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Criador do BRT Transmilenio diz que BRT Rio é um exemplo para o mundo

terça-feira, 7 de julho de 2015

O ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, aprovou o sistema de BRTs do Rio de Janeiro. Conhecido mundialmente por implantar o sistema de corredores exclusivos para ônibus na capital colombiana, ele visitou o Centro de Controle Operacional (CCO) do sistema, na Barra da Tijuca, onde foi recebido na última quarta-feira pelo gerente-geral do Consórcio BRT, Alexandre Castro.

“Acredito que esse sistema aponta para o futuro do transporte nas cidades.No Rio, me impressionou a construção de passarelas especialmente para os usuários do BRT, o que não fizemos em Bogotá. É um exemplo para o mundo”, disse ele, que criou o BRT Transmilenio, no final dos anos 90.

Além de conhecer as instalações do CCO, Peñalosa acompanhou a operação de embarque e desembarque de passageiros no Terminal Alvorada no início do horário de pico da tarde e embarcou num ônibus do serviço semidireto Alvorada - Galeão pelo corredor Transcarioca. Peñalosa fez todo o trajeto até Vicente de Carvalho em pé. 

Ao longo da viagem, Peñalosa constatou que o corredor atende bairros densamente povoados como Jacarepaguá e Madureira e aproveitou para colher depoimentos de usuários do sistema. Crítico do hábito carioca de estacionar carros nas calçadas,o ex-prefeito de Bogotá cobro do secretário de Transportes, Alexandre Sansão, a ampliação das calçadas nas bordas das estações para facilitar a circulação”. 

Para Alexandre Castro, a visita de Peñalosa reflete a importância crescente do BRT do Rio no cenário internacional. Com pouco mais de dois anos de operação, nosso trabalho aqui vem servindo de referência. Tivemos a oportunidade de debater com ele aspectos operacionais e o retorno que tivemos dele nos ajudam a aperfeiçoar nosso sistema, observou.

Informações: BRT Rio

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Sistema BRT oferece qualidade e mobilidade ao trânsito de grandes e médias cidades

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os BRTs (Bus Rapid Transit), conhecidos no Brasil como sistemas organizados de transporte coletivo urbano, são uma solução que contribui para a melhoria da mobilidade do trânsito de cidades com mais de 300 mil habitantes e, consequentemente, oferecem melhor qualidade de vida à população. A eficiência do sistema deve-se ao fato de que possibilita um aumento da capacidade de transporte urbano de passageiros e da velocidade média dos ônibus.

“É um circulo virtuoso que beneficia todos os cidadãos. São menos ônibus circulando nas ruas, menos emissões de poluentes, menos motoristas e menor necessidade de infraestrutura. Tudo isso permite que as pessoas passem menos tempo no trânsito, diminui os custos de operação do transporte e, consequentemente, o custo das tarifas”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America. 

O presidente explica que, historicamente, a Volvo vem apoiando e participando intensamente do desenvolvimento de BRTs com veículos e serviços desenhados para este fim. A empresa é líder no mercado de ônibus para este tipo de sistema no Brasil e na América Latina.

O sistema BRT é baseado em corredores troncais com ônibus de grande capacidade de transporte, articulados ou biarticulados, e complementado por alimentadores com ônibus convencionais nos bairros distantes dos eixos principais.

“Os ônibus articulados e biarticulados, por possuírem alta capacidade de transporte, representam uma excelente opção para ampliar o atendimento ao usuário e diminuir o tempo de deslocamento”, destaca Euclides Castro, gerente da linha de ônibus urbanos da Volvo Bus Latin America. Os ônibus articulados possuem capacidade de transporte 80% maior que os convencionais, e os biarticulados têm capacidade para 270 passageiros em uma única viagem.

Modelos de eficiência

O BRT está se consolidando em vários países como a melhor opção em sistemas de transporte de massas de alta qualidade. Este modelo de transporte de passageiros está ganhando a simpatia de governantes, gestores do setor e de vários especialistas por conta dos benefícios proporcionados para a população.

Atualmente, o sistema Transmilenio, de Bogotá, na Colômbia, é o mais avançado do mundo.  “É um dos maiores e mais eficientes, pois melhorou significativamente a situação do trânsito na cidade, reduziu a enorme frota de veículos de pequeno porte que transitava pela região central, diminuiu o número de acidentes de trânsito e contribuiu significativamente para a melhoria da qualidade do ar”, conta Castro. 

Segundo levantamento feito pelo município de Bogotá, com as mudanças viárias e de infraestrutura e a chegada dos articulados Volvo, o BRT conseguiu retirar das ruas já no seu início 7 mil ônibus particulares de pequeno porte, reduzindo o consumo de combustível e diminuindo em 59% as emissões de poluentes.

Outro modelo de sucesso é o BRT de Santiago, no Chile, Transantiago. Embora a cidade já contasse com um sistema de metrô, a capital chilena tinha dificuldades para controlar os cerca de 3,5 mil operadores privados de transporte coletivo urbano que possuíam mais de 8 mil veículos de diversos tamanhos.

Utilizando ônibus de piso baixo, que podem parar em qualquer ponto ou estação de embarque ao nível do meio-fio, a solução de Santiago contorna a falta de espaço nas vias urbanas e otimiza os tempos de embarque e desembarque, sem a necessidade de investir em plataformas especiais elevadas.

Curitiba, capital do Paraná, foi a pioneira na instalação de BRTs. A cidade possui o sistema de transporte integrado mais antigo da América Latina, que teve seu início em 1974. Nos anos 80, os usuários passaram a utilizar roletas e o bilhete único, fatos que consolidaram a RIT (Rede Integrada de Transporte).

Informações: Volvo do Brasil


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Sistema de BRT faz revolução com ônibus na Colômbia

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Embarcar num “colectivo” vazio numa das ruas da capital colombiana em horário de pico é praticamente uma aventura. Entre uma imensidão de táxis amarelos, nada menos que 16 mil vans, micro-ônibus e ônibus de carrocerias rústicas, com pouco conforto e montados sobre chassi de caminhão, disputam a preferência dos passageiros, num emaranhado de linhas permissionárias que quase beira o caos. Quase, não fosse o projeto Transmilenio. Implantado em 2000, o sistema Bus Rapid Transit (BRT, sigla em inglês para ônibus de trânsito rápido) tem revolucionado a mobilidade na congestionada metrópole de quase 11 milhões de habitantes a partir da necessidade básica de regular e controlar o transporte coletivo. “Antes o sistema era totalmente informal, sem análises de demanda, componentes técnicos e dispersão de operadores. Não havia responsabilidade com os usuários e o que importava era o pagamento da tarifa”, lembra Fernando Rojas, subgerente da empresa Del Tercero Milenio, responsável pela manutenção do sistema.

Nesse meio tempo, quatro mil “colectivos” foram substituídos por ônibus convencionais, articulados e biarticulados, tirando milhares de carros das ruas e aliviando os impactos do rodízio imposto pela Alcadia Maior, instituição equivalente a uma prefeitura. A nova frota, composta por modelos produzidos pelas encarroçadoras brasileiras Busscar, Comil e Superpolo (joint-venture entre o grupo local Fanalca e a gaúcha Marcopolo), opera diferentes tipos de linhas integradas, onde por meio de cartão se paga uma tarifa de 1.700 pesos colombianos, equivalente a US$ 0,96, para ir de um ponto a outro de Bogotá. Não há cobradores nem dinheiro nos ônibus, o que, somado ao intenso policiamento, elimina a possibilidade de não se pagar a passagem.

CONTROLE - Entre bairros, terminais e estações-ponto dos corredores do BRT rodam os ônibus alimentadores, identificados pela cor verde. Mas as estrelas da operação são os enormes ônibus trocais vermelhos, com capacidade de 160 a 220 passageiros. Esses articulados ou biarticulados percorrem as pistas exclusivas em seis avenidas numa velocidade limitada a 60 km/h, sendo monitorados por um centro de operações. “Hoje atendemos 30% da demanda, mas pretendemos alcançar 100% dos passageiros de ônibus nos próximos dois anos”, planeja Rojas.

 Para alcançar o objetivo, o Transmilenio ainda depende da terceira fase de implantação. São 32 novos quilômetros de pistas rápidas que serão acrescentadas aos atuais 84 quilômetros até janeiro de 2012. Nove operadores e 360 ônibus zero quilômetro, dos quais 200 biarticulados, e novos alimentadores de piso baixo e motor traseiro entrarão no sistema, o que significa que dezenas de empresas proprietárias de “colectivos” terão que se fundir ou vender a obsoleta frota de até 20 anos de idade para participar do BRT. Do outro lado da frota, os primeiros articulados a entrar no sistema, há exatos 11 anos, ganharam dois anos de sobrevida devido às condições de uso. “Não faria sentido sucateá-los, uma vez que esses ônibus estão em bom estado”, defende o gerente de estratégia e marketing da Marcopolo, Walter Cruz.

Coincidência ou não, esses velhos guerreiros do Transmilenio têm exatamente a mesma idade dos 12 articulados de Belo Horizonte. A diferença entre nós e eles é que, na capital mineira, esses ônibus devem ser retirados de circulação em breve, em detrimento da preferência dos empresários mineiros pelo rentável (e nada cativante) ônibus de motor dianteiro, aquele montado sobre chassi de caminhão.
NÚMEROS DA FASE 2 DO BRT
1 - Centro de controle
520 - ônibus alimentadores
1.257 - ônibus articulados
10 - ônibus biarticulados
7 - Terminais
107 - Estações-ponto
 (Bruno Freitas/EM/D.A Press)


TERCEIRA FASE -
2 -Pátios de estacionamento
14 - Empresas operadoras

(*) O jornalista viajou a convite da Marcopolo
Por Bruno Freitas
Fonte: Estado de Minas

Articulados e biarticulados percorrem pistas exclusivas, agilizando viagens (Bruno Freitas/EM/D.A Press)
Articulados e biarticulados percorrem pistas exclusivas, agilizando viagens


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Curitiba: Especialistas duvidam que o Azulão seja capaz de evitar a sobrecarga do transporte coletivo da capital

terça-feira, 12 de abril de 2011

O discurso do poder público de que o transporte coletivo de Curitiba é o melhor da América Latina não passa mais credibilidade como antes. Com base em pesquisas de campo, especialistas não têm medo de afirmar que o sistema não é tão bom quanto o que é vendido pela prefeitura, que recentemente lançou o Mega BRT, o maior ônibus do mundo. Conhecido como Azulão, ele tem 28 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e capacidade para transportar 250 passageiros. Com menos paradas e uma tecnologia que permite abrir os semáforos, o Azulão reduz quase pela metade o tempo de viagem das linhas Pinheirinho e Boqueirão.

Para alguns especialistas, ele é apenas um tapa-buraco de um sistema cada vez mais defasado. Para outros, nem tanto. “O Azulão, mais do que uma salvação, é uma novidade. Desde o início da circulação dos ligeirinhos, com as paradas nas estações-tubo, em 1991, não víamos nada de novo nessas linhas”, diz o engenheiro civil Roberto Ghidini, autor da tese de doutorado “A dinâmica territorial em torno do transporte público e suas interrelações – Estudos sobre o metrô de Madri e a RIT em Curitiba”, a ser apresentada à Escola Superior de Arquitetura da Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha.


O ônibus azul é um blefe a mais, na opinião do engenheiro mecânico João Carlos Cascaes, ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbanização Curitiba S/A (Urbs). “Não é solução. O desempenho poderá ser bom em circuitos especiais, mas e no resto da cidade? Pior ainda, planejaram o metrô no circuito Norte-Sul sob a canaleta. Imaginou o caos a ser criado durante as obras? Erraram demais. Para complicar mais ainda, tivemos um edital assinado recentemente outorgando concessões que serão entraves na otimização do sistema”, afirma.

Verdade de fora

Enquanto o sistema de Curitiba apostou tudo no chamado Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em livre tradução), veículos articulados ou biarticulados trafegando em canaletas específicas ou em vias elevadas, outras cidades do mundo investiram em modelos diferentes ou aperfeiçoaram o BRT. Na América Latina, os sistemas mais famosos são da Transmilenio, em Bogotá, na Colômbia, e o da Transantiago, de Santiago, no Chile, ambos BRT. No caso de Santiago, a tarifa é integrada com o sistema de ônibus local e com o metrô, o que dá mais mobilidade ao passageiro. Em Bogotá, a capacidade de transporte e a velocidade média são maiores do que as da capital paranaense.

O professor do mestrado em Transportes do Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Fundação Getulio Vargas, Marcus Quintella, afirma que na Europa, por exemplo, existe o consenso de que o transporte público é a forma mais rápida, eficiente e econômica para a locomoção de massa nos centros urbanos. O termo transporte público abrange os metrôs, trens suburbanos, regionais e de alta velocidade, ônibus urbanos, táxis e veículos leves sobre trilhos (VLTs).

“Em termos tecnológicos, os benefícios para os usuários do transporte público são cada vez mais sofisticados e evidentes, desde a estrutura física dos veículos, passando pelo gerenciamento de frotas por satélite, até o controle sistêmico do trânsito nas vias urbanas”, diz Quintella. Nas capitais europeias, 70% das pessoas usam o transporte público para o trajeto casa-trabalho-casa, independentemente da classe social, pois não há outra opção mais racional e econômica.

Ghidini destaca o sistema de Barcelona. “Os deslocamentos diários são da ordem de 7 milhões de viagens, sendo 44% em transporte público, 22% a pé ou em bicicleta e 34% em veículo privado. O metrô é composto por linhas de empresa pública e privadas, assim como os ônibus. A coordenação é feita pela Autoritat del Transport Metropolità de Barcelona, que atua como um consórcio e que promove a integração modal e tarifária. Em 2007, iniciou a operação do Bicing sistema de locação de bicicletas, igualmente integrado ao sistema. Seguem inovando, melhorando em termos de cobertura espacial, de bilhetagem. Acho que este sistema poderia ser aplicado a Curitiba”, afirma.



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Bogotá ganha mais 155 ônibus volvo, sendo 72 articulados e 83 biarticulados com novas tecnologias

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Não é por acaso que o sistema Transmilenio, de Bogotá, é considerado um dos BRTs mais modernos do mundo. Sua implantação ajudou a reduzir a poluição na capital colombiana e diminuir o elevado número de acidentes que ocorriam devido ao caos do trânsito. 

A qualidade de vida da população melhorou com o ar mais limpo, menos acidentes, deslocamentos mais rápidos, mais confortáveis e mais seguros.

E os gestores do Transmilenio mostram que pretendem continuar na vanguarda. Além de colocar em circulação veículos mais amigáveis com o meio ambiente, como os ônibus híbridos Volvo, seguem um bom planejamento para a expansão dos corredores do BRT. 

Agora Bogotá está investindo em novas estações e a extensão do sistema para outras cidades da região metropolitana.

Para isso, os consórcios Express e Gmovil adquiriram mais 155 ônibus Volvo, sendo 72 articulados e 83 biarticulados. O Express comprou 60 biarticulados e 52 articulados, e o Gmovil adquiriu 23 biarticulados e 20 articulados. 

“A alta capacidade de transporte dos veículos garante mais eficiência e qualidade ao sistema, reduz o custo por passageiro transportado e diminui a emissão de poluentes”, destaca Alexandre Selski, gerente de ônibus da Volvo Bus Latin America na Colômbia.

Informações: Volvo

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Transporte Público de Curitiba receberá prêmio nos Estados Unidos pela Linha Verde

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



O prefeito Beto Richa receberá em Washington, na próxima terça-feira (12), o prêmio Sustainable Transport Award 2010, pela implantação da Linha Verde. O Prêmio Transporte Sustentável, oferecido anualmente aos melhores projetos de transporte público do mundo, é organizado pelo Institute for Transportation and Development Policy (ITDP), dos Estados Unidos, e por uma comissão com mais oito instituições internacionais, entre elas o Centro da ONU para Desenvolvimento Regional.
"A Linha Verde já é uma realidade no desenvolvimento da cidade e no avanço do transporte público de Curitiba. Este reconhecimento internacional comprova que Curitiba continua sendo uma referência mundial em soluções urbanas inovadoras", diz Richa. Também foram premiadas as cidades de Ahmedabad, na Índia; Johannesburgo, na África do Sul; Cali, na Colômbia; e Guadalajara, no México.
Ahmedabad, Johannesburgo, Cali e Guadalajara foram premiadas por projetos inspirados no sistema curitibano de canaletas exclusivas, que ficou mundialmente conhecido como BRT, do inglês Bus Rapid Transit (Ônibus de Trânsito Rápido).
Ahmedabad implantou o Janmarg, primeiro sistema BRT na Índia. Johannesburgo ganhou o prêmio pela primeira fase do Rea Vaya, primeiro BRT do continente africano e construído para a Copa do Mundo de 2010. Cali lançou o corredor inicial do Sistema Mio, uma ambiciosa transformação do sistema de ônibus da cidade. Guadalajara implantou um sistema BRT em menos de dois anos.
"Com a Linha Verde, Curitiba dá continuidade a uma tradição de transporte sustentável. Curitiba é um dos primeiros e melhores exemplos de transporte urbano eficiente e plano de uso de solo com foco na sustentabilidade ambiental", disse Enrique Penalosa, presidente do Institute for Transportation and Development Policy.
"Os membros do comitê do prêmio ficaram impressionados com a Linha Verde, um corredor de transporte moderno, em conjunto com linhas de tráfego, ciclovias, calçadas e parque linear, formando uma avenida completa", disse Penalosa, ex-prefeito de Bogotá e também vencedor, em 2005, do Sustainable Transport Award. Além de Enrique Penalosa, que construiu o TransMilenio de Bogotá, também inspirado no sistema de ônibus curitibano, já venceram o Sustainable Transport Award os prefeitos de Nova York, Michael Bloomberg, em 2009; de Paris, Bertrand Delanoë, em 2008; de Londres, Ken Livingston, em 2008; de Guayaquil, Jaime Nebot, em 2007; de Seul, Myung-Bak Lee, em 2006.
Além do Institute for Transportation and Development Policy e do Centro da ONU para Desenvolvimento Regional, o comitê do prêmio é formado por especialistas em transporte das seguintes instituições: Environmental Defense Fund; Transportation Research Board Committee on Transportation in Developing Countries; Clean Air Initiatives for Asia; Clean Air Initiatives for Africa; GTZ (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit), da Alemanha; EMBARQ (The World Resources Institute Center for Sustainable Transport); e International Association of Public Transport (UITP).
Linha Verde: a Linha Verde é o sexto corredor de transporte de Curitiba, cuja construção teve início em 2007. Seu sistema viário foi entregue em dezembro de 2008 e o sistema de transporte público, em maio de 2009, isto tudo no primeiro trecho, de 9,4 km, do Pinheirinho ao Jardim Botânico. O projeto completo prevê 18 km ligando os bairros Pinheirinho e Atuba.
A Linha Verde foi implantada na antiga BR 116, que foi transformada em avenida e corredor de transporte. A avenida tem dez faixas de tráfego, incluindo canaletas de uso exclusivo do transporte. As pistas ao lado das canaletas são vias rápidas. As pistas ao lado das rápidas são as locais, para acesso ao comércio e aos bairros. Há duas faixas para estacionamento.
O corredor de transporte da Linha Verde permitiu a implantação de novas linhas de ônibus. A primeira delas foi a Pinheirinho-Centro, com uma redução de 17% no tempo de viagem. Esta linha tem os primeiros ônibus da América Latina a circular apenas com biocombustível, à base de soja que, por não ter mistura de óleo diesel, é definido pelos técnicos como B100. Anteriormente, Curitiba já havia testado misturas de 5% e 20% de combustível orgânico, os chamados B05 e B20, experiências que levaram ao projeto do B100.
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Expansão dos sistemas rápidos de ônibus – conhecidos pela sigla em inglês BRT – já se torna uma realidade no Brasil

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Com avanço muito lento em seus projetos de transporte coletivo, as grandes cidades brasileiras estão optando por uma alternativa mais barata e que pode tomar apenas um terço do tempo necessário para a implantação de novas linhas de metrô, mas duramente questionada como solução de longo prazo.

De qualquer forma, a expansão dos sistemas rápidos de ônibus – conhecidos pela sigla em inglês BRT – já se torna uma realidade no Brasil: 30 projetos em 15 cidades diferentes estão previstos para sair do papel nos próximos anos, com investimentos de R$ 10,7 bilhões só em obras civis.

A rapidez na construção dos BRTs, uma versão inspirada no modelo adotado por Curitiba nos anos 70, já movimenta a indústria de carrocerias de ônibus e chama a atenção de empreiteiras.

Além dos investimentos em obras, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) prevê desembolsos de até R$ 8 bilhões em equipamentos, a fim de atender à demanda pelos corredores.

Ao contrário dos metrôs, que têm esbarrado na lentidão de seus planos de expansão, os projetos de BRT vêm ganhando velocidade.

Sete capitais estão com obras em andamento – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Curitiba e Belém – e devem inaugurar 252 km de corredores exclusivos até 2014. Outros projetos ambiciosos estão a caminho.

“A grande vantagem do BRT é que são obras e sistemas operacionais relativamente simples”, afirma o diretor-superintendente da NTU, Marcos Bicalho.

Para ele, o sistema entrou na moda graças ao sucesso do Transmilenio, a rede integrada de ônibus construída em Bogotá na década passada. Hoje, segundo Bicalho, cerca de 80 cidades no mundo operam BRTs.

A velocidade média do sistema varia muito em cada localidade, mas chega facilmente a 25 km/h e tem dobrado o ritmo dos ônibus onde foi implantado.

Bicalho destaca, no entanto, o prazo mais curto das obras. “Em 24 meses, dá para sair do zero e entrar em operação, incluindo a elaboração de projetos”, diz. Já o tempo médio de construção de uma nova linha de metrô chega a nove anos.

Para o professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do departamento de engenharia de transportes e geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse é justamente um dos fatores que mais têm pesado a favor da escolha dos BRTs pelos administradores públicos.

Apesar de ressaltar que qualquer investimento em transporte coletivo é bem-vindo, ele vê exagero na sua capacidade de resolver os problemas de mobilidade nas grandes cidades.

“Infelizmente, a nossa classe política é muito imediatista. Os dirigentes optam pelo BRT, porque é o que cabe no mandato deles”, diz.

Para ele, há um movimento de resgate dos investimentos em transportes sobre trilhos nas capitais, que exigem mais planejamento, e os sistemas rápidos de ônibus “surgem como um contra-ataque do setor rodoviário para não perder espaço”. “É um movimento velado. Mas ver o BRT como solução definitiva para a mobilidade urbana é uma completa idiotice.”

Algumas cidades que já tinham projetos prontos e financiamentos aprovados para a construção de BRTs, como Salvador e Cuiabá, mudaram suas decisões.

Em Salvador, o sistema foi trocado uma nova linha de metrô na avenida Paralela, que ainda não foi licitada e ficará pronta apenas depois da Copa do Mundo de 2014.

Em Cuiabá, a opção pelo veículo leve sobre trilhos (VLT) aumentou o custo do projeto em 248%, de R$ 424 milhões para R$ 1,477 bilhão.

Além disso, o contrato assinado no mês passado prevê a entrega das obras a poucos dias do evento esportivo.

Nos dois casos os governos estaduais argumentam que o sistema de ônibus seria insuficiente para atender à demanda e que só os sistemas escolhidos podem ser vistos como solução duradoura

Para o professor da UFMG, outros projetos de corredores de ônibus estão com a demanda subdimensionada e podem iniciar suas operações já saturados, como o Antônio Carlos-Pedro I, em Belo Horizonte.

“A partir de certa demanda, a solução mais adequada pode se tornar a metroferroviária. A chave é olhar o número de passageiros e a projeção de crescimento”, diz o presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena.

Para ele, quando a demanda atinge em torno de 20 mil passageiros por hora/sentido, os sistemas rápidos de ônibus deixam de ser a solução mais adequada.

“O mais importante é que o Brasil vive uma oportunidade única de mudar a forma e o gerenciamento do transporte público. E os melhores exemplos internacionais foram vistos onde há autoridades metropolitanas encarregadas de planejar, implantar e fiscalizar a malha de transportes.”

A Odebrecht Transport acaba de fazer sua primeira incursão no mundo dos BRTs. Esse braço da empreiteira já atua em dois empreendimentos de mobilidade urbana: como acionista da ViaQuatro (operadora da linha 4 do metrô de São Paulo) e como controladora da SuperVia (trens suburbanos no Rio).

No mês passado, em um consórcio também formado por CCR e Invepar, a Odebrecht assinou contrato com a Prefeitura do Rio para construir e operar o corredor expresso Transolímpica.

A obra faz parte do pacote de investimentos para a Olimpíada de 2016 e prevê 13 km de novas vias, com uma faixa exclusiva para os ônibus do sistema BRT.

O consórcio fará a operação somente da via expressa e não do corredor de ônibus, mas a Odebrecht não descarta essa possibilidade em futuros empreendimentos do gênero.

“Em outras capitais, avaliamos também a operação dos BRTs, desde que seja algo integrado a outros modais de transportes”, diz Cesena.

Para a indústria de carrocerias, o impacto já se faz sentir e a previsão é de mudança no perfil das encomendas, mesmo sem aumentar as vendas totais.

A Caio Induscar, que detém 40% do mercado de ônibus urbanos, calcula que a entrega de veículos destinados a corredores de BRTs pode chegar a 300 unidades neste ano.

“Até 2014, podemos alcançar 2 mil ou 3 mil unidades”, prevê o diretor industrial da empresa, Maurício Cunha, demonstrando o ritmo de proliferação desse sistema no país. Ele acredita, no entanto, que a produção total deverá manter-se em cerca de 9 mil ônibus – a produção registrada em 2011. “Não haverá uma demanda nova, mas uma migração da demanda que já existe.”

Na semana passada, a Caio iniciou a demonstração da segunda versão do Millenium BRT, um veículo fabricado especialmente para os novos corredores.

O primeiro modelo, com chassi Volvo biarticulado sem ar-condicionado, começou a rodar em São Paulo, mas em corredores convencionais.

A nova versão traz novidades típicas da modernidade que cerca a operação dos BRTs: entra o ar-condicionado, muda a forma de fixação das poltronas, o design fica mais arrojado, a cabine para o motorista tem melhor acabamento, o sistema de iluminação é mais amplo.

A tendência é ter também um custo maior: a diferença de preço entre um ônibus articulado convencional e um de BRT gira em torno de 20%.

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BH importa modelo colombiano de transporte público

segunda-feira, 12 de abril de 2010


Belo Horizonte foi buscar longe a experiência para implantar o Transporte Rápido por Ônibus, o BRT (sigla de Bus Rapid Transit). Recentemente, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) viajou com uma comitiva de técnicos a Bogotá, capital da Colômbia, para conhecer o Transmilenio, sistema modal colombiano. Com 7,5 milhões de habitantes, a cidade tem área de 380 quilômetros quadrados, próxima à de BH, que tem 2,4 milhões de moradores. Mas essa não é a única semelhança: a frota de veículos das duas cidades é quase a mesma, em torno de 1 milhão de carros. O dado evidencia uma diferença gritante: 80% da população de Bogotá é usuária do transporte coletivo, enquanto na capital mineira essa parcela não chega a 60%.

De acordo com a consultora técnica da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas (Smurbe) Maria Caldas, a visita foi fabulosa. “Bogotá mostrou com convicção absoluta de que estamos no caminho certo, não dá para projetarmos mais a cidade pensando em carros. Andamos nas horas de pico nos ônibus e vimos que funciona exatamente como um metrô, com estações pré-pagas, ônibus articulados e biarticulados, a entrada e saída dos passageiros é em nível (sem degraus)”, afirma Maria Caldas.

O mestre em engenharia de transporte Paulo Rogério Monteiro, assessor técnico de mobilidade da Agência Metropolitana, em Bogotá, explica que o BRT foi pensado para revitalizar o centro urbano. “Bogotá é uma cidade que não foi planejada e estava muito degradada. O BRT foi o eixo de requalificação da cidade, a partir dos anos 1990.” Mas sem atravessar as fronteiras do país é possível encontrar experiências bem sucedidas do corredor rápido de transporte coletivo. O Ligeirinho da capital paranaense foi o precursor do sistema modal do BRT, implantado na década de 1970.

O projeto leva em conta dois conceitos: o transporte e uso do solo. “Quanto mais perto dos corredores de ônibus, maior a capacidade de adensamento da população, dispensando a criação de linhas radiais”, afirma Monteiro. Apesar de modelo, atualmente, o Ligeirinho de Curitiba está com a capacidade saturada. “Ele foi planejado para a cidade e não para a região metropolitana”, ressalta o especialista.

Fonte: UAI Minas
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Volvo faz ofensiva para divulgar sistema de ônibus BRT

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Volvo decidiu intensificar os esforços para divulgar o sistema de ônibus BRT. A companhia lançou na sexta-feira, 25, o guia Mobilidade Inteligente, que pretende trazer material de referência sobre transporte público. A ação integra o Programa Mobilidade Volvo (PMV), que inclui ainda workshops e seminários em cidades com potencial para implantar o conceito de ônibus rápido.

Os eventos reúnem agentes da sociedade para debater o tema, como gestores públicos e universidades. Se a cidade tem interesse em priorizar o transporte coletivo, a companhia oferece uma espécie de consultoria com o objetivo de debater e chegar às melhores soluções. “Participamos de todos os grandes projetos de BRT da América Latina, temos experiência para compartilhar. Não vou dizer que não há intenção de vender veículos também, mas o principal objetivo é divulgar o sistema”, explica Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus para a região. 

A companhia avalia que o modelo atual de mobilidade urbana, vigente há 50 anos, já não atende mais às necessidades. Segundo a fabricante, as grandes cidades precisam investir em transporte de massa de alta capacidade e integrar diversos modais, como metrô e BRT. 

Na visão da Volvo o sistema de ônibus rápido tem aplicação em municípios com mais de 400 mil habitantes. Dentro desse conceito aparecem no radar da montadora 70 cidades brasileiras candidatas a receber ações do PMV e com potencial para implantar o modelo de transporte coletivo. Entre as vantagens do sistema, segundo a companhia, está a alta capacidade com custo bastante inferior ao de ampliação de linhas de metrô, por exemplo. Como referência a organização cita o BRT de Bogotá, na Colômbia, o Transmilenio, que tem potencial para levar 48 mil pessoas por hora/sentido.

Por Giovanna Riato
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Mercedes-Benz expande operações na América Latina

domingo, 14 de junho de 2015

O Grupo Daimler dá mais um salto marcante em sua expansão na América Latina. A Companhia inaugurou no fim de maio uma nova fábrica de ônibus na Colômbia, localizada na cidade de Funza, região metropolitana de Bogotá, capital do país. O evento contou com a presença do presidente da república, Juan Manuel Santos Calderón, juntamente com autoridades, parceiros e convidados, bem como, funcionários e executivos da Empresa.

“Este é um momento muito importante para a nossa Empresa e para o Grupo Daimler, que deu todo o apoio para a construção da nova planta”, disse Mathias Held, presidente da Daimler Colômbia. “Podemos assim atender às novas necessidades e exigências do mercado colombiano, satisfazendo às mais altas expectativas dos clientes locais”.

“Com um investimento de mais de 5 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 2 milhões), temos hoje nossa primeira planta de ônibus com a avançada tecnologia BlueTec 5 da Mercedes-Benz, que oferece benefícios em termos de eficiência e consumo de combustível, reduzindo também as emissões de poluentes”, diz Mathias Held. “Assim, seguimos avançando com o compromisso de oferecer ao mercado veículos para transporte coletivo que atendem às normas vigentes em todas as cidades colombianas e nos demais países da região”.

A Mercedes-Benz do Brasil é parceira da nova fábrica, fornecendo chassis de ônibus em regime CKD (veículo completamente desmontado) para produção final da nova linha de montagem em Funza.

Presença histórica e tradicional na Colômbia

A marca Mercedes-Benz está presente na Colômbia desde 1948. No ano de 1998, a representação local passou a ser uma filial do Grupo Daimler. Desde então, a Daimler Colômbia tem vivenciado uma constante expansão em sua organização, bem como em sua rede de concessionários e distribuidores autorizados. Atualmente, são mais de 15 parceiros de negócio nas principais cidades do país.

Os veículos montados ali alcançaram rápido sucesso no mercado devido a segurança e conforto proporcionados pela tecnologia de ponta e excelência da qualidade Mercedes-Benz, e também ao avançado sistema de controle de emissões, atendendo especialmente às normas ambientais do SITP (Sistema Integrado de Transporte Público) da cidade de Bogotá, o Transmilenio, referência mundial em transporte coletivo.

A Mercedes-Benz tem forte presença no SITP, com mais de 60% de participação nos veículos novos integrados a este sistema. Como consequência, está agora expandindo a montagem de chassis de ônibus com a inauguração da nova planta.

Há mais de 15 anos, a Daimler Colômbia atua no mercado do transporte coletivo urbano de massa em seu país, o que envolve os sistemas de Bogotá, Pereira, Bucaramanga, Medellín e outras importantes cidades. São mais de 3.000 ônibus de alta qualidade e tecnologia de ponta rodando por suas vias, além de um modelo único de serviço de manutenção da Daimler durante 24 horas por dia e 7 dias por semana. Esse serviço monitora o funcionamento de cada um destes veículos, a fim de manter os sistemas de segurança, garantir o ótimo nível de emissões, aumentar a vida útil dos componentes e diminuir os custos operacionais para os clientes.

Capacidade inicial para produção de 4.000 chassis de ônibus por ano

Devido à alta demanda por ônibus de última tecnologia, a Daimler Colômbia decidiu apostar na nova planta, que conta com uma área de 11.000 metros quadrados e que terá uma capacidade instalada de 4.000 unidades por ano em sua fase inicial de operação.

Num primeiro momento, serão montados ali seis modelos de chassis de ônibus, com o intuito de serem novas referências no transporte de passageiros no País, indicados para aplicações como os sistemas integrados de transporte urbano, serviços intermunicipais, serviços especiais e transporte escolar. Esse portfólio atende assim à demanda por veículos de alta qualidade com a melhor tecnologia e com maior segurança nas vias.

O maior fabricante de veículos comerciais da América Latina

Com a inauguração da nova fábrica de chassis de ônibus em Funza, na Colômbia, a presença da Daimler está cada vez mais forte na América do Sul, o que reforça seu posicionamento de maior fabricante de veículos comerciais da América Latina.

A Mercedes-Benz do Brasil é responsável por todos os negócios do Grupo Daimler na América Latina, bem como pela operação de cinco unidades industriais. São três unidades no Brasil (caminhões, chassis de ônibus e agregados são produzidos em São Bernardo do Campo/SP; caminhões em Juiz de Fora/MG; e central de distribuição de peças e pós-vendas em Campinas/SP); uma planta na Argentina (para fabricação de veículos da linha Sprinter, caminhões e chassis de ônibus); e a recém inaugurada unidade na Colômbia (montagem de chassis de ônibus).

A Daimler Latina concentra a responsabilidade pelas atividades comerciais de produtos das marcas Mercedes-Benz, Fuso, Freightliner, Thomas Built Buses, Western Star e Detroit Diesel em 43 países da região, com exceção do Brasil e da Argentina, que já possuem operações próprias de seus negócios; e do México, que integra outra divisão com os Estados Unidos.

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Transporte Público no Rio: O desafio diário de ir e vir

quinta-feira, 25 de março de 2010


Se quiser ganhar a corrida para resolver os seus problemas de transporte, o Rio precisa tirar o pé do freio. Numa perspectiva geral do que acontece em outros países da América Latina e do Caribe, saltam aos olhos que as soluções apontam para a integração viária e a criação de modelos alternativos de deslocamento. Ninguém parece discutir a direção. Mas, enquanto os outros se apressam, o Rio segue em ritmo lento ou, em alguns casos, desacelera.

  • Os corredores expressos para ônibus e o metrô são a prova disso. Ao passo que a Cidade Maravilhosa ainda planeja sua primeira via exclusiva para ônibus e contabiliza 34 estações de metrô, Bogotá já opera um sistema de bus rapid transit com 114 estações, que transportou, em janeiro último, 2,7 bilhões de passageiros. Já Santiago do Chile, que também inaugurou seu sistema subterrâneo na década de 70, se orgulha de ter 101 estações de metrô.
A velocidade é um diferencial importante diante do crescimento da demanda de passageiros. Santiago inaugurou 26 novas estações de metrô em cinco anos - quase 5,2 a cada ano. No mesmo período, o Rio ganhou apenas duas, Cantagalo, em Copacabana, e General Osório, em Ipanema. São dois milhões de chilenos transportados por dia contra 550 mil pelo metrô no Rio. Metrô, alvo de queixas
O tempo pesou para o metrô fluminense, que perdeu excelência. De rápido, eficiente e confortável, tornou-se alvo de reclamações constantes, de superlotação a falhas operacionais. Para Ronaldo Balassiano, professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, o Rio sofre com a falta de continuidade e planejamento.
  • - Hoje, o metrô está vivendo um caos. Um planejamento inteligente e interessante começou a ser feito, mas descarrilou no meio do caminho. É preciso aumentar a frequência de trens ou, eventualmente, inaugurar uma estação, como Ipanema. O segundo problema foi o projeto fracassado da Linha 1A (ligação direta Pavuna-Botafogo). Como um novo serviço foi implantado sem informação, sem preparar os funcionários? - pergunta Balassiano.
Na comparação, o metrô do Rio leva menos gente, é menor e mais caro do que os sistemas em funcionamento em Buenos Aires, Caracas e Cidade do México. Bogotá ainda projeta sua rede, mas a cidade está lá na frente numa modalidade de transporte com DNA brasileiro: o bus rapid transit. Há tempos o Rio namora o sistema de corredores expressos de ônibus de Curitiba, obra do arquiteto Jaime Lerner, mas foram os colombianos que o implantaram antes. E mais: em 2008, a Colômbia deu início à construção de mais três troncos de corredores do TransMilenio, com previsão de conclusão ainda este ano.
  • A presidente da ONG Rio Como Vamos, Rosiska Darcy de Oliveira, observa que, além de racionalização, o sistema de transporte carece de informações para a realização de um diagnóstico preciso.- Cidades grandes, como o Rio, precisam de um transporte de massa eficiente e integrado. Os ônibus deveriam alimentar e complementar os ramais metroviário e ferroviário, o que reduziria os engarrafamentos. Infelizmente, estamos longe disso - afirma.

Segundo a ONG, a rede como um todo é desconhecida. O Plano Diretor da cidade previa que, em 2005, havia 5,274 milhões de deslocamentos diários na Região Metropolitana do Rio, 74% deles realizados por meio de transporte público. Os dados atualizados sobre como se dividem os passageiros são fornecidos por setor ou concessionária. São eles: ônibus, 2,511 milhões de pessoas por dia; trens, 500 mil por dia; metrô, 550 mil por dia; barcas, 90 a cem mil por dia, totalizando 3,6 milhões de pessoas.

  • Investimento insuficiente
    Em razão dos parcos investimentos do passado, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, reconhece que, faltando seis anos para as Olimpíadas de 2016, o Rio corre atrás do prejuízo:
    - A verdade é que a frota do metrô, de 30 anos, é antiga e com grau de intensidade de uso tremendo. O acordo da renovação (da concessão) envolve a melhora de sistemas abandonados há anos. Os investimentos em infraestrutura, de passivos trabalhistas a obras de ventilação dos trens, são de R$ 1,2 bilhão.
Enquanto isso, Buenos Aires, além de sete novas estações de metrô, investe numa rede múltipla: um corredor exclusivo de ônibus entre Palermo e Liniers e 50 quilômetros de ciclovias. O México aposta em linhas de metrobus - ônibus expressos que circulam numa pista exclusiva - para aumentar a capacidade de seu metrô. E San José, na Costa Rica, discute aplicar US$ 345 milhões num trem elétrico para ligar a capital à província de Heredia, distante apenas 12 quilômetros.

Fonte: O Globo

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Bogotá lançará licitação de corredor verde de US$ 540 mi em março

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Bogotá lançará em março a licitação para construir um corredor verde na avenida Carrera Séptima, um projeto avaliado em 2,5 trilhões de pesos (US$ 540 milhões).

A terceira rodada de consulta cidadã começará no final de fevereiro e se estenderá até março, quando será convocado um leilão para a realização das obras e modificações necessárias na via, disse a prefeita da capital colombiana, Claudia López, em um discurso transmitido ao vivo pela conta da Prefeitura no Twitter.

“É o corredor com o maior investimento ambiental da história de Bogotá”, destacou López.

A avenida, que atravessa a zona leste da cidade de norte a sul, contará com uma via exclusiva para o sistema de ônibus Transmilenio e se conectará com o metrô, o VLT de Bogotá e a ciclovia Alameda del Medio Milenio, entre outras obras de infraestrutura.

Os trabalhos consistem na construção de infraestrutura para ônibus elétricos, incluindo estações, vias para veículos, áreas para pedestres, ciclovias e bicicletários, bem como zonas verdes e conexões com duas linhas de teleférico. O transporte público ao longo dos 22 km do corredor será 100% elétrico.

Ainda não foram divulgados os prazos definitivos para o início da licitação, a concessão do contrato e as datas estimadas de início e conclusão das obras. O cronograma será publicado junto com a lista de documentos.

Informações: Bamericas
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Salvador: Apesar das adversidades, sistema de transporte público dá sinais de amadurecimento

sexta-feira, 16 de abril de 2010


O sistema de transporte coletivo por ônibus de Salvador, apesar de todas as adversidades, evoluiu nos últimos anos e amadureceu com a bilhetagem eletrônica, permitindo a integração operacional e tarifária das suas linhas, com possibilidade futura de integração com outros modais de transporte. Entretanto, o caos do trânsito tem refletido negativamente na circulação dos ônibus e veículos particulares e principalmente na vida das pessoas que sofrem muitas vezes por mais de 2 horas nos engarrafamentos até o seu destino. Faltaram planejamento e recursos para as obras viárias essenciais e necessárias à crescente demanda de veículos em circulação na cidade.
Um projeto audacioso aparece agora como solução aos graves problemas do trânsito e do transporte público em nossa cidade, com a promessa de uma verdadeira revolução e significativa melhoria na mobilidade urbana : a RIT – Rede integrada de Transporte.
A RIT, com aproximadamente 130 Km de extensão, é um conjunto de corredores de transporte que será utilizado de forma preferencial por veículos sobre rodas, de alta mobilidade, capacidade e conforto, de baixo custo e facilidade de adaptação, e com possibilidade de integração com outros modais de transporte, a exemplo do Metrô e Trem do Subúrbio. Na 1ª etapa do projeto estão previstas a construção de 36 quilômetros de vias exclusivas para ônibus, nas avenidas Paralela, Juracy Magalhães, ACM, Barros Reis e Vasco da Gama, incluídos também nesta etapa a construção de viadutos, passarelas e mergulhos (pistas escavadas). Na 2ª etapa são mais 41 quilômetros de vias exclusivas que serão implantadas nas Avenidas Dorival Caymmi, Pinto de Aguiar, Gal Costa, Jorge Amado, Suburbana e Barroquinha/Sete Portas. Outros 53 quilômetros de vias compreenderão a 3ª etapa do projeto, abrangendo a Silveira Martins, Orla Marítima e São Caetano.
Este projeto trará ganhos significativos para os usuários que terão um sistema de transporte mais eficiente (transportará 80 mil passageiros por hora) através da redução significativa nos tempos de viagem (de 35 para 22 minutos) e tempo de espera (de 18 para 3 minutos) com maior confiabilidade e segurança, mais conforto, além de melhorias urbanísticas na cidade com a revitalização do espaço público. Os vários terminais de integração estarão localizados nos principais eixos de transporte. Tudo isso representará, sem dúvida, numa melhor qualidade de vida para as pessoas.
No entanto, apesar da importância da RIT para Salvador, questionamos: e o bairro de Cajazeiras, quando será contemplado? Não visualizamos qualquer intervenção prevista nesse Projeto que venha beneficiar diretamente a população do bairro mais populoso da cidade. É preciso complementá-lo para inclusão de vias de acesso direto de Cajazeiras com a BR-324 e outras intervenções que signifiquem um melhor escoamento do trânsito em toda aquela região.
O Sistema de corredores de transportes exclusivos para ônibus com base no BRT (Bus Rapid Transit) ou Trânsito Rápido de Ônibus, já foi implantado com sucesso em grandes metrópoles do Brasil e do mundo: Curitiba (RIT), São Paulo (Interligado), Bogotá (Transmilenio), Quito (Metrobus), México (Metrobus), dentre outras. A Prefeitura busca agora, com a RIT, incorporar também à nossa cidade esse conceito de sucesso nacional e internacional.
Outros tantos projetos de significativa importância para a melhoria da qualidade de vida do nosso povo foram recentemente apresentados pela Prefeitura de Salvador. Entretanto, se não houver a união e a vontade política das 3 esferas de governo, se não prevalecer o bom senso e profissionalismo, e se não houver a participação da sociedade na discussão desses projetos, ficaremos todos nós a ver navios, à beira do ilusionismo.

Fonte: Boca do Povo
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Volvo vende 120 chassis biarticulados para o transporte público de Bogotá, na Colômbia

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Volvo Bus Latin America fechou a venda de 120 chassis biarticulados para o Transmilenio, como é chamado o sistema BRT (Bus Rapid Transit) de Bogotá, capital da Colômbia. Os veículos foram adquiridos pelo Consorcio Express S.A.S., que no ano passado já tinha comprado outros 67 chassis articulados e convencionais da Volvo. O valor do negócio foi de fixado em US$ 25,5 milhões.

Dos veículos comercializados, 60 serão entregues até o final deste ano e o restante no início de 2013. Os chassis são do modelo B340M biarticulado com piso alto, capacidade para mais de 250 passageiros e vão circular pelos eixos troncais da terceira fase de expansão do Transmilenio. Os eixos troncais são canaletas exclusivas para linhas expressas de ônibus de grande capacidade de transporte (articulados e biarticulados).

O sistema tem mais de 100 estações de ônibus e transporta diariamente 1,6 milhão de passageiros em 266 bairros. “A aquisição de chassis de grande capacidade de transporte reforça o Transmilenio como referência em BRT. O uso de veículos de grande capacidade de transporte representa excelente opção para ampliar e otimizar o transporte coletivo, pois diminui o tempo de deslocamento e aumenta o número de passageiros transportados”, diz Alexandre Selski, gerente comercial do Volvo Group Colômbia.

Os novos ônibus já possuem tecnologia SCR que atendem às normas de emissões Euro 5.

Fonte: Transporta Brasil


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