cidades e regiões metropolitanas.

Em São Paulo, está localizada a maior malha, com 377,2 quilômetros e 187 estações somando as linhas de metrô, trens urbanos e monotriho. O Rio de Janeiro, está em 2º lugar, com uma rede integrada de 287,5 quilômetros. No Nordeste, 7 das 9 regiões metropolitanas contam com metrô, mas por outro lado, na região Sul, só Porto Alegre conta com o modal. No Centro-Oeste, das 4 capitais, apenas Brasília tem linhas para transporte de passageiros por trilhos. Na região Norte, nenhuma.

A maioria dos sistemas é operada por estatais, sejam estaduais (caso de São Paulo, por exemplo) ou federais, como a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), que atua na maioria das capitais do Nordeste.

Houve duas privatizações de sistemas nos últimos 10 anos: Salvador em 2013 e Belo Horizonte em 2022. Ainda foram feitas concessões de linhas de metrôs e trens em São Paulo, operadas atualmente pela ViaMobilidade, do grupo CCR.
Neste ano, o Brasil deve fechar com 1.145 quilômetros de trilhos de transporte urbano de passageiros, se considerarmos inaugurações previstas até dezembro. Na última década, a malha metroferroviária nacional cresceu 17% em extensão, com uma média de construção de 17,3 km por ano.

De acordo com os dados da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), na comparação com o ano passado, 2023 deve ter um incremento de 15,6 quilômetros de novos trilhos, considerando metrôs, trens urbanos, VLTs (veículos leves sobre trilhos) e monotrilhos.

Esses números mostram que o ritmo de expansão da malha retornou à fase pré-pandemia. Em 2020 e 2021, a rede nacional ficou estagnada. De 2014 a 2018, o crescimento chegou a superar 30 km por ano.

A diretora-executiva da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, destaca que os investimentos em ampliação nos últimos anos foram pontuais e focados em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.“Tivemos uma estagnação no período da pandemia. De 2020 até o início deste ano, o setor metroferroviário viveu a maior crise da história. Chegamos a perder 85% da demanda nos picos da crise. Em 2020 ainda tínhamos investimentos que já estavam em andamento. Depois, os governos paralisaram. Agora o que vemos ainda não é uma retomada dos investimentos, mas a continuidade dos investimentos que já estavam previstos antes da pandemia“, ressalta.

Na Bahia, o metrô de Salvador, privatizado em 2013, foi um dos que puxou o crescimento da malha por investimentos em expansão determinados no contrato. Também houve investimentos em São Paulo. Os outros sistemas praticamente não avançaram. A única linha nova construída na última década foi no Rio de Janeiro, a linha 4, inaugurada em 2016.

A diretora-executiva da ANPTrilhos, ainda fala que o crescimento da malha é aquém da demanda nas grandes cidades. “No Brasil, temos 19 cidades acima de 1 milhão de habitantes, mas apenas 8 delas tem transporte sobre trilhos. Não é à toa que nossas médias e grandes cidades estão enfrentando graves problemas de mobilidade e trânsito. Porque acabam optando por projetos mais fáceis, rápidos e baratos, mas que não resolvem de forma eficiente e se mostram apenas paliativos”.

O mapeamento da ANPTrilhos ainda mostra que há pelo menos 13 obras em andamento para ampliar a malha metroferroviária no país. Dentre os destaques, estão novas linhas do Metrô de São Paulo. São elas a 6-Laranja, que levará trilhos até a região da Brasilândia, e a 17-Ouro, no modelo de monotrilho, que conectará o sistema ao Aeroporto de Congonhas. Existem obras também em andamento nos sistemas de Salvador (linha 1 e VLT), Santos (VLT da Baixada), Natal (linhas branca e roxa) e Fortaleza (lista leste e ramal aeroporto). Outros projetos devem ter a execução iniciada a partir de 2024, como a expansão do Metrô de Belo Horizonte, privatizado em 2022, e a extensão do ramal Samambaia no Distrito Federal.

Michelle Souza, para o Diário do Transporte
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VLT desativará um terço das linhas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande

domingo, 18 de agosto de 2013

Com a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cerca de um terço das linhas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande será extinta, conforme a estimativa do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo. O presidente da entidade, Ledevino Conceição, diz que a categoria está se preparando para o impacto e a expectativa é que as empresas aproveitem os profissionais nas linhas alimentadoras ou em outras funções. 

Juntas, as duas cidades possuem 130 rotas, das quais 93 estão na Capital. Para o sindicato, mais de 40 vão deixar de existir a partir da implantação do novo modal. "Deverão ser desativadas principalmente as linhas troncos, àquelas que rodam nos eixos como André Maggi/Pantanal, CPA/Centro, Tijucal e Osmar Cabral/Centro", comentou Ledevino. "Vão ficar as alimentadoras, que são aquelas que fazem pequenos percursos, ou seja, saem dos bairros e vão até o terminal do VLT", acrescentou. 
Segundo Ledevino, a categoria vem se preparando para os impactos. Porém, ele acredita que não haverá desempregos. "Os motoristas serão reaproveitados nas linhas alimentadoras, que deverão ser criadas", disse. 

Ele lembra que a preparação atinge, inclusive, 250 cobradores que hoje estão atuando em outras funções, como vendedores de cartão transporte e no setor administrativo. "Hoje, eles estão no processo de retirar carteira (de habilitação)", informou. 

SECOPA - Contratada pela Secretaria Extraordinária para a Copa (Secopa), a Oficina Engenheiros Consultores Associados LTDA irá fazer o estudo de planejamento da rede de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande. Entre outros itens, o levantamento vai mostrar quais as linhas do atual sistema se integrarão aos terminais do modal Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT). O trabalho também apontará as alterações nas rotas e quais trajetos serão desativados. 

Assessor especial de Mobilidade Urbana da Secopa, Rafael Detoni, reconhece que alterações ocorrerão. Porém, garante que não existe nenhum problema nos coletivos trafegarem nas avenidas como a Fernando Corrêa da Costa e a Historiador Rubens de Mendonça (CPA), por onde irão passar os trilhos do VLT. 

"Falar que não vai ter mais ônibus na Fernando Corrêa (por exemplo) é totalmente inviável. Algumas linhas vão passar pelo corretor do VLT. O cidadão tem que ter a opção de fazer a integração ou fazer a ligação direta, única. O que vai deixar de existir é esse comboio de ônibus. O VLT substituirá o grande número de linhas sobrepostas ", explicou. 

O estudo vai fazer uma espécie de raio "X" do setor. O objeto final será a nova rede de transporte coletivo (ônibus e VLT), com dados operacionais dos dois sistemas como frota, frequência das viagens, quilometragem dos ônibus e trens do VLT, grade horária do novo modal, a oferta de trens durante a semana, feriado e fins de semana e o custo de operação do transporte coletivo. "Vai dar uma racionalidade do sistema. A rede tem que ser eficiente do ponto de vista operacional e do usuário", comentou. 

Detoni esclarece ainda que para o cálculo da tarifa, a empresa vai trabalhar com parâmetros legais, ou seja, serão levados em conta critérios como gratuidade e número de passageiros integrados. 

O prazo para conclusão do estudo é de 90 dias. Após, será encaminhado para a Agência de Desenvolvimento Metropolitana, formada por Estado e municípios, que subsidiada pelo levantamento, será responsável por definir como a nova rede será operada na região e por fixar o valor da tarifa, a forma como ser aplicada – se ônibus e VLT terão valores distintos ou unificados. 

A expectativa é que com o novo sistema, a cobertura nos bairros em Várzea Grande melhore. "A alimentações dos bairros é ruim. Hoje, há muita reclamação", reconhece o secretário Especial da Prefeitura Municipal, Roldão Lima Júnior, que integra a Câmara Temática de Mobilidade Urbana da Secopa. 

Segundo ele, o município e a Agência Extraordinária fazem gestão junto ao Governo Federal, em Brasília, para que seja disponibilizada uma área próxima ao Aeroporto Marechal Rondon. A intenção que o atual terminal André Maggi seja transferido para a região do aeroporto, onde será construído um terminal do VLT. 

Por Joanice de Deus
Informações: Diário de Cuiabá
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Os desafios da implantação do VLT na área central de Santos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A busca por soluções inovadoras para a mobilidade urbana tem levado algumas cidades brasileiras a pensar em tecnologias de transporte de média capacidade já comum em outros países, mas ainda inéditas no Brasil, tais como o veículo leve sobre trilhos (VLT). Municípios como Brasília, Goiânia, Cuiabá, Maceió e Santos/São Vicente têm feito os primeiros esforços para implantar estes sistemas no país. À medida que os projetos vêm sendo desenvolvidos, têm emergido desafios para a implantação dessas redes de transporte em áreas urbanas consolidadas - muitas delas com escassez de espaço viário e necessidade de proteção do patrimônio histórico. E cada iniciativa tem destinado tratamentos diversos a todas essas questões.

A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) vem avaliando a implantação de sua primeira linha de VLT há quase duas décadas. Os primeiros estudos para a adoção de um sistema de média capacidade na região, em meados da década de 1990, foram coordenados pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (EMPLASA). Após estes estudos, outras proposições envolvendo sistemas sobre pneus e sobre trilhos foram consideradas, todas elas coordenadas por órgãos vinculados ao Governo do Estado de São Paulo. Algumas destas inciativas tiveram contribuições efetivas dos municípios de Santos e São Vicente.


A consolidação do VLT como alternativa tecnológica ocorreu em 2005, após esforço do município de Santos nas análises e tratativas para adoção do VLT em detrimento do Veículo Leve Sobre Pneus – VLP, também considerado em estudos desenvolvidos anteriormente.

*Este estudo foi elaborado como comunicação técnica, a ser apresentada durante o 19º Congresso de Transporte e Trânsito (ANTP), de 8 a 10 de outubro de 2013, em Brasília.

Informações: Mobize

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Brasília: Faltam R$ 38 milhões para as obras do veículo leve sobre trilhos

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Uma rede de média tensão(1) soterrada ao longo de todo o canteiro central da W3 Sul vai atrasar o início das obras do veículo leve sobre trilhos (VLT). Mas a retirada da fiação é o menor dos problemas do governo. O custo da transferência está estimado em R$ 45 milhões, mas, segundo o secretário de Transportes, Alberto Fraga, o projeto executivo do VLT previa para esse fim apenas R$ 7 milhões. Até agora, não se sabe de onde vai sair a diferença de R$ 38 milhões para executar o remanejamento da rede de energia. São 6km de cabos a 1,5m de profundidade no trecho que vai do Eixo Monumental até o fim da Asa Sul.

O cabeamento foi enterrado no fim da década de 1950 e início dos anos 1960, quando a rede foi construída. Apesar de os técnicos estarem debruçados sobre o projeto executivo do VLT nos últimos dois anos, somente há 20 dias a Secretaria de Transportes teria tomado conhecimento da necessidade de retirada dos cabos e dos custos dessa obra. “Durante a elaboração do projeto, eles descobriram essa história, mas não trouxeram o assunto para discussão. Sem tirar os cabos não tem como começar a obra. Cogitamos construir o leito do VLT sobre a rede, mas o consórcio fez a prospeção e descobriu que não será possível”, afirmou Fraga.

O VLT é o principal projeto do governo para melhorar o transporte público do Distrito Federal. O sistema deve atender uma demanda diária de 110 mil pessoas e está orçado em cerca de R$ 1,5 bilhão. O tempo de espera dos vagões será de no máximo quatro minutos e haverá parada de duas em duas quadras. Por meio da assessoria de imprensa, o Metrô-DF, responsável pela execução das obras, informou que a readequação das redes não só da CEB como também de empresas de telefonia, entre outras está prevista no projeto executivo. Em relação ao gasto com a retirada da rede elétrica, afirmou que os técnicos estão avaliando uma forma de reduzir as despesas.
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Distrito Federal: veículo leve sobre trilhos (VLT)

domingo, 28 de junho de 2009


A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) vai negociar com o Governo do Distrito Federal (GDF) um empréstimo para estender o veículo leve sobre trilhos (VLT) até a Esplanada dos Ministérios. A proposta foi feita na sexta-feira (26) pelo governador José Roberto Arruda ao presidente da AFD, Jean Michel Severino, em uma reunião na sede da empresa, em Paris.
Jean-Michel Severino confirmou o empréstimo de 140 milhões de euros para a primeira fase do VLT - do terminal da Asa Sul até o PátioBrasil - e disse que a AFD tem todo o interesse em terminar o trabalho de construção das outras linhas. “O Governo do Distrito Federal tem sido muito profissional e eficiente e, por isso, não sera difícil aprovarmos um novo empréstimo”, disse Severino. As condições de pagamento estão estabelecidas: o DF terá 15 anos para pagar o empréstimo com juros de 3%. A carência é de cinco anos.
Depois de conhecer o sistema de Montpellier, Arruda orientou os técnicos do Governo a acelerar o projeto do VLT na Esplanada e lembrou que essa é uma reivindicação dos servidores públicos e um desejo antigo de um dos criadores da cidade, Oscar Niemeyer. “Com a construção do VLT na W3, vamos transportar 110 mil passageiros por dia. Se estendermos para a Esplanada dos Ministérios, serão 220 mil passageiros por dia”, diz Arruda, que determinou ao secretário de Transportes, Alberto Fraga e ao presidente do metrô, José Gaspar de Souza, começarem a negociar o novo empréstimo imediatamente.
Na primeira fase, será construída a linha que começa no terminal da Asa Sul até o Brasília Shopping prevista para terminar em um ano. A segunda fase será a ligação do aeroporto até o final da Asa Sul com previsão de término em 2013.
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​Mais de 2,9 bilhões de passageiros foram transportados em metrôs e trens em 2014

terça-feira, 7 de abril de 2015

O total de passageiros que utilizaram o transporte sobre trilhos nos deslocamentos diários, em 2014, chegou a 2,9 bilhões. Por dia, foram 9,8 milhões de pessoas que usaram metrôs ou trens. Os números contabilizam as viagens individuais realizadas pelos usuários dos sistemas e representa um crescimento de 4,4% na comparação com 2013. Os dados foram divulgados pela ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), nesta segunda-feira (6).

Conforme a entidade, o incremento na demanda não vem sendo acompanhado por uma expansão na malha capaz de atender aos novos usuários. No ano passado, entraram em operação (ainda em fase de testes) somente 30 quilômetros a mais de malha, que equivale a uma alta de 3% em relação a 2013. Os novos sistemas são o Monotrilho Linha 15 (SP), o Metrô Bahia (BA), e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Sobral (CE). 

“Nos últimos anos, o número de passageiros cresceu a uma média anual de 10%, enquanto a malha expande menos de 1%. Isso explica o nível de congestionamento dos sistemas atuais, que têm uma demanda muito superior à oferta que se consegue pôr em operação”, avalia a superintendente da entidade, Roberta Marchesi. Para ela, é fundamental priorizar esse modal para desafogar o trânsito nas grandes cidades e garantir mais qualidade ao serviço prestado para os usuários. “Os investimentos são pequenos frente à necessidade. Além da expansão, os sistemas que já existem devem ser modernizados, para que possam oferecer mais assentos”, complementa. 

O Brasil tem 22 regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes. Menos de metade delas têm redes de transporte alta capacidade implantados. 

A entidade destaca, ainda, que se cinco projetos novos projetos que estavam previstos para a Copa do Mundo – já com recursos garantidos – tivessem sido concretizados, a malha do país teria crescido 11%. As ações abandonadas foram: o Monotrilho de Manaus (AM), o VLT de Cuiabá (MT), o VLT de Brasília (DF), o Monotrilho Linha 17 de São Paulo (SP) e o VLT de Fortaleza (CE). Juntos, eles consolidariam um incremento de 79,4 quilômetros de linhas.  

Novos projetos

Conforme a ANPTrilhos, existem 20 projetos já contratados ou em execução, que correspondem à construção de mais 336 quilômetros de trilhos, entre trens urbanos e regionais, metrôs, VLTs e monotrilhos. A expectativa da entidade é que as obras estejam concluídas até 2020. 

Entretanto, há um receio de que os projetos sofram algum tipo de impacto decorrente das medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal e em razão das dificuldades financeiras enfrentadas por alguns estados. Isso porque a maior parte deles deve ser custeada por verbas públicas. 

“O setor tem acompanhado os movimentos do governo. É uma preocupação garantir a continuidade dessas obras. Temos alertado o poder público para a importância da manutenção desses investimentos, especialmente porque mobilidade é um gargalo nas médias e grandes cidades”, salienta Roberta. 

Quando concluídas, as novas linhas beneficiarão moradores de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. 

Há, ainda, uma carteira de 18 projetos de sistemas sobre trilhos prontos para sair do papel. Juntas, todas as iniciativas praticamente duplicariam a malha brasileira, que hoje é de pouco mais de mil quilômetros.

Natália Pianegonda
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Goiás recebe R$ 570,3 milhões para construção de corredores de ônibus

domingo, 16 de março de 2014

A presidente Dilma Roussef (PT) anunciou na quinta-feira (14) a liberação de R$ 570,3 milhões para obras de mobilidade urbana em Goiás. Do total, R$ 545,3 milhões serão destinados à Prefeitura de Goiânia, para investimentos em corredores de ônibus e no Bus Rapid Transit (BRT) Norte e Sul. Já os outros R$ 25 milhões serão repassados ao governo estadual para obras na capital, como o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), extensão do Eixo Anhanguera e prolongamento do BRT até Aparecida de Goiânia.

A solenidade para repasse dos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante a cerimônia, Dilma disse que o país teve carência de investimentos no setor nas décadas de 80 e 90. “Temos que correr atrás do tempo. Vamos ter de diminuir essa defasagem que existe entre a necessidade da população e os investimentos”, afirmou.

Com a liberação dos recursos, a Prefeitura de Goiânia poderá dar andamento na execução em construção de corredores de ônibus e do BRT Norte e Sul, sistema de ônibus de alta capacidade como o utilizado atualmente do Eixo Anhanguera, mas que fará o eixo norte-sul da cidade.

Trânsito e transporte são principais desafios de Goiânia, diz pesquisa
O novo sistema terá 21,7 km de extensão e ligará as regiões noroeste (Terminal Recanto do Bosque) e sudoeste (divisa com Aparecida de Goiânia). Neste percurso, estão previstas as construções de trechos com corredores preferenciais para os ônibus e sete terminais. Para isso, algumas alterações serão necessárias no trânsito da capital, como a proibição de estacionamento ao longo de toda a Avenida Goiás e a duplicação da Avenida Rio Verde até a Avenida 4ª Radial.

Em entrevista ao G1, o coordenador da Unidade Executora do BRT, Ubirajara Alves Abud, explica que um dos diferenciais do projeto para o sistema que já está em funcionamento na capital é o aumento da velocidade. "Hoje a média em que os coletivos circulam é  de 14 km/h. Com o BRT, isso passará para 30 km/h, pois serão eliminados alguns pontos de passagens de carros e os semáforos terão uma operação especial, de acordo com a aproximação dos ônibus", explicou.

Inicialmente, segundo Ubirajara, a previsão é de que o BRT transporte 120 mil pessoas por dia. "Esse é um projeto que vai revolucionar o transporte de Goiânia, pois trará mais qualidade. Os estudos começaram em 2011 e estão em fase avançada, sendo que a parte executiva já está em andamento, até por isso o governo federal acabou o selecionando por meio do PAC. Agora, após a liberação dessa verba, a previsão é de que, até o fim deste mês, os contratos para realizações das obras comecem a ser assinados", destacou.

Além de Goiás, foram anunciados recursos para a Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Tocantins, Maranhão e Goiás, além do Distrito Federal.

Veículo Leve Sobre Trilhos
Dos R$ 25 milhões que foram repassados ao governo estadual, R$ 5 milhões serão destinados à implantação do VLT no Eixo Anhanguera, em Goiânia. Os recursos devem ser usados para a elaboração de projeto de obras complementares e melhorias, segundo o governo.

A obra, que tem um custo total orçado em R$ 1,3 bilhão, será realizada pelo consórcio formado pela Odebrecht Transport e a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), empresa que opera as linhas de ônibus na capital e região. O grupo foi o único que a apresentou interesse na licitação, oficializada em dezembro do ano passado.

Para a implantação do metrô de superfície, os terminais e plataformas dos 14 quilômetros que já existem na Avenida Anhanguera serão reconstruídos. Dos 53 cruzamentos existentes, 18 devem ser fechados para garantir a velocidade do novo sistema. Com isso, entre uma ponta a outra da linha, cada viagem deve ficar 20 minutos mais rápida.

O VLT de Goiânia contará com 30 composições e de dois vagões. Cada um transportará 300 pessoas e as partidas ocorrerão a cada três minutos, segundo o consórcio. Atualmente, os ônibus biarticulados que circulam pelo Eixo Anhanguera transportam cada um cerca de 200 passageiros por hora, enquanto os dois vagões vão levar 600 por viagem.

O presidente do Grupo Executivo do VLT, Carlos Maranhão,  estimou durante o anúncio do consórcio vencedor, que as obras teriam início no final de janeiro e terminariam dois anos depois, em 2016. No entanto, segundo a entidade, o contrato do consórcio com o governo não foi formalmente assinado até esta sexta-feira (14) e os trabalhos ainda não foram iniciados.

Além do VLT, o governo estadual informou que vai investir R$ 2 milhões no projeto de extensão do Eixo Anhanguera já existente, onde serão implantados corredores exclusivos para o prolongamento.

O BRT de Goiânia também terá uma extensão até o Terminal Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, cuja obra será de responsabilidade do estado. Nessa etapa, devem ser investidos mais R$ 3 milhões.

Já os outros R$ 15 milhões da verba do governo federal devem ser destinados ao prolongamento do BRT que ligará a cidade de Luziânia à divisa de Goiás com o Distrito Federal e na construção de 10 km de corredores exclusivos para ônibus em Novo Gama e Luziânia.

Por Fernanda Borges
Informações: G1 Goiânia

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Trem que liga Brasília a Valparaíso passa por estudo para receber VLT

terça-feira, 4 de junho de 2019

Ao embarcar em uma viagem-teste pelo trecho entre a Estação Rodoferroviária, em Brasília, até Valparaíso de Goiás, nesta terça-feira (4/6), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que o veículo leve sobre trilhos (VLT) começará a operar "de forma mais adiantada" dentro de seis meses no trecho.
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"Nós estamos na fase de estudos. Vamos ter que fazer algumas intervenções na linha para que tenhamos pontos de passagem, trens indo e voltando. Então, isso demanda algum tempo. Nós temos uma previsão de que no prazo de seis meses tenhamos uma operação mais adiantada", afirmou.

O percurso feito por Ibaneis e outras autoridades teve duração de uma hora e 20 minutos. A expectativa é que, quando o VLT estiver operando, o tempo seja reduzido. "Depende da condição da via e, principalmente, das obras que forem feitas para melhorar os trilhos. Mas a viagem até Valparaíso deve demorar cerca de uma hora", disse Pedro Cunto, diretor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). 

A operação do VLT deve beneficiar cerca de 50 mil pessoas. Os trens terão, em média, três vagões, com capacidade, para 600 passageiros por viagem. "Há a opção de circular com vagões acoplados. Nesse modelo, seriam seis vagões, dobrando a capacidade de passageiros", explicou Cunto. 

Com velocidade média de 60km/h, o intervalo entre a saída de um trem e outro pode variar de cinco a 30 minutos. "A periodicidade dos trens também depende da via. Com uma via em boas condições, o trem pode atingir uma velocidade maior, fazer o percurso em menos tempo e também pode-se ter um intervalo menor entre um e outro", completou. 

A viagem experimental marcou a primeira fase de implementação do modelo de transporte urbano. "Este sistema de transporte será implantado sim. O que nós estamos realizando agora é uma fase inicial, com os recursos existentes. No geral, é um investimento muito pesado", assegurou Jean Carlos Pejo, secretário nacional de Mobilidade Urbana.

O trem usado para a inspeção tem capacidade para conduzir 10 pessoas, sendo três tripulantes e sete passageiros, diferente do que fará o transporte de passageiros quando o projeto for realmente implementado. "Esta é a primeira fase. As outras terão um número maior de trens, com construção de desvios para aumentar a capacidade. O importante é que, nessa primeira fase, estamos vencendo o período de testes. Em verdade, estamos ganhando quase um ano em relação à previsão que havia sido feita", comentou Pejo. 

Ao fim do teste, Ibaneis Rocha disse que reparos deverão ser feitos nos trilhos. "Parte da linha já está reparada, mas, depois do Núcleo Bandeirante, vai precisar de reparos já nesta primeira fase. Nós gastamos uma hora e vinte em um trem experimental, então a expectativa é muito boa", apontou. "Nós vamos beneficiar grande parte de uma população que precisa muito, que sofre muito com transporte. Estou feliz com o teste, acho que é o primeiro passo e, a partir de agora, vamos avançar muito".

A VLI, concessionária responsável pela linha férrea, informou que tem conhecimento sobre o estudo proposto pelo Governo do Distrito Federal, ANTT, CBTU e EPL para a realização de testes para os veículos leves sobre trilhos entre Brasília e Valparaíso.

"O transporte realizado na manhã de 4 de junho faz parte de uma etapa do estudo em curso. A via, sob responsabilidade da VLI, tem foco no transporte de carga e por força do contrato de concessão, a companhia não está autorizada a operar trens para o transporte de passageiros. É importante ressaltar que os estudos de viabilidade técnica para a adaptação da via a outros fins ainda está em andamento pelos interessados e deverá ser submetido à análise e manifestação da ANTT", destacou a empresa, em nota. 

Por Aline Brito
Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende 
Informações: Correio Braziliense
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Início das obras do BRT de Salvador depende de verba federal

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Da Prefeitura está tudo pronto. Licitação com as concessionárias de transportes já concluídas. Recursos próprios em caixa e financiamento com o BNDES e projeto de execução em dia. Falta, contudo, a contrapartida do Ministério das Cidades para que então a Caixa Econômica Federal possa liberar o financiamento do BRT, o sistema de transportes de ônibus urbanos em corredores exclusivos.

A obra, quando iniciada, tem prazo de conclusão de dois anos e vai ser alimentadora do sistema de metrô, transportando, na sua primeira linha em torno de 80 mil passageiros/dia através do corredor Lapa/Iguatemi. Além deste, dois outros corredores exclusivos, Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto, estarão integrados ao sistema, com estimativa aproximada do mesmo número de passageiros transportados.

A Prefeitura garante já dispor dos R$ 200 milhões para iniciar a obra. Outros R$ 200 milhões virão também dos cofres municipais, mas através de um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante dos recursos, que totalizam R$ 600 milhões, fazem parte da contrapartida do Ministério das Cidades, que não tem data de quando será liberado.

Conforme informou a secretaria municipal de Mobilidade Urbana, “está tudo pronto. Falta apenas a parte do Governo Federal”. De acordo com o órgão da prefeitura, não existem quaisquer pendências do ponto de vista administrativo e financeiro da Prefeitura que possam ser usadas como entrave para o início das obras. A Lei diz que o município, para ter a obra precisa de um plano de mobilidade urbana. E isso a prefeitura já tem com o PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e todos os licenciamentos para dar andamento à obra.

Projeto prevê intervenções viárias e macrodrenagem 
Atualmente uma viagem entre o Iguatemi e a Estação da Lapa não dura menos que uma hora nos horários de pico. Se essa mesma viagem for feita no traçado projetado para o BRT (Lapa, avenida Vasco da Gama, Lucaia, Av. Juracy Magalhães e Avenida Antonio Carlos Magalhães) essa viagem poderá ser de uma hora e 30 minutos a duas horas. Com o BRT a estimativa é que esse percurso seja feito em 16 minutos, em vias exclusivas e sem semáforos.

O projeto do BRT já foi concluído há um ano e para ser executado vai precisar de intervenções no atual sistema viário e de macro drenagem nos três corredores exclusivos do sistema. O primeiro deles é justamente o da linha Lapa/Iguatemi, que  terá quatro complexo de viadutos – antiga Coca Cola/Garibaldi, Hospital Aliança,  antigo Tereza de Lisieux e Hiperposto.

Nesse trajeto os ônibus especialmente projetados parta o sistema, trafegarão em corredores exclusivos implantados sobre os atuais canais de drenagem pluvial localizados sob o canteiro central das avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e Antonio Carlos Magalhães. É justamente aí é que se situa o entrave, pois para essas obras é que estão previstos os recursos do Ministério das Cidades, no valor de R$ 200 milhões. Os dois outros corredores – Iguatemi/Pituba e Orla/Aeroporto – vêm em seqüência após a conclusão da primeira etapa.

Esse “pequeno” entrave já dura mais de um ano e por conta disso, Salvador, com seus quase três milhões de habitantes, vai ficando para trás em relação a outras capitais e cidades de menor porte, dispondo apenas de um sistema de transporte que depende na sua quase totalidade do transporte pelo sistema convencional de ônibus. A exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, maiores que a capital baiana, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife ,Porto Alegre, Belém, Curitiba, Goiânia, Vitória, Cascavel, Marigá, Uberaba e Uberlândia já dispõem do sistema.

Edital para VLT sai em agosto
O projeto veio depois do BRT, mas a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na Avenida da França, no Comércio , está mais próximo de sair do papel e se tornar uma realidade. É que o Governo do estado anuncia que em agosto lança o edital para a construção da linha. Serão 18,5 km e o equipamento deve transportar cerca de 100 mil pessoas por dia. O custo da obra será de R$ 1,1 bilhão,dos quais R$ 552 milhões virão do Governo Federal e R$ 448 do Governo do Estado.

O VLT vai usar a maior parte no atual trajeto dos trens suburbanos, que cobrem em 13,5 quilômetros as distâncias entre Paripe e a Calçãda. Serão acrescidos 3,5 quilômetros a partir da Estação da Calçada até a Avenida da França, no Comércio, e mais 1,5 quilômetro entre Paripe e a localidade de São Luís, já próximo ao acesso para a Base Naval de Aratu e São Thomé de Paripe, nos limites do município.

O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CBT), Eduardo Coppelo, explicou que o processo licitatório está quase pronto e deverá acontecer em agosto, com previsão de assinatura do contrato para início das obras em dezembro deste ano. A partir daí o VLRT deverá se tornar realidade em dois anos e meio. Para tanto já está previsto no Plano Plurianual de 2016/19 o recurso de R$ 1,1 bi para o VLT. Pelo projeto, cada viagem entre Paripe e o Comércio deverá durar até 35 minutos,  com paradas em estações. No trajeto dos atuais trens suburbanos serão feitas melhorias nos trilhos e estações, implantação de tecnologia de controle de tráfego e aquisição de trens com ar condicionado. No trecho entre Calçada e o Comércio não haverá desapropriações e construção de viadutos, mas sim de passagens compartilhadas com o atual sistema viário.

O que é o BRT
O Bus Rapid Transit (BRT) é um sistema de transporte urbano que utiliza ônibus especiais e de tráfego rápido em sistemas de vias exclusivas, evitando-se o congestionamento do tráfego com outros veículos. Para tanto costuma utilizar os canteiros centrais das avenidas, para evitar atrasos nas viagens, e utilizando-se de estações com cobrança de tarifa fora do veículo, reduzindo o atraso do embarque e desembarque dos passageiros. No Brasil, além de Curitiba, o BRT já funciona em 17 cidades. O primeiro sistema de BRT implantado no Brasil foi na cidade de Curitiba, no Paraná, em 1974). Para que o sistema possa operar com eficiência é necessária a implantação de corredores ou faixas  exclusivas para os ônibus, sem que sejam afetadas pelo congestionamento do tráfego normal de veículos. Faixas separadas podem ser elevadas, em depressão ou por dentro de túneis, que podem ser compartilhadas com metrôs ou até mesmo táxis.

“minimetrô”
O sistema VLT (Veículos Leve sobre Trilhos) é  uma espécie trem que trafega em meio a carros nas grandes cidades. Tem os mesmos sistemas de tecnologia, conforto e controle de tráfego do metrô, mas suas composições são menores, daí ser chamado por muitos brasileiros de “mini metrô”.

Diferente do metrô ou do BRT, que têm espaços próprios, o VLT compartilha esses espaços nas ruas com o sistema viário por ônibus e carros. No caso de Salvador, como explicou o presidente da Companhia de Transportes da Bahia, Eduardo Coppelo, esse compartilhamento vai se dar num trecho de 3,5 quilômetros, entre a Calçada e a Avenida da França, no Comércio. 

Nos demais trechos, da calçada até Paripe, será usado os atuais trilhos dos trens suburbanos que ainda estão em operação. Para evitar os acidentes com as interseções no atual sistema viário da área, Coppelo explica que será utilizada tecnologia de com trole de tráfego de última geração, inclusive no controle da velocidade dos trens. “No trecho do Subúrbio Ferroviário ele poderá atingir até 70 quilômetros por hora”, explica.  

por Adilson Fonsêca
Informações: Tribuna da Bahia


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Alstom anuncia novo contrato para expansão do VLT do RJ

quinta-feira, 14 de julho de 2022


A Alstom assinou contrato para ampliação do sistema VLT (sigla para Veículo Leve sobre Trilhos) do Rio de Janeiro (RJ), que terá conexão com um terminal integrado a um novo sistema de BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) e interligação com a rodoviária da capital carioca. O escopo do projeto da Alstom inclui a ampliação da linha do VLT em cerca de 700 metros em via dupla e a construção de uma nova estação (Terminal Gentileza), com quatro plataformas, o fornecimento do sistema APS para todo o trecho (1,4 km), uma subestação retificadora e adaptação de uma existente e fornecimento de toda a sinalização do trecho. A expansão deverá permitir um aumento de aproximadamente 40% no número de passageiros, além de abrir caminho para futuras ampliações do sistema na região de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.
Com conceito de mobilidade inteligente, o VLT carioca é alimentado pelo APS, um sistema de propriedade da Alstom que faz a alimentação elétrica pelo solo. Trata-se de um sistema composto por duas sapatas localizadas na parte inferior do trem e, quando o veículo passa pelo local onde estão instalados equipamentos Power Box (cerca de 1.100) se dá a energização dos correspondentes segmentos de trilho APS e a consequente alimentação do veículo. 

Existe ainda um conjunto de supercapacitores que armazena e fornece energia ao veículo nos locais sem os trilhos energizáveis ou em caso de falha localizada, até o próximo ponto de energização, o que elimina a necessidade de fios externos e, consequentemente, valoriza a arquitetura e a paisagem da cidade. "O VLT permite que a cidade desenvolva a mobilidade sustentável, além de repensar e modernizar as áreas urbanas e a preservação de seu patrimônio arquitetônico", explica Pierre Bercaire, diretor geral da Alstom Brasil.

Além de reduzir o impacto ambiental do sistema, o VLT do Rio de Janeiro utiliza energia totalmente renovável, com zero emissão de CO2. Para Bercaire, o VLT trouxe mais opções de mobilidade para a população da cidade. "A Alstom comemora as contribuições do VLT para a capital carioca, sabendo que milhares de passageiros têm suas vidas melhoradas diariamente graças a esse sistema de transporte. Nesse período, assumimos um compromisso com a cidade do Rio de Janeiro e trabalhamos para manter essa operação inovadora, que gera benefícios para as pessoas, tanto moradores quanto turistas que circulam pela cidade", comenta.

O anúncio do novo contrato acontece na mesma época em que o VLT do Rio de Janeiro completa seis anos de operação. Fabricado pela Alstom em Taubaté (SP), o modelo Alstom Citadis para o VLT carioca já transportou mais de 88 milhões de pessoas em mais de 1 milhão de viagens, em um total de 5,5 milhões de quilômetros percorridos centro da cidade e a região do Porto Maravilha, integrando-se a à mobilidade da cidade com metrô, trens suburbanos, ônibus, navios, barcas e o aeroporto Santos Dumont.
Inaugurado para as Olimpíadas do Rio de Janeiro (2016), o sistema é dividido entre três linhas (com 29 paradas) e possui uma frota de 32 trens com capacidade para 420 passageiros cada.

Presente no Brasil há 67 anos, a Alstom vem participando do desenvolvimento da infraestrutura do país, contribuindo para o progresso social com respeito ao meio ambiente.

Dedicada ao setor de transporte ferroviário, sua contribuição pode ser vista em produtos e serviços nas principais operações de transporte do país, como os Metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Recife e Brasília, além do VLT do Rio de Janeiro e as implementações de soluções tecnológicas para operadores de transporte de mercadorias.

Informações: Porto Gente
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Brasília é a capital dos carros: ''Falta investimentos no transporte público''

quinta-feira, 22 de julho de 2010


A cidade sonhada por Lucio Costa tem avenidas amplas que se perdem no horizonte. Tem pilotis livres e espaços preenchidos por muito verde que, depois de surrados pelo ir e vir dos pedestres, transformam-se em caminhos calçados, não onde o administrador acha que convém, mas onde os pés do povo escolhem pisar. Imaginou-se para Brasília o convívio harmônico entre automóveis e pedestres. Mas passados 50 anos da construção da capital, não é isso que se vê.

A falta de investimento em transporte público, o inchaço populacional das cidades ao redor de Brasília, a concentração de empregos no Plano Piloto e a renda do brasiliense têm relação direta com o crescimento da frota. Resultado: as avenidas já não conseguem dar vazão a tantos carros.

Até junho deste ano, o Departamento de Trânsito (Detran) tinha registrado 1.182.368 veículos. O crescimento médio da frota gira em torno de 8% ao ano.

A violência no trânsito fez 424 vítimas ano passado. Dessas, 27,1% ou 115 pessoas estavam a pé quando perderam a vida e outras 42 (9,9%) eram ciclistas. Boa parte deles dividia o espaço com os carros porque, apesar da topografia quase plana — altamente favorável ao transporte por meio de bicicleta, Brasília tem apenas 42km de ciclovia concluídos.

Para o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no DF (Iphan), Alfredo Gastal, “a paisagem da cidade está sendo destruída pelo excesso de carros”. Ele critica a falta de investimentos no transporte público.

“Temos 2,2 pessoas para cada carro em circulação, um índice muito elevado”, destaca Gastal. “As ciclovias são um transporte limpo, democrático, adotadas no mundo inteiro. É inaceitável que o GDF não invista corretamente para construir vias para os ciclistas. Seria uma forma excelente de tirar os carros da rua e reduzir o trânsito”, diz a promotora de Defesa da Ordem Urbanística Luciana Medeiros, do Ministério Público do DF. Para o governo, o Programa de Transporte Urbano do DF — Brasília Integrada é o único capaz de dar a mobilidade que o DF precisa.

A Brasília de Lucio Costa
"Fixada a rede geral do tráfego de automóvel, estabeleceram-se tanto nos setores centrais como nos residenciais tramas autônomas para o trânsito local dos pedestres a fim de garantir-lhes o uso livre do chão, sem, contudo, levar tal separação a extremos sistemáticos e antinaturais, pois não se deve esquecer que o automóvel, hoje em dia, deixou de ser o inimigo inconciliável do homem, domesticou-se, já faz, por assim dizer, parte da família. Ele só se 'desumaniza, readquirindo vis-à-vis do pedestre, feição ameaçadora e hostil, quando incorporado à massa anônima do tráfego"Memorial do Plano Piloto de BrasíliaA solução para a cidade

"Brasília precisa reformar 100% do sistema de transporte coletivo adotando uma frota moderna, bonita para compor paisagem e eficiente. Só assim as pessoas vão se sentir incentivadas a deixar o carro em casa. É preciso investir no transporte limpo. A cidade é plana, muito propícia ao uso da bicicleta mas, mesmo quem tem interesse não encontra as condições favoráveis. Não há ciclovias ou ciclofaixas, nem local para deixar bicicleta ou tomar banho e trocar de roupa. E por fim, como não há como eliminar os veículos existentes, há que se investir em estacionamentos verticais para eliminar as ocupações de áreas irregulares (calçadas e espaços verdes)"José Lelis de Souza, doutor em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo.

Programa de Transporte Urbano do DF — Brasília Integrada

O projeto Brasília Integrada é apontado pelo governo como a solução para resolver os problemas de trânsito e transporte. Dentro do programa existem muitas vertentes, como a integração entre itinerários de ônibus e metrô, a ampliação das vias, a expansão do metrô e a construção do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), além do incentivo aos meios de transporte alternativos, como bicicletas.

Ampliação da Estrada Parque Taguatinga (EPTG-DF-085)

O fluxo que era de 150 mil veículos deve dobrar a capacidade quando a obra for concluída. Estão sendo feitas algumas passarelas, quatro complexos de viadutos, vias marginais com duas faixas cada, quatro pistas de cada lado na via principal (sendo uma delas exclusiva para ônibus, feita de concreto) e uma ciclovia. São 26km de extensão (ida e volta) a um custo de R$ 245 milhões. O Banco Mundial financia 70% da obra e os 30% restantes são a contrapartida do GDF.

Programa Cicloviário do Distrito Federal

Do projeto inicial, que previa a construção de 600km de ciclovias/ciclofaixas, o governo entregou apenas 42km. Atualmente, 125km estão em obras. Nas próximas semanas, dois dos quatro trechos que vão interligar as cinco estações do metrô de Ceilândia começarão a ser construídos e vão custar R$ 3,8 milhões. Em Santa Maria, há um trecho de 15km que está sendo reformado e, no Recanto das Emas, outros 33km. Rodovias como a Estrada Parque Vicente Pires e a EPTG terão ciclovias. O programa chegou a ter uma gerência para cuidar exclusivamente dos estudos e planejamento das ciclovias, mas ela foi extinta recentemente.

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

O governo dividiu as obras em três trechos. O trecho 1 tem 6,5km e vai do aeroporto até o Terminal Sul. Recebeu recursos de R$ 361 milhões do governo federal por meio do Programa de Infraestrutura e Transporte e Mobilidade Urbana, o Pró-Transporte. A verba também será aplicada na duplicação da DF 047 — que liga o aeroporto ao Eixão Sul. As obras devem começar ainda este ano e a previsão é que sejam concluídas em novembro de 2012. O trecho 2 é o maior, com 8,7km. Compreende o percurso entre o Terminal Sul e a 502 Norte.

O viaduto em frente ao Setor Policial Sul e o Centro de Manutenção já começou a ser construído, mas a obra está parada porque o governo ficou devendo documentação que está sendo analisada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O terceiro e último trecho vai da 502 Norte ao Terminal Norte (7,4km), mas ainda não há previsão para ser iniciado.

Estacionamento subterrâneo

O GDF está ajustando o orçamento para licitar a construção, a implantação, a sinalização, a operação e a manutenção de estacionamentos em áreas públicas. Serão criadas 10.574 vagas subterrâneas e de superfície nos setores Comercial Sul, Bancário Norte, Bancário Sul, Autarquias Sul, Hospitalar Norte e na Esplanada. As obras estão estimadas em R$ 300 milhões.

Fonte: Comitê de Obras do Governo do Distrito Federal e Codeplan.
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VLT de Brasília não deve ficar pronto para a Copa

sábado, 28 de julho de 2012

Cidade de abertura da Copa das Confederações e de sete partidas do Mundial, Brasília tem duas obras de mobilidade previstas para a Copa de 2014. As intervenções, no entanto, não ficarão prontas a tempo de serem utilizadas durante o megaevento.
 
De acordo com  governo do Distrito Federal (GDF), o processo de licitação do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve ser concluído "em curto prazo", sem definir uma data. A intenção é enquadrar o projeto do VLT no Regime Diferenciado de Contratação (RDC), modelo que flexibiliza as licitações de obras vinculadas à Copa e à Olimpíada. A sanção da lei que estende o RDC às obras do PAC foi publicada no Diário Oficial da União na última semana.

Com investimento de R$ 277 milhões (R$ 263 milhões vindos da Caixa Econômica Federal), a obra do VLT faz parte da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento que lista os projetos de mobilidade essenciais para o período da competição. A intenção era que a intervenção começasse há quatro meses, com término previsto para dezembro de 2013.

A construção do modal enfrenta problemas desde 2009. Na ocasião, o edital de licitação foi lançado pelo governo. Colocada sob suspeita pela Justiça do Distrito Federal, a obra foi suspensa em abril do ano passado. Vencedor da licitação, o consórcio formado pelas empresas Daclon, Altran/TCBR e Veja Engenharia entrou com recurso contra a medida em agosto.

O governador Agnelo Queiroz miminizou a ligação da obra com a Copa. Segundo ele, o VLT é uma obra importante para Brasília e será realizada com ou sem vínculo ao Mundial de 2014.

O primeiro trecho do VLT ligará o aeroporto Juscelino Kubitschek à Asa Sul e terá 6,5 km de extensão. O atraso na construção do VLT também prejudica a outra obra de mobilidade de Brasília. Isso porque a duplicação da rodovia DF-047, via dá acesso ao aeroporto da capita federal, depende das obras do VLT para sair da fase de projetos. Com início marcado para janeiro de 2012, a obra está orçada em R$ 103,4 milhões, com R$ 98 milhões financiados pela Caixa.

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